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MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Análise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1. DESENVOLVIMENTO REDACIONAL 1.1. BREVE CONCEITO O produto final de todo o processo de análise é o Relatório de Análise Financeira. O leitor há de ter percebido que dispusemos em compartimentos estanques, nos Anexos ou Relatórios de Saída, os elementos contábeis pertinentes às estruturas patrimoniais e financeiras e de desempenho econômico. Assim fizemos propositadamente, de maneira a colher resultados no momento de desenvolver a elaboração do texto definitivo sobre o juízo de valor que formamos sobre a empresa analisada. Um relatório de análise econômico-financeira retrospectiva obedece, em princípio, a duas orientações básicas: a) Com descrições detalhadas diagnosticais: para o caso de análise de projetos de investimento, visando à concessão de apoio de colaboração financeira; para o caso de empresas que estão sendo avaliadas para investidores interessados em fixar seu valor de compra; nos casos de acompanhamento da implantação de projetos econômicos (expansão, relocalização, modernização, aporte de capital de giro, saneamento financeiro ou qualquer outro tipo de apoio financeiro a empresa já existente); e nos casos em que a empresa apresenta desvios em relação às metas estabelecidas na análise do projeto. b) Com descrições sucintas conclusivas: para os casos em que a empresa analisada caminha dentro do previsto, em relatórios de acompanhamento de rotina, quando do enquadramento de Cartas Consulta, em análises para simples verificação de contrapartida etc. Em qualquer um dos dois tipos de relatórios, o desenvolvimento da redação deverá obedecer a uma determinada metodologia – ordenada, objetiva e consistente –, de forma a que não se misturem, de forma aleatória, comentários patrimoniais, financeiros e econômicos no corpo do texto, desorientando assim o leitor. 1.2. CONTEÚDO E FORMA DE APRESENTAÇÃO Existem diversas formas de apresentação de relatórios de análise financeira. Sugerimos a apresentada abaixo (escola européia), que 1

Tecnicas redacionais

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  • 1. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1. DESENVOLVIMENTO REDACIONAL1.1. BREVE CONCEITOO produto final de todo o processo de anlise o Relatrio de Anlise Financeira. O leitor h de ter percebido que dispusemos em compartimentos estanques, nos Anexos ou Relatrios de Sada, os elementos contbeis pertinentes s estruturas patrimoniais e financeiras e de desempenho econmico. Assim fizemos propositadamente, de maneira a colher resultados no momento de desenvolver a elaborao do texto definitivo sobre o juzo de valor que formamos sobre a empresa analisada.Um relatrio de anlise econmico-financeira retrospectiva obedece, em princpio, a duas orientaes bsicas:a) Com descries detalhadas diagnosticais: para o caso de anlise de projetos de investimento, visando concesso de apoio de colaborao financeira; para o caso de empresas que esto sendo avaliadas para investidores interessados em fixar seu valor de compra; nos casos de acompanhamento da implantao de projetos econmicos (expanso, relocalizao, modernizao, aporte de capital de giro, saneamento financeiro ou qualquer outro tipo de apoio financeiro a empresa j existente); e nos casos em que a empresa apresenta desvios em relao s metas estabelecidas na anlise do projeto. b) Com descries sucintas conclusivas: para os casos em que a empresa analisada caminha dentro do previsto, em relatrios de acompanhamento de rotina, quando do enquadramento de Cartas Consulta, em anlises para simples verificao de contrapartida etc. Em qualquer um dos dois tipos de relatrios, o desenvolvimento da redao dever obedecer a uma determinada metodologia ordenada, objetiva e consistente , de forma a que no se misturem, de forma aleatria, comentrios patrimoniais, financeiros e econmicos no corpo do texto, desorientando assim o leitor. 1.2. CONTEDO E FORMA DE APRESENTAOExistem diversas formas de apresentao de relatrios de anlise financeira. Sugerimos a apresentada abaixo (escola europia), que atende ao nosso dia-a-dia profissional, alm de ser um roteiro utilizado nas maiores instituies de crdito do pas.1.3. ROTEIRO PARA ELABORAO E APRESENTAO DO RELATRIO FINAL DE ANLISERelatrio de Anlise Financeira1.3.1. Introduo Na Introduo, o analista deve fazer constar, dentre outros fatos que julgar relevantes, os seguintes aspectos: o perodo abrangido pela anlise, os demonstrativos contbeis (demonstraes financeiras) que lastrearam a alimentao dos dados espelhados nos Relatrios de Sada, quais as empresas de auditoria que certificaram as demonstraes financeiras ano a ano, os ajustes relevantes de rubricas de um grupamento para outro, tendo em vista revelar a verdadeira estrutura patrimonial da empresa, bem como o seu desempenho operacional, e, finalmente, mencionar as visitas e entrevistas inclusive contatos telefnicos mantidos com os dirigentes da1

2. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante empresa, bem como quaisquer outras informaes adicionais que julgar importantes, no sentido de subsidiar a leitura e interpretao por parte de terceiros ou superiores. Importante tambm informar se os valores da srie histrica apresentam-se expressos em moeda de mesmo poder aquisitivo em moeda constante , com o poder de compra do ltimo perodo. 1.3.2. Indicadores e variveis econmico-financeiros selecionados Consideraes sobre o Resumo de Indicadores e Variveis SelecionadosNo momento em que inicia os procedimentos de ajustes preparatrios das rubricas das demonstraes financeiras, no Plano de Contas do SisaFin, o profissional j se encontra em plena atividade de anlise. J nessa fase, poder observar os desvios mais significativos ocorridos no horizonte da srie histrica sob exame (fazendo anotaes parte), bem como destacar os pontos positivos ou negativos da situao econmico- financeira da empresa analisada sempre sob o ponto de vista de quem vai ler o relatrio final.Desse modo costumamos selecionar uma amostra bsica de indicadores e variveis econmicos e financeiros que, aps uma breve leitura revelar para um leitor atento (e com noes bsicas de anlise financeira empresarial) a real situao da empresa, sob o ponto de vista financeiro, econmico e patrimonial, ao longo do perodo analisado. A interpretao dessa bateria de indicadores e variveis relevantes ficar distribuda por ordem de prioridade, conforme o esquema apresentado a seguir.2 3. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.3.3. ComentriosComentar a evoluo de uma srie histrica de dados econmicos e financeiros extrados de demonstrativos contbeis significa narrar, de forma ordenada, concisa e objetiva, o desempenho da atividade econmica e seus correspondentes reflexos no patrimnio empresarial, sem nunca esquecer que toda empresa privada tem como objetivo principal a gerao de lucro dentro do possvel aumentando-o de um ano para o outro atravs de incessantes tentativas de crescimento real de receitas e reduo real de seus custos de operao.Investimentos, expanses, modernizaes ou atualizaes tecnolgicas do processo produtivo so feitos pela administrao, quase sempre com o objetivo de aumentar as receitas operacionais da empresa, com correspondente reduo de despesas (CPV, Servios e Operacionais).Para a execuo dos seus planos e metas, a empresa concebe estratgias, elabora e implementa projetos de investimento, capta recursos financeiros nas diversas instituies de crdito, realiza aumentos de capital, via lanamentos de aes, emite debntures e toma outras providncias que resultam em alteraes patrimoniais, econmicas e financeiras.Caber ao analista, de posse dos demonstrativos contbeis e das informaes extradas dos Relatrios Anuais da Administrao, formar um juzo de valor da situao econmica e financeira da empresa analisada. Essa percepo estar espelhada no item Concluso e Recomendao. O modo como o analista chegou formao desse juzo sobre a empresa ser comentado no mbito do texto, sob a forma de relato dos aspectos patrimoniais, econmicos e financeiros.Comentar significa relatar a um terceiro repetimos de maneira ordenada, objetiva, concisa, encadeada e consistente, como o analista desenvolveu o seu conceito ou juzo de valor sobre a empresa analisada; porque a empresa X desfruta de uma determinada situao, boa ou m, sob a tica patrimonial, econmica e financeira.Assim, os comentrios sero feitos em compartimentos estanques, conforme os itens de descrio abaixo assinalados.1.3.3.1. Aspectos Patrimoniais e/ou Estruturais Neste grupo o analista deve comentar a evoluo do nvel de endividamento da empresa e, sendo o caso, informar sobre o perfil da dvida alteraes sobre a combinao de recursos prprios e de terceiros ao longo do perodo em anlise. Eventos relevantes ocorridos na estrutura no patrimnio fatos ativos e/ou passivos devem ser ressaltados, assim como quaisquer desvios nos nveis de distribuio das aplicaes de recursos nos grupamentos do Ativo.Por exemplo: uma empresa passa a gerar excedentes significativos de caixa por conta da sua atividade econmica, mas, em vez de promover distribuio de dividendos ou expandir sua capacidade instalada, resolve aplicar esses excedentes em empresas controladas e coligadas, sob a forma de emprstimos no Realizvel de Longo Prazo. Casos h em que recursos financeiros excedentes so aplicados, com fins especulativos, em imobilizaes no destinadas ao uso.3 4. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Sero merecedores de destaque tambm os aumentos de Patrimnio Lquido escritural na conta Reservas de Reavaliao como decorrncia de contrapartida contbil de reavaliaes do Ativo Imobilizado feitas com base em laudos tcnicos procedimento corriqueiro nos ltimos anos, como conseqncia direta dos efeitos da Lei 9.249/95. A anlise horizontal das rubricas do Balano Patrimonial e do DRE tem muita utilidade como subsdio aos comentrios pertinentes estrutura patrimonial e variao observada no desempenho da atividade. Maior utilidade ter essa anlise se for feita com auxlio de ndices inflatores, que permitiro visualizar os desvios reais deste ou daquele elemento patrimonial ou de fluxo (receitas e despesas) o que poder ser feito com as opes Valores Inflacionados e Valores em US$ mil do SisaFin. Os comentrios sobre as variaes das contas de fluxo sero feitos no sub-item subseqente.1.3.3.2. Aspectos EconmicosA anlise dos aspectos econmicos observados numa srie histrica de demonstrativos financeiros de uma empresa sob exame, ainda que limitada pela escassez de informaes complementares (cuja obteno, na maioria das vezes, s possvel em visitas fsicas s unidades produtivas ou em entrevistas com seus dirigentes), de fundamental importncia para que o analista obtenha noo de conjunto dos elementos que concorreram para apresentao de uma boa ou m situao financeira final. Na anlise dos demonstrativos financeiros, falar em aspectos econmicos significa dar destaque a eventos pertinentes formao das receitas, relacionados com os respectivos custos que as suportaram. Citaremos abaixo alguns aspectos que devem merecer destaque nos comentrios sobre o desempenho da atividade de uma empresa ao longo do horizonte da anlise. 1.3.3.2.1. Nvel de ocupao da capacidade instalada Conhecedores de que os custos fixos no variam com o volume de produo, salvo quando ocorrem por degrau mudana de escala de produo, como, por exemplo, aumento de turnos de trabalho, ou horas trabalhadas , sabemos que, quanto menor for o nvel de produo e de vendas de uma unidade industrial, maior ser o custo unitrio final dos produtos fabricados. Quando a empresa est produzindo ao nvel mximo da sua capacidade instalada, teoricamente, obtm um custo total unitrio menor, em valores absolutos, visto que seus custos fixos totais so diludos por maior quantidade de produtos fabricados.Em perodos recessivos, as empresas, mormente de setores industriais, passam a operar em nveis bem abaixo de sua capacidade instalada. Nessas circunstncias, os custos totais de fabricao so diludos por um volume menor de produtos tornando o custo unitrio do produto mais elevado.Quando essa informao no consta no Relatrio de Administrao, sua obteno s ser possvel via consulta empresa por visita, correspondncia ou contato telefnico.1.3.3.2.2. Volume de Produo e VendasA informao sobre os quantitativos de produo e venda dos produtos fabricados, com os respectivos preos unitrios mdios praticados no perodo, muito valiosa; alm de conjug-la com o nvel de ocupao da capacidade instalada da empresa, o analista4 5. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante pode saber quais produtos contribuem de forma mais significativa na formao da Receita Operacional Bruta da empresa.A partir desse relatrio, tambm possvel acompanhar os nveis de estoques de produtos acabados, alm de outros aspectos de natureza financeira e comercial, como, por exemplo, alteraes no perfil dos mercados (interno e externo) em que as vendas ocorrem lembrando que nas vendas destinadas ao mercado externo no h a incidncia de impostos diretos (IPI, ICMS, PIS e Cofins).1.3.3.2.3. Evoluo Mensal (ou Peridica) do Custo Unitrio do Produto e Preo de Venda PraticadoEstas informaes no so fornecidas nas Demonstraes Financeiras. Havendo oportunidade, o analista dever obt-las da empresa, pois nelas, provavelmente, estaro as explicaes sobre o comportamento sazonal de alguns indicadores, tais como os percentuais de crescimento real do Custo dos Produtos Vendidos CPV e da Receita Operacional Lquida ROL.1.3.3.2.4. Crescimento Real da Receita LquidaJ comentamos a importncia deste indicador em qualquer anlise financeira e discorremos sobre seu conceito e forma de clculo (o que feito automaticamente no Sistema, no modo inflacionado). Os sub-itens acima serviro, sobretudo, para consubstanciar os motivos pelos quais a receita apresentou esse ou aquele comportamento. Este indicador gera a necessidade do clculo subseqente do crescimento real do CPV (custo dos produtos vendidos), com o qual deve ser cotejado, lembrando que a situao ideal perseguida pela empresa ser sempre aumento da receita e diminuio dos respectivos custos, em termos reais.1.3.3.2.5. Margem BrutaA margem bruta mede o grau de eficincia tcnica produtiva da empresa. Comentrios sobre a evoluo dessa margem ao longo do perodo analisado e sobre se seus nveis se mantiveram estveis devem ser feitos, procurando fundamentar os motivos que concorreram para o bom ou mau desempenho deste ou daquele indicador.1.3.3.2.6. Nvel das Despesas FinanceirasAs despesas financeiras constituem um dos poucos itens do grupamento das despesas operacionais que no possui caractersticas de custo fixo juros pagos no perodo. As diversas alteraes havidas no Brasil, nos ltimos anos, no custo de captao de recursos financeiros no mercado de crdito criaram uma convico para a classe dos analistas financeiros: "as despesas financeiras se constituem numa varivel basilar de aferio de eficcia administrativa". Se no forem contidas em nveis suportveis, podem pura e simplesmente sangrar toda a contribuio bruta gerada pela atividade econmica da empresa.O mesmo raciocnio dever ser desenvolvido, no sentido inverso, para a anlise do comportamento das receitas financeiras. Em pocas recessivas e/ou inflacionrias, prtica normal das empresas o desvio de recursos financeiros de investimentos produtivos para aplicaes em inverses financeiras, de natureza especulativa, na expectativa de ganhos inflacionrios. Casos h em que o valor das receitas financeiras suplanta a totalidade dos gastos operacionais (grupo das despesas operacionais).5 6. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Este item no poder passar despercebido para um profissional consciente. Qualquer alteraes no comportamento das despesas e das receitas financeiras, ou mesmo seu estacionamento em baixos patamares, relativamente ao valor da receita lquida, devero ser objeto de destaque.1.3.3.2.7. Margem OperacionalEsta margem de lucratividade dimensiona a eficcia da gesto administrativa da empresa. Sua alterao ao longo do perodo em anlise tem que ter suas causas identificadas. As anlises horizontal e vertical fornecero ao analista os elementos necessrios formao de juzo de valor a respeito da variao observada.Alm das despesas e das receitas financeiras, a conta "Ganhos ou Perdas de Equivalncia Patrimonial" costuma alterar o resultado operacional da empresa isso no caso em que a margem bruta se mantenha constante. O mais correto, portanto, o analista apurar o valor do Lucro Operacional aps as Despesas Financeiras Lquidas, pois este indicador no contaminado com rubricas no monetrias, tais como provises e reverses de provises.1.3.3.2.8. Margem LquidaEsse indicador de lucratividade final das operaes de vendas pode se alterar de um ano para o outro e as razes podem ter as origens mais variadas. O ideal seria que o crescimento dessa margem de lucratividade fosse uma decorrncia natural de aumentos nas margens bruta e operacional, mas nem sempre isso que ocorre. Podemos citar exemplos de lucros lquidos que so significativamente aumentados em decorrncia de outras receitas no operacionais, de resultados no operacionais, de ganhos ou perdas inflacionrias e, ainda de resultados da equivalncia patrimonial. O comportamento das variveis citadas e sua influncia na formao do Lucro Lquido Aps o IR deve ser observado com a devida ateno por parte do analista.1.3.3.2.9. Indicadores de RentabilidadeConstituem objeto de avaliao, tanto no que diz respeito ao retorno do capital social (lucro por ao) quanto no que se refere remunerao do capital prprio total Patrimnio Lquido aplicado no empreendimento.1.3.3.2.10. Caixa Operacional Gerado das operaes sociaisO lucro econmico da empresa seu resultado lquido aps o imposto de renda. Serve como instrumento final de avaliao da gesto. A partir dele identificamos a lucratividade final da atividade econmica da empresa, bem como determinamos o retorno do investimento ou sua rentabilidade. Do ponto de vista financeiro, precisamos saber se os recursos financeiros auferidos (recebidos) do resultado de suas operaes sociais so compatveis com o volume dos seus compromissos operacionais e suas dvidas extra-operacionais (estoque de dvidas de longo prazo). Essa identificao s ser possvel aps determinarmos o lucro financeiro gerado por sua atividade econmica bloco inferior do Relatrio de Sada de Demonstrativos de Resultados Comparados. O lucro financeiro, adicionado ao valor das aplicaes financeiras do ano anterior e diminudo do valor das amortizaes do perodo, nos permitir afirmar qual a capacidade de pagamento da empresa. 6 7. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVASISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante sempre indispensvel informar nos comentrios econmicos se a atividade econmica da empresa lhe propicia confortvel capacidade de pagamento sem o que nenhum empreendimento torna-se atrativo para investidores e financiadores.1.3.3.3. Aspectos FinanceirosAlteraes havidas no investimento, na combinao de estruturas de capitais prprios e de terceiros , securitizaes de dbitos com alteraes de perfil de endividamento, desimobilizaes de ativos no destinados a uso, participaes societrias (acertadas ou equivocadas) no capital de outras empresas, aplicaes de reservas monetrias em empresas ligadas, recebimento de crditos de difcil realizao, variaes no desempenho da atividade econmica, dentre outras ocorrncias, redundaro em modificaes na estrutura financeira da empresa analisada para melhor ou pior.O analista financeiro dever tecer comentrios sobre a evoluo dos ndices financeiros (liquidez, solvncia, perfil da dvida, endividamento bancrio, perfil do endividamento bancrio etc.), sempre mencionar os motivos que concorreram para uma variao significativa (para mais ou para menos) em algum ou na maioria dos ndices.Se possvel, deve-se calcular a variao do capital de giro prprio, pois a insuficincia de recursos financeiros para suportar um eventual aumento no volume dos negcios (fato elementar observado nas rubricas, entre um exerccio e outro) faz-se da maior importncia para a compreenso do conjunto (liquidez, distribuio de recursos, alocao das inverses etc).Se a evoluo da situao financeira apresentar distores significativas (para mais ou para menos), haver necessidade de justificar estes fatos procurando as explicaes na gerao do caixa operacional da empresa vis-a-vis a variao de capital de giro prprio, aumento de inverses em itens do Permanente, amortizaes do estoque da dvida, entrada de capitais novos (prprios ou de terceiros), inverses extra- operacionais (sobretudo do Realizvel de Longo Prazo e compra de controle de outras empresas); distribuies de lucros etc.1.3.3.3.1. Anlise da Contrapartida de Recursos Prprios para o Projeto90% dos casos so anlises retrospectivas de empresas j existentes que pretendem implantar projetos de investimento de expanso. Cabe ao profissional indicar no seu parecer se a empresa analisada tem capacidade financeira de cumprir com o aporte de recursos prprios do projeto de investimento objeto da anlise.Esta tarefa costuma ser desprezada, visto que constitui um misto de anlise retrospectiva com prospectiva (ainda que preliminar). O analista dever considerar a memria de clculo a seguir discriminada, para determinar se a empresa necessitar de aportes de recursos prprios adicionais aos de sua auto-gerao.(+) Caixa operacional gerado(+) Saldo final de aplicaes financeiras 7 8. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVASISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante (-) Amortizaes do estoque da dvida de longo prazo (conforme o perfil de pagamento)(-) Investimentos fixos do projeto a ser implementado(-) Acrscimo de capital de giro prprio(+) Financiamentos solicitados para o projeto de investimento(=) Disponvel para investimentos adicionais Se o valor disponvel para investimentos for negativo, indicar que a empresa necessitar de aporte de recursos prprios adicionais de acionistas atuais ou novos, pois sua gerao no suficiente para atender a contrapartida do projeto.Lamentavelmente, esta anlise no vem sendo praticada pela maioria das instituies financeiras. Contudo, os departamentos de anlise de rating (anlise de risco de crdito) so obrigados a tal procedimento.Ser necessria a ajuda de uma anlise prospectiva ainda que em carter preliminar onde sero considerados os efeitos do estoque da dvida existente, com o correspondente servio (amortizao e juros), para chegar a um valor fidedigno.Apresentamos a seguir um esquema resumo de projeo com renegociao de saldo devedor (R$ 97,7 milhes) e financiamento adicional (R$ 13,0 milhes) , onde foi considerado o desempenho operacional do ltimo perodo bsico retrospectivo, com o balano de partida ajustado de forma a termos o capital de giro ajustado a custo caixa, considerando o saldo inicial de caixa e o servio do estoque da dvida renegociado convenientemente no perodo de implementao do projeto objeto de exame. 8 9. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.3.3.4. Concluso e RecomendaoCom base no relato desenvolvido ao longo do item em pauta, o analista dar seu parecer, informando, sem deixar sombras de dvidas para os destinatrios do texto de anlise, se a empresa rene, sob o ponto de vista econmico e financeiro, do patrimnio e da gesto, as condies necessrias para receber apoio de colaborao da instituio financeira.Havendo ressalvas ou pontos que o analista deseje destacar, dever faz-lo. Para tanto, dever recomendar as providncias que devero ser adotadas para que a empresa seja considerada pronta para se habilitar tomada do crdito. 1.3.4. Anlise Sucinta com Comentrios ConclusivosA depender da necessidade de detalhamento do relato, o analista, de comum acordo com sua chefia imediata, poder optar pela forma resumida de apresentao de relatrio de anlise financeira. 9 10. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante O Relatrio de Anlise Retrospectiva, na sua forma resumida, contemplar os mesmos aspectos j detalhados acima. A diferena principal que o analista no dividir o texto em compartimentos estanques. imprescindvel destacar, para orientao do leitor destinatrio e do prprio analista, o quadro Resumo dos Indicadores e Variveis Selecionados. Esse relatrio dever estar presente em qualquer forma de apresentao de relatrios.Os comentrios conclusivos devero obedecer a uma forma descritiva disciplinada, ainda que aparentemente desordenada. Comentaremos os diversos aspectos, dando prioridade aos eventos patrimoniais, a seguir aos econmicos e, finalmente, aos aspectos financeiros e seus desdobramentos.Normalmente esses comentrios no devem ultrapassar uma pgina. Numa fase subseqente, ser adicionado o item de Concluso e Recomendaes.Esta forma condensada de apresentao usada cada vez com maior freqncia, por solicitao dos executivos, sob a justificativa de diminuir o tamanho do texto do relatrio final de anlise penalizando a anlise financeira retrospectiva.1.4. EXEMPLOS REAIS (com 8 Redaes para base de referncia inicial)Textos oferecidos a titulo de exemplos espelhos, at que o profissional de projetos adquira estilo prprio. A desenvoltura redacional plena s se adquire com o exerccio da prtica. 10 11. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.1. Anlise Financeira Retrospectiva Exemplo 1 Empresa de Celulose1.4.1.1. IntroduoTrata-se de um projeto florestal de uma empresa controlada de uma fabricante de celulose, cuja finalidade consiste em assegurar continuidade, qualidade e preo de matria-prima (madeira gerada em florestamento prprio de eucalipto). A implementao de tal investimento no trar impacto direto sobre as receitas e despesas de custos de operao da empresa controladora, principal devedora do crdito a ser concedido.Por esse entendimento, dentre outros, o grupo tcnico decidiu no elaborar as projees financeiras do projeto em pauta. Com isso, as consideraes sobre a capacidade de pagamento do empreendimento sero feitas no mbito da prpria anlise retrospectiva (desenvolvida a seguir), onde sero comentados os elementos indispensveis de avaliao financeira da empresa.A presente anlise tem como lastro as demonstraes financeiras consolidadas da Celunorte S/A, encerradas nos perodos de dez/2000 a jun/2003 e certificadas pela Belmonte Auditores Independentes.As contas dos demonstrativos contbeis foram objeto de ajustes e reclassificaes, em conformidade com o plano de contas da Lei das S/A, tendo em vista estabelecer uniformidade e consistncia para a srie analisada.Aps a classificao e tabulao comparativa das diversas rubricas contbeis, promoveu-se a atualizao de seus valores para a data base de 30/06/2003 (data do ltimo balancete de 2003), com o objetivo de proceder anlise de suas variaes em moeda de mesmo poder aquisitivo. Para tal mister, foi utilizado o indexador IPCA-Esp, do IBGE.A anlise e os ajustes das contas das demonstraes financeiras resultaram nos quadros gerenciais em anexo Balanos Patrimoniais e Demonstrativos de Resultados Comparados; Indicadores Econmico-Financeiros; Anlises Horizontal e Grfica das Principais Rubricas, de onde coligimos o resumo que se segue, com vista ao desenvolvimento dos comentrios correspondentes. 11 12. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.1.1. RESUMO DE VARIVEIS/ E INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS 1.4.1.3. Comentrios A Celunorte S/A, ao longo perodo analisado, conviveu com um nvel de endividamento geral confortvel, de 44%, 52% e 44%, respectivamente, nos anos de 2001, 2002 e set/2003. Sua evoluo indica satisfatrio nvel de capitalizao: 56%.Em junho de 2003, os recursos da empresa estavam assim distribudos no investimento total: Permanente - 74%; Circulante - 21% e Realizvel a Longo Prazo - 5%.Em set/03 o Ativo Imobilizado representou cerca de 60% do Ativo Total e o grau de imobilizao (Imobilizado/PL) acusou um ndice de 1,06, indicando que o capital prprio da empresa est inteiramente comprometido com o volume de recursos alocado no seu Ativo Fixo. 12 13. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante A dvida bancria total diminuiu de R$ 1.415 milhes, em 2002, para R$ 1.001 milhes, em set/03, em razo da valorizao do real em relao ao dlar, ocorrida ao longo de 2003, bem como por conta do pagamento de parcelas de financiamento vencidas no curto prazo. Com isso, a emprese manteve praticamente inalterado o perfil de sua dvida bancria: 38% em set/03 contra 36% em dez/02.No perodo examinado constatou-se a existncia de indicadores financeiros saudveis, ainda que com uma evoluo cadente. O perfil da dvida total de 36%, em 2003, considerado bom, relativamente ao grau de liquidez da empresa: 1,23. O capital de giro prprio da atividade se manteve em patamares satisfatrios ao longo de todo o perodo.Ilustramos a seguir a variao do capital de giro prprio ajustado (figura seguinte), onde o valor de Contas a Receber, pelo lado das necessidades, est lquido de depreciao, amortizao, impostos e margem de lucros; pelo lado de recursos financiadores, o item de Instituies Financeiras apresentado lquido de transferncias do Exigvel de Longo Prazo. Conforme se pode constatar, a empresa possui capital de giro de funcionamento perfeitamente coberto com recursos tradicionais e espontneos disponveis no mercado. Os valores de Instituies Financeiras, nos 4 ltimos perodos, suplantam os de Contas a Receber (sem representar com isso saques a descoberto), pois a empresa faz uso intensivo de linhas de crdito de exportao cujo custo de captao baixo se comparado ao custo de captao em moeda nacional.Os excedentes de caixa disponveis para investimentos indicam a pujana e liquidez financeira da Celunorte S/A.A receita lquida de 2001, em relao ao ano de 2000, experimentou evoluo negativa real de 2,94%, e, a de 2002, em relao ano de 2001 evoluiu 17,20%.As variaes percentuais observadas nos custos de produo (CPV) foram, para o mesmo perodo, respectivamente, 16,16% e 0,91%. Com isso a empresa experimentou um salto na sua margem bruta, que evoluiu de 51,44%, em 2001, para 58,19%, em 2002, e para 60,76%, em set/03.13 14. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Por se tratar de avaliao mais abrangente o Grupo de Anlise entende oportuno apresentar o quadro de desempenho que se segue. As diversas rubricas de lucro (operacional e lquido), se comparadas sua receita lquida, revelam percentuais indicativos de boa lucratividade na mdia do perodo.A gerao operacional de caixa satisfatria, indicando que a empresa possui capacidade de pagamento que permite absorver novos emprstimos de Longo Prazo como se pode depreender do ndice dvida bancria lquida/caixa operacional gerado, que apresentou valores de 2,84, 3,06 e 4,33 (anos), relativamente aos perodos de 2001, 2002 e set/03.Concluindo, os indicadores econmico-financeiros e a gerao operacional de caixa revelados no perodo analisado so adequados para o porte da Empresa, depreendendo-se, portanto, que a Empresa no representa fator de risco para a operao objeto da presente anlise.1.4.2. Analise Financeira Retrospectiva Ex. 02 Mdia Empresa de Papel Carto1.4.2.1. IntroduoAs contas dos demonstrativos contbeis, auditadas pela Arajo Associados Auditores Independentes S/C, foram objeto de ajustes e reclassificaes, em conformidade com o plano de contas da Lei das S/A, tendo em vista estabelecer-se uniformidade e consistncia para a srie analisada.Aps a classificao e tabulao comparativa das diversas rubricas contbeis, atualizamos seus valores para a data base de 30/09/03 (data do balancete de 2003), no sentido de proceder anlise de suas variaes em moeda de mesmo poder aquisitivo. Para tal mister, foi utilizado o indexador IPCA-Esp, do IBGE.A anlise e os ajustes das contas das demonstraes financeiras resultaram nos quadros gerenciais integrantes deste Relatrio de Anlise em anexo Balanos Patrimoniais e Demonstrativos de Resultados Comparados, Indicadores Econmico-Financeiros e Anlises Horizontal e Grfica das Principais Rubricas, de onde coligimos o resumo (apenas para os trs ltimos perodos) a seguir apresentado, com vista ao desenvolvimento dos comentrios correspondentes. 14 15. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVASISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.2.2. RESUMO DE VARIVEIS E INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS 15 16. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.2.3. VARIAO DO CAPITAL DE GIRO PRPRIO 1.4.2.4. Comentrios ConclusivosDo quadro acima se depreende que, no perodo analisado, a Papelcart conviveu com um endividamento geral ascendente de 42%, 57% e 59%, em 2001, 2002 e set/2003. Estes percentuais no so preocupantes, visto a empresa encontrar-se na sada da curva de aprendizagem do seu projeto de investimento, cuja implantao foi concluda em mar/03. Portanto, os resultados econmicos acumulados no seu patrimnio lquido, at set/03 e na sua maioria, s espelham a atividade dos ativos anteriores ao projeto.H que se destacar que, face aos equipamentos adquiridos em moeda estrangeira, em decorrncia da desvalorizao do real frente ao euro no perodo de setembro de 2002 a fevereiro de 2003, o projeto ficou cerca de 30% mais caro que o valor previsto o que comprometeu inclusive os recursos destinados ao giro de sua atividade.Pelos problemas de natureza tcnico-operacional experimentados no start-up da Mquina 3 objeto do projeto , a empresa fez crescer o seu Ativo Diferido, que evoluiu de R$ 1.902 mil, em dez/02, para R$ 18.273 mil, em set/03, como decorrncia de gastos pr- operacionais de produo incorridos em 2003, que no puderam ser recuperados com vendas de produtos.A juno destes fatos exauriu completamente as reservas financeiras da empresa, que teve de recorrer ao BNDES em busca de suplementao de recursos que viessem a capacitar financeiramente seu giro de operao, para poder funcionar com padres de competitividade num mercado j bastante concorrido.O perfil de sua dvida (percentual de concentrao de recursos de terceiros de curto prazo na dvida total) se manteve constante, mas o mesmo no se pode afirmar do perfil de sua dvida bancria, que evoluiu de 5%, em 2000, para 16%, no ltimo perodo, como decorrncia de captaes de curto prazo no mercado financeiro, a juros altos, para a continuidade de funcionamento com a nova capacidade instalada.Os indicadores financeiros da empresa so incipientes e evidenciam que esta est operando com insuficincia de capital de giro prprio. Se esta situao perdurar por mais 16 17. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante tempo, ocorrero sangrias financeiras por conta de pagamentos de juros sobre dvidas de curto prazo, que comprometero a j combalida capacidade de pagamento da analisada.A receita lquida de 2002, em relao ao ano de 2001, experimentou crescimento real. Contudo, observou-se um aumento do CPV no mesmo perodo, num percentual maior: 8,81%. Assim, a margem bruta da empresa declinou de 28,01%, em 2001, para 22,12%, em 2002 fato diretamente responsvel pelo declnio da gerao operacional de caixa.O aumento observado nos custos de produo em 2002, segundo alegaes da empresa, advm de aumentos ocorridos no fornecimento de matrias-primas e insumos, face desvalorizao do real frente ao dlar, verificada at 31/12/02.At set/03 a margem bruta se recomps para o patamar de 30,5%, refletindo a entrada em operao da Mquina 3 e fazendo com que a empresa acuse um faturamento/ms em volume superior a R$ 10,0 milhes. Declaraes dos dirigentes da Papelcart do conta de que as vendas no exerccio de 2003 sero superiores a R$ 90 milhes valor bem prximo daquele estimado no estudo prospectivo: R$ 97 milhes. Concluindo: com a implementao final do seu projeto de investimento e respectiva soluo dos impeditivos tcnicos com o start-up da Mquina 3, as vendas esto revelando seus primeiros indicativos de lucratividade. Assim, o entendimento do grupo tcnico de que a Empresa passar a reunir condies plenas de operacionalidade e, to logo rena os capitais financeiros necessrios movimentao de suas necessidades de giro, poder obter uma gerao de caixa compatvel com o servio de sua dvida.17 18. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.3. Anlise Financeira Retrospectiva Ex. 03 Empresa em fase de Enquadramento1.4.3.1. IntroduoOs demonstrativos contbeis das empresas IPB (Indstria Papeleira do Brasil) foram auditados pela Boucinhas & Campos. O Grupo de Anlise fez o ajuste das contas das empresas para o plano de contas da Lei das S/A e corrigiu seus valores para moeda constante, com mesmo poder de compra dos valores do ltimo perodo.1.4.3.2. RESUMO DE VARIVEIS/ E INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS 18 19. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante1.4.3.3. Comentrios ConclusivosDesde sua criao at 31/07/03, a IPB incorreu em gastos com investimentos em inverses fixas da ordem de R$ 10,2 milhes, assim distribudos: a) Inverses Anteriores ao Projeto - R$ 3,6 milhes; e b) Inverses do Projeto R$ 6,6 milhes, sendo R$ 2,9 milhes em investimentos fixos, R$ 2,04 milhes em capital de giro e R$ 1,6 milho em gastos pr-operacionais vinculados ao start-up da Mquina 2.Tais aplicaes correspondem, dentre outros eventos, a gastos intensivos com a manuteno corretiva de equipamentos e recuperao de partes vitais do parque industrial para sua entrada em operao, bem como a gastos com investimentos incrementais tcnicos pertinentes recuperao e adequao tcnica das mquinas IPB 1 (j concludos) e IPB 2, que, desde o ms de maro/03, j se encontra operando e em fase final da curva de aprendizagem.A auditoria externa achou por bem que a IPB, no encerramento do exerccio de 2002, baixasse contra a conta de resultados os gastos pr-operacionais acumulados no Diferido at dezembro de 2001, no valor de R$ 4,6 milhes, por entender que o montante ali acumulado continha gastos pr-operacionais relacionados com a Mquina 1 e da empresa como um todo. Assim, alm de a IPB no ficar com seu Ativo sobrecarregado com contas intangveis, o valor remanescente do Diferido (R$ 530 mil, em dez/02) passaria a refletir somente os gastos pr-operacionais do seu projeto de investimento adequao tcnica da Mquina 2, recuperao de partes vitais da indstria e gastos incrementais na rea energtica combustveis e energia eltrica.Por outro lado, num futuro prximo a IPB poder beneficiar-se com o no pagamento de Imposto de Renda, at o limite dos prejuzos contbeis gerados por tal procedimento que foi responsvel pelo prejuzo contbil escritural de R$ 4.320 mil no resultado econmico do exerccio de 2002.A IPB, atualmente, opera com uma produo diria limitada de 140 toneladas de papel, num patamar ligeiramente superior ao seu ponto de equilbrio 125 toneladas.O resultado lquido acusado em julho de 2003, de R$ 668 mil, foi em grande parte sangrado por despesas de juros acumuladas at esse ms, cerca de R$ 1,2 milho ou uma mdia de quase R$ 200 mil/ms pagas ao mercado financeiro de curto prazo. Alm de carecer da implementao de itens complementares de investimento fixo, a Empresa est acusando insuficincia de capital de giro prprio, sendo com isso instada a recorrer permanentemente a emprstimos onerosos de curto prazo para a continuidade de sua operao.A IPB alega que, a despeito da sangria financeira propiciada pelo pagamento de juros, no pretende perder a fatia de mercado j conquistada at o momento. Um percentual fixo de suas vendas (25%) vinculado a contratos firmes de fornecimento como o contrato mantido com a Rigesa, um dos principais produtores de caixas de papelo.Os aportes de recursos financeiros adicionais na IPB ainda no capitalizados feitos pela controladora, no valor de R$ 4, 5 milhes, esto devidamente registrados no Exigvel de Longo Prazo. Os demais dbitos do Exigvel de Longo Prazo, no valor de R$ 9,4 milhes, referem-se a dvidas com fornecedores de equipamentos VOITH , a re- escalonamentos de impostos federais e a diferimentos de ICMS, obtidos sob forma de incentivo fiscal. 19 20. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante A esse respeito, frisamos que a empresa obteve, desde maro do corrente ano, benefcio de incentivo fiscal do Estado da Bahia, que consiste no pagamento de apenas 28% do valor do ICMS a recolher do ms sendo 20% no ms da apurao e 8% no dcimo segundo ms seguinte resultando assim numa iseno fiscal de 72% sobre o ICMS/ms devido fator que aumenta o seu poder de competio em relao aos produtos vindos das regies Sul/Sudeste do pas.Na visita do grupo de anlise s instalaes da empresa, na Bahia, constatou-se que o faturamento bruto da Empresa para o exerccio corrente oscilar entre R$ 40 a R$ 44 milhes a depender do comportamento da demanda e recuperao de preos.A colaborao financeira do Sistema BNDES representa cerca de 24,74% do Ativo Total da IPB em 31/07/03. A IPB encontra-se com seu Ativo Imobilizado subavaliado (pela impossibilidade de promover a transferncia, incorporao e reavaliao da totalidade dos bens arrematados por sua controladora em leilo judicial) e ainda em fase de pagamento. A quitao desse dbito s ocorrer ao final de 36 meses. Do esplio adquirido, somente as duas fazendas rurais e a Mquina 2 oferecida ao BNDES como garantia para a operao encontram desgravadas e incorporadas ao patrimnio da IPB.Os dirigentes da empresa do conta de que para implementar ativos novos da magnitude daqueles compreendidos no conjunto dos bens do projeto seriam necessrios recursos financeiros em montante superior a R$ 100 milhes. Ao grupo tcnico cabe destacar que tais ativos, operando na sua plenitude, propiciaro um faturamento da ordem de R$ 90 milhes/ano.Por conseguinte, tambm no mbito dessa visita, ficou claro para o Grupo de Anlise que, a despeito de contar com competente diretor industrial, a Empresa precisa de investimentos fixos que lhe assegurem ganhos de produtividade imediatos nos setores de preparao de massa e de gerao de vapor, tais como: depuradores, refinadores e melhoria de presso na caldeira de gerao de vapor movida a biomassa. Assim, os ativos adicionais no setor de preparao de massa propiciaro melhor qualidade e preos ao produto final fabricado. Alm disso, o aumento de gerao de vapor, via reforma da caldeira de biomassa, imprimir maior velocidade s mquinas de papel, fazendo com que a empresa produza um volume mais expressivo de produto acabado por equipamento Mquinas I e II.No entender do grupo tcnico, sem a soluo dos aspectos apontados, a atividade da Empresa ter um tempo de vida limitado, pois, com o passar dos tempos, seu desejo por aumento de produo ser frustrado por problemas financeiros que se sucedero com manutenes corretivas e inadiveis em equipamentos que necessitam de reparos e atualizaes, tais como a caldeira que gera vapor para a secagem de papel. Concluindo, aps a implementao final do seu projeto de investimento recuperao da Mquina 2 e dos projetos energtico e de utilidades quando a empresa passar a reunir condies plenas de operar suas mquinas de papel em patamares de utilizao e produtividade prximos da capacidade nominal da fbrica no seu conjunto, a IPB reunir capacidade de pagamento para honrar o financiamento ora pretendido. 20 21. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.4. Analise Financeira Retrospectiva Ex. 04 Empresa de Bens de Capital1.4.4.1. IntroduoA presente anlise tem como lastro as demonstraes financeiras da Transfer S/A, encerradas nos perodos de dez/1999 a dez/2002. Alm disso, foram utilizados os subsdios e informaes operacionais prestados pelos dirigentes, quando da visita tcnica do G.An. s suas instalaes, em dezembro de 2002.A Transfer S/A uma das maiores empresas estrangeiras do setor de bens de capital e tem como principal objetivo a produo e comercializao, para os mercados interno e externo, de mquinas e ferramentas especiais tipo transfer e centros de usinagem automatizados em regime de encomenda.A empresa no possui sistema de acumulao de custos de produo integrado sua contabilidade financeira. Assim, seu CPV tradicionalmente apurado, pela conciliao da conta de compras com os saldos finais dos itens de estoques ao final de cada exerccio fiscal, o que feito em conjunto com a empresa de auditoria externa Transparncia Auditores Associados Ltda., que atesta anualmente a veracidade dos registros contbeis praticados pela empresa.Os estoques de produtos em processo so estimados pela aplicao do percentual de 56% ao valor dos estoques de produtos acabados, de acordo com o que determina a Lei do Imposto de Renda em vigor, que impe esta obrigao s empresas no possuidoras de sistema de custos integrado contabilidade financeira.As compras de materiais e componentes a serem aplicados aos produtos fabricados so feitas por projetos das encomendas de produtos em processo de fabricao. Para cada encomenda feita pelo mercado nacional, a Transfer S/A recebe 30% do preo final contratado em dlar a ttulo de adiantamento de clientes.Para outras encomendas, decorrentes do mercado externo, em face da alta competitividade existente, a empresa no recebe nenhum tipo de recurso pecunirio por parte do cliente pois pratica as mesmas condies de venda dos concorrentes estrangeiros , o que implica em ter de incorrer com capital financeiro intensivo aplicado no funcionamento ou giro do negcio, ou acrscimo de giro.As contas dos demonstrativos contbeis foram objeto de ajustes e reclassificaes, em conformidade com o plano de contas da Lei das S/A, tendo em vista estabelecer uniformidade e consistncia para a srie analisada.Aps a classificao e tabulao comparativa das diversas rubricas contbeis, promoveu- se a atualizao dos valores das mesmas para a data base de 31/12/02 (data do pr- balano do ano de 2002), no sentido de proceder anlise de suas variaes, em moeda de mesmo poder aquisitivo. Para tal mister, foi utilizado o indexador IPCA-Esp., do IBGE.Destaque-se que os gastos incorridos com o projeto de expanso esto devidamente acumulados em rubrica prpria no Ativo Permanente Obras em Andamento.A anlise e os ajustes das contas das demonstraes financeiras resultaram nos quadros gerenciais integrantes do Anexo Complementar 03, de onde coligimos o resumo dos trs ltimos perodos, com vista ao desenvolvimento dos comentrios correspondentes.21 22. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.4.2. RESUMO DE VARIVEIS E INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS 1.4.4.3. Comentrios 1.4.4.3.1. Patrimoniais A Transfer S/A, ao longo perodo analisado, conviveu com um endividamento geral concentrado em recursos financeiros de curto prazo representando fontes espontneas tradicional do giro da sua atividade econmica, donde citarmos: Fornecedores, Adiantamentos de Clientes, Impostos a Recolher, provises etc.Assim, at o presente, no faz uso de capitais de terceiros de longo prazo e todo o seu crescimento decorre de reinverso de lucros. Os seus recursos totais, em dez/2002, esto aplicados nos seguintes grupamentos do ativo: Permanente 32% e Circulante 68%. 22 23. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Conforme se constata no quadro anterior, a atividade econmica da Transfer S/A utiliza capital intensivo no giro dos seus negcios, visto tratar-se do fabrico de bens de capital de longa maturao e o prazo mdio para a elaborao dos produtos de sua carteira de 12 meses.Ainda no que diz respeito ao Ativo Permanente, cumpre destacar que os investimentos fixos da Transfer S/A representam cerca de 25% do Ativo Total, enquanto os investimentos em empresas ligadas acusam 7%.No perodo analisado, o grau de imobilizao (Imobilizado/Patrimnio Lquido) evoluiu de 0,22, em dezembro de 2000, para 0,34, em dezembro de 2002, caracterizando, assim, que a empresa aloca capitais prprios no seu capital de giro em volume significativo, visto que a Transfer S/A no aplica recursos financeiros fora do seu objeto social e inexistem aplicaes no realizvel de longo prazo.1.4.4.3.2. EconmicosCerca de 75% da produo ocorrida no exerccio foi decorrente de encomendas do mercado externo. Declaraes da diretoria da empresa do conta de que a Transfer S/A j tem toda a sua capacidade instalada comprometida com encomendas contratadas at o ano de 2004. Nesse contexto, cerca de 88% se destinam a clientes conquistados no mercado internacional.A empresa, ao longo do perodo analisado, alm de experimentar crescimento real de receita lquida, melhorou suas margens de lucratividade e de rentabilidade. Com isto, sua gerao operacional de caixa evolui de R$ 15,6 milhes, em 2000, para R$ 31,3 milhes, em 2002.1.4.4.3.3. FinanceirosO perfil de sua dvida (percentual de concentrao de recursos de terceiros de curto prazo na dvida total), como j sabido, acusa 100% ao longo de todo o perodo.O endividamento de curto prazo (igual ao Passivo Real, neste caso) se manteve num patamar baixo e cadente, revelando assim a diminuio de fontes financiadoras de capital de giro. Isto acontece em decorrncia de a empresa ter redirecionado as suas vendas para o mercado externo. Ocorre que vendas externas pressupem a eliminao natural de uma fonte espontnea de capital de giro, com a qual a empresa sempre contou at o ano de 2001, pois, dada a intensa competitividade existente no mercado internacional, a figura de Adiantamento de Clientes simplesmente no existe.Dessa maneira, tem-se o inusitado: por um lado a empresa experimenta uma melhora no seu nvel de liquidez corrente: de 2,22, em 2000, para 2,56, em 2002; de outro, penalizada pelo desaparecimento de uma fonte tradicional de seu funcionamento, pois acusa um acrscimo de capital de giro prprio, diminuindo com isso a sua capacidade de alocar recursos em ativo fixo para expanso sendo esse um dos motivos pelos quais buscou apoio de colaborao financeira do BNDES para a implantao do seu projeto de investimento no ano prximo passado.No perodo examinado, os resultados de caixa-gerado das operaes sociais serviram para o pagamento de gastos incorridos com aquisio de investimentos fixos do projeto e para a cobertura do acrscimo de capital giro prprio necessrio ao funcionamento da atividade econmica (encomendas em processa de fabricao). 23 24. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.4.4. ConclusoPor a empresa contar um excelente nvel de capitalizao, continuar bancando o seu acrscimo de giro com recursos oriundos da atividade econmica em que est inserida e possuir uma gerao de caixa compatvel com pretenses futuras de endividamento de longo prazo (tratando-se mesmo de um potencial fomento), o G.An. considera que a Transfer S/A rene a capacidade de pagamento indicada obteno de apoio de colaborao financeira pretendida.1.4.5. Anlise Financeira Retrospectiva Ex. 05 Liberao de Garantia Hipotecria1.4.5.1. IntroduoA anlise financeira em estudo pretende dar suporte avaliao de pedido da Compasa: obter do Banco a liberao parcial de bens dados em garantia, em decorrncia de contrato de financiamento ainda em fase de amortizao.Para tal fim, segmentamos a anlise em retrospectiva e prospectiva. Para a anlise retrospectiva, utilizamos os demonstrativos contbeis publicados da empresa.Foi tambm solicitada empresa a abertura de seus custos fixos de produo de 2002 em diante.A anlise e os ajustes das contas das demonstraes financeiras resultaram nos quadros gerenciais integrantes desta IP em anexo Balanos Patrimoniais e Demonstrativos de Resultados Comparados, Indicadores Econmico-Financeiros e Anlises Horizontal e Grfica das Principais Rubricas, de onde coligimos o resumo apenas para os trs ltimos perodos a seguir apresentado, com vista ao desenvolvimento dos comentrios correspondentes.Maiores detalhamentos de grupamentos de contas e rubricas devem ser obtidos nos anexos supramencionados. 24 25. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.5.2. RESUMO DE VARIVEIS E INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS EMPRESA: COMPASAVALORES CORRIGIDOS P/ IPCA-Esp/IBGEVALORES INFLACIONADOS EM R$ MILITENS DA ESTRUTURA PATRIMONIALPERODOS2000% 2001 %2002 % ATIVO CIRCULANTE51.07310,7073.66814,0567.001 15,24 REALIZVEL A LONGO PRAZO12.488 2,6210.640 2,03 2.5440,58Emprstimos a Controladas e Coligadas 0 0,00 0 0,00 3600,08Outros Dbitos 12.488 2,6210.640 2,03 2.1840,50 ATIVO PERMANENTE 413.79886,68 439.96483,92 370.070 84,18Investimentos21.751 4,5618.388 3,5112.1262,76Imobilizado (Lq.de Depreciaes) 367.35476,96 409.11278,03 349.238 79,44Diferido 24.693 5,1712.463 2,38 8.7061,98TOTAL DO ATIVO 477.359 100524.272 100439.615100 PASSIVO CIRCULANTE 103.20721,62 146.79128,00 141.201 32,12 EXIGVEL A LONGO PRAZO 121.42725,44 163.18731,13 140.827 32,03Instituies Financeiras 90.21218,90 119.27722,75 104.652 23,81Outros Dbitos 31.215 6,5443.910 8,3836.1758,23 PASSIVO REAL 224.63447,06 309.97859,13 282.028 64,15 RESULTADO DE EXERCCIOS FUTUROS0 0,00 0 0,00 00,00 PATRIMNIO LQUIDO 252.72552,94 214.29340,87 157.587 35,85Capital Social Realizado183.20838,38 250.23547,73 223.450 50,83Reservas 85.56617,92 0 0,00380,01Lucros ou Prejuzos Acumulados(16.049) (3,36)(35.941) (6,86)(65.901) (14,99)TOTAL DO PASSIVO 477.359 100524.272 100 439.615 100PERFORMANCE OPERACIONALPERODOS 2000% 2001 %2002 % A) RECEITA OPERACIONAL LQUIDA 175.961100 180.387100 225.382 100 - CUSTO DOS PRODUTOS SERV. /. VENDIDOS 112.29363,82 125.68669,68 172.994 76,76 B) LUCRO BRUTO63.668 36,18 54.701 30,32 52.38823,24 C) DESPESAS OPERACIONAIS67.042 38,10 69.346 38,44 86.85438,54 Desp Financ Lq. Pagas no Perodo (Lq de Var Monet) 9.8915,62 21.869 12,12 29.55913,12 Depreciao + Amortz. Diferido38.935 22,13 38.945 21,59 51.78322,98 EBITDA ou LAJIR FINANCEIRO72.408 41,1563.11234,99 68.774 30,51 D) LUCRO OPERACIONAL (B - C)(3.374)(1,92)(14.645) (8,12) (34.466) -15,29 + RECEITAS NO OPERACIONAIS282 0,168620,4816 0,01 - DESPESAS NO OPERACIONAIS0 0,0000,00 0 0,00 LUCRO ANTES DE I. RENDA (3.092)(1,76)(13.783) (7,64) (34.450) -15,29 - I.RENDA E CONTRIB. SOCIAL470 0,27 (505) (0,28)(681) (0,30) LUCRO APS I. RENDA (3.561)(2,02)(13.278) (7,36) (33.769) (14,98) CAIXA OPERACIONAL GERADO / ANO68.741 39,0766.38336,80 59.493 26,40INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS2000 -2001- 2002- . Endividamento Total - Debt (% do Passivo Total)47,06%59,13%64,15% . Capitais Prprios - Equity (% do Passivo Total)52,94%40,87%35,85% . Imobilizado / PL1,45 1,91 2,22 . Imobilizado / Exigvel a Longo Prazo3,03 2,51 2,48 . Liquidez Corrente 0,49 0,50 0,47 . Perfil da Dvida (Passivo Circ / Passivo Real)46%47%50% . ndice de Cobertura das Despesas Financeiras1,23 1,05 1,14 . Solvncia 2,131,691,56 . Crescimento Real da Receita Lquida em % 24,482,52 24,94 . Crescimento Real do Custo dos Servios / CPV - em %24,80 11,93 37,64 . Rentabilidade do Capital Prprio ou PL Mdio -1,73%-5,69% -18,16% . Dvida lquida / EBITDA3,104,91 4,10 1.4.5.3. Comentrios ConclusivosA Compasa, ao longo perodo analisado, conviveu com um endividamento geral ascendente, de 47%, 59% e 64%, respectivamente aos anos de 2000, 2001 e dez/2002. Estes percentuais so preocupantes, visto a empresa encontrar-se ainda na fase de amortizao do seu projeto de investimento e o Banco ser o seu maior credor de LP. Constata-se no quadro acima que o acentuado aumento do endividamento est fortemente vinculado ao acrscimo de captaes de recursos bancrios de curto prazo 25 26. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVASISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante para a cobertura de dficits financeiros da gesto, conjugado insuficiente e declinante gerao operacional de caixa ao longo de todo o perodo analisado.Destaque-se, por outro lado, que o saldo de Instituies Financeiras de CP, em dezembro de 2002, no mbito de um Passivo Circulante de R$ 141,2 milhes, acusou um saldo de R$ 104,6 milhes, contra um total de Ativo Circulante de R$ 67,0 milhes evidenciando um quadro de iliquidez.O perfil de sua dvida (percentual de concentrao de recursos de terceiros de curto prazo na dvida total) ascendeu de 46%, em 2000, para um patamar de 50%, no ltimo perodo, tambm como decorrncia de transferncias de dvidas no operacionais de longo prazo para o Passivo Circulante fato que pressiona a capacidade de pagamento da Compasa.Assim, no perodo examinado constatou-se a existncia de indicadores financeiros insatisfatrios e com evoluo cadente. Os valores do caixa-gerado das operaes sociais apresentaram-se incipientes e declinantes relativamente ao volume da dvida bancria total da Compasa: R$ 108,0 milhes de CP e R$ 104,6 de LP, em dez/2002 A figura seguinte mostra a variao do capital de giro prprio ajustado onde o valor de Contas a Receber est lquido de depreciao, amortizao, impostos e sem margem de lucros, pelo lado das necessidades e, pelo lado do Passivo ou de recursos financiadores o item Instituies Financeiras apresentado lquido da parcela transferida do Exigvel de LP. ANLISE DA VARIAO DO CAPITAL DE GIRO PRPRIOVALORES INFLACIONADOSEM R$ MILDISCRIMINAOPERODO1999 2000 20012002 NECESSIDADES26.37736.553 59.79357.327Caixa Mnimo 949 8931.594 7.823 Clientes (Liq.de: Lucros s/Vendas; Impostos e DA*)12.29515.867 20.59524.830 Estoques11.13017.720 34.76621.681 Outros Valores Operacionais1.721 1.0402.692 2.464 Despesas do Exerccio Seguinte 282 1.032146 529 (*) D. A -> representa Depreciao e Amortizao RECURSOS TRADICIONAIS E ESPONTNEOS 27.91254.022 85.95897.501Fornecedores18.868 8.504 11.73623.787 Bancos e Emprst de C/P - (Lq. De Transf. Exig. e LP) 6.28442.493 66.19464.374 Obrigaes Sociais e Fiscais 1.819 2.3615.994 2.874 Dbitos c/ Contr. e Coligadas0 00 0 Outros Valores Operacionais941 6652.034 6.466 CAPITAL DE GIRO PRPRIO(1.535) (17.469) (26.165)(40.174) ( = ) ACRSCIMO OU DECRSCIMO DE CAPITAL DE GIRO PRPRIO (15.934)(8.696)(14.009) Conforme se pode constatar, os valores de Instituies Financeiras, nos trs ltimos perodos, suplantaram em muito os de Contas a Receber, indicando que o decrscimo de giro apresentado no perodo em anlise foi, sobretudo, decorrente de insuficincias de gerao operacional de caixa, vis-a-vis as obrigaes de curto prazo da empresa. Os excedentes de Instituies Financeiras e a parcela de LP vincenda em 2003, doravante, sero tratados como insuficincias de fundos ou dficit de caixa da gesto do negcio, dado a elevada sangria financeira que acarretam nos resultados econmicos da analisada.26 27. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante A receita lquida de 2002, em relao ao ano de 2000, experimentou um aumento real de 28,08%. Contudo, o aumento do CPV no mesmo perodo teve percentual bem maior: 54,05%. Assim, a margem bruta da empresa declinou de 36,18%, em 2000 para 30,32%, em 2001, e para 23,24%, em 2002. O crescimento observado nos custos de produo, segundo alegaes da empresa, advm de aumentos ocorridos no fornecimento de madeira por conta de combustveis e de insumos importados (resinas e produtos qumicos), face desvalorizao do real frente ao dlar, at 31/12/02.O lucro ou resultado operacional da Compasa tambm deixou a desejar: de R$ (3.374) mil, em 2000, evoluiu negativamente para R$ (14.645) mil, em 2001, e R$ (34.466) mil, em 2002.Tirante os aspectos de aumento de produo, j comentados, o resultado operacional foi em grande parte impactado pelo total das despesas financeiras, resultantes de atualizaes monetrias de contas do Passivo Exigvel e daquelas despesas de juros efetivamente desembolsadas no perodo, conforme se verifica na figura seguinte. Constata-se nos dois ltimos perodos que a empresa absorveu cerca de R$ 50 milhes de sangria financeira somente no item por juros pagos includos os pagos ao BNDES cerca de R$ 11,5 milhes/ano.Informaes dos dirigentes da empresa do conta de que o nvel de ocupao da planta industrial atingir, em 2003, 88% da capacidade total. At o ano de 2002, tudo o que foi produzido pela empresa foi vendido no havendo, at o momento, problemas de mercado para os seus produtos.A Compasa, nos dois ltimos anos, administra, a um custo financeiro elevado, um crescente dficit de caixa que precisa urgentemente ser reparado sob pena de sua capacidade de pagamento ficar comprometida de maneira irreversvel.Pode-se afirmar com alguma segurana que a sangria de juros pagos nos dois ltimos perodos s no causou danos maiores devido ao benefcio de incentivo fiscal (diferimento de ICMS) dado empresa pelo Governo do Paran que redunda num aporte de caixa da ordem de R$ 19,0 milhes/ano (com 4 anos de carncia e 10 anos para amortizao, com clusula de atualizao do saldo devedor e sem pagamento de juros).1.4.5.4. ConclusoA empresa precisa, com urgncia, providenciar a alterao do perfil da sua dvida com vista diminuio do seu custo financeiro, melhorando com isso a sua capacidade de27 28. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante pagamento. A administrao do seu dficit operacional de caixa acumulado no aceita a continuidade de medidas paliativas, podendo agravar-se no futuro e comprometer a viabilidade do empreendimento como um todo.Feed Back: Estamos em fevereiro de 2005. A empresa vem pagando as parcelas do servio de sua dvida (amortizao do principal e juros) em dia. O Banco no operacionalizou a liberao parcial das garantias, em face da dificuldade de se fracionar equipamentos e instalaes industriais pertencentes a linhas de produo integradas.Assim, o acionista controlador promoveu um saneamento financeiro, via securitizao do seu passivo oneroso por vendas antecipadas ao mercado externo. At o momento, no foi registrado nenhum atraso nos seus pagamentos.1.4.6. Anlise Financeira Retrospectiva Ex. 06 Produtos de Embalagens1.4.6.1. IntroduoA presente anlise tem como lastro as demonstraes financeiras da Duboc S/A, encerradas nos perodos de dez/2002 (aps a consolidao da incorporao de todas as empresas grupo para a pessoa jurdica Embalagens Duboc S/A) at dez/2004.As contas dos demonstrativos contbeis foram objeto de ajustes e reclassificaes, em conformidade com o plano de contas da Lei das S/A, tendo em vista estabelecer uniformidade e consistncia para a srie analisada. Assim, nos itens a seguir o G.An. apresenta os quadros resumos das rubricas, variveis e indicadores dignos de destaque com vista a dar suporte aos comentrios subseqentes e, no Anexo VII, os relatrios retrospectivos completos.Cumpre esclarecer, preliminarmente, que as demonstraes financeiras da empresa, nos ltimos exerccios, evidenciam com nitidez a evoluo do processo de reestruturao e saneamento financeiro do grupo iniciado em 2001, atravs das diversas incorporaes, aquisies e posteriores desimobilizaes levadas a efeito, cujos reflexos sobre as combinaes de estrutura de capitais prprios e de terceiros na formao patrimonial e nos resultados econmicos encontram-se refletidas nos demonstrativos contbeis, cujo resumo apresentamos a seguir. 28 29. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVASISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.6.2. RESUMO DE VARIVEIS E INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS 1.4.6.3. Comentrios A Embalagens Duboc S/A, ao longo do perodo analisado, conviveu com um endividamento geral de 79%, 58% e 53%, correspondendo, respectivamente, aos perodos de dezembro de 2002, dezembro de 2003 e junho de 2004. Em junho de 2004 os recursos da empresa estavam distribudos no investimento total conforme o que se segue: 1) Permanente 47%, 2) Circulante 39% e 3) Realizvel a longo prazo 14%.29 30. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda ConstanteAt dezembro de 2002, a Empresa encontrava-se em dificuldades financeiras, como decorrncia do seu elevado endividamento bancrio. O perfil da dvida bancria, notadamente concentrada no curto prazo, e as correspondentes despesas financeiras, incidentes sobre o total do seu estoque da dvida, concorreram para que, nesse ano, a empresa incorresse em prejuzos econmicos com gerao de caixa de valor inexpressivo. Pressionada pelas circunstncias, a empresa, ao longo do ano de 2003, ps em execuo o seu programa de desimobilizao e, com o resultado da venda de ativos, saneou o seu passivo financeiro mais oneroso. Os dbitos bancrios ainda remanescentes so perfeitamente compatveis com a estrutura patrimonial. Apenas como ilustrao, reportamo-nos figura que contm a variao do capital de giro prprio ajustado a custo caixa. Conforme se pode constatar, em 2004, a empresa possui um capital financeiro de funcionamento perfeitamente coberto com recursos tradicionais/espontneos disponveis no mercado e com volume adequado de capital de giro prprio. Os valores de Instituies Financeiras parcelas vinculadas ao giro , nos 2 ltimos perodos, esto coerentes com os de Contas A Receber, indicando que o endividamento bancrio de curto prazo utilizado apenas na cobertura de parte da operao da empresa e no mais para financiar dficits de gesto. Os dficits de caixa acusados em 2002 indicam a gravidade da situao financeira atravessada pela Embalagens Duboc S/A. O lucro ou resultado operacional da Embalagens Duboc S/A, relativamente sua receita lquida, evoluiu positivamente a partir de 2003. Os lucros econmicos revelados nos dois ltimos perodos da srie decorreram da diminuio das despesas operacionais como um todo mormente no item de despesas financeiras lquidas, que acusaram um salto cadente significativo. A gerao operacional de caixa, no ano de 2003, reflete o resultado da venda de ativos explicando a razo do elevado salto em relao ao ano imediatamente anterior.30 31. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Atualmente, o valor desta varivel compatvel com o seu endividamento geral, indicando que a empresa possui capacidade de pagamento e potencialidade para a absoro de novos emprstimos de longo prazo conforme revela o indicador Dvida Bancria Total/Caixa Operacional Gerada, que acusou um resultado de 4,72.1.4.6.4. Anlise da Contrapartida de Recursos Prprios 1.4.6.5. ConclusoConcluindo, os indicadores econmico-financeiros analisados, mormente nos dois ltimos perodos, ps-saneamento financeiro, so adequados para o porte da Empresa. Assim, a sua situao financeira no representa fator de risco para a operao objeto desta anlise.1.4.7. Anlise Financeira Retrospectiva Ex. 07 Hospital Universitrio Santa Luzia1.4.7.1. IntroduoA presente anlise tem como lastro as demonstraes financeiras encerradas em dezembro de 1999 e 2000 e o pr-balano do exerccio de 2001. Alm disso, foram utilizados os subsdios tcnicos operacionais prestados pelos dirigentes do Hospital Santa Luzia, quando da visita do G.An., em dezembro de 2001. As demonstraes financeiras so certificadas pela empresa de auditoria externa Rebouas Auditores Independentes Associados.31 32. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante As contas dos demonstrativos de resultados foram objeto de ajustes e reclassificaes, em conformidade com o plano de contas da Lei das S/A, tendo em vista estabelecer uniformidade e consistncia para a srie analisada dentre outras providncias, pode-se destacar: 1) os valores das subvenes de custeio, foram retirados do grupamento das despesas dos servios prestados (materiais consumidos no perodo) e realocados na rubrica de despesas no operacionais; e 2) com o objetivo de se comparar dados de performance, foi estimado um valor de depreciao do Ativo para o exerccio de 1999, pelo fato de, naquele ano, a empresa ainda no promover a depreciao do seu Ativo Fixo.A anlise e os ajustes das contas das demonstraes financeiras resultaram nos quadros gerenciais integrantes do Anexo 05 deste RA, cujos dados esto coligidos no resumo a seguir apresentado.32 33. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante 1.4.7.2. RESUMO DE VARIVEIS E INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS 1.4.7.3. Comentrios1.4.7.3.1. PatrimoniaisA Fundao Santa Luzia uma empresa altamente capitalizada. Ao longo perodo analisado, conviveu com um endividamento geral de apenas 12%. Basicamente, os seus recursos totais esto aplicados nos seguintes grupamentos do ativo: imobilizado 69%; e circulante 30%. 33 34. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante O Ativo Imobilizado da empresa, em dezembro de 2001, acumulava inverses lquidas da ordem de R$ 48.311 mil. Deste total, cerca de R$ 18 milhes (valores histricos) referem- se a gastos realizados com seu projeto de expanso aumento de capacidade instalada , que teve incio no ano de 1998. A Fundao Santa Luzia no possui dbitos de longo prazo, portanto o aumento do ativo imobilizado vem se dando exclusivamente com o desembolso de capitais prprios via recursos de gerao operacional de caixa.O grau de imobilizao, que se manteve estabilizado num patamar mdio de 75%, indica que a Fundao Santa Luzia, alm de operar com um Ativo Fixo completamente suportado por recursos prprios, dispe tambm de capital de giro prprio financiando a sua atividade econmica.Salientamos que a empresa, at o final ano de 1998, no se valia da prerrogativa fiscal de depreciar o seu Ativo Imobilizado. Porm, no perodo de set-dez/1999, sua administrao decidiu por maior controle dos bens patrimoniais, e promoveu uma reavaliao total do Imobilizado. Como resultado imediato, o seu Ativo Fixo ficou majorado em cerca de R$ 10,9 mi e, a partir de janeiro de 2001, passou a ser depreciado mensalmente a exemplo de outras empresas do seu porte.1.4.7.3.2. EconmicosAo longo do perodo em anlise, a empresa experimentou crescimento real de 17,53% na sua receita lquida, contra um aumento de 20% no custo dos servios prestados. A defasagem entre valores de receitas e custos fez com que a sua margem bruta acusasse um declnio de 1 ponto percentual no ltimo exerccio. Informaes dos dirigentes do conta de que esta defasagem poderia ter sido bem maior caso a empresa, no mesmo perodo, no tivesse racionalizado os custos de operao, vis-a-vis o quantitativo dos servios prestados.O fato carece ainda de uma explicao simples: enquanto os custos dos servios prestados so corrigidos pela dinmica da economia, os preos dos servios mdico- hospitalares prestados ao setor pblico so corrigidos pelo SUS somente de dois em dois anos.Conforme comentado no item 1.5, a Fundao Santa Luzia tem sua receita lquida formada com 73% de recursos oriundos do SUS. A remunerao paga pelo SUS resulta de um mix, envolvendo servios ou atendimentos de baixa contribuio unitria (receita unitria menos custo varivel unitrio), tipo consulta, e outros servios envolvendo procedimentos de elevado grau de complexidade, com contribuio unitria representativa.A Fundao Santa Luzia, apesar de encetar esforos junto administrao do SUS, com vista atualizao permanente da tabela de remunerao de preos dos servios, no v soluo de curto prazo para o assunto o que, alis, no envolve somente os interesses econmicos da empresa, mas tambm os de outros hospitais conveniados. Assim, decidiu perseguir outra linha de iniciativas: preventivas e corretivas.No que se refere s aes corretivas, a Fundao estabeleceu como meta a ser alcanada no prximo trinio o aumento substancial no volume de servios prestados nos itens de procedimentos mdicos que redundem em maior contribuio unitria, tais como: intervenes cirrgicas corretivas e transplantes de rgos sem prejuzo dos demais 34 35. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante itens de servios, de menor contribuio unitria, j prestados pela instituio, que, pelo contrrio, devero ser melhorados quantitativa e qualitativamente.Quanto s aes preventivas: a Fundao Santa Luzia pretende continuar com a sua estratgia de manter um certo quantum financeiro aplicado em CDBs, com vista ao atendimento de duas razes bsicas: 1) Formao de reserva financeira para contingncias na hiptese, sempre provvel, de ocorrerem atrasos no fluxo de pagamentos do SUS ou de qualquer um outro conveniado, a Fundao Santa Luzia poder valer-se de suas prprias economias de caixa para assegurar sua continuidade administrativa e operacional. Por outro lado, no incorrer na mesmice de captar recursos financeiros no mercado bancrio de curto prazo, a custos elevados o que, certamente, afetaria os resultados econmicos, bem como a sua gerao de caixa; 2) Fixao de Redutor Espontneo de Excedentes de Custos Operacionais como a empresa tem elevada dependncia do SUS, como componente de sua receita bruta, e os preos dos servios prestados, mormente aqueles de menor contribuio unitria e de maior volume, esto defasados em relao aos custos de operao e administrao, entendemos como salutar a estratgia da Fundao Santa Luzia de obter rendimentos de aplicaes de caixa no mercado financeiro de curto prazo.Relacionando os valores da rubrica de receitas financeiras com os valores do Lucro Operacional (Receitas Financeiras/Lucro Operacional) obtm-se os seguintes resultados: 0,34, 0,52 e 0,81 respectivamente aos exerccios de 1999, 2000 e 2001 (ver quadro resumo acima). Assim, fica clara a importncia de a Fundao Santa Luzia lutar pela permanncia do item de receita financeira no seu demonstrativo de resultados. Dada a especificidade do negcio econmico do Hospital, o Grupo de Anlise tem o entendimento de que o item de Aplicaes Financeiras funciona mais como rubrica de Necessidades Econmicas de Capital de Giro, que propriamente um item de Excedentes de Fundos (Reservas de Caixa).Outro aspecto a merecer destaque o item Receitas no Operacionais, que, no perodo analisado, foi responsvel por 21%, 52% e 81% do Lucro Lquido Econmico obtido pela Fundao Santa Luzia, respectivamente aos exerccios de 1999, 2000 e 2001.Essas receitas no operacionais referem-se a eventos oriundos de convnios, execuo de programas governamentais SUS, Famerp e outros rgos governamentais , alm do recebimento de doaes de natureza privada.Por se evidenciarem recorrentes e com evoluo ascendente, ao longo dos ltimos 10 anos de atividade do Hospital de Base, o GA da opinio de que os itens de Receitas no Operacionais devam ser considerados como itens no-pontuais de sua receita total.1.4.7.3.3. FinanceirosA Fundao Santa Luzia possui capital de giro auto-liquidvel, indicando que suas necessidades operacionais so convenientemente cobertas com fontes tradicionais e espontneas de recursos de giro (fornecedores, encargos sociais, dbitos trabalhistas e outros) e com parcela adequada de capital prprio. No perodo analisado a empresa desfrutou de bons ndices de liquidez e solvncia, alm de ter uma gerao operacional de caixa satisfatria. 35 36. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante No trinio examinado, os resultados de caixa-gerado das operaes sociais serviram, de um lado, para o pagamento de gastos incorridos com aquisio de investimentos fixos e cobertura do acrscimo de capital de giro referentes ao seu projeto de expanso e, de outro, para manter a sua liquidez operacional.Recentemente, a empresa informou que suas aplicaes financeiras, em janeiro de 2001, retomaram o patamar de R$ 5 milhes.O perfil de sua dvida (percentual de concentrao de recursos de terceiros de curto prazo na dvida total) se manteve num patamar elevado. Isto se d em razo de no possuir dbitos de LP com instituies financeiras. Sem a presso de pagamentos de servios sobre capitais de terceiros, extra-operacionais, a empresa pde continuar o projeto de expanso e modernizao de sua unidade hospitalar, ainda que em velocidade abaixo da desejvel.1.4.7.4. ConclusoOs dados contbeis e extra-contbeis que pudemos coligir no mbito desta anlise sugerem que a Fundao Santa Luzia uma empresa capitalizada, com sade patrimonial, econmica e financeira.O negcio da empresa, por operar majoritariamente com o setor pblico com fluxo de recebimento de caixa impondervel e com defasagem de preos experimentada entre custos incorridos versus receitas auferidas , suscitou seus dirigentes a estabelecerem um conceito mais conservador no clculo e estimativa do capital financeiro a ser aplicado como necessidade econmica de giro da atividade.Assim, o Grupo de Anlise considera que a Fundao Santa Luzia, tendo em vista seu porte e boa situao econmico-financeira, possui capacidade de pagamento para a operao em questo.1.4.8. Anlise Financeira Retrospectiva Ex. 08 Papeleira Ripasa (Domnio Pblico)1.4.8.1. IntroduoA presente anlise tem como lastro as demonstraes financeiras da Ripasa, encerradas em dezembro de 2001, 2002 e 2003. Foram tambm utilizados subsdios e informaes operacionais prestados pelos dirigentes, quando do envio de dados tcnicos.As aes da empresa so negociadas na Bolsa de Valores de So Paulo desde 2001 e por essa razo suas demonstraes financeiras so trimestrais e anualmente apresentadas Comisso de Valores Mobilirios depois de auditadas e certificadas por empresa de auditoria externa.As contas dos demonstrativos contbeis foram objeto de ajustes e reclassificaes, em conformidade com o plano de contas da Lei das S/A, tendo em vista estabelecer uniformidade e consistncia para a srie analisada.Aps a classificao e tabulao comparativa das diversas rubricas contbeis, promoveu- se a atualizao dos valores das mesmas para a data base de 31 de dezembro de 2003, 36 37. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVASISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante a fim de analisar suas variaes a preos constantes (em moeda de mesmo poder aquisitivo). Para tal mister, foi utilizado o indexador IPCA-Esp., do IBGE.A anlise e os ajustes das contas das demonstraes financeiras resultaram nos quadros gerenciais integrantes do Anexo Complementar 3 deste relatrio Balanos Patrimoniais e Demonstrativos de Resultados Comparados; Indicadores Econmico-Financeiros; Anlises Horizontal e Grfica das Principais Rubricas dos quais coligimos o resumo a seguir apresentado, com vista ao desenvolvimento dos comentrios pertinentes.Destaca-se que o projeto de expanso de capacidade instalada, da ordem de 145.00 toneladas/ano para celulose e 94.000 toneladas/ano para papis de imprimir e escrever, envolvendo recursos da ordem de R$ 600 milhes, foi concludo em maio de 2003. 37 38. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante1.4.8.2. Resumo de Variveis e Indicadores Econmico-Financeiros 1.4.8.3. Comentrios 1.4.8.3.1. Patrimoniais A Ripasa conviveu com um endividamento geral de 39%, 56% e 55%, nos anos de 2001, 2002 e 2003, respectivamente. Estes percentuais so satisfatrios, visto que a empresa implementou seu projeto de expanso e modernizao durante o perodo. Constata-se tambm no quadro acima que o aumento do endividamento est concentrado no Passivo Exigvel de Longo Prazo e convenientemente coberto pelos valores acumulados nos itens do Ativo Imobilizado. 38 39. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Em dezembro de 2003, os seus recursos totais estavam aplicados com a seguinte distribuio: Ativo Permanente 69%; Ativo Circulante 25% e Realizvel a Longo Prazo 6%. No que se refere ao Ativo Permanente, cumpre destacar que os investimentos fixos (Imobilizado) representam cerca de 50,2% do Ativo Total, enquanto os investimentos em empresas controladas e coligadas acusam 18,2%. No perodo analisado, o grau de imobilizao (Imobilizado/Patrimnio Lquido), evoluiu de 0,98, em dezembro de 2001, para 1,11 (dezembro/2003). A relao Imobilizado/Exigvel de Longo Prazo, no mesmo perodo, declinou de 2,11 para 1,35, pois os investimentos do projeto implementado contaram, em grande parte, com recursos de longo prazo de terceiros. 1.4.8.3.2. Econmicos A receita lquida de 2003 experimentou aumento real de 30,0% em relao ao ano anterior, contra um aumento de CPV de 47,7%, propiciando uma pequena queda no lucro bruto. O aumento de CPV resultou da incluso da depreciao dos investimentos fixos do projeto concludo e dos gastos com aprendizagem (no alocados no diferido). Em contraposio, houve acentuada queda no grupo de despesas operacionais, devido gerao de uma receita financeira lquida de R$ 33.714 mil, contra uma despesa financeira lquida de R$ 60.493 mil em 2002, fazendo com que o lucro lquido crescesse 21,1%. Os dados de produo e vendas esto coligidos nas tabelas que se seguem: 39 40. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda ConstanteConforme se pode observar, a produo lquida de 2003 atingiu 879,8 mil toneladas. O aumento de 27,1%, em relao a 2002, resultou da concluso do projeto de expanso e se traduziu tambm em elevao das vendas, que somaram 522,1 mil toneladas (aumento de 22,0%). No mercado interno o incremento foi de 6,1% e no mercado externo foi ainda mais expressivo (98,7%).O aumento das exportaes de papel foi conseqncia do ganho de capacidade instalada e do encolhimento do mercado interno. As vendas externas de papel carto, produto sem tradio de exportao, cresceram 53,9%.Os grficos a seguir ilustram a participao dos produtos na receita lquida consolidada, em 2002 e 2003:2002 2003 Revenda Re nd ve aProdutos Pa e p lcartoCelulosePapelcarto3osCelulose Produtos 3os 1 ,7%44 % ,512,7% 5,7%8,9% 6 %,5 Papel Couch13,8% Pa e Couch plPap l N e o1 ,8 5 %Re stidve oPapel No5 ,5 8 %Revestido58,8% Nos ltimos anos, cerca de 90% da produo de celulose vinha sendo utilizada internamente para a fabricao de papel, sendo o restante vendido a terceiros no mercado interno. Contudo, o aumento da produo de celulose no ano de 2003 (acrscimo de 38,7% em relao a 2002) resultou na maior participao deste produto na receita lquida.A participao do papel couch, na receita lquida no ano de 2003, de 13,8%, contra 15,8% em 2002, reflete a parada para expanso da mquina por aproximadamente 40 dias. Para 2004, espera-se um crescimento maior das vendas de papel couch, produto de maior valor agregado, pois a capacidade para converso deste produto passou de 60.000 t/ano para 200.000 t/ano.1.4.8.3.3. FinanceirosO perfil da dvida (percentual de concentrao de recursos de terceiros de curto prazo na dvida total) se manteve em cerca de 30% ao longo do perodo analisado, revelando assim que o endividamento est concentrado no Exigvel de Longo Prazo (68% da dvida total em 2003).Constatou-se a existncia de indicadores financeiros satisfatrios, valendo ressaltar que a liquidez corrente registrou queda. Depreende-se que a empresa esteve, at maio de 2003, concluindo seu projeto de reforma e modernizao de mquinas, o que implicou em diminuio de recursos disponibilizados em giro.Os resultados de caixa-gerado das operaes sociais, ligeiramente ascendentes, serviram para o pagamento de gastos incorridos com a aquisio de investimentos fixos do projeto 40 41. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante e cobertura de pagamentos de dvidas no operacionais vinculadas a investimentos fixos passados.1.4.8.4. ConclusoComo a empresa possui uma gerao de caixa compatvel com o seu endividamento de longo prazo com instituies financeiras, consideramos que a Ripasa rene uma situao confortvel de capacidade de pagamento, que se coaduna com o pedido de apoio de colaborao financeira adicional ao Banco.1.5. UM EXEMPLO REAL PROSPECTIVO para base de referncia inicial1.5.1. Analise Financeira Prospectiva: Exemplo n 01 Projeto da Papeleira IPB1.5.1.1. IntroduoA seguir, fornecemos um exemplo ilustrativo de uma anlise real com a edio de figuras (contendo dados e premissas) retiradas diretamente do modelo prospectivo ProjeFin, sem edio adicional de tabelas etc. 1.5.1.2. Critrios e Premissas Adotados As projees financeiras do projeto IPB foram elaboradas em bases constantes para um horizonte equivalente ao ciclo mdio de vida til do investimento total.Assim, geraram-se duas verses bsicas, sendo a primeira com recursos totais com vista determinao da capacidade de pagamento do empreendimento e a segunda, exclusivamente com recursos prprios para a apurao da TIR, VPL e Payback. Os resultados das projees esto expostos no Anexo 03 e os principais critrios e premissas utilizados elencados a seguir: Quantidades Vendidas e Preos Unitrios de Venda O volume de produo, na verso bsica, considera que, at o ano de 2005, os nveis de produo sero ascendentes, permanecendo constantes de 2006 em diante. A partir do levantamento feito pelo Grupo de Anlise na empresa, adotou-se a presente projeo financeira em bases conservadoras: os preos mdios unitrios de venda esto cerca de 12% abaixo dos praticados e os quantitativos de produo distribudos pelos trs produtos bsicos da empresa, conforme a figura seguinte.41 42. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVASISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Receita Operacional Bruta e Dedues sobre Vendas Dedues sobre Vendas Considerou-se neste item os impostos e contribuies tradicionais ICMS, PIS e COFINS. O percentual de descontos como um todo foi reduzido de 23,67%, em 2002, para 9,65%, de 2003 em diante, por fora do benefcio fiscal concedido empresa pelo governo do estado onde a empresa est instalada, que consiste no pagamento de apenas 28% do valor do ICMS a recolher no ms sendo 20% no ms e 8% no 12 ms seguinte resultando assim numa iseno fiscal de 72% sobre o ICMS/ms devido. Custos dos Produtos Vendidos - CPV Os custos desse item foram projetados e divididos em variveis e fixos, conforme a descrio que se segue.Variveis Os custos variveis unitrios foram estimados a partir de ndices especficos de consumo e preos unitrios dos insumos utilizados em trs produtos da grade de produo.Fixos 42 43. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Como custos fixos industriais da empresa foram considerados todos os gastos peridicos identificados e relacionados com a atividade industrial, inclusive os gastos incorridos com mo-de-obra (direta e indireta) e seus correspondentes encargos sociais. A depreciao do investimento fixo foi estimada a partir da determinao de um tempo mdio de 12 anos para a obsolescncia dos equipamentos, edificaes e instalaes industriais do projeto e de 6 anos para os ativos anteriores ao projeto.A ttulo de ilustrao, o G.An. apresenta no quadro seguinte o esquema de formao do custo varivel unitrio do produto principal MIOLO destacando que igual procedimento foi utilizado para a memria de clculo dos dois produtos restantes que consta nos anexos da presente projeo. Despesas Operacionais 43 44. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Despesas ComerciaisEstabeleceu-se um percentual mdio de 11% sobre a receita bruta para o atendimento dos diversos gastos comerciais: distribuio, promoo, comisses sobre vendas, propaganda e marketing.Despesas AdministrativasOs gastos administrativos projetados foram estimados com base nos valores contbeis auditados fornecidos pela empresa, para todo o horizonte da anlise.Despesas FinanceirasForam estimadas despesas financeiras de curto prazo, numa evoluo cadente, devido IPB, num primeiro momento (2003), praticar descontos de duplicatas em conta caucionada num patamar de 60% sobre as suas vendas face sua insuficincia de capital de giro prprio , e mantendo-se num patamar residual de 20%, a partir de 2004.As despesas financeiras de longo prazo refletem os juros sobre o estoque de dvidas da empresa incluindo impostos reescalonados e mtuos alm dos juros a incidirem sobre seu pedido de colaborao financeira ao BNDES, no valor de R$ 8,900 mil.Depreciao AdministrativaO Grupo de Anlise atribuiu uma parcela, estimada em 5%, sobre o total da depreciao do perodo a ser rateada como gasto administrativo.Amortizao do DiferidoNo escopo desta anlise, o Grupo de Anlise acumulou os gastos pr-operacionais do projeto de investimento na rubrica do Ativo Diferido por se tratarem de gastos vultuosos com despesas que sangrariam o resultado econmico do negcio, e estabeleceu um prazo de 5 anos para sua amortizao.Dividendos O G.An. estabeleceu um percentual de 25%, somente a partir de 2006, a ttulo da remunerao dos acionistas, de acordo com o disposto pela legislao em vigor. 44 45. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Capital de GiroParmetros para Estimativa e Clculo do Capital de Giro Considerou-se, ao longo de todo o perodo analisado, para fins de levantamento do balano patrimonial projetado e do fluxo de caixa do projeto, os valores correspondentes s variaes de capital de giro, resultantes da combinao de prazos e prticas operacionais de gesto de negcios, bem como o aumento do nvel de ocupao da Companhia no perodo compreendido entre os 2002 e 2005.Desse modo, ao longo do 1 semestre de 2003 a empresa j realizou parte do acrscimo de capital de giro, por fora da entrada em operao da Mquina 2.O acrscimo de capital de giro prprio foi calculado com base em gastos peridicos acumulados de despesas de custos caixa (produo, operacional e comercial lquido de depreciaes e amortizao do diferido) e financeiras, sendo que os valores resultantes da aplicao dos critrios do G.An. praticamente se equivalem aos estimados pela empresa R$ 2.042 mil, em 2003, e, R$ 1.788 mil, em 2004. 45 46. MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS DE ANLISE RETROSPECTIVA SISAFIN - Sistema de Anlise Financeira Retrospectiva em Moeda Constante Aporte de Recursos Prprios dos Controladores/AcionistasTirante os recursos j aportados pelo acionista controlador, sob a forma de aporte de capital social e emprstimo de mtuo, foi previsto que a empresa canalizar recursos da ordem de R$ 2.231 mil, a partir da auto-gerao da controlada no binio 2003/04. Reposio de Investimentos Fixos Ativos Corretivos Estimou-se que a partir do ano de 2005 a empresa far reinvestimentos de ativos fixos da ordem de R$ 800 mil/ano para manuteno e atualizao da capacidade instalada.Dos relatrios de projees financeiras o G.An. selecionou indicadores e rubricas que entendeu relevantes e os coligiu nas figuras seguin