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18ªAudiência de Inovação
TEMA: EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SANEAMENTO
UTILIZAÇÃO DE ACIONAMENTOS EM ROTAÇÃO VARIÁVEL EM ELEVATÓRIAS DE
ESGOTOS
Engº Paulo Rangel
REF: CONTRATO Nº 20.277/08
Grupo de Energia do Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas da USP
18ªAudiência de Inovação
Introdução
O emprego de conversores de frequência para alterar a rotação de motores e bombas vem sendo progressivamente difundido em diversas aplicações.A opção por seu uso em EEE, entretanto, não é trivial e requer alguns cuidados
18ªAudiência de Inovação
ABRANGÊNCIA DO ESTUDO
Relatório 1: Identificação de Bombas Hidráulicas de FluxoCurvas características das BHFCurvas de dissipação das instalaçõesPonto de FuncionamentoRegulagem de Operação das BHF
18ªAudiência de Inovação
ABRANGÊNCIA DO ESTUDO
Relatório 2: Estudos de CasosEEE TamanduateíEEE Parque D. PedroEEE Bela Vista
18ªAudiência de Inovação
ABRANGÊNCIA DO ESTUDO
Relatório 3:Variadores de VelocidadeOtimização da Operação das EEEConclusões e RecomendaçõesApêndice I: Medições em campoApêndice II: Análises Tarifárias
18ªAudiência de Inovação
ABRANGÊNCIA DO ESTUDO
Relatório 4:Treinamento3 turmas8 horas aula53 treinandosDisponibilização de planilha para análise do comportamento das BHF em diferentes rotações
18ªAudiência de Inovação
Medições Realizadas
Unidades:EEE TAMANDUATEÍ
EEE DOM PEDROEEE GUARAPIRANGAEEE JUNDIAPEBA
Instrumento:– Analisador de Energia MARH-21;
» Potência ativa, reativa e aparente;» Correntes e Tensões;» Energias;» DHT de corrente e tensão;» Frequência;
18ªAudiência de Inovação
Medições Realizadas
Curvas de CargaEEE TAMANDUATEÍ
Consumo 4540 kWh
Demanda Média
189 kW
Pico de Potência 270 kW
18ªAudiência de Inovação
Medições Realizadas
Curvas de CargaEEE DOM PEDRO
18ªAudiência de Inovação
Medições Realizadas
Curvas de CargaEEE GUARAPIRANGA
Consumo 130,3 kWh
Demanda Média
5,43 kW
18ªAudiência de Inovação
CONVERSORES DE FREQUÊNCIA VARIÁVEL
Tensões e Correntes de Saída das três fases do Conversor
0.0 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00Time (ms)
0.0
-20.00
-40.00
20.00
40.00
I(RLa) I(RLb) I(RLc)
18ªAudiência de Inovação
CONVERSORES DE FREQUÊNCIA VARIÁVEL
Curva U x f de saída de Conversores
18ªAudiência de Inovação
Vantagens do Uso de Conversores de Frequência
Limitar as correntes de partida dos motores elétricos, contribuindo para o aumento de sua vida útil;Melhorar a sensibilidade a eventuais obstruções na bomba que levem ao aumento da corrente do motor, desligando-o preventivamente;Ajudar a melhorar o fator de potênciaPermitir a operação com nível mais elevado de líquido no poço de modo a reduzir a altura geométrica a ser vencida e, consequentemente, a energia necessária para tanto
18ªAudiência de Inovação
Problemas Potenciais dos CF
Produz interferências na rede elétrica de alimentação (harmônicas) devido à alta frequência de chaveamento de seus componentes internos, necessitando o uso de filtros de correção;Possibilidade de correntes parasitas que acarretem perdas e riscos para o pessoal com acesso ao equipamento;Introduz uma perda da ordem de 5% no consumo;Risco potencial para equipamentos submersos
18ªAudiência de Inovação
Diferenças entre EEE e EEA
i) Carga do sistema
ii) Perfil da Demanda a ser atendida
iii) Capacidade do Reservatório a
Montante
18ªAudiência de Inovação
Eficiência Energética
Em termos energéticos, o trabalho útil a ser executado pela bomba consiste em elevar uma determinada quantidade de líquido em um certo período de tempo. Esse trabalho não se altera em função da velocidade com que esse material étransportado.
18ªAudiência de Inovação
Eficiência Energética
Desprezadas as perdas no processo, a soma das áreas sob as curvas referentes àoperação liga / desliga em rotação normal éequivalente à área sob a curva pontilhada referente à operação contínua com rotação reduzida
Pot
Tempo
Operação em
rotação nominal
Operação em
rotação reduzida
Pot
Tempo
Operação em
rotação nominal
Operação em
rotação reduzida
18ªAudiência de Inovação
Eficiência Energética
A diferença entre as duas formas de operação reside na maior ou menor eficiência da bomba operando nas duas situações e da variação das perdas por atrito na tubulação em função da velocidade.A relação entre a energia necessária para bombear o esgoto, vencendo o desnível, e a energia perdida por atrito é que determina a viabilidade do uso dos conversores de frequência do ponto de vista de redução do consumo de energia
18ªAudiência de Inovação
Requisitos para Implantação de CF
Análise do projeto hidro-dinâmico da bomba e da instalação, para garantir que a variação de frequência mantenha a bomba em sua faixa recomendada de operação e que não haja perda de eficiência;Instalação de sensor contínuo de nível do poçoInstalação de medidor de vazão
18ªAudiência de Inovação
Viabilidade de Implantação de CFA decisão de se implantar variadores de velocidade em uma EEE deve ser precedida de estudos hidro-dinâmicos de modo a estimar, por meio de simulações e medições em campo, os ganhos de eficiência potencialmente decorrentes dessa ação.O valor da economia em kWh deve ser contabilizado mensalmente, convertido em reais pelo valor da tarifa vigente e comparado com os custos decorrentes da implantação, de modo a calcular o tempo de retorno do investimento.Esses custos devem incluir, além do preço do equipamento, os estudos de engenharia, os sensores necessários, os equipamentos de controle e teletransmissão, além dos custos operacionais decorrentes.
18ªAudiência de Inovação
Viabilidade de Implantação de CF
Os pontos P1, P2, P3 e P4 de interseção entre as curvas da bomba para as rotações n1 e n2 (Hn1 e Hn2) e as curvas de dissipação extremas da instalação (Dhmin e Dhmax) definem a região onde deve trabalhar bomba, respeitadas as vazões limites Qn1min e Qn1max para a rotação n1 e Qn2min e Qn2max, para a rotação n2.
0
5
10
15
20
25
30
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
H (m
); D
h (
m)
Q (m3/h)
Hn1
Hn2
Dhmin
P1
P2
P3
P4
Dhmax
Qn2min
Qn1min
Qn2max
Qn1max
Bomba submetida a um regime de Bomba submetida a um regime de Bomba submetida a um regime de variavariavariaççção de rotaão de rotaão de rotaçççãoãoão
A viabilidade econômica dessa operaA viabilidade econômica dessa operaA viabilidade econômica dessa operaççção serão serão serááá condicionada aos condicionada aos condicionada aos valores de energia efetiva (Pvalores de energia efetiva (Pvalores de energia efetiva (Puuu/Q) nos pontos P3 e P4 forem /Q) nos pontos P3 e P4 forem /Q) nos pontos P3 e P4 forem
inferiores aos dos pontos P1 e P2, respectivamenteinferiores aos dos pontos P1 e P2, respectivamenteinferiores aos dos pontos P1 e P2, respectivamente
18ªAudiência de Inovação
Viabilidade - Tamanduateí
Esta EEE possui um consumo médio mensal de 114.880 kWh a um custo de R$ 20.434,00 (não considerada a demanda)Está equipada com bombas diferentes: quatro do modelo AFP 400-8 150 e uma do modelo ABS AF 1100-8W4 GB401
18ªAudiência de Inovação
Condições extremas de operação da Bomba ABS AF 1100-8W4 da EEE Tamanduateí
Bomba ABS AF 1100-8W4
Hgmín= 8,38 m Hgmáx= 9,58 m
Grandeza n1= 880 rpm n1= 650 rpm n1= 880 rpm n1= 650 rpm
Qpmáx (m3/h) 2120 1200 xxx xxx
ηQpmáx (%) 81 85,2 xxx xxx
PuQpmáx (kW) 96 38 xxx xxx
(Pu/Q)Qpmáx (kWh/m3) 0,045 0,033 xxx xxx
Qpmín (m3/h) xxx xxx 2050 1100
ηQpmín (%) xxx xxx 82 84,8
PuQpmin (kW) xxx xxx 96 38
(Pu/Q)Qpmin (kWh/m3) xxx xxx 0,045 0,033
Tabela 2.4 Condições extremas de operação da bomba ABS AF 1100-8W4
18ªAudiência de Inovação
Viabilidade - Tamanduateí
A partir dos valores de energia específica da tabela anterior (Pu/Q), observa-se que existe potencial para a implantação de variadores de velocidade;A redução de cerca de 26% no valor de Pu/Q, deve acarretar uma economia média de 10 a 13% no consumo;Descontando a perda no CF, teremos uma economia potencial de 5 a 8% no consumo
18ªAudiência de Inovação
Viabilidade - Tamanduateí
A partir da análise tarifária executada nessa EEE, observou-se que o consumo médio mensal é da ordem de 114.880 kWh, a um custo de R$20.434,00 (não considerando o custo da demanda, considerada não variável em função da implantação do conversor de frequência).Estimando-se um custo de R$40.000,00 para essa implantação, é possível obter um pay back simples de cerca de 2 anos.
18ªAudiência de Inovação
Condições extremas de operação das Bombas da EEE Pq D. Pedro
Bomba ABS 300-675
Hg
(m) grandeza
n1= 1150
rpm
n2= 850
rpm
Qmáx (m3/h) 1000 350
Qmáx (l/s) 277,8 97,2
ηQmáx (%) 73 60,5
PuQmáx (kW) 40 14,2
9,70
(Pu/Q)Qmáx (kWh/m3) 0,040 0,042
Qmín (m3/h) 900 250
Qmín (l/s) 250,0 69,4
ηQmín (%) 71,1 59
PuQmin (kW) 39 14,6
11,2
(Pu/Q)Qmin (kWh/m3) 0,045 0,060
18ªAudiência de Inovação
Viabilidade – Pq D. Pedro
Esta EEE possui um consumo médio mensal de 50.720 kWh a um custo de R$ 14.894,00 (não considerada a demanda)Tem instaladas cinco bombas ABS AFP 300-675, com rotor de D= 350 mm e rotação de 1150 rpm.
18ªAudiência de Inovação
Viabilidade – Pq D. Pedro
A partir dos valores de energia específica da tabela anterior (Pu/Q), observa-se que parece não existir potencial para a implantação de variadores de velocidade nesta EEE.
18ªAudiência de Inovação
Viabilidade – EEE Guarapiranga
Esta EEE possui um consumo médio mensal de 5.592 kWh a um custo de R$ 1.714,00 (não considerada a demanda)Esses valores, do ponto de vista de eficiência energética, não viabilizam a implantação de variadores de velocidade
18ªAudiência de Inovação
Medição com Frequência Variável
Unidade EEE Jundiapeba – Comando CF 60 Hz
Demanda Média
2,66 kW
Pico de Potência 8,52 kW
18ªAudiência de Inovação
Medição com Frequência Variável
Demanda Média
5,3 kW
Pico de Potência 6,2 kW
18ªAudiência de Inovação
Medição com Frequência Fixa
Demanda Média
2,79 kW
Pico de Potência
8 kW
18ªAudiência de Inovação
Resultados
Unidade EEE Jundiapeba
18ªAudiência de Inovação
Recomendações
A implantação de controladores de velocidade das bombas consiste em um refinamento no controle da EEE.Para ser efetivo, do ponto de vista da redução dos gastos com energia, as ações a seguir devem ser consideradas
18ªAudiência de Inovação
Manutenção Preventiva: as bombas devem ser revisadas periodicamente e substituídas ao término de sua vida útil;Manter estoque de bombas e motores para promover um programa de substituição programada de equipamentos e/ou no caso de avarias;Novos Projetos: Devem considerar, além dos aspectos hidro-dinâmicos clássicos, o atendimento de requisitos de desempenho do sistema em termos de energia específica (Pu/Q).Monitoração Remota de bombasAuditorias energéticas periódicasTreinamento de pessoal
18ªAudiência de Inovação
O Que NÃO Se Deve Fazer
Substituir bombas por outras com características diferentes;Implantar medidas visando à eficiência energética de uma instalação apenas com base em experiências realizadas em outras instalações; cada caso deve ser analisado individualmente.
18ªAudiência de Inovação
AGRADECIMENTOS
Américo Sampaio Airton David ChaconLuiz ItoJosé Wilson