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JORNAL DO SINEPE RJ EDIÇÃO 112 - JAN/MARÇO 2013 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO NOVA DIRETORIA ATUALIZAR É PRECISO Qual é a melhor forma de usarmos a tecnologia a favor da aprendizagem? Gestão 2013-2015, que tem Anna Lydia Collares como presidente, pretende unir e fortalecer as escolas. Instituições de ensino investem na atualização dos profissionais. Págs. 10 e 11 Págs. 6 e 7 Pág. 4

TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO - SINEPE RJ...Martha Short Sônia Soares de Almeida Novidades na Legislação. Nova diretoria toma posse no SINEPE RJ. Alunos do George March lançam livros

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JORNAL DO SINEPE RJ

EDIÇÃO 112 - JAN/MARÇO 2013

TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

NOVA DIRETORIAATUALIZAR É PRECISO

Qual é a melhor forma de usarmos a tecnologia a favor da aprendizagem?

Gestão 2013-2015, que tem Anna Lydia Collares como presidente, pretende unir e fortalecer as escolas.

Instituições de ensino investem na atualização dos profissionais.Págs. 10 e 11

Págs. 6 e 7

Pág. 4

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sineperj.org.brMarço 2013

SINEPE RJ

ATUALIZE-SE

EDITORIAL

ESCOLA EM DESTAQU E

TECNOLOGIA E APR E N D IZ AD O

ARTIGO:

SINEPE INDICA

GESTÃO

E XPED IE NTEDI R ETORIA

SU PLENTES

SUPLENTES

CONSELHO CONSULTIVO

CONSELHO FISCAL

DELEGAD OS R EPRESENTANTES JUNTO AO CONSELHO DA FENEP

DEPARTAMENTO DE ED. I NCLUSIVA

D EPARTAMENTO DE EDUC. INFANTIL

DEPARTAMENTO DE ENSI NO FUNDAMENTAL E MÉDIO

DEPARTAMENTO DE EDUC. AMBIENTAL

Anna Lydia CollaresLuiz Henrique Mansur BarbosaRodrigo MocarzelCláudia CostaMartha Short Sônia Soares de Almeida

Novidades na Legislação.

Nova diretoria toma posse no SINEPE RJ.

Alunos do George Marchlançam livros.

Como usar a tecnologia para ensinar.

A integração inteligenteentre tecnologia e educação.

Veja as dicas que o SINEPEseparou pra você.

Atualizar profissionais é in-vestir na escola.

Friburgo abre o ano letivo atualizando profissionais.

Inês de Oliveira LeiteAntônio Cláudio Cavalcante da SilvaSônia Myrthes Philigret Baptista

Enilson de Freitas MedeirosAnne Ribeiro de Miranda GuimarãesTatiana Cury Paraízo

Cláudia CostaLuiz Henrique Mansur BarbosaComte BittencourtWanderley xxxx

Helio Borges Monteiro NetoJerônimo Luiz da Silva BatistaGustavo de Alvarenga Paranhos

Anna Lydia CollaresCláudia CostaLuiz Henrique Mansur Barbosa

Cláudia Costa

Tatiana Cury Paraízo

Zélia O´Dwyer OliveiraMarcela Bittencourt

Marcelo Mocarzel

DI R ETORES REGIONAIS

Wladmir Castiglia - ItaboraíJorge Teixeira de Queiroz - Nova FriburgoCarlos José Machado - PetrópolisInês de Oliveira Leite - S. Pedro D´AldeiaMarcello Fernandes Pires-TeresópolisSilvano José Martins - Três RiosElicéa da Silveira - Cabo FrioCarlos Alberto Machado - Rio Bonito

NESTA EDIÇÃO

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Texto e diagramação: Julia Sinder Revisão: Maria Auxiliadora Gozzi Penna

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SINEPE RJ

LEI Nº 6.381, de 09 de janeiro de 2013 – D.O. de 10 de janeiro de 2013 - Reconhecimento da Paternidade.

“Obriga as instituições de ensino do Estado do Rio de Janeiro a solicitar à mãe da criança ou adolescente que não possua paternidade estabelecida, de forma confidencial e sigilosa, os dados do suposto pai, e informá-la sobre os trâmites jurídicos para o reconhecimento da paternidade."

DELIBERAÇÃO CEE Nº 329, de 04 de setembro de 2012 – D.O. de 20 de fevereiro de 2013 – Cursos Técnicos.

“Dispõe sobre a alteração da nomenclatura dos Cursos Técnicos de Nível Médio, das instituições já credenciadas, em conformidade com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos – Edição 2012."

LEI Nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012 – D.O.U. de 28 de dezembro de 2012 - Espectro Autista.

“Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990."

DELIBERAÇÃO CEE Nº 332, de 18 de dezembro de 2012 – D.O. de 14 de janeiro de 2013 – Educação a Distância.

“Estabelece normas para as instituições de ensino cujos processos de renovação de credenciamento e autorização de cursos e programas de Educação a Dis-tância, para a Educação Básica, encon-tram-se em tramitação neste Conselho, e dá outras providências."dezembro de 1990."

DECRETO Nº 7.875, de 27 de dezembro de 2012 – D.O.U. de 28 de dezembro de 2012 – Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

“Altera o Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008, que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa."

PARECER CEE Nº 151(N), de 06 de novembro de 2012 – D.O. de 29 de janeiro de 2013 – Aplicabilidade das Deliberações CEE nºs 321/2011 e 326/2012.

“Responde a consulta formulada pela Escola Técnica Sistema, mantida pelo Sistema Educacional Momento, com sede na Av. Ernani Cardoso nº 237, Campinho, Município do Rio de Janeiro/RJ, sobre a aplicabilidade das Deliberações CEE nºs 321/2011 e 326/2012."

AT UALIZE -SE

NOVIDADES NA LEGISLAÇÃO

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SINEPE RJ

E DI TORIAL

NOVA DIRETORIA TOMA POSSE NO SINEPE RJ

No dia 11 de dezembro de 2012, o SINEPE RJ reuniu seus associados para a posse da nova diretoria, que assumiu a gestão de 2013 a 2015. Pela primeira vez como presidente, a profa. Anna Lydia Collares, antes vice-presidente, fez seu discurso de-fendendo a continuidade da proxi-midade com as escolas. “O objetivo da diretoria é estar lado a lado com as instituições, defendendo seus in-teresses, trazendo debates importan-tes e fortalecendo a categoria”, enfa-tizou. A nova diretoria ficou assim composta: a profa. Cláudia Costa, ex-presidente, assumiu a diretoria fi-nanceira; o prof. Luiz Henrique Man-sur e o prof. Rodrigo Mocarzel são os novos vice-presidentes; a profa. Mar-tha Short e a profa. Sônia Almeida se responsabilizam pela diretoria ad-ministrativa.

Na cerimônia de posse, que contou com a participação do prof. Henrique Pinto dos Santos, além de

muita emoção, aconteceu o lança-mento do Manual das Cantinas Es-colares Saudáveis, produzido pelo Ministério da Saúde. A dra. Patrícia Jayme representou o Ministério da Saúde e trouxe informações rele-vantes para as escolas presentes. Pa-rabenizando a FENEP pela parceria, que tem como objetivo promover a alimentação saudável, a nutri-cionista ressaltou a gravidade da obesidade na infância e destacou o papel das escolas como formadoras de hábitos saudáveis. “O SINEPE RJ está fazendo este lançamento em um momento muito oportuno, e as escolas devem aproveitar o início do ano letivo para iniciarem uma nova etapa com cantinas mais saudáveis, que priorizem alimentos nutritivos e menos calóricos”, disse Jayme. O Ministério da Saúde lançou também um curso a distância gratuito sobre alimentação saudável, disponível no link: http://ecos-redenutri.bvs.br.

"O objetivo da diretoria é estar

lado a lado com as instituições,

defendendo seus interesses, trazendo

debates importantes e fortalecendo

a categoria."

Anna Lydia CollaresPresidente SINEPE RJ

Nova diretoria durante a posse

"

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SINEPE RJ

ESCOL A E M DE STAQUE

ALUNOS DA ESCOLA GEORGEMARCH LANÇAM LIVROS

“O homem constrói casas porque está vivo, mas escreve livros porque se sabe mortal.” A célebre frase do es-critor francês Daniel Pennac traduz bastante o sentimento que moveu a equipe de professores de Língua Portuguesa e Literatura da Escola George March, quando da realiza-ção do projeto “As várias faces da leitura”, ocorrido no mês de outubro de 2012. Aliada a inúmeras ativida-des culturais, a escola promoveu o lançamento do livro “Escritores da Escola”, cujo principal objetivo foi a divulgação da escrita dos alunos reunida numa coletânea, constituin-do, assim, um lugar de memória, uma forma de registrar e eternizar

impressões, sentimentos e opiniões acerca do mundo.

A partir desse pensamento, se deu o desenvolvimento das ativida-des ao longo do ano letivo durante as aulas de produção textual. Estan-do informados sobre a possibilidade da publicação, os alunos se viram envolvidos numa situação real de escrita, isto é, escrever não somente para o professor ler, mas, principal-mente, por compreenderem onde os textos circulam socialmente. Esta noção faz toda diferença, pois é ela que determina, em grande parte, a qualidade da escrita, o que se refle-tiu de forma muito positiva tanto na motivação para a elaboração dos tex-tos quanto no cuidado com a revisão dos mesmos.

À medida que as propostas fo-ram lançadas, cada professor cuidou de identificar e eleger, junto com os alunos, a produção que considera-

ram a “obra prima” daquele ano. Assim, cada aluno teve um texto pu-

blicado no livro, to-talizando, aproxima-

damente, uma média de oitenta textos por

ano de escolaridade. Não houve um tema

específico para as produ-ções, pois um dos objeti-

vos foi verificar, durante

Simone Fernando é coordenadora pedagógica

do segundo segmento do Ensino Fundamental

da escola George March.

POR Simone Fernando*

Aluno autografa livro

o trabalho realizado ao longo das aulas, quais os gêneros textuais com que os alunos mais se identificavam, combatendo assim a ideia de que o adolescente não gosta de ler e muito menos de escrever.

O lançamento da coletânea acon-teceu em cerimônia especialmente preparada para este fim e contou com a presença de pais e familiares. Nesta ocasião, todos puderam as-sistir à entrevista do doutor Robert Darnton, historiador e diretor da biblioteca da Harvard Institue, inti-tulada “O futuro do livro” e deleitar--se com o curta metragem “Flying Books”, ganhador do Oscar de ani-mação 2012. Os vídeos encontram--se disponíveis nos endereços:

http://www.youtube.com/watch?v=hreZuyZ5NYM

http://www.youtube.com/watch?v=XjwIbJVzE4A

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SINEPE RJ

COM PORTAM E NTO

O USO DA TECNOLOGIAPARA O APRENDIZADO

Crianças adoram videogames, computadores e, agora, não desgru-dam dos smartphones e tablets dos pais. Desde pequenos, se encantam pelo mundo digital, e tem sido cada vez mais difícil reter a atenção de-les sem fazer uso dos meios digitais. A tecnologia evoluiu, e a forma de aprender está sofrendo transforma-ções. Para as escolas, este tem sido mais um desafio: como fazer uso da tecnologia a favor do aprendizado? Muitas estão, em parceria com coor-denadores e professores, trabalhan-do em diferentes interfaces, estimu-lando a interatividade e despertando o interesse dos alunos.

Marcelo Mocarzel, diretor do Maia Vinagre, utiliza a tecnologia de diferentes formas, com o objetivo de

melhorar o aprendizado: “Na Edu-cação Infantil, temos a Moleque de Ideias, uma empresa parceira que oferece aos alunos oportunidades de criação através da tecnologia - computadores, microscópio digi-tal, câmeras, jogos de encaixe, ro-bótica. Tudo isto está à disposição dos alunos em uma sala em que não há roteiro a ser seguido - o aluno tem autonomia para planejar sua sessão. Já no Ensino Fundamental, contamos com a biblioteca intera-tiva, aulas de robótica, informática, além de projetores nas salas e lousa interativa, buscando diversificar o ensino e tornar os conteúdos mais atraentes através da interface com o digital”, diz ele.

Coordenadores e professores

"Há um universo de possibilidades na Inter-

net e em softwares es-pecíficos que garantirá

uma aprendizagem mui-to mais rica e significa-

tiva. O próprio material didático que adotamos

já vem acompanhado de material digital"

Marcelo Mocarzel

"Alunos do Maia Vinagre no Laboratório de Multimídia

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SINEPE RJ

"Na sociedade atual, a imagem é um grande

apelo e tem muita atratividade para os

alunos. Dessa forma, en-sinar geometria em 3D,

poder transitar por dentro dos museus,

acessar uma célula bem ilustrada e interativa

só podem favorecer o acesso do aluno ao

conhecimento."

Luíza Sassi

"

também estão tendo que se atuali-zar e planejar as aulas incluindo as ferramentas tecnológicas. Para Ana Guidorizzi, coordenadora do Maia Vinagre, as aulas de informática não devem ficar limitadas a uma sala es-pecífica, presas em um horário fixo e sob a responsabilidade de um único professor, pois esta valiosa ferramen-ta, além de promover o contato com o computador, é um importante ins-trumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados.

Luíza Sassi, Gerente Pedagógicas dos Ensinos Fundamental e Médio, do Gay Lussac, diz que na escola os recursos digitais estão dentro das salas de aula, disponíveis para alu-nos e professores, mas que são tão importantes quanto os outros recur-sos, como quadros brancos, livros e cadernos. Para ela, não há dúvida de que os meios digitais são atraentes para os alunos e de que a escola tem que aproveitar essa linguagem a seu favor, estreitando e criando interfa-ce entre o conhecimento e o aluno. “Na sociedade atual, a imagem é um grande apelo e tem muita atrativida-de para os alunos. Dessa forma, ensi-nar geometria em 3D, poder transitar por dentro dos museus, acessar uma célula bem ilustrada e interativa só podem favorecer o acesso do aluno ao conhecimento. Vale ressaltar que não há uma importância maior dos meios digitais em detrimento da roda de conversa de um livro em pa-pel. Os recursos digitais somam-se ao cabedal de outras estratégias que os professores já possuíam”, ressalta.

Psicóloga especialista em Neuro-ciências Aplicadas à Aprendizagem, Giselle Vairo destaca que as escolas precisam discutir e implementar, de forma rápida e eficiente, os recursos tecnológicos existentes e usados em prol da construção de conhecimentos,

ficando, assim, atentas ao desen-volvimento do cérebro e suas rotas de aprendizagem, já que o cérebro precisa sempre ser motivado para aprender. Além da motivação inter-na de cada aluno, é preciso que haja uma estimulação externa, promovi-da pelo professor e pelo ambiente es-colar, que deve também incluir o uso dos recursos tecnológicos, respeitan-do as necessidades do cérebro.

Colocando em prática o que Gi-selle defende, Marcelo Mocarzel destaca que hoje um professor não pode falar sobre o Sistema Solar, por exemplo, desenhando pontinhos no quadro ou somente com as imagens dos livros didáticos: “Há um univer-so de possibilidades na Internet e em softwares específicos que garantirá uma aprendizagem muito mais rica e significativa. O próprio material di-dático que adotamos já vem acompa-nhado de material digital, com sites e cd-rom, para o aluno interagir em múltiplas plataformas”, diz ele.

Alunos 9o ano do Gay Lussac apresentam projeto de monografia

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SINEPE RJ

COM PORTAM E NTO

A INTEGRAÇÃO INTELIGENTE ENTRE TECNOLOGIAE EDUCAÇÃO

POR Fernando Passoni*

A educação está passando por um momento de turbulência pro-vocado pelo constante desenvolvi-mento tecnológico. De um lado, ela tem a responsabilidade de preparar o aluno para um mundo em cons-tante mudança e crescentemente mais complexo. De acordo com um estudo americano, 65% dos alunos de ensino básico terão empregos que ainda não existem hoje. De outro, na prática da sala de aula, as mudan-ças não ocorrem com velocidade e eficiência necessárias para preparar os jovens para um novo e dinâmico mercado de trabalho. Essa dualidade é particularmente agravada quando se fala em tecnologia, em que as úni-cas constantes são a inovação rápida e as mudanças frequentes.

Uma das dificuldades tem a ver com a forma como usamos a tecnologia na educação. Nós ain-da tendemos a conceber o papel da tecnologia como algo a que as pessoas têm que ter acesso. Você dá um computador para o aluno, ele tem acesso à tecnologia e isto resolve todos os problemas. No início, essa era a ideia. Mas agora está bem claro que é preciso mais do que dar acesso às tecnologias. Não é o simples acesso às tecno-logias que assegura os resultados, mas as formas pelas quais as tec-

nologias se integram nas práticas educacionais.

Os alunos, na maioria das ve-zes, são atores passivos, que re-cebem a informação e precisam memorizá-las para depois serem avaliados. Mesmo em ambientes repletos de artefatos tecnológicos, isso não mudaria muito. O que precisamos é mudar a forma de

usarmos a tecnologia, precisamos usar seus benefícios para permitir uma maior parti-cipação dos alunos em tarefas in-terativas, cooperativas e partici-pativas. Dessa forma, a tarefa do professor fica facilitada, pois este passa a utilizar recursos e meios que os alunos dominam e gostam.

Se um livro tradicional não funciona para um aluno, se ele não aprende com esse tipo de material, simplesmente trocá-lo por um ta-blet não vai resolver o problema de aprendizado. Também não bas-ta trocar o quadro tradicional por uma lousa interativa, se a maneira de ensinar não for repensada. Não basta automatizar o processo sem atacar o problema principal: a cog-nição. A tecnologia tem que ocu-par um papel diferente, tem que existir a interação e a participação do aluno e do professor no proces-so. Não basta ensinar, precisamos garantir o aprendizado.

Fernando Passoni é professor e diretor da Viva Inovações

"Você dá um computador para o

aluno, ele tem acesso à tecnologia e isto resolve

todos os problemas. No início, essa era a

ideia. Mas agora está bem claro que é preciso mais do que dar acesso

às tecnologias. "

"Fernando Passoni

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SINEPE RJ

SI NEPE INDICA

A obra "Educação infantil: Enfo-ques em diálogo", organizada por So-nia Kramer e Eloisa Candal Rocha, ficou em 3º lugar na categoria Edu-cação e recebeu Prêmio Jabuti 2012.

Este livro retrata uma longa história de relação acadêmica entre investigadores de dois grupos de pesquisa que têm em sua trajetó-ria especial interesse por infância e educação. Nesse percurso foram construídos elos de compromisso com políticas públicas e formação de professores em educação infantil.

No livro se entrelaçam diferen-tes aspectos da infância e da educa-ção infantil, seus problemas, suas conquistas e perspectivas.

A Fundação Telefônica junto de Celso Santiago, gestor cultural, criaram um projeto no qual gran-des clássicos da literatura brasileira foram convertidos em jogos dinâ-micos e didáticos. Livro e Game traz um leque de opções com diferentes desafios serem jogados online e gra-tuitamente.

Estão disponíveis atividades baseadas nos livros “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, “Memórias de um Sargento de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida e “Dom Cas-murro”, de Machado de Assis. Cada história possui diferentes etapas que vão desde jogo da memória até labi-rintos.

www.livroegame.com.br

Autismo: o musical, em exibi-ção na SKY (HBO F). Documentário. Uma delicada história que acompa-nha de perto cinco crianças autistas durante a produção de um musical em Los Angeles, Califórnia. Eles vivem as frustrações e alegrias du-rante todo o processo junto de suas famílias, enquanto se preparam para entrar em cena.

O documentário é ganhador do Emmy de Melhor Especial de Não Ficção.

LIVRO FILME SITE

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GESTÃO

ATUALIZAR PROFISSIONAISÉ INVESTIR NA ESCOLA

É fato que profissionais de todas as áreas devem buscar se atualizar, conhecer novos autores e técnicas. Para os professores, que têm como função a transmissão diária de co-nhecimento, em um mundo em que crianças e adolescentes recebem informações através de diferentes meios, atualizar-se é ainda mais im-portante. Diretores e coordenadores estão atentos a isso e, todos os anos, se esforçam para trazerem palestras e atividades de formação continua-da para seus profissionais.

No Colégio Plínio Leite, a atu-alização ocorre em dois momen-tos ao ano, quando normalmente acontecem palestras, tanto para profissionais administrativos como para docentes. No final de 2012, por

"Hoje precisamos de um profissional rápido e eficiente, que saiba lidar

com as constantes mu-danças, tomem decisões, resolvam situações com-plexas, sejam capazes de

incluir em sua prática novas metodologias."

Eliane Pinho Leite

"exemplo, a convidada foi a profa. Tereza Penna Firme, que falou sobre Avaliação. “Os professores fazem ainda revisão dos conteúdos, planos de ensino e projeto pedagógico, para que haja um maior comprometimen-to”, ressalta Marcela Bittencourt, di-retora da escola.

Para Eliane Pinho Leite, coorde-nadora do 5o ao 8o ano do Colégio Plínio Leite, hoje precisamos de um profissional rápido e eficiente, que saiba lidar com as constantes mu-danças, tomem decisões, resolvam situações complexas, sejam capazes de incluir em sua prática novas me-todologias que irão contribuir para a melhoria de seu trabalho e para a qualidade do ensino. Com o objeti-vo de potencializar este professor, o

Plínio Leite oferece capacitação ao longo do ano no próprio ambiente de trabalho, além de incentivar os pro-fissionais a frequentarem palestras, cursos e congressos.

Já no Colégio Anchieta, de Nova Friburgo, semanalmente os profes-sores têm um encontro de formação, remunerado. A cada semana, se orga-nizam de forma diferente, revezando os encontros com a coordenação pe-dagógica, com professores da série e coordenadores e entre as áreas.

Luiz Alberto Boing, diretor aca-dêmico, considera os encontros de formação importantes para a pro-

Professores do Colégio Anchieta durante Encontro de Formação

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SINEPE RJ

FRIBURGO ABRE O ANO LETIVO ATUALIZANDO PROFISSIONAIS.

Todos os anos, a Regional de Fri-burgo prepara uma abertura para o ano letivo escolar pensando na atua-lização de professores. É o momento de trazer novas informações e ideias para aqueles que vão trabalhar dia-riamente com os alunos. Dessa vez, o diretor regional de Friburgo, Jorge Queiroz, trouxe duas palestras mui-to interessantes. A primeira, com o professor de filosofia Luiz Languini Neto, sobre o ENEM; na segunda, a psicóloga especialista em Neuroci-ências Aplicadas à Aprendizagem, Giselle Vairo, debateu o tema Neuro-ciência e Aprendizado.

Luiz Languini falou, sobretudo, sobre o compromisso e a vocação de ser professor. Para ele, independente dos pontos positivos e negativos do ENEM, que hoje passou a ser um ins-trumento de avaliação da escola ao invés do aluno, as escolas devem en-

blematização das situações de sala de aula que desafiam a escola. “Esses momentos permitem também a fo-mação de equipes mais afinadas en-tre si e com a proposta pedagógica da escola, conferindo maior identidade institucional. No ano passado, por exemplo, a coordenação pedagógica envolveu as áreas numa discussão sobre didáticas específicas para cada disciplina. Fizemos um encontro de fechamento do trabalho, em que os professores apresentaram para os demais a forma atualizada de tra-balho com sua disciplina, trazendo referências bibliográficas e teorias

pedagógicas que enriqueceram todo o grupo”, ressalta ele.

No Instituto Abel, anualmente acontece a Jornada Pedagógica, um evento que visa integrar os Educado-res Lassalistas para o começo do ano letivo. São palestras de atualização, apresentações dos diversos setores da escola e reuniões das diferentes áreas, além de encontros com pais de alunos, tendo todas as atividades o objetivo de transmitir aos docen-tes informações relevantes sobre a instituição, reciclá-los e orientá-los para as diretrizes e mais um ano de atividades.

Para o Irmão Paulo Petry, este evento é essencial para a vida do Co-légio La Salle Abel, de Niterói, como o é para todas as escolas. “Tomar um tempo para indicar rumo e direção da educação que pretendemos vi-ver e oferecer para e com os nossos alunos. Uma educação que nos faça olhar para além de nós mesmos, a realidade como um todo, o aluno como alguém que está em formação e que me-rece nossa atenção, nosso carinho e nos-so profissionalismo”, diz o Irmão.

sinar se preocupando com o ensino como um todo, dando importância à leitura, ao domínio de linguagens e aos valores culturais.

Giselle Vairo apresentou aos pro-fessores explicações sobre o sujeito que ensina e o sujeito que aprende. Falou sobre o melhor processo para

ensinar e criar condições para os alu-nos desenvolverem suas competên-cias, oferecendo estímulos na idade adequada.

Jorge Queiroz, diretor regional de Friburgo, e a palestrante Giselle Vairo

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