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1 TECNOLOGIAS DIGITAIS: AS MÍDIAS DIGITAIS E O ENSINO HÍBRIDO DIGITAL TECHNOLOGIES: DIGITAL MEDIA AND HYBRID EDUCATION Grupo Temático 1. Ensino e aprendizagem por meio de/para uso de TDIC Subgrupo 1.2 - Docência, formação e atuação – o papel do professor Eliana Eduardo da Silva 1 , Juliana Mara Flores Bicalho 2 1,2- Universidade Federal de São João Del Rei- MG Resumo: A sociedade brasileira vem passando por momentos de transformações. Nota-se que uma parte significativa destas mudanças estão relacionadas com as novas tecnologias de informação e comunicação, que progressivamente, vem sendo introduzidas na prática educativa. O presente trabalho tem o objetivo de promover uma reflexão sobre as possibilidades de utilização da tecnologia da informação e comunicação e o seu significado pedagógico. Por meio do relacionamento de conceitos e autores que abordam sobre as transformações contemporâneas promovidas pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e as novas perspectivas de convergência de mídias na educação, ressaltando os métodos comunicacionais contemporâneos por meio dos autores da “cibercultura” e apontando conceitos para as novas tendências de ensino que estão surgindo, entre elas o ensino híbrido. Constatou-se também que as inovações nas tecnologias comunicacionais associadas às práticas educacionais inovadoras têm permitido o desenvolvimento de plataformas digitais amplamente usadas por instituições de ensinos para cursos nos mais variados níveis educacionais, facilitando a interação entre professor/aluno/conteúdo, através de ferramentas que têm transformado as práticas tradicionais de ensino e aprendizagem. Deste modo, ocorrendo uma capacitação adequada do corpo docente, ele poderão, junto com alunos construir os caminhos que irão facilitar a aprendizagem. Palavras-chave: Transformações. Ensino. Aprendizagem. TICs. Abstract: Brazilian society has been going through moments of transformation. It is noted that a significant part of these changes are related to the new information and communication technologies, which are gradually being introduced in educational practice. This work aims to promote a reflection on the possibilities of using information and communication technology and its pedagogical meaning. Through the relationship of concepts and authors that address the contemporary transformations promoted by Information and Communication Technologies (ICTs) and the new perspectives of media convergence in education, highlighting contemporary communication methods through the authors of “cyberculture” and pointing out concepts for the new teaching trends that are emerging, including hybrid teaching. It was also found that innovations in communication technologies associated with innovative educational practices have allowed the development of digital platforms widely used by teaching institutions for courses at the most varied educational levels, facilitating the interaction between teacher / student / content, through tools that have transformed traditional teaching and learning practices. In this way, with an adequate training of the teaching staff, they will be able, together with students, to build the paths that will facilitate learning. Keywords: Transformations. Teaching. Learning. ICTs.

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TECNOLOGIAS DIGITAIS: AS MÍDIAS DIGITAIS E O ENSINO HÍBRIDO

DIGITAL TECHNOLOGIES: DIGITAL MEDIA AND HYBRID EDUCATION

Grupo Temático 1. Ensino e aprendizagem por meio de/para uso de TDIC Subgrupo 1.2 - Docência, formação e atuação – o papel do professor

Eliana Eduardo da Silva1, Juliana Mara Flores Bicalho2 1,2- Universidade Federal de São João Del Rei- MG

Resumo: A sociedade brasileira vem passando por momentos de transformações. Nota-se que uma parte significativa destas mudanças estão relacionadas com as novas tecnologias de informação e comunicação, que progressivamente, vem sendo introduzidas na prática educativa. O presente trabalho tem o objetivo de promover uma reflexão sobre as possibilidades de utilização da tecnologia da informação e comunicação e o seu significado pedagógico. Por meio do relacionamento de conceitos e autores que abordam sobre as transformações contemporâneas promovidas pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e as novas perspectivas de convergência de mídias na educação, ressaltando os métodos comunicacionais contemporâneos por meio dos autores da “cibercultura” e apontando conceitos para as novas tendências de ensino que estão surgindo, entre elas o ensino híbrido. Constatou-se também que as inovações nas tecnologias comunicacionais associadas às práticas educacionais inovadoras têm permitido o desenvolvimento de plataformas digitais amplamente usadas por instituições de ensinos para cursos nos mais variados níveis educacionais, facilitando a interação entre professor/aluno/conteúdo, através de ferramentas que têm transformado as práticas tradicionais de ensino e aprendizagem. Deste modo, ocorrendo uma capacitação adequada do corpo docente, ele poderão, junto com alunos construir os caminhos que irão facilitar a aprendizagem. Palavras-chave: Transformações. Ensino. Aprendizagem. TICs. Abstract: Brazilian society has been going through moments of transformation. It is noted that a significant part of these changes are related to the new information and communication technologies, which are gradually being introduced in educational practice. This work aims to promote a reflection on the possibilities of using information and communication technology and its pedagogical meaning. Through the relationship of concepts and authors that address the contemporary transformations promoted by Information and Communication Technologies (ICTs) and the new perspectives of media convergence in education, highlighting contemporary communication methods through the authors of “cyberculture” and pointing out concepts for the new teaching trends that are emerging, including hybrid teaching. It was also found that innovations in communication technologies associated with innovative educational practices have allowed the development of digital platforms widely used by teaching institutions for courses at the most varied educational levels, facilitating the interaction between teacher / student / content, through tools that have transformed traditional teaching and learning practices. In this way, with an adequate training of the teaching staff, they will be able, together with students, to build the paths that will facilitate learning. Keywords: Transformations. Teaching. Learning. ICTs.

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1. Introdução

O uso das tecnologias tornaram-se práticas cíclicas e necessárias em atividades educacionais.

Cibernética, robótica, informática, hardware, software, chips, bits, processadores, celulares, memórias, novas tecnologias, multimídia, hipertexto, tutoriais, internet, e-mail, Word, Windows são algumas expressões já corriqueiras nesta virada de milênio. A história revela que, em seu passado, a EAD busca o suporte de plataformas de comunicação para apoiar o processo de ensino-aprendizagem. No final do século passado, até meados da primeira década do século XXI, o processo era suportado por mídias analógicas, porém, com a evolução das mídias para a tecnologia digital, surgiu a tecnologia dos Discos Digitais Versáteis (DVD). A evolução da informática permitiu a criação e distribuição de cursos em CD-ROM e o uso de computadores para apoio ao ensino. Posteriormente, com o surgimento da internet, as práticas EAD convergiram para o ciberespaço, sendo uma de suas principais características o compartilhamento de dados. Os cursos migraram para formatos inovadores, reconhecidos a partir do conceito de e-learning. Nos diferentes usos, situados num continuum que vai do ensino por exposição à aprendizagem por descoberta, os computadores podem fornecer variados ambientes de ensino-aprendizagem, que tanto podem continuar a reproduzir a sala de aula convencional, quando usados na função de tutor, quanto oferecer ambientes com enfoque heurístico, proporcionando a construção do conhecimento, se utilizados como ferramentas ou tutelados, com ênfase em estratégias de pesquisa e solução de problemas (LEVY, 2016).

Porém essas tecnologias não mudaram somente as formas de produção, organização e difusão da informação, mas a maneira como enxergamos e entendemos o mundo, ou seja, atingiu diretamente nossa cultura, e modificou rapidamente nossa forma de aprender, confrontando todo o sistema de ensino, há anos consolidado (KENSKI, 2012).

Contudo, nesse cenário, o ensino híbrido surge, na atualidade, como uma alternativa de inovar no processo de ensino-aprendizagem por meio de uma abordagem pedagógica que “mistura” atividades presenciais com atividades viabilizadas por meio das tecnologias educacionais, tornando o processo de aprender mais atrativo e dinâmico (MORAN, 2015).

Sendo assim, poderia expor várias justificativas a respeito do tema, porém, a principal é o que se caracteriza como falácia, ou seja, muito se fala sobre o uso do computador como ferramenta e sobre as maravilhas que se pode fazer com o uso nestas modalidades e, na prática, nada.

Contudo, as inovações acrescidas desse novo cenário contemporâneo têm desenvolvido e aprimorado múltiplas inteligências, resultado de uma nova cognição que plasma as inteligências humanas e artificiais, ou seja, constituindo um sistema educacional que seja comprometido com o ambiente de aprendizagem do século XXI, em que a multiplicidade de lugares (virtuais e físicos), ideias, pessoas e perfis profissionais mais interdisciplinares, plurais e adaptados às tecnologias.

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1.1. Problema

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) estão evoluindo rapidamente, mas o professor vem de uma geração na qual as informações viajavam pelas linhas analógicas, boca a boca ou fisicamente via correios. Já o aluno nasceu em um mundo muito diferente. A comunicação é rápida, o volume de informações é gigante, com facilidade de acesso a conteúdos diversos, flexibilidade e mobilidade que fazem parte do cenário ao qual o aluno está inserido.

Criar para o aluno um ambiente com estas características é um desafio para o professor, que poderá ser vencido através da criação e gestão de uma rede social digital, como Google sala de aula, que tenham como foco principal os assuntos relacionados à sua disciplina.

A apropriação e utilização de ferramentas digitais como o Google em sala de aula pelo professor ajudarão na aproximação dele com a realidade do aluno, criando e estreitando um “laço afetivo digital” e motivando o aluno a participar, contribuir, elaborar e realizar atividades relacionadas ao seu componente curricular (disciplina), de maneira colaborativa e cooperativa, possibilitando uma maior eficiência na comunicação flexível e rápida, ampliando os subsídios para construção do conhecimento do aluno?

O ensino híbrido é uma proposta de incluir o uso de tecnologias que fazem parte da vida de muitos estudantes, como o uso de vídeos, dispositivos móveis, aplicativos no cotidiano escolar a partir da mediação do professor, contribuindo para que o espaço para aprender seja estendido para fora dos muros escolares e o período em sala de aula seja mais dedicado a discussão de situações problema, sanar dúvidas e menos com exposição de conteúdos.

1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo geral

Refletir sobre as possibilidades de utilização da tecnologia da informação e comunicação e o seu significado pedagógico.

1.2.2. Objetivos específicos

Apresentar os ambientes e as mídias de comunicação;

Refletir sobre as contribuições que as ferramentas digitais podem oferecer para a construção do conhecimento do aluno.

1.3. Justificativa

A escolha deste tema ocorreu pelo fato de muito questionar-se sobre utilizar ou não os recursos tecnológicos nos meios educacionais. Para tanto, é evidente que se vive em uma

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realidade em que a tecnologia encontra-se presente em tudo na vida do indivíduo.

E no meio escolar não é diferente. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) provocaram um grande impacto sobre todos que fazem parte de um ambiente e contexto educacional, ocasionando, desde um aprimoramento do corpo docente no que se refere à forma de melhorar a qualidade do ensino, como, também, mudanças significativas nos procedimentos e nos métodos para dar aulas.

A relevância teórica sobre este assunto dá-se pelo fato do mesmo procurar demonstrar que há inúmeros benefícios da incorporação das tecnologias digitais no contexto escolar, desde que utilizadas corretamente.

Para a sociedade, este tipo de assunto é muito importante tendo em vista que, por falta de informações, as tecnologias ainda são vista por muitos como um dos principais vilões do fracasso escolar. Sendo que na verdade não o são, uma coisa é o conhecimento e a disciplina que se deve ter para saber quando, como e onde usar os equipamentos tecnológicos e o outro são a falta de incentivo e cooperação do Governo, da sociedade e da família para que os alunos busquem cada vez mais e da melhor maneira possível, o conhecimento.

1.4. Materiais e métodos

O presente trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica. Embasamento teórico em revisão literária, baseado em referências bibliográficas, livros, artigos científicos já publicados e, trabalhos acadêmicos relacionados ao tema.

Sua principal finalidade é colocar o pesquisador em contato com todas as informações já publicadas. De acordo com Gil (2002) em muitos casos, não há outra maneira de conhecer os fatos passados se não for através de dados bibliográficos.

“Dessa forma, a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras” (MARCONI; LAKATOS, 2002, p.71).

2. Revisão de literatura.

2.1. A tecnologia da informação e comunicação e as possibilidades de utilização e o seu significado pedagógico

De alguns tempos para cá, tem sido possível observar, no espaço escolar, o avanço da tecnologia de informação, melhorando a comunicação das informações escolares. Nota-se que os boletins escolares de notas e frequências, reservas de livros, disciplinas à distância, já se encontram acessíveis através dos vários tipos de serviços de internet existentes.

Pelo fato de a sociedade buscar, constantemente, atualizar as suas formas de comunicação, o contexto educativo escolar deve, também, adaptar-se, modificando sua forma de operacionalizar o processo pedagógico, interagindo com seu entorno social, implementando meios para proporcionar aos profissionais da educação uma formação continuada que contribua para que possam acompanhar tais mudanças sociais (KENSKI, 2012).

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Conforme constatado por Silva (2010), a comunicação, enquanto fator social impõe a todos mudanças nas ações pedagógicas dentro da escola quando se pensa nas relações entre emissor e receptor. Os sujeitos escolares estão no centro do processo de ensino e aprendizagem, professor e aluno tem estreita relação comunicacional que exige interlocução clara na transmissão de idéias.

Utilizar a tecnologia na prática educativa escolar significa romper com o cotidiano escolar tradicional e buscar a disponibilidade que os recursos tecnológicos podem proporcionar (SILVA, 2010).

Ainda segundo Silva (2010), a sala de aula deve ser um ambiente de interação onde a comunicação entre professor e aluno passe da tradição falar/ditar para uma atitude de comunicador inserido num contexto social onde predomina a interação por meio das mídias sociais.

A respeito de tecnologias, nota-se que elas se caracterizam da seguinte maneira: tecnologias de informação, tecnologias de comunicação, tecnologias interativas e tecnologias colaborativas (OLIVERA; MOURA, 2019).

As tecnologias de informação são responsáveis por gerar, armazenar, veicular e reproduzir a informação. No caso das tecnologias de comunicação, nota-se que são através delas que a informação é compartilhada. Dentre os equipamentos mais tradicionais para esta finalidade, tem-se: a televisão, o vídeo, as redes de computadores, os materiais didáticos, entre outros. Através da associação das tecnologias de informação e de comunicação podem ser estabelecidos novos ambientes de aprendizagens, novos ambientes de interação (OLIVERA; MOURA, 2019).

No caso da Tecnologia Interativa, entende-se que ela está voltada para a relação existente entre o emissor (quem emite a mensagem) e o receptor (quem recebe a mensagem), codificando e decodificando os conteúdos, de acordo com a sua cultura e a forma como se interagem. As tecnologias interativas mais utilizadas são: a televisão a cabo, o vídeo interativo, os programas multimídias e interne (OLIVERA; MOURA, 2019).

E, sobre as tecnologias colaborativas, ela tem a finalidade de facilitar as interações entre pessoas e o mundo, permitindo que seja desenvolvido um adequado trabalho em equipe, podendo fazer uso de diferentes linguagens que proporcionam várias formas de aprendizagens (OLIVERA; MOURA, 2019).

Para Giroto, Poker e Omote (2012, p. 10),

É por meio de novos canais de comunicação que todas as formas de expressão e estilos de aprendizagem serão valorizadas permitindo, ao aluno, o acesso ao conhecimento. Conhecer sobre as tecnologias de informação e comunicação sensibiliza o professor para que se paute pelas potencialidades dos seus alunos e não pelas suas limitações.

As TICs auxiliam na adequação do conteúdo didático com as situações internas e externas que podem ser atribuídas ao processo de aprendizagem no ambiente no qual estiver acontecendo a aula. As tecnologias oferecem ferramentas adequadas para atender às mais diversas necessidades de cada aluno, criando ambientes virtuais de aprendizagem, que o ajudam na assimilação dos conteúdos.

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No mercado, encontram-se disponíveis vários modelos de programas e ferramentas de uso pedagógico, sejam para uso se uma disciplina específica ou para toda a grade disciplinar existente.

Dentre os equipamentos e tecnologias que podem ser utilizados dentro do contexto de aprendizagem escolar, destacam-se: programas de computador, chats, correios eletrônicos, homepages, ambientes virtuais de aprendizagem no ensino a distância, ferramentas que facilitam o acesso a navegação na web e softwares específicos (MINUS; BOA SORTE, 2012).

Para Kenski (2012), os recursos tecnológicos são inúmeros e ajudam na construção de um conhecimento sem um limite físico, ou seja, na busca de um conhecimento que não se encontra apenas restrito no interior dos muros da escola. No entanto, deve-se existir um planejamento para que o uso das tecnologias possa contribuir favoravelmente.

Para este autor, na escola devem-se combinar as tecnologias presenciais (que facilitam a pesquisa e a comunicação, estando fisicamente juntos) e as virtuais (que, mesmo estando distante fisicamente, nos permitem acessar informações, mantendo-as próximas umas das outras.

A respeito dos programas, nota-se que, em sua forma tutorial, apresentam instruções e sequencias de conteúdo que exigem respostas frequentes por parte dos alunos. Nota-se que os hardwares de uso por estes programas precisam ter uma grande capacidade de armazenamento e outras funcionalidades para que tanto o aluno como professor possam tirar o máximo de proveito dos recursos oferecidos pelo programa.

Segundo Richit e Maltempi (2013, p. 37),

Na dimensão educacional, consideramos relevante que as tecnologias participem da formação dos estudantes, propiciando diferentes modos de aprender e ensinar, redefinindo as relações interpessoais em sala de aula, possibilitando abordagens diferenciadas para conteúdos curriculares e fomentando novas práticas pedagógicas. Simultaneamente, consideramos que o uso de tecnologias nas práticas educativas escolares precisam fomentar, tanto para estudantes quanto para professores, modos diferentes de se relacionarem com conteúdos e de se apropriarem de novos conhecimentos.

As escolas precisam introduzir as TICs, como instrumentos de apoio indispensáveis na aprendizagem dos alunos em toda grade curricular. Não devendo fazer parte, apenas, dos trabalhos extracurriculares ou em disciplinas alternativas para complemento didático.

2.2. Sobre as redes sociais digitais e o custo de sua aplicabilidade na educação

De acordo com Ferreira (2012), as redes sociais são constituídas por um conjunto de pessoas que se unem com o propósito de compartilhar informações e conhecimentos através de imagens, vídeos e textos. Lembrando-se que, primeiramente, as redes sociais foram criadas com a finalidade de facilitar o relacionamento entre as pessoas. No entanto, haver grande procura, querendo ampliar sua gama de possibilidades, as redes sociais passaram a ter outras funcionalidades.

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Atualmente encontram-se em uso, redes sociais populares como o Instagram, o Twitter e o Facebook.

Como foi dito anteriormente por Ferreira (2012), as redes sociais foram criadas com o intuito de facilitar a conexão entre as pessoas para fins de relacionamento. No entanto, com o passar do tempo, novos recursos foram desenvolvido e introduzido, permitindo a divulgação de notícias e exposição de idéias sobre todos os tipos de assuntos.

No Brasil, o Orkut foi a primeira rede social a causar uma grande repercussão. Por meio desta ferramenta de comunicação na qual podia-se: adicionar amigos, participar de comunidades e deixar recados. Mais tarde, por apresentar uma melhor estrutura, as pessoas migraram para o Facebook.

Pelo fato de ser, entre uma de suas características, uma rede popular, o Facebook passou a ser visto pelos professores como uma oportunidade de os alunos utilizarem o seu tempo na internet de forma educativa (FERREIRA, 2012).

O processo de globalização proporcionou uma redução no tempo de resposta e diminuição das distâncias, os meios de comunicação em massa passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas, ao ponto de as pessoas terem o seu valor mensurado conforme a sua capacidade de consumo, valorizações estéticas e pela busca do prazer imediato.

De acordo com Belloni (2009), para que haja redução das desigualdades sociais em um país, o Governo deve investir no desenvolvimento da ciência e da educação.

O uso da tecnologia no cenário educacional vem provocando diversos questionamentos ao longo dos anos, tendo em vista a discrepância econômica em que se encontram muitas escolas públicas nos países subdesenvolvidos, entre eles, no Brasil.

Sobre isso, Belloni (2009, p. 10-11), faz o seguinte comentário:

O uso da tecnologia no campo da educação traz certos questionamentos e reflexões, primeiramente hoje praticamente a maioria das escolas conta com equipamentos, computadores, rádio aparelhos de DVD, televisores e outros equipamentos de multimídia, nesse sentido não se podem negar a realidade da tecnologia no cotidiano da escola, em segundo de que os professores não possuem condições para poder comprar equipamentos, fazer cursos de formação continuada, sem contar a falta de tempo, existem ainda àqueles que acreditam que a tecnologia substituirá o homem no processo de ensino-aprendizagem, quando na verdade aqueles que não se adaptarem e saberem fazer o uso delas no seu dia-a-dia ficará provavelmente fora do mercado de trabalho.

Através deste comentário, Belloni (2009), constata-se que a tecnologia deve ser utilizada para transformar a sociedade, e não para evidenciar as desigualdades, pois segundo este autor, a educação continua sendo o melhor caminho para diminuir as desigualdades sociais, políticas e econômicas.

No entanto, Oliveira e Moura (2019), chamam a atenção para o fato de que a principal dificuldade para que as TICs sejam completamente incorporadas no processo de ensino-aprendizagem consiste na ideologia de que o professor ainda é o personagem que dotado de

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todo o conhecimento.

De acordo com Vieira (2011, p. 134), a tecnologia não existe sem a presença do educador, pelo fato de ambos estarem interligados, conforme pode ser observado no seguinte comentário: “temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor, ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, deve se portar como tal”.

A respeito do uso das redes sociais digitais, o desafio é criar esse recurso de modo que seja flexível e dinâmico, fácil de entender e gerenciar, valorizado pelas pessoas e que forneça suporte a uma cultura de aprendizado de base ampla. É a utilização do conhecimento que conta, mas não apenas seu armazenamento (ROSENBERG, 2002, p. 60).

Entre as características que a Web proporciona em relação ao ensino a distância como no ensino presencial, pode-se citar:

Interatividade: em salas de aula, a interatividade fica restrita ao limite físico e temporal, o que não ocorre com os recursos pela Web, em que não há restrições de localização e, quanto ao fator temporal, o estudante pode acessar a Internet a qualquer horário.

Ensino independente de tempo e lugar: o treinamento pode ser feito em qualquer lugar a qualquer momento, como explicado no item anterior. O alcance é limitado pelo alcance da Internet.

Minimização de deslocamentos: não há necessidades de deslocamentos frequentes para locais físicos predeterminados, o que também determina uma redução de custos sobre o transporte, alimentação e hospedagem.

Economia de tempo: por haver uma minimização de deslocamentos, há, consequentemente, uma redução de tempo.

Atendimento em massa personalizado (mass customization): é a possibilidade de oferecimento de ensino em massa com a adequação às características dos alunos (FRANCO, 2010).

Possibilidade de determinação, pelo aluno, de seu ritmo de aprendizagem: o que faz com que o indivíduo possa ter um papel ativo sobre o ritmo e necessidades de aprendizagem.

Network: possibilita e promove a troca de experiências, criando uma comunidade virtual. Essa troca enriquece, estimula e dinamiza o aprendizado dos alunos (FRANCO, 2010).

No Japão, o uso das tecnologias na educação apresenta um resultado muito satisfatório, ao ponto do governo deste país ampliar o seu uso. Porém, nos Estados Unidos, as experiências ainda não apresentaram o resultado esperado pelo fato de os estudantes conseguirem burlar as regras de uso e passarem a maior parte do tempo em sites pornográficos.

Diante deste novo cenário de conhecimento, o professor deve continuar sendo o responsável pela transmissão do conhecimento, não sendo único detentor do saber, mas um facilitador no processo de ensino aprendizagem.

Por meio destas das redes sociais, o diálogo flui independente do tempo e local. Cabe ao professor promover os meios para que os alunos sintam-se motivados e compartilhem o

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seu conhecimento com outras pessoas. Os fóruns somente terão sentidos caso os debates sejam frequentes entre os seus usuários.

Nas redes sociais, os alunos podem expressar suas opiniões de uma forma livre. Com isso, as idéias fluíram com maior naturalidade o que será de muita utilidade durante os momentos de debates. Com isso, cabe ao professor promover debates com base em conteúdos ou temas abordados em sala para que todos os alunos participem da discussão.

É fundamental que o professor mantenha os seus alunos bem informados sobre o andamento das atividades, colocando datas de provas, temas e datas de entrega de trabalhos. Porém, este não deve ser o único canal de comunicação existente.

É importante, também, que crie um chat de dúvidas, para que os alunos possam solucionar questões e desenvolver idéias. Com isso, este lugar será uma continuidade dos estudos.

2.3. Ambientes virtuais e mídias de comunicação

Na medida em que a quantidade de informação aumenta de maneira vertiginosa, o processo educacional deve se apoiar em oferecer subsídios rápidos o suficiente para suportar a velocidade de mudança informativa, o que remete ao potencial da EaD. Desta forma a incorporação de novas metodologias, técnicas e mídias são importantes para o desenvolvimento de um processo educacional mais elaborado.

Para Campos, Costa e Santos (2007) as TICs são elementos fundamentais para a comunicação virtual e juntamente com o uso da web (principalmente as redes sociais) permite o acesso a uma imensa quantidade de informação.

Nesse sentido, as TICs aplicadas a EaD são utilizadas para o desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) e métodos de comunicação. Nesse sentido ambientes virtuais e mídias de comunicação remetem a uma questão primordial sobre a EaD: a interação.

Segundo Vygotsky (1989), são muitas as possibilidades e as pessoas a se relacionarem, então é muito importante trazer este lado super positivo para o ambiente educacional, justamente porque a interação facilita o aprendizado que deve ser construído gradativamente de maneira coletiva fortalecendo o potencial individual. Então as redes sociais que se focam em reunir pessoas, uma vez que são inscritas e fazem seu perfil no site, são fontes intensivas para disseminação da educação, mais especificamente a EaD.

Aplicações de redes sociais têm exposto sua funcionalidade através de interfaces de programação de aplicações (APIs) para desenvolvedores, permitindo-lhes criar aplicações que se conectam ao seu site. A maioria das redes sociais contém o conceito de um grupo - um conjunto de pessoas unidas por um interesse comum. Os membros do grupo podem compartilhar notícias e discussões, e os administradores do grupo podem enviar mensagens privadas para qualquer um. Assim como a maioria das redes sociais permite que você crie um evento e convide seus amigos para participar (TELLES, 2010).

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Nota-se que, segundo Oliveira e Moura (2019), as principais tecnologias utilizadas nos cursos eads são:

Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA): trata-se de um ambinte online no qual o aluno tem acesso por meio de um computador, por onde ele assiste aulas e realiza atividades. Neste local ficam disponíveis os conteúdos do curso, entre outras ferramentas de interação. A aluno tem acesso a este ambiente por meio de uma senha que lhe permite entrar em uma “sala de aula virtual” de qualquer lugar e em qualquer horário.

Video-aulas: São aulas gravadas em vídeo com o intuido de dar ao aluno o conhecimento sobre a matéria estudada. Este material, normalmente é constituído por falas do professor com apresentações, imagens, sons e interatividade – que prende a atenção do aluno até que tenha a compreensão exata do conteúdo abordado.

Áudio e video conferência: trata-se de uma tipo de tecnologia onde professor e aluno interagem através de ferramentas de uma ferramenta de comunicação, como por exemplo, o computador. É através das video e audio conferências que alunos e tutores ou professores tem contato em tempo real.

Cháts e fóruns: por meio de ferramentas de bate papo e discussões, os alunos esclarecem suas dúvidas com professores, além de interagirem com outros alunos também. O conteúdo das conversas realizadas nestes ambientes ficam armazenadas para consultas posteriores.

Bibliotecas virtuais: muitas escolas e faculdades fazem uso destes ambientes para que os alunos possam ter acesso aos acervos vituais durante toda a semana, de forma gratuita.

A Figura abaixo mostra um modelo de como ocorre a interação nos ambientes EADs:

Figura 1. Modelo de interação EAD.

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Fonte: Perrone Filho, 2019.

Para que interação seja de qualidade, Oliveira e Moura (2019), destacam cinco compenentes que devem ser levados em consideração:

1. Relação concebida socialmente: esta forma de comunicação está relaconada na relaçao entre alunos e professores abrangendo desde o contexto eduacional como pessoal;

2. Relação projetada instrucionalmente: nesta forma de comunicação deve existir a relação professor aluno em qualquer tipo de educação, independentemente de ser à distância ou não;

3. Possibilidade de relação da tecnologia: nota-se que os meios e ferramentas tecnológicas necessários são de fundamental importância para que a interatividade ocorra;

4. Comprometimento dos estudantes: é essencial que os alunos estejam comprometidos com o processo educacional;

5. Empenho do instrutor: não basta que somente o aluno esteja empenhado, é muito importante que o professor ou tutor também esteja, para que exista um bom ambiente de estudos.

As redes socias ao serem aempregadas na educação a distância permitem que o aluno possa ter uma maior interação com os demais alunos, tanto para abordarem assuntos triviais como de cunho educacional.

Considerações finais

Por meio deste trabalho foi possível analisar a importância que as TICs têm no cenário educacional. Através de suas ferramentas, os professores capacitados podem facilitar o acesso dos alunos ao conhecimento, tornando o ciclo educacional dinâmico e cheio de possibilidades, pois as mesmas são importantes aliadas viabilizando a realização de exposições de imagens, sons e promovendo a interatividade de maneira que todos participem integralmente, sanem suas dúvidas e possam compreender os conteúdo através de uma abordagem ampla e significativa.

Promover não somente a comunicação de assuntos triviais como educacionais, pois os alunos sentem-se mais à vontade, podendo se expressar de maneira natural durante os debates embasados nos temas abordados, participando de maneira efetiva, ou seja, são criadas possibilidades de determinação, tornando o ativo em sua aprendizagem.

Tal trabalho, deixa clara a parceria professor/tecnologias, visto que o educador atua como um agente facilitador através de recursos flexíveis, eficientes e amplos.

As tecnologias devem ser utilizadas para melhorar a qualidade do ensino e não de maneira contrária. O investimento deve ser realizado com o intuito de fazer com que os alunos capacitem-se, adquirindo conhecimentos que os tornem capazes de fazerem a diferença no mundo.

Hoje em dia, a busca do conhecimento tornou-se dinâmica e em tempo real, sem limites e fronteiras. Cabe ao professor, por meio de sua capacitação adequada, construir junto com o aluno os caminhos que irão facilitar a aprendizagem.

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