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INSPETOR DE ELETRICIDADE Técnicas de Inspeção e Procedimentos de Testes

Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Inspeção Instrumentação

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INSPETOR DE ELETRICIDADE

Técnicas de Inspeção e Procedimentos de Testes

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TÉCNICAS DE INSPEÇÃO EPROCEDIMENTOS DE TESTES

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© PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A.Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.

É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas, sem autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.

Direitos exclusivos da PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A.

OLIVEIRA, Jader deInspetor de Eletricidade: Técnicas de Inspeção e Procedimentos de Testes / Prominp – SENAI.

Vitória-ES, 2006.

77 p.:il.

PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A.

Av. Almirante Barroso, 81 – 17º andar – CentroCEP: 20030-003 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil

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ÍNDICE

UNIDADE I .............................................................................................................................................15

1.1 Máquinas elétricas rotativas .......................................................................................................15

1.1.1 Inspeção na instalação do motor elétrico ...........................................................................15

1.1.2 Inspeção sistemática .........................................................................................................17

1.2 Causas de falhas em máquinas de corrente alternada .................................................................................17

UNIDADE II ......................................................................................................................................................................19

2.1 Transformadores de Força. Inspeção. ........................................................................................19

2.2 Análise Físico-química do Óleo Isolante ....................................................................................19

2.3 Cromatografia dos Gases Dissolvidos no Óleo Isolante ............................................................24

UNIDADE III ...........................................................................................................................................25

3.1 Cabos Isolados. Inspeção. .........................................................................................................25

UNIDADE IV ...........................................................................................................................................27

4.1 Capacitores de Potência. Inspeção. ...........................................................................................27

UNIDADE V ............................................................................................................................................29

5.1 Proteção contra discargas atmosféricas e aterramento .............................................................29

5.1.1 Inspeção em sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) ......................29

5.2 Inspeção do Sistema de Aterramento ........................................................................................31

5.2.1 Estruturas Metálicas ...........................................................................................................31

5.2.2 Carcaça dos Equipamentos Elétricos .................................................................................32

5.2.3 Cubículos e Painéis Elétricos .............................................................................................32

5.2.4 Transformadores e Geradores ...........................................................................................32

5.2.5 Resistência e Reatância de Aterramento ...........................................................................32

5.2.6 Malha de Aterramento ........................................................................................................33

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UNIDADE VI ...........................................................................................................................................35

6.1 Inversores de freqüência ............................................................................................................35

6.2 Inspeção .....................................................................................................................................35

UNIDADE VII ..........................................................................................................................................37

7.1 Disjuntores de média tensão ......................................................................................................37

7.2 Inspeção ......................................................................................................................................37

UNIDADE VIII ........................................................................................................................................39

8.1 Contatores de média tensão .......................................................................................................39

8.2 Inspeção .....................................................................................................................................39

UNIDADE IX ................................................................................................................................................41

9.1 Chaves seccionadoras de média tensão. Inspeção .......................................................................41

UNIDADE X .................................................................................................................................................43

10.1 Cubículos e painéis elétricos ....................................................................................................43

10.2 Inspeção ...................................................................................................................................45

UNIDADE XI ...........................................................................................................................................47

11.1 Baterias .....................................................................................................................................47

11.2 Segurança .................................................................................................................................47

11.3 Inspeção ...................................................................................................................................49

UNIDADE XII ..........................................................................................................................................51

12.1 Reostatos e resistores ..............................................................................................................51

12.2 Inspeção em banco de resistores fixos ....................................................................................52

12.3 Inspeção de reostatos líquido ...................................................................................................53

UNIDADE XIII .........................................................................................................................................55

13.1 Galerias, rotas de cabos, eletrodutos, e acessórios. Inspeção ................................................55

UNIDADE XIV ........................................................................................................................................57

14.1 Sistema de alarme e incêndio ..................................................................................................57

14.2 Inspeção ....................................................................................................................................59

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UNIDADE XV .........................................................................................................................................61

15.1 Sistema de iluminação e tomadas de força. Inspeção .............................................................61

UNIDADE XVI ........................................................................................................................................63

16.1 Freios eletro-hidráulicos. Inspeção ...........................................................................................63

UNIDADE XVII .......................................................................................................................................65

17.1 - Freios eletromagnéticos. Inspeção .........................................................................................65

UNIDADE XVIII ......................................................................................................................................67

18.1 Detectores de meta e separadores magnéticos. Inspeção ......................................................67

UNIDADE XIX ........................................................................................................................................69

19.1 Dispositivos de proteção e comando de campo .......................................................................69

19.2 Inspeção ....................................................................................................................................69

Page 8: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 - Folgas em acomplamentos ................................................................................................16

Figura 4.1 - Capacitores de potência .....................................................................................................27

Figura 5.1 - Sistema de aterramento TT ................................................................................................29

Figura 5.2 - Sistemas de aterramento TN ..............................................................................................30

Figura 5.3 - Sistemas de aterramento IT ...............................................................................................31

Figura 5.4 - Resistor de aterramento do centro da estrela do transformador .......................................32

Figura 9.1 - Chave seccionadora tipo CSC com fusível limitador de corrente - Marini Daminelli .........41

Figura 10.1 - Cubículo de média tensão ................................................................................................43

Figura 10.2 - Centro de controle de motores de alta tensão .................................................................44

Figura 11.1 - Banco de baterias .............................................................................................................48

Figura 12. 1 - Banco de resistores para partida de motores de corrente contínua ou alternada ..........51

Figura 12.2 - Para pontes rolantes, para frenagem de motores, descarga de campo, limitadores de

corrente ..................................................................................................................................................52

Figura 12.3 - Reostatos Líquidos ...........................................................................................................52

Figura 14.1 - Detector óptico ..................................................................................................................57

Figura 14.2 - Detector iônico ..................................................................................................................57

Figura 14.3 - Detector térmico ...............................................................................................................58

Figura 14.4 - Detector termo-velocimétrico ............................................................................................58

Figura 16.1 - Freio eletro-hidráulico .......................................................................................................63

Figura 19.1 - Dispositvos de proteção e comando de campo ...............................................................69

Page 9: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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LISTA DE TABELAS

Tabela 2.2 - Condições limites para óleo isolante tratado .....................................................................21

Tabela 2.3 - Valores limites para os resultados dos testes de acidez e tensão interfacial ....................21

Tabela 2.4 - Classificação do óleo isolante ............................................................................................22

Tabela 2.5 - Núcleo de neutralização e tensão interfacial .....................................................................23

Tabela 2.6 - Limites para óleo regenerado ............................................................................................23

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O mercado de trabalho vem sofrendo significativas mudanças nas últimas décadas.

As empresas, motivadas pelo avanço tecnológico de equipamentos e sistemas mais complexos

e eficazes de produção, exigem profissionais cada vez mais qualificados.

Neste sentido, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo – PROMINP –

concebido pelo Ministério das Minas e Energia para fortalecer a participação da indústria nacional de

bens e serviços, é iniciativa e compromisso para garantia da geração de emprego e renda, através do

fomento à qualificação de profissionais.

Face à demanda prevista na implantação de projetos no setor de petróleo e gás, a Associação

Brasileira de Engenharia Industrial – ABEMI, a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, e o Serviço Nacional

de Aprendizagem Industrial – SENAI – firmaram convênio para a promoção de ações de estruturação,

implantação e execução do Plano Nacional de Qualificação Profissional do PROMINP, com vistas ao

equacionamento da carência de mão-de-obra qualificada para atividades de Engenharia, Construção

e Montagem.

APRESENTAÇÃO

Page 12: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Page 13: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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INTRODUÇÃO

Em atendimento à necessidade de preparação dos profissionais para o processo de Qualificação

e Certificação de Inspetores de Eletricidade, o SENAI elaborou um conjunto de materiais didáticos,

desenvolvido com base em critérios estabelecidos pelo PNQC/ABRAMAM e planejado de modo a

facilitar a compreensão do conteúdo. São 15 apostilas que abordam aspectos teóricos e práticos da

ocupação, contendo também uma série de exercícios para fixação dos aspectos abordados.

Nesta apostila, você vai estudar as Técnicas de Inspeção e Procedimentos de Testes, iniciando

com a explicação sobre a inspeção na instalação do motor elétrico nas máquinas rotativas. Você

também vai poder identificar as falhas em máquinas de corrente alternada.

O material apresenta de forma clara como proceder a inspeção em transformadores de força,

cabos isolados, capacitores de potência, sistema de proteção contra descargas atmosféricas e ater-

ramento (SPDA). Aborda ainda a inspeção em inversores de freqüência, disjuntores e contadores de

média tensão, chaves seccionadoras de média tensão, cubículos e painéis elétricos, baterias, reostatos

e resistores, galerias, rotas de cabos, eletrodutos e acessórios.

Os cuidados para inspeção nos sistema de alarme e incêndio, sistema de iluminação e tomadas

de força, freios eletro-hidráulicos, freios eletromagnéticos, detectores de metal e separadores magné-

ticos, dispositivos de proteção e comando de campo também são explicados didaticamente para ajudá-

lo a desempenhar em seu trabalho com qualidade.

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UNIDADE I

1.1 Máquinas elétricas rotativas

1.1.1 Inspeção na instalação do motor elétrico

• Aterramento

• Dispositivo de bloqueio e calços

• Medição da resistência de isolamento

• Conexão de força do motor

• Conexão circuitos proteção e controle

• Fixação do motor à base

• Proteções do motor na operação com o motor desacoplado

• Sentido de giro

• Ruidos

• Resistor de aquecimento

• Medição da vibração

• Correntes nas três fases (desequilíbrio)

%DIMTFDMD 100#=

onde:

DI = Desequilíbrio de corrente em percentagem.

DMD = Maior desvio de corrente de fase em relação à media das três fases.

MTF = Média das três fases.

O limite do desequilíbrio de corrente recomendado pela ?????WEG????? é:

10 % - para motores de 4, 6 e 8 pólos.

20 % - para motores de 2 pólos.

O desequilíbrio pode ter como causa o próprio desequilíbrio da tensão de alimentação ou da

impedância dos enrolamentos do motor.

Page 16: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Desequilíbrio de corrente ocasiona um sobreaquecimento nos enrolamentos e redução da vida

útil do isolamento por degradação térmica.

Exemplo: Um motor de indução trifásico 30 HP/220V/60Hz/80A/1747RPM/cosz= 0,84/h= 87% /

F.S. – 1,15, apresenta as seguintes correntes em cada uma das fases RST IR= 81 A, I

S= 86A, I

T= 84A.

Calcule o desequilíbrio de corrente:

Média das três fases:

,MTFI I I

A3 3

81 86 84 83 7R S T= + + = + + =

Desvio de Corrente:

DIR = / 81 - 83,7 / = 2,7 A

DIs = / 86 - 83,7 / = 2,3 A

DIT= / 84 - 83,7 / = 0,3 A

Desvio máximo:

DMD =DIR

= 2,7 A

Desequilíbrio de corrente:

DIMTFDMD %

,

, %, %100

83 7

2 7 1003 2# #= = =

O desequilíbrio de corrente está dentro dos limites recomendados.

Acoplamento motor-máquina acionada

• Alinhamento

• Acoplamento flexível

• Folga axial e centro magnético

Folga axial

Folga axial

Folga Radial

Folga radial (concentricidade)

Folga Angular

Folga Angular (paralelismo)

Figura 1.1 - Folgas em acomplamentos

Page 17: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Operação com o motor acoplado

• Vibrações

• Correntes nas três fases

• Ruídos anormais

• Indicadores e proteção de vibração

• Indicadores e proteção térmica dos mancais

• Indicadores e proteção térmica enrolamentos

• Dispositivos auxiliares (Lubrificação forçada dos mancais, refrigeração à água do motor e outros

circuitos periféricos)

1.1.2 Inspeção sistemática

• Valor e equilíbrio das tensões

• Intensidade e equilíbrio das correntes

• Componentes e linha elétrica

• Fixação na base e aterramento

• Cabos interior caixa de ligações

• Contaminantes sobre e no interior carcaça

• Ventilação

• Vibração

• Resistência isolamento

• Resistência ôhmica

• Acessórios

1.2 Causas de falhas em máquinas de corrente alternada

As falhas em máquinas elétricas rotativas têm como conseqüência, danos aos enrolamentos.

Os principais fatores de falha são os seguintes:

• Especificação incorreta da máquina para as condições reais de operação.

• Falhas de fabricação e de reparação das máquinas, tais como na fabricação de materiais,

processos e falhas de mão de obra.

• Inexistência, erros de calibração e de especificação dos dispositivos de proteção.

Page 18: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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• Falhas ou exageros de operação.

• Manutenção inadequada ou inexistente

Os fatores acima estão, em maior ou menor intensidade, presentes na quase totalidade das

instalações com máquinas elétricas.

Estes fatores conduzem à condição de falha através de quatro causas principais:

• Rolamentos (mancais)

• Contaminação por agentes agressivos

• Degradação térmica do material isolante

Falta de fase

Sobrecarga mecânica

Rotor travado

Temperatura ambiente acima de 40oC

Partidas sucessivas

Roçamento rotor-estator

Tensões anormais

• Abrasão mecânica

Page 19: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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2.1 Transformadores de Força. Inspeção.

• Registrar tensão, corrente, temperaturas óleo e enrolamento e água entrada e saída

• Registrar pressão gás colchão

• Ruídos anormais

• Aquecedores painéis

• Vazamento óleo

• Nível do óleo

• Trocadores de calor do óleo

• Sílica gel

• Testar buchholz, termostatos de óleo e imagem térmica e outros acessórios

• Retirar amostras de óleo para físico-química e cromatografia gasosa

• Testes elétricos

• Aterramento carcaça e estrela

• Operação ventilação forçada

• Pintura e pontos de oxidação

2.2 Análise Físico-química do Óleo Isolante

O óleo isolante é o meio refrigerante com características isolantes do transformador e imerge

todo o enrolamento sólido, núcleo magnético e outras partes internas do transformador.

Os produtos das reações químicas e da deterioração do óleo isolante e do isolamento sólido

estão total ou parcialmente diluídos no fluido isolante.

A análise físico-química do óleo isolante é um conjunto de testes recomendados para o acompa-

nhamento das condições dos materiais isolantes do transformador:

Os testes mais comumente utilizados para a avaliação do estado operacional de um transfor-

mador são os seguintes:

Rigidez dielétrica – ABNT/IBPM-530, ASTM(D877)80 e ASTM(D1816)79

UNIDADE II

Page 20: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Umidade – ASTM(D1535)79

Fator de potência – ASTM(D924)81

Número de neutralização – ABNT/IBP MB-101, ASTM(D974) e ASTM(D1534)78

Tensão interfacial – ABNT/IBP MB320 e ASTM(D-971)77

As análises físico-química, normalmente são realizadas com um intervalo variável de 1 a 2 anos.

A observação criteriosa dos valores dos testes físico-químicos indica a contaminação do óleo e

do isolamento sólido com a umidade e a deterioração do óleo mineral isolante.

A água pode existir no óleo sob a forma dissolvida, não dissolvida (em suspensão) ou livre (depo-

sitada).

A quantidade de água em solução no óleo é função da temperatura e do grau de refinação do óleo.

Quando o conteúdo de umidade no interior do transformador é reduzido, as pequenas quanti-

dades de umidade impregnam o papel isolante e dissolvidas no óleo mineral isolante.

Quando o conteúdo de umidade aumenta, o excedente é absorvido pelo papel isolante e se

dissolve no óleo isolante até atingir o limite de solubilidade no óleo (função de temperatura). A umidade

excedente passará para a forma livre, sendo retido pelo papel isolante.

Rigidez dielétrica – A água livre em suspensão no óleo e as partículas sólidas em suspensão

(fibras celulósicas, carvão, poeira, etc) diminuem acentuadamente sua rigidez dielétrica. A água dissol-

vida no óleo afeta muito pouco sua rigidez dielétrica. O método D-877 da ASTM, eletrodos de disco de 1

polegada, afastadas de 0,1 polegada é menos sensível que o método ASTM D-1816 que usa eletrodos

esféricos.

A rigidez dielétrica determina a capacidade de uma amostra de óleo resistir à tensão elétrica sob

condições especificadas expressa em kV.

Conteúdo de umidade – A quantidade de umidade contida no óleo isolante é um fator importante

para se inferir a quantidade de água presente no interior do transformador.

A determinação do conteúdo de umidade no óleo isolante é realizada através da titulação de uma

amostra do líquido com o reagente Karl Fisher.

O método ASTM D-1533 é utilizado para a determinação do conteúdo de umidade, expresso em

ppm (partes por milhão). A água contida no interior do transformador pode ser proveniente de:

Resíduo da secagem do papel isolante e do óleo nos processos de fabricação e manutenção.

Admissão de ar úmido através da sílica-gel do desidratador de ar.

Perda de estanqueidade, através das borrachas de vedação e micro-fissuras na carcaça.

Subproduto da deterioração do isolamento sólido e das reações de oxidação do óleo isolante.

Portanto, parte da água existente no transformador é gerada no interior do próprio tanque.

Page 21: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Os valores limites sugeridos para resultados de testes de óleo envelhecido em serviço, por

classe de tensão para os ensaios de rigidez dielétrica, conteúdo de umidade e perdas dielétricas são

expressos na Tabela 1:

Tabela 2.1 - Limites de rigidez dielétrica

Classe de tensão 69kV e menorEntre

69kV e 288kV

345 kV e acima

Método ASTM de

testes

Rigidez dielétrica 60Hz kV mínimo 26 26 26 D-877

Rigidez dielétrica kV mínimo separação de eletrodos 10,16mm(0,40”)

23 26 26 D-1816

Teor de água ppm máximo 35 25 20 D-1533

Perdas dielétricas 60Hz, 25oC máximo 0,65 0,39 0,31 D-924

Transformadores cujos óleos apresentam valores fora dos limites recomendados devem ser

tratados através da desidratação do óleo isolante e, caso necessário, da secagem da parte ativa.

A desidratação do óleo isolante é processada através de unidade termovácuo. Quando o papel

isolante contiver umidade em quantidade apreciável, deverá ser procedida a secagem da parte ativa.

A decisão da secagem da parte ativa pode ser realizada através da determinação da umidade

relativa sobre o isolamento (URSI).

Outros parâmetros indicativos da necessidade de secagem da parte ativa:

• Teor de umidade de 50 ppm no óleo recolhido no topo do transformador.

• Rigidez dielétrica (ASTM D-877) de 22kV ou menor.

Após o tratamento de secagem do óleo isolante e/ou isolamento sólido e após uma semana, para

a uniformização das condições, deve ser recolhida amostra de óleo para análise e os valores devem

atender a Tabela 2:

Tabela 2.2 - Condições limites para óleo isolante tratado

Ensaio Norma Valores limitesTeor de umidade ASTM D-1533 Menor que 10 ppmRigidez dielétrica ASTM D-877 Maior que 45kVPerdas dielétricas ASTM D-924 Menor que 0,1%

Page 22: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Perdas dielétricas – Um óleo novo, em boas condições, deve ter um fator de potência igual a

0,05% ou menor a 20oC.

Em operação, o fator de potência aumenta, podendo chegar a 0,5% à temperatura de 20oC, sem

ser uma indicação de que uma investigação ou tratamento seja necessário.

O fator de potência é expresso em “%” e o teste ASTM D-924 é adequado para testes de rotina.

O óleo mineral isolante é constituído de uma mistura de hidrocarbonetos em sua maioria, e de

não hidrocarbonetos em pequenas proporções.

O processo de oxidação do óleo tem início quando o oxigênio entra em combinação com os hidro-

carbonetos instáveis, na presença dos catalizadores existentes no transformador (cobre, ferro, etc).

A oxidação do óleo tem como principal catalizador a água e é acelerado pelo calor.

O processo de oxidação do óleo se desenvolve em dois ciclos:

• Formação de produtos solúveis da deterioração do óleo, principalmente ácidos;

• Transformação dos produtos solúveis em produtos insolúveis, que compõem o sedimento.

O sedimento se deposita sobre a isolação sólida, núcleo e paredes do tanque e obstrui as passa-

gens de óleo.

A dissipação de calor é prejudicada, aumentando a temperatura de operação do transformador,

acelerando as reações de oxidação.

Tensão interfacial – A tensão interfacial mede a força necessária para que um anel plano, de fio

de platina, possa vencer a tensão existente entre a superfície da amostra de óleo e água. Uma dimi-

nuição da tensão superficial é o primeiro indicador do início da deterioração do óleo.

O método de ensaio para a determinação da tensão interfacial é o ASTM/D-971 e a unidade

utilizada é dina/cm

Número de neutralização – ou acidez de um óleo, mede a quantidade de produto básico, hidró-

xido de potássio (KOH), necessário para neutralizar uma amostra de óleo, expresso em mgKOH/g.

Tabela 2.3 - Valores limites para os resultados dos testes de acidez e tensão interfacial

Classe de tensão69kV e menor

Entre 69kV e 288kV

Acima de 345kV

Método ASTM de testes

Tensão interfacial mínimo(dina/cm)

24 26 30 D-971

Acidez máximo(mgKOH/g)

0,20 0,20 0,10 D-974

Page 23: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Tabela 2.4 - Classificação do óleo isolante

Classificação do óleo

Acidez (mgKOH/g)

Tensão interfa-cial (dina/cm)

Tensão interfa-cial/ Acidez

Cor

Bom 0,03 – 0,10 30 – 45 300 – 1500 Amarelo pálidoRegular 0,05 – 0,10 27 – 30 270 – 600 Amarelo

Duvidoso 0,11 – 0,15 24 – 27 160 – 245 Amarelo brilhanteRuim 0,16 – 0,40 18 – 24 45 – 150 Âmbar

Muito ruim 0,41 – 0,65 14 – 18 22 – 44 MarromDesastroso 0,65 – 1,5 9 – 13,9 6 - 21 Marrom escuro

Dados históricos obtidos pela ASTM durante onze anos de testes em 500 transformadores e

que estabelecem a correlação entre o número de neutralização, a tensão interfacial e a formação de

sedimento em transformadores com óleo mineral isolante.

Tabela 2.5 - Núcleo de neutralização e tensão interfacial

Número de neutralização e formação de sedimento

Número de neutrali-zação (mgKOH/g)

Percentagem de 500

Número de unidades nas quais houve formação de sedimentos

De 0,00 a 0,10 0 0De 0,11 a 0,20 38 190De 0,21 a 0,60 72 360

De 0,60 para cima 100 500Tensão interfacial e formação de sedimento

Abaixo de 14 100 500De 14 a 16 85 425

De 16 a 18 69 345

De 18 a 20 35 175De 20 a 22 33 165De 22 a 24 30 150

Acima de 24 0 0

O óleo deteriorado deve ser regenerado ou trocado por óleo novo. Na regeneração, o óleo é

tratado quimicamente, passando depois em unidade termovácuo.

Nesses casos, o núcleo e o tanque do transformador devem ser lavados para remoção dos

produtos ácidos.

O óleo regenerado deve apresentar pelo menos, as seguintes características, após repouso e

estabilização.

Page 24: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Tabela 2.6 - Limites para óleo regenerado

Ensaio Norma Valores limitesTeor de umidade ASTM D-1533 Menor que 10 ppmRigidez dielétrica ASTM D-877 Maior que 45 kV

Acidez ASTM D-974 Menor que 0,05mgKOH/gTensão interfacial ASTM D-971 Maior que 40 dina/cmPerdas dielétricas ASTM D-924 Menor que 0,05%

2.3 Cromatografia dos Gases Dissolvidos no Óleo Isolante

O óleo contém gases dissolvidos, entre eles, monóxido de carbono (CO), hidrogênio (H2), metano

(CH4), etano (C2H6), etileno (C

2H

4) e acetileno (C

2H

2), que são combustíveis. Os não combustíveis são

o oxigênio (O2), nitrogênio (N

2) e dióxido de carbono (CO

2).

Os gases oxigênio e nitrogênio provêm do ar em contato com o óleo. A deterioração normal da

isolação sólida forma principalmente o dióxido e o monóxido de carbono.

O sobreaquecimento do óleo isolante origina os gases metano, etano, etileno e CO2. À tempera-

turas mais elevadas formam principalmente hidrogênio e acetileno.

A cromatografia dos gases dissolvidos no óleo é a técnica destinada a detectar falhas incipientes

no transformador, através da determinação da concentração dos gases na amostra.

As normas NBR 7070 – Guia para amostragem de gases e óleo em transformadores e análise

dos gases livres e dissolvidos e NBR 7274 – Interpretação da análise dos gases de transformadores

em serviço, são referência sobre o assunto.

A análise das concentrações de gases são referenciadas aos valores limites de cada gás, rela-

ções características das concentrações e à taxa de geração do gás.

A avaliação da taxa de formação dos gases no transformador é um valioso meio para acompa-

nhar a evolução de uma falha.

A taxa de geração de um gás é a quantidade de gás em volume gerado ao longo do dia.

Nos transformadores selados, sem colchão de gás, os gases gerados ficam dissolvidos no óleo.

Nos transformadores selados com colchão de gás, parte dos gases gerados fica dissolvido no

óleo e a outra parte irá para o colchão de gás.

Nos transformadores com conservador de óleo, parte dos gases gerados se perde para a atmos-

fera. A maior dificuldade para a determinação da taxa de geração é a avaliação da taxa de perdas.

Page 25: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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3.1 Cabos Isolados. Inspeção.

• Teste de resistência de isolamento

• Teste de acompanhamento da degradação do isolamento

Tipos de isolação de cabos de potência

Os mecanismos de avaria em cabos estão intimamente ligados ao material isolante utilizado.

O material isolante dos cabos de potência pode ser constituído por materiais sólidos e podem ser

do tipo estratificado. Os materiais sólidos podem ser termoplásticos (cloreto de polivinila e polietileno)

e termofixos (borracha etileno-propileno e polietileno reticulado). As isolações estratificadas são as que

utilizam papel impregnado.

O gradiente de perfuração do dielétrico, ou rigidez dielétrica é um dos parâmetros mais impor-

tantes na escolha do material isolante, pois sua redução pode causar falhas. Essa rigidez é propor-

cional ao número de vazios ou impurezas localizadas no material isolante.

Sabe-se que a dispersão dos valores de rigidez é muito menor nos dielétricos estratificados

(ou laminados) do que nos sólidos (extrudados). Explica-se isto pelo fato que o método de aplicação

do isolamento estratificado e subseqüente impregnação evita a presença de vazios localizados na

isolação, enquanto o processo de preparação e aplicação dos dielétricos sólidos torna quase impos-

sível garantir a total ausência destes vazios. Por este motivo, os mecanismos de degradação de cabos

são observáveis em maior freqüência nos modelos com isolante sólido.

Os isolantes sólidos mais utilizados nos cabos de potência são PVC, PE, EPR e XLPE.

• Eliminação de água, causadora da arborescência ( Treeing )

A degradação por arborescência tem se mostrado um dos principais fatores que podem levar

à falha de cabos isolados, com conseqüente interrupção de serviço. A arborescência é uma estrutura

difusa, no formato de um leque, que se forma em isolantes extrudados (principalmente em XLPE) e é

causada pela ação combinada de água e campo elétrico aplicado.

Uma arborescência pode-se transformar numa árvore elétrica, ou atravessar o isolamento e

após a ocorrência de qualquer um desses eventos, a ruptura dielétrica é iminente. Esta redução na

rigidez dielétrica em muitos casos é suficiente para causar uma falha mesmo sob tensão nominal de

operação.

UNIDADE III

Page 26: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

26

Enfim, este fenômeno causa modificações nas características isolantes do cabo como o aumento

no fator de dissipação, aumento na corrente de fuga e das descargas parciais, o que o torna identifi-

cável através de testes adequados.

• Inspeção visual em emendas e terminações

• Eliminação de cupins e roedores

Page 27: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

27

4.1 Capacitores de Potência. Inspeção.

- Limpeza

- Oxidação da carcaça e estrutura de suporte

- Aterramento

- Proteção contra curto-circuito

- Deformação da carcaça

- Isolamento

- Teste da integridade do módulo capacitor

Figura 4.1 - Capacitores de potência

UNIDADE IV

Page 28: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

28

Page 29: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

29

5.1 Proteção contra discargas atmosféricas e aterra-mento

5.1.1 Inspeção em sistema de proteção contra descargas atmosfé-ricas (SPDA)

• Captores

• Cabos de descida

• Eletrodutos de proteção

• Conexões elétricas

Inspeção dos sistemas de aterramento e malha de terra

Nos sistemas elétricos solidamente aterrados, as massas (partes metálicas não condutoras

de energia) podem ser aterradas diretamente à malha de terra. Este sistema é designado com TT,

conforme figura:

L1

L2

L3

N

PE

RF

RM

Massa genérica do

equipamento elétrico

Secundário do

transformador

Fonte

Figura 5.1 - Sistema de aterramento TT

As massas podem também ser aterradas via condutores de proteção (PE), preferencialmente, ou

via condutores de proteção e neutro (PEN), conectados a barramentos de terra existentes nos painéis e

destes a malha de terra, próximo ao ponto em que a estrela do transformador (terminal Xo) é conectado

à malha. Este sistema é designado como TN.

UNIDADE V

Page 30: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

30

Sistema TN-S – Condutores de proteção (PE) e neutro (N) são independentes a partir da fonte

de energia.

Sistema TN-C – Condutores de proteção e neutro (PEN) são comuns ao longo de toda a insta-

lação.

Sistema TN-CS – Condutores de proteção (PE) e Neutro (N) são comuns durante um trecho da

instalação, tornando-se independentes a partir de um ponto.

OBS: Após tornarem-se independentes, os condutores não podem vir a ser tornarem comuns

novamente.

L1

L2

L3

N

PE

RF

Massa genérica do

equipamento elétrico

Secundário do transformador

(a) Esquema TN-S

Fonte

L1

L2

L3

PEN

RF

Massa genérica do

equipamento elétrico

Secundário do transformador

(b) Esquema TN-C

Fonte

Figura 5.2 - Sistemas de aterramento TN

No sistema isolado IT, o sistema elétrico não é conectado ao terra ou é conectado através de

resistor ou reatância.

Page 31: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

31

L1

L2

L3

Z

Massa genérica do

equipamento elétrico

Secundário do transformador

Fonte

PE

Figura 5.3 - Sistemas de aterramento IT

Nesse sistema, quando uma fase é acidentalmente colocada no potencial de terra, a corrente

de curto circuito é tão reduzida que o dispositivo de proteção não é sensibilizado, não desligando o

circuito.

Nesse caso é, importante dotar o sistema de um circuito que sinalize a existência de uma fase

para a terra, de forma que a falha seja localizada e o circuito reparado. Caso isso não aconteça, e uma

segunda fase seja colocada para a terra, estabelece-se um curto-circuito fase-fase com alta intensi-

dade de corrente, atuando a proteção. A localização da falta pode ser demorada e o circuito pode ficar

interrompido por um longo período de tempo.

Em um sistema de aterramento, é importante que a malha de terra e os rabichos de aterramento

sejam preservados, garantindo que as tensões de passo e toque sejam mantidas dentro de valores

seguros, nos casos de elevadas correntes de descarga atmosférica e de curto-circuito.

5.2 Inspeção do Sistema de Aterramento

5.2.1 Estruturas Metálicas

Inspecione os rabichos de aterramento, se estão conectados ou soldados à estrutura metálica e

que o raio de curvatura não seja inferior a 200mm. Reaperte as conexões com conectores.

Page 32: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

32

5.2.2 Carcaça dos Equipamentos Elétricos

Inspecione se as carcaças dos equipamentos elétricos estão solidamente aterradas.

5.2.3 Cubículos e Painéis Elétricos

Inspecione se os condutores de proteção estão firmemente conectados à barra de terra. A estru-

tura metálica e as portas devem estar aterradas.

5.2.4 Transformadores e Geradores

Verifique se os condutores de aterramento do centro da estrela estão firmemente conectados e

se estão íntegros, sem danos.

5.2.5 Resistência e Reatância de Aterramento

• Inspecione se os isoladores estão em boa situação, sem trincas, sinais de descargas superfi-

ciais ou com a pintura queimada.

• Inspecione se os elementos resistivos e reativos estão com algum sinal de deterioração.

• Efetue um teste de resistência de isolamento com megômetro 500V durante 1 min do elemento

ativo para a massa e anote os valores de resistência de isolamento, temperatura e umidade do ar.

Compare com as medições anteriores. Redução dos valores deve ser investigado.

Figura 5.4 - Resistor de aterramento do centro da estrela do transformador

Page 33: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

33

5.2.6 Malha de Aterramento

O valor da medição da resistência ôhmica da malha de terra, via de regra, não é uma indicação

segura de sua eficácia, pelos seguintes motivos:

• A dificuldade de medir a resistência ôhmica (IEEE std80 – Guide for Safety in Substation Grounding).

• O valor ôhmico da malha de terra não é garantia de segurança para as pessoas e os equipamentos.

Em casos de dúvidas sobre a eficiência de uma malha de terra, pode-se adotar o seguinte roteiro:

• De posse do projeto da malha, verifique se as tensões de passo e de toque estão dentro dos

limites seguros para as correntes de curto-circuito para a terra e de descarga atmosférica.

• Caso exista dúvida de que a malha possa ter sido rompida por alguma escavação, confirme a integri-

dade dos condutores através de injeção de corrente e cálculo da resistência ôhmica nominal do condutor.

• Se não ficar garantida a integridade da malha, instale uma nova, interligando a nova malha à

malha antiga.

Atenção:

• Uma malha ineficaz pode ser pior do que sua inexistência.

• Utilize solda exotérmica ao invés de conectores, sempre que possível, em todo sistema de

aterramento.

Page 34: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

34

Page 35: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

35

6.1 Inversores de freqüência

• Antes de atuar no inversor desligue a fonte de energia elétrica.

• Após desligar a energia, aguarde pelo menos 10 minutos antes de tocar em alguma parte viva

do inversor. Os capacitores do link DC demoram a descarregar.

• Só após 10 min, teste a inexistência de tensão com um multímetro , no mínimo categoria III – 600V

• Os cartões eletrônicos possuem componentes sensíveis a descargas eletrostáticas. Não toque

diretamente sobre os componentes ou conectores. Caso necessário, toque antes na carcaça metálica

aterrada ou utilize pulseira de aterramento adequada.

• Não execute ensaio de resistência de isolamento ou tensão aplicada CA ou CC no inversor sem

consultar o fabricante.

6.2 Inspeção

• Limpeza – o inversor deve estar completamente livre de poeira, óleo ou qualquer outro conta-

minante.

• Ventilação – verifique a distância entre inversores e outros componentes. Observe se o

inversor montado acima de outro não está recebendo o ar quente do de baixo. Certifique-se que o

ar de admissão tenha temperatura inferior a 40º C e que o ventilador do inversor esteja funcionando

adequadamente.

• Terminais – checar o aperto.

• Capacitores do link DC – observar vazamento de eletrólito, válvula de segurança expandida e

carcaça deformada. Os capacitores devem ser substituídos após 5 anos em operação.

• Aterramento – observar aterramento do inversor e motor.

• Resistores e reatâncias – testar resistências de isolamento e observar danos ao isolamento,

sujeira e aperto das conexões.

UNIDADE VI

Page 36: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Page 37: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

37

7.1 Disjuntores de média tensão

Os disjuntores são equipamentos altamente exigidos quando são solicitados a operarem e abrirem

correntes de defeito de altíssimas intensidades. Nesses casos, altas temperaturas e grandes esforços

eletrodinâmicos são impostos aos elementos condutores e às partes isolantes do equipamento.

As partes mecânicas do disjuntor necessitam de movimentação para que possam operar adequa-

damente quando solicitadas. Em várias aplicações, o disjuntor pode permanecer inativo durante longos

períodos, podendo não corresponder quando solicitado a operar.

7.2 Inspeção

• Manobrar os disjuntores inoperantes em 12 meses

• Efetuar ensaios nos disjuntores que operaram para correntes de curto-circuito próximo do

nominal

• Limpeza

• Reaperto

• Oxidação

• Aterramento da carcaça

• Inspeção no sistema de inserção e operação dos limites

• Teste do sistema de proteção

• Teste da proteção antibombeamento (antipumping) – com um sinal de acionamento ( por

exemplo o botão de liga comprimido ), mantenha um sinal de desligamento. O disjuntor não deve ficar

abrindo e fechando.

• Termovisão

• Ensaios elétricos – resistência de contatos, resistência de isolamento, tempo de abertura e

fechamento de contatos, simultaneidade dos contatos, fator de potência do isolamento.

UNIDADE VII

Page 38: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

38

Page 39: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

39

8.1 Contatores de média tensão

Contatores são dispositivos destinados a comandar circuitos, acionados eletromagneticamente,

capazes de suportar um número muito elevado de operações.

Na maioria das aplicações, o contator é utilizado no acionamento de motores elétricos. Compa-

rando com os disjuntores, o contator tem uma capacidade muito maior de operações, porém no quesito

capacidade de interrupção, o contator só é capaz de interromper correntes de pequena intensidade.

Em razão da pequena capacidade de interromper correntes elevadas, o contator deve ser coor-

denado com a proteção de curto-circuito (fusíveis e disjuntores). Quando os elementos de proteção

contra curto-circuito são sobre-dimensionados, os contatores são levados a abrirem correntes elevadas

e se danificam, podendo chegar a colar os contatos.

A inspeção de contatores de baixa tensão se resume à verificação de limpeza, operação sem

vibrações caracterizada pela alta relutância do circuito magnético, termografia quando possível, obser-

vação de descolorações e sinais de desgastes e testes de resistência de isolamento e de resistência de

contatos para as unidades de maior porte. Para os contatores de média tensão extraíveis, deverão ser

inspecionados o dispositivo de inserção/extração, guias e limites. Efetuar testes operacionais, obser-

vando a correta operação de todos os dispositivos de alarme e proteção.

8.2 Inspeção

• Limpeza

• Termografia

• Inspeção visual

• Resistência de isolamento

• Resistência de contato

• Dispositivos de inserção/extração, guias e limites

• Teste dos dispositivos de proteção e alarme

UNIDADE VII

Page 40: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

40

Page 41: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

41

9.1 Chaves seccionadoras de média tensão. Inspeção

• Limpeza

• Pontos quentes através da termografia

• Oxidação e pintura

• Teste de resistência de isolamento

• Teste de resistência de contato

Contato móvel (faca)

Braço de acionamento

(varão)

Eixo de acionamento

Isolador de sustentação

do contato móvel

Estrutura

Isolador de sustentaçãoIsolador de sustentação

do contato %xo

Contato %xo

Câmara de extinção

Contato corta-arco

Fusível

Acionamento do

dispositivo de abertura

Figura 9.1 - Chave seccionadora tipo CSC com fusível limitador de corrente - Marini Daminelli

UNIDADE IX

Page 42: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

42

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10.1 Cubículos e painéis elétricos

São diversificados os tipos, modelos, aplicações, custos e importância de cubículos e painéis

elétricos em uma instalação industrial.

Os cubículos de potência (metal enclosed power switchgear) englobam os cubículos de média

e baixa tensão, blindados, completamente fechados em todos os lados e no topo, com chapas de aço,

com dispositivos de interrupção e seccionamento, barramento e conexões, associados com disposi-

tivos para controle, medição, proteção e auxiliares, com acesso às partes interiores através de portas

ou coberturas removíveis.

150015001500

1500

00

20002000

25002500

30003000

500500

1001001001001500

20002000

25002500

3000

500500

1001001001500

200020002000

25002500

3000

150015002000

Figura 10.1 - Cubículo de média tensão

UNIDADE X

Page 44: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

44

Por estes cubículos transitam potências de até dezenas de MVA em baixa e média tensão, sendo

o coração do sistema elétrico de potência. Uma pane que paralise um destes cubículos pode provocar

a parada de toda uma unidade industrial com prejuízos enormes.

Os Centros de Controle de Motores (CCM) em baixa e média tensão são cubículos com gavetas,

contendo contatores e proteção (disjuntores, fusíveis e relés), além de acessórios para medição

comando e controle, com a finalidade de comandar e proteger motores elétricos.

VENTILADOR N° 1

RESFRIADOR - 900 KW

VENTILADOR N° 2

RESFRIADOR - 900 KW

1414 1414

VENTILADOR N° 4

RESFRIADOR - 900 KW

14141414

CURTO CIRCUITOCURTO CIRCUITO

REATOR N° 2REATOR N° 2

CURTO CIRCUITO

REATOR N° 2

CURTO CIRCUITO

REATOR N° 2 CURTO CIRCUITO

REATOR N° 2REATOR N° 2

VENTILADOR N° 3

RESFRIADOR - 900 KW

Figura 10.2 - Centro de controle de motores de alta tensão

Os CCMs são também vitais para a operação de uma plana industrial e uma falha pode compro-

meter a produção, com grandes prejuízos.

Os painéis de iluminação e tomadas, comando local, mesas de comando e auxiliares têm importância

limitada e uma falha provoca geralmente prejuízos de pequena monta, com raras perdas de produção.

O grande desafio da manutenção é manter os painéis isentos de contaminantes. Contaminantes

sólidos (poeira) e umidade são as maiores fontes ou causas de falhas. Os painéis externos devem

ter grau de proteção adequado ao nível e tipo de contaminantes presentes (normalmente IP65) e as

entradas de cabos, portas e carcaça devem estar em perfeitas condições para que o grau de proteção

seja preservado.

Page 45: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

45

10.2 Inspeção

• Verificação da estanqueidade

• Verificação da proteção anticorrosiva

• Limpeza interna

• Reaperto das conexões

• Manutenção do arranjo dos componentes

• Inspeção termográfica

• Identificação de defeitos incipientes

• Avaliação das condições do isolamento

• Mecanismo e limites de inserção/extração

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Page 47: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

47

11.1 Baterias

Uma bateria é uma célula eletroquímica que armazena energia química, transformando-a em

energia elétrica quando necessário.

Os elementos de um banco de baterias são dispostos em estantes ou cubículos e interligados,

formando um banco adequado ao valor da tensão e da capacidade em ampéres-hora (Ah), requeridos

pela carga.

Os Ah representam o produto da corrente, em ampéres, por um período de tempo, em horas, que

as baterias podem fornecer, respeitando a corrente nominal.

11.2 Segurança

Durante a carga o acumulador libera uma mistura de gases explosivos. A sala de baterias deve

possuir um sistema de exaustão de modo a manter a concentração de gases em baixo nível.

Só permaneça na sala de baterias com o sistema de exaustão ligado.

Não é permitida a instalação de equipamentos que provoquem faíscas na sala de baterias.

Utilize roupas resistentes ao eletrólito da bateria ao executar inspeções que possam mantê-lo exposto

a um possível vazamento. Tenha em mãos produtos capazes de neutralizar o eletrólito. Em caso de contato

com o olhos, lave-os abundantemente com água e procure apoio especializado do médico do trabalho.

Cuidado! Nunca inverta água sobre ácido sulfúrico (H2SO

4). A reação é muito violenta, podendo

produzir explosão de graves conseqüências.

O plano de inspeção contendo os itens de verificação deve ser preparado de acordo com as

instruções do fabricante.

O banco de baterias é alimentado por um carregador projetado para fornecer as tensões de flutu-

ação e para carga de equalização e carga profunda.

O banco é mantido em carga de flutuação, responsável por compensar a auto-descarga. A tensão

de flutuação, normalmente, é de 1,38V a 1,42V, por elemento, para a bateria alcalina e de 2,20V a

2,25V para a chumbo-ácido.

UNIDADE XI

Page 48: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

48

Pode ser necessário submeter a bateria chumbo-ácido à carga, em tensões mais elevadas,

denominadas carga de equalização e carga profunda.

A carga de equalização é uma sobrecarga controlada que se destina a igualar as cargas dos

elementos. Os elementos estarão equalizados quando suas densidades e tensões forem aproximada-

mente iguais. A tensão de equalização é da ordem de 2,30V a 2,45V por elemento.

A carga profunda é necessária quando da ativação de baterias carregadas, na preparação antes

da colocação em serviço ou após uma descarga profunda.

A carga profunda é dada com corrente constante, com intensidades entre 0,05C e 0,25C, onde

C é a capacidade do banco em ampéres-hora (A.h).

Para a bateria alcalina a carga de equalização substitui a carga profunda da bateria chumbo-

ácido e deve ser aplicada:

• quando houver uma diferença de tensão entre seus elementos igual ou superior a 0,03V.

• quando a tensão de flutuação da bateria estiver abaixo do valor recomendado;

• depois de uma descarga da bateria, de qualquer natureza;

• durante as manutenções preventivas mensais;

• para homogeneizar a solução da bateria, principalmente as de maior capacidade.

Figura 11.1 - Banco de baterias

Page 49: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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As baterias devem ser descarregadas de forma controlada, para verificação de sua capacidade.

O intervalo médio recomendado é de 12 meses, mas as instruções do fabricante devem ser seguidas.

As tensões mínimas de descarga, por elemento, salvo recomendações diferentes do fabricante,

deve ser de 1,75V para a bateria de chumbo-ácido e 1,0V para a bateria alcalina.

11.3 Inspeção

• Limpeza

• Elementos

• Conexões

• Oxidação

• Pintura

• Nível do eletrólito

• Medição de tensão

• Densidade

• Análise do eletrólito

• Descarga da bateria

• Painel do carregador

• Retificadores

• Indicadores de tensão e corrente

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50

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51

12.1 Reostatos e resistores

O reostato tem larga aplicação no acionamento de motores de rotor bobinado.

Através da inserção de resistores no circuito rotórico, reduz-se a corrente de partida do motor,

aumentando o conjugado.

Em acionamentos que exigem alto conjugado de partida, o reostato é calculado para que o motor

forneça conjugado de partida próximo do conjugado máximo durante a aceleração.

Os bancos de resistências para partida de motores de menor potência são do tipo banco de

resistores sólidos.

Na partida de grandes motores elétricos, geralmente de média tensão, são utilizados reostatos

com resistência líquida. Nesses reostatos, a variação da resistência normalmente é processada pela

alteração do nível do eletrólito (através de uma bomba) ou da movimentação dos eletrodos em relação

à massa do eletrólito (movimento dos eletrodos)

Figura 12. 1 - Banco de resistores para partida de motores de corrente contínua ou alternada

UNIDADE XII

Page 52: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

52

Figura 12.2 - Para pontes rolantes, para frenagem de motores, descarga de campo, limitadores de corrente

Figura 12.3 - Reostatos Líquidos

12.2 Inspeção em banco de resistores fixos

• Limpeza

• Estado dos isoladores

• Estado dos elementos resistivos

• Sinal de sobre-aquecimento das conexões

• Reaperto

Page 53: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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• Aterramento da estante metálica

• Corrosão - pintura

• Resistência de isolamento

• Resistência ôhmica

12.3 Inspeção de reostatos líquido

• Tanque

- Limpeza, pontos de oxidação, pintura e desgastes

- Vazamentos

- Medir isolamento dos materiais isolantes

• Eletrólito

- Verificar nível

- Observar e anotar temperatura

- Amostrar - Medir densidade e condutividade ou resistividade

• Eletrodos - limpeza, pontos de corrosão e desgaste

• Alteração nas características de aceleração do motor

- Medir densidade e condutividade ou resistividade

- Verificar vazão das bombas de recalque do eletrólito

- Verificar movimentação dos eletrodos

• Mecanismo de curto-circuitamento e levantamento de escovas

- Efetuar simulação do funcionamento deste mecanismo

• Contator de curto-circuitamento do reostato

- Inspecionar contatos e câmaras de arco

- Operar sistema em posição de teste

- Teste de resistência de isolamento

- Teste de resistência de contato

Page 54: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Page 55: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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13.1 Galerias, rotas de cabos, eletrodutos, e acessó-rios. Inspeção

• Circuitos de iluminação

• Sistema de drenagem de água

• Limpeza da galeria

• Eletrodutos

- Corrosão

- Amassamentos

- Continuidade elétrica

• Proteção passiva

• Organização e amarração

• Material sólido e transferência de calor

• Condutores de bitolas muito diferentes na bandeja

• Condutores de níveis de tensão e funções distintas

• Aterramento

- Caminho de baixa impedância

- Integridade cabos aterramento

- Descontinuidade do circuito de retorno

• Roedores, cupins e outros insetos

• Inspeção visual de emendas

• Condutores comprimidos contra bordas cortantes

• Oxidação

UNIDADE XIII

Page 56: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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14.1 Sistema de alarme e incêndio

Detector óptico de fumaça ( DFO )

Sensíveis a fumaças provenientes de produtos orgânicos como papéis, tecidos e madeiras.

Figura 14.1 - Detector óptico

Detector iônico de fumaça (DFI )

Sensíveis a fumaças provenientes de produtos derivados de petróleo como combustíveis, plás-

ticos e borracha.

Figura 14.2 - Detector iônico

UNIDADE XIV

Page 58: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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Térmico ( DT )

Recomendado em ambientes naturalmente enfumaçados que impossibilitam o uso dos DFO e

DFI como cozinhas, restaurantes e danceterias.

Figura 14.3 - Detector térmico

Detector termo-velocimétrico (DTV )

Recomendados em ambientes onde seja importante a detecção de rápidas variações de tempe-

ratura.

Figura 14.4 - Detector termo-velocimétrico

Page 59: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

59

14.2 Inspeção

• Sensores - Fixação e limpeza

• Painel local

- Fixação, pintura e limpeza

- Sinalização totalmente operativa

- Vidro de proteção do botão de alarme íntegro

• Painel central

- Fixação, pintura e limpeza

- Sinalização totalmente operativa

- Sirenes estão funcionando corretamente

• Teste simulado de incêndio

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Page 61: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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15.1 Sistema de iluminação e tomadas de força. Inspeção

• Painéis de distribuição e controle

- Remover contaminantes. Eliminar entrada de contaminantes

- Medir temperatura com infravermelho. ∆T < 30ºC

- Aterramento, identificação, arrumação e fixação dos componentes

- Pontos de oxidação e pintura

- Testar operação em manual e automático

- Meça tensão. Tensão nos terminais da lâmpada +5% e -10% VN

• Eletrodutos e linhas elétricas inclusive condutores

- Eletrodutos amassados ou quebrados, soltos, continuidade comprometida, conduletes abertos

ou sem vedação

- Conexões com isolamento deficiente e cabos com isolamento danificado

• Inspeção em tomadas de força

NBR 5410 (1997) devem ser protegidas por DR 30mA:

- Tomadas externas

- Tomadas internas que possam alimentar equipamentos externos

- Tomadas localizadas em áreas em que se usa água para limpeza.

(Além de outras aplicações prediais)

• Deve ser bloqueada a inserção do plugue com a tomada energizada

• Deve ser bloqueada a remoção do plugue com a tomada energizada

• Deve ser obrigatória como inspeção de pré-uso a verificação do correto aterramento da

carcaça

• Caso a tomada não seja protegida através de DR 30ma, deverá ser comprovada a proteção por

seccionamento automático de tensão

• Painel de distribuição

- Teste de operação do dispositivo DR 30mA

- Estanqueidade do painel

UNIDADE XV

Page 62: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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- Arranjo dos componentese identificação dos circuitos

- Integridade da pintura e pontos de oxidação

• Tomadas

- Limpeza e estanqueidade

- Medição de tensões entre fases e para terra

- Garantia da continuidade do condutor de proteção “PE”

- Teste de dispositivos de bloqueio inserção e remoção do plugue com tomada energizada

Page 63: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

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16.1 Freios eletro-hidráulicos. Inspeção

• Limpeza, corrosão e fixação

• Eletrodutos e cabos de alimentação

• Ruidos anormais e vazamentos de óleo

• Sinais de abrasão no eixo de acionamento

• Resistência de isolamento do motor

• Teste de desempenho durante frenagem

Figura 16.1 - Freio eletro-hidráulico

UNIDADE XVI

Page 64: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

64

Page 65: Tecnicas de Inspecao e Procedimentos

65

17.1 - Freios eletromagnéticos. Inspeção

• Limpeza, fixação, corrosão, eletrodutos e cabos de alimentação

• Vibração

• Resistência de isolamento

• Aquecimento anormal e estado do resistor de economia

• Tensão da alimentação do conjunto freio e resistor e do freio, comparando com valores nominais

• Resistência ôhmica do resistor de economia. Comparar com nominal

• Teste de desempenho de frenagem

UNIDADE XVII

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18.1 Detectores de meta e separadores magnéticos. Inspeção

• Painel de alimentação

- Limpeza, pintura, medição e sinalização operativas, componentes internos e aterramento

• Elemento de detecção e separação

- Aterramento, fixação, limpeza e pintura

- Nível, temperatura e vazamentos

- Amostrar para físico-químico

• Resistência de isolamento

• Efetuar teste de identificação e remoção de peça metálica

UNIDADE XVIII

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19.1 Dispositivos de proteção e comando de campo

Chaves de velocidade, desalinhamento e emergência de correia transportadora, comando local,

fim de curso, etc.

Figura 19.1 - Dispositvos de proteção e comando de campo

19.2 Inspeção

• Fixação na base com todos os parafusos

• Limpeza e pintura preservadas

• Eletrodutos, condutores e vedação

• Grau de proteção preservado

• Proteções contra danos preservadas

• Aterramento da carcaça

• Teste de funcionamento

UNIDADE XIX

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Exercícios:

1) Um motor de indução trifásico 50 HP/ 220V/ 60 HZ/ 130 A/ 1740 RPM/ cosz = 0,82/h = 92%/

F.S – 1,15, apresenta as seguintes correntes em cada uma das fases RST: IR = 132 A, I

S= 127 A, I

T =

134A. Calcule o desequilíbrio da corrente.

2) Quais as possíveis causas do desequilíbrio de corrente nos motores elétricos?

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3) Quais as conseqüências para o motor que está operando com desequilíbrio de corrente dos

limites recomendados pelos fabricantes?

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4) Quais os tipos de folga que podem ocorrer no acoplamento motor-máquina acionada?

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5)Enumere alguns itens de inspeção em máquinas elétricas rotativas, e nas instalações do motor

e na operação.

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6) Relacione causas de falhas de motores elétricos.

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7) Os resultados do ensaio físico-químico do óleo de dois transformadores A e B estão listados

abaixo:

A B

Rigidez dielétrica (KV) 18 36Acidez (mg KO/H/g) 0,32 0,10

Teor de umidade (pp m) 40 20Tensão interfacial (dina/cm) 18 31

De acordo com estes valores, qual dos dois transformadores pode entrar em operação e qual

precisa ser separado para manutenção (troca de óleo, rejuvenescimento, secagem, filtragem, etc.)

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8) Qual o objetivo da cromatografia dos gases dissolvidos no óleo isolante dos transforma-

dores?

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9) Quais são os materiais isolantes utilizados em cabos de potência?

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10) O que é o fenômeno da arborescência (treeing) que ocorre nos cabos de potência?

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11) Descreva os principais itens de inspeção em capacitores de potência.

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12) Quais são os sistemas de aterramento reconhecidos pela ABNT?

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13) Liste alguns itens de segurança que devem ser observados durante as tarefas de manu-

tenção em inversores de freqüência.

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14) Quais os principais itens de inspeção em disjuntores de média tensão?

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15) Liste os itens de inspeção que devem ser observados em contadores de média tensão.

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16) Descreva os itens de inspeção para chaves seccionadoras de média tensão.

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17) O que são cubículos de potência e CCM?

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18) Quais os itens de inspeção para cubículos e painéis elétricos?

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19) Liste os itens de inspeção para bancos de baterias.

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20) Qual é a aplicação de banco de resistores sólidos e dos reostatos com resistência líquida?

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21) Descreva os itens de inspeção para galerias, rotas de cabos e eletrodutos.

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22) Qual a aplicação, em sistemas de alarme e incêndio, do detector óptico de fumaça , do iônico,

do térmico e do termo-velocimétrico?

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23) De acordo com a NBR-5410, quais as tomadas que devem ser protegidas por dispositivos

diferenciais residuais (DR) da ordem de 30 mA?

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24) Liste os itens de inspeção para freios eletro-hidráulicos e eletromagnéticos.

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25) O que deve ser inspecionado em detectores de metal e separadores magnéticos?

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26) Quais os itens de inspeção para os dispositivos de proteção e comando de campo como fim-

de-curso, chave de velocidade e desalinhamento?

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1 ALCOA, Manual de Cabos de Média Tensão, [s.n., 1995].

2 CARBOMEC, Manual de Escovas de Carvão, [s.n., 1997].

3 CST, Apostilas do Programa de Certificação Operacional – Inspetor de Eletricidade, WEG

Indústrias LTDA. Vitória: [s.n.,2005].

4 CST, Apostila do Programa de Certificação Operacional – Inspetor de Eletricidade, “Disposi-

tivos de Seccionamento e Comutação” – W-SERVICE. Vitória: [s.n., 2005].

5 JORDÃO, D. M., Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de

Petróleo. Atmosferas Explosivas – Qualitymark, 2ª ed. Vitória:[s.n., 1988].

6 KITAGUCHI, T., Apostila Manutenção de Transformadores Imersos em Líquidos Isolantes,

[s.n., 2000].

7 LOBOSCO, O. S. e Dias, J. L. P C., Seleção e Aplicação de Motores Elétricos, SIEMENS, Ed.

McGRAW HILL, [s.n., 1988].

8 LOPES, P. T. F., Notas de Aula do curso de Pós Graduação em Engenharia de Manutenção

– ABRAMAN/UNIVIX, [s.n., 2005]

9 MILASCH, M., Manutenção de Transformadores em Líquido Isolante. Ed. Edgard Blucher. [s.n.,

1984].

10 MORAN, A. V., Manutenção Elétrica Industrial. Ed. Ícone. São Paulo: [s.n., 1996].

BIBLIOGRAFIA

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11 PIRELLI, Manual de Cabos Elétricos, [s.n., 1996].

12 SEERCIL RINGS DOR, Manual de Escovas de Carvão, [s.n., 1995].

13 WEG, Manual de Motores CC, [s.n., 1995].

14 WEG, Manual de Elétricos, [s.n., 1995].