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Tema do 28º Domingo do Tempo Comum
A liturgia do 28º Domingo do Tempo Comum convida-nos a refletir sobre as escolhas que
fazemos; recorda-nos que nem sempre o que reluz é ouro e que é preciso, por vezes, renunciar a certos
valores perecíveis, a fim de adquirir os valores da vida
verdadeira e eterna..
Enquanto Jesus está a caminho de Jerusalém, alguém corre ao seu
encontro, ajoelha-se e pergunta: Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a
vida eterna? (v.17). A resposta de Jesus enumera os
mandamentos, que tratam das relações humanas (v.19; cf. Ex 20,12-17). O interlocutor de Jesus avalia sua
fidelidade, a partir da observância das
prescrições da Lei. As riquezas eram vistas, sobretudo como sinal do favor
divino, do qual resultava o compromisso de dar esmolas
aos pobres.
Jesus chama a compartilhar seu estilo de vida pela doação
total do ser, não do ter: Vai vende tudo o que tens, dá aos pobres, depois vem e segue me (v.21). A dificuldade em confiar totalmente em Deus, desprendendo-se dos bens
terrenos, leva os discípulos a dizer: Quem pode ser salvo? O contraste entre a imagem
do camelo e da agulha ilustra que a ação humana é
conduzida pela graça de Deus.
Pedro, como representante dos discípulos, quer saber qual é a
recompensa por aceitar o desafio de seguir Jesus e sua mensagem (v.28).
Jesus promete a recompensa da comunhão, nesta vida e na
eternidade, aos que investem tudo por sua causa e do evangelho.
A primeira leitura,o texto convida-nos adquirir a
verdadeira “sabedoria” (que é um dom de Deus) e a
prescindir dos valores efêmeros que não
realizam o homem. O verdadeiro “sábio” é aquele
que escolheu escutar as propostas de Deus,
aceitar os seus desafios, seguir os caminhos
que Ele indica.
O salmo 90(89), pede um coração sábio, capaz de reconhecer a graça de Deus a cada manhã.
A segunda leitura, mostra-nos que salvação
e o julgamento da Palavra de Deus, que atinge o
mais profundo da pessoa (cf. Dt 32,47), cumprindo sua finalidade (cf. Is 55,10-11).
Convida-nos a escutar e a acolher a Palavra de Deus proposta
por Jesus. Ela é viva, eficaz, atuante. Uma vez acolhida no coração do homem, transforma-o, renova-o,
ajuda-o a discernir o bem e o mal e a fazer as opções correta, indica-lhe o
caminho certo para chegar à vida plena e definitiva.
O Evangelho, apresenta-nos um homem que quer conhecer o caminho para alcançar a vida eterna. Jesus convida-o renunciar às suas
riquezas e a escolher “caminho do Reino” – caminho de
partilha, de solidariedade, de doação, de amor. É nesse
caminho – garante Jesus aos seus discípulos – que o
homem se realiza plenamente e que encontra a vida eterna.
O caminho do discipulado requer o desprendimento para colocar a vida e os
bens a serviço do Reino. Conduzidos
pelo olhar amoroso de Jesus,
possamos viver a confiança
total no Pai, na comunhão e partilha
com os irmãos
necessitados.
A palavra de Deus, viva e eficaz, pede de nós uma resposta: sim ou não. No itinerário de seguimento e
de escolhas, precisamos pedir sabedoria:
“Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração
sabedoria” (v. 12).