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ESTUDO DO PASSE – CADERNO 02 DE 03 WILSON DA CUNHA 1 Material de Estudo – Tema 7 Estudo do Passe Caderno 02/03 Seu estudo, suas técnicas e sua prática

Tema 07 - Estudo do Passe 02:03 - Espiritismo Redivivo · estudo do passe – caderno 02 de 03 wilson da cunha 2 Índice capÍtulo 01 – exigÊncias ao passista 3 capÍtulo 02 –

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Material de Estudo – Tema 7

Estudo do Passe

Caderno 02/03

Seu estudo, suas técnicas e sua prática

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ÍNDICE

CAPÍTULO01–EXIGÊNCIASAOPASSISTA 3

CAPÍTULO02–OPASSISTAESEUSCUIDADOSNAFADIGAFLUÍDICA 11

CAPÍTULO03–TÉCNICASDOPASSE 15

3.1INTRODUÇÃO 15

3.2.PASSEFRICÇÃOEROTATÓRIO 22

3.3PASSEFRICÇÕES(SEMCONTATO) 23

3.4PASSEROTATÓRIO 24

3.5PASSEROTATÓRIOOUCIRCULAR 24

3.6PASSELONGITUDINAL 26

3.7PASSEDISPERSIVO-TRANSVERSAL 28

3.8PASSEPELOSOPRO 29

3.9TÉCNICADEASSOPRARQUENTE 33

3.10TÉCNICADEASSOPRARFRIO 35

3.11PASSEPERPENDICULAR 37

3.12PASSEPASTEUR 37

3.13PASSEDEREEQUILÍBRIO 42

3.14PASSEIRRITANTE 42

3.15PASSECOLETIVO 43

3.16–CORRENTEMAGNÉTICA 46

CONSIDERAÇÕESFINAIS 55

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CAPÍTULO 01 – EXIGÊNCIAS AO PASSISTA

Todo aquele que é movido pela boa-vontade e o desejo de

auxiliar ao próximo, pode e deve aplicar passe. Lembrando que não se

deve aplicar o passe contrariado, melancólico e negativo. Pois o que

se pensa na hora do Passe poderá ser absorvido pela pessoa que

recebe e que se estiver doente por exemplo, irá se sentir ainda pior.

As mãos tanto podem abençoar como perturbar as criaturas

dependendo do modo pelo qual o passista se conduz na vida. Por isso,

o clima interior do trabalhador da Seara de Jesus, deverá ser sempre

de equilíbrio físico e emocional, para melhor servir, em nome da

caridade e do amor ao próximo.

No entanto, quanto ao passista, esse preparo íntimo deve constar

como prioridade em sua vida, pois, ninguém dá aquilo que não tem.

Para doarmos bons fluídos aos nossos irmãos – encarnados ou

desencanados – é preciso que tenhamos energias saudáveis, de boa

qualidade, que provém de mentes saudáveis.

Portanto, o passista precisará estar sempre pronto para o

trabalho que se faz necessário nos momentos em que menos se espera,

que é quando seu concurso se torna valioso recurso para o

necessitado.

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Requisitos básicos para o passista:

Ø Disposição sincera de ajudar o próximo, encarando-o

como irmão;

Ø Conhecimento sobre o assunto e se reconhecer apenas

como intermediário dos recursos ministrados ao paciente;

Ø Interesse pelo estudo;

Ø Perseverança no trabalho, inspirando confiança aos

espíritos;

Ø Fé raciocinada e profunda confiança, alicerçadas nos

ensinos de Jesus;

Ø Procurar sempre melhorar seu clima fluídico;

Ø Buscar o domínio sobre si mesmo, equilibrando as

emoções e sentimentos;

Ø Exercício de caridade, vigilância e buscas apoio constante

na prece.

André Luiz nos informa que o missionário do auxílio magnético

da Crosta, ou aqui em nossa esfera, necessita ter domínio sobre si

mesmo. Além disso, deve possuir também espontâneo equilíbrio de

sentimento, acrescentando amor aos semelhantes, alta compreensão

de vida, fé vigorosa e profunda confiança no poder divino.

Todavia, cumpre-me acentuar que, semelhante requisito em

nosso planeta constitui exigências a que não se pode fugir. Quando na

esfera carnal, a boa vontade sincera, em muitos casos, pode suprir

essa ou aquela deficiência, o que se justifica em virtude da assistência

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prestadas pelos benfeitores de nossos círculos de ação, ao servidor

humano ainda incompleto no terreno, das qualidades desejáveis.

O trabalho incessante com os nossos benfeitores na missão de

amparo aos semelhantes recebe sugestões e aperfeiçoamento. Se a

mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das

emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade,

pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais

daqueles com quem convive e que se encontram no mesmo estado de

desequilíbrio.

O médium passista não deve procurar se incorporar para dar

Passe. Isso não quer dizer que havendo a incorporação não se deve

oferecer o PASSE. Pois sabemos que existem pessoas num grupo que

quando muito bem postos diante da sua mediunidade, fazem com que

a incorporação atenda as necessidades do momento, com muita

eficiência na ajuda tanto quanto ao obsessor, quanto a pessoa

necessitada.

P. No caso específico do passe, a pessoa pode optar pelo processo de

sentir-se mediunizada?

R. Não devemos ter essa prática, é um erro. Nesse caso, médium e

espírito que se prezam estão precisando de estudos. Entendemos que o

médium em transe, sofre um desgaste e que aplicando o passe ele

sofre mais um desgaste.

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Os espíritos não precisam compulsoriamente se incorporar ou

retirar o fluído do médium para ajudarem no socorro pelo passe.

Podem manipular e extrair energia sem o desgastar, não sendo

necessário o transe.

P. Quando é admissível fazer Passe fora do Centro Espírita, ou seja:

fazer passe a domicílio?

R. Somente sedeve aplicar o passe à domicilio, quando o paciente não

pode de maneira alguma, ir ao local reservado para esse mister, que

são: hospital espírita, escola espírita ou o próprio Centro Espírita.

As consequências de um médium andar daqui para ali aplicando

passe, são muito graves. Ele pode não estar armado de defesas para se

acautelar das influências que o aguardam em lugares onde a palavra

superior não é ventilada, onde as regras de moral não são preservadas

e onde o bom comportamento não é mantido. Devemos, sim, atender

uma solicitação, vez ou outra.

Um paciente que tem um problema de saúde vai ao médico, por

que ele acredita do médico. Se, o paciente não vai ao Centro mesmo

tendo condições é por não acreditar, por acomodação, por desprezo ou

por preconceito.

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P. É necessário ou desaconselhável durante o passe, a manifestação

psicofônica?

R. Na página interior tocamos nesse assunto, mas vamos nos

aprofundar:

Os benfeitores comumente não incorporam para aplicar o passe,

o que não impede que, uma vez incorporado, o benfeitor aplique o

passe. Aqui temos a seguinte situação:

• O médium receber espíritos para aplicar o passe, o que

muitas vezes esconde a sua insegurança, o seu atavismo

não espírita, os seus hábitos deseducados. Ele não crê que

os espíritos possam se utilizar dele sem a necessidade da

incorporação.

Então, muitas vezes, por um processo de indução psicológica, o

espírito projeta os fluídos e o médium age como se estivesse

incorporado. Não se dando conta de que não se trata de uma

incorporação, mas de um envolvimento vibratório, que lhe faz

arrepiar.

Com isso, devemos entender que, embora haja a atuação dos

benfeitores espirituais no trabalho do Passe, não há nenhuma

necessidade de que incorporemos espíritos para aplicá-los. Entendo

haver situações em que o espírito, ao sentir a necessidade de atuar

com certa urgência diretamente junto ao obsessor, utilize o

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mecanismo da incorporação. Nesse caso, deve haver o entendimento

do médium, assim como do dirigente da atividade.

Há companheiros que ainda não foram educados para o trabalho

do Passe e apresentam uma situação com característica de distúrbios

do que de ascendência mediúnica: os cacoetes psicológicos, a

respiração ofegante, o retorcer dos lábios, os gestos bruscos, estalidos

de dedos, etc.

Médiuns passista, entendemos que a mediunidade curativa se

reveste da mais alta importância, desde que alicerçada na vigilância

no seu campo de ação, porquanto de sua higiene mental e moral

resultará o reflexo benfazejo naqueles que se propõem a socorrer.

Eis porque se pede a sustentação de hábitos nobres e atividades

elevadas, alicerçada na simplicidade e na humildade no serviço de

socorro aos doentes, de vez que, semelhantes fatores funcionarão à

maneira do tungstênio na lâmpada elétrica, susceptível de irradiar a

força de usina, produzindo a luz necessária à expulsão de sombras.

O investimento cultural, juntamente com o sentimento nobre,

ampliará os recursos psicológicos, facilitando a recepção das

orientações e avisos dos instrutores que lhe propiciem amparo. O

asseio mental lhe consolidará a influência, purificando-a, além de

garantir-lhe a autoridade moral, indispensável, capaz de induzir ao

enfermo o despertar das próprias forças de reação.

Ao passista, é necessário que tenha alguma noção acima do

corriqueiro e no caso, com referência a constituição humana e sua

fisiologia.

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Vejamos o que diz Rino Curti, no livro Passe.

O médium está em prece, concentrado (...), Conrado - espírito

impondo a destra sobre a fronte do médium, oferecendo radiosa

corrente de força e inspirou-lhe a movimentar as mãos sobre o doente,

desde a cabeça, até o fígado enfermo (...). Descendo com as mãos até

ao órgão afetado, estabelecendo a possibilidade de construir linhas de

força até ele.

A senhora ficou aliviada, saindo satisfeita. Eis por que defendo

o método / técnica no passe diante de determinadas situações.

Vamos analisar o atendimento exposto:

Um passista sem conhecimento algum da fisiologia do corpo

humano, e tendo a mesma assistência do espírito Conrado, nada

saberia fazer, quanto a intuição “leve as mãos ao Pâncreas”. Que

situação, além de não saber o que é Pâncreas, não saber localizá-lo.

A situação desse passista é mais constrangedora, caso tivesse

conhecimento de que não pode ajudar um espírito superior no

decorrer do sono para um trabalho de cura, pela falta de bons

recursos.

Nos dois casos: Fígado e Pâncreas, o médium tendo

conhecimento que o sangue é o veículo de alimento e irrigação das

nossas células, suprimento de que elas necessitam, poderá fazer o

passe circular. Nesses casos, mentalizando o desejo de agilizar o fluxo

do sangue na região doente e indo ainda mais longe, podendo dizer

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com firmeza mental: que as células doentes possam ser substituídas

por células renovadas.

Como vemos no passe não se tem regras rígidas, se temos é: o

nosso espírito querendo e o físico executando.

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CAPÍTULO 02 – O PASSISTA E SEUS CUIDADOS NA FADIGA FLUÍDICA

A Fadiga Fluídica se caracteriza pela seguida e acentuada perda

energética (fluídica) de uma pessoa, podendo essa perda chegar a

comprometê-la orgânica e fluidicamente.

Estes, geralmente são mal orientados acerca dos cuidados que

devem ser tomados na dosagem na doação. Há necessidade do

passista observar a sua potencialidade de Usinagem e capacidade de

distribuição.

Como já dissemos no caderno anterior, as fontes fluídicas são de

três realidades:

1. Os fluídos espirituais: são aqueles que promanam do mundo

espiritual, e no caso assimilados pelo passista;

2. Os fluídos humanos/animal: são os conhecidos fluídicos

anímicos ou magnéticos, elaborados no organismo humano. A

doação é só do ser humano;

3. Os fluídos mistos: são os decorrentes de duas fontes: espiritual

+ humana, sendo utilizado nos Centros Espíritas, nos auxílios

das doença física e psíquicas.

Vamos ao entendimento: os fluídos oferecidos pelo passista,

quando em excesso, podem causar cansaço mesmo com a participação

espiritual. A reposição dos fluídos não demora a ser realizada, basta

uma boa noite de sono.

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Vamos ao nó da questão: a fadiga fluídica está na razão direta da

falta de sintonia com o trabalhador espiritual. Pois assim acontecendo,

esse passista está ofertando apenas as suas energias anímicas

Quando ouvimos o passista dizer que não se fadiga nunca, e que

suas energias são revigoradas com algum pequeno descanso, é fácil

entender:

O mesmo está sendo canal de energia espiritual, e a sua

participação na doação de energia é em pequena quantidade. Aqui fica

a seguinte observação: o passista está diante de uma pessoa muito

desgastada em sua energia e tem o desejo de injetar quantidade

satisfatória de energia natural, daí pode-se entender que houve um

desgaste maior na energia do médium. É diferente quando o médium

apenas diz: receba esse passe em nome de Jesus e movimenta os seus

braços.

Quando ouvimos o passista afirmar: que após 2 (dois) ou 3 (três)

passes sente-se exausto. Já sabemos que a doação foi apenas dele.

Quando as energias são anímicas (oxoérgicas), quer dizer que

liberou energias íntimas com possibilidades do passista sentir alguns

plexos funcionando muito ativamente, especialmente o laríngeo,

cardíaco, gástrico e o esplêndido.

Quando as energias são mescladas, mas muito atuante do

mundo espiritual há um reconforto fluídico ao passista.

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Será que posso chamar de fadiga fluídica – no sentido inverso -

quando o passista tem grande capacidade de usinagem, produção

intensa, necessitando doar em intervalos menores e não faz tal? Incluo

nesse rol as pessoas elétricas.

Nesse caso, o remédio é doação, mesmo que seja apenas ficando

sentada numa sala de Passe orando, doando seus excessos de fluídos

aos trabalhadores espirituais – os quais estão em trabalho de Passe.

Para sabermos o quanto estamos doando de nossas energias

anímicas / magnéticas, a observação é:

Se após as atividades do Passe, alimentação e repouso normal,

no dia seguinte amanhecemos com uma sensação de ressaca, com

ânsias, desgastes musculares, dores nas articulações, enxaqueca,

câimbras, sonolência excessiva, falta de apetite, é sinal que houve um

dispêndio de energias além do recomendado.

Mesmo que esses sintomas não sejam de imediato, surgindo

após algumas semanas ou meses de prática de passes, é um forte

indicativo de que está havendo perca acentuada de fluídos - fadiga

fluídica - tornando-se necessário um refazimento imediato.

A recomposição energética pode dar-se de diversas maneiras:

• Em todos os casos, há na prece e na confiança do auxílio

espiritual um ponto primordial para uma recuperação mais

rápida;

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• Nos casos mais simples, podem ser controlados por

caminhadas ao ar livre, exercícios respiratórios,

alimentação natural e repouso;

• Aqueles casos mais complexos devem contar além dos

elementos, com passes energéticos e água fluidificada,

principalmente ao levantar-se em jejum, e ao deitar-se,

sempre em estado de oração;

• Em casos mais graves ainda, dosagem complementares de

soro, sendo aí sob a orientação médica.

A fadiga fluídica, pode levar o passista a um estado de profundo

abatimento, tanto físico quanto psicológico, com sintomas claramente

observáveis:

• Inchaço dos membros; quando os reflexos se dão nos

plexos.

Por outro lado, encontramos a grande compensação de se fazer

as coisas com proficiência: quando as energias são doadas de maneira

equilibrada, com a competente recomposição fluídico-magnética, o

passista não só não sente nenhum desses problemas como até vem a

corrigir eventuais descompensações orgânicas de que o mesmo seja

portador.

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CAPÍTULO 03 – TÉCNICAS DO PASSE

3.1 INTRODUÇÃO

Senhores passistas, não é preciso muito para quedas. Basta um

segundo de revolta, um instante de rancor, uma ponta de inveja,

ciúme, impiedade, julgamento apressado e leviano, uma calúnia - e

eis-nos a braços com desajustes psíquicos e espirituais.

Se o passista está propenso a um trabalho mais abrangente, deve

buscar resposta do alto concernente a qual – ou quais técnicas se

enquadram a sua mediunidade.

Acreditamos que escolhendo e estudando-as de três a quatro

técnicas, ou mesmo uma só, com a mente e o coração do médium

comandando, o resultado será satisfatório quanto a atendimentos do

físico, do emocional e obsessivo.

Não devemos desprezar que para os atendimentos em questão,

devemos entender:

Magnetismo no encarnado - aprofundando um pouco mais no

entendimento. Ação magnética (fluído material), está presente no

homem e em sua volta, que poderá com a sua vontade, atuar em

outras pessoas, no períspirito do encarnado, alcançando o perturbador

desencarnado.

Acabamos de utilizar o termo anímico por reconhecer que o

mesmo, está inserido na intimidade do ser humano.

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P. Será que nessa afirmação podemos definir que toda ação anímica

é totalmente anímica?

R. Sim e não, quem poderá afirmar que esse magnetizador não

espírita, no exercício da caridade e o necessitado, sendo portador de

méritos espirituais, não tenha ali um espírito ajudando.

Passe magnético espírita: É o passe transmitido pelo médium,

fornecendo somente os seus próprios fluídos e a sua própria força

irradiante, a ser assimilada e absorvida pelo doente. Nesse tipo de

passe normalmente se recebe assistência espiritual, porque os espíritos

superiores sempre ajudam aqueles que imbuídos de voa vontade,

atendem os mais necessitados.

Esse momento é muito importante, principalmente quando o

momento é individual entre paciente e passista, este podendo

contribuir ainda mais ao oferecer palavras de conforto, aumentando a

capacidade receptiva de quem vai receber o Passe-Dispersivo das

energias adoentadas.

Caso a metodologia seja oriunda da FEB, o primeiro

procedimento se inicia com o passe longitudinal, mãos na cabeça do

paciente conduzindo os fluidos até os pés, pela frente, possibilitando

atuar nos chacras, equilibrando as camadas mais densas dos fluídos

ditos “perniciosos”, e as mesmo tempo em que começa por reordenar

os demais fluidos. Quase sempre, finaliza-se esse atendimento com os

mesmos gestos – longitudinais, como iniciamos.

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Passe espiritual: é o passe transmitido pelos espíritos. No passe

espiritual, o necessitado não recebe fluídos magnéticos do médium,

mas outros mais finos e puros, trazidos dos planos superiores pelo

espírito que veio assisti-lo

Em qualquer situação, os fluídos funcionam como a identidade

do espírito.

Voltamos a acrescentar informações em relação ao Passe

Espiritual:

Pelo motivo de tratar-se de criatura de sentimentos retos, em

suas meditações naturais, em suas igrejas, determinada senhora

credenciou-se ao auxílio. É o recurso que o mundo maior utiliza para

socorrer pessoas de credo e religião não espírita. Ninguém está

desamparado. Eis duas fórmulas/método/técnica de passes utilizados

em diferente situações:

Primeiro caso: (...) ANACLETO (espírito) continuou de pé e

aplicou o passe longitudinal, mais adequado a necessidade do

socorrido, partindo do contato simples sobre a cabeça e descendo a

mão vagarosamente até a região do fígado.

Segundo caso: manchas (...) escuras (...) cercando a organização

fetal (...). Logo após, muito cuidadosamente atuou por imposição das

mãos sobre a cabeça (...) como se quisesse aliviar-lhes a mente. Em

seguida, aplicou-lhe passe ROTATÓRIO, na região uterina. Manchas

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microscópicas se reuniam, se congregado numa só (...) transferindo-se

para o interior da bexiga.

Muitos estabelecem eternos dois padrões de passes para atender,

situações diferentes.

1. Imposição estática das mãos e preces;

2. Outros dizendo: receba esse passe em nome de Jesus e

utilizando os braços em gestos transversais.

São métodos ajustados dentro da simpatia da Casa Espírita e dos

médiuns.

Informação importante: O médium passista que tenha apenas

esses dois entendimentos, teria sincronismo com o espírito

ANACLETO? Não.

Com referência ao passe espiritual:

P. Como definir o Passe Espiritual, em que oportunidade ele se

verifica quando existe a participação do médium?

R. Entendemos que em muitas ocasiões não venha a ser percebido

pelo passista esse acontecimento.

Em que momento isso pode ocorrer: toda vez que vamos atuar

junto a alguém que apresenta distúrbios de ordem mediúnica,

perturbação espiritual, quando utilizamos os gestos longitudinais.

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Assim acontecendo, haverá um intercâmbio magnético e,

simultaneamente mediúnico, porque estamos sob ação dos Bons

Espíritos, ou seja: em sintonia. Estando o passista em perfeita

sintonia, ele perceberá que foi o mentor que distribuiu as energias.

Não havendo fé em quem busca ajuda, toda atenção será inócua.

Esse entendimento é de fácil compreensão, pois mesmo Jesus quando

curava, afirmava: A tua fé te curou.

P. Sabemos que os espíritos poderão aplicar o Passe diretamente e,

nesse caso, não podemos chamar essa intervenção do real Passe

Espiritual?

R. Sim. Comumente eles assim o fazem. Algumas vezes, eles

necessitam de maior dosagem de fluidos extraídos do organismo das

criaturas encarnadas.

Não esquecer que nesse caso quem aplica o passe é o espírito.

P. Não vamos nos desconsiderar se o espírito eventualmente durante

o passe tenha o desejo de oferecer uma palavra amiga.

Que cada dirigente e médium se inteirem do seguinte:

R. Reconhecendo que o Passe é a contribuição vibratória que nós

podemos dar em nome da Caridade, assim sendo, desconhecemos a

necessidade de comunicação psicofônica durante o seu transcurso, até

porque – como já comentado – a incorporação diminui em muito a

energia que pretendemos oferecer ao necessitado.

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Eis quando caracterizamos o médium Passista, segundo

instrução de André Luiz, no livro “Domínios da Mediunidade”:

Aquela pessoa, que no equilíbrio mental, adquire para si

energias que circulam em torno da sua cabeça como que assimilando

os valores da sua mentalização, escorrendo a partir de então através

das mãos, para beneficiar o assistido.

As energias circulam em torno da cabeça, com o coração

tomando parte. Assim sendo, quem em atitude de mãos para o alto,

afirmando que é para receber energias, está exercendo o misticismo.

Já tínhamos dado por encerrado o comentário quanto ao

incorporar para oferecer o passe, quando determinado amigo, médium

espírita, assim se manifestou:

Eu faço a oração para o exercício do Passe, mas meu guia não

me deixa aplicar o Passe sem a incorporação.

Só me restou pensar:

-Meu Deus, cegos guiando cegos. É necessário estudo para os

dois. Pasmem! Mais de vinte anos de atividade na atividade

mediúnica de desobsessão.

Uns parênteses, desde o primeiro caderno vamos nos deparando

com a necessidade da aceitação em torno da existência sim, de

técnicas de passes em muitos momentos, movidos pela necessidade.

Conforme esclarece o venerando espírito Emanuel: O Passe poderá

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obedecer a métodos que ofereçam maior porcentagem de confiança,

não só a quem dá, como também a quem recebe.

Nunca devemos estabelecer que a prática do Passe se torne

alguma coisa estática, ou eclética. O médium passista deve ter em

mente alguma diretriz quanto ao passe:

v Que benefício eu pretendo oferecer a essa pessoa? Assim

posto, mente firme no desejo: Jesus o meu desejo é (...),

mas seja feita a sua vontade.

v Qual a qualidade do fluído que devo oferecer: calmante ao

paciente exaltado, com muita energia ao paciente idoso?

v O momento exige o desejo de desalojar, o espírito

atormentador? Esquece o homem ou mulher que está a sua

frente e vibre amor e palavras de comando ao irmão

doente.

Mas será que terei resultado desejado?

Caso não tenha de imediato, as que foram palavras ditas com o

magnetismo do amor nunca mais se perderão, e no momento certo, ela

encontrará guarita no coração do sofredor.

Apresentamos uma pequena regra para a maioria dos passes:

Ø Quanto mais perto da pessoa e mais lento, mais ativo em

energia;

Ø Quanto mais distante, mais calmante serão os efeitos;

Ø Quanto mais rápidos, mais dispersivos.

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3.2. PASSE FRICÇÃO E ROTATÓRIO

Movido pelas características, colocamos o Passe Circular na

cadeia dos Passes: fricção, e rotatório.

Esses passes fricção e rotatório são executados com a palma de

uma das mãos ou com os dedos apontados ao local que se pretende

ajudar.

Modo operacional: em movimentos circulares da direita para a

esquerda, e vice-versa - exceção ao Passe Rotatório.

Esses passes são muito ativos e por isso, utilizados quando se

pretende tratar de assuntos ligados a problemas físicos. Há melhor

resultado quando o passista tem o desejo que o sangue irrigue com

maior intensidade o local doente.

Esse Passe, pela força mental que o médium imprime, tem um

poder magnético muito acentuado, motivo de recomendarmos após

esse procedimento, o passe dispersivo buscando retirar os excessos de

energias concentrada – passe longitudinal ou transversal, percorrendo

todo o corpo, ou iniciando onde foi magnetizado.

Esta modalidade de Passe palmares e digitais é utilizada no

plano espiritual, vejamos: “Ato contínuo, conclamou-nos à oração

silenciosa, recorrendo ao auxílio do dedicado BERNARDO (espírito),

que acudiu com Passes de dispersão fluídica a princípio, para, logo

depois em movimentos rítmicos - circulares - objetivando a área

cardíaca-pulmonar, revigorá-lo com energias especiais” – livro

“Painéis da Obsessão”.

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3.3 PASSE FRICÇÕES (SEM CONTATO)

Age profundamente, estimulando a ramificação dos nervos

sensitivos do derma, alcançando os tecidos subjacentes.

Esses Passes de Fricções produzem muitas vezes certos

desequilíbrios orgânicos de pouca importância e facilmente

removíveis, oriundos de acumulações fluídicas em uma ou mais

regiões do corpo.

Esse desequilíbrio consiste comumente em opressão do peito,

contratura e espasmos. Assim sendo, é aconselhável que no fim de

cada magnetização, se ministre o passe dispersivo dos fluidos que

foram concentrados na região ou regiões magnetizadas.

Não estranhe o uso que faço da palavra; “magnetizada”, pois o

Passe espírita nada mais é que “Passe magnético”. Assim sendo,

observem a responsabilidade do Passista de não ser acomodado, e sim

ativo e coadjuvante com a espiritualidade.

Diremos que em todas as situações em que concentramos

energias no local então doente, devemos utilizar o Passe dispersivo,

independe do modelo do passe.

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3.4 PASSE ROTATÓRIO

Podemos dizer que é idêntico ao Passe Circular. As palmas das

mãos ou com as pontas dos dedos são movimentadas em círculos

concêntricos no sentido dos ponteiros dos relógios. Obedecendo o

sentido magnético da terra. Toda água, quando escoada de qualquer

reservatório gira no ralo no sentido da direita, para a esquerda. A

aplicação da técnica desse Passe é recomendada quando o passista

deseja ativar circulação do sangue, plexos e chacras.

Essa técnica do Passe rotatório o espírito ANACLETO utilizou

(...) Logo após muito cuidadosamente atuou por imposição das mãos

sobre a cabeça (....) como se quisesse aliviar-lhe a mente. Em seguida,

aplicou-se o PASSE ROTATÓRIO na região uterina. Vi que as

manchas se reuniam numa só, formando pequeno corpo escuro. Sob o

influxo magnético do auxiliar, a reduzida bola fluídico-pardacenta

transferiu-se para o interior da bexiga.

3.5 PASSE ROTATÓRIO OU CIRCULAR

Põe-se a mão sobre o ponto que se quer dispersar fluídos

perniciosos, nas doenças, ou no desejo de desalojar espíritos doentes,

sem tocar no paciente e com a palma da mão e com os dedos voltados

para cima, inteiramente abertos, firmes e imóveis, mão dirigida ao

ponto que se quer dispersar os fluídos doentes. Com resultados

excelentes para se fazer cessar dores localizadas, tumores e

inflamações. Entendo eu, não haver diferença e sim na nomenclatura.

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Adicionei a palavras desalojar quando utilizei esse método pela

primeira vez a determinado espírito que se ligou na região gástrica de

uma jovem, o qual ao sugar essas energias, ocasionava excesso de

fome. No primeiro passe foi desalojado em parte, conforme nos

relatou dois dias depois ao nosso grupo mediúnico.

Parece que estou inventando passes eclético, mas saibamos que

é utilizado no plano espiritual. Vejamos:

(...) Ato continuo, conclamou-nos à oração silenciosa,

recorrendo ao auxílio psicoterápico do dedicado espírito

BERNARDO, que acudiu com Passes de dispersão fluídica a

principio, para logo depois em movimentos rítmicos, circulares,

objetivando a área cardio-pulmonar, revigorando-o com energias

especiais. Livro “Painéis da Obsessão”, cap. II, página 82.

Observação: Lembrando dos cuidados que se deve ter na

utilização, dos Passes-circulares, fricções e rotatório etc., na região do

coração, em quem tenha problemas físicos dessa natureza. Não temos

a visão espiritual, como a espiritualidade tem.

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3.6 PASSE LONGITUDINAL

É executado com as mãos levemente abertas pela frente do

receptor, ou seja: iniciando na cabeça, passando pelo tronco, braços e

pernas até os pés.

Observação: não importa onde a pessoa esteja, tenho ministrado

passe à distância, fora do estado e em alguns países solicitados por

conhecidos, quando não solicitam ajuda a pessoas necessitadas, a

exemplo da jovem australiana, que tinha o desejo de suicídio.

Graças a Deus essa jovem hoje estuda o Evangelho Segundo o

Espiritismo, encontrado no seu país. Faça da sua mente o seu braço e

mãos, toda vez que for solicitado o seu passe à distância. Necessidade

que os dois lados estejam em sintonia.

Aos que estão a distância ou perto o passe deve ser administrado

pela frente da pessoa, assim teremos condições de atingir com mais

facilidade os Chacras.

Esse passe quando aplicado lentamente, satura o doente de

fluídos ativos e excitantes. São os mais conhecidos e praticados em

Casas Espíritas vinculadas a FEB. Aos espíritas que adotarem a

imposição das mãos, como geralmente fazem, apenas deixo o seguinte

registro: façam os movimentos das mãos, e mentalmente busque fazer

com que essas energias percorra todo o corpo, finalizando nos pés.

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Quando o peso da idade estiver incomodando, o passista poderá

conduzir os fluídos até os joelhos e depois concluir do joelho aos pés,

usando os dois tempos.

Nos passes longitudinais, pode o passista estabelecer: Três

passadas de mãos, da cabeça aos pés com maior velocidade

mentalizando a retirada dos fluidos perniciosos e depois Três passadas

mais lenta, na intenção de injetar fluídos saudáveis. Sendo o médium

o condutor dessas energias, deve entender que tem como ferramenta:

braços e mãos e a mente que é maior ferramenta a comandar o seu

desejo de ajuda.

Nas três primeiras ações: o passista retira os fluídos perniciosos;

Nas três segundas ações: o passista adiciona fluidos salutares

sobre o paciente.

Falar em técnicas para o passe é criar algum mal-estar entre

muitos espíritas: entendam que de mim nada tenho e sim me oriento

observando ensinamentos oriundos do mundo espiritual e dos

resultados práticos.

ANACLETO (espírito). (...) continuando em pé, aplicou-lhe o

Passe longitudinal sobre a cabeça (...) e descendo as mãos,

lentamente, até a região dos Rins, criava linhas de força que

conduziam maiores recursos para a região afetada,

desmaterializando a massa escura que se desfez após certo tempo. O

Rim voltou à normalidade plena.

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3.7 PASSE DISPERSIVO-TRANSVERSAL

Muito utilizado por mim quando o médium ao desincorporar,

sente os fluídos perturbador do espírito doente. Iniciando na altura da

cabeça, até o final do tronco, pelas costas pelo fato do médium estar

de costas, com um braço indo para uma direção e o outro vindo, como

se tivéssemos em cada mão, um espanador retirando poeira.

Pela frente quando o beneficiado está sentado de frente para o

médium. Esse passe é executado com os braços e mãos distendidos à

frente, a uma distância entre 30 a 50 centímetros. Pelo fato de ser um

passe de grande poder dispersivo, torna-se, passe de cura.

Seu modo operante é relativamente simples: o operador

posicionado de pé e de frente ao paciente - salvo quando a pessoa

esteja sentada, numa mesa mediúnica – , os dois braços estendidos,

mãos abertas, com os polegares para baixo; nessa posição, ele abre

rapidamente e com muita energia os braços no sentido horizontal, vai

percorrendo o corpo da pessoa, caso o passista deseje dar

continuidade ao mesmo passe, deve paralisar os movimentos, e com

os braços não junto ao corpo do assistido, para que não haja o retorno

das energias, inicia-se o mesmo passe começando como foi no início.

Cruzamento do braço esquerdo com o braço direito.

Podendo ser repetido várias vezes;

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3.8 PASSE PELO SOPRO

Essa modalidade de passe ainda é muito desprezada, mesmo

quando se conhece, mas não será num futuro breve. Motivo de eu me

estender na exposição.

Nesse processo, o passista do sopro deve ter o cuidado em não

aspirar o ar do local aplicado. Essa técnica é muito recomendada pelo

espírito André Luiz.

Focamos aqui o valor do sopro frio, mas temos o passe do sopro

quente, veremos logo mais.

No espaço, em suas colônias, em organização de auxílio, este

passe possui desenvolvimento muito amplo e tem caráter

sensivelmente mental-criativo: o operador insufla vida e a força nos

corpos doentes, constrói na própria mente o quadro das realizações

benéficas que visa. Os técnicos desse tratamento, conhecedor como

são do metabolismo psíquico individual e tendo também apreciáveis

capacidades de vidência, acompanham passo a passo os efeitos da

aplicação, levando-a até os limites necessários, obtendo os resultados,

promissores.

A cura pelo sopro é uma realidade. E, quando o médium é

treinado, obtém resultados extraordinários. O companheiro disposto

ao aprendizado é igualmente levado durante o sono para escolas de

comportamento, onde aprende o que lhe falta em instrução terrena.

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Além disso, os espíritos de grande habilidade irão acompanhá-lo

em todos os trabalhos de caridade.

Pode-se soprar um pouco mais distante, ou pode-se aproximar

mais, conforme a intenção indicar. Não se deve seguir regras

exigentes, como um esquema de fazer uma máquina. As coisas

divinas são mutáveis de acordo com as necessidades, que são

variáveis em todos os campos da vida.

Quando entrar nessa operação de sopro, não se pode esquecer de

limpar a mente de toda e qualquer animosidade.

Se não estiver bem consigo mesmo, que possa no outro dia,

estar melhor para trabalhar em eficiência. Deve lembrar bem de que a

boca que cura deve perder o poder de ferir. As forças mentais que

ajudam no estabelecimento dos enfermos não podem conhecer a

discórdia nem aderir à maledicência.

O sopro curador, mesmo na Terra, é sublime privilégio do

homem. No entanto, quando encarnados, demoramos muitíssimo a

tomar posse dos grandes tesouros que nos pertencem.

(...). Mas semelhante patrimônio está à disposição de qualquer

espírito encarnado? – perguntou o espírito VICENTE. Nosso

orientador pensou alguns instantes e respondeu atencioso.

Como o passe, que pode ser movimentado pelo maior número

de pessoas, com benefícios apreciáveis, também o sopro curativo

poderia ser utilizado pela maioria das criaturas, com vantagens

prodigiosas.

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Entretanto precisamos acrescentar que, em qualquer tempo, o

esforço individual é imprescindível.

Nossos técnicos (desencarnados) não se formam de pronto.

Exercitaram longamente, adquirindo experiências a preço alto,

conservando a pureza da boca e a santidade das intenções.

Nos círculos carnais, para que o sopro se afirme

suficientemente, é imprescindível que o homem tenha o estômago

sadio, a boca habituada a falar o bem, com abstenção do mal, e a

mente reta, interessada em auxiliar.

Obedecendo a esses requisitos, teremos o sopro calmante e

revigorador, estimulante e curativo. Através dele, pode-se transmitir

também na Crosta, a saúde, o conforto e a vida.

Isto não é novo. Jesus, além de tocar naqueles a quem curava,

concedia-lhes, por vezes o sopro divino. O sopro da vida percorre a

Criação inteira.

Chefiando este Posto, tenho incentivado, com as possibilidades

ao meu alcance, a formação de novos cooperadores nesse sentido,

oferecendo compensações aos que aceitarem iniciar a tarefa da

especialização, nem sempre fácil para todos.

A própria Bíblia aludindo aos primórdios do homem, narra que

o Criador assoprou na forma criadora, comunicando-lhes o fôlego da

vida.

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“Caro André, mesmo partindo de homens imperfeitos, mas, de

boa vontade, todo sopro com intenção de aliviar e curar, tem relevante

significação entre as criaturas, porque todos nós somos herdeiros

direto de Divino poder.

Não estamos diante de uma exclusividade. No plano carnal, toda

boca, santamente intencionada, pode prestar apreciáveis auxílios

divinos, transmitindo fluídos vitais de saúde e reconforto”.

Para os simpatizantes e adeptos do passe em sopro,

apresentamos abaixo um demonstrativo:

PASSE SOPRO

Quente Estimulante

Quente Cicatrizante

Quente Descongestionante

Frio Calmante

Frio Revigorante

Frio Curativo

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3.9 TÉCNICA DE ASSOPRAR QUENTE

A boca semi-aberta, procurando a maneira que proporcione o ar

quente, como quem deseja aquecer as mãos em dias de frio.

O passe sopro-quente para ser melhor entendido,

denominaremos de insuflação quente, é executado na forma de

contato físico, da seguinte maneira: coloca-se um lenço sobre a parte

que se deseja magnetizar; após fazer uma longa aspiração, aplica-se a

boca sobre o lenço, soprando com força – insuflação.

Esgotada a provisão de ar, retira a boca, afasta a cabeça. Nunca

aspirar, o fluído doente da pessoa, aspira-se pelo nariz, repetindo os

mesmos procedimentos, de no máximo seis, insuflação.

Quando a insuflação criar o calor e espalhar-se gradualmente

pelas regiões vizinha, é um bom sinal, porque prenuncia que a

circulação sanguínea se faz livre e normal. No caso contrário, deve

repetir as insuflações para total desobstrução de qualquer possível

congestionamento.

Um aparte: Tivemos experiência desse atendimento em pessoas

do sexo feminino. Qual foi o meio que encontramos para não se ser

esse contado? Utilizamos um pequeno tubo de PVC e fizemos sem

constrangimento a aplicação da insuflação.

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A insuflação – fazer com que o ar quente penetre no local

desejado do corpo – é empregada com excelentes resultados em:

Ø Obstruções;

Ø Asfixias;

Ø Dores de estômago;

Ø Afecções glandulares;

Ø Dores de ouvido;

Ø Inchaço nas juntas,

Ø Dores localizadas, etc.

A insuflação quente é demasiadamente excitante, devemos

tomar cuidado em não aplicar quando houver lesões profundas e

especialmente, coração e tuberculose adiantada.

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3.10 TÉCNICA DE ASSOPRAR FRIO

Voltamos com mais detalhes concernentes ao passe sopro-frio.

A boca fechada e os lábios colados, procurando a maneira que

proporcione o ar frio. Esse passe consiste no assoprar com o ar vindo

dos pulmões, é gesto natural do homem e é de ação dispersiva nos

acúmulos de fluidos, principalmente nos estados congestivos,

depressão nervosa, vertigens. Seu efeito é refrigerante é calmante,

funciona como precioso processo dispersivo. Pode ser usado para:

a) Dores de cabeça;

b) Agitações;

c) Ataque de nervos;

d) Queimaduras, etc.

Durante reunião mediúnica, temos usado o Passe-Frio com

grande proveito, por ter efeito descongestionante, dispersivo das

energias absorvida pelo médium no processo da incorporação.

Exemplo:

Ao atender um espírito com muita agressividade, e buscando

facilitar o seu socorro, o dirigente pela necessidade, leva-o a

sonolência. O médium poderá intoxicar-se desses fluidos e sentir os

reflexos após a desincorporação;

Usamos o passe-frio, proporcionando ao médium o retorno a sua

normalidade.

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P. Como proceder, essa ajuda ao médium?

R. Utilizar a técnica do sopro frio, três vezes na cabeça.

Por exemplo em um paciente que indevidamente se incorpore na

cabine de Passes, e o espírito insiste em não se afastar.

P. Como proceder?

R. Sopro frio, na cabeça, ou mirando a região frontal da pessoa.

Nos dois exemplos, outros mecanismos podem ser usados,

sendo que o principal é fator moral do dirigente. Nunca esquecendo o

valor da intuição.

Observação: Como foi exposto no primeiro caderno, apenas

estou propondo informar parte desse universo. A escolha é pessoal ou

conforme sua Casa Espírita adote.

Devemos considerar que nada é estático, que na vida existe a

dinâmica e haverá ocasiões de variáveis.

Vejamos: Em determinada reunião mediúnica utilizei o passe do

sopro frio na cabeça do médium, com receio de obter a

desincorporação, mas fiz movido por uma intuição, muito forte.

Ele reclamava que a sua cabeça era de um vazio quase que total,

ele sentia-se caindo, caindo, sempre caindo. De imediato o espírito

afirmava a sua melhora, sem a sensação de queda livre. Era um

suicida que se atirou de um prédio.

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3.11 PASSE PERPENDICULAR

Tudo idêntico ao passe longitudinal, a diferença é: mãos

estendidas à distância de aproximadamente cinco centímetros da

cabeça, descendo-as até o chão, uma pela frente e a outra pelas costas.

3.12 PASSE PASTEUR

É meu desejo inserir na oportunidade de informação o passe

acima referido, que tem esse nome em virtude de ser PASTEUR-

ESPÍRITO, ou seja: Cromoterapia, via fluidos coloridos.

Vamos analisar os seus princípios:

Ø Cor vermelha viva, o ambiente terá efeitos excitantes;

Ø A cor sendo Azul ou Verde Claro, os efeitos serão, de repouso.

Nessa parte, O Dr. George poderá me ajudar, assim como Dra.

Josane.

O próprio Edgard Armond, afirmou: os raios fluídicos

luminosos têm cores que variam segundo as condições morais de cada

um e, nesse caso devo entender que corresponde à médium e paciente.

Acrescento: na terra nós mudamos o nosso padrão vibratório pelo fato

de administrarmos situações conflitantes a cada instante.

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Esses fluidos coloridos são uma realidade estudada por André

Luiz e expressa no livro “Mecanismo da Mediunidade” – Cap. I, uma

boa compreensão sobre luz, cores, ondas, conhecida e utilizada pela

espiritualidade, assim sendo, perguntamos:

Os espíritos utilizam essas cores em suas atividades? Sim.

Vejamos:

(...) Mário foi até um pequeno aparelho que estava conectado

do plano espiritual ao trabalho do Centro Espírita, e admirado viu

uma luz azulada cercar todo o local. É o nosso campo magnético, ele

impedirá que recebamos ataque de irmãos inferiores. Livro

“Reconciliação”, pág. 138.

(...) O obsessor ao lado de Eugênia. O mentor da Casa

aproxima-se dela e aplica-lhe forças magnéticas sobre o cótex

cerebral depois de arrojar vários feixes de raios luminosos sobre a

extensa região da glote. Livro “Nos Domínio da Mediunidade” -

André Luiz.

(...) Sobre a cabeça de Celina aparece brilhante feixe de luz,

desligada do corpo físico, cercada de irradiações azuladas. Livro

“Nos Domínios da Mediunidade” - André Luiz.

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(...) A medida que a prece ia sendo proferida uma nuvem gasosa foi

circundando a cabeça de Ricardo, onde as duas atendentes

mantinham as mãos. Essa nuvem tomou cor alaranjada, foi se

depurando em amarelo-canário, extremamente brilhante,

imperceptível adentrando na região coronária do jovem. Livro

“Quartel e o Tempo”.

(...) Um dos médiuns, que era vidente, extasiou-se ante a visão de

poderosíssima luz, ora azul verde, que atravessando o teto incidia seu

feixe luminoso diretamente na garganta do jovem adormecido.

Ao todo, a operação espiritual não demorou mais que dez minutos,

tempo necessário para o jovem voltar a falar. Livro “O Quartel e o

Tempo”.

O item acima equivale a todos os demais itens aqui colocados

concernentes a energias coloridas = Cromoterapia, palavra não aceita

por Divaldo P. Franco, em extensão, também pela FEB – posso estar

errado. Aqui faço uma ressalva; talvez não aceite quando se cria uma

sala e coloca-se luzes de cores variadas, dando conotação de

Cromoterapia espírita. Merece uma avaliação mais cuidadosa.

Desculpe-me, mas eu não entendo porque tanto ênfase nos

fluidos coloridos se eles acontecem automaticamente ao médium de

todas as Casas Espíritas, - ou mesmo num culto religioso onde haja

elevação moral. Assim sendo, não vejo sentido escutar o dirigente

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pedir ou querer tal cor, em benefícios do necessitado. Devemos ter

consciência que os fluidos são neutros e ao ser utilizado pelo homem

ou pelos espíritos, recebem a cor e propriedades, automaticamente

movido pela nobreza do coração.

Preocupado com as palavras acima grifadas, busquei o

entendimento de um amigo, que trabalha com as projeções de

energias coloridas e ele disse: Sim, não é apenas pedir, e sim que ao

pedir esteja expressando o que o coração já está produzindo.

Fenômenos luminosos na concentração de pensamentos. Livro

“Missionário da Luz”, Cap. I e II.

“Enquanto Alexandre falava para o grupo espiritual, com o

coração nas palavras - continua André Luiz - os dezoitos

companheiros encarnados demoravam-se em rigorosa concentração

do pensamento, elevado a objetivos mais alôs e puros. Era belo sentir-

lhes a vibração particular.

Cada qual emitia raios luminosos, muito diferentes entre si, na

intensidade e na cor. Esses raios confundiam-se à distancia de

aproximadamente sessenta centímetros dos corpos físicos e

estabeleciam uma corrente de força bastante diversas das energias de

nossa esfera.

Essa corrente não se limitava ao círculo movimentado. Em certo

ponto, despejava elementos vitais, à maneira de fonte miraculosa,

com origem nos corações e nos cérebros humanos que aí se reuniam.

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As energias dos encarnados casavam-se aos fluídos vigorosos

dos trabalhadores de nosso plano de ação, congregados em vasto

número, formando precioso armazém de benefícios para os infelizes,

extremamente apeados às sensações fisiológicas.

Semelhantes forças mentais não são ilusórias, como podem

parecer ao raciocínio terrestre menos esclarecidos, quanto as reservas

infinitas da possibilidade além da matéria mais grosseira”.

Sabedor dessa grandeza do universo das vibrações, ondas,

agitações e outros reinos ondulatórios, que nos leva ao entendimento

das Ondas Luminosas, agora entendo Pasteur, ele deve ter sentido a

necessidade de mostrar a nós outros que esse universo é maior do que

se entende.

Esse universo de ondas luminosas/luzes, levou Pietro Ubalde a

avançar ainda mais, oferecendo a nós outros o despertar de

sentimentos.

A finalidade desta viagem é dar ao homem nova consciência

cósmica. Uma consciência que o faça sentir-se não apenas ser eterno,

membro de uma humanidade, mas também representante de uma

força a desempenhar, um papel importante no funcionamento do

próprio universo.

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3.13 PASSE DE REEQUILÍBRIO

Há um equivoco, pois, todos os Passes são de reequilíbrio, e tem

pouco valor se o paciente não se dispuser a equilibrar-se. Podemos

oferecer ajuda complementar com:

Ø Palavras de orientação fraterna;

Ø Escutar suas aflições;

Ø Oferecer palavras de orientação, a luz do espiritismo.

3.14 PASSE IRRITANTE

A inconveniência de ficar muito tempo com as mãos em cima

do paciente, e se não bastasse, muito próxima, invade as energias

espirituais da pessoa, causando mal-estar e irritação. Podendo facilitar

a eclosão da mediunidade, ou riscos de animismo, principalmente se

utilizada nos trabalhos mediúnicos, ajudando o médium em

dificuldade na incorporação.

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3.15 PASSE COLETIVO

Numa emergência, quando não tenha passistas para atender as

pessoas. Se pode lançar mãos desse recurso, quando em um momento

emergencial.

Muito cuidado, porque pessoas sofridas com residência distante,

esperavam ansiosamente pelo Passe individual e se não

proporcionamos o mesmo, não há dúvidas de que criamos para essas

pessoas, a tristeza.

Não esquecendo que muitas delas, ali estavam pela primeira vez

e tal situação poderá afastá-la definitivamente do convívio com a

Doutrina. Pois o impacto do primeiro dia é fundamental e quase

sempre decide o retorno ou não daquele que a Casa Espírita tem a

responsabilidade relativa.

Em qualquer situação, quer ovelhas encarnadas, quer

desencarnadas, o dirigente de uma casa não pode esquecer a

advertência de Jesus “Das ovelhas que meu pai me confiou nenhuma

se perderá”. Eis a responsabilidade do dirigente da Casa Espírita.

Como fazer esse passe, essa vibração coletiva:

Ir conduzindo o pensamento e sentimentos para a união desses

valores, possam se unir, para obtenção da resposta do alto.

Um exemplo de palavras que, comungando em sentimentos com

os presentes, nos proporcionará luzes revertidas em magnetismo do

amor, invadindo o nosso ser, onde se caracterizará o passe coletivo.

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Quem dirige a palavra deve falar:

Em tom de voz alta apenas o suficiente para que todos no

ambiente possam escutar. Com objetividade par a que todos entendam

o que se esta vibrando.

A quem for usar a palavra:

Irmãos, é dando que se recebe. Ajudemos para sermos ajudados.

Vamos doar os nossos pensamentos e sentimentos fraternos aos

necessitados de toda ordem, aos carentes de saúde e de paz.

Vamos pensar em favor do próximo, principalmente do próximo

mais próximo, nossos familiares e Deus que tudo vê, nos abençoará e

ajudará.

Senhor ampara o nosso propósito de servir. Que em teu nome e

com o auxílio dos bons espíritos, possamos ajudar aqueles que estão

mais necessitados do que nós.

Pai, há quem esteja muito infeliz, mas dentro da sua

misericórdia, há muitos meios de socorro, muitos recursos para

reanimar as criaturas.

De toda a alma te regamos: abençoa os que sofrem, mesmo

sabendo que toda dor é redentora! Dá a cada sofredor a suavização de

suas dores, um bálsamo para as suas tristezas.

Jesus abençoe este Brasil para que ele possa cumprir a sua

missão de Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Que conforme

informações da espiritualidade ele cumpra a sua missão de abastecer

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com alimentos os momentos difíceis que o velho mundo da vaidade e

robótica, deve vivenciar.

Com referência a família, transcrevo não dogmas e sim o

cristianismo que o Papa Francisco oferece a nós outros.

“Família, lugar de perdão:

Não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos

perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita nem temos filhos

perfeitos. Temos queixas uns dos outros.

Decepcionamos uns aos outros. Por isso, não há casamento saudável

nem família saudável sem o exercício do perdão. O perdão é vital

para nossa saúde emocional e sobrevivência espiritual. Sem perdão a

família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas.

Sem perdão a família adoece. O perdão é a assepsia da alma, a

faxina da mente e a alforria do coração. Quem não perdoa não tem

paz na alma nem comunhão com Deus. A mágoa é um veneno que

intoxica e mata. Guardar mágoa no coração é um gesto

autodestrutivo. É autofagia. Quem não perdoa adoece física,

emocional e espiritualmente.

É por isso que a família precisa ser lugar de vida e não de

morte, território de cura e não de adoecimento, palco de perdão e

não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza,

cura, onde a mágoa causou doença”.

Papa Francisco.

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Esse homem antes de ser sacerdote, é cristão. O mundo

espiritual está investindo muito nele e em Dalai Lama, para despertar

o amor nos corações dos homens. A humanidade desaprendeu o

sentido da palavra amor. Amor é sexo nos motéis e se amor fosse

sexo, o mundo seria de plena felicidade.

3.16 – CORRENTE MAGNÉTICA

Tínhamos finalizado as informações concernentes a técnica do

passe, entretanto, convidado a participar de uma reunião de

tratamento físico e desobsessão através do método da corrente

magnética ao estilo do Livro “Desobsessão por Corrente Magnética,

volume I”.

Após essa participação, passei a sentir necessidade de analisar

esse método de Passe que visa atendimento em larga escala. Alguns

meses se passaram e por caminhos que às vezes me surpreende, chega

às minhas mãos literatura que endossa a nossa inquietude em torno

desse livro.

Uma dessas inquietudes é oriunda da página 58, desse livro,

onde se lê a seguinte afirmativa: “a corrente magnética nada mais é

que a corrente dos magnetizadores”. Concordo, pois de fato não deixa

de ser um ato de magnetismo.

Assim sendo cabe as seguintes perguntas:

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P. Essa corrente magnética é via médiuns espíritas? Ou homens

doadores de magnetismo? Nos dois casos eles conhecem a essência

dessa energia existente neles próprios?

Até para se doar temos que ter conhecimento, pois ninguém doa

coisas saudáveis se não as tem. Como diz determinado Juiz. Em tudo

tem que haver as vibrações do amor !

R. Vejam como fica difícil concluir essa resposta: Estamos diante de

duplo entendimento, ou seja: Esse livro fala de magnetizadores

espíritas ou não espíritas? Até porque no meio espírita não sabem

definir entre: acreditar no espiritismo e ser espírita.

Daqui para frente, faço minhas as considerações de CAUCI DE

SÁ RORTIZ, contidas na Revista Espírita, Allan Kardec, ano VIII,

número 33.

A proposta da corrente magnética parte de uma base falsa, qual

seja: a de que o Espiritismo exista para atender, na prática da

desobsessão a um grande número de pessoas, sendo necessário

“desenvolver e aplicar métodos para as multidões”, utilizando a

mediunidade. Dessa forma, estaremos negligenciando a atividade fim

do espiritismo. A essência da Doutrina, é conscientizar o homem da

necessidade de promover a sua renovação intima, incentivando-o a

tomar condução de seu destino, sabendo-se responsáveis pelos seus

atos e pensamentos, como espírito imortal.

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Daí o imenso esforço empreendido pela FEB, no sentido de

dotar as Casas Espíritas de bons grupos de evangelização da criança e

do jovem e de cursos direcionados aos adultos.

O estudo, que leva ao progresso espiritual, aliado à prática da

caridade ou evangelho-terapia, que conduz à evolução moral, é um

ponto central da Doutrina. A reunião mediúnica é um mero adjutório

desse objetivo maior e não a peça principal.

Um aparte: a ração de ser do espiritismo é a relação entre o

material e o espiritual, que nessa mão dupla nos oferece a ciência e

filosofia moral.

Na página 53 do livro em questão consta que a “corrente

magnética nada mais é que a corrente magnética dos

magnetizadores”.

A corrente magnética dos magnetizados visava exclusivamente

à cura dos males físicos. Não havia envolvimento com a mediunidade.

A corrente magnética apregoada no livro pretende a desobsessão, com

a recepção, ainda que rapidamente, da entidade obsessora. A

diferença de métodos e objetivos é contradizer a realidade do passe -

Ação Magnética.

O livro informa que Allan Kardec abordou a questão de corrente

magnética, mas deixa de esclarecer que o significado do termo dado

pelo codificador é completamente diverso do sentido dado pelo livro.

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Kardec, ao falar de corrente magnética, alude tão somente à

ligação fluídica existente entre os componentes, encarnados e

desencarnados, de um grupo mediúnico e não a um método para

desobsediar multidões.

Um aparte: o passe espírita, o tratamento espírita, também chega

a atender milhões, atendendo um por um, de encarnados como

desencarnados. Com o firme propósito de evangelizar os corações de

ambos – corações evangelizados, problemas resolvidos.

Afinal de contas, o que é a corrente magnética versada no livro,

sob análise?

Sinteticamente, é um método de trabalho no qual um grupo de

02 a 50 médiuns (pág. 146), às vezes de mãos dadas ou não (pág. 148)

colocados próximos uns dos outros atraem mentalmente os espíritos

imperfeitos que passam pelo médium em condições rápidas ao tempo

em que o coordenador dos trabalhos, pausadamente diz: passe, passe,

passe, (pag. 169), determinando depois a retirada das entidades com a

expressão siga, siga, siga... (pág. 170). Consta ainda a informação que

as expressões passe e siga, ditas pelo dirigente, funcionam como

verdadeiros interruptores de circuito mediúnico (pag. 175).

O autor informa: não queremos tirar a respeitabilidade dos

métodos conhecidos. Queremos é avançar (pág. 67) e que no decurso

de mais de 20 anos já foram beneficiados 500 mil pessoas.

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Para mim fica uma interrogação: beneficiadas não quer dizer,

problemas resolvidos. O número é espantoso, mas não o colocaremos

em dúvida.

Uma coisa, porém, é certa até mesmo para os idealizadores deste

método: a sua eficácia consistiria apenas no afastamento temporário

do obsessor.

Um aparte: muitos dementados nem sequer tem noção que estão

desencarnados, e nem entendem as palavras: passe, passe, passe, siga,

siga, siga. Mas alguém poderá dizer: o choque anímico dará

condições de ajustar essas necessidades! Mas qual seria o alcance

desse choque anímico, em tão pouco tempo?

A senhora CAUCI DE SÁ ROTIZ, acrescenta: Idêntica eficácia

tem, os métodos geralmente utilizados pela Umbanda e pela

ultrapassada técnica do eletro-choque.

O meu entendimento para essa característica de passe, busco nos

dizeres de Manoel F. de Miranda: “somente a radical mudança de

comportamento do obsidiado resolve, o problema da obsessão.

Um aparte: ou quando fizermos do inimigo o amigo, ou quando

o obsidiado não tem débito para com o suposto inimigo.

Pergunte-se: vale a pela envolver, tanta gente, tanto esforço e tanto

tempo na esperança de se obter apenas um afastamento temporário, na

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maioria das vezes? Não existiria algo mais efetivo e duradouro que

possamos fazer em prol dos irmãos necessitados?

Na página 105, informa-se que o método é o único auxiliar na

terapia dos ovóides, porque eles não conseguem escutar a doutrinação

verbal.

Se é assim, então, não é um método para desobsediar as

multidões, mas apenas para atender os ovoides.

Um aparte: Ora se os ovóides e outros não ouvem a doutrinação

verbal, por que ouviriam que as misteriosas palavras passe, passe,

passe e siga, siga e siga? Ou será que a ordem do coordenador

encarnado é para os dirigentes espirituais?

A partir da página 136 e repetidamente em outras páginas são

relacionados os passos a serem seguidos pelos adeptos dessa corrente

magnética, quais sejam:

I. Primeiro passo: expulsão de remanescentes diários;

II. Segundo passo: absorção de energias do plano superior;

III. Terceiro passo: união de pensamentos dos médiuns e dos

espíritos coordenadores;

IV. Quarto passo: os médiuns, em transes rápidos e sequenciais,

recepcionam os espíritos e os bombardeiam com forças fluídicas

e ideias renovadoras (pág. 437), podendo ocorrer vertigens,

tremores, resmungos, gemidos, etc. (pág. 455).

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Para apresentar informações quanto aos três primeiros passos,

não houve qualquer dificuldade. Transcreveram os preciosos

esclarecimentos contidos nos livros da Codificação e das obras

auxiliares referentes às respeitáveis e, conhecidíssimas reuniões

mediúnicas de doutrinação, nas quais ressalte-se: um espírito se

comunica por intermédio de apenas um médium, sob intensa vibração

do amor de todos os participantes. Não são novidades para ninguém.

Na página 450 o autor afirma ser o quarto passo o que

predomina nas ações da corrente magnética. Então para bem divulgar

essa corrente, obrigatoriamente o livro deveria apresentar dados, e

explicações convincentes e conclusivas sobre essas fases.

Nada disso é feito! As quase 600 páginas do livro limitam-se a

repetir exaustivamente os três primeiros passos, já sobejamente

conhecidos por todos, deixando de detalhar quanto ao quarto passo

que é, afinal, conforme diz o autor, a essência dessa corrente

magnética. Não se penetra o cerne da questão.

Todos sabem, que a ligação do espírito ao médium

frequentemente é realizada com dias de antecedência da reunião,

objetivando vencer algumas dificuldades fluídicas entre os dois. Seria

possível a ocorrência de transes mediúnicos rápidos e sequenciais em

intervalos de 10 segundos ou menos?

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Prezada confrade CAUCI DE SÁ RORIZ: Nessa ginástica de

comando passa, passa, passa e segue, segue, segue passando por 02 a

50, médiuns em tão poucos segundos como se consegue a mágica de

ajudar com eficiência a todos os espíritos convocado ao tratamento?

Como fica a lei da afinidade e da sintonia, com até cinqüenta

médiuns?

A obrigatoriedade de oferecer o choque magnético, não forçaria

o médium a simular o transe, passando a gemer como é apregoado?

Ou nos expor os seus atavismos dos chiliques mediúnicos?

A Doutrina Espírita se baseia no ensino universal dos Espíritos.

Não há dúvida quanto a isso. Por que o livro não menciona quais

obras e quais espíritos se pronunciaram de maneira clara e inequívoca

sobre o quarto passo, ensinando-nos como ele se processa?

Concluindo: em respeito ao trabalho de Kardec e dos Espíritos

da Codificação, seria bom que evitássemos trazer para as nossas

Casas Espíritas toda e qualquer novidade que surja é evidente que

ninguém nos tira o direito, e talvez até o dever de estudá-las em

grupos fechados, reduzidos e específicos para esse fim, pesquisando

em todas as nuances, ainda que leve 20 anos, a fim de bem apresentar

as bases do trabalho. Melhor é rejeitar dez verdades do que

admitir uma única falsidade – Erasto, em o “Livro dos Médiuns”,

cap. XX, item 230, sexto parágrafo.

Há uma montanha de questionamentos não esclarecidos sobre

essa corrente. Os Espíritos ainda não enviaram orientação a respeito.

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Sejamos prudentes! Antes de implantarmos as novidades em

nossa Casa Espírita, primeiro estudemo-las incansavelmente.

Restando uma única dúvida é preferível aguardar o tempo. Melhor

assim do que comprometermos a Doutrina e a nós próprios.

Nota: o autor é vice-presidente de assuntos doutrinários da

Federação Espírita do Estado de Goiás.

Finalizando, acrescento: para a segurança da nossa doutrina, o

Espiritismo em nossas casas espíritas deve ser a do espiritismo caipira

exercido por Chico Xavier, porém sempre dinâmico, como foi o seu

exemplo.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prestes a finalizar esse caderno (02), muito sono, quatro horas

da manhã, logo estará amanhecendo e a minha consciência, refletindo:

P1. E se não tivermos incorporado em nossa intimidade informações

úteis para o trabalho que estamos propondo?

P2. Como participar durante o sono de atividade fluídoterápica, junto

com a espiritualidade?

P3. Como nos candidatar a cursos de aperfeiçoamento na

espiritualidade, durante o sono, ou após desencarnado, sem

informações básicas?

Devemos lembrar que os espíritos superiores estão utilizando

espíritas despreparados, porque ainda existe falta de melhores!

P4. Como os estudiosos do Passe, podem tornar-se úteis nas

atividades desenvolvidas pela espiritualidade, durante o sono?

R. Essa resposta nos é proporcionada pelo instrutor espiritual

Alexandre, mencionado por André Luiz, às páginas 72 a 74 no Livro

“Missionário da Luz”.

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Francisco, precisamos aqui das emanações de alguns dos

nossos amigos encarnados, cujo veiculo material esteja agora em

repouso equilibrado (...).

Continua acrescentando:

Conforme observa, estamos diante de um caso gravíssimo. É

preciso muito critério na escolha do doador de fluídos. O dirigente

dos socorristas pensou um momento e se manifestou: Temos um

companheiro que nos atenderá razoavelmente. Trata-se de Afonso.

Enquanto vou buscá-lo (...).

Se há necessidade de fluidos de encarnados, quem sabe

poderíamos contarmos com o concurso de minhas netas que

repousam nos aposentos próximos?

-Não – respondeu ALEXANDRE, delicadamente – não

atenderiam as exigências em curso. Precisamos de alguém

suficientemente equilibrado no campo mental.

Não decorreu muito tempo e Francisco voltava seguido de

alguém. Tratava-se do companheiro encarnado a que Alexandre se

referia.

Em tom de brincadeira dizia eu ao médico Wagner, após o

término de uma reunião mediúnica: vou ficar ao seu lado durante

algumas das suas cirurgias e em breve tempo saberei operar. Ele riu e

disse: Sim, após você conhecer a anatomia humana será possível!

Coloquei esse exemplo para dizer:

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Se para uma cirurgia, mesmo das mais simples há necessidade

de tanto estudo, para chegarmos a condição do Francisco, há ainda

maiores dificuldades, teremos que conhecer a anatomia da

sensibilidade, reforma íntima, conduta moral e capacidade de

manipulação dos fluidos.