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_________________ Técnico em Mecânica
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI DR/MG
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ORLANDO CHIARINI
Pouso Alegre 2011
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
_________________ Técnico em Mecânica
Presidente da FIEMG Olavo Machado Junior Gestor do SENAI Petrônio Machado Zica Diretor Regional do SENAI e Superintendente de Conhecimento e Tecnologia Lucio José de Figueiredo Sampaio Gerente de Educação e Tecnologia Edmar Fernando de Alcântara Elaboração / Ano GEOVANI SILVA/2011
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ORLANDO CHIARINI – POUSO ALEGRE – MG.
_________________ Técnico em Mecânica
AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO
“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento.”
Peter Drucker O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação. O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e, consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência: “formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de educação continuada”. Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet - é tão importante quanto zelar pela produção de material didático. Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos. O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada ! Gerência de Educação e Tecnologia
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
_________________ Técnico em Mecânica
4
Sumário
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................ 3
CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTOS DOS POLÍMEROS .................................................................................. 6
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 6
CLASSIFICAÇÃO ..................................................................................................................................... 7
APLICAÇÃO ........................................................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 12
CAPÍTULO 2 – PROCESSO DE PREPARAÇÃO DE MONÔMEROS E POLÍMEROS ............................ 13
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 15
PREPARAÇÃO DE ALGUNS MONÔMEROS ....................................................................................... 15
FONTES DIVERSAS DE MONÔMEROS ............................................................................................... 15
SIGLA DOS POLÍMEROS ...................................................................................................................... 15
CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS.................................................................................................... 17
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS .................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 22
CAPÍTULO 3 – POLÍMEROS E A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA ........................................................ 23
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 23
AUTOMÓVEIS, POLÍMEROS E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA ............................................................. 30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 31
CAPÍTULO 4 – RECICLAGEM DE POLÍMEROS ...................................................................................... 33
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 33
AS FONTES DE SOLUÇÃO PARA EVITAR POLUIÇÃO ..................................................................... 34
COLETA SELETIVA DO LIXO ............................................................................................................... 35
CLASSIFICAÇÃO DO DESCARTE DE POLÍMEROS ........................................................................... 35
SIMBOLOGIA PARA PLÁSTICOS (ABNT) ........................................................................................... 35
PRINCIPAIS PLÁSTICOS RECICLÁVEIS ............................................................................................. 36
PROCESSO DE RECICLAGEM DE POLÍMEROS ................................................................................ 38
PRODUTOS COM PLÁSTICO RECICLADO ......................................................................................... 40
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
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5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 41
CAPÍTULO 5 – PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DE POLÍMEROS ................................................. 42
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 42
PROCESSAMENTO DE POLÍMEROS COMPÓSITOS ......................................................................... 42
TÉCNICAS DE PROCESSAMENTO ...................................................................................................... 45
PROCESSAMENTO DE PLÁSTICOS: EXTRUSÃO ............................................................................. 45
PROCESSAMENTO DE PLÁSTICOS: MOLDAGEM POR INJEÇÃO .................................................. 46
PROCESSAMENTO DE PLÁSTICOS: MOLDAGEM POR INJEÇÃO DE TERMOFIXOS ................... 48
PROCESSAMENTO DE PLÁSTICOS: RIM (REACTION INJECTION MOLDING) .............................. 48
PROCESSAMENTO DE PLÁSTICOS: MOLDAGEM POR SOPRO ..................................................... 48
PROCESSAMENTO DE PLÁSTICOS: MOLDAGEM POR TERMOENFORMAÇÃO ........................... 51
PROCESSAMENTO DE PLÁSTICOS: MOLDAGEM POR COMPRESSÃO ........................................ 52
PROCESSAMENTO DE PLÁSTICOS: MOLDAGEM POR TRANSFERÊNCIA ................................... 53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 54
CAPÍTULO 6 – MOLDES PLÁSTICOS ...................................................................................................... 55
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 55
DEFINIÇÃO ............................................................................................................................................. 55
COMPOSIÇÃO ........................................................................................................................................ 55
DESCRIÇÃO ESPECÍFICA DOS COMPONENTES DO MOLDE .......................................................... 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 60
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
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CAPÍTULO 1
FUNDAMENTOS DOS POLÍMEROS
INTRODUÇÃO
O nome plástico vem do grego “plastikos”, que significa maleável.
Os materiais plásticos são compostos de resinas naturais ou sintéticas, que
através de pressão e calor podem fluir e tomar forma determinada. São materiais
orgânicos, obtidos através do craqueamento do petróleo, da hulha e do gás natural
liquido, ao contrário de materiais naturais, como madeira e metal. A matéria prima
utilizada para a obtenção do plástico pode ser largamente combinada, resultando em
novos polímeros que terão propriedades individuais.
Os materiais plásticos não são materiais vulgares, mas sim materiais nobres,
capazes de substituir qualquer outro material. O uso excessivo dos plásticos na era
moderna pode ser atribuído em grande parte à combinação de propriedades e
vantagens oferecidas somente por esta classe de substâncias.
Ele pode transformar-se em todo tipo de produto, assumindo as mais diversas
formas desde os mais comuns do dia a dia, aos projetos mais sofisticados, como os
plásticos resistentes à temperatura e altamente impermeáveis à corrosão.
Os plásticos podem ser afiados, moldados, laminados, usinados, flexíveis ou
rígidos, transparentes ou opacos, incolores ou pigmentados, pintados ou metalizados.
A produção mundial tem duplicado a cada cinco anos, sendo que quatro
categorias representam cerca de 80% do consumo total: o policloreto de vinila (PVC), o
polietileno de alta ou baixa densidade (PEAD e PEBD), o poliestireno (PS) e o
polipropileno (PP).
O PS e o PVC têm uso no mercado de embalagens, produtos descartáveis, no
revestimento de fios e cabos, revestimento de canais de irrigação e revestimentos. O
PVC estendeu sua utilização no mercado mobiliário (capas, forros, acolchoados,
cadeiras pré-moldadas) e o PS ao mercado de eletrodomésticos.
O Polietileno (PE) e o Polipropileno (PP) evoluíram principalmente no mercado
de filmes flexíveis para embalagens, cordas, etc.
Plásticos especiais (fibras sintéticas) têm seu consumo voltado para a fabricação
no vestuário: tergal, nylon, uso doméstico (tapetes) e indústria (cordas e cordonéis para
pneus).
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Os plásticos de engenharia evoluíram no mercado da indústria automobilística e
de eletroeletrônica.
Os plásticos flexíveis, chamados borrachas sintéticas ou elastômeros, atendem
a 70% das necessidades mundiais. Os elastômeros apresentam vantagens em relação
à borracha natural, como maior resistência a abrasão e ao calor, mais uniforme no
processamento, fluidez na moldagem e diversidade de tipos.
CLASSIFICAÇÃO
Os produtos básicos dos materiais plásticos são as resinas sintéticas. Estas são
obtidas por reações químicas de polimerização, policondensação ou poliadição.
Polimerização
Reações de polimerização são aquelas que acontecem entre moléculas iguais
(monômeros) quimicamente não saturadas, que se unem, por rompimento das duplas
ligações, em longas cadeias, formando macromoléculas (polímeros).
Estas reações não alteram a composição química molecular, portanto são
reversíveis.
Policondensação
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Reações de condensação são aquelas em que moléculas iguais ou diferentes,
contendo grupos funcionais característicos (ex: aldeídico CHO, amínico (N2H,
metilênico CH2) reagindo entre si, originando moléculas mais complexas.
Poliadição
As reações de poliadição se dão da união química de um átomo da primeira
molécula e uma segunda. Ocorre entre moléculas de iguais ou diferentes
características sem eliminar nenhum elemento.
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As resinas sintéticas classificam-se em:
Termoplásticas
Termoestáveis ou termofixas
Elasticos ou Elastômeros
As termoplásticas possuem a propriedade química de tornarem-se moles e
pastosos durante a ação continua do calor, endurecendo somente com o resfriamento.
Desta forma podemos reaproveitar o material, quantas vezes forem necessárias, pois
não há nenhuma reação química que possa prejudicar suas qualidades a não ser
evidentemente uma pequena diminuição nos valores de suas propriedades, o que pode
ser sanado misturando-se percentualmente o material reaproveitado com material
virgem do mesmo tipo. Com uma mistura de 75% de material virgem, mais 25% de
material reaproveitado ( plástico moído) as propriedades não se alteram.
As resinas termoplásticas mais conhecidas são:
Poliamida ou Nylon (PA) Acetato de Celulose (CA)
Policarbonato (PC) Polimetilmetacriltato (PMMA)
Poliestireno (PS) Acrilenitrilo Butadieno Estireno (ABS)
Polietileno (PE) Polioximetileno (PCM)
Polipropileno (PP) Cloreto de Polivinila (PVC)
Os materiais termoestáveis ou termofixos são materiais cujas propriedades de
suas resinas adquirem a forma do molde somente sob ação do calor juntamente com
uma determinada pressão, no qual endurecem tomando então a forma definitiva.
Inicialmente o material deve ter um pré-aquecimento antes de entrar no molde para
diminuir o tempo de moldagem e eliminar a umidade existente. Logo após ter recebido
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a primeira aplicação de calor durante um curto ciclo, o material torna-se mole ficando
no ponto ideal para moldagem. Mantendo-se o material dentro do molde quente com
uma determinada pressão, durante um determinado período, o mesmo transforma-se
quimicamente e endurece.
A peça assim moldada, toma a forma definitiva e mesmo que seja novamente
aquecida não mais amolece, sendo impossível sua recuperação.
Os termofixos mais conhecidos são:
Fenol- formaldeido / baquelite (PF) Poliéster (UP)
Uréia-formaldeido (UF) Epóxi (EP)
Melamina-formaldeido (MF) Poliuretano (PU)
Silicone
Os Elásticos ou Elatômeros são materiais que possuem macromoléculascom
poucas pontes de rede. A formação das pontes ocorre devido à presença de enxofre,
que é responsável pela recuperação elástica do material (vulcanização). Fazem parte
deste grupo as borrachas naturais e sintéticas.
APLICAÇÃO
Na construção:
A indústria da construção recebeu um notável reforço do plástico através de
tubos de encanamento, válvulas, sifões, revestimento de paredes, piso, gabinetes para
pia, box para banheiro, etc. Em desenvolvimento, temos a casa feita de placas
plásticas.
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No trânsito:
As lentes dos semáforos foram substituídas por policarbonato, o mesmo material
que é utilizado nos capacetes dos astronautas. Está presentes em aviões, navios,
automóveis e transportes coletivos, devido sua alta versatilidade.
Nos esportes:
Barcos, tacos, bolsa, tênis, raquetes, redes, etc em tudo o plástico está
presente. Atualmente a grama sintética de poliestireno tem sido utilizada com grande
sucesso nos estádios.
Na medicina:
O polietileno de alta densidade tem sido utilizado com sucesso na fabricação de
próteses para substituir as articulações do quadril, dedos e joelho. Válvulas para o
coração em plástico afastam o risco da rejeição. Isso sem citar o obvio como óculos,
aparelhos de surdez, etc.
Vidro inquebrável:
O policarbonato é realmente inquebrável e transparente, 250 vezes mais forte
que o vidro e 30 vezes mais resistente que o acrílico.
Papel de plástico:
Nem o papel que parecia tão fatalmente dependente da celulose da madeira
escapa do avanço esmagador do plástico. Já se fazem livros e jornais a base de
polietileno.
Embalagens:
Neste campo o plástico impôs seu domínio, deslocando o vidro, a madeira, o
alumínio, o papel e o papelão. As embalagens plásticas são seguras, de fácil transporte
e apresentam baixo custo e ótima apresentação.
Aparelhos eletrodomésticos e eletro-eletrônicos:
Os plásticos substituíram os metais na indústria de eletrodomésticos devido a
sua versatilidade e aparência.
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REFERÊNCIAS
SENAI. MG. Tecnologia de materiais: materiais II. Belo Horizonte: SENAI/MG, 1998.
69 p. ISBN 8586909297 (broch.)
WIEBECK, Hélio; HARADA, Júlio. Plásticos de engenharia: tecnologia e aplicações. :
Artliber, 2005. 349 p. ISBN 858809827X (broch.)
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Petróleo
(100%)
Outros (10%)
Diesel e óleo para
aquecimento (70%)
Matéria-prima para ind. quim (7%)
Gaseificação (13%)
Polietileno (PE) Cloreto de
polivinila (PVC)
Poliuretano
(PUR)
Polipropileno
(PP)
Poliamida (PA)
Poliéster (UP)
Polímeros
(4%)
Outros produtos
químicos (3%)
Nafta
(20%)
Poliestireno
(PS)
CAPÍTULO 2
PROCESSOS DE PREPARAÇÃO DE MONÔMEROS E POLÍMEROS
INTRODUÇÃO
O enorme crescimento da indústria petroquímica, a partir da II Guerra Mundial,
propiciou o fornecimento da matéria-prima para o desenvolvimento da indústria de
monômeros e, paralelamente, da indústria de polímeros. No princípio era utilizado o
carvão como matéria-prima. Apenas em meados dos anos 50 aconteceu a substituição
por petróleo. A vantagem desta substituição estava em que se poderia aproveitar
racionalmente aquela parcela do refino, até aquela época sem valor, que no
craqueamento (quebra) do petróleo era utilizado como produto secundário.
Para mostrar a importância do petróleo na civilização moderna, especialmente
na indústria de monômeros e polímeros observe o esquema a seguir.
Neste esquema pode-se observar a participação de cada produto fabricado a
partir do petróleo no total desta matéria-prima. Fica claro que apenas 4% deste total é
utilizado para a produção de polímeros, especialmente os plásticos. Cada tipo de
polímero produzido, em seus compósitos, são utilizados em diversos utensílios do
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nosso cotidiano como baldes, tubulações de água, espumas, seringas, telefones, entre
outros.
Veja no próximo quadro alguns polímeros bastante conhecidos e suas matérias
base, que podem ser o petróleo, o gás natural e o carvão.
MONÔMEROS
Principais fontes de monômeros
Cerca de 5 milhões de compostos orgânicos já foram identificados, entretanto,
apenas 60.000 tem importância comercial e são usados na industria química.
Hoje a maioria das indústrias que produzem monômeros tem como fontes de
matéria-prima o petróleo e o gás natural, ou rotas alternativas como óleos e o carvão. A
grande utilização do petróleo e do gás natural se deve, principalmente, ao seu baixo
custo de produção e à facilidade de transporte. Os compostos provenientes do petróleo
são separados através de destilação fracionada, de acordo com seus diferentes pontos
de ebulição.
Alguns compostos isolados do petróleo são usados diretamente como
monômeros, enquanto outros atuam como precursores para síntese de monômeros de
estrutura mais complexa.
Apesar dos materiais inorgânicos serem muito abundantes, geralmente, não são
viáveis como monômeros, pois as ligações inorgânicas são vulneráveis ao ataque do
oxigênio e da umidade. Apenas os silicones, os fosfazenos e os vidros não possuem
este problema.
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PREPARAÇÃO DE ALGUNS MONÔMEROS
De acordo com a origem, os monômeros podem basicamente ser classificados
em dois grandes grupos: os que provêm de fontes fósseis e os que são oriundos de
fontes renováveis. No primeiro caso, incluem-se: carvão, petróleo, gás natural e xisto
betuminoso. No segundo caso, existem matérias-primas de fontes vegetais e animais,
cujo interesse econômico é específico e depende de uma diversidade de fatores, além
dos aspectos técnicos.
CARVÃO
Do carvão, como fonte desta indústria, pode-se obter o carbeto de cálcio
(carbureto), que dá origem ao acetileno (precursor), do qual se derivam muitos
monômeros tais como: etileno, cloreto de vinila, acetato de vinila, acrilonitrila,
cloropreno e melamina.
PETRÓLEO E GÁS NATURAL
Outra fonte de obtenção de monômeros é o petróleo ou gás natural. Para o caso
do petróleo, a fração conhecida como nafta, por craqueamento, produz etileno e outras
olefinas. Do etileno (eteno), pode-se produzir além dos já citados para o caso do etileno
proveniente do carvão, outros monômeros como: etilenoglicol, óxido de etileno, acrilato
de metila e estireno. Outros hidrocarbonetos como olefinas (propileno e butenos),
alcanos (butano) e aromáticos (benzeno) podem gerar os monômeros: acrilonitrila e
acrilato de metila; butadieno e anidrido maléico, fenol, ácido adípico, caprolactama,
hexametilenodiamina, respectivamente.
FONTES DIVERSAS DE MONÔMEROS
Outras fontes de monômeros: óleo vegetal, gases e outros compostos orgânicos.
O ricinoleato de glicerila é um precursor do monômero ácido ômega-
aminoundecanóico. De gases como CO, CO2, CH4 e fosgênio podem-se produzir
monômeros como aldeído fórmico, uréia, aldeído fórmico e diisocianato de alquileno,
respectivamente. O cloreto de metila pode originar o dimetildiclorosilano, enquanto que
o clorofórmio pode originar o tetraflúoretileno.
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SIGLA DOS POLÍMEROS
Seguindo normas internacionais (geralmente em inglês) os polímeros são
caracterizados por seqüências de letras (abreviaturas) que representam a sua estrutura
química. Letras complementares (códigos) caracterizam a utilização, aditivos e
propriedades básicas como densidade ou viscosidade.
Exemplos:
ABS – Copolí(acrílico/butadieno/estireno), em inglês: acrylic/butadyene/styrene
LDPE – Polietileno de baixa densidade, em inglês: Low Density Polyetilene
BR – Elastômero de polibutadieno, em inglês: Butadyene Rubber
E assim sucessivamente.
Eis, mais alguns exemplos:
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CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS
Além dos polímeros clássicos produzidos e comercializados há alguns anos, a
cada dia, novos polímeros surgem oriundos das pesquisas científicas e tecnológicas
desenvolvidas em todo o mundo. Logo, devido a grande variedade de materiais
poliméricos existentes, torna-se necessário selecioná-los em grupos que possuam
características comuns, que facilitem a compreensão e estudo das propriedades
desses materiais. Portanto, com este objetivo, os polímeros foram classificados de
acordo com suas estruturas químicas, características de fusibilidade, comportamentos
mecânicos, tipos de aplicações e escala de produção. A seguir, um resumo dessas
classificações:
Classificações baseadas em diversos critérios
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Classificação baseada no tipo de monômero e estrutura do polímero
(reação de polimerização)
PROPRIEDADES DOS POLÍMEROS
As propriedades especiais tão peculiares aos polímeros são conseqüência
principalmente de sua alta massa molecular. Quanto maiores as macromoléculas,
melhores suas propriedades mecânicas.
Os polímeros são constituídos de moléculas formadas pelo encadeamento de
milhares ou milhões de átomos. Por serem muito longas, estas cadeias se entrelaçam
formando um emaranhado que interage fortemente. Esta é uma das razões da grande
resistência mecânica dos polímeros, o que possibilita que sejam utilizados na
confecção de muitos objetos, tais como móveis, peças automotivas e peças para
construção civil.
Se as cadeias de macromoléculas estiverem não apenas entrelaçadas, mas
unidas através de ligações químicas, as chamadas ligações cruzadas, a resistência
mecânica é aumentada, permitindo a confecção de peças e objetos bastante
resistentes. Estes polímeros conseguem suportar condições relativamente drásticas de
uso, como choques, atritos ou tração. Outras vantagens da presença de muitas
ligações cruzadas entre as cadeias de macromoléculas são a estabilidade e resistência
térmica.
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
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São propriedades como resistência mecânica, resistência térmica, estabilidade
frente a substâncias químicas, resistência elétrica, permeabilidade a gases etc. que
irão determinar como o polímero vai ser utilizado.
De acordo com seu comportamento mecânico, os polímeros podem ser
classificados como elastômeros, fibras, plásticos rígidos ou plásticos flexíveis.
É possível obter polímeros com propriedades e características tecnológicas pré-
estabelecidas através do controle sistemático das reações de polimerização. Fatores
como condições de reação (temperatura, pressão, catalisadores etc.), introdução de
substâncias capazes de promover reticulações e/ou copolimerizações, são
determinantes.
Uma prática bastante comum na indústria de polímeros é a adição de
substâncias denominadas aditivos, que conferem propriedades especiais à resina
polimérica.
As fibras são matérias termoplásticas que possuem cadeias poliméricas
posicionadas paralelamente em sentido longitudinal. Elas apresentam alta resistência à
deformação, mas podem sofrer alongamentos. São comumente utilizadas na confecção
de roupas. Ex.: raiom, nylon, viscose, acetato de celulose etc.
Denomina-se elastômero um polímero que pode sofrer alongamentos reversíveis
muito grandes. São utilizados, por exemplo, na confecção de pneus, sola de sapatos
etc.
A borracha natural apresenta propriedades elásticas e é um elastômero. Ela é
obtida a partir do látex extraído da planta chamada seringueira, a Hevea brasiliensis. O
processo de vulcanização da borracha por aquecimento com enxofre, proposto por
Charles Goodyear em 1839, conferiu à borracha propriedades tais como resistência
mecânica e térmica, expandindo o seu uso em todo o mundo.
A seguir, algumas considerações particulares sobre propriedades dos polímeros:
Densidade
Os polímeros apresentam uma densidade relativamente baixa se comparados a
outros materiais. A faixa de variação de densidade destes materiais estende-se de
aproximadamente 0,9 g/cm3 ate 2,3 g/cm3. Mais leves que metais ou cerâmica.
Exemplo: o PE é 3 vezes mais leve que o alumínio e 8 vezes mais leve que o aço.
Motivação para uso na indústria de transportes, embalagens, equipamentos de
esporte...
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Condutibilidade térmica
A condutibilidade térmica dos polímeros situa-se na faixa de 0,15 a 0,5 W/mK.
Um motivo para baixa condutibilidade térmica destes materiais é a falta de elétrons
livres no material.
Uma desvantagem da péssima condutibilidade térmica aparece no
processamento dos polímeros. O calor necessário para o processamento só pode ser
introduzido lentamente, e no final do processamento, também é novamente de difícil
remoção.
A condutividade térmica dos polímeros é cerca de mil vezes menor que a dos
metais. Logo, são altamente recomendados em aplicações que requeiram isolamento
térmico, particularmente na forma de espumas.
Condutibilidade elétrica
Em geral os polímeros conduzem muito mal a energia elétrica. Eles têm elevada
resistência e com isso baixa condutibilidade em comparação a outros materiais. A
resistência elétrica dos polímeros é dependente da temperatura e diminui com o
aumento da temperatura. A razão para a baixa condutibilidade elétrica é a mesma para
a térmica, a falta de elétrons livres. Observando esta propriedade os polímeros são
altamente indicados para aplicações onde se requeira isolamento elétrico.
Pode-se melhorar sua condutibilidade elétrica introduzindo-se pós metálicos
nesses materiais. A adição de cargas especiais condutoras (limalha de ferro, negro de
fumo) pode tornar polímeros fracamente condutores, evitando acúmulo de eletricidade
estática, que é perigoso em certas aplicações.
Há polímeros especiais, ainda em nível de curiosidades de laboratório, que são
bons condutores. O Prêmio Nobel de Química do ano 2000 foi concedido a cientistas
que sintetizaram polímeros com alta condutividade elétrica.
Permeabilidade a luz
Os termoplásticos amorfos como o PC, PMMA, PVC bem como a resina UP, não
se diferenciam consideravelmente em sua transparência do vidro que chega a 90%,
isto corresponde a um nível de transmissão de 0,9.
Porém uma desvantagem dos polímeros é que influencias do meio ambiente,
como por exemplo, atmosfera ou variação de temperatura, pode causar turbidez e com
isso, piora a transparência.
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
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Resistência à corrosão
As ligações químicas presentes nos plásticos (covalentes/Van der Walls) lhes
conferem maior resistência à corrosão por oxigênio ou produtos químicos do que no
caso dos metais (ligação metálica).
Isso, contudo, não quer dizer que os plásticos sejam completamente invulneráveis ao
problema. Ex: um CD não pode ser limpo com terebintina, que danificaria a sua
superfície.
De maneira geral, os polímeros são atacados por solventes orgânicos que
apresentam estrutura similar a eles. Ou seja: similares diluem similares.
Porosidade
O espaço entre as macromoléculas do polímero é relativamente grande. Isso
confere baixa densidade ao polímero, o que é uma vantagem em certos aspectos.
Esse largo espaçamento entre moléculas faz com que a difusão de gases
através dos plásticos seja alta. Em outras palavras: esses materiais apresentam alta
permeabilidade a gases, que varia conforme o tipo de plástico. A principal
conseqüência deste fato é a limitação dos plásticos como material de embalagem, que
fica patente no prazo de validade mais curto de bebidas acondicionadas em garrafas
de PET. Por exemplo, o caso da cerveja é o mais crítico. Essa permeabilidade,
contudo, pode ser muito interessante, como no caso de membranas poliméricas para
remoção de sal da água do mar.
PROPRIEDADES MECÂNICAS INTERESSANTES
Alta flexibilidade, variável ao longo de faixa bastante ampla, conforme o tipo de
polímero e os aditivos usados na sua formulação;
Alta resistência ao impacto. Tal propriedade, associada à transparência, permite
substituição do vidro em várias aplicações. Quais seriam? lentes de óculos (em acrílico
ou policarbonato), faróis de automóveis (policarbonato), janelas de trens de subúrbio,
constantemente quebradas por vândalos (policarbonato); contudo, a resistência à
abrasão e a solventes não é tão boa quanto à do vidro. Lentes de acrílico riscam
facilmente e são facilmente danificadas se entrarem em contato com solventes como,
por exemplo, acetona!
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
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Baixas Temperaturas de Processamento - Conformação de peças requer
aquecimento entre Tamb e 250oC. Alguns plásticos especiais requerem até 400oC.
Disso decorre baixo consumo de energia para conformação e requer equipamentos
mais simples e não tão caros quanto para metais ou cerâmica.
Ajuste Fino de Propriedades através de Aditivação - Cargas inorgânicas minerais
inertes (ex. CaCO3) permitem reduzir custo da peça sem afetar propriedades. Exemplo:
piso de vinil/cadeiras de jardim (PP), que contém até 60% de cargas. Uso de fibras
(vidro, carbono, boro) ou algumas cargas minerais (talco, mica, caolim) aumentam a
resistência mecânica; As cargas fibrosas podem assumir forma de fibras curtas ou
longas, redes, tecidos. Negro de fumo em pneus (borracha) e filmes para agricultura
(PE) aumenta resistência mecânica e a resistência ao ataque por ozônio e raios UV.
Aditivos conhecidos como plastificantes podem alterar completamente as
características de plásticos como o PVC e borrachas, tornando-os mais flexíveis e
tenazes. A fabricação de espumas é feita através da adição de agentes expansores,
que se transformam em gás no momento da transformação do polímero, quando ele se
encontra no estado fundido.
REFERÊNCIAS
Os plásticos. Disponível em <http://www.abiplast.org.br/index>. Acesso em 20/05/08. Curso básico de plásticos. Disponível em <http://www.em.pucrs.br/>. Acesso em 10
junho 09.
MANO, Eloísa B. Introdução a Polímeros. 1ª ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1985. MICHAELI, W et al. Tecnologia dos Plásticos. 1ª ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1995.
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
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CAPÍTULO 3
POLÍMEROS E A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
INTRODUÇÃO
A substituição pela indústria automobilística de materiais tradicionais por plástico
se deu de forma gradativa ao longo de vários anos, mas apenas décadas de 1980 e
1990 é que o ritmo dessa substituição se acelerou. Razões diversas, tanto econômicas,
quanto tecnológicas, influenciaram o andamento dessa mudança. As crises do petróleo
de 1973 e de 1979 trouxeram a conscientização para o problema da escassez de
combustível e para a vulnerabilidade do uso indiscriminado de recursos naturais de
fontes não-renováveis. Essas crises podem ser consideradas como o momento
decisivo da tomada de posição quanto à construção de carros mais eficientes, seguros,
confortáveis e que consumissem menos combustível.
Pode-se dizer, porém, que somente após a superação de limitações
tecnológicas, com o desenvolvimento de polímeros de alto desempenho, é que os
plásticos passaram a fazer parte essencial dos automóveis. Hoje, considerando-se o
volume dos materiais, são usados mais plásticos do que aço na construção de um
veículo, devido ao grande número de aplicações que os polímeros encontraram nesse
produto.
A média de 30 quilos de polímeros empregada por veículo, na década de 70,
passou a representar cerca de 180 quilos no final da década de 1990.
A indústria automobilística e os polímeros
Os plásticos têm demonstrado um alto índice de confiabilidade e muitas
vantagens sobre os materiais tradicionais que vieram a substituir, tais como o aço, o
alumínio e o vidro, por exemplo. Além de permitir maior flexibilidade de projeto e
economia na produção, sua baixa densidade é essencial para a redução do consumo
de combustíveis, uma vez que a substituição de materiais diversos por cerca de 100
quilos de plástico, em um carro pesando 1 tonelada, trará uma economia de
combustível de 7,5%. Aproximadamente, para 100 quilos de peças plásticas utilizadas
em um veículo, 200 a 300 quilos de outros materiais deixam de ser consumido, o que
se reflete em seu peso final. Assim, um automóvel, com uma vida útil de 150 mil
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quilômetros, poderá economizar 750 litros de combustível devido a utilização dos
plásticos. Dados norte-americanos informam que, como são produzidos naquele país
15 milhões de carros/ano, quase 20 milhões de litros de gasolina são economizados e
4,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono deixam de entrar na atmosfera devido
ao uso de peças plásticas.
No que se refere especificamente a itens de segurança, os polímeros
possibilitam a fabricação de pára-choques com propriedades de absorção de impacto,
air-bags, proteções contra impacto lateral (que não lascam ou fraturam) e cintos de
segurança, diminuindo de forma marcante os casos fatais em acidentes.
A Tabela 1 apresenta uma relação das principais vantagens e desvantagens
identificadas no que se refere ao uso do plástico como parte integrante do automóvel.
Observa-se que a relação proposta não esgota o assunto, que é muito mais amplo e
complexo. De uma forma geral, pode-se depreender que a principal vantagem advinda
do uso de plásticos se refere à economia, tanto de combustível quanto de
investimentos em produção.
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Por outro lado, existe a possibilidade de sofisticação do design, o uso de formas
e soluções menos tradicionais e o aumento de segurança.
Quanto às desvantagens apontadas, elas se referem a itens que são comuns a
maioria dos materiais plásticos. Entretanto, de acordo com a especificação necessária
do material a ser utilizado, pode existir um tipo de polímero especialmente produzido
para atender às exigências de uso, superando uma desvantagem encontrada em um
plástico comum. Por exemplo, a mistura de poli(óxido de metileno) e poliamida,
disponível no mercado sob o nome de Noryl (marca registrada da GE), é um material
com características especiais para receber pintura, além de ter excelente resistência ao
impacto e altíssima estabilidade dimensional. Ainda, o poli(sulfeto de fenileno) é um
material com alta resistência à chama, o que o torna ideal para aplicações que exijam
esse tipo de propriedade.
Foram produzidos no mundo, em 2000, cerca de 59 milhões de veículos. No
Brasil, a produção em 2000 foi de 1,7 milhões de veículos e o faturamento dessa
indústria, no valor de US$ 20 milhões, representou 10,2% do PIB industrial brasileiro
daquele ano, o que demonstra sua importância no cenário do país. Com base nesses
números, partindo-se do princípio que um automóvel médio pesa em torno de 1
tonelada, e que cada veículo usa cerca de 100 quilos de plástico, isto é,
aproximadamente 10% de seu peso, pode-se estimar que em 2000 a indústria
automobilística mundial consumiu em torno de 6 milhões de toneladas de plástico. No
Brasil, esse cálculo leva a um montante em torno de 170 mil toneladas de plástico. A
Tabela abaixo, elaborada a partir da contribuição de diversos autores, apresenta os
principais polímeros utilizados na indústria automobilística, as propriedades que os
fazem ser especiais para a finalidade, as peças produzidas, bem como seus
fornecedores no Brasil.
Polímeros Propriedades Peças Produzidas
Polietileno de
alta densidade
(HDPE)
(Fabricante no
Brasil: Braskem;
Ipiranga;
Politeno; Solvay)
Resistência a calor
Resistência a solventes
Baixa permeabilidade
Boa processabilidade
Baixo custo
Bombona de reserva; Caixa do triângulo de
emergência; Proteção anti-cascalho;
Reservatório de água do pára-brisa; Sistema
de distribuição de combustível; Tanque de
combustível;
Polipropileno Alta resistência química e Bandeja traseira (sobre o porta-malas); Caixa
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(PP) e suas
composições
(Fabricante no
Brasil:
Borealis/Braskem
; Branco/Dow;
Braskem;
Ipiranga;
Polibrasil)
a solventes
Boa estabilidade
dimensional
Flexibilidade
Durabilidade
Baixos custos
Excelente balanço
impacto/rigidez
Boa resistência às
intempéries
Boa resistência a riscos
da bateria; Caixa de calefação;
Caixa de ferramentas; Caixa de primeiros
socorros; Caixa do cinto de segurança; Caixa
do retrovisor interno; Caixa elétrica central;
Calotas; Carpetes; Cobertura da bateria
(proteção da parte superior, prevenção contra
curto-circuito); Cobertura do volante;
Cobertura dos amortecedores;
Conduto de aspiração de ar; Condutos de ar;
Condutos de ar; Conjunto de regulagem dos
bancos; Console; Corpo do filtro de ar;
Depósito de expansão da água de
refrigeração do motor; Depósito do fluido de
freio;
Empunhadura do freio de mão; Estribo de
acesso das portas; Frisos laterais;
Grades de circulação de ar; Inserto (alma) do
encosto de cabeça; Inserto
(alma) do quebra-sol; Inserto do descansa
braço; Painéis das portas; Painel de
instrumentos; Pára-choques; Porta-cassetes;
Porta-luvas; Proteção da borda dos pára-
lamas; Proteção da correia dentada; Proteção
do ventilador do radiador; Revestimento da
coluna de direção; Revestimento das colunas;
Revestimento do marco da porta;
Revestimento do porta-malas;
Revestimento do teto (interno); Revestimento
dos bancos; Revestimento interior dos pára-
lamas; Revestimento interior traseiro;
Revestimento lateral do teto (interno); Spoiler
traseiro (porta-malas); Spoiler traseiro (teto);
Tampas da bateria; Ventilador
Poli(óxido de
metileno) (POM)
e seus
copolímeros
(Não fabricado
no Brasil)
Excelente estabilidade
dimensional;
Baixa absorção de água
Resistência à fricção
Alta resistência à fadiga
Movimentação dos vidros das portas;
Manivela de movimentação dos vidros das
portas; Guia dos vidros das portas;
Engrenagens do moto redutor do sistema de
movimentação dos vidros das portas;
Limpadores de pára-brisa; Engrenagens do
moto redutor do sistema de acionamento do
limpador; Cintos de segurança;
Ancoragem do cinto de segurança na coluna
do veículo; Dispositivo de retração; Espelhos
retrovisores; Coxim e elementos deslizantes;
Carcaça e engrenagens do moto redutor do
sistema de movimentação do espelho;
Suporte do espelho retrovisor; Fechaduras;
Carcaça do mecanismo de fechamento; Corpo
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de fechamento da tampa do porta malas;
Engrenagens do sistema de fechamento
centralizado; Circuito de combustível; Bóia do
carburador; Carcaça do filtro de combustível;
Componentes da bomba de combustível;
Gargalo de alimentação do combustível;
Tampa do gargalo de alimentação de
combustível; Válvula anti-retorno de
combustível
Exterior
Alavanca da abertura das portas; Grampos
para instalação dos frisos laterais; Guias de
movimentação do teto solar; Parte dos pára-
choques
Interior
Alavanca de rebatimento do encosto dos
bancos dianteiros (veículos de 2 portas);
Alavanca de abertura da tampa do porta
malas; Alavancas de comando dos limpadores
de pára-brisa e das setas; Guia de
deslocamento dos bancos; Manivela de
regulagem de posição do encosto dos bancos;
Suporte do quebra-sol
Suporte do encosto de cabeça; Tampa dos
alto-falantes; Sistemas de frenagem,
transmissão, amortecimento e direção;
Elemento de regulagem dos faróis; Elementos
deslizantes da coluna de direção;
Engrenagens do sistema de embreagem;
Suporte da alavanca das marchas; Terminais
do chicote de cabos; Válvula do servo-freio;
Sistema de calefação; Alavancas de
regulagem; Engrenagens dos comandos do
sistema de calefação
Outros
Manivela de movimentação do teto solar;
Partes do macaco para elevação do veículo;
Pistão do sistema de transmissão hidráulica;
Rotor da bomba d’água; Terminal do cabo de
embreagem
Polímeros
fluorados
Politetrafluoroeti-
Alta resistência térmica
Resistência a óleo
Resistência a agentes
Bomba de combustível elétrica; Elemento
deslizante do amortecedor;
Elemento deslizante do freio; Guia do pistão
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leno
(PTFE) e suas
composições
(Fabricante no
Brasil:
Du Pont (*)
químicos do amortecedor; Indicador de desgaste de
freio
Poli(teleftalato de
butileno) (PBT)
Poli(teleftalato de
butileno) de alto
impacto
(PBT-HI)
(Fabricante no
Brasil: GE (*)
Rhodia)
Boa resistência mecânica
Boa resistência térmica
Boa estabilidade
dimensional
Baixa absorção de água
Isolamento elétrico
Ancoragem dos retrovisores laterais; Caixa de
conectores do sistema elétrico; Calota;
Carcaça da bomba do circuito de água para o
pára-brisa;
Carcaça do moto redutor do sistema de
movimentação dos vidros;
Carcaça do motoredutor dos limpadores de
pára-brisa; Carcaça do
sistema de ignição (distribuidor); Carcaça dos
faróis; Cinzeiros;
Comando do sistema de movimentação dos
vidros; Conectores;
Elementos de regulagem dos faróis; Estojo de
fusível; Grades;
Palhetas dos limpadores de pára-brisa; Pára-
lama; Pistão do servofreio;
Porta-escovas de motores elétricos; Relés;
Suporte do regulador dos retrovisores laterais;
Tampa do air-bag
Polímeros de
Líquido cristalino
(LCP)
(Não Fabricado
no Brasil)
Resistência ao calor
Auto-retardante de chama
Baixa absorção de água
Alta resistência mecânica
Excelente resistência
química
Fácil processabilidade
Conectores; Porta-escovas de motores
elétricos; Suporte da bobina
Poli(sulfeto de
fenileno) (PPS)
(Não Fabricado
no Brasil)
Elevada rigidez
Excelentes propriedades
mecânicas
Transparência a micro-
ondas
Excelentes propriedades
elétricas
Fácil processabilidade
Auto-retardamento de
chama
Carcaça dos faróis; Paletas da bomba de
vácuo; Suporte da bobina; Suporte do porta-
escovas do motor de refrigeração; Válvulas do
filtro de ar
Policarbonato
(PC)
(Fabricante no
Semelhança a vidro
Alta resistência ao
impacto
Boa estabilidade
Faróis; Lanternas; Painel de instrumento
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Brasil: GE (*) e
Policarbonato)
dimensional
Boas propriedades
elétricas
Boa resistência às
intempéries
Resistência à chama
Capacidade de refletir a
luz
Estabilidade a radiações
de ultravioleta
Poliuretano
(PU)
(Fabricante no
Brasil: Basf,
Bayer, Resana)
Excepcional resistência a
abrasão
Absorvedor de energia
Isolamento acústico
Fácil processabilidade
Pára-choque; Estofamento dos bancos;
Coxins; Tapes Suporte do motor;
Enchimento do pára-choque;
Poliamida (PA)
(Fabricante no
Brasil:
Mazzaferro,
Rhodia)
Boa processabilidade
Resistência à tensão
Resistência a alta
temperatura
Excelente estabilidade
dimensional
Dutos de captação de ar; Engrenagens;
Conectores de sistema de injeção;
Sistema de freio de estacionamento;
Escaninho do airbag
Poli(metacrilato
de metila)
(PMMA)
(Fabricante no
Brasil:
Metacryl)
Semelhança ao vidro
Boa resistência química
Alta resistência às
intempéries
Transparência
Fibras óticas; Lanternas; Protetor de chuva
nas janelas
Copoli(estirenobu
tadienoacrilonitril
a)
(ABS)
(Fabricante no
Brasil: GE (*),
Bayer)
Resistência à corrosão
Alta resistência química
Ótima processabilidade
Resistência ao impacto
Resistência a baixas
temperaturas
Grande estabilidade
dimensional
Grades; Calotas; Painel de instrumentos;
Carcaça de lanterna
Copoli(estirenoac
rilonitrila)
(SAN)
(Fabricante no
Brasil: Bayer)
Resistência à intempéries
Ótima processabilidade
Resistência ao impacto
Resistência a baixas
temperaturas
Grades de ventilação
Poli(cloreto de
vinila) (PVC)
(Fabricante no
Brasil: Braskem,
Alta resistência à chama
Semelhança a couro
Flexibilidade de
processamento
Filtros de ar e de óleo; Revestimento de
bancos; Painéis e interiores;
Revestimento de fios e cabos elétricos
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Solvay)
Poli(óxido de
metileno)/
poliamida
(Noryl GTX)
(Fabricante no
Brasil: GE (*))
Boa resistência a impacto
Alta resistência a
solventes
Boa resistência a alta
temperatura
Baixa absorção de
umidade
Fácil colagem e pintura
Ótima processabilidade
Excepcional brilho
Pára-lama
Poli(tereftalato
de butileno)/
Policarbonato
(Xenoy)
(Fabricante no
Brasil: GE (*))
Excelente resistência
mecânica
Excelente resistência
química
Alta resistência às
intempéries
Resistência a altas
temperaturas
Retenção de cor
Resistência a ultravioleta
Painel de instrumento
Pára-choque
Painel lateral externo
Ponteira de pára-choque
Spoilers
Poli(tereftalato
de etileno)
(PET)
(Fabricante no
Brasil:
Braskem, Fibra
Nordeste,
Rhodia)
Alta resistência mecânica
Alta resistência térmica
Alta resistência química
Transparência
Alta impermeabilidade
Fácil processabilidade
Carcaça de bombas; Carburador; Limpador de
parabrisa; Componenteselétricos
Automóveis, polímeros e inovação tecnológica
Em nível internacional, o relacionamento entre as indústrias de polímeros e de
veículos tem sido intenso e bastante profícuo. Conforme observado anteriormente, a
presença de peças plásticas nos automóveis foi fundamental para se conseguir
melhores padrões de segurança, economia de combustível e flexibilidade de
manufatura.
Ao longo dos anos, os consumidores se tornaram mais exigentes em relação
aos produtos que adquirem. Eles querem carros que tenham alta performance, porém
não consideram menos importantes itens como confiabilidade, segurança, conforto,
economia, estilo, preço competitivo e, cada vez mais, respeito ao meio ambiente.
Somente os materiais plásticos podem responder aos desafios advindos dessas
demandas conflitantes. Ainda, a crescente personalização que o consumidor espera
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dos veículos, fazendo com que aumentem os chamados produtos tailor-made, faz
prever que a diversidade se tornará, em pouco tempo, a regra em vez de exceção – e
somente a versatilidade e fornecedores dos polímeros e composições, a partir de
matéria-prima importadas a flexibilidade dos plásticos permitirão que se fabriquem
diferentes carros, baseados no mesmo chassi.
Prevê-se, portanto, que essas duas indústrias não deverão dissociar seus rumos
por muitos e muitos anos de modo a, cada vez mais, cumprir o desafio de fabricar
veículos seguros, econômicos e confortáveis, dentro de avançados padrões
tecnológicos.
No que se refere ao Brasil, pode-se afirmar que a indústria automobilística foi
uma das grandes catalisadoras da introdução de inovações tecnológicas na indústria
de polímeros. Isto se tornou mais real a partir da fabricação no país dos “carros
mundiais”, quando as subsidiárias nacionais das montadoras passaram a exigir
produtos que tivessem os mesmos padrões aprovados pelas suas matrizes, em seus
países de origem.
A indústria automobilística encontra no Brasil um grande fabricante de polímeros
para usos gerais e para alguns usos especiais e que está preparado, por esforço
próprio, para atender, através de fornecimento tailor-made, às crescentes exigências
das montadoras. Essa autonomia tecnológica também faz com que o país seja um
importante fabricante de compostos poliméricos, especialmente desenvolvidos para
suprir as necessidades dessas montadoras. Além disso, a indústria de polímeros no
Brasil é, de longe, a mais importante da América do Sul, sendo, por isso, um destacado
fornecedor para montadoras de automóveis em outros países latinos, especialmente a
Argentina.
Entretanto, conforme já mencionado, peças plásticas, que demandem situações
extremas de uso, são confeccionadas no país a partir de matéria-prima importada.
Essas peças utilizam polímeros que representam o que existe de mais avançado
tecnologicamente na área. Por um lado, sabe-se que as quantidades demandadas por
esses materiais no país são pequenas, não justificando a produção dos mesmos em
escalas mínimas que seriam, na melhor das hipóteses, anti-econômicos.
Por outro lado, existe todo um processo de não globalização tecnológica na área
de polímeros, centralizando em poucos fornecedores mundiais.
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
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32
É de se esperar que haja grande dificuldade para que empresas nacionais
consigam licenciar o que existe de mais atual em matéria de tecnologia em polímeros,
caso desejem produzir no país esses materiais mais sofisticados.
A realidade nacional mostra a existência de empresas produtoras de polímeros
excessivamente comprometidas com P&D de curto prazo, tentando adaptar seus
produtos às condições do país e diferenciá-los para ganhar nichos de mercado, nos
quais conseguem se fazer competitivas face às multinacionais de grande porte e nisso
elas se destacam com grande sucesso. Essas empresas, contudo, negligenciam os
desenvolvimentos de longo prazo, que trazem consigo um alto grau de incerteza e de
imprevisibilidade, mas que poderiam garantir altos ganhos (tanto financeiro, quanto de
competitividade) no futuro.
REFERÊNCIA
Polímeros: Ciência e Tecnologia, vol. 13, nº 2, p. 107-114, 2003
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CAPÍTULO 4
RECICLAGEM DE POLÍMEROS
INTRODUÇÃO
Desde o advento da descoberta dos polímeros até os dias atuais, este material
tem sido descartado no meio ambiente, pelo mundo, de maneira indiscriminada e
rápida. Tanto que o aumento da presença deste material em lixões, aterros sanitários e
no meio ambiente em geral não foi por acaso.
Em países da América do Norte e europeus, principalmente estes últimos, há
uma crescente preocupação com a presença desses materiais poluidores que
demoram muitos anos para se degradarem mesmo estando em aterros.
Alguns países já utilizam os plásticos descartados como energia na reciclagem
energética, mas, o método de reciclagem mais usado ainda é a reciclagem mecânica.
Já em países em desenvolvimento como o Brasil, a utilização de materiais
descartados ainda não é uma constante. Porém, quem trabalha com reciclagem ainda
peca por ignorar processos de identificação dos materiais plásticos, este que é de
suma importância no caso de se trabalhar com plásticos pós-consumo.
Esta que pode ser desde uma identificação bem simples como a identificação
por simbologias até as mais sofisticadas como espectroscopia por Infravermelho.
Em vista disso tudo é importante o conhecimento dos processos de reciclagem a
fim de verificar a importância da identificação dos materiais plásticos, mesmo a mais
simples, para as empresas que trabalham com descartados e que são de suma
importância para o meio ambiente e para a sociedade.
É importante ressaltar que estes materiais, na sua maioria commodities, são os
plásticos mais difundidos entre os transformadores desta matéria-prima, mas que não
possuem as mesmas características dos materiais de engenharia.
São também mais baratos e geralmente aplicados em produtos de grande
demanda como é caso dos polietilenos, polipropileno, muito utilizados em embalagens.
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
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AS FONTES DE SOLUÇÃO PARA EVITAR POLUIÇÃO
Um dos caminhos para minimizar os problemas ambientais relacionados ao uso
de plásticos é o uso de plásticos rapidamente degradáveis, que podem ser derivados
de vegetais ou produtos petroquímicos modificados (de cadeia mais curta); outro é a
reciclagem mecânica, que converte o material descartado em grânulos reutilizáveis;
outro é a reciclagem química, que usa o material descartado como matéria-prima para
plásticos novos; finalmente, há a alternativa da incineração sob condições controladas
que, quando inclui o aproveitamento de energia gerada, pode ser chamado de
reciclagem energética.
Resumidamente podem-se considerar as seguintes fontes de solução para evitar a
poluição por lixo sólido:
Manejo de aterros sanitários
Incineração
Legislação e educação do povo
Reciclagem de plásticos;
Plásticos degradáveis;
Não descartar os sacos de plástico do supermercado após uma só utilização.
Reutilizar estes o maior número de vezes possível. Quando não for possível
reutilizar os sacos, deposite-os nos locais apropriados para que possam ser
reciclados;
Preferir produtos que possibilitam a utilização de recargas: a utilização de
recargas poupa matérias-primas e diminui os resíduos produzidos.
Esta última década foi importante para a conscientização das pessoas sobre os
danos que o uso indiscriminado dos recursos pode causar ao meio ambiente, levando o
consumidor a assumir uma atitude mais crítica em relação às suas opções de
consumo. Características de produtos, que até há pouco tempo não eram consideradas
essenciais no processo de escolha, passaram a representar um peso na percepção
das pessoas no ato da compra, favorecendo produtos com características de
preservação ambiental, isto é, biodegradáveis, não-tóxicos, feitos com matérias-primas
recicladas, entre outros.
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
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Tratar o lixo sólido, ao qual os resíduos poliméricos pertencem, significa reduzir os
seus impactos negativos no meio ambiente e também induzir a população a perceber e
questionar a maneira mais correta de usufruir do meio no qual todos vivemos.
COLETA SELETIVA DO LIXO
A maioria dos materiais plásticos são recicláveis. A reciclagem dos plásticos é
uma solução viável, não só sob o ponto de vista econômico, mas também como forma
de preservação do meio ambiente.
A reciclagem de embalagens usadas permite produzir materiais de qualidade,
novos objetos ou mesmo novas embalagens, num ciclo praticamente interminável, com
ou sem adição de matéria-prima virgem.
A reciclagem dos plásticos pode fazer-se partindo duma coleta seletiva do lixo,
separando e identificando os diferentes materiais plásticos descartados. Esta
separação é possível a partir de uma das propriedades físicas do plástico: a densidade.
A diferença de densidade entre os diferentes polímeros é importante na
separação mecânica dos plásticos.
CLASSIFICAÇÃO DO DESCARTE DE POLÍMEROS
A classificação dos descartes poliméricos, principalmente os plásticos, pode ser da
seguinte forma:
Pós-industriais: Os quais provêm principalmente de refugos de processos de
produção e transformação, aparas, rebarbas etc.
Pós-consumo: São os descartados pelos consumidores, sendo a maioria
proveniente de embalagens.
SIMBOLOGIA PARA PLÁSTICOS (ABNT)
Antes de qualquer análise química ou física do polímero para a sua identificação,
as diversas resinas podem ser facilmente reconhecidas através de um código utilizado
em todo o mundo. O mesmo foi criado com o intuito de possibilitar a identificação
imediata de uma resina reciclável, quando já conformada por processo anterior.
TECNOLOGIA DOS PLÁSTICOS
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36
Consistindo em sinais de representação, este código traz um número
convencionado para cada polímero reciclável e/ou o nome do polímero utilizado, ou de
preponderância, no caso de uma mistura de polímeros.
Estes sinais são impressos no rótulo do produto ou estampados na própria peça.
No Brasil, o código de identificação foi alocado pela ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas, na norma NBR-13230 – Simbologias Indicadas na Reciclabilidade e
Identificação de Plásticos, de acordo com o sistema apresentado na figura abaixo,
onde também são indicados alguns dos usos mais comuns de cada resina.
Esta identificação é representada por um triângulo e um número correspondente.
Os plásticos são representados por um triângulo eqüilátero, composto por três
setas e o numero de identificação ao centro.
O sistema de símbolos foi desenvolvido para auxiliar na identificação e
separação manual de plásticos, já que não existe até o momento nenhum sistema
automático de separação com esta finalidade. Se eventualmente, um destes símbolos
não estiver presente no artefato a ser reciclado, há vários outros métodos simples para
a sua identificação (densidade, teste da chama, temperatura de fusão e solubilidade).
PRINCIPAIS PLÁSTICOS RECICLÁVEIS
Transparente e inquebrável o PET é uma material extremamente leve. Usado
principalmente na fabricação de embalagens de bebidas carbonatadas (refrigerantes),
além da Indústria alimentícia. Está presente também nos setores hospitalar,
cosméticos, têxteis etc.
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Material leve, inquebrável, rígido e com excelente resistência química. Muito
usado em embalagens de produtos para uso domiciliar tais como: Detergentes,
amaciantes, sacos e sacolas de supermercado, potes, utilidades domesticas, etc. Seu
uso em outros setores também é muito grande tais como: Embalagens de óleo,
bombonas para produtos químicos, tambores de tinta, peças técnicas etc.
Material transparente, leve, resistente a temperatura, inquebrável. Normalmente
usado em embalagens para água mineral, óleos comestíveis etc. Além da indústria
alimentícia é muito encontrado nos setores farmacêuticos em bolsas de soro, sangue,
material hospitalar, etc. Uma forte presença também no setor de construção civil,
principalmente em tubos e esquadrias.
Material flexível, leve, transparente e impermeável. Pelas suas qualidades é
muito usado em embalagens flexíveis tais como:
Sacolas e saquinhos para supermercados, leites e iogurtes, sacaria industrial, sacos de
lixo, mudas de plantas, embalagens têxteis etc.
Material rígido, brilhante com capacidade de conservar o aroma e resistente às
mudanças de temperatura.
Normalmente é encontrado em pecas técnicas, caixarias em geral, utilidades
domésticas, fios e cabos etc.
Potes e embalagens mais resistentes
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Material impermeável, leve, transparente, rígido e brilhante. Usado em potes
para iogurtes, sorvetes, doces, pratos, tampas, aparelhos de barbear descartáveis,
revestimento interno de geladeiras etc.
Neste grupo estão classificados os outros tipos de plásticos. Entre eles:
ABS/SAN, EVA, PA etc. Normalmente são encontrados em peças técnicas e de
engenharia, solados de calçados, material esportivo, corpos de computadores e
telefones, CD'S etc.
PROCESSO DE RECICLAGEM DE POLÍMEROS
Os diferentes polímeros (plásticos) para serem reciclados devem ser amolecidos
a altas temperaturas, separadamente. A separação é, portanto, a primeira etapa do
processo de reciclagem, tendo em conta diferentes propriedades físicas dos polímeros:
densidade, condutividade térmica, temperatura de amolecimento etc.
A densidade é um dos métodos mais simples e prático de separação e
identificação dos diferentes polímeros. A tabela seguinte apresenta densidades de
alguns dos plásticos mais vulgarmente utilizados:
POLÍMEROS Densidade (g/cm3)
Poli(tereftalato de etileno) – PET 1,29 – 1,40
Poli(etileno) de alta densidade – PEAD
0,952 – 0,965
Poli(cloreto de vinila) – PVC (rígido)
1,30 – 1,58
Poli(cloreto de vinila) – PVC (flexível)
1,16 – 1,35
Poli(etileno) de baixa densidade - PEBD
0,017 – 0,940
Polipropileno - PP 0,900 – 0,910
Poliestireno- PS (sólido) 1,04 – 1,05
Poliestireno – PS (espuma) Menor que 1,00
Densidade de alguns polímeros (g/cm3)
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Podemos considerar quatro processos diferentes de reciclagem de plásticos:
Reciclagem Primária
Esta reciclagem não é mais do que o aproveitamento das aparas, das rebarbas
e das peças defeituosas dentro da linha de montagem das próprias indústrias.
Reciclagem Secundária
É a reciclagem de parte dos produtos rejeitados existentes no lixo. Esta
reciclagem é feita nas Unidades de Reciclagem.
Mesmo no caso da coleta seletiva aonde o plástico vem relativamente limpo, o
produto reciclado terá sempre uma qualidade técnica inferior ao material virgem, devido
à presença de diversos tipos de plásticos existentes nesses refugos. O produto assim
reciclado deverá ser utilizado apenas em situações em que tais alterações sejam
perfeitamente aceitáveis.
Atualmente já existem tecnologias disponíveis que possibilitam o uso simultâneo
de diferentes resíduos plásticos, sem que haja incompatibilidade entre eles e a
conseqüente perda de resistência e qualidade. A chamada “madeira plástica”, feita com
a mistura de vários polímeros reciclados, é um exemplo.
Assim que são coletados, os plásticos passam pelas seguintes etapas:
inspeção para eliminar elementos contaminantes e tipos inadequados de plástico;
trituração e lavagem;
separação com base na densidade;
secagem;
fundição;
drenagem através de telas finas para remover mais elementos contaminantes;
resfriamento e trituração em grânulos;
revenda às empresas de plástico.
Reciclagem Terciária
É a transformação dos resíduos polímeros em monômeros e em outros produtos
químicos através da decomposição química ou térmica.
Após esta operação, o produto poderá ser novamente polimerizado, gerando
novas resinas plásticas.
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É importante referir que os materiais obtidos por este processo necessitam de
um tratamento dispendioso na purificação final, sendo só indicado para produtos de
elevado valor econômico.
Reciclagem Quaternária
Neste caso o objetivo é a queima do plástico em incineradoras especiais
gerando calor que pode ser transformado em energia térmica ou elétrica, em virtude do
elevado valor calorífico dos plásticos.
Existe, no entanto, um grande inconveniente neste processo, pois a queima do
plástico gera gases de grande toxidade, contaminando de forma violenta o meio
ambiente, o que exige que as incineradoras estejam dotadas de filtros especiais, de
elevados custos.
PRODUTOS COM PLÁSTICO RECICLADO
Quem apostar no mercado de reciclagem de plástico não precisa somente vender a
matéria-prima reciclada para outras indústrias, pode também pode produzir seus
próprios produtos. Veja abaixo uma lista do que pode ser produzido:
Armários, mesas e cadeiras; vassouras, baldes, cabides, escovas e cerdas;
garrafas e frascos (exceto para contato direto com alimentos e fármacos), sacolas e
outros tipos de filmes; bonecas, carrinhos e outros brinquedos; bijuterias e objetos
decorativos; telhas e painéis de fachada para construção civil; e “Madeira de plástico”.
A reciclagem do plástico é extremamente eficiente - 100% do material são
reaproveitados. Alguns críticos, contudo, afirmam que o processo de reciclagem afeta a
qualidade do plástico. Realidade ou mito, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) não permite o emprego de plástico reciclado em embalagens de alimentos.
Finalizando, podemos reforçar que...
Além do sistema mecânico, a reciclagem pode ser química e energética. A
reciclagem química reprocessa os materiais, por intervenção química (hidrogenação,
gaseificação, quimólise e pirólise), transformando-os novamente em matéria-prima para
indústrias.
Já a reciclagem energética (ou recuperação energética) trata-se da recuperação
dos plásticos através de processos térmicos. É uma espécie de incineração, com a
diferença de que a energia gerada pela queima do plástico é reaproveitada.
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Para se ter uma idéia, 1 kg de plástico reciclado por recuperação energética
gera energia equivalente à queima de 1 kg de óleo combustível. No Japão e nos EUA,
por exemplo, já existem centenas de usinas térmicas em atividade, movidas a plástico.
Por ser mais leve que os demais materiais, o plástico tem contribuído para
reduzir a quantidade de lixo. Sem o plástico, o peso dos resíduos sólidos urbanos seria
quatro vezes maior e o volume aumentaria duas vezes.
Com o uso de plástico reciclado é possível economizar, até 50% de energia, no
processo industrial.
A reciclagem do plástico permite a poupança de matérias-primas não renováveis
(petróleo)
REFERÊNCIAS
Como funciona a reciclagem dos plásticos. Disponível em <http://ambiente.hsw.uol.com.br/>. Acesso em 20/05/08. FREUDENRICH, C. Como funciona o plástico. Disponível em <http://ciencia.hsw.uol.com.br/>. Acesso em 20/05/08. Identificação de plásticos. Disponível em <http://www.reciclaveis.com.br/mercado/idenplas.html>. Acesso em 10/06/09. MANO, Eloísa B. Introdução a Polímeros. 1ª ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1985. Manual do Plástico. Disponível em <http://www.plasnec.com.br/resinas/manual_plastico.pdf>. Acesso em 20/05/08. MICHAELI, W et al. Tecnologia dos Plásticos. 1ª ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1995. Os plásticos. Disponível em <http://www.abiplast.org.br/index>. Acesso em 20/05/08. PIVA, Ana Magda; WIEBECK, Hélio. Reciclagem do Plástico. São Paulo: Artliber Editora, 2004. Polímeros e reciclagem. Disponível em <http://polimeros.no.sapo.pt/Reciclagem.htm>. Acesso em 10/07/09. Simbologia para identificação de materiais. Disponível em <http://www.planetaplastico.com.br/literatura/literatura/simbol.htm> Acesso em 10/06/09.
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CAPÍTULO 5
PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÕES DE POLÍMEROS
INTRODUÇÃO
O processo de fabricação dos polímeros basicamente é focado no processo de
Polimerização (processo de conversão de um monômero ou de uma mistura de
monômeros em um polímero). Para fabricar os polímeros e seus compósitos, os
químicos devem fazer o seguinte em escala industrial:
Preparar as matérias-primas e os monômeros.
Realizar reações de polimerização.
Processar os polímeros em resinas de polímeros finais.
Fabricar produtos com acabamento.
Primeiro, eles começam com as diversas matérias-primas que formam os
monômeros. Etileno e propileno, por exemplo, vêm do petróleo bruto, que contém os
hidrocarbonetos que formam os monômeros. As matérias-primas de hidrocarboneto
são obtidas com o processo de "craqueamento" utilizado no refinamento de petróleo e
de gás natural. Assim que vários hidrocarbonetos são obtidos pelo craqueamento, são
processados quimicamente para formar os monômeros de hidrocarboneto e outros
monômeros de carbono (tais como estireno, cloreto de vinila, acrilonitrila) utilizados nos
polímeros.
Em seguida, os monômeros realizam reações de polimerização. As reações
produzem resinas de polímero, que são coletadas para um novo processo. O processo
pode incluir a adição de plastificantes, tintas e substâncias químicas resistentes ao
fogo. As resinas de polímeros finais estão geralmente em forma de grânulos ou pellets.
Por fim, as resinas de polímero são processadas em produtos plásticos finais.
Geralmente, são aquecidos, moldados e deixados esfriando.
PROCESSAMENTO DE POLÍMEROS COMPÓSITOS
Para dar forma a um material termoplástico este deve ser aquecido de forma a
ser amaciado, adquirindo a consistência de um líquido, sendo designado nesta forma
por polímero ou plástico fundido.
Propriedades importantes: viscosidade e viscoelasticidade.
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Nos materiais termofixos, que não polimerizam completamente antes do
processamento na forma final, utiliza-se um processo em que ocorre uma reação
química que conduz à formação de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas. A
polimerização final pode ocorrer por aplicação de calor e pressão ou por ação de um
catalisador.
Para conferir determinadas propriedades aos plásticos incorporam-se aditivos,
tais como:
Plastificantes – aumentam a processabilidade do plástico e garantem uma maior
conformação e menor fragilidade do produto acabado.
Estabilizadores – evitam a degradação dos plásticos por agentes físicos e químicos
(calor, radiação UV,…)
Agentes anti-estáticos e anti-choque
Corantes e pigmentos
Retardantes de chama, entre outros.
Os materiais poliméricos são também utilizados como ingrediente principal,
noutros materiais: Tintas e vernizes, Adesivos, Compósitos de matriz polimérica etc.
Produtos de plástico
Os granulados e pellets de plástico podem ser transformados em produtos de
várias formas tais como: folha fina, varão, chapas, revestimentos isolantes em fios
elétricos, tubos, peças acabadas etc.
A técnica usada para o processamento de um polímero depende basicamente:
(1) de o material ser termoplástico ou termofixo.
(2) da temperatura na qual ele amolece, no caso de material termoplástico.
(3) da estabilidade química (resistência à degradação oxidativa e à diminuição da
massa molar das moléculas) do material a ser processado.
(4) da geometria e do tamanho do produto final.
Os materiais poliméricos normalmente são processados em temperaturas
elevadas (acima de 100oC) e geralmente com a aplicação de pressão.
Os termoplásticos amorfos são processados acima da temperatura de transição
vítrea e os semicristalinos acima da temperatura de fusão. Em ambos os casos a
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aplicação de pressão deve ser mantida durante o resfriamento da peça para que a
mesma retenha sua forma.
Os termoplásticos podem ser reciclados.
Processamento de polímeros termofixos
O processamento dos polímeros termofixos é geralmente feito em duas etapas:
(1) Preparação de um polímero linear líquido de baixa massa molar (algumas vezes
chamado pré-polímero)
(2) Processamento do “pré-polímero” para obter uma peça dura e rígida (curada),
geralmente em um molde que tem a forma da peça acabada.
A etapa de “cura” pode ser realizada através de aquecimento ou pela adição de
catalisadores, em geral com a aplicação de pressão.
Durante a “cura” ocorrem mudanças químicas e estruturais em escala molecular,
com formação de ligações cruzadas ou reticuladas.
Os polímeros termofixos são dificilmente recicláveis, não são fusíveis, podem ser
usados em temperaturas maiores do que as temperaturas de utilização dos
termoplásticos, e são quimicamente mais inertes.
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Técnicas de processamento
Há diversos processos envolvidos nesta etapa, dependendo do tipo de produto.
Processos Contínuos: Extrusão de filmes, extrusão de fibras.
Preenchimento de molde: Moldagem por injeção, moldagem por compressão.
Moldagem de pré-forma: Sopro, Conformação térmica.
Moldagem gradual: Revestimento, Moldagem por rotação.
Extrusão: os grânulos são aquecidos e misturados mecanicamente em uma longa
câmara, forçados através de uma pequena abertura e resfriados com ar ou água. Este
método é utilizado para fazer filmes plásticos, tubos, placas etc.
Moldagem por injeção: os grânulos de resina são aquecidos e misturados
mecanicamente em uma longa câmara, forçados sob bastante pressão para dentro de
um molde que já esfriou. Este processo é utilizado para recipientes como embalagens
de manteiga e iogurte.
Moldagem por sopro: esta técnica é utilizada juntamente à moldagem por extrusão ou
injeção. Os grânulos de resina são aquecidos e comprimidos em um tubo líquido,
parecido com creme dental. A resina entra no molde frio e o ar comprimido é soprado
para dentro do tubo da resina. O ar expande a resina contra as paredes do molde. Este
método é utilizado para fazer garrafas plásticas.
Moldagem por rotação: os grânulos de resina são aquecidos e resfriados em um
molde que pode ser girado em três dimensões. A rotação distribui o plástico igualmente
ao longo das paredes do molde. Esta técnica é utilizada para fazer objetos plásticos
grandes e ocos (brinquedos, móveis, equipamentos esportivos, fossas, latas de lixo e
caiaques).
Principais processos: extrusão, moldagem por injeção, moldagem por sopro,
moldagem por termoformação, moldagem por compressão, moldagem por
transferência.
Processamento de plásticos: Extrusão
Processo Idêntico ao dos metais, mas efetuado com temperaturas mais baixas.
Os produtos obtidos pelo processo de extrusão incluem tubos, varões, filmes e folhas,
entre outras formas.
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A máquina de extrusão serve também para produzir misturas de materiais
plásticos, para produção de formas primárias, tais como pellets, e na recuperação de
desperdícios de materiais termoplásticos.
Pode ser aplicado a termoplásticos e termofixos.
A resina termoplástica é introduzida num cilindro aquecido, e o material plástico
amolecido é forçado, por um veio roscado ou parafuso rotativo, a entrar através de uma
abertura (ou aberturas) numa matriz cuidadosamente maquinada, obtendo-se formas
continuas. Depois de sair do molde, a peça extrudida deve ser arrefecida abaixo da
temperatura de transição vítrea, de modo a assegurar a estabilidade dimensional. O
arrefecimento é geralmente feito com jacto de ar ou com um sistema de arrefecimento
a água.
Processamento de plásticos: Moldagem por injeção
O processo de moldagem por injeção consiste essencialmente no amolecimento
do material num cilindro aquecido e sua conseqüente injeção em alta pressão para o
interior de um molde relativamente frio, onde endurece e toma a forma final.
O artigo moldado é então expelido do molde por meio dos pinos ejetores, ar
comprimido, prato de arranque ou outros equipamentos auxiliares.
Comparando-se com a extrusão, a moldagem por injeção apresenta-se como um
processo cíclico. Um ciclo completo consiste das operações seguintes:
1- Dosagem do material plástico granulado no cilindro de injeção.
2- Fusão do material até a consistência de injeção.
3- Injeção do material plástico fundido no molde fechado.
4- Resfriamento do material plástico até a solidificação.
5- Extração do produto com o molde aberto.
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O equipamento é constituído por dois componentes principais:
Unidade de injeção – funde e “entrega” o polímero fundido (funciona como uma
extrusora).
Unidade de fixação – abre e fecha o molde em cada ciclo de injeção.
O cilindro de injeção deverá apresentar zonas de aquecimento cuidadosamente
termoreguladas.
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Processamento de plásticos: Moldagem por injeção de termofixos
Processo idêntico à moldagem por injeção de termoplásticos, no entanto:
As temperaturas no cilindro devem ser relativamente baixas.
O plástico fundido é injetado num molde aquecido, onde se dá o processo de
cura.
No caso de certas resinas termofixas, é necessária uma boa ventilação das
cavidades do molde, de modo a evacuar os produtos de reação originados durante a
cura.
A cura é a etapa que consome mais tempo em todo o ciclo.
Processamento de plásticos: RIM (Reaction Injection Molding)
Dois reagentes líquidos, extremamente reativos, são misturados e
imediatamente injetados numa cavidade do molde, onde ocorrem as reações que
levam a que a solidificação ocorra.
Este processo foi desenvolvido com o poliuretano de forma a produzir peças
grandes para automóveis.
Os polímeros epoxídicos ureia-formaldeído são também aplicados a este
processo.
Vantagens: Todas aquelas obtidas com a fundição de metais, mais as relacionadas
com operações realizadas à temperatura ambiente ou temperaturas moderadas.
Desvantagens: Nem todos os plásticos estão disponíveis na forma líquida.
Processamento de plásticos: Moldagem por sopro
É um processo no qual se utiliza pressão de ar para expandir um plástico macio
na cavidade do molde.
Um cilindro ou um tubo de plástico aquecido, designado por ´pré-forma´, é
colocado entre as mandíbulas de um molde.
O molde é fechado prendendo as extremidades do cilindro e injeta-se ar
comprimido que força o plástico contra as paredes do molde.
Muito utilizado no fabrico de garrafas, tanques de gasolina.
É limitado a termoplásticos: polietileno de elevada densidade, polipropileno,
PVC, PET.
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Pode ser realizado:
Numa só etapa – extrusão + moldagem por sopro, injeção + moldagem por sopro, ou
alongamento + moldagem por sopro
Em duas etapas - fabrico da pré-forma e moldagem por sopro
Processamento de plásticos: Extrusão-Moldagem por sopro
1) Obtenção da pré-forma (extrusão).
2) Fecha-se o molde, e a parte superior da pré-forma (tubo) é fechada pelo molde.
3) Introduz-se ar comprimido no tubo, que o expande enchendo o molde.
4) A peça é arrefecida mantendo-se sob pressão do ar, o molde é aberto e a peça é
removida.
Processamento de plásticos: Injeção-Moldagem por sopro
1) A pré-forma é obtida por moldagem por injeção à volta de um tubo de sopro.
2) O molde de injeção é aberto e a pré-forma é transferida para um molde de sopro.
3) Introduz-se ar comprimido no tubo, que o expande enchendo o molde.
4) A peça é arrefecida mantendo-se sob pressão do ar, o molde é aberto e a peça é
removida
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Processamento de plásticos: Alongamento - Moldagem por sopro
O alongamento do plástico macio dá origem a um polímero com um estado de
tensão mais favorável do que o processo convencional.
A estrutura resultante é mais rígida, com uma maior resistência ao impacto e
mais transparente.
O material mais utilizado é o PET, o qual tem baixa permeabilidade e é alongado
por este processo.
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Processamento de plásticos: Moldagem por termoenformação – molde negativo
Processamento de plásticos: Moldagem por termoenformação
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Processamento de plásticos: Moldagem por termoenformação molde positivo
Processamento de plásticos: Moldagem por compressão
Muitas resinas termofixas, como as resinas fenol-formaldeído, ureia-formaldeído,
melamina-formaldeído, epoxies e fenólicas são enformadas por este processo.
A resina termofixa, que pode ser pré-aquecida, é introduzida num molde quente
contendo uma ou mais cavidades.
A parte superior do molde desce e comprime a resina plástica; a pressão
aplicada e o calor amolece a resina e o plástico liquefeito é forçado a encher a
cavidade ou cavidades do molde.
A continuação do processo é necessária para completar a formação de ligações
cruzadas na resina termofixa, e finalmente a peça é injetada.
O material em excesso é posteriormente cortado da peça.
Devido à sua relativa simplicidade, os custos de fabrico dos moldes são baixos.
O fluxo relativamente baixo do material reduz o desgaste e a abrasão dos
moldes.
A produção de peças de grandes dimensões é mais exequível.
São possíveis moldes mais compactos devido à sua simplicidade.
São difíceis de produzir por este processo peças com formas complicadas.
É difícil que os componentes de uma peça mantenham tolerâncias apertadas.
É necessário retirar as rebarbas das peças moldadas.
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Processamento de plásticos: Moldagem por transferência
A resina não é introduzida diretamente na cavidade do molde, mas sim numa
câmara exterior à cavidade do molde.
Na moldagem por transferência, depois do molde estar fechado, o êmbolo força
a resina (normalmente pré-aquecida) a passar da câmara exterior, através de um
sistema de gitagem, para as cavidades do molde.
Depois de o material moldado ter tido tempo para que ocorra a cura, de modo a
formar-se um material polimérico rígido, reticulado, a peça moldada é ejetada do
molde.
Em relação à moldagem por compressão, a moldagem por transferência tem a
vantagem de não se formarem rebarbas durante a moldagem, pelo que as peças
necessitam de menos operações de acabamento.
Podem produzir-se muitas peças ao mesmo tempo, usando um sistema de
gitagem.
É especialmente útil para fazer peças pequenas com formas complicadas, que
seriam difíceis de produzir por moldagem por compressão.
•Podem ser utilizados insertos de metal ou cerâmico, na cavidade, antes da injeção.
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REFERÊNCIAS
MATERIAIS POLIMÉRICOS. ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais. PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia. 2º Semestre de 2005. Capítulos do Callister tratados nesta aula (Capítulo 15 completo. E Capítulo 16: seções 16-1 a 16-6; 16-11; 16-15).
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CAPÍTULO 6
MOLDES PLÁSTICOS
INTRODUÇÃO
Na seqüência de desenvolvimento de uma peça injetada, desde o primeiro
rascunho até a extração na máquina, o molde de injeção é o último elo, porém não é o
menos importante.
A precisão e exatidão de medidas, a qualidade e acabamento superficial da peça
são fatores amplamente dependentes do molde.
O projeto e execução do molde exigem por isso grande cuidado do fabricante,
como também do modelador da peça ser injetada e do operador.
Quanto mais intensamente são consideradas as questões na construção do
molde, desde sua primeira fase de desenvolvimento, tanto mais poderá essa execução
ser colocada em concordância com a qualidade exigida para o produto final.
DEFINIÇÃO
Molde de injeção é um ferramental completo que reproduz as formas.
Suas cavidades possuem os formatos e as dimensões dos produtos desejados.
A estrutura básica do molde de injeção é conseguida através de montagem de placas
de aço em uma determinada ordem, após usinagem, de acordo com o projeto.
COMPOSIÇÃO
Basicamente, o molde de injeção esta dividido em duas partes, que são o
conjunto superior e o conjunto inferior. Esta divisão é feita baseada na linha de abertura
do molde, que é a linha onde ocorre a separação do conjunto superior e do conjunto
inferior possibilitando a retirada do produto. Abrindo-se o molde, teremos como
conjunto superior a parte que contém a bucha de injeção e como conjunto inferior a
parte que, geralmente leva o sistema de extração do produto, como mostramos na
figura 02.19. Na construção de um molde é indispensável que suas placas, ao serem
usinadas fiquem perfeitamente paralelas, assim como os pinos de guia devem estar em
esquadro perfeito, para permitir um funcionamento suave, na abertura do molde.
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Componentes Básicos de um Molde
01 - placa de fixação inferior
02 - coluna ou espaçadores
03 - buchas de guia
04 - colunas de guia
05 - pinos extratores
06 - extrator do canal
07 - placa porta extratores
08 - placa impulsora
09 - pino de retorno
10 - placa suporte
11 - postiços
12 - bucha de injeção
13 - anel de centragem
14 - placa de fixação superior
15 - placa de montagem dos postiços
16 - tope
17 - placa divisória
18 - bico para refrigeração
19 - pino posicionador
20 - pino macho
21 - anel para vedação
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Descrição específica dos elementos que compõem um molde
Para um bom projeto, deve-se dimensionar e calcular estes elementos de forma
tal que com o mínimo de material se possa obter a resistência mecânica desejada.
1. Placa de Fixação inferior ou placa base inferior
Localizada no molde no lado do conjunto móvel, ou seja do lado da extração,
esta placa tem como principal função a de fixar o conjunto móvel à placa da máquina
injetora. No seu interior são feitos os alojamentos das cabeças dos parafusos para os
topes e um furo central para passagem do varão extrator da máquina injetora. É
confeccionada em aço de baixo teor de carbono.
2. Coluna ou Espaçadores
A função dos espaçadores é de alojar o conjunto extrator, distanciando assim a
placa suporte da placa de fixação inferior. Estes possuem furos para a passagem dos
parafusos de fixação do conjunto móvel. São confeccionados normalmente de aço de
baixo teor de carbono.
3. Buchas de guia
Nos moldes, as buchas de guia cumprem uma função muito importante que é a
de assegurar a centralização entre o conjunto fixo e o conjunto móvel, mantendo assim
um bom alinhamento entre ambos.
É aconselhável que todos os tipos de moldes tenham as buchas e colunas de
guia, que devem possuir dimensões proporcionais ao tamanho do molde. Para os
moldes redondos devem-se usar no mínimo três colunas. As suas disposições devem
ser previstas, próximas a borda da placa, de forma tal que se distanciem o máximo
possível uma da outra.
As buchas de guia são confeccionadas com material de mesmas características
e tratamento térmico que os utilizados para as colunas de guia.
4. Colunas de guia
A sua forma é cilíndrica, e em uma de suas extremidades deverá conter uma
cabeça para fixação, enquanto a outra extremidade é cônica com um raio para facilitar
a sua introdução na bucha de guia.
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É aconselhável que as colunas de guia trabalhem com um ajuste deslizante a
fim de proteger os machos mais compridos. As colunas de guia devem ter um
comprimento de mais ou menos 5 a 10mm maior que o macho mais comprido, de
maneira tal que esta chegue às buchas de guia antes que o macho comece a penetrar
na matriz.
Para a construção das guias é recomendado o uso de aços que possam ser
endurecidos por um tratamento térmico de superfície sendo o mais recomendado o aço
cromo-níquel para cementação.
5. Pinos extratores
Na sua maioria possuem a forma cilíndrica, podendo variar conforme a
necessidade e têm função especifica no molde de extrair o produto sem deformá-lo.
Para a sua confecção, normalmente é usado aço CrNi temperado e revenido.
6. Pino extrator do canal
O pino extrator do canal normalmente possui a forma cilíndrica, construído com
aço CrNi temperado e revenido. Sua principal função é extrair o canal da bucha de
injeção.
7. Placa porta – extratores ou contra placa extratora
Sua principal função é de alojar as cabeças dos pinos extratores e de retorno,
contém roscas para a sua fixação na placa extratora.
Confeccionada em aço de baixo teor de carbono.
8. Placa impulsora ou extratora
Sua principal função é transmitir o movimento recebido da barra extratora da
máquina injetora para acionar os extratores para frente a fim de extrair o produto do
molde. Nesta placa são feitos os alojamentos das cabeças parafusos que irão fixar o
conjunto extrator, e dar apoio às dos pinos extratores. É confeccionada em aço de
baixo teor de carbono.
9. Pinos de retorno
Componente de forma cilíndrica que têm a função de retornar o conjunto extrator
à sua posição de origem para que os pinos extratores fiquem paralelos à superfície da
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moldagem. Na sua confecção, o material mais empregado é o aço – CrNi, tendo um
tratamento térmico, temperado e revenido.
10. Placa suporte
Esta placa tem a função de suportar toda a pressão de injeção primária da
máquina. Nesta são feitos furos para passagem dos pinos extratores e de retorno e a
furação dos parafusos para a fixação do conjunto móvel.
Como as outras placas já mencionadas esta também são confeccionadas com aço de
baixo teor de carbono.
11. Postiços ou cavidades
Postiços ou macho são elementos que dão a forma interna do produto, e são
normalmente confeccionados de aço de boa qualidade. Apresentam as vantagens de
poderem ser substituídos quando houver avaria nos mesmos sem que haja alterações
nos demais componentes do molde. Os postiços nos moldes barateiam o seu custo, e
podem receber usinagens e tratamentos térmicos individualmente sem deformar o
molde.
Cavidades ou fêmeas são elementos que dão a forma externa do produto de
material plástico, são normalmente confeccionadas de aço de boa qualidade, e
apresentam as mesmas características e vantagens dos postiços machos.
12. Bucha de injeção
Este componente de forma cilíndrica tem em uma de suas extremidades um raio
esférico ou cônico, cuja função é a de permitir um perfeito acoplamento do bico da
máquina injetora com o molde, possibilitando através de um canal cônico a passagem
do material plástico até os canais de alimentação das cavidades. O canal cônico da
bucha de injeção deverá ser bem polido a fim de facilitar o fluxo do material e a
extração do mesmo. A sua confecção normalmente é feita em aço cromo níquel
temperado e cementado, e a sua fixação é feita através do anel de centragem.
13. Anel de centragem
A função deste componente é a de centralizar o molde na máquina injetora, e
fixar a bucha de injeção através de três parafusos do tipo allen. O anel de centragem
deve ser construído em aço de baixo teor de carbono.
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14. Placa de fixação superior ou placa base superior
Localizada no conjunto fixo do molde, ou seja, no lado da injeção, esta placa é
geralmente confeccionada com aço de baixo teor de carbono. Sua principal função é
possibilitar a fixação do conjunto fixo na placa da máquina injetora. Na sua execução,
são feitos furos e rebaixos para o alojamento dos parafusos de fixação do conjunto fixo,
também possui como função alojar e dar apoio à bucha de injeção, fixação do anel de
centragem, assim como apoiar cabeças de postiços e colunas de guia.
15. Placa porta postiço superior
Nesta placa tem-se a fixação das colunas de guia, parte da bucha de injeção,
alojamento de postiços ou cavidades, normalmente parte dos canais de alimentação,
sua refrigeração e as roscas para a fixação na placa de fixação superior. A face desta
placa determina o ponto de abertura do molde. Confeccionada com aço de baixo teor
de carbono, no caso do uso de cavidades postiças, na mesma, ou de usinagem das
cavidades diretamente nesta placa, então deve-se que confeccioná-la com aço
especial, necessitando ainda ter um tratamento térmico de beneficiamento.
Placa porta postiço inferior
Esta placa é semelhante à placa cavidade superior, sendo localizada no
conjunto móvel do molde. Nela está contido o alojamento das buchas de guia, postiços
ou machos, parte dos canais de alimentação, sua refrigeração e as roscas para fixação
na placa de fixação inferior.
16. Tope ou apoio
Tem a forma cilíndrica e para sua construção são normalmente utilizados aços
com baixo teor de carbono. Sua principal função é assegurar um perfeito assentamento
do conjunto de extração e evitar uma possível deformação do conjunto ocasionado por
deposição de impurezas entre a placa impulsora e a placa de fixação.
REFERENCIA
PROVENZA, Francesco. Moldes para plástico. São Paulo: Pro-tec, {1976}. p. irreg.
CRUZ, Sérgio da. Moldes de injeção: termoplásticos : termofixos, zamak, alumínio,
sopro. São Paulo: Hemus, [199-]. 214 p. ISBN 8528903117 (broch.)