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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ PATRÍCIA SOARES GONÇALVES TELEMARKETING: cenário para a implantação do canal de vendas em um varejo de material de construção. Balneário Camboriú 2010

TELEMARKETING: cenário para a implantação do canal de ...siaibib01.univali.br/pdf/Patricia Soares Gonçalves.pdf · Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Sandra Regina da Silva

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

PATRÍCIA SOARES GONÇALVES

TELEMARKETING: cenário para a implantação do canal de vendas em

um varejo de material de construção.

Balneário Camboriú

2010

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PATRÍCIA SOARES GONÇALVES

TELEMARKETING: cenário para a implantação do canal de vendas em

um varejo de material de construção.

Balneário Camboriú

2010

Monografia apresentada como requisito parcial

para a obtenção do título de Bacharel em

Administração – ênfase em Marketing, na

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de

Educação Balneário Camboriú.

Orientador: Prof. Carlos Marcelo Ardigó,

MSc.

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PATRÍCIA SOARES GONÇALVES

TELEMARKETING: cenário para a implantação do canal de vendas em

um varejo de material de construção.

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – ênfase em Marketing da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Administração

Balneário Camboriú, 29 de Novembro de 2010

_________________________________

Prof. MSc. Carlos Marcelo Ardigó

Orientador

___________________________________

Prof. MSc. Erwin Telmo Steigleder

Avaliador

___________________________________

Prof. MSc. Jurema Maria Chaves Ribeiro

Avaliadora

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário(a): Patrícia Soares Gonçalves

Área de Estágio: Administração - Telemarketing

Professor Responsável pelos Estágios: Profª. Msc. Lorena Schröder

Supervisor da Empresa: Sandra Regina da Silva

Professor (a) Orientador (a): Profº. Msc. Carlos Marcelo Ardigó

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DADOS DA EMPRESA

Razão Social: Balaroti Comércio de Materiais de Construção S/A.

Endereço: Avenida do Estado n 4665, Bairro: centro, Balneário Camboriú-SC.

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Administrativo/telemarketing

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Sandra Regina da Silva (Gerente)

Carimbo do CNPJ da Empresa: 77.044.618/0045-07

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 29 de Novembro de 2010.

A Empresa Balaroti Comércio de Materiais de Construção S/A, pelo presente instrumento,

autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de

Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pelo acadêmico

Patrícia Soares Gonçalves.

___________________________________

Sandra Regina da Silva

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Dedico meu trabalho de conclusão de curso

Aquela que me carregou em seu ventre, e com seu amor

incondicional me deu a vida.

Minha Mãe.

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“O Senhor é meu pastor e nada me faltará.” Salmos 23:1

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço ao meu Amado Deus pela vida, por me dar força nos momentos

mais difíceis.

À Coordenação do curso pela dedicação e serviços prestados.

Ao Professor e orientador Carlos Marcelo Ardigó pela sua orientação e apoio na elaboração

desta Monografia.

A todos os Professores do Curso de Administração da Univali pelas excelentes contribuições

dadas ao longo do curso.

A meu querido pai Idalézio Lara Gonçalves que infelizmente não esta mais ao nosso lado, a

minha amada e guerreira mãe Orzulina Soares Gonçalves que com sua força e caráter soube

ultrapassar os obstáculos da vida cumprindo com seu papel de mãe e pai, por isso devo toda

a minha vida a ela.

A meus irmãos e toda minha família pelo amor e carinho apesar da distância. Em especial a

minha irmã Helena Soares Gonçalves que esteve do meu lado me apoiando e incentivando

nesta difícil e batalhadora etapa.

A meu marido Luciano Rossatto pelo apoio nestes anos de faculdade, por suportar minha

ausência durante as aulas, pelo seu grande amor e carinho. Agradeço pelo simples fato de

você existir e me deixar fazer parte de vossa vida.

Aos meus amigos de longa data e principalmente aqueles que conquistei durante esse período

Cristina Surdi e Maurício Tavares, que além das festas e dificuldades contribuíram com

carinho e amizade. Amigos eternos para toda a vida.

A todos os colaboradores e amigos do Balaroti e principalmente a empresa por ter

acreditado no meu potencial, me auxiliando e possibilitando a realização desta monografia.

A todas as pessoas que participaram da pesquisa pela sua contribuição para meu

conhecimento.

Obrigada á todos que de forma direta ou indiretamente contribuíram para que meu sonho

pudesse se tornar realidade.

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RESUMO

O marketing direto é uma das ferramentas de comunicação que auxilia as empresas a se

comunicarem diretamente com seus clientes, fortalecendo a relação e encurtando distâncias.

Inserida nesta ferramenta de comunicação, o telemarketing passou a ser um importante canal

alternativo de vendas e de contato com o mercado, tendo como uma de suas grandes

vantagens a flexibilidade. Através do televendas, uma das ferramentas do telemarketing,

possibilitam as organizações o suporte para receber pedidos, contatar maior número de

clientes, proporcionado contato direto com os mesmos e aumentando o número de vendas.

Baseado nesta importância, o presente trabalho de conclusão de curso teve por objetivo

diagnosticar o cenário atual para a implantação do canal de televendas em uma loja de

material de construção localizada em Balneário Camboriú. Apoiando este propósito,

descreveu-se a atual situação de vendas com relação aos canais já utilizados, avaliou-se a

utilização do televendas já existente em outras lojas da rede, identificou-se entre a

concorrência local o uso do televendas como canal de atendimento e, avaliou-se a percepção

dos clientes em relação a utilização desse canal de compras. A metodologia utilizada no

presente trabalho foi de tipologia exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa e

quantitativa, de procedimentos Survey e pesquisa diagnóstico. Através dos resultados pode-se

observar que o cenário identificado aponta ser viável a implantação de uma central de

televendas, já que os concorrentes não pretendem ofertar essa ferramenta, o mercado

apresenta relativo interesse na utilização do mesmo, podendo ser um significativo reforço na

diferenciação da empresa no mercado.

Palavras-chave: Marketing direto, Telemarketing, Televendas.

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ABSTRACT

Direct marketing is one of the communication tools that help companies communicate

directly with their customers, strengthening the relationship and shortening distances. Inserted

in this communication tool, telemarketing has become an important alternative channel sales

and connect with the market, having as one of its great advantages flexibility. Through

telesales, telemarketing one of the tools, enable organizations to receive support requests,

contact a greater number of customers, providing direct contact with them and increasing the

number of sales. Based on this importance, this work of completion aimed to diagnose the

current scenario for the deployment of teleshopping channel in a hardware store located in

Balneário Camboriú. Supporting this purpose, described the current situation with regard to

sales channels already in use, evaluated the use of telesales existing in other chain stores, we

identified the local competition between the use of telemarketing as a channel for service and,

evaluated the perception of customers regarding the use of this shopping channel. The

methodology used in this study was exploratory and descriptive typology, both qualitative and

quantitative research procedures and diagnosis Survey. Through the results can be seen that

the scenario identified points to be viable the implementation of a telemarketing center, as the

competitors do not intend to offer this tool on the market shows interest in using it, may be a

significant enhancement in the differentiation of company in the market.

Key-words: Direct Marketing, Telemarketing, Telesales.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Diferentes fases do marketing.................................................................. 23

Quadro 2: Algumas possíveis dimensões da comunicação no dia-a-dia da

organização...............................................................................................

33

Quadro 3: Formação do mix de comunicação........................................................... 37

Quadro 4: Sumário das técnicas de comunicação integrada de marketing................ 37

Quadro 5:

Quadro 6:

Vantagens e desvantagens das mídias do marketing direto.....................

Nove passos para implementação de um programa de telemarketing.....

40

45

Quadro 7: Sistemas oferecidos pela Visys................................................................ 58

Quadro 8:

Quadro 9:

Resumo dos aspectos identificados entre os concorrentes.......................

Nível de respostas quanto a utilização do televendas caso implantado

no Balaroti BC..........................................................................................

65

74

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1:

Figura 2:

Fachada da filial do Balaroti de Balneário Camboriú..............................

Etapas do planejamento de marketing......................................................

20

26

Figura 3: Uma visão geral da administração de marketing...................................... 27

Figura 4: Marketing mix.......................................................................................... 31

Figura 5: O contexto de comunicação..................................................................... 35

Figura 6:

Figura 7:

Elementos do processo de comunicação..................................................

Sala de atendimento do Televendas Balaroti-PR.....................................

36

57

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 15

1.1 Tema de pesquisa ............................................................................................... 15

1.2 Problema de pesquisa ........................................................................................ 16

1.3 Objetivos da pesquisa ........................................................................................ 17

1.3.1

1.3.2

Objetivo geral .....................................................................................................

Objetivos específicos ..........................................................................................

17

17

1.4 Justificativa da pesquisa .................................................................................... 17

1.5 Contexto do ambiente de estágio ...................................................................... 18

1.6 Organização do trabalho ................................................................................... 21

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 22

2.1 Introdução ao marketing e sua evolução.............................................................. 22

2.1.1 Gestão de Marketing ............................................................................................ 25

2.1.2 Entendendo os mercados através da segmentação................................................ 28

2.1.3 O mix de marketing............................................................................................... 30

2.2 Comunicação de Marketing.................................................................................. 33

2.2.1 A ferramenta do Marketing Direto........................................................................ 38

2.3

2.3.1

2.3.2

O Telemarketing ..................................................................................................

Operacionalizando o telemarketing......................................................................

Os centros de atendimento - Call Centers.............................................................

42

45

47

3 METODOLOGIA CIENTÍFICA ..................................................................... 49

3.1 Tipologia de pesquisa .......................................................................................... 49

3.2 Sujeitos de estudo ................................................................................................. 51

3.3 Instrumentos de pesquisa ..................................................................................... 52

3.4 Análise e apresentação.......................................................................................... 54

3.5 Limitações da pesquisa ........................................................................................ 54

4

4.1

RESULTADOS DA PESQUISA........................................................................

Avaliação da utilização do telemarketing em outras lojas da rede o

Balaroti.................................................................................................................

55

55

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4.2

4.3

4.4

Descrição da atual situação de vendas da loja o Balaroti de BC com relação aos

canais já utilizados................................................................................................

Apresentação e descrição da concorrência direta local (BC) da empresa, e o

uso do televendas como canal de atendimento.....................................................

Análise da percepção dos clientes em relação á utilização desse canal de

compras.................................................................................................................

59

62

65

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 77

REFERÊNCIAS ................................................................................................. 81

ANEXOS .............................................................................................................

84

APÊNDICES ....................................................................................................... 90

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1 INTRODUÇÃO

Neste primeiro capítulo são apresentados os tópicos iniciais deste trabalho, incluindo a

descrição do tema; o problema da pesquisa e seus objetivos bem como os objetivos gerais e

específicos, juntamente com a justificativa da pesquisa e o contexto do ambiente do estágio.

1.1 Tema de pesquisa

Toda e qualquer empresa tem por seu objetivo atender as necessidades de seus

clientes, pois é através deles que a empresa descobre qual o melhor caminho, criando assim as

estratégias necessárias para atender seu mercado. Nas organizações, a área responsável por

cumprir essas tarefas é o marketing. Segundo Rabaça e Barbosa (1996, p. 33) “deve estar

presente em quase todos os níveis de decisão da empresa”.

Para a Associação Americana de Marketing (AMA) “marketing é o processo de

planejar a concepção, o preço, a promoção e a distribuição de bens e serviços para criar trocas

que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais” (apud SANDHUSEN, 1998, p. 8).

O marketing vem de forma a entender para atender o mercado.

Se o propósito da organização baseada no marketing é satisfazer os objetivos do

mercado, as estratégias devem ser definidas de acordo com as necessidades dos clientes.

Assim, a partir de pesquisas pode-se definir de forma mais precisa do melhor preço, o melhor

mercado, a propaganda que atraia a atenção do cliente, e as melhores opções para atender os

clientes através dos canais de vendas e distribuição, possibilitando a construção de vantagens

competitivas.

Como visto, são muitas as escolhas estratégicas que a empresa pode tomar baseado no

conhecimento de mercado. Entre elas as decisões de comunicação. Segundo Sandhusen

(1997, p. 427) a comunicação é:

(...) o processo pelo qual a informação é trocada. O emissor é o criador de uma

mensagem. A mensagem é codificada e passa por um canal de comunicação comum

ao emissor e ao receptor. Uma vez recebida, a mensagem deve ser decodificada pelo

receptor. Para que a comunicação ocorra é necessário que o codificador e o

decodificador tenham uma estrutura conceitual comum. O ruído é qualquer fator que

interfira no processo.

Entre as várias ferramentas de comunicação, o marketing direto surge como o meio

que auxilia as empresas a se comunicarem diretamente com seus clientes. Para Dantas (1997,

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p. 23) ele “é uma importante ferramenta de comunicação com o mercado, seja para venda

direta ao consumidor, seja para estímulo as vendas ao consumidor através dos canais

tradicionais, seja como canal alternativo”. Deve ser considerado como um instrumento a ser

utilizado por qualquer tipo de empresa, que pode impactar positivamente nos resultados dos

negócios. Neste a comunicação pode ser estabelecido utilizando-se de meios como o telefone,

o e-mail, a venda direta de porta em porta com o vendedor externo, entre outros. Outro meio

de atingir o consumidor final é através dos sites das empresas que disponibilizam várias

ferramentas para o consumidor fazer suas compras escolhendo seus produtos e conhecendo

melhor a empresa, sem precisar sair de casa.

Para Vieira (2003, p. 76) telemarketing é:

Uma comunicação comercial telefônica. Em telemarketing, o emissor é quem emite

a mensagem desejada, e o receptor é quem recebe a mensagem do emissor. O

telefone é o meio pelo qual a mensagem é transmitida, e esse é o objetivo principal

para o emissor atingir seu objetivo.

O telefone, portanto, passou a ser importante canal alternativo de venda e de contato

com o mercado. Com a modernização a tecnologia trouxe para os clientes comodidade e

praticidade. Com a correria do dia-a-dia ninguém quer perder tempo e utilizam os meios

disponíveis para adquirir os produtos e informações desejadas. O telemarketing logo no seu

início era utilizado pelas empresas somente como vendas por telefone, hoje ele é visto como a

forma de comunicação direta de chegar até o cliente. Para Bodian (2000, p. 180) “uma grande

vantagem do marketing por telefone é a sua total flexibilidade. Como regra, o teste de

qualquer lista pode ser realizado em um tempo relativamente curto. Podem-se também efetuar

modificações necessárias no preço, termos e abordagem de texto [...]”.

Diante do apresentado, as ferramentas de comunicação, especificamente ligadas ao

marketing direto e ao telemarketing são a temática deste estudo estabelecido em uma empresa

de material de construção.

1.2 Problema de pesquisa

Devido a grande procura de atendimento via telefone na filial da loja Balaroti de

Balneário Camboriú, e pela falta de profissionais dedicados exclusivamente a esse

atendimento, a empresa vem detectando falhas nesse processo. Surge, portanto a necessidade

de conhecimento para dar suporte à implantação ou não de uma central de televendas,

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reestruturando o atendimento de forma a ajudar os colaboradores em suas vendas e também

satisfazer as necessidades de seus clientes.

Define-se, portanto o problema deste estudo através da seguinte questão: Qual o

cenário para implantação de um canal de televendas para a filial da Loja Balaroti – BC?

1.3 Objetivos de pesquisa

Para o atendimento do problema de pesquisa exposto, a seguir são apresentados os

objetivos de estudo.

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar o cenário interno e externo, para implantação de um canal de telemarketing

na filial da Loja Balaroti – BC.

1.3.2 Objetivos Específicos

Avaliar a utilização do telemarketing já existente em outras lojas da rede;

Descrever a atual situação de vendas da loja Balaroti de Balneário Camboriú com

relação aos canais já utilizados;

Identificar entre a concorrência direta local (BC) da empresa, o uso do

telemarketing como canal de atendimento;

Entender a percepção dos clientes em relação à utilização desse canal de compras.

1.4 Justificativa de pesquisa

A importância deste trabalho tem sua justificativa pautada em duas óticas, a da

empresa e do acadêmico. Quanto à empresa, como o propósito da pesquisa será descrever

cenários, isso poderá implicar em um maior conhecimento para sua tomada de decisão, ou

seja, seu resultado poderá minimizar riscos e agregar informação para o aprimoramento das

estratégias.

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Em relação ao acadêmico, o contexto do estudo contribui em seu conhecimento

profissional, favorecendo no desenvolvimento de suas funções dentro da organização e em

futuros desafios no mercado de trabalho, além do próprio crescimento pessoal.

Além disso, todo estudo deste nível pode trazer melhorias para todos, incluindo além

do acadêmico e da empresa, a própria comunidade. Cada vez mais pessoas estão preparadas

para atender melhor os clientes, administrar as organizações e desenvolver as estratégias

certas para resoluções das dificuldades. A comunidade além de ganhar esses profissionais,

ganha pelas melhorias que as organizações trazem para elas, com estratégias sociais e

sustentáveis para região.

1.5 Contexto do ambiente de estágio

O Balaroti iniciou suas atividades em 1966. No início era apenas uma madeireira no

município de Santa Tereza no Paraná. Com a necessidade de conquistar novos mercados foi

aberto em 18 de julho de 1975, na cidade de Curitiba um pequeno depósito de madeiras. A

comercialização de materiais de construção começou na Vila Hauer em Curitiba apenas em

1976. Ainda neste ano abriu sua primeira filial na cidade de Pinhais.

Com o passar do tempo teve seu foco voltado para os materiais de construção. A rede

trabalha hoje com todos os produtos necessários para construção civil, seja porcelanato,

madeira, ferro, cimento, iluminação, tijolos e complementariamente com materiais para

decoração. A rede trabalha atualmente com 50 mil itens. Procura atender a todas as

necessidades dos clientes, trazendo benefícios e comodidade, para isso trabalha com

funcionários bem treinados e excelência no atendimento, com facilidade na hora da compra

com preços baixos, e disponibilizando várias formas de pagamento.

Hoje o Balaroti é a 6º maior revenda da material de construção do Brasil, contando

com 20 lojas, dessas 18 na região de Curitiba e duas em Santa Catarina, suas instalações

seguem o mesmo padrão de comunicação visual. Quatro dessas unidades são no modelo

Balaroti Express, ou seja, lojas para um atendimento rápido ao cliente, mas com níveis de

serviço reduzido como falta de entrega, de estoque, e limitações de variedade de produtos. A

rede está sempre inovando e buscando os melhores caminhos no ramo de materiais de

construção.

Os clientes têm a disposição nas lojas Balaroti o Armazém do Café (onde eles podem

fazer um belo lanche), e o Bala Baby (onde podem deixar seus filhos brincando enquanto

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fazem suas compras sem se preocupar com os pequenos). Para as compras os clientes podem

fazer o cartão Balaroti, um cartão de crédito com bandeira Master ou Visa, tendo com

disponibilidade de dois limites na loja, limite para saque e limite como cartão de créditos em

outros estabelecimentos. Além da possibilidade de utilização para comprar, os clientes que

utilizam o cartão Balaroti tem as vantagens das promoções exclusivas e ainda podem fazer

pagamento de suas faturas para o vencimento do cartão.

Toda a rede conta com uma equipe de 1.770 colaboradores tanto diretos como

indiretos. Dentre estes estão além dos funcionários contratados pela loja, a equipe de

promotoras que auxiliam os vendedores na vendas dos produtos de suas marcas, os

encarregados da entrega dos materiais que são contratados por uma empresa terceirizada, e o

pessoal da instalação que montam os equipamentos para os clientes.

O Balaroti tem como foco de sua cultura organizacional o atendimento ao cliente. Para

tanto desenvolve alguns programas que visam a excelência no atendimento e a participação do

cliente. Um destes é o Programa de Excelência ao Cliente (PEC). Uma vez a cada mês um

cliente oculto avalia o atendimento realizado na loja por cada colaborador que lhe atendeu,

seja no crediário, na área de vendas, ou no caixa. Com uma nota que varia de zero á dez,

definida por esse avaliador, o funcionário poderá ganhar um adicional de até 15% no seu

salário, trazendo um beneficio a mais. O dinheiro é depositado em uma conta como a de um

banco normal, mas interna do Balaroti, e que o funcionário pode acompanhar pelo sistema.

Esse colaborador recebe o dinheiro corrigido a cada 6 meses.

A empresa também mantém a Pesquisa de Satisfação ao Cliente (PSC) que avalia a

forma de atendimento dos vendedores e de forma geral, como foi à compra do cliente até a

entrega do produto. A mesma é realizada via telefone pela empresa Mercatto Pesquisas, uma

empresa que desenvolve pesquisas de marketing. É a mesma quem faz a pesquisa avaliando o

atendimento dos vendedores e dos colaboradores do Balaroti e também quem contrata pessoas

que se passam por clientes ocultos que vão até a loja pesquisar o atendimento realizado.

O Balaroti desenvolve projetos sociais como uma forma de incentivar seus

funcionários a ajudar o próximo. Cada loja monta seu projeto focando uma instituição da

comunidade, e todo mês é sorteado o melhor projeto e com o maior número de colaboradores.

Um exemplo é o projeto Creche Ilha do Mel na cidade de Curitiba, onde o Balaroti mantém

60 crianças carentes de 02 á 06 anos em horário integral. Há também o projeto do Balaroti em

parceria com o Hospital Pequeno Príncipe da cidade de Curitiba, que viabiliza ações de

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responsabilidade social com fim de manter a capacidade do atendimento e renovar os

equipamentos da instituição.

Com o passar dos anos o Balaroti foi conquistando o mercado e seus clientes. Essa

conquista é representada através de prêmios alcançados. No estado do Paraná conquistou a

colocação de melhor revenda do estado no “ranking nacional das lojas de materiais de

construção” e no Brasil ficou em 6º lugar. Conquistou por oito anos (de 2001 a 2008) o

prêmio Top Of Mind como a marca de material de construção mais lembrada na região onde

atua. As revistas Você S/A e Exame certificaram em 2006; 2008; 2009 e 2010 o Balaroti entre

as 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil.

Sua missão é estabelecida através da seguinte declaração: oferecer aos clientes as

melhores soluções para o lar em reformas e construção.

A mesma é afirmada através de sua visão: ser reconhecido pelos clientes,

colaboradores, parceiros e toda a comunidade como a melhor empresa em materiais de

construção, liderando os mercados nos quais está presente.

A rede tem a pretensão de expansão para mais lojas no estado de Santa Catarina,

porém sem data ou local confirmados. Uma das filiais presentes no estado catarinense é a loja

de Balneário Camboriú, situada na Avenida do Estado, nº 4665, no centro. A Figura 1

apresenta a fachada da loja inaugurada em 26 de maio de 2009. Em outubro de 2010 a

empresa já contava com mais de 60 colaboradores.

Figura 1: Fachada da filial do Balaroti de Balneário Camboriú.

Fonte: Balaroti (2010).

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21

A filial de Balneário Camboriú já conquistou quatro vezes medalhas de ouro referentes

à avaliação dos meses de setembro/novembro de 2009 e agosto/setembro de 2010 e toda a

equipe foi contemplada com um churrasco. O reconhecimento se deve pelo fato de ter

conquistado nota dez em todos os quesitos de avaliação, como conquistar a meta do mês;

avaliação do cliente oculto; itens de vendas; pesquisa de satisfação do cliente e avaliação dos

gerentes. A mesma será o foco do presente estudo como apresentado no decorrer deste

trabalho.

1.6 Organização do trabalho

Este relatório final do Trabalho de Iniciação Científica está dividido em cinco

capítulos. No primeiro deles, a introdução, contém além do tema proposto sobre a análise do

cenário para implantação de uma central de televendas para uma filial de materiais de

construção, os objetivos da pesquisa, o contexto do ambiente do estágio apresentando o

histórico da empresa analisada.

No capítulo dois é abordada a fundamentação teórica, contendo os temas pesquisados

como o marketing, o marketing direto e o telemarketing com suas fundamentações. A

metodologia cientifica (capítulo 3) contém a apresentação da tipologia de pesquisa, o sujeito e

os instrumentos utilizados para a pesquisa.

Na quarta seção as análises e apresentação dos resultados obtidos, com suas

avaliações e descrições tanto da própria rede como da concorrência direta local. Ao final o

trabalho é concluído com as considerações finais (capítulo 5). Após estas partes textuais,

contemplam-se as referências, seguida dos anexos e apêndices.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para o contexto de fundamentação teórica, abordada neste capítulo, são apresentados

temas como: marketing conceitos e sua evolução; o processo de planejamento, execução e

controle do administrador na gestão do marketing buscando o entendimento dos mercados

através da segmentação; estratégias de mix e comunicação de marketing, juntamente com o

auxilio dos veículos de comunicação e a utilização do marketing direto como estratégia de

chegar ao consumidor oferecendo produtos e serviços com a utilização planejada de recursos

de telecomunicações (o telemarketing) como forma de obter lucro direto.

Seu desenvolvimento utilizou obras dos seguintes autores: Rocha e Christensen;

Souza; Pizzinatto, Zem e Pizzinatto; Las Casas; Churchill e Peter; Boone e Kurtz; Keller;

Kotler; Cides; Limeira; Siqueira; Cobra; Weinstein; Dias; Armstrong; Gracioso; Vieira;

Meneghetti; Corrêa; Zenaro; Ikeda; Cavicchini; Jutkins; Jones; Bodian; Dantas; Quinteiro;

Sant’Anna; Ratto; Albernaz e Peltier.

2.1 Introdução do marketing e sua evolução

Devido ao crescimento da concorrência entre os setores e a procura pelas necessidades

dos clientes, as empresas passaram a se esforçar cada vez mais para a comercialização de seus

produtos buscando sempre a forma mais eficiente. Muito desses resultados estão relacionados

ao marketing, que auxilia as empresas a entender e atender melhor o mercado bem como suas

mudanças. Mas nem sempre essa foi à compreensão de marketing.

Numa comparação intercultural da adoção do conceito do marketing Rocha e

Christensen (1999) comparando a história da sociedade brasileira com a americana e

japonesa, observa que nesta última, em seu período feudal, encontrava-se organizada em

classes, no topo da escala estavam os nobres e os guerreiros, abaixo deles os agricultores e

artesões, em uma classe hierarquizada. Nesse processo o comprador era o rei, diferentemente

da cultura americana, onde os princípios igualitários de uma sociedade capitalista com valores

liberais e não protecionista. E enquanto a sociedade do comprador japonês assume posição

superior em relação ao vendedor a americana constitui uma relação igualitária. Apesar da

dificuldade de incorporação do marketing em sua cultura, os Estados Unidos é visto como

uma das maiores referências do marketing para o mundo.

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23

Já no Brasil os autores relatam que o marketing passou a ser incorporado na cultura

Brasileira influenciado pela cultura norte-americana das escolas de administração e das

multinacionais que atuam no Brasil. O processo de formação da sociedade difere totalmente

das bases do marketing no Japão e Estados Unidos, pois suas origens não são igualitárias. Nos

dias atuais o marketing faz parte do posicionamento estratégico das organizações, mas nem

sempre foi assim. Os autores mencionam as dificuldades das organizações na implementação

do marketing, por isso para introduzir o conceito de marketing em uma organização deve-se

primeiramente verificar sua visão cultural o que levaria sua compreensão e adoção de tal

mentalidade entre seus membros.

Souza (1994) descreveu a evolução do marketing a partir dos anos 50 do século XX,

dividindo em oito fases, conforme apresentado no Quadro 1.

Fases Descrição Primeira geração dos anos

1950 a 1960

Marcada pela expansão e aceitação do termo marketing, utilizando-se as

ferramentas de propaganda, promoção e canais de vendas.

Segunda geração dos anos

1970

A área do marketing consolidada nas grandes e médias organizações, os

gerentes passam a implantar programas de marketing, a expansão dos canais

de distribuição e da propaganda para a TV, radio e revistas.

Terceira geração é a

primeira metade dos anos

1980

A orientação para o mercado começa a fazer parte definitivamente das

organizações, o marketing passa a ter grande importância no planejamento

organizacional, surge então às ferramentas de pesquisa de mercado e o sistema

de informação de marketing (SIM), e com ajuda dos computadores, surge

então segmentação do mercado.

Quarta geração é a

segunda metade dos anos

1980

O conhecimento do publico interno e externo, as empresas passam a dar maior

valor a sua imagem, contudo começa então a falar de endomarketing, e a

proliferação das marcas mundiais.

Quinta geração passa no

início dos anos 1990

Surge o maximarketing a importância de conhecer o cliente, foco no cliente-

alvo, preocupação com os custos do marketing e retorno dos clientes.

Sexta geração passa nos

anos 1992 á 1995

Surge o banco de dados dos clientes, maior exigência dos mercados, o

individualismo do consumidor e o avanço na produção e distribuição de bens e

serviços específicos para cada cliente.

Sétima geração passa-se no

início da segunda metade

dos anos 1990

Surgimento do marketing online e interatividade, a comunicação através de

redes digitais e canais de vendas dentro de um só meio.

Oitava e última geração e

final dos anos 1990 e início

dos anos 2000

Surge o aftermarketing que é estar perto do cliente, o atendimento ao

consumidor via 0800 e (SAC), as empresas buscando e pesquisando o cliente,

comunicando e aprendendo com ele, e finalmente aplicando a teoria dos anos

1950 buscando a orientação para o cliente.

Quadro 1: Diferentes fases do Marketing.

Fonte: Souza (1994).

Pizzinatto, Zem e Pizzinatto (2005) conceituem o marketing como sendo a área da

administração que auxilia as empresas a se relacionarem com o mercado. Os autores

mencionam ainda que o marketing esteja evoluindo e seu foco esta mais voltado às

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necessidades dos clientes, acompanhando o progresso do mercado que esta em constante

evolução.

A associação Americana de Marketing definiu em 1960 a área de conhecimento

denominada marketing como o “desempenho das atividades comerciais que dirigem o fluxo

de bens e serviços do produtor ao consumidor ou usuário” (apud LAS CASAS, 2007, p. 14).

Como o ambiente de negócios se alterou, a própria definição de marketing também veio

incorporando uma definição mais abrangente. Em 1995 em uma revisão feita pela entidade, o

conceito de marketing foi estabelecido como o “processo de planejar e executar a concepção,

estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de

criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais” (apud CHURCHILL;

PETER, 2003, p. 4).

Para Boone e Kurtz (1998) as definições do marketing são variadas tendo uma

definição para cada pessoa. A principal definição foi apontada pela Associação Americana de

Marketing, mas mencionam os autores que mesmo essa definição é limitada. O ponto é um

conceito mais amplo que viabilize necessidades dos clientes, sendo este o fator determinante

para programação do marketing.

Nessa linha de evolução do conceito de marketing e sua importância nas organizações,

mais recentemente a AMA estabeleceu uma nova definição descrita como: “é uma função

organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criação, a comunicação e a

entrega de valor para os clientes, bem como a administração do relacionamento com eles, de

modo que beneficie a organização e seu público interessado” (2004, apud KOTLER;

KELLER, 2006, p. 4).

Independentemente dos conceitos apresentados pelo AMA, muitos autores também

apresentam suas definições. Kotler (2000, p. 30) contribui para esses conceitos definindo

marketing: “[...] é um processo social por meio do qual as pessoas obtêm aquilo de que

necessitam e o que desejam com a sua criação, oferta e livre negociação de produtos e

serviços de valor com os outros”.

Assim como para Rocha e Christensen (1999, p. 15) marketing é:

Uma função gerencial, que busca ajustar a oferta da organização a demandas

específicas do mercado, utilizando como ferramental um conjunto de princípios e

técnicas. Pode ser visto, também, como um processo social, pelo qual são reguladas

a oferta e a demanda de bens e serviços para atender as necessidades sociais. É,

ainda, uma orientação da administração, uma filosofia, uma visão.

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Entende-se que todos os autores definem o marketing como uma ferramenta essencial

para atender as necessidades dos clientes, mas que sua definição causara confusão pelas mais

diversas definições. Hoje o marketing com os mais variados estudos esta ligado na estratégia

competitiva das organizações acompanhando a evolução do mercado e dos clientes. Com isso

Cides (1997) afirma que o marketing não é e não deve se tornar o objetivo das empresas e sim

um dos meios de como chegar até ele. Os estudos sobre a administração do marketing e sua

gestão dentro das organizações são abordados no item a seguir.

2.1.1 Gestão de marketing

Diante dos conceitos de marketing apresentados entende-se que o profissional de

marketing é responsável por muitas das decisões estratégicas da empresa, com princípios

éticos que os leva a responsabilidade de organização das ferramentas necessárias para a

execução das tarefas. Nesse entendimento Limeira (2004, p. 10) define a administração de

marketing dentro das organizações como sendo “o conceito que resume a função do

marketing e é entendida como o processo de planejamento, execução e controle das

estratégias e táticas de marketing, visando otimizar os resultados para os clientes e

stakeholders da empresa”.

O trabalho do administrador de marketing segundo Siqueira (2005, p. 10) consiste em:

[...] três tarefas básicas: planejamento, implementação e controle. O trabalho de

planejamento consiste em duas partes: procura de oportunidades atraentes e

formulação de estratégias de marketing. Em seguida, começa-se a executar ou

implantar essa estratégia. É preciso fazer o plano de marketing funcionar.

Finalmente, por meio de um sistema adequado de informações, verifica-se se

existem desvios e se são feitas as correções e alterações da estratégia. É a função e

controle do processo administrativo.

Portanto, o administrador de marketing planeja e controla os processos visando seu

público-alvo, implantando e controlando as estratégias, acompanhando a finalidade dos

processos, e assim alcançando os objetivos de todos os interessados. Com o trabalho de

marketing as empresas realizam com maior eficiência o processo de trocas, levando até o

consumidor a qualidade do produto, com maior satisfação, em contrapartida a lucratividade

para a empresa.

Limeira (2004) observa ainda que a administração de marketing seja dirigida segundo

duas áreas de responsabilidade: a estratégica e a operacional. Na primeira os profissionais

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26

assumem diferentes tarefas, que se dão principalmente na forma do planejamento. Nesta

analisa o mercado segmenta-o e tomam-se decisões relacionadas ao composto de marketing.

O ideal é que todas essas atividades sejam empreendidas de acordo com um processo de

planejamento de marketing. Esse inclusive, dentre todas as tarefas atribuídas ao profissional

de marketing é o meio da realização das estratégias, sendo o planejamento sua etapa inicial. A

Figura 2 apresenta a seqüência das etapas do planejamento de marketing segundo a autora.

Figura 2: Etapas do planejamento de marketing.

Fonte: Limeira (2004, p. 11).

Para a realização das estratégias do planejamento de marketing o administrador

primeiramente analisa o mercado para sua tomada de decisão, com isso acaba por identificar

Identificação de

oportunidades e riscos

Segmentação do mercado;

seleção do mercado-alvo

Objetivos de marketing

Estratégia de

diferenciação de produto

Estratégia de preços,

comunicação e

distribuição

Plano tático

Orçamento de marketing

Avaliação e controle

Análise de mercado

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as melhores oportunidades e os riscos que podem ocorrer. Com essa análise determina seu

público-alvo segmentando assim o mercado para implementação dos objetivos de marketing,

formando, no entanto estratégias de diferenciação do produto juntamente com a estratégia de

melhor preço, comunicação e distribuição do mesmo, desenvolvendo seu plano tático

visualizando os investimentos e orçamentos avaliando e controlando os resultados do

planejamento (LIMEIRA, 2004). Ainda segundo a autora, a responsabilidade operacional é a

execução tática e operacional das ações de marketing como o controle e desenvolvimento dos

canais de vendas, o gerenciamento dos estoques e canais de distribuição, com

desenvolvimento de estratégias promocionais como a distribuição de brindes e sorteios de

prêmios, entre outros. E ainda a face operacional de vendas, comunicação e promoção, estas

inclusive são atividades mais visíveis do marketing para as empresas. Contudo o risco que se

tem com essa visão seria na tomada de decisão que pode ser influenciada por outras áreas

organizacionais e sem a análise das variáveis do mercado, sem a descoberta do público-alvo e

as tendências do mercado para a implementação das estratégias.

Em complemento Churchill e Peter (2003) mencionam que a administração de

marketing está envolvida com tarefas e responsabilidades semelhantes as já citadas por

Limeira (2004), contudo organizam-na em quatro etapas conforme exposto na Figura 3 e

descritas na seqüência conforme os autores.

Figura 3: Uma visão geral da administração de marketing.

Fonte: Churchill e Peter (2003, p. 19).

a) Segundo os autores anteriores o desenvolvimento de planos e estratégias de

marketing corresponde ao documento onde são registradas as análises e estratégias de

a) Desenvolvendo Planos e

Estratégias de marketing

b) Entendendo os clientes

e Mercados

c) Desenvolvendo

Compostos de marketing

Produto, Preço,

Distribuição e Promoção d) Implementando e

controlando as atividades

de marketing

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marketing e os resultados pretendidos. Nos planos estão os orçamentos, as previsões de

vendas e lucros, diante das combinações estratégicas das ferramentas de marketing usadas

para alcançar as metas das organizações;

b) Através das pesquisas os profissionais de marketing desenvolvem melhor suas

estratégias, focando seu público-alvo, e segmentando seus clientes;

c) O composto de marketing é a combinação das ferramentas necessárias utilizadas

estrategicamente para alcançar os objetivos da organização, essas ferramentas formam os

chamados de 4P’s da administração de marketing, que auxiliam os profissionais a

desenvolverem suas estratégias baseadas do produto, no preço, na distribuição e na sua

promoção;

d) Os autores afirmam que além da implementação, os planos de marketing devem ser

controlados a fim de serem eficazes e alcançarem seus objetivos. Contribuindo para o

melhoramento contínuo das atividades. Assim como o planejamento o profissional tem como

auxílio para análise e controle das atividades do marketing.

Duas dessas tarefas principais ligadas à gestão de marketing, a segmentação e a gestão

do mix de marketing, são abordadas com mais amplitude nos próximos tópicos.

2.1.2 Entendendo os mercados através da segmentação

Churchill e Peter (2003, p. 204) definem segmentação de mercado como o “processo

de dividir um mercado e grupos de compradores potenciais com necessidades, desejos,

percepções de valores ou comportamentos de compra semelhantes”. Assim como os autores

muitos outros destacam a necessidade de segmentar o mercado, pois um único produto não

pode agradar a todos os gostos, cada tipo de produto é adequado para determinado cliente. As

empresas utilizam essa estratégia tanto para fins lucrativos como uma forma mais eficiente de

atingir suas metas.

Segundo Cobra (1997), a segmentação do mercado é utilizada para evitar esforços

financeiros e humanos desnecessários, pois simplifica a distribuição dos processos,

centralizando os esforços.

Posteriormente ao desenvolvimento das estratégias de segmentação, deve-se definir o

mercado-alvo, reconhecer o tamanho e perfil dos segmentos utilizando-se de modos básicos

de marketing para servir os mercados como: marketing de massa ou marketing indiferenciado,

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marketing por segmentos, marketing individual, marketing de nicho, e marketing

diferenciado. Churchill e Peter (2003, p. 205-208) determinam esses níveis de segmentação

como:

Marketing de massa/indiferenciado: Estratégia de vender o mesmo produto para

todos os clientes com o mesmo composto de marketing; [...] Marketing por

segmentos: Estratégia de adaptar um composto de marketing a um único mercado-

alvo ou usar compostos de marketing separados para atender as necessidades de

diferentes mercados-alvo; [...] Marketing individual: Estratégia de adaptar

compostos de marketing a clientes individuais; [...] Marketing de nicho: Estratégia

de concentrar-se num único mercado-alvo e adaptar o composto de marketing a ele;

[...] Marketing diferenciado: Estratégia de operar em vários segmentos de mercado

com ações de marketing projetadas especificamente para cada segmento.

O marketing de massa ou indiferenciado é uma das formas de atender um mercado

mais amplo e todos os tipos de clientes, já o marketing por segmentos segmenta seu mercado

para grupos específicos adaptados aos desejos dos clientes, o marketing individual como o

próprio nome atende determinado ciente ou organização, para atender esse mercado os

profissionais utilizam-se de ferramentas como o banco de dados para atender especificamente

o desejo de cada cliente, sendo que o marketing de nicho atende um grupo diferenciado de

clientes adaptando os elementos do composto de marketing para atraí-los, e ainda o marketing

diferenciado onde a estratégia é baseada para vender várias versões de um mesmo produto

atendendo as necessidades de cada segmento (CHURCHILL; PETER, 2003).

Além da segmentação dos mercados os profissionais se utilizam das variáveis do

marketing para atender uma determinada porcentagem de clientes, e após a análise de

segmentação do mercado as variáveis do marketing ajudam a servir melhor os mercados tendo

assim estratégias bem-sucedidas.

Para Churchill e Peter (2003) a segmentação pode ser delimitada em: segmentação

demográfica, geográfica, psicográfica, pensamentos e sentimentos do comprador e por

comportamento de compra.

Weinstein (1995, apud DIAS, 2004, p. 18) menciona que a segmentação do mercado

pode ser definida classificando o mercado por sexo, idade, renda, escolaridade entre outros,

portanto entende-se por definição a divisão dos mercados atribuindo suas semelhanças ou

comportamentos.

Cobra (1997) faz referência às variáveis de segmentação do mercado de maneira mais

ampla, dividindo-as em nove bases: localização geográfica; características demográficas;

características socioeconômicas; características psicológicas; características relativas ao

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atributo do produto; características comportamentais do consumidor; características relativas

ao beneficio buscado pelo consumidor; características relativas ao ramo de marketing; e

características relativas ao marketing mix.

Através das pesquisas os profissionais de marketing obtêm as informações necessárias

para o desenvolvimento do produto aprimorando a segmentação de seu mercado atribuindo às

necessidades para determinado tipo de cliente, seja pela sua idade, sexo, local onde mora,

personalidade ou comportamento. No entanto o mercado e a tecnologia mudam a cada

momento mudando também o comportamento do consumidor que se torna mais exigentes em

busca de seu contentamento. Isso leva a perspectiva de que o monitoramento destes pontos

deve ser constante.

2.1.3 O mix de marketing

Diante de um conceito mais ampliado do marketing dentro das organizações é possível

identificar as variáveis do marketing: produto, preço, promoção e distribuição (praça), os

quatro P’s da administração que fazem parte do mix de marketing (BOONE; KURTZ, 1998).

Kotler e Armstrong (2000, p. 29) definem mix de marketing como:

[...] o grupo de ferramentas táticas controláveis de marketing que a empresa utiliza

para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo. O mix de marketing consiste

em todas as ações que a empresa pode empreender para influenciar a demanda pelo

seu produto. As varias possibilidades podem ser reunidas em quatro grupos de

variáveis, conhecidos como os quatro Ps: produto, preço, praça, e promoção.

Para Rocha e Christensen (1999, p. 26) o mix marketing também pode ser chamado de:

“composto de marketing, mix de marketing ou composto mercadológico, é o conjunto de

instrumentos controláveis pelo gerente de marketing, por meio dos quais ele pode obter

melhor ajustamento entre a oferta que sua empresa faz ao mercado e a demanda existente”.

Cobra (1997, p. 31) descreve cada um dos 4P’s do marketing como:

Produto: o produto ou serviço deve satisfazer as necessidades e aos desejos dos

consumidores;

Ponto (praça): significa levar o produto da forma mais acessível e rápida possível

ao mercado consumidor;

Preço: o preço deve ser ajustado às condições de custo de fabricação e de mercado;

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Promoção: deve comunicar o produto ou serviço ao mercado, estimulando e

realizando a venda, isto é, a transferência de posse.

Gracioso (1997, p. 162) define o posicionamento da empresa com a montagem do mix

de marketing:

Produto/serviço, preço, distribuição e comunicação com o mercado. Trata-se de

definir como iremos servir nosso mercado-alvo por meio de características

especificas do produto, fixação da política de preços mais apropriada, forma de

distribuir/revender e forma de promover o produto, por meio da comunicação de

mercado-propaganda, promoção e comunicação dirigida.

A estratégia de mix de marketing tende a auxiliar as empresas em sua força de vendas,

podendo alterar os preços, desenvolver melhor seus produtos, implantar uma boa propaganda,

sempre buscando o foco para atingir seu público alvo (VIEIRA, 2003). Através da Figura 4

apresenta-se a composição do mix de marketing direcionado ao cliente.

Figura 4: Marketing Mix.

Fonte: Vieira (2003, p. 132).

Ainda segundo o autor, o mix marketing ou os 4P’s, engloba as decisões de produto,

preço, praça e promoção. Os produtos devem atender as necessidades dos clientes, o preço a

sua capacidade de pagamento, desenvolvendo nichos de mercado buscando sempre a melhor

estratégia geográfica de ação, com facilidade no abastecimento, através de melhores prazos e

rapidez da entrega. Além disso, desenvolvendo a melhor propaganda com promoções

adequadas para o atendimento ao público alvo.

Produto

Ações de

marketing

Preço

Pesquisa

Praça

Cliente

Promoção

Ambiente

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Segundo Gracioso (1997) a estratégia de marketing adequada para cada organização é

definida após uma análise de marketing, com pesquisas sobre as necessidades e

comportamento do consumidor, analisando o comportamento da concorrência, o poder de

reação diante as mudanças do mercado, analisar os pontos fortes e fracos da organização

podendo utilizá-los de forma competitiva. Após a análise a estratégia será desenvolvida

visando os quatro elementos do mix de marketing, desenvolvendo estratégias para o melhor

preço, o melhor produto, a propaganda correta que possa atingir o maior numero de clientes,

uma boa comunicação e o melhor posicionamento no mercado.

Além da definição dos 4P’s, Vieira (2003, p. 132) menciona que a gestão do composto

de marketing está relacionada com a otimização das “variáveis controláveis dos instrumentos

de marketing em relação a negócios e ofertas utilizadas pelas organizações com a finalidade

de atingir seu público e mercado-alvo”. O desenvolvimento disso leva em consideração ainda

os 4C’s e os 4A’s. Primeiramente, para dar mais suporte aos 4P’s os 4C’s procuram inverter a

lógica, fortalecendo a idéia de olhar o composto sob a perspectiva do cliente, assim: o produto

deve ser observado como o Cliente (Solução para); o preço como Custo; a Praça como a

Conveniência; e a promoção como a Comunicação. Já os 4A’s que são: Análise, Adaptação,

Ativação e Avaliação, compreendem uma gestão integrada de marketing.

Ainda segundo Cobra (1997) os 4A’s do marketing são organizados na seguinte

situação: análise - através de pesquisas identificam-se as forças vigentes no mercado e suas

interações com a empresa; adaptação - é o processo de adequação das linhas de produtos ou

serviços da empresa ao meio ambiente identificado através da análise; ativação - os

elementos-chave da ativação são a distribuição, a logística, a venda pessoal e o composto de

comunicação; avaliação - é o controle dos resultados do esforço de marketing, isoladamente e

em conjunto. Essa função também é chamada auditoria de marketing.

Como observado, muitas são as tarefas desenvolvidas por conta da gestão de

marketing. Uma delas ganha importância neste estudo pela relação com o mesmo, a gestão da

comunicação. Essa variável do mix de marketing é apresentada no próximo item.

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33

2.2 Comunicação de marketing

Como variável do mix de marketing a comunicação auxilia na transmissão da

mensagem enviada das empresas para os consumidores, e mesmo que não sejam

desenvolvidas de forma profissional as empresas trabalham com as atividades de marketing e

comunicação dentro das organizações (MENEGHETTI, 2001). O autor ainda conceitua

algumas dimensões possíveis da comunicação no dia-a-dia das organizações como

apresentado no Quadro 2.

DIMENSÕES DESCRIÇÃO

Organizacional

Baseia-se na criação de espaços e mecanismos para explicar conceitos e procedimentos, divulgando-

os sistematicamente à equipe, aos voluntários, aos consultores, à direção, ao conselho, aos

fornecedores, de modo a envolvê-los com o processo de gestão da organização. Exemplos: reuniões

semanais, comunicação via email e avisos em quadros.

Institucional Tem como objetivo trabalhar a entidade, a formação e consolidação da imagem da organização, de

um programa ou de um projeto determinado. Exemplos: A criação de uma campanha para

veiculação, em rádio, jornal, televisão, outdoor etc.

Humanizadora

Objetiva a criação de condições para valorização da participação e da iniciativa individual,

considerando o esforço empreendido e estimulando o desenvolvimento de potencialidades. Os

resultados, quando bem identificados, divulgados e avaliados ajudam a mobilizar vontades e

estimulam a capacidade criadora. Exemplos: a entrega de um prêmio, diploma ou troféu a um

colaborador voluntario que teve atuação destacada.

Cultural

A meta é desenvolver uma ação que possibilite integrar pessoas e instituições, tanto da comunidade

interna como externa, e criar identificação com sua marca, causa ou bandeira institucional.

Exemplos: a instituição de um evento que passe a integrar o calendário da comunidade, como o dia

do voluntario, contribui para disseminar o que se denomina "cultura da organização" na sociedade.

De captação de

recursos

Depois de identificar os objetivos e metas da organização e definir-se os recursos humanos,

materiais e financeiros necessários, ocorre á comunicação estratégica para captar esses recursos. O

processo de comunicação pode incluir desde a pesquisa inicial para identificar as fontes potenciais

doadoras ou financiadoras dos recursos até planejamento, elaboração de propostas, sensibilização,

estabelecimento de contatos, negociação e manutenção de relacionamentos. Exemplos: um almoço

para arrecadar fundos destinados à implantação da estrutura física visando dar conta da demanda de

atendimento a comunidade. A ação especifica requer todo um processo de comunicação que se

desenvolve antes, durante e depois de sua realização. Os instrumentos mais usuais incluem envio de

convites personalizados, distribuição de folhetos, e/ou cartazes.

De filiação

Busca sensibilizar pessoas ou entidades para que se juntem à organização ou ao movimento. Embora

inter-relacionadas campanhas de comunicação voltadas à captação de recursos são diferentes das

campanhas de filiação. O público estratégico também é diferente. Associados e membros assumem o

compromisso de colaborar com a entidade de forma sistemática podendo assim ter direito a voto

para escolher seus representantes na administração. Na comunidade é importante prestar contas,

apresentar relatórios, envolver, dar oportunidade de interação, pedir sugestões, enviar fichas de

avaliação com campos para críticas e levantamento de problemas.

De prestação

de contas

Ao voltar-se para a divulgação de resultados, de forma clara e objetiva, buscando demonstrar

impactos sociais, quantitativa e qualitativamente, trabalha-se um valor essencial para conferir

reconhecimento e visibilidade á organização: a transparência. Exemplos: elaboração de relatórios

periódicos para que os doadores acompanhem o desenvolvimento dos projetos, distribuição de

relatório anual.

De lobby (ou

advocacy, como

dizem os

americanos)

Trata-se essencialmente do esforço para defender interesses legítimos da organização, para

sensibilizar e mobilizar pessoas para uma causa ou ação. Exemplos: a participação sistemática da

organização numa comissão mista, com representantes do setor público e privado, para discutir

determinada política pública.

Política Direciona-se para a criação das condições necessárias para o dialogo e a administração de conflitos.

Exemplos: a promoção de reuniões com representantes de diversos segmentos da comunidade para

discutir questões polemicas e buscar consensos.

Quadro 2: Algumas possíveis dimensões da comunicação no dia-a-dia da organização.

Fonte: Meneghetti (2001, p. 21).

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34

Como apresentado pelo autor à comunicação esta presente em todos os eixos do

desenvolvimento organizacional, e esse tipo de serviço fica mais visível dependendo de sua

natureza, com o apoio da comunidade e instituições a fim de alcançar os interesses de ambas

às partes.

Corrêa (2006, p. 11) conceitua a comunicação como:

Um meio e não um fim em si mesmo. Como parte integrante do marketing, sua

função é fornecer o apoio necessário para que as estratégias de marketing possam ser

divulgadas ao público no momento certo da sua implementação, da forma mais

adequada e com a intensidade necessária para causar o impacto perante o

consumidor ou cliente. Ao perceber a mensagem, ele poderá ser persuadido a dar a

sua preferência para aquela marca.

Já Vieira (2003, p. 59) define a comunicação como:

Ato ou efeito de comunicar (-se). Ato ou efeito de emitir, transmitir e receber

mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer por

intermédio da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos,

quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ ou visual. É a mensagem

recebida por esses meios. O conjunto de conhecimentos relativos à comunicação, ou

que têm implicações com ela, ministrado nas respectivas faculdades. A capacidade

de trocar ou discutir idéias, de dialogar, de conversar, com vistas ao bom

entendimento entre pessoas. Exposição oral ou escrita sobre determinado assunto.

Zenaro (2002, p. 96) define a comunicação como: “o ato de estabelecer relações entre

os públicos e a empresa”. Sendo que primeiramente é preciso identificar seu público-alvo,

pois sem a identificação o processo de comunicação poderá seguir caminhos indesejáveis.

Assim como a evolução do marketing, Corrêa (2006) acredita na evolução da

comunicação, e que por mais distintas que sejam e que possuem suas características próprias,

essas duas áreas precisam estar sempre ligadas.

Meneghetti (2001) menciona que o conceito de comunicação está ultrapassado, antes a

comunicação era conceituada como um processo onde a mensagem era enviada para um

receptor onde poderia dar ou não um retorno (feedback), esse conceito mudou devido a

multiplicidade de papéis desempenhados pelos agentes sociais e em função das novas

tecnologias como a internet que possibilita a comunicação de vários receptores e emissores ao

mesmo tempo.

Para o autor a comunicação só acontece quando as mensagens comunicadas fazem

parte de um código familiar uma linguagem de sentido para os interlocutores. Para ele a

comunicação acontece por duas razões: “ou para influenciar os comportamentos e provocar as

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respostas na comunidade (ações concretas) ou para construir uma base de apoio, como uma

política pública, por exemplo,” (MENEGHETTI, 2001, p. 39).

A comunicação pode ser dividida em: comunicação de massa, comunicação humana,

comunicação interpessoal, comunicação não verbal, e comunicação social. Sendo que a

comunicação em massa é dirigida para uma ampla faixa de público; a comunicação humana é

a comunicação própria dos seres humanos baseada em sistemas de instruções ou comandos; a

comunicação interpessoal é estabelecida entre dois ou mais indivíduos através de carta,

telefone e outros meios; a comunicação não verbal é baseada em sistemas de significação

independentes da linguagem podendo ser através de música ou mímica; já a comunicação

social é de caráter direto ou imediato estabelecido na sociedade, seja através de rádio, revista,

jornal entre outros (VIEIRA, 2003).

Assim como para Kotler e Keller (2006, p. 532) a comunicação de marketing é:

O meio pelo qual as empresas buscam informar, persuadir e lembrar os

consumidores -direta ou indiretamente- sobre os produtos e marcas que

comercializam. Num certo sentido, a comunicação de marketing representa a “voz”

da marca e é o meio pelo qual ela estabelece um dialogo e constrói relacionamentos

com os consumidores.

Corrêa (2006) apresenta o contexto da comunicação, mencionando que a partir desta

todos os outros setores estão contidos e são suportados pelo outro. O contexto de

comunicação pode ser representado conforme Figura 5.

Figura 5: O contexto da comunicação

Fonte: Corrêa (2006, p. 224)

Conforme apresentado pelo autor o contexto da comunicação, na interdependência e

com o conhecimento de todo o cenário onde a campanha será inserida é importante para

Macroambiente

Microambiente

Empresa

Marketing

Comunicação

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atender todas as necessidades externas e internas da empresa, pois é necessário conhecer o

cenário onde irá atuar antes de criar ações específicas.

Kotler e Keller (2006, p. 536) mencionam que a comunicação pode ser entendida

segundo um processo com vários elementos componentes. Estes elementos e o fluxo desse

processo são apresentados na Figura 6.

Figura 6: Elementos do processo de comunicação

Fonte: Kotler e Keller (2006, p. 536)

Segundo os mesmos autores o macromodelo de comunicação apresentado na Figura 5

é desenvolvido com nove elementos, sendo que dois deles representam duas das principais

partes na comunicação, o emissor e o receptor. O modelo apresenta as principais fatores de

uma comunicação eficaz, o emissor precisa saber qual público deseja atingir e as reações

pretendidas, codificando então a mensagem para o público-alvo que as codifica,

desenvolvendo canais de feedback para monitorar as respostas, sendo que, quanto mais o

campo de experiência do emissor se sobrepõe sobre o receptor, melhor e maior pode ser o

sucesso da comunicação.

Portanto, a comunicação pode ser estabelecida em diferentes canais (meios) e

utilizando-se de diferentes ferramentas, as quais compõem o composto de comunicação.

Corrêa (2006, p. 222) diante da análise do composto de comunicação conclui que:

Considerando apenas as disciplinas que permitem a comunicação em massa, o

composto ou mix de comunicação utiliza propaganda, promoção e relações públicas.

Além da sua forma tradicional de atuação no sentido do anunciante para o público,

essas disciplinas podem ser utilizadas nas ações de marketing direto que, pela sua

Emissor Codificação

Meio

Mensagem

Ruído

Decodificação Receptor

Resposta Feedback

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natureza, funcionam nos dois sentidos, permitindo a interação entre o emissor e o

receptor da mensagem.

Na seqüência, o mesmo autor apresenta a formação do mix de comunicação ilustrado

no Quadro 3.

FERRAMENTAS DESCRIÇÃO

Propaganda Técnica e arte de divulgação de massa que utiliza todos os veículos da mídia

impressa, eletrônica e material de ponto de venda.

Promoção de

vendas

Técnica e arte específica de divulgação para gerar vendas, podendo ser aplicada

dentro ou fora da empresa.

Relações públicas Atividade planejada para atingir resultados de comunicação perante o publico interno

e externo da empresa.

Venda pessoal Considerada uma forma de comunicação pelo fato de o vendedor, como representante

da empresa, transmitir uma imagem positiva ou negativa da instituição.

Quadro 3: Formação do mix de comunicação.

Fonte: Corrêa (2006, p. 221-222).

Já Ikeda (1999) apresentou outras técnicas, as quais denominam Comunicação

Integrada de Marketing. Neste conjunto, além dos destacados por Corrêa (2006), a autora

menciona o marketing direto e a comunicação boca a boca, conforme Quadro 4.

FERRAMENTAS DESCRIÇÃO

Marketing Direto Processo de comunicação de marketing de duas vias por meio do qual os

profissionais de marketing integram diretamente com os consumidores para trocar

informações e vender produtos.

Comunicação

boca-a-boca

Comunicação interpessoal em que usuários e não-usuários compartilham experiências

e opiniões sobre os produtos.

Quadro 4: Sumário das Técnicas de Comunicação Integrada de Marketing.

Fonte: Ikeda (1999, p. 69)

Ainda no contexto de comunicação de marketing, os autores Kotler e Armstrong

(2000, p. 229) descrevem o programa total de comunicações de marketing de uma empresa

como: ”uma combinação específica de ferramentas de propaganda, venda pessoal, promoção

de vendas e relações públicas que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de

propaganda e marketing”.

Segundo Corrêa (2006, p. 224) "a comunicação é um instrumento de ação do

marketing, sendo uma das formas pela qual ele pode ser aplicado". No contexto da

comunicação o autor menciona que a propaganda é a “técnica e arte de divulgação de massa

que utiliza todos os veículos da mídia impressa, eletrônica e material de ponto de venda”

(CORRÊA, 2006, p. 221).

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Para Kotler e Armstrong (2000) outros elementos da ferramenta de comunicação estão

os canais de comunicação impessoal sendo eles as mídias que transmitem as mensagens sem

contato ou feedback com os clientes. As mídias mais conhecidas são as mídias impressas,

eletrônicas e mídia visual. Entre as principais mídias estão os jornais, revistas, rádio, televisão

e mala-direta, os outdoors, cartazes e posters.

Como observado, a comunicação é uma importante variável do mix de marketing que

deve ser gerenciada de forma integrada às demais variáveis. Essa idéia de conexão também é

comum no conceito de comunicação integrada, que auxilia na gestão do mix promocional,

com suas inúmeras ferramentas. Uma delas, o marketing direto, foco deste estudo é abordado

na próxima seção.

2.2.1 A ferramenta de marketing direto

Kotler e Keller (2006, p. 606) conceituam o marketing direto como sendo “o uso de

canais diretos para chegar ao consumidor e oferecer produtos e serviços sem intermediários de

marketing”.

Cavicchini (1998, p. 15) descreve o marketing direto como “a estratégia de ativação de

marketing que utiliza um ou mais veículos de comunicação para efetuar transações

mensuráveis com o mercado-alvo”. Para o autor o marketing direto está envolvido à estratégia

de ativação do conceito dos 4A’s de marketing e, nesse momento que o marketing direto

utiliza a propaganda e promoção para se materializar. O marketing direto atua na estratégia de

ativação como: um canal de distribuição e vendas ou; um sistema de suporte á força de vendas

ou; um esforço para manutenção dos clientes e; se materializar através do esforço

promocional.

Jutkins (1994, p. 240) contribui conceituando o marketing direto como:

A expressão abrangente para tudo o que acontece na resposta direta. O marketing

direto utiliza a maioria dos meios de comunicação disponíveis para outras

disciplinas. Estes incluem televisão comercial e a cabo, rádio, revista de todo tipo

[...] jornais, telefone e mala direta [...]. O marketing de resposta direta trata do

marketing às avessas. É o oposto do marketing de massa. É procurar alcançar

públicos específicos e segmentos específicos desses públicos e fazer-lhes uma oferta

direta específica.

Na proposta de conceituação do marketing direto Kotler e Keller (2006, p. 606)

descrevem o marketing direto como: “o uso de canais diretos para chegar ao consumidor e

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oferecer produtos e serviços sem intermediários de marketing. Entre esses canais incluem-se

mala direta, catálogos, telemarketing, TV interativa, quiosques, sites e telefones e outros

dispositivos moveis”.

Ainda segundo os autores, os profissionais de marketing utilizam o marketing direto,

pois buscam uma resposta mensurável, usado para construir um relacionamento duradouro

com os clientes, enviando cartões de aniversários e pequenos brindes. O marketing direto vem

se tornando um caminho preferencial para as empresas, pois está aumentando a produtividade

da força de vendas.

Jones (1993) afirma que além de estar voltado para ação o marketing direto tem outras

cinco características importantes: o marketing direto é direcionado, ou seja, atinge um grupo

específico de consumidores; é pessoal, pois os profissionais de marketing conseguem

descobrir várias coisas pessoais de cada cliente; é mensurável, pois é possível medir a eficácia

da mensagem transmitida; também é testável, com os números gerados é possível elaborar

testes acurados de suas ofertas, formatos, preços e até uma abordagem mais criativa; e por

último, o marketing direto é flexível, ou seja, pode ocorrer especialmente no caso da mala

direta onde os formatos, cores e tamanhos podem variar de acordo com o cartão postal.

Assim como Jones (1993) que menciona as cinco características importantes do

marketing direto, Jutkins (1994) contribui com mais seis características definindo como

vantagens do marketing de resposta direta. Estabelece onze razões para que o marketing de

resposta funcione: deve ser versátil podendo se fazer de diversas formas, quase não tendo

limites para o tamanho ou formato da carta ou envelope; podendo ser seletiva que ao contrario

do marketing de massa seleciona a melhor lista para a mala direta; com uma resposta direta

econômica, selecionando para falar com os que tem maior probabilidade de responder ou de

comprar o que você oferece evitando assim o desperdício; sendo persuasiva a resposta direta

deve convencer o cliente, estará unindo as vendas e o marketing com trabalho em equipe;

tendo de ser confidencial pois somente o responsável saberá os nomes e telefones dos clientes

escolhidos da lista; no entanto deve de ser eficaz buscando sempre a forma mais correta de

fazer o pedido, sempre trabalhando com outras respostas diretas, não se importando qual o

produto ou serviço e sim qual forma conquista o pedido.

Guardadas as proporções temporais, apesar do avanço do uso da internet no campo do

marketing direto, muito do que foi citado por Jones (1993) e Jutkins (1994) ainda possui sua

valia, pois forma uma base conceitual. No Quadro 5, segundo Jones (1993), apresenta-se as

vantagens e desvantagens de alguns tipos de mídias do marketing direto.

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Ferramentas Vantagens Desvantagens

Mala direta

. Oportunidades de formato quase

ilimitadas, tamanho, aparência, cores;

. Extremamente bem direcionada;

. Altamente responsiva-apenas o marketing

por telefone tem taxas mais altas de

resposta;

. As restrições postais devem ser seguidas

rigorosamente.

. O correio é menos confiável do que o rádio a

televisão e outros meios.

. A mala direta é muito complexa, exige

coordenação de listas.

Revistas

. Capacidade de atingir mercados em

massa.

. As revistas são convidadas á entrarem nos

lares, ao contrario da mala direta.

. Divisões entre classes A/B e edições

regionais em geral estão disponíveis.

Custos de testes são quase inexistentes.

. Possibilidades limitadas de formato devido ao

tamanho das páginas e as configurações dos

anúncios.

. Muito tempo até a veiculação- datas de

fechamento podem estar meses á frente das

datas de cobertura.

. Meio relativamente impessoal.

Jornais

. São ágeis, criveis e informativos.

. Ampla cobertura local.

. São convidados á entrar em casa pelos

assinantes.

. Um bom meio para testes rápidos. Suas

edições são freqüentes.

. Reprodução de cor pobre na maioria dos casos:

fidelidade fotográfica insatisfatória.

. Meio impessoal.

. Meio de massa- pouca seletividade, exceto nas

zonas suburbanas em meio ás grandes cidades.

Encartes dominicais

em jornais e revistas

de fim de semana

. Alto potencial de alcance.

. Muitas das mesmas vantagens da mala

direta.

. Anúncios em revistas que circulam junto

com jornais.

. Não há muito rigor e disciplina entre os

encartes especiais. Alem disso estudos mostram

que eles quase não são lidos.

. Pode ser eficaz apenas para alguns tipos de

produtos e serviços específicos.

. Encartes independentes e isolados podem ter

custo alto.

Circulares / Encartes

em encomendas /

Malas cooperadas /

Cartões

. Ampliam o alcance dos programas de

marketing direto que se mostram eficazes

pelo correio ou na mídia impressa.

. Acessíveis: pode custar apenas um décimo

de uma mala direta.

. Possibilidade de controlar sua própria

qualidade e produção dentro dos limites de

tamanho e restrições de formato.

. Limitações de tamanho e formato,

especialmente no caso de cartões e malas

cooperadas.

. Geralmente na são considerados meios

independentes.

. Precisam ser controlados para assegurar que

sua oferta seja promovida em um meio

compatível.

Telefone

. Imediato, pessoal, seletivo e muito

flexível.

. Permite perguntas especificas para

obtenção de informações.

. Pode ser usado como principal meio de

venda ou como follow-up para continuidade

de vendas.

. Muitos consumidores consideram o

telemarketing uma invasão de privacidade.

. Não permite comunicações visuais.

. Muitos consumidores são virtualmente

inatingíveis por causa das longas horas de

trabalho, números que não constam na lista,

filtros ou secretaria eletrônica.

Quadro 5: Vantagens e desvantagens das mídias do marketing direto. Fonte: adaptado de Jones (1993, p.57- 69).

Os profissionais e empresas que atuam com marketing direto podem fazer uso de

diferentes canais para alcançar possíveis clientes: venda pessoal, mala direta, marketing de

catálogo, telemarketing, TV e outros. Os tipos de canais são definidos sob o critério de

relação direta com o prospect ou cliente e, portanto, incluem ainda a venda em quiosques e os

canais on-line (KOTLER; KELLER, 2006).

Como benefícios e vantagens do marketing direto tanto para os clientes como para as

empresas Kotler e Keller (2006, p. 608) apresentam:

O marketing direto traz muitas vantagens aos clientes. A compra em casa é

divertida, conveniente e prática. Economiza tempo e apresenta uma variedade maior

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de produtos. Os clientes podem fazer comparações entre os itens, analisando

catálogos eletrônicos e procurando os serviços de compra on-line. Podem ainda

comprar bens para si e para outros. E os clientes empresariais se beneficiam ao

tomar conhecimento de produtos e serviços disponíveis sem gastar tempo com

visitas de vendedores. As empresas vendedoras também levam vantagens. Os

profissionais de marketing direto podem comprar uma lista de mala direta contendo

os nomes de praticamente qualquer grupo [...] que lhes permite customizar as

mensagens. Esses profissionais podem construir um relacionamento contínuo com

cada cliente.

Kotler e Keller (2006 p. 608) descrevem ainda pontos negativos sobre as questões

públicas e éticas do marketing direto:

Irritação: muitas pessoas se aborrecem com as cada vez mais freqüentes investidas

do marketing direto. Especialmente desagradáveis são as ligações durante o jantar ou tarde da

noite, os operadores mal treinados e as ligações computadorizadas, com discagem automática

e mensagens gravadas;

Injustiça: algumas empresas de marketing direto tiram vantagem de compradores

impulsivos ou menos informados. Os programas de compra por TV e os merchandisings

talvez sejam os piores transgressores, com seus apresentadores cheios de lábia e o

alardeamento de redução drástica de preços;

Engodo e fraude: algumas empresas de marketing direto fazem anúncios cujo

objetivo é iludir o cliente. Eles podem exagerar quanto ao tamanho do produto, ao

desempenho ou ao preço no varejo;

Invasão de privacidade: em geral, quando os consumidores pedem produtos por

correio ou telefone, entram em concursos, solicitam um cartão de crédito ou assinam uma

revista, seus nomes, endereços e comportamentos de compra podem ser incluídos em diversos

bancos de dados. Os críticos alertam para o fato de que certas empresas podem usar tais dados

para obter vantagem indevida.

Contudo, Jones (1993) afirma que todo marketing direto envolve o uso e a criação de

um banco de dados ou uma lista de clientes, pois algumas mídias exigem um banco de dados

como o telemarketing e a mala direta. Utilizando essa ferramenta para identificar seus clientes

potenciais e acrescentar maiores informações como nome e endereço tendo assim um

tratamento individual e direto com o cliente.

Mas há o lado positivo dessas ações. Las Casas (2004, p. 163) também cita que são

muitas as ferramentas do marketing direto utilizado pelo vendedor e que pode aumentar sua

eficiência. Entre elas estão à mala direta, o telemarketing e a internet. O autor menciona que

”a mala direta é o veículo usado para fazer contato com o cliente pelo correio”.

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Em relação à mala direta, Bodian (2000, p. 8) apresenta ainda três formatos básicos do

marketing direto:

Pacote clássico: uma carta, uma circular e um formulário de pedido ou de resposta;

O Self Mailer: que é qualquer peça de postagem que pode ser enviado sem

envelope;

Catálogo: um livreto, normalmente colado, que oferece diversos produtos a um

cliente ou comprador.

Para Bodian (2000, p. 4) a maior parte das campanhas de marketing direto envolve

uma ou três etapas:

A campanha de uma etapa ou etapa única tenta obter um pedido imediato. A

campanha de duas etapas, primeiro realiza uma pesquisa, normalmente para

informação adicional, de que pode subseqüentemente ser gerado um pedido.

Ocasionalmente, algumas campanhas de marketing direto exigem três etapas, sendo

a primeira das três para obter nomes de clientes potenciais.

Já o uso dos quiosques, Kotler e Keller (2006, p. 614) conceituam que “um quiosque é

uma pequena construção ou estrutura que abriga um posto de vendas ou informações. O termo

pode se aplicar a uma banca de jornal, uma barraca de refrescos ou a carrinhos que vendem

relógios, bijuterias e outros itens.

Outro importante papel do marketing direto pode estar na análise da concorrência.

Segundo Bodian (2000), uma das formas de manter uma fonte continua de idéias para mala

direta é fazer compras nos seus competidores ou nos profissionais de maior destaque em mala

direta, passando a receber os mailings como “cliente preferencial”. Assim pode-se fazer um

estudo e destacar os melhores, conhecendo seu concorrente e aprimorando suas estratégias.

O telemarketing, um dos formatos do estabelecimento do marketing direto, como base

do presente estudo, é abordado de forma mais abrangente no próximo item.

2.3 O telemarketing

Entre os canais utilizados para atingir o consumidor pelo marketing direto esta o

telemarketing. Dantas (2000, p. 63) informa que o termo telemarketing inicialmente foi

utilizado para “vendas por telefone”, mas que esse conceito passa a ser “qualquer forma de

comunicação com mercado através de recursos telemáticos, com objetivos diversos”. Sua

evolução se deve pela constante evolução tecnológica. Segundo o autor o telemarketing já era

utilizado nos anos 50 inicialmente nos EUA, mas ainda sem o nome telemarketing. O autor

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conceitua o telemarketing como “a utilização planejada de recursos de telecomunicações e

informática como forma de se obter lucro direto ou indireto, através da satisfação do mercado

consumidor de qualquer bem ou serviço” (DANTAS, 2000, p. 69). Nesta conceituação do

telemarketing faz-se uma comparação com a primeira definição e a evolução do mercado nos

dias atuais observando que:

O termo Telemarketing, inicialmente utilizado para designar simplesmente venda

por telefone, deve ser repensado. Nos dias atuais, Telemarketing deve ser entendido

como qualquer forma de comunicação com o mercado através de recursos

telemáticos, com objetivos diversos, já que não é apenas por meio da voz que se

pode levar um produto ou serviço (ou informações das mais variadas) ao mercado e

se obter uma resposta deste [...]. [...] a utilização planejada de recursos de

telecomunicações e informática como forma de se obter lucro direto ou indireto,

através da satisfação do mercado de qualquer bem ou serviço (DANTAS, 2000, p.

63, 69).

Para Quinteiro (1995) o telemarketing iniciou-se no Brasil por volta de 1970, na

década de 80 a Telesp lançou o curso “Sistema de vendas por telefone”, com um manual

intitulado telefone, poderosa arma de venda; á partir daí as empresas passaram a ter mais

interesse nessa ferramenta de negócios. Em 1987, surgiu a Associação Brasileira de

Telemarketing, sendo que o seu auge foi na década de 90.

Cavicchini (1998, p. 87) menciona que o termo telemarketing: “foi usado pela 1º vez

em 1967, num artigo escrito por C. Dickey Dyer III no jornal americano Industrial

Distribution News. Sendo uma importante e crescente ramificação do marketing direto, e o

telefone é usado para fechar o pedido. São apresentadas segundo o autor duas maiores

divisões do telemarketing definindo como:

1 - Receptivo: De fora para dentro: quando a chamada do consumidor/cliente foi

gerada por algum outro meio, tipicamente mala direta, imprensa, rádio ou TV. O

consumidor dá origem á chamada. 2 - Ativo: De dentro para fora: quando a chamada

é feita pelo vendedor da empresa. É geralmente rejeitado pelos consumidores, porém

bem aceito entre as empresa, com o mínimo de restrições.

Sant’Anna (2006, p. 24) observa que o telemarketing é a “a forma de se obter lucro

direto ou indireto através de menos desgaste físico da equipe de vendas e mais satisfação do

mercado consumidor”.

Kotler e Keller (2006, p. 613) definem o telemarketing como sendo: “o uso de

operadores de telefone para atrair novos clientes, entrar em contato com clientes atuais, aferir

o nível de satisfação ou receber pedidos”. Auxilia as empresas a ampliar suas receitas,

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reduzindo os custos e aumentando a satisfação de seus clientes. Com os Call Centers usados

para receber ligações (telemarketing receptivo) e para contatar clientes (telemarketing ativo).

Quanto às vantagens do telemarketing receptivo Jones (1993, p. 353) apresenta:

Os usuários do marketing direto estão divididos quanto à eficácia do telemarketing

receptivo para anotação de pedidos. Algumas empresas acham que o volume de

telefonemas simplesmente canibaliza vendas que seriam recebidas pelo correio.

Outras acusam um aumento liquido das vendas quando ligações gratuitas são

permitidas. Uma outra vantagem do telemarketing receptivo é que as telefonistas

podem conseguir que os clientes comprem mais itens, podem oferecer a eles uma

oferta especial do dia, ou fechar uma venda apenas por telefone. Essa técnica pode

aumentar o tamanho médio do pedido e criar um relacionamento com o cliente.

Em relação ao telemarketing ativo, Ratto, Albernaz e Peltier (2004) mencionam que a

empresa poderá utilizá-lo para obter maior número de vendas por telefone do que na venda

com vendedor externo, devido sua agilidade e objetividade na operação. Também poderá

utilizar o telemarketing como canal de cobrança controlando seu andamento e possibilitando a

recuperação de créditos dos clientes, já que na maioria dos atrasos acontecem por motivos

alheios aos clientes. Outro caminho é a pesquisa de mercado e de opinião.

Segundo Kotler e Keller (2006) as empresas utilizam-se de quatro tipos de

telemarketing:

Televendas: Para receber pedidos de produtos divulgados em catálogos ou

anúncios, assim como para contatar clientes. A empresa também pode fazer venda cruzada,

incrementar pedidos, apresentar novos produtos, ou ainda abrir novas contas e reativar contas

antigas;

Telecobertura: Para contatar clientes importantes, manter e estimular o

relacionamento com essas contas, assim como dar mais atenção a contas negligenciadas;

Teleprospecção: Para gerar e qualificar novos clientes potenciais, com o objetivo de

concretizar vendas por outros canais;

Serviço ao cliente e suporte técnico: Para responder a perguntas sobre serviços e

questões técnicas.

Das formas mais freqüentes do uso do telemarketing pelos vendedores, Las Casas

(2004) menciona as mais importantes como a venda onde muitos produtos podem ser

vendidos apenas por telefone. O uso do telemarketing pode ser utilizado pelo vendedor de

diferentes formas: quando o mesmo passa a utilizar-se do telefone para marcar entrevistas

com seus clientes e na manutenção dos mesmos; após a primeira venda o vendedor poderá

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utilizar os contatos telefônicos para ampliar as vendas, renovar contratos ou então verificar o

motivo de não estarem comprando. O telemarketing é utilizado também como forma de

prestarem informações ou serviços aos clientes, saber o nível de satisfação e consumo do

produto bem como informações de concorrentes, tendo a possibilidade de utilizar-se do

telemarketing antes, durante e depois da venda.

Dantas (2000) cita as principais vantagens na utilização do telemarketing como sendo:

a velocidade de penetração; cobertura de forma controlada; capacidade de mensuração

imediata; comodidade para o comprador; comunicação interativa; custo operacional menor;

eficiência comprovada; flexibilidade; otimização; aglutinador e com foco. Para que essas

vantagens sejam alcançadas, a seguir são apresentados alguns aspectos a considerar na

operacionalização da ferramenta e a possibilidade do desenvolvimento dos call centers.

2.3.1 Operacionalizando o telemarketing

Com relação à adoção do telemarketing como uma ferramenta de comunicação,

Dantas (2000) apresenta nove passos para implementação de um programa como apresentado

no quadro 6.

Passos Programa

1º Passo Planejar o telemarketing como estratégia de marketing da empresa.

2º Passo Trabalho em conjunto com os outros setores.

3º Passo Organizar o trabalho.

4º Passo Treinar o pessoal envolvido.

5º Passo Coordenar toda a mídia associada.

6º Passo Realização de um pré-teste.

7º Passo Lançamento de uma campanha.

8º Passo Gerenciamento do programa.

9º Passo Revisar o programa, apontando seus pontos fortes e fracos.

Quadro 6: Nove passos para implementação de um programa de telemarketing. Fonte: Dantas (2000, p. 81 á 84)

Segundo o autor como primeiro passo para implementação de um programa de

telemarketing é necessário planejar o telemarketing como estratégia de marketing da empresa

não devendo estar separado já que o marketing utiliza sua parte criativa para desenvolver

estratégias de telecomunicações. Como segundo passo e sucesso das estratégias desenvolvidas

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são necessários o trabalho em conjunto com os outros setores trabalhando em equipe. O

terceiro passo é organizar o trabalho, a equipe, organizando os sistemas, os fluxos e as rotinas

para o andamento do processo. O quarto passo para o autor é treinar o pessoal envolvido para

um bom atendimento e operacionalização das atividades.

Seguindo essa seqüência, no quinto passo surge à importância da coordenação de toda

a mídia associada assim como a importância de sua escolha é importante que saiba

administrar as mesmas, observando quais suas vantagens e desvantagens. No sexto passo a

importância da realização de um pré-teste, que segundo o autor á partir dele que se observa as

falhas moldando as operações. O sétimo passo é o lançamento de uma campanha que após o

teste e devidamente planejada com o apoio da cúpula é lançada na mídia. No oitavo e

penúltimo passo é o gerenciamento do programa através do bom gerenciamento a empresa

mantêm um bom desempenho em relação ao mercado, com os clientes felizes e satisfeitos. No

nono e ultimo passo é revisar o programa, com uma análise de todas as etapas é possível

apontar os pontos fortes e fracos do programa, resultando num aprimoramento do mesmo.

Quinteiro (1995, p. 23) observa como elementos fundamentais o perfil dos recursos

humanos envolvidos na atividade e seu preparo. Para o autor um operador de telemarketing

deve ser “um sujeito a alegre, otimista, de bom humor, boa saúde, que goste de falar e,

principalmente, que seja prestativo, goste naturalmente de ajudar, cooperar, um sujeito de

bem com a vida”.

Bodian (2000) apresenta também algumas formas de obter sucesso com a ferramenta

de telemarketing: como regra básica a sinceridade e cortesia, com tom de voz natural sem

parecer estar lendo um roteiro, o operador deve estar bem informado sobre as ofertas e os

benefícios dos produtos, pois quanto maior o conhecimento mais eficaz será seu teor de

argumentação. Tendo como grande vantagem seu baixo custo inicial, e com sua imediação o

teleoperador pode esclarecer dúvidas solicitadas pelo cliente imediatamente, e com sua total

flexibilidade pode realizar testes de qualquer lista em um tempo relativamente curto.

O autor menciona também a necessidade do desenvolvimento do roteiro de

atendimento. O roteiro previamente preparado “[...] funciona melhor, pois permite que o

operador pareça entender do assunto, que cubra os pontos essenciais e que teste a mensagem

com suas diferentes variáveis, obtendo resultados mensuráveis” (BODIAN, 2000, p. 185).

Quinteiro (1995, p. 52) conceitua a melhor apresentação de roteiro para a empresa:

O roteiro é a apresentação da empresa, do conteúdo especifico de seus negócios e a

conclusão do atendimento. A apresentação, ou entrada, é muito importante, mas

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deve ser anunciada de modo natural. Basicamente, o roteiro é composto pelo nome

da empresa, pelo setor que está recebendo ou realizando a ligação, pelo nome do

telespectador e por uma rápida saudação. O conteúdo é o ponto nevrálgico do

telemarketing. Isso deve ser muito bem formulado pelo marketing da empresa,

obedecendo aos objetivos e interesses envolvidos em tal empreendimento e,

naturalmente, levando em consideração a figura do teleoperador, o responsável por

transmitir essa mensagem ao publico. O teleoperador deve ser muito, mas muito

bem treinado com relação a produtos, vantagens, duvidas etc.

Mas a efetividade do processo deve também estar relacionada com a qualidade do

trabalho e seu ambiente. Os funcionários devem ter cuidados corporais, pois as tensões

musculares são os grandes inimigos dos operadores de telemarketing. Com uma boa postura,

devendo sempre manter ângulos retos nas grandes articulações, tornozelos e coxo-femural.

Devem ter muita atenção com as cordas vocais e com a audição, saber ouvir é a sustentação

de um bom atendimento, trocando o fone de ouvido de lado a cada hora e meia para descanso

do outro lado. Quanto ao ambiente, à luz é muito importante para o operador devendo ser bem

planejada com uma parte artificial que deve ser medida pelo médico do trabalho, a luz pode

prejudicar a visão do operador, devendo ter também uma luz natural como de uma janela. O

ambiente deve ter pouco ruído tanto interno como externo. A poluição sonora do ambiente

pode causar desentendimento entre o teleoperador e o cliente durante o atendimento. Quanto

ao imobiliário as mesas devem ser reguláveis para o melhor conforto, sendo que com o

desconforto poderá se sentir cansado prejudicando o atendimento e a relação com o cliente

(QUINTEIRO, 1995).

Para Dantas (2000) quem trabalha com telemarketing deve ter alguns cuidados, com

até 6 horas de movimentos repetitivos essas atividades são passiveis de gerar lesões por

esforços repetitivos (LER), o que o autor define como: “lesões por esforços repetitivos, ou,

simplesmente LER, ou ainda, Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT),

são lesões nos tendões, nervos e músculos, provocados por movimentos intensos e

repetitivos”. Os principais sintomas são a dor principalmente nos pulsos e antebraços,

inchação local e dormência nos dedos, manifestando-se principalmente á noite após o

descanso.

2.3.2 Os centros de atendimento – Call Centers

No ano de 1995, juntamente com a popularização da internet, ocorreu o surgimento

dos Call Centers, ampliando as aplicações do telemarketing para outras áreas como o SAC

(Serviço de atendimento ao cliente), 0800 (ligações grátis), pesquisa, cobrança, agendamento

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de visitas para vendedores, help desk (serviços de suporte técnico), pós-venda e retenção

(fidelização do cliente) (RATTO, ALBERNAZ E PELTIER, 2004).

Para Dantas (2000, p. 254) a grande onda nos serviços de telecomunicações são os

chamados Call Centers que o autor define como:

Centrais de atendimento, comumente baseadas em tecnologias de Computer And

Telephone Integrated (CTI), que combinam telefonia com recursos de informação

do computador, e concentram todas as chamadas dos clientes de uma empresa em

um único local, com vista em maximizar a produtividade dos operadores e

conquistar a fidelidade do consumidor.

Para o autor as centrais de atendimento foram criadas para atender as reclamações dos

clientes em cumprimento á Lei de Defesa do Consumidor. Sua finalidade seria para

recebimento de chamadas de reclamações, passando a ser uma central de interação com o

cliente, as sim como o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor).

Para Ratto, Albernaz e Peltier (2004) a escolha do equipamento das centrais de

atendimento irá depender de seus objetivos, quando a operação for receptiva o SAC deve

dispor de um mecanismo de distribuição das chamadas entre os operadores, ou ainda o DAC

(Distribuir Automáticos de Chamadas).

A empresa ao adotar a ferramenta de telemarketing pode decidir-se por fazer ela

própria a aplicação da ferramenta ou fazer através de terceiros. Para a preparação de uma

central de telemarketing requer altos investimentos de equipamentos e profissionais

especializados com uma operação de larga escala e para se tornar rentável é necessária uma

infra-estrutura apropriada e por isso muitas empresas terceirizam os serviços. Também é

comum entre as empresas a adoção de um sistema misto, em que uma estrutura própria cuida

de determinadas atividades e uma (ou mais de uma) empresa especializada é contratada para

atuar em outras ações permanentes ou temporárias. A escolha depende de um estudo

minucioso dos levantamentos e das necessidades de cada caso.

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3 METODOLOGIA

O presente capítulo apresenta a metodologia utilizada neste estudo de marketing,

determinando as formas e procedimentos para o desenvolvimento da pesquisa. O mesmo é

organizado pela tipologia de pesquisa, pelo sujeito de estudo, pelo instrumento de pesquisa,

pela análise e apresentação, bem como as limitações da pesquisa.

Contribuindo para o entendimento prévio, Mattar (1996, p. 15) define a pesquisa de

marketing como sendo:

A investigação sistemática, controlada, empírica e critica de dados com o objetivo

de descobrir e (ou) descrever fatos e (ou) de verificar a existência de relações

presumidas entre fatos (ou variáveis) referentes ao marketing de bens, serviços e

idéias, e ao marketing como área de conhecimento de administração.

Aaker, Kumar e Day (2001, p. 25) apresentam como benefícios da pesquisa de

marketing que “ela ajuda a melhorar as decisões empresariais, proporcionando informação

relevante (...)”. Cada decisão precisa de informações especifica e únicas, e estratégias

relevantes podem ser elaboradas tendo por base as informações colhidas pela pesquisa de

marketing.

3.1 Tipologias de pesquisa

Os autores Mcdaniel e Gates (2004, p. 9) definem a pesquisa de marketing como: “o

planejamento, a coleta e a análise de dados relevantes para a tomada de decisões de marketing

e para a comunicação dos resultados dessa analise a administração”.

Contudo, essa pesquisa pode assumir diferentes caracterizações. O enfoque do

presente estudo tem como o desenvolvimento de uma pesquisa de abordagem exploratória e

descritiva, de modo qualitativo e quantitativo, tendo por objetivo a coleta de dados a fim de se

ter a maior quantidade de informações possíveis de acordo com o objetivo desejado.

McDaniel e Gates (2004, p. 30) definem a pesquisa exploratória como “preliminar

para definir a natureza exata do problema a ser resolvido”. Contribuindo para a definição de

pesquisa exploratória, Mattar (1996, p.18) descreve que a mesma:

Visa promover o pesquisador de maior conhecimento sobre o tema ou

problema de pesquisa em perspectiva. Por isso, é apropriada para os

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primeiros estágios da investigação quando a familiaridade, o

conhecimento e a compreensão do fenômeno por parte do pesquisador

são, geralmente, pouco ou inexistentes.

Mattar (1996, p.23) contribui ainda definindo a pesquisa descritiva como as que

“possuem objetivos bem definidos, procedimento formais, serem bem estruturadas e dirigidas

para a solução de problemas ou avaliação de alternativas de cursos de ação”. O autor

apresenta também os métodos da pesquisa descritiva como sendo: “entrevistas pessoais,

entrevistas por telefone, questionários pelo correio, questionários pessoais e observação”.

Para o autor esse tipo de pesquisa é utilizado para descrever as características de um

grupo, ou estimar a proporção de elementos numa população especifica que tenham

determinadas características ou comportamentos. Assim o foi aplicado neste trabalho, quando

seu objetivo seria identificar as características em comum dos clientes do Balaroti BC quanto

a utilização do televendas como canal de compra, comparando suas opiniões e seus

comportamentos.

Na mesma definição Aaker, Kumar e Day (2001, p. 94) apresentam a pesquisa

descritiva como sendo “um dos tipos de pesquisa mais utilizados em marketing, seu propósito

é obter um instantâneo preciso de alguns aspectos do ambiente do mercado (...)”. Na pesquisa

descritiva, frequentemente existem hipóteses, mas quase sempre são especulativas.

Geralmente, as relações estudadas não são de natureza causal. Entretanto, elas podem ter

utilidade para previsões. Assim como na pesquisa apresentada neste estudo, que apresentou os

aspectos do mercado de Balneário Camboriú em relação às expectativas do telemarketing

como canal de compras para materiais de construção.

Já na caracterização quanto aos dados, na pesquisa qualitativa os mesmos não estão

sujeitos a análises de quantificação, enquanto que na pesquisa quantitativa são “estudos que

utilizam análises matemáticas” (MCDANIEL; GATES, 2004, p. 30).

Segundo Michel (2005, p. 33) na pesquisa qualitativa a verdade não pode ser

comprovada por meios numéricos ou estatísticos, mas sim, convence através da

experimentação empírica, a partir de análises em forma detalhada, abrangente, consistente e

coerentemente, desta forma, sua interpretação não pode ficar reduzida a quantificações frias e

descontextualizada da realidade. “Na pesquisa qualitativa o pesquisador participa,

compreende e interpreta”. A autora ainda conceitualiza quanto ao modelo de pesquisa

quantitativo, dizendo que:

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[...] trata-se da atividade de pesquisa que usa a quantificação tanto nas modalidades

de coleta de informações, quanto no tratamento destas, através de técnicas

estatísticas, desde as mais simples, como percentual, média, desvio-padrão, às mais

complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão etc.

Quanto aos procedimentos, o estudo também se caracteriza de forma dupla, sendo

tanto do tipo levantamento ou survey como de pesquisa diagnóstico. Seguindo na definição

dos conceitos McDaniel e Gates (2004) apresentam: a pesquisa de levantamento envolve um

entrevistador que interage com os entrevistados, um questionário é usado para oferecer uma

ordem e estrutura da coleta dos dados.

Finalmente, quanto ao tipo de procedimento de pesquisa de diagnóstico de acordo com

Roesch (2007) é um procedimento especial de investigação com a finalidade de explorar o

ambiente, levantar e definir problemas. Para McDaniel e Gates (2004) sua função é explicar

os dados contidos em uma determinada situação. Isto reflete adequadamente a perspectiva de

definição de cenários.

3.2 Sujeitos de estudo

Foram múltiplos os sujeitos envolvidos no desenvolvimento deste estudo, incluindo a

empresa, na sua unidade de Balneário Camboriú, seu gerente e colaboradores; a gerência da

loja Televendas do Balaroti em Curitiba; concorrentes da empresa; e clientes.

Com relação ao primeiro sujeito listado, há 34 anos no mercado de materiais de

construção o Balaroti hoje é uma das maiores empresas considerando nos estados onde atua.

A sua filial de Balneário Camboriú com quase dois anos na cidade conta com grande número

de clientes fazendo uma grande participação no mercado local. Para realização da pesquisa da

filial foram entrevistados além da gerência da loja alguns colaboradores. A pesquisa foi

realizada entre o período de fevereiro a novembro de 2010. Deve-se também relevar a

influência e conhecimento do entrevistador já que o mesmo faz parte da equipe de

colaboradores da rede.

Na filial do televendas do Balaroti, foi realizado através de uma visita na unidade da

cidade de Curitiba-PR no dia 27 de agosto de 2010, onde através de roteiro de perguntas

destinados aos gerentes e colaboradores da unidade, foram apresentados diversos

questionamentos aos seus responsáveis.

O terceiro grupo de envolvidos no estudo foram as empresas concorrentes. Segundo

dados da filial do Balaroti-BC, seus principais concorrentes locais são: Casas da Água; Cassol

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Centerlar; Breithaupt; e Hidroart. A gerente apresentou esses competidores devido à

proximidade, porte e semelhança de suas operações e mix de ofertas.

Finalmente, no processo de coleta de dados, os clientes da empresa também foram

ouvidos, constituindo uma população chave deste estudo. Os mesmos eram abordados durante

suas compras na própria filial de Balneário Camboriú, escolhidos aleatoriamente, eram

convidados para participarem da pesquisa aplicada através de uma entrevista baseada em um

questionário. Além disso, também houveram clientes que foram abordados fora do ambiente

da loja, a exemplo de alguns respondentes que foram convidados a participar na própria

Univali. O número de clientes entrevistados que fizeram parte da amostra foi de 117

participantes.

A amostra da pesquisa é considerada não probabilística. Aaker, Kumar e Day (2001)

apresentam que a amostragem não probabilística é geralmente aplicada por inúmeros motivos

incluindo a sua facilidade operacional. Entre os quatro tipos de amostragem não probabilística

sugerido pelos autores, no referido estudo a mesma é considerada amostragem por

conveniência, resultante de uma obtenção rápida e barata das informações. Os autores ainda

definem que:

Na amostra não probabilística, os custos e o trabalho envolvidos no

desenvolvimento de uma estrutura de amostragem são eliminados, mas também o é a

precisão com que a informação resultante pode ser apresentada. Na verdade esses

resultados podem conter tendências escondidas e incertezas que os tornam mais

prejudiciais do que a ausência de informações. Esses problemas, é bom que se diga,

não podem ser minimizados pelo aumento do tamanho da amostra. Por essas razões,

os estatísticos preferem evitar os métodos não probabilísticos; contudo eles são

empregados como freqüência e de maneira legitima e efetiva (2001, p. 392).

Para a realização da pesquisa com os concorrentes sobre o uso do televendas como

canal de compra, foram feitos simulações de compras via telefone e via web site para

determinado tipo de produto igualmente para todos, de modo a entender como essas empresas

trabalham em relação ao televendas. Outra forma de coleta de dados foi através da web site

das empresas.

3.3 Instrumentos de pesquisa

Assim como foram diferentes os sujeitos de estudo, também o foram os instrumentos

utilizados. A pesquisa realizada juntamente com os gerentes e colaboradores da filial de

Balneário Camboriú, foi realizada através de roteiro estruturado que deu apoio a entrevista.

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Através deste, os mesmos foram questionados quanto aos canais de vendas oferecidos aos

clientes, a estrutura utilizada em cada canal entre outros. O referido instrumento é apresentado

no Apêndice A.

O instrumento utilizado na pesquisa com os gerentes e colaboradores do televendas do

Balaroti-PR foi também um roteiro estruturado, aplicado através de entrevistas, durante todo o

dia da visita realizada na unidade foram observados o atendimento aos clientes; o modo de

operacionalização, o funcionamento; a infraestrutura tecnológica; as condições de pagamento

mantidas no canal; suas vantagens; a importância das vendas (%) que ocorrem através desse

canal; e o perfil do cliente no televendas. O referido instrumento é apresentado no Apêndice

B.

Para a pesquisa com os concorrentes foram utilizadas além de um roteiro de entrevista

aplicado por telefone e por e-mail, a observação da web site das referidas empresas como

apoio complementar. Durante a pesquisa foram realizadas simulações de compras de um

determinado produto, avaliando assim o atendimento, as formas de pagamento e a utilização

do televendas. O referido instrumento é apresentado no apêndice C.

A pesquisa com os clientes foi realizada por meio de um questionário. Através deste o

propósito era levantar, além de dados pessoais, opiniões sobre compras através do canal

telemarketing. Andrade (1999, p. 130) afirma que “questionário é um conjunto de perguntas

que o informante responde, sem necessidade da presença do pesquisador”.

Porém, Antes da aplicação do questionário foi realizado o pré-teste com 15 clientes

com o intuito de verificar possíveis modificações. Gil (1996, p. 95) menciona a importância

de se utilizar o pré-teste dizendo que:

Muitos pesquisadores descuidam desta tarefa, mas somente a partir daí é que aqueles

instrumentos estarão validados para o levantamento. O pré-teste não visa captar

qualquer dos aspectos que constituem os objetivos do levantamento. Não pode trazer

nenhum resultado referente a esses objetivos. Ele está centrado na avaliação dos

instrumentos enquanto tais, visando garantir que meçam exatamente aquilo que

pretendem medir.

Já Andrade (1999) destaca que, o pré-teste é essencial para que se possa verificar a

validade ou relevância dos quesitos questionados, tais como: vocabulário, a ordem das

perguntas, etc. Caso se perceba falhas no instrumento de aplicação fazem necessária a

reformulação, a fim de torná-los mais adequados e garantir o êxito da coleta de dados.

Foi necessário realizar adequações no questionário. Nas questões 9 e 13 foram

incluídos nunca utilizei devido ao fato de não haver esta opção. A questão número 8 obteve

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alterações devido ao não preenchimento e mau entendimento da questão pelos entrevistados.

Para um melhor entendimento dos resultados a questão número 7 foi desmembrada para

diagnosticar a real intensidade de utilização. Depois de realizados os devidos ajustes o

questionários foi aplicado a 107 clientes durante suas compras na filial. O questionário final

contém 15 questões de perguntas abertas e fechadas. O referido instrumento é apresentado no

Apêndice D.

3.4 Análise e apresentação

A análise e a interpretação dos dados obtidos com os clientes da filial do Balaroti

Balneário Camboriú foram tabuladas utilizando o programa Sphinx versão 4.0, que auxiliou

também na construção dos gráficos e tabelas dos resultados. O desenvolvimento dessas

ilustrações compreendeu a apresentação dos dados quantitativos. A análise estatística foi

descritiva por distribuição, porém em alguns casos utilizou-se também a análise de tendência

pela média ponderada.

Os quadros, resumos e análises textuais dos dados qualitativos são apresentados de

forma descritiva e interpretativa. A análise dos dados foi realizada mediante informações

obtidas pela pesquisadora com a coleta dos dados, provenientes das entrevistas e observações.

3.5 Limitações da pesquisa

O presente trabalho que teve por objetivo analisar o cenário para a implantação do

canal de televendas para o consumidor em um varejo de material de construção na cidade de

Balneário Camboriú e apresentou alguns fatores de limitação.

Os aspectos limitantes para se atingir os resultados da pesquisa foram: o pequeno

número de pessoas que oportunizaram sua participação na pesquisa com os clientes; o perfil

dos entrevistados foi em sua maioria pessoa física, sendo que, a exemplo do que ocorre no

canal televendas do Balaroti Curitiba, o perfil dos clientes são em sua maioria pessoa jurídica

ou profissionais como arquitetos, que fazem compras com maior frequência e normalmente já

conhecem o produto. Além disso, como a amostra é não probabilística, isso impede a

inferência do resultado do estudo na população.

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4 RESULTADOS DA PESQUISA

Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos no estudo realizado junto à

unidade da rede Balaroti de Balneário Camboriú. Os mesmos foram organizados de acordo

com os objetivos específicos propostos e inclui a avaliação da utilização do telemarketing em

outras lojas da rede; a descrição da atual situação da filial de Balneário Camboriú em relação

aos canais já utilizados; a descrição da concorrência direta local sobre o uso do televendas

como canal de atendimento; bem como a análise da percepção dos clientes com relação a

utilização desse canal de compras.

Antes de apresentar os resultados do estudo é importante resgatar que segundo Kotler

e Keller (2006) as empresas podem utilizar até quatro tipos de telemarketing: o televendas, a

telecobertura, a teleprospecção e o suporte de serviço ao cliente. No caso específico do

Balaroti, a ferramenta telemarketing é utilizada em praticamente todas essas modalidades,

exceto à teleprospecção. Como o estudo está direcionado a avaliação específica da

modalidade televendas esse foi o foco de análise. Em alguns momentos esses dois termos

podem se suceder, contudo reflete esse direcionamento.

4.1 Avaliação da utilização do Telemarketing em outras lojas da rede Balaroti

Toda a rede do Balaroti basicamente trabalha com vendas por telefone. Contudo, a

estrutura e forma de atendimento podem ser diferentes. Das 20 lojas, fora a loja do televendas,

o sistema pode ser comparado ao de Balneário Camboriú, o qual é descrito na próxima seção.

Mas uma das lojas se destaca pela sua estrutura e capacidade. Esta é a loja do televendas que

está situada em Curitiba anexo a loja da Visconde uma das maiores da rede. O televendas é

considerado uma loja a parte, tanto que possui CNPJ separado, metas e vendedores treinados,

como nas lojas físicas. A estrutura física onde a atividade é desempenhada é apresentada na

Figura 7.

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Figura 7: Sala de atendimento do Televendas Balaroti – PR.

Fonte: Balaroti (2010).

Para conhecer essa estrutura, visitou-se a unidade no dia 27 de agosto de 2010.

Durante a visita os responsáveis pela unidade (Gerente e subgerente da unidade) foram

ouvidos em relação aos seguintes questionamentos: quantas lojas utilizam; número de pessoas

que fazem parte da estrutura; como são os procedimentos de funcionamento; sistemas que

utilizam (infraestrutura tecnológica); procedimentos de pagamento; vantagens; participação

(%) das vendas que ocorrem através desse canal; e o perfil do cliente atendido. A seguir as

informações são apresentadas conforme apuração destes questionamentos:

a) Equipe do televendas:

O televendas conta hoje com uma equipe de 24 funcionários, entre esses estão 16

vendedores e 2 gerentes, além de um motoboy. Como a estrutura é baseada em um

telemarketing a carga horária de trabalho por colaborador é de 6 horas diárias. Os vendedores

possuem treinamento específico para atuar neste canal e cada vendedor tem meta em

faturamento a ser alcançada por mês. Não há, porém, metas de número de atendimentos,

como em um telemarketing comum.

b) Funcionamento:

Por mais que as vendas sejam feitas por telefone nada impede que o vendedor do

televendas atenda o cliente na loja da Visconde, caso o cliente prefira escolher melhor o

produto antes de efetivar a comprar. Como o canal televendas já atua há algum tempo

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(aproximadamente 14 anos), o televendas possui uma carteira de clientes e seu histórico de

compra, sabendo inclusive detalhes de seus contatos com os mesmos.

Além de a atividade ser desenvolvida de forma receptiva (passiva), também é operada

de forma ativa. O vendedor poderá ligar para os clientes para saber se ele está precisando

novamente de algum produto e efetuar uma nova compra. Na maioria das vezes é o cliente

que entra em contato com o televendas para pesquisar preço, fechar uma venda por telefone,

ou até mesmo dirimir dúvidas sobre as lojas ou formas de pagamento. Mas como se tem uma

meta a cumprir, os vendedores também fazem ligações para seus clientes que sempre

compram, informando sobre promoções ou novas condições de pagamento. Nos casos em que

o cliente solicita o orçamento e não retorna contato, o vendedor contata-o para ver a

possibilidade de renegociar a venda.

Por possuir uma um mix de produto extenso, o foco é a qualidade do atendimento. Um

exemplo é o fato de não poder deixar o cliente esperando mais de um minuto na linha.

O motoboy é funcionário do Balaroti e presta serviço de encaminhamento e busca de

documentos quando solicitado pelo televendas. É ele quem tem o contato direto com o cliente,

recolhe as cópias dos documentos e confere com os originais, envia comprovante da compra

ou depósito e até mesmo recebe o pagamento da compra. Esse funcionário possui treinamento

contra fraude, e como o televendas é muito visado por golpistas, tem a função de informar

quando ocorre uma situação diferente ao normal. Nestes casos, caso haja suspeita, todas as

informações dadas pelo cliente e as cópias de seus documentos são passados para outro

especialista que oferece suporte para rede contra fraude. Caso haja uma suspeita muito forte

ou até a certeza do golpe a compra é cancelada na hora.

c) Infraestrutura tecnológica:

O sistema de televendas é totalmente controlado por um programa, quem dá o suporte

é a Visys Sistemas, empresa localizada em Blumenau. Através dele é possível controlar quem

está recebendo e efetuando ligações. Também fornece relatórios diários e mensais de quantas

ligações receberam em determinado período, e quantas foram perdidas e o tempo de cada

ligação. A Visys desenvolve sistemas que permitem o controle e a supervisão de equipes de

atendimento. Entre os vários programas que a Visys oferece, os principais estão listados no

Quadro 6. O televendas do Balaroti conta com o auxilio de vários desses programas, dentre

eles estão: Visys Supervisão; Visys Gravação; Mister Way Tarifa; e Visys ERP. A Home da

Web site da empresa pode ser conferido segundo o Anexo A.

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Programa Descrição

Mister Way

Tarifa

Controle e mensuração de atendimentos, um software parceiro no controle dos custos em

telefonia da empresa, podendo ter acesso á todas as ligações, quem as efetuou, de onde

foram originadas e para quem foram feitas e sua duração.

Visys CRM

Gerenciador de relacionamento com o cliente de forma eficiente e prática, obtendo

controle total do histórico de atendimentos, agendamentos futuros, automatização e

otimização do tempo de atendimento. Visys ERP Um sistema prático, ágil, parametrizável, integrado, com foco comercial seus processos

visam o relacionamento das informações. Possui também o controle de estoque com

emissão de notas físicas e eletrônicas.

Visys

Supervisão

O software Visys Supervisão é a ferramenta ideal para auxiliar a tomada de decisões, esta

solução demonstra em tempo real todo o tráfego telefônico da empresa: ramais ocupados,

fila de espera, retenção de ligações, entre outros.

Visys Phone O Visys Phone é um telefone virtual integrado ao computador, onde em uma mesma tela

aparecem todas as funções telefônicas para operar com toda comodidade, oferecendo

assim maior agilidade na discagem e recebimento de ligações.

Visys Gravação O Visys Gravação é uma solução que permite gravar todas as ligações da empresa, sejam

internas ou externas de acordo com as atuais normas de Call Center regentes no Brasil.

Visys Contato O Visys Contato é uma solução desenvolvida para a gestão de contatos agregado ao

tarifador Mister Way para envio de e-mails, SMS, agenda de compromissos, agenda de

pessoa, gravação e chat.

Visys

Campanha

É a ferramenta de Produtividade para o Call Center que dispara automaticamente a

listagem de clientes para os pontos de atendimento efetuar suas ligações, evitando a perda

de tempo com listas manuais e discagem dos números telefônicos.

Visys SMS Envio de mensagens SMS (torpedos), através do computador para os celulares de clientes,

seja para um número específico ou lista de contatos, com data e horário programáveis.

Visys Chat O Visys Chat auxilia a comunicação interna e externa da empresa, com geração de

histórico e controle dos privilégios de conversação, por exemplo: Departamento financeiro

não conversa com a produção.

Quadro 7: Sistemas oferecidos pela Visys. Fonte: Visys (2010).

d) Condições de pagamento mantidas no canal:

Sobre as condições de pagamento quando efetuadas compras por telefone, as mesmas

podem ser feitas a vista na hora da entrega do produto, através de depósito bancário, através

de cartão de crédito, ou por boleto do carnê da financeira. O cartão de crédito do Balaroti

também é apresentado via telefone. Através da conversa com os clientes os vendedores

preenchem o cadastro da loja com todos os dados necessários, depois é repassado para a

responsável da financeira que preenche a proposta do cartão. O cliente aguarda o retorno por

no máximo dez minutos para confirmação da aprovação ou não do cartão. Após aprovado o

motoboy recolhe e comparam todos os originais e cópias da documentação, que são

arquivadas na empresa. As compras com cheque ou carnê seguem basicamente a mesma

rotina. Depois de preenchido a proposta o motoboy vai até a casa do cliente para recolher o

cheque e cópias, ou então, após aprovado o cliente mesmo é que leva até a loja.

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e) Vantagens:

Uma das vantagens do televendas é que sua operação ocorre junto à loja da Visconde.

Quando há ligações de orçamento para a loja, o atendimento é passado para o televendas. Até

o limite de dez itens o atendimento é todo operacionalizado (informações e orçamento) via

telefone. Quando ultrapassa os dez itens pede-se que os clientes enviem via fax ou email.

Além da alta relação do canal loja com o televendas, o mesmo acontece também com o canal

e-commerce da rede. Todos os orçamentos solicitados pelo site são repassados para o

televendas, que retorna para fechar a negociação com o cliente. O site também é indicado pelo

televendas, quando os clientes precisam visualizar os produtos.

f) Importância das vendas (%) que ocorrem através do canal televendas:

Essa é uma informação restrita, não disponibilizada abertamente pela empresa. Porém,

segundo o gerente da operação do televendas Balaroti, as vendas neste canal (televendas)

correspondem atualmente a aproximadamente 3,5% do total de vendas de toda a rede,

incluindo todas as filiais em todos os seus formatos de atendimento. Esta estimativa

corresponde ao volume de vendas desta filial, já que a mesma é uma operação separada.

g) Perfil do cliente no televendas:

Segundo o gerente do televendas, na maioria dos casos os clientes são pessoas

jurídicas ou arquitetos, ou seja clientes que já conhecem o produto que desejam comprar.

Geralmente a pessoa física acaba entrando em contato com o televendas para dúvidas e

informações, mas na maioria dos casos preferem comprar diretamente na loja. Para empresas

e arquitetos o canal televendas acaba sendo uma forma mais prática e rápida de comprar.

4.2 Descrição da atual situação de vendas da loja Balaroti de Balneário Camboriú com

relação aos canais já utilizados

A filial Balaroti de Balneário Camboriú, inaugurada em 26 de maio de 2009 é mais

uma das 20 lojas da rede. Desde o início de suas atividades na cidade, a empresa trabalha com

a venda pessoal através dos vendedores internos e utilizando-se ainda de outros canais de

vendas, como o telefone e email. Os clientes da região podem contar ainda com a

possibilidade de compras através da internet (website), porém esse sistema é operado a partir

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da matriz em Curitiba. Os canais operados diretamente pela filial de Balneário Camboriú são

a seguir descritos:

a) Vendas internas:

Nas vendas internas (na loja) a empresa conta com 20 vendedores, os quais atendem

os clientes que visitam a loja. As vendas podem ser feitas na condição a vista, no cartão de

crédito pessoal (Visa, Máster, Hipercard, entre outros) ou no cartão da própria loja. Outras

opções são o parcelamento das compras pelo carnê, com o cartão de crédito da loja, ou ainda

através de boletos para clientes especiais. Essas condições são analisadas tanto pela financeira

do Banco Itaucard, ou no caso dos clientes especiais, pela central do Balaroti em Curitiba.

Para o atendimento de vendas através do cartão de credito e carnê pela financeira existe uma

estrutura do crediário, em que três funcionárias da financeira do Banco Itaú realizam o

atendimento. A máquina para passar as compras quando os clientes não estão presentes é feito

pela funcionaria da loja no crediário.

b) Vendas por telefone:

A venda por telefone ocorre da seguinte maneira: o cliente entra em contato com a loja

que passa o telefone para o vendedor fazer o orçamento. Se o cliente aceitar finalizar a

compra é necessário providenciar todos os dados pessoais, bem como do seu cartão de

crédito. A empresa possui um equipamento no qual é registrado o número do cartão como se

ele estivesse na loja. Quando a compra é no débito o cliente passa o número e a senha do

cartão para o devido registro. Essa última condição é mais difícil de ocorrer. Se a compra for

autorizada é enviado um email para o cliente confirmando a negociação juntamente com o

comprovante.

Na venda por telefone a loja no seu inicio não possuía uma estrutura especifica para

televendas nem pessoal responsável pelo mesmo. A partir de abril deste ano a loja passou a

contar com uma estrutura com uma sala isolada onde está a telefonista com um único ramal e

através deste a operadora passa as ligações para o restante da loja, quando as ligações são

referentes a compras ou especificações de produtos, a mesma passa a ligação para o ramal

definido como televendas que fica com dois vendedores específicos para vendas via telefone.

Essa não é uma regra, pois o mesmo vendedor também atende aos clientes que vem até a loja

e nem sempre o ramal estará com a mesma pessoa. Assim, na ausência do mesmo o ramal é

passado para outro vendedor.

Segundo o vendedor responsável, na maioria das ligações são para informações sobre

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61

preços e formas de pagamento, e a maior parte dos clientes acaba se dirigindo até a loja para

efetuar a compra pessoalmente. Quando a venda é fechada por telefone, o pagamento é feito

através de cartão de crédito sem a presença do cliente na loja, utilizando a máquina na qual

digita-se o número do cartão sem precisar do mesmo, ou então através de depósito bancário.

Como não há controle contábil das vendas separadas nos diferentes canais, não é

possível definir o valor exato das vendas que ocorrem totalmente pelo telefone. Porém

segundo o vendedor, estima-se que 10% do total de suas vendas podem ser consideradas por

intermédio do televendas. Este vendedor representa em média de 7% a 9% do total de vendas

da filial, o que resultaria em uma estimativa de vendas para a filial de menos de 1% no canal

televendas.

c) Venda por email:

A venda por email ocorre quase que da mesma forma como as ocorridas através do

telefone. O cliente faz uma listagem de produtos, os quais são orçados pelo vendedor. O

mesmo retorna o email com o orçamento pronto, se o cliente quiser finalizar a compra é

preciso passar os dados do cartão de crédito ou então o próprio cliente vem até a loja para

finalizar e efetuar a compra. O recebimento e envio dos emails é feito pela funcionária da loja

no crediário.

Em todos os canais comentados os sistemas de entrega funcionam da mesma maneira.

Em casos em que os produtos estão no estoque da loja, os mesmos podem ser levados na hora

da compra pelo próprio cliente. No caso de produtos de difícil manuseio o cliente também

pode solicitar que entre o mesmo seja entregue em sua casa, porém é cobrada uma tarifa de

frete, já que é realizada por uma empresa terceirizada que presta serviços para o Balaroti.

Já os produtos sob encomenda ou que não tem estoque na filial de Balneário

Camboriú, os mesmos são solicitados ao depósito (CD) da Balaroti, que fica situado em São

Jose dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR). Todos os dias o caminhão faz

entregas para a loja de Balneário Camboriú, que então faz o transporte até a residência, obra

ou empresa do cliente. Quando a entrega é realizada pelo Balaroti é cobrada uma tarifa do

frete podendo variar dependendo da distância da entrega. Em casos quando o pedido é feito

pelo cliente no televendas de Curitiba ou diretamente pelo site o frete pode ser ainda mais

alto, por isso a maioria dos clientes da região de Santa Catarina prefere ir até a loja ou

comprar pelo telefone da loja de Balneário Camboriú. O site nestes casos acaba funcionando

como suporte para pesquisa ou visualização dos produtos.

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62

Como já mencionado, atualmente a empresa não possui controles na loja de Balneário

Camboriú que possam efetivamente mensurar o volume de vendas ocorridas através dos

diferentes canais relatados, pois não existe uma estrutura contábil separada ou específica,

sendo efetuada apenas em conjunto. Contudo, questionado junto aos vendedores da loja os

mesmos estimam que no total de vendas 94% delas são realizadas diretamente na loja com

vendedor interno, 3% por televendas e 3% de vendas por email. No entanto essa é uma média

estimada.

Assim como no atendimento de vendas internas e via email, é inevitável o atendimento

via telefone, já que o contato com o cliente é primordial para alcançar as metas e

consequentemente seus resultados, cabe ao cliente decidir qual o canal mais viável para sua

compra. Contudo não somente a rede do Balaroti trabalha com atendimento via telefone, mas

na região de Balneário Camboriú, seus principais concorrentes também oferecem algum tipo

de serviço para seus clientes. Estas considerações são apresentadas na próxima etapa.

4.3 Apresentação e descrição da concorrência direta local (BC) da empresa, e o uso do

televendas como canal de atendimento

Os principais concorrentes da região de atuação da filial Balaroti são as grandes

revendas que também atuam na cidade de Balneário Camboriú ou cidades próximas. Entre

eles estão a: Casas da Água, que comercializa materiais para construção e eletrodomésticos; a

Cassol Centerlar, que comercializa tudo para casa e construção; a Breithaupt Comércio e

Indústria S.A, focada em ferramentas e material de construção em algumas de suas lojas

especializadas; e a Hidroart Materiais para construção, especializada em materiais elétricos,

hidráulicos, sanitários, pisos e cerâmicos.

Segundo pesquisa realizada via telefone e via email, além da própria web site dos

concorrentes, obtiveram-se os seguintes resultados:

a) Casas da Água:

A rede Casas da Água possui uma de suas filiais na cidade de Balneário Camboriú,

contando com uma estrutura de televendas somente em sua matriz na cidade de São José.

Especificamente na loja de Balneário Camboriú não existe uma central de televendas, no

entanto o cliente poderá comprar todos os produtos via telefone, mas somente depois de ter

efetuado a primeira compra diretamente na loja e efetuado o cadastro. Depois da primeira

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compra o cliente poderá comprar via telefone com as mesmas condições de pagamento, que

na maioria das vezes acaba sendo realizado com depósito ou transferência bancária. Para

compras com cartões de crédito ou pelo crediário o cliente deve se dirigir até a loja. Quando

gerado boleto o mesmo será entregue via correio no endereço do cliente. O pagamento poderá

ser feito direto para 30 dias no boleto, 1 mais 4 vezes no crediário da loja ou 4 vezes no cartão

de crédito. Na web site da empresa não são comercializados matérias de construção, e as

entregas são feitas apenas nas regiões onde as lojas estão estabelecidas. A Home da web site

da empresa pode ser conferida no Anexo B.

b) Cassol Centerlar Materiais de Construção:

A Cassol Centerlar tem sua filial mais próxima localizada na cidade de Itajaí. Conta

com uma central de televendas apenas na cidade de Florianópolis. Nesta os atendentes são

treinados e possuem conhecimento técnico para orientar na escolha dos materiais, para

construção ou reforma. Sendo disponibilizada maior variedade de revestimento cerâmico,

louças e metais para banheiro e cozinha, ferragens e ferramentas, iluminação, material elétrico

e hidráulico, tintas, decoração, utilidades para o lar e jardinagem. O cliente poderá comprar

sem sair de casa com a mesma qualidade dos serviços e do atendimento das lojas Cassol.

Aos profissionais da construção civil, para seu maior conforto e comodidade, a entrega

é feita direto na obra, esclarecendo dúvidas que facilitam a execução da obra. Os orçamentos

podem ser enviados para o televendas via email. Hoje o televendas testa a possibilidade da

central além de atender orçamentos estabelecer uma central de relacionamento e reclamações

para os clientes.

O perfil de seus clientes em sua maioria são construtoras e clientes específicos que já

são clientes há algum tempo e já possuem conhecimento dos produtos. As compras podem ser

fechadas por telefone ou por email. Podem ser feitas em ate 4 vezes sem juros no cartão de

crédito para todos os tipos de produtos ou em 4 vezes no cartão de crédito Cassol.

Nas demais lojas, assim como na filial de Itajaí, não possuem central de televendas.

Quando necessário a compra pode ser feita pelo via telefone com vendedor interno ou na

própria loja. Quando as compras são realizadas via telefone na loja de Itajaí o pagamento

poderá ser feito direto na hora da entrega do produto ou através de depósito bancário. A Home

da web site da empresa pode ser conferida no Anexo C.

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64

c) Breithaupt Comércio e Indústria S.A

A rede esta a mais de 80 anos no mercado contando com 12 lojas em várias cidades.

Suas atividades tiveram início em 1926, com a Breithaupt & Companhia, em Jaraguá do Sul.

Atualmente, a Comércio e Indústria Breithaupt S.A. tem presença sólida no norte, planalto

norte e litoral catarinense, abrangendo supermercados, lojas de máquinas e ferramentas, lojas

de material de construção, centro automotivo e o Shopping Center Breithaupt.

Inaugurada em setembro de 2007 a Breithaupt de Balneário Camboriú trabalha com

vários segmentos de produtos dentre eles estão os materiais de construção, eletroeletrônicos,

máquinas e ferramentas. Muitas de suas lojas contam com o atendimento via telefone como se

fosse uma central de televendas. Na web site da empresa constam informações dos telefones e

das lojas que contam com o serviço. Porém a loja de Balneário Camboriú não possui esse

canal estruturado. As compras nesta loja podem ser feitas via email, e os vendedores passam

as informações de preços e fotos dos produtos. Quando houver a impossibilidade do contato

via telefone pelo consumidor a empresa solicita que o cliente ligue pedindo retorno para não

ter despesas com telefone. No entanto o cliente é constantemente estimulado á ir até a loja

para efetuar suas compras.

O pagamento das compras via telefone podem ser feitas por depósito bancário com o

envio do comprovante via e-mail ou o cliente deve se dirigir ate a loja para passar o cartão de

crédito, sendo 3 vezes em qualquer cartão ou em 10 no cartão de crédito Breithaupt. A Home

da web site da empresa pode ser conferida no Anexo D.

d) Hidroart Materiais para Construção

A única empresa genuinamente local, a Hidroart foi fundada em 1994 na cidade de

Balneário Camboriú. No inicio uma revenda especializada em materiais hidráulicos e de

acabamento. A partir de 2008 passou a comercializar a denominada “linha branca” que

envolvem eletrodomésticos e produtos importados como lustres, louças e cerâmicas,

aumentando seu leque de produtos. Ampliou suas instalações e inaugurou outras lojas

tornando-se referência no segmento de materiais de construção da região.

Dúvidas e preços sobre os produtos podem ser realizadas por telefone, mas as compras

só podem ser realizadas diretamente na loja, salvo para clientes de longa data que já possuem

histórico de compra, tanto para pessoas físicas como pessoas jurídicas. A Home da web site da

empresa pode ser conferida no Anexo E.

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A partir da pesquisa realizada e apresentada sobre os concorrentes, montou-se um

quadro resumo com os principais pontos identificados (Quadro 7).

Aspectos

identificados

EMPRESAS ANÁLISADAS

Casas da Água Cassol Center Lar Breithaupt Hidroart

Possui canal de

Televendas

Central na matriz Central na matriz Há lojas que

contam com o canal

de atendimento,

porém em BC não

existe

Não possui

Atendimento

telefônico ao

cliente

Na central ou direto

na loja de BC

Na central ou direto

na loja de Itajaí

Na central ou direto

na loja de BC

Diretamente na

loja, porém

somente para

informações

Possui compras

por web site

Não são

comercializados

matérias de

construção pelo site

Sim, para todos os

produtos

Sim, para todos os

produtos

Não possui

Formas de

pagamento no

canal

telemarketing

Depois a 1º compra

com depósito ou

transferência

bancária; no boleto

para 30 dias; ou no

cartão de crédito

Depósito bancário

ou em 4 x no cartão

de crédito

Depósito bancário Não possui

Quadro 8: Resumo dos aspectos identificados entre os concorrentes. Fonte: Dados da pesquisa.

4.4 Análise da percepção dos clientes em relação à utilização desse canal de compras

Entre os vários pontos destacados neste estudo para atender ao objetivo geral, a

presente etapa se envolveu com a aplicação de um questionário que teve como objetivo

avaliar a percepção dos clientes com relação aos canais de vendas já utilizados e a adoção do

Televendas como canal de compras.

O resultado obtido através da pesquisa realizada com os clientes entre nos meses de

Setembro e Outubro de 2010 relacionados ao cenário de utilização do canal serão a seguir

apresentados. Porém, antes de abordá-los, primeiramente é descrito o perfil dos participantes

do estudo, que inclui: gênero, idade, nível de instrução, local de residência, e para quem

realizou a compra.

O Gráfico 1 apresenta a distribuição dos respondentes quanto ao sexo. Observa-se que

pouco mais de 52% são respondentes do gênero feminino, enquanto os demais (47,7%) são

masculinos. Não se possui dados da loja sobre o perfil do comprador atual habitual, contudo é

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perceptível o crescimento e a participação das mulheres nas decisões e compras de material de

construção e a presença das mesmas na Loja Balaroti de BC.

Gráfico 1: Sexo dos entrevistados.

Fonte: Dados da pesquisa.

Quanto à idade, o Gráfico 2 apresenta a distribuição dos clientes entrevistados. Nota-

se que o maior grupo é formado por jovens entre 21 e 30 anos (42,1%), seguidos pelos entre

31 e 40 anos (29,9%). Pessoas com 41 anos ou mais correspondem a pouco mais de 25% dos

respondentes.

Gráfico 2: Idade dos entrevistados.

Fonte: Dados da pesquisa.

Quanto ao grau de instrução o Gráfico 3 apresenta que 30,8% dos entrevistados

possuem nível superior incompleto, seguido pelos 27,1% com superior completo e 23,4% com

ensino médio completo. O restante, sendo pouco mais de 18%, possui ensino em nível inferior

Feminino

52,3%

Mas culino.

47,7%

Menos de 20anos

2,8%

acima de 61anos.

3,7%

51 a 60 anos

7,5%

41 a 50 anos

14,0%

31 a 40 anos

29,9%

entre 21 a 30anos

42,1%

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67

ao superior. Conclui-se então que a grande maioria dos entrevistados possui nível de instrução

elevado. Sendo uma cidade universitária é natural que se tenham cada vez mais pessoas com

maior nível de estudo e com boas qualificações.

Gráfico 3: Grau de instrução dos entrevistados.

Fonte: Dados da pesquisa.

Quanto à cidade onde residem, o Gráfico 4 apresenta que um pouco mais de 55% dos

entrevistados residem na cidade de Balneário Camboriú, acompanhados dos 15,9% que

residem em Camboriú, cidade mais próxima da loja. Os demais 17,7% dos entrevistados

residem em Itapema e Itajaí, também vizinhas a Balneário Camboriú. Já pouco mais de 11%

residem em outras cidades da região e até mesmo de outros estados.

Gráfico 4: Cidade dos entrevistados.

Fonte: Dados da pesquisa.

Sem instrução

0,9%

Fundamentalincompleto

5,6%

Ens ino medioincompleto

5,6%

Fundamentalcompleto

6,5%

Ens ino mediocompleto

23,4%

Superiorcompleto.

27,1%

Superiorincompleto

30,8%

Tijucas

0,9%

Blumenau

1,9%

Navegantes

2,8%

Outros

5,6%

Itajaí

8,4%

Itapema

9,3%

Camboriú

15,9%

BalneárioCamboriú

55,1%

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Analisado a compra atual, o Gráfico 5 apresenta que 73,8% dos entrevistados

realizavam suas compras para sua própria residência. Apenas 14% realizavam suas compras

para a empresa e o restante, pouco mais de 12%, realizava compras para residência de um

amigo ou parente ou até para residência de um cliente (caso de profissionais).

Gráfico 5: Compra atual dos entrevistados.

Fonte: Dados da pesquisa.

Apresentado o perfil dos participantes do estudo, na sequência são descritos e

analisados as opiniões dos mesmos quanto aos canais de venda. Primeiramente, questionados

sobre quais fatores interferem na escolha do local da compra, os respondentes poderiam

definir quantos considerassem como os mais importantes. O Gráfico 6 apresenta esse

resultado.

Gráfico 6: Quanto aos fatores que interferem para escolha do local da compra.

Fonte: Dados da pesquisa

O preço

73,8%

As condiçõesde pagamento

50,5%

atendimento

49,5%

qualidade dosprodutos

45,8%

Agilidade noatendimento.

33,6%

A localização

18,7%

compra viatelefone

10,3%

A tradição

9,3%

vendedorexterno

6,5%

compra viainternet

5,6%

Para minha residência

73,8%

Para minha empresa

14,0%

Para residência de um conhecido

6,5%

Para residência de

um cliente

5,6%

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Nota-se que o preço é o fator mais indicado, correspondendo a praticamente 74% dos

entrevistados. Em seguida, próximo aos 50% está a condição de pagamento (50,5%) e o

atendimento da loja (49,5%). O primeiro, inclusive, é bem relacionado à situação preço.

Destaca-se também a indicação da qualidade dos produtos ofertados, mencionada por cerca de

46% dos participantes. Em menor proporção encontra-se a agilidade no atendimento (33,6%)

e a localização da loja (18,7%). A disponibilidade de comprar via telefone é mencionada

como importante para apenas pouco mais de 10% dos participantes, porém superior a fatores

como tradição, existência de vendedor externo e compra por internet.

Foi questionado aos participantes quais as intensidades de utilização feita por eles em

suas últimas aquisições de materiais de construção, nos diferentes canais de compra. Quanto à

intensidade de utilização da loja física como canal de compra, no Gráfico 7 verifica-se que

57% dos entrevistados só utilizam esse canal de compra e 34,6% quase sempre o utilizam.

Apenas 7,5% utilizam essa forma na média e quase 1% mencionam que quase nunca o

utilizam. Conclui-se que a maioria dos entrevistados acaba indo até a loja física para

efetuarem suas compras, confirmado ainda pela média ponderada de 4,48 pontos.

Gráfico 7: Intensidade de utilização da loja como

canal de compras.

Fonte: Dados da pesquisa

Quanto à intensidade de utilização do telefone como canal de compras, o Gráfico 8

apresenta que 45,8% dos entrevistados disseram nunca utilizar essa forma e outros 26,2%

disseram quase nunca utilizam o telefone como canal de compra. Apenas 16,8% mencionam

que consideram que utilizam esse canal na média, seguidos ainda pelos e 11,2% que citam

que quase sempre utilizam esse canal. Nenhum dos participantes afirmou sempre utilizar do

Só uso estaforma

57,0%

Quase sempre

34,6%

Na média

7,5%

Quase nunca

0,9%

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70

telefone para efetuar compras de material de construção. Como percebido, a intensidade do

uso do telefone é relativamente baixa, o que se confirma com a média ponderada de 1,93

pontos em favor do não uso.

Gráfico 8: Intensidade de utilização do telefone

como canal de compra.

Fonte: Dados da pesquisa

A intensidade de utilização da internet como canal de compra também foi avaliada. O

Gráfico 9 apresenta os resultados que indicam que 64,5% dos entrevistados nunca usam a

internet como canal de compras de material de construção, seguidos ainda pelos 19,6% que

disseram quase nunca fazem uso da internet para isso. Apenas 8,4% dizem utilizar na média e

os demais, pouco mais de 6,5% dos entrevistados disseram que quase sempre o utilizam.

Menos de 1% menciona só comprar através deste canal. A média ponderada de utilização da

internet como canal de compras foi de 1.6 pontos.

Gráfico 9: Intensidade de utilização da internet como canal

de compras.

Fonte: Dados da pesquisa

Quase sempre

11,2%

Na média

16,8%

Quase nunca

26,2%

Nunca uso

45,8%

Só uso estaforma

0,9%

Quase sempre

6,5%

Na média

8,4%

Quase nunca

19,6%

Nunca uso

64,5%

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71

O Gráfico 10 apresenta o resultado quanto à utilização do vendedor externo como

canal de compra. Segundo os entrevistados 83,2% deles disseram nunca utilizá-lo. Quase

empatados estão os 7,5% que disseram utilizar na média e 6,5% quase nunca utilizar essa

ferramenta como canal de compra. Nota-se que cerca de 3 % disseram quase sempre utilizar

esta forma. A média ponderada da intensidade do uso da força de vendas externas foi de 1,3

pontos, a menor entre todos os canais avaliados. Isso pode ocorrer pelo fato de esse tipo de

contato ocorrer principalmente em obras de maior volume, o que não necessariamente é o

perfil dos entrevistados.

Gráfico 10: Intensidade de utilização do vendedor externo

como canal de compra.

Fonte: Dados da pesquisa

Para avaliar a objeção ao Televendas como canal de compras, perguntou-se aos

participantes se costumam de forma geral utilizar esse canal para compra de outros produtos.

Verificou-se que mais de 47% dos respondentes nunca utilizam esse canal. Dos demais

(aproximadamente 53%), considerados como 100% nesta análise, e que já utilizaram em

alguma intensidade este canal, questionaram-se suas avaliações de satisfação com a

experiência. O Gráfico 11 apresenta que 75% dos entrevistados ficaram satisfeitos (64,3%) e

muito satisfeitos (10,7%) com a utilização desse canal de compra. Já 17,9% disseram estar

indiferentes após a utilização do canal, ou seja, nem satisfeitos ou insatisfeitos. Apenas 10,7%

disseram que a experiência lhe trouxe insatisfação. Porém nenhum dos entrevistados disse

estar muito insatisfeito com a utilização do televendas como canal de compras.

Só uso estaforma

0,0%

Quse sempre

2,8%

Na média

7,5%

Quase nunca

6,5%

Nunca uso

83,2%

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Gráfico 11: Experiência da utilização do televendas para

qualquer tipo de produto.

Fonte: Dados da pesquisa

Quanto aos motivos que levam os entrevistados a não utilizar o televendas como canal

de compra, o Gráfico 12 apresenta que 53,6% disseram que é devido a não poder ver o

produto antes da compra. Em proporções menores, surge os cerca de 16% de entrevistados

que mencionaram a falta de contato pessoal. O fato de não ter telefone também é mencionado

por 11,6%. Não gostar do canal televendas e a demora no atendimento são mencionados por

10,1% e 8,7% respectivamente.

Gráfico 12: Motivos para á não utilizar o televendas como

canal de compra.

Fonte: Dados da pesquisa

Apesar de 45,8% dos entrevistados terem mencionado que não utilizam o telefone

como canal de compra para materiais de construção (Gráfico 8 – apresentado anteriormente),

questionou-se aos participantes sobre as suas percepções se a compra deste tipo de produto

Muito satisfeito

10,7%

Satisfeito

64,3%

Indiferente

17,9%

Insatisfeito

7,1%

Muitoinsatisfeito.

0,0%

Não é possivelver o produto

53,6%

Falta decontatopessoal

15,9%

Não tenhotelefone fixo

11,6%

Não gostomuito de

televendas

10,1%

Demora noatendimentovia telefone

8,7%

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seria possível. O Gráfico 14 apresenta quanto à possibilidade de utilização do televendas para

compras de materiais de construção que 41,1% dos entrevistados disseram ser parcialmente

possível essa possibilidade, acompanhados de 23,4% que disseram ser totalmente possível.

Outros 16,8% afirmam ser nem possível, mas também nem impossível, sendo para o restante

(9,3%) totalmente impossível ou parcialmente possível. Considerando uma notação de 5 para

totalmente possível e 1 para totalmente impossível, a média ponderada deste aspecto resulta

em 3,6 pontos com uma tendência de parcialmente possível.

Gráfico 14: Possibilidade de compras de materiais de construção

via televendas.

Fonte: Dados da pesquisa

Quando questionados sobre a possibilidade de utilização do televendas, caso o mesmo

fosse implantado na filial do Balaroti de Balneário Camboriú, o Gráfico 15 apresenta que 29%

dos entrevistados talvez o utilizariam o que, somados aos 27,1% que disseram que

provavelmente utilizariam e os pouco mais de 19% que com certeza utilizariam, demonstra

boa aceitação deste canal. Só pouco mais de 24% mencionaram que provavelmente não

utilizariam (17,8%) e absolutamente não utilizariam (6,5%) esse canal. O que se nota é certa

incongruência, ou seja, apesar de um grande grupo não utilizar o telefone como canal de

compra, a maioria dos entrevistados o utilizariam caso fosse implantado na loja.

É totalmentepossivel

23,4%

É parcialmentepossivel

41,1%

Nem possivelnem

imposs ivel

16,8%

É parcialmenteimposs ivel

9,3%

É totalmenteimposs ivel.

9,3%

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Gráfico 15: Possibilidade de utilização do televendas no

Balaroti BC.

Fonte: Dados da pesquisa

Questionado os motivos em relação às respostas anteriores, em qualquer um dos

níveis, várias foram as colocações dos respondentes que fortalecem ou não a possibilidade de

usar esse canal, caso a empresa passasse a oferecê-lo de forma mais efetiva. No Quadro 8 é

apresentada a listagem destes motivos, separados de acordo com o nível de resposta da

possibilidade.

Nível de resposta Com certeza

sim

Provavelmente

sim

Talvez Provavelmente

não

Absolutamente

não

Devido à

distância, essa seria

uma boa opção. - -

Gosto de ir à loja.

Não gosto de

comprar por telefone.

Gosto de ir à loja.

Pela praticidade

que me oferece.

Pela facilidade.

Pela comodidade

Pela agilidade

Mais ágil.

Pela facilidade.

Pela praticidade.

Pela comodidade.

Pela falta de contato.

Não é possível ver o

produto.

Sistema burocrático.

Não é possível ver o

produto.

Telefone é para pós-

venda

Não é possível ver o

produto.

Pela falta de contato.

Falta de negociação.

Pela confiança

que sinto no

Balaroti.

Já conheço a

credibilidade da

loja

Já utilizei e sei

como eles trabalham

tradição da loja

Por insegurança. Não conheço

suficiente a loja.

Não gosto de

televendas.

Não tive boa

experiência com esse

canal

Não gosto de

televendas.

Depende do

produto.

Depende das

condições oferecidas.

Depende do

produto.

Dependeria da

urgência e o bom

atendimento.

Depende do produto.

Dependeria do

atendimento.

Depende da

necessidade.

Depende das

condições de

pagamento

Se tiver oportunidade

- -

- Para cotação de

preços. - - -

Quadro 9: Nível de respostas quanto à utilização do televendas caso implantado no Balaroti - BC. Fonte: Dados da pesquisa.

Com certezasim

19,6%

Provavelmente sim

27,1%

Talvez

29,0%

Provavelmente não

17,8%

Absolutamente não.

6,5%

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75

Nota-se que das pessoas que provavelmente ou com certeza utilizariam os serviços de

televendas caso fosse implantado na filial, grande parte dos entrevistados disseram ser pela

comodidade e praticidade, por já ter utilizado os serviços do Balaroti e conhecer a

credibilidade da loja. Já os entrevistados duvidosos, que mencionaram talvez utilizassem isso

ocorre devido ao fato de não poder ver o produto, mas que dependeria do bom atendimento e

das condições de pagamento.

A opinião quanto ao canal é bastante individual, pois alguns enquanto alguns

acreditam ser prático e seguro, outros o acham inseguro. Essa última é a opinião daqueles que

disseram não utilizar caso o televendas fosse implantado no Balaroti-BC. Outros ainda,

provavelmente devido a uma má experiência com o formato também ficam duvidosos.

Questionados sobre a utilização dos serviços telefônicos atuais do Balaroti – BC, 72%

dos entrevistados nunca utilizaram estes serviços, o que demonstra baixo hábito de utilização

deste canal, mesmo que para consulta ou busca de informações. Entre os 28% que já

utilizaram, tomados como 100%, nota-se que outros 53,3% disseram estarem satisfeitos com o

atendimento, seguidos pelos 26,7% que ficaram muito satisfeitos. Já para 16,7% os serviços

prestados não foram nem bons, nem ruins, mostrando-se indiferentes com o serviço. Apenas

3,3% disseram ter estado insatisfeito, contudo nenhum dos entrevistados disse estar muito

insatisfeito.

Gráfico 17: Nível de satisfação dos serviços telefônicos do

Balaroti - BC.

Fonte: Dados da pesquisa.

Questionado aos que nunca utilizaram, quais eram os seus motivos, a maioria dos

entrevistados disse não ter utilizado pela falta de oportunidade; pelo fato de gostar de ir até a

loja, pois preferem ver o produto; por já conhecer a loja e seu atendimento; ou apenas pelo

Muito satisfeito

26,7%

Satisfeito

53,3%

Indiferente

16,7%

Insatisfeito

3,3%

Muitoinsatisfeito.

0,0%

Serviços telefonicos atuais pres tados

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fato de não saberem dessa possibilidade de compra. Também questionado ao que se disse

insatisfeito (1% do total), qual o motivo, o mesmo mencionou o fato da ligação ter caído e

pela demora para atender a ligação.

Para avaliar sobre a opinião dos entrevistados para os meios de vendas já utilizados

pelo Balaroti BC (em todos os canais), o Gráfico 19 apresenta que 61,7% disseram ser bom, e

com 34,6% disseram ser excelentes os meios de venda utilizados pela empresa na cidade.

Apenas 3,7% disseram ser regular, contudo, nenhum dos entrevistados disse ser péssimo ou

ruim os meios de vendas ofertados pela filial.

Gráfico 19: Opinião sobre os meios de vendas já utilizados

pelo Balaroti BC.

Fonte: Dados da pesquisa

Apresentado os resultados do estudo, em cada um dos objetivos específicos propostos,

no próximo capítulo são discutidas as considerações finais do mesmo, as quais devem

responder ao problema de pesquisa.

Excelente

34,6%

Bom

61,7%

Regular

3,7%

Ruim

0,0%

Péssimo.

0,0%

Opinião sobre os meios de vendas

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do crescimento de atendimento via telefone desde sua inauguração em maio de

2009, a gerência da filial viu-se diante de mudanças necessárias para o melhor atendimento de

seus clientes via telefone. A loja contratou uma telefonista descongestionando o crediário e o

setor de trocas e distribuindo melhor as ligações para os devidos setores. A partir de então

dois vendedores passaram a operar com ramais específicos denominados “televendas”. Mas

esses vendedores não obtiveram treinamento diferenciado e não estão focados somente para

vendas neste canal, e sim atendem aos clientes tanto na própria loja quanto ao telefone ao

mesmo tempo. Isto pode causar desconforto tanto para o cliente que quer prioridade, pois está

na loja pesquisando os produtos, como para aqueles que estão ao telefone. Segundo um dos

vendedores do televendas a maioria das ligações são para retirar dúvidas de produtos, em

casos de compra real o cliente normalmente acaba se dirigindo até a loja para finalizar a

mesma.

Para ampliar o conhecimento e estudar a viabilidade de soluções para este caso, este

trabalho de conclusão de curso apresentou todas as etapas metodológicas necessárias, com a

realização de uma pesquisa, quando se conseguiu atender os objetivos geral e específicos

propostos no trabalho, evidenciado pela análise do cenário interno e externo para implantação

de um canal de telemarketing para a filial da Loja Balaroti – BC.

Para avaliar o cenário foram necessários a realização de pesquisa com a unidade do

Balaroti de Balneário Camboriú através de seus gerentes e colaboradores, a central do

televendas do Balaroti em Curitiba, os concorrentes da região, e por fim os clientes da

unidade.

Com mais de 34 anos no mercado de construção e com aproximadamente 14 de

experiência com televendas é nítido o conhecimento do Balaroti com esse canal de compras.

Com uma central bem estruturada, funcionários bem treinados a empresa vem obtendo cada

vez mais sucesso com essa ferramenta, possuindo inclusive uma loja totalmente independente.

Com tradição e confiança no mercado a empresa conta com uma grande carteira de clientes

em seu televendas de Curitiba, estando bem conceituado e estabilizado. Seus clientes, em sua

maioria pessoas jurídica e arquitetos, que compram de forma mais contínua e possuem maior

conhecimento dos produtos, garantem um bom fluxo de vendas no canal. Porém a rede não

implantou esse formato em nenhuma outra de suas lojas, trabalhando sempre da mesma

forma, com uma telefonista e ramais destinados para vendas das filiais.

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Quanto aos concorrentes, segundo dados da própria gerente da filial, os principais

competidores analisados foram as Casas da Água, Cassol, Breithaupt e Hidroart. Os mesmos

foram questionados quanto a utilização do telefone como canal de compras para seus clientes

e em todas as lojas pesquisadas a deficiência do canal foi muito evidente. As grandes redes até

possuem uma central de televendas, no entanto as mesmas estão localizadas ou em sua matriz

ou em outras cidades da rede, mas em Balneário Camboriú e região nenhuma delas possui

uma central dedicada. Em uma delas, caso das Casas da Água, o cliente somente poderá

comprar por telefone após a realização da primeira compra. Dentre todas as lojas pesquisadas

somente o televendas da Cassol em Florianópolis se assemelha com a central do televendas do

Balaroti de Curitiba pela sua estrutura e organização. O que se pode observar é que na região

não existe nenhum concorrente direto atuando com um canal de televendas para materiais de

construção estruturados e dedicado a mesma.

Na análise com os clientes participantes, observou-se que em sua grande maioria os

mesmos estavam realizando sua atual compra para a própria residência, enquanto apenas 12%

disseram comprar para a empresa ou para terceiros. Um dos fatores que mais determina a

escolha do local da compra é o preço dos produtos, o que é normal, pois o cliente com pouco

mais de instrução que é o caso destes pesquisados costumam realizar pesquisas antes de

finalizar suas compras. Além disso, valorizam as condições de pagamento e o atendimento

oferecido pelo estabelecimento comercial.

Quanto aos canais de compra utilizados para efetuar suas compras apenas 10%

disseram utilizar o telefone como um deles. Notou-se ainda que a maioria dos entrevistados

não costuma utilizar a internet ou vendedor externo. De forma relevante mais de 90%

mencionam que sempre ou quase sempre só fazem suas compras de material de construção e

outros produtos afins na própria loja física. Questionados sobre a opinião quanto ao uso deste

canal para compra de qualquer outro produto ou serviço mais de 47% dos respondentes nunca

utilizaram esse canal, porém entre os que já utilizaram o índice de satisfação é bastante

expressivo. Para os que não utilizam, a impossibilidade de ver o produto, a falta de contato

pessoal e a confiança são fatores que interferem nessa possibilidade.

Mesmo que a maioria dos entrevistados não tenham o hábito de utilizar o telefone para

este tipo de propósito, boa parte deles considera ser possível seu uso para realizar suas

compras de materiais de construção e produtos relacionados. Entre os que acham isso

possível, o utilizariam caso fosse implantado o televendas no Balaroti BC, pois já conhecem a

loja, acreditam na sua credibilidade, ou ainda o fariam pela comodidade e praticidade.

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Diante de todas as pesquisas, de seus resultados e análises desenvolvidas, conclui-se

que, como no mercado local não há nenhum tipo de serviço comparado ao da Central do

televendas de Curitiba no Paraná, e que seus concorrentes não pretendem ofertar essa

ferramenta, e ainda, que há um relativo número de potenciais compradores, que se não

sempre, mas ocasionalmente poderiam utilizar o canal, são boas as perspectivas para sua

implantação, principalmente se for encarado como um diferencial da rede na região, apoiando

e sendo apoiado pelos demais canais.

Contudo, dificuldades existem. As que se destacam para implantação de uma central

de televendas são a falta de conhecimento sobre a existência da ferramenta (canal de compras)

por parte dos clientes e o investimento necessário. O primeiro dos obstáculos, também

exigiria investimentos, principalmente em comunicação, promovendo o canal junto aos

potenciais consumidores. No segundo caso acredita-se ser viável a implantação de uma

central de televendas mesmo que não seja do mesmo porte da existente na outra loja da rede,

mas que se tenha uma estrutura específica com funcionários especialmente dedicados a esse

serviço. Isso seria reforçado pelo know-how do Balaroti, já que possui experiência nessa

ferramenta.

Reforça-se a ideia da utilização completa do telemarketing, indo além do televendas, o

qual seria um canal de prospecção, contato e relacionamento com o mercado consumidor,

final e organizacional.

Apesar de todas as informações e indícios obtidos com a pesquisa, antes do

desenvolvimento da estratégia, é necessário desenvolver outras pesquisas para a implantação

de uma central de televendas, incluindo além da opinião dos clientes e análise do mercado

apresentados na presente monografia, outros estudos que complementam essa análise.

Principalmente com um maior número de clientes organizacionais, já que pela falta de acesso

ao cadastro destes durante o estudo, estes consumidores não tiveram uma participação maior

nesta pesquisa. Esses novos estudos poderão também auxiliar na definição de um televendas

operado pela própria empresa ou ainda terceirizada.

Como sugestão de estudos futuros, tanto para a classe acadêmica como a própria rede

e outras organizações, recomenda-se também a realização de pesquisas de infraestrutura com

dados sobre equipamentos necessários, a quantidade de móveis, linhas telefônicas e o espaço

necessário para o desenvolvimento do layout do estabelecimento, com ambiente agradável

deixando os funcionários mais relaxados para desenvolver melhor as atividades.

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Outra pesquisa necessariamente importante é referente à tecnologia utilizada durante a

operacionalização, para a escolha correta do Software buscando a solução adequada para a

necessidade da operação, evitando assim gastos desnecessários e transtornos durante o

trabalho. Por tanto, outra pesquisa necessária para a implantação da central de televendas é a

realização de levantamentos sobre os gastos indispensáveis para o projeto, qual o

investimento necessário para a empresa começar a trabalhar com essa ferramenta.

Muitas empresas deixam de realizar as pesquisas necessárias, o que as levam ao risco

do insucesso, acabam se deparando com os obstáculos que poderiam ter sido evitados se

estivessem preparados para tanto.

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ANEXOS

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Anexo A: Figura ilustrativa do site da Visys, empresa de Blumenau que oferece programas de

CRM de relacionamento com clientes e supervisão do sistema de CALL CENTERS para

empresas especializadas.

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Anexo B: Figura ilustrativa do site da Casas Da Água, empresa concorrente que comercializa

materiais para construção e eletrodomésticos, o site oferece auxilio para os orçamentos

enviados, porém a empresa não comercializa materiais de construção pelo site.

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Anexo C: Figura ilustrativa do site da Cassol Centerlar Materiais de Construção, empresa

concorrente que oferece vendas pelo site ou através do televendas mas somente em sua filial.

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Anexo D: Figura ilustrativa do site da Breitheupt Comércio e Indústria S.A, empresa

concorrente que oferece vendas pelo site, via email ou através de televendas, mas somente em

algumas de suas lojas.

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89

Anexo E: Figura ilustrativa do site da Hiddroart Materiais para construção, empresa que

oferece uma variedade de produtos de materiais de construção e elétricos, porém a empresa

não disponibiliza a venda de seus produtos via site ou via telefone.

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APÊNDICE

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91

Apêndice A: Roteiro de entrevista realizado com os gerentes da filial do Balaroti de

Balneário Camboriú:

- Histórico de vendas da loja desde sua abertura;

- Canais que a loja opera

- Volumes de vendas de cada canal

- Estrutura utilizada em cada canal

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Apêndice B: Roteiro de entrevista com os gerentes e colaboradores do televendas do Balaroti

em Curitiba:

- Quantas lojas utilizam;

- Quanto tempo faz;

- Sistemas que utilizam;

- Número de pessoas que fazem parte da estrutura;

- Valores ou % das vendas que ocorrem através desse canal;

- Como funciona;

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Apêndice C: Roteiro de entrevista realizado junto aos concorrentes da região:

- Quem são os concorrentes locais;

- Como operam;

- Atuam há quanto tempo;

- Vendem todo tipo de produto através deste canal

- O canal é ativo – receptivo

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Apêndice D: Questionário aplicado aos clientes

6 7

8

9

10

Questionário

Dados pessoais do respondente:

1) Sexo? ( ) Feminino ( ) Masculino

2) Em qual faixa etária sua idade se enquadra?

( ) Menos de 20 anos ( ) entre 21 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) 41 a 50 anos ( ) 51 a 60 anos ( ) acima de

61 anos

3) Qual seu nível de instrução?

( ) Sem instrução ( )Ensino Fundamental Incompleto ( )Ensino Fundamental Completo ( )Ensino Médio

Incompleto ( ) Ensino Médio Completo ( )Ensino Superior Incompleto ( )Ensino Superior Completo

4) Em qual cidade você reside?

( )Balneário Camboriú ( )Itapema ( )Camboriú ( )Itajaí ( )Blumenau ( )Navegantes ( )Tijucas

( ) Florianópolis ( )Outros_______________

Opiniões sobre a forma de compra:

5) Para quem você está realizando sua compra atual?

( ) Para minha própria residência ( ) Para minha empresa ( ) Para a residência de um conhecido

(amigo/parente) ( ) Para a residência de um cliente (profissionais) ( ) Para a empresa de um cliente

(profissionais)

6) Quando você compra material de construção, quais fatores você mais leva em consideração para

escolher o local de compra? (Pode indicar mais de uma questão)

( ) A localização da loja ( ) O preço ( ) As condições de pagamento ( ) A disponibilidade de compra por

telefone ( ) A disponibilidade de compra pela internet ( ) A disponibilidade de um vendedor externo ( ) A

tradição da loja ( ) O atendimento ( ) A qualidade dos produtos ( ) Agilidade no atendimento

7) Em relação as suas compras realizadas de materiais de construção e afins, indique a intensidade de

utilização nos canais abaixo:

Só uso esta

forma

Quase sempre

uso esta forma Na média

Quase nunca

uso essa

forma

Nunca uso

essa forma

Na própria loja ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Por telefone ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Pela Internet ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Vendedor externo ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Outros especifique ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

8) Quais desses motivos o levaria a não utilizar o telefone como canal de compra de materiais de

construção?

( )Falta de contato pessoal ( )Não é possível ver o produto ( )Demora no atendimento via telefone

( )Não gosto muito de televendas ( )Não tenho telefone fixo ( )O gasto seria maior que ir até a loja

( )Outros Especifique_________________________

9) Caso já tenha efetuado compras (de qualquer produto) através do telefone, qual sua avaliação da

experiência com o formato?

( )Nunca utilizei ( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( )Indiferente ( ) Insatisfeito ( ) Muito insatisfeito

10) Qual sua opinião sobre a possibilidade de compra de produtos de material de construção pelo telefone

(televendas)?

Prezado participante, esta pesquisa faz parte de um trabalho de conclusão de curso de

Administração com Ênfase em Marketing da Universidade do Vale do Itajaí, aplicado junto à Loja

Balaroti. Tem como finalidade avaliar sua percepção sobre o uso do telemarketing (televendas) e o

potencial de adoção do mesmo.

Está pesquisa é de cunho acadêmico e é de extrema importância sua participação nas respostas,

as quais serão utilizadas de forma sigilosa.

Acadêmica: Patrícia Soares Gonçalves.

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( )É totalmente ( )É parcialmente ( )Nem possível ( )É parcialmente ( )É totalmente

possível possível Nem impossível impossível impossível

11)Você utilizaria o televendas para compra de materiais de construção e afins, caso o mesmo fosse

implantado no Balaroti de Balneário Camboriú em que intensidade?

( ) Com certeza sim ( ) Provavelmente sim ( ) Talvez ( ) Provavelmente não

( ) Absolutamente não

12) Por quê? Especifique sua resposta:

__________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________

13) Atualmente o Balaroti já presta alguns serviços de compra via telefone. Caso você já os tenha

utilizado, como você avaliou esta experiência?

( )Nunca utilizei ( )Muito satisfeito ( ) Satisfeito ( )Indiferente ( ) Insatisfeito ( ) Muito insatisfeito

14) Por quê? Especifique sua resposta

__________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________________

15) Qual sua opinião sobre os meios de vendas já utilizados pelo Balaroti?

( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo