72
Estudo de casos

Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Estudo de casos

Page 2: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Profª. Isabel Henriques 2

Page 3: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Profª. Isabel Henriques 3

Page 4: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

As camadas 1 e 5 sofreram deformações, inclinando, após a

sua formação (estas camadas experimentaram a mesma

história geológica pois a sua inclinação é semelhante).

Princípio da

Horizontalidade

Inicial

A intrusão 6 atravessa as camadas 1, 2 e 3 logo é mais

recente que estas.

As camadas 9 e 10 são “cortadas” pelo vale logo podemos

afirmar que este foi a última estrutura a formar-se.

Princípio da

Intersecção

Sequência de estratos:

1, 2, 3, 4, 5, dobramento,

erosão (descontinuidade),

intrusão 6, 9, 10, erosão

Profª. Isabel Henriques 4

Princípio da

Sobreposição

dos Estratos

Page 5: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Depósitos sedimentares,

denominados varvas ou

varvitos, em consequência dos

ciclos de gelo-degelo de

glaciares.

As varvas são pares de estratos

(um claro e um escuro)

produzidos anualmente em

relação directa com as estações

do ano.

Professora Isabel Henriques 5

Ciclo de gelo-degelo – Datação Absoluta

Page 6: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Formam-se, normalmente, em lagos de frente glaciária, apresentam, em regra, espessuras inferiores a 1 cm.

O estrato de cor clara deposita-se durante o Verão, quando os sedimentos, de origem detrítica, chegam em maior quantidade até ao lago.

No Inverno, a superfície do lago fica gelada, não permitindo a entrada de sedimentos, pelo que apenas se depositam os materiais mais finos que se encontram em suspensão na água, juntamente com alguma matéria orgânica, formando-se assim os estratos de cor escura.

Professora Isabel Henriques 6

Ciclo de gelo-degelo – Datação Absoluta

Page 7: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

As varvas permitem fazer datações até cerca de 15 000 anos antes da actualidade.

Estes depósitos podem ser interessantes como indicadores:

de ambientes de sedimentação;

do tipo de clima;

permitem estimar a duração de tais condições numa determinada sequência estratigráfica em estudo;

permitem definir a história paleoclimática relativa aos avanços e recuos dos glaciares de uma dada região.

Professora Isabel Henriques 7

Ciclo de gelo-degelo – Datação Absoluta

Page 8: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 8

Pa

rq

ue

Va

rv

ito

-Br

as

il

Page 9: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 9

Page 10: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

“Relógios” Paleontológicos

Datação Relativa

Princípios da Identidade

Paleontológica

Unidades Biostratigráficas

Biozonas

Datação Absoluta

Dendrocronologia

Professora Isabel Henriques 10

Page 11: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 11

A Biostratigrafia é um ramo da estratigrafia que permite correlacionar e fazer a

datação relativa de rochas, através do estudo das associações fósseis nelas

contidas.

A Biostratigrafia estuda a distribuição temporal dos fósseis através do registo

estratigráfico.

Unidades Biostratigráficas - Biozonas

Page 12: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

A biozona pode ser definida como o

estrato, ou conjunto de estratos, que

apresenta um conjunto de fósseis

característico.

Professora Isabel Henriques 12

Unidades Biostratigráficas - Biozonas

Page 13: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 13

Unidades Biostratigráficas

Tipos de Biozonas

Page 14: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 14

Unidades Biostratigráficas

Tipos de Biozonas

Actividade 3 Manual Adoptado

Page 15: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Princípio da Identidade Paleontológica

Estratos com os

mesmos fósseis

possuem…

Os fósseis são

contemporâneos das

rochas onde se

encontram!

Professora Isabel Henriques 15

http://www.classzone.com/books/earth_science/terc/content/visua

lizations/es2901/es2901page01.cfm?chapter_no=visualization

Page 16: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

D

I

A

G

É

N

E

S

E

O processo de

fossilização

acompanha o

processo de

formação da

rocha, logo fóssil e

rocha possuem a

mesma idade

(datação relativa)!

Rocha e fóssil são

contemporâneos!

Professora Isabel Henriques 16

Princípio da Identidade Paleontológica

Page 17: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 17

Page 18: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 18

Page 20: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Mas nem todos os fósseis

podem ajudar a datar

litologias …

apenas os …

Professora Isabel Henriques 20

Page 21: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

São fósseis de seres que fossilizam

facilmente (têm partes duras) e, por isso,

ficam muitas vezes registados nas rochas!

OCORRÊNCIA EM ABUNDÂNCIA

São fósseis de seres que não viveram durante muito

tempo (à escala geológica). CURTA DISTRIBUÇÃO

TEMPORAL

Professora Isabel Henriques 21

São fósseis de seres que existiram em grande

quantidade e que se expandiram numa grande área

geográfica (assim, permitem correlacionar estratos em

diferentes pontos do globo) AMPLA DISTRIBUIÇÃO

GEOGRÁFICA

http://fossil.uc.pt/pags/formac.dwt

Page 22: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

As trilobites eram artrópodes (como as

aranhas, lagostas, insectos, etc) exclusivos do

meio marinho!

Possuíam um exoesqueleto de quitina

endurecido com carbonato de cálcio (por isso os seus fósseis são tão

abundantes!).

A maioria das espécies de trilobites

tinha sistema de visã muito apurado e

olhos complexos. O seu tórax tinha

muitos segmentos e, por isso, podiam

enrolar-se e defender-se dos

predadores (como os bichos da conta!)

Surgiram há cerca de 540 M.a. e

extinguiram-se há cerca de 250 M.a.Professora Isabel Henriques 22

Page 23: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Os graptólitos surgiram há cerca

de 523 M.a.e extinguiram-se há

330 M.a. Eram pequenos animais

marinhos que viviam em colónias

(apenas de alguns cm) e que se

expandiram por várias regiões do

globo.

Professora Isabel Henriques 23

Page 24: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

As amonites eram animais

marinhos e tinham corpo

mole… no entanto uma

carapaça encarregava-se de os

proteger (e facilmente fossilizava)!

Os maiores podiam atingir 1 m

de diâmetro!

Estes seres eram carnívoros e

surgiram há cerca de 225 M.a.

e extinguiram-se há 65 M.a.

Professora Isabel Henriques 24

Page 25: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Os corais estão entre as

comunidades marinhas mais

antigas que se conhecem - a sua

história remonta desde há 500

milhões de anos atrás!!!!

NÃO SÃO BONS FÓSSEIS DE IDADE!Pólipos de corais

Mas… estes seres só conseguem

sobreviver em ambientes aquáticos

de águas quentes, calmas e pouco

profundas!!!!

Por viverem em ambientes tão

característicos e altamente

específicos eles são considerados …Professora Isabel Henriques 25

Page 26: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Permitem caracterizar paleoambientes

São fósseis de seres que apresentam uma

reduzida distribuição geográfica pois habitam

apenas locais com condições específicas.

São fósseis de seres que viveram durante muito tempo

(à escala geológica).

Professora Isabel Henriques 26

Page 27: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Seres que habitam a Terra desde há milhões de anos e

que, para além de existirem actualmente, são encontrado

também sob a forma de fóssil!

Existem diversos motivos pelos quais um organismo sobrevive milhões

de anos sem sofrer mudanças:

•Uma das explicações é o simples facto desse organismo se encontrar

muito bem adaptado à diversidade de condições do meio que habita.

•Já outros organismos não evoluem devido à continuidade mais ou

menos estável das características do seu habitat.

•Pode dever-se ao facto destes habitarem ambientes isolados, onde não

enfrentam a competição com outros organismos potencialmente melhor

adaptados a esses ambientes.

Professora Isabel Henriques 27

Ginkgo bilobaLatimeria chalumnae - Celecanto

Page 28: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Adaptado de

geo-ineti.ptProfessora Isabel Henriques 28

Page 29: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Permitem compreender a evolução dos seres

vivos, as adaptações e extinções ao longo da

história da Terra;

Permitem reconstituir os organismos numa dada

época, o seu modo de vida, como é que

interagiam entre si e como se relacionavam com o

meio ambiente onde viviam;

Permitem reconstituir os ambientes do passado

e assim reconstituir a geografia da Terra;

Permitem reconstituir os climas do passado;

Permitem efectuar a datação relativa dos

estratos rochosos.

Professora Isabel Henriques 29

Page 30: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 30

“Relógios “ paleontológicos

Princípio da Identidade

Paleontológica

Biozonas.

Fósseis Vivos

Fósseis de idade

Fósseis de fácies

Biostratigrafia

Page 31: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

A dendrocronologia é um método de datação que se baseia

no estudo do crescimento das árvores.

Professora Isabel Henriques 31

Dendrocronologia – Datação Absoluta

Page 32: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

A dendrocronologia baseia-se na possibilidade de enumerar os anéis de crescimento anuais das árvores provenientes de zonas com climas de marcada sazonalidade.

Esta diferença é o resultado da velocidade de crescimento estar dependente de factores como a temperatura e a humidade, que, variam consoante a estação do ano.

Permite realizar datações de determinados acontecimentos até um limite de 11 400 anos.

A dendocronologia é um método de datação muito utilizado, por exemplo, em silvicultura e na arqueologia.

Professora Isabel Henriques 32

Dendrocronologia – Datação Absoluta

Page 33: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Datação de árvores com 5000 anos Pinus longaeva

Utilizado:

- Sequóias vivem ± 4000 anos,

com ±12 metros de diâmetro.- Pinheiro americano.

- Carvalho.

Conhecimento do clima e paleoclima.

Professora Isabel Henriques 33

Bandas Claras e espessas (Quente)

Bandas Escuras e finas (Fria)

Dendrocronologia – Datação Absoluta

Page 34: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 34

Dendrocronologia – Datação Absoluta

Page 35: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 35

Dendrocronologia – Datação AbsolutaFicha de

Actividade

Laboratorial

Page 36: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 36

Page 37: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Métodos de Datação Físicos

Professora Isabel Henriques 37

Radiometria Magnetostratigrafia

Page 38: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 38

História da Descoberta da Radiometria

Page 39: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

A radioactividade é uma das principais fontes de energia

térmica interna da Terra!

Professora Isabel Henriques 39

Radiometria

Page 40: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Os átomos fazem parte da

constituição da matéria

(de tudo aquilo que existe)! …

Nas rochas também existem átomos!

Alguns deles (urânio, rádio, etc) são

radioactivos, isto é, ao longo dos

tempos, e naturalmente, os seus

núcleos vão-se desintegrando

espontaneamente para se

tornarem mais estáveis. Quando

isso acontece liberta-se energia!

Professora Isabel Henriques 40

Radiometria

Page 41: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

O ambiente no qual vivemos é naturalmente

radioactivo.

Por exemplo:

Respiramos carbono-14, que é radioactivo;

comemos bananas que apresentam na sua

composição potássio-40, com núcleo instável,

nos nossos ossos e sangue existe rádio-226 …

Os seres humanos, e todos os demais seres

vivos, são naturalmente radioativos.

O problema está na quantidade de radiação à

qual estes seres são expostos: acima de certo

nível a exposição às radiações provoca, no

corpo humano, e nos demais seres vivos,

várias reações adversas (danos nas células e

no materal genético).

Professora Isabel Henriques 41

Radiometria

Page 42: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

A datação absoluta pode também ser chamada de …

O mesmo elementos químico (carbono, por exemplo), pode ter no núcleo do átomo:

O mesmo número de protões e neutrões (6P + 6N) C12

Diferente número de protões e neutrões (6P + 8N) C14

Diferente número de protões e neutrões (6P + 7N) C13

ESTÁVEL

ESTÁVEL

INSTÁVEL

… Isótopos …

Nota: C12, C13 e C14 são isótopos de carbono!

Professora Isabel Henriques 42

Radiometria

Page 43: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Urânio submetido a radiação U.V.

Os isótopos de urânio são muito frequentes

nas rochas (1g por cada 1000 Kg de rocha) !

Estes isótopos são muito instáveis – os

seus núcleos desintegram-se

espontaneamente formando um átomo de

um elemento químico diferente, mais

estável!

Átomo inicial: ISÓTOPO – PAI

(instável)

Átomo formado após desintegração: ISÓTOPO – FILHO

(mais estável)

Nota: O isótopo Rubídio-87 forma o isótopo de Estrôncio-87 quando se desintegra!

Professora Isabel Henriques 43

Radiometria

Page 44: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

A taxa de decaimento radioactivo

(desintegração dos isótopos-pai em isótopos-filho) é

constante para cada isótopo! (não varia com

condições de pressão, tenperatura ou outros aspectos

associados aos processos geológicos)

A desintegração é irreversível: o isótopo-

pai não volta a adquirir as propriedades

iniciais!

Quando a rocha se forma adquire elementos radioactivos que

se começam a desintegrar marcando o momento de formação

daquela rocha!

Professora Isabel Henriques 44

Page 45: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

… o conceito mais importante…

Tempo decorrido para que metade do

número de isótopos-pai radioactivos sofra

desintegração, transformando-se em

isótopos-filho.

No final de um 1º período de semi-vida, 50% dos isótopos-pai já foram

transformados em isótopos-filho… No final do 2º período de semi-vida,

metade da metade que restou (¼) do nº original de isótopos-pai ainda

permanecem na rocha… No 3º período de semi-vida 1/8 e assim por diante!(restará sempre uma quantidade residual de isótopos-pai na rocha)

Professora Isabel Henriques 45

Page 46: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Espectrometro de massaconsegue detectar quantidades diminutas

de isótopos!

Professora Isabel Henriques 46

Page 47: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 47

Principais Elementos Radioactivos Utilizados na Datação RadiométricaIsótopos Intervalo de datação

efectiva (anos)

Meia-vida

(anos)

Minerais e materiais que é

possível datarOriginal Novo

238U 206Pb 10 milhões – 4 600 milhões 4 500 milhões Zircão, Uraninite

40K 40Ar 50 000 – 4 600 milhões 1 300 milhõesMoscovite, Biotite, Horneblenda

e Rochas vulcânicas

87Rb 87Sr 10 milhões – 4 600 milhões 47 000 milhões

Moscovite, Biotite, Feldspato

potássico, Rochas

metamórficas e magmáticas

14C 14N 100 – 70 000 5 730

Madeira, carvão, osso, tecidos

Conchas e outro carbonato de

cálcio, água subterrânea, água

oceânica e gelo glaciar com

CO2 dissolvido

Page 48: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

•À medida que os milhões de anos passam, o potássio 40 decai lentamente e, um a

um, os átomos de árgon 40 substituem os de potássio 40 no cristal.

•A quantidade de árgon 40 acumulada é uma medida do tempo decorrido desde a

formação da rocha.

•Decorridos 1,26 mil milhões de anos, o rácio será 50-50.

•Ao fim de mais 1,26 mil milhões de anos, metade do potássio 40 remanescente

terá sido convertido em árgon 40, e assim por diante.

Professora Isabel Henriques 48

Radiometria

Page 49: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Há medida que o tempo passa aumenta na rocha o número

de isótopos-filho e diminui o número de isótopos-pai!

A margem de erro é de apenas alguns M.a.

http://www.earth.northwestern.edu/people/seth/202/DECAY/decay.pennies.html

Radiometria

Professora Isabel Henriques 49

Page 50: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Na altura em que a rocha se formou os isótopos ficaram

incorporados nos minerais e, nesse momento inicial, apenas existiam

isótopos-pai e nenhuns isótopos-filho!

Radiometria

Professora Isabel Henriques 50

Page 51: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

O que inferir quando a

quantidade de

isótopos-filho e

isótopos-pai é igual ?

O que inferir

quando a

quantidade de

isótopos-filho é 3

vezes superior à

quantidade de

isótopos-pai?

Passou um período

de semi-vida!

Passaram dois período

de semi-vida!Professora Isabel Henriques 51

Radiometria

Page 52: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Qual o melhor isótopo para

datar rochas jovens?

É que se a rocha for

“velha” e a taxa de

decaimento for rápida, os

isótopos-pai já se

transformaram quase todos

em isótopos-filho: sabemos

que o relógio isotópico

parou, não sabemos é há

quanto tempo isso

aconteceu!Professora Isabel Henriques 52

Radiometria

Page 53: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

O Carbono-14 é muito

usado na arqueologia e é o

ideal para datar fósseis ou

quaisquer outros resíduos

orgânicos… Porquê?

•Todos os seres vivos contém

carbono.

•Ele é aborvido pelos seres

fotossintéticos e daí segue por

toda a cadeia alimentar!

•Quando os seres morrem inicia-se

o decaimento!

•A arqueologia estuda eventos

recentes – interessam isótopos

com menor tempo de semi-vida!

Professora Isabel Henriques 53

Radiometria

Page 54: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Não permite datar rochas sedimentares!•Este método pressupõe que as rochas sejam

sistemas fechados, não existindo entradas ou

saídas de isótopos.

•Mas, se as rochas sofrerem erosão ou

meteorização, podem ocorrer perdas de

isótopos (pais e filhos) o que irá influenciar a

idade atribuída!

•Cada grão de areia tem um relógio calibrado

para uma data distinta, a qual remonta

provavelmente a muito antes de a rocha

sedimentar se formar.

•Assim, em matéria de cronometragem, a rocha

sedimentar é uma confusão. Não serve!

Professora Isabel Henriques 54

Page 55: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Atribuí uma idade ao metamorfismo e não à

rocha antes de o sofrer!Se tivermos em conta que as rochas metamórficas

resultam de modificações, devidas a pressão e

tem-peratura, sofridas por outras rochas, o

metamorfismo que as afectou não elimina os

átomos-filho que elas possam conter nesse

momento e, dessa forma, obtém-se uma idade

superior à que deveria corresponder à última fase

de metamorfismo.

Nem sempre as rochas contêm grandes

quantidades dos isótopos necessários à

sua datação.

Professora Isabel Henriques 55

Page 56: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

As rohas estão constantemente a ser

recicladas e transformadas noutras –

é impossível datá-las por completo!

O melhor há a fazer é combinar todos

os métodos de datação para que se

consiga elaborar um calendário da

História da Terra!

Professora Isabel Henriques 56

Em locais onde ocorram afloramentos com mais do que um tipo de

rocha, podem-se datar as rochas magmáticas por datação absoluta e,

em seguida, estabelecer uma equivalência com os restantes fenómenos

geológicos que se encontrem representados na área em estudo.

Page 57: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

As rochas ígneas costumam conter

muitos isótopos radioactivos

diferentes.

A solidificação das rochas ígneas

dá-se bruscamente, o que tem

uma consequência feliz: todos os

relógios de um dado fragmento

de rocha são calibrados em

simultâneo.

Apenas as rochas ígneas proporcionam bons relógios

radioactivos!Professora Isabel Henriques 57

Page 58: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 58

Page 59: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

•Os sedimentos não se acumulam numa

taxa constante em nenhum ambiente de

sedimentação (podem até haver longos momentos

de ausência de sedimentação).

•Por exemplo, durante uma inundação, um

rio poderá depositar uma camada de areia

de vários metros de espessura em questão

de poucos dias, enquanto durante todos os

anos que se seguirem entre as inundações

ele apenas deposita uma camada de areia

com poucos centímetros de espessura.

•Além disso a taxa de erosão também não

é constante.

Por que motivo a estratigrafia não permite medir o tempo de forma

absoluta?

Professora Isabel Henriques 59

Page 60: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 60

Page 61: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 61

Page 63: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Os fenómenos de inversão do campo magnético terrestre são eventos globais e síncronos muito frequentes no registo geológico, ocorrendo, aproximadamente, entre 1 e 10 inversões por cada milhão de anos.

Professora Isabel Henriques 63

Magnetostratigrafia

Page 64: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

A estes eventos são posteriormente atribuídas idades, sendo propostas escalas magnetostratigráficas que, em conjunto com a biostratigrafia e as datações radiométricas, permitem o estabelecimento de correlações entre diferentes unidades litostratigráficas.

Professora Isabel Henriques 64

Magnetostratigrafia

Page 65: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

A Terra, tal como a maior parte dos planetas do Sistema Solar, possui um campo magnético natural.

Este campo magnético é responsável pela orientação da agulha magnetizada de uma bússola.

O campo magnético terrestre pode ser comparado a um dipologeocêntrico, estando as linhas de força originadas por este campo magnético distribuídas no espaço como se um íman estivesse situado no centro da Terra, cujo Pólo Sul estaria localizado no hemisfério norte.

Professora Isabel Henriques 65

Magnetostratigrafia

Page 66: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Os constituintes de alguns minerais, como a magnetite(Fe3O4) e a hematite (Fe2O3), podem adquirir de forma permanente uma orientação definida de acordo com a direcção das linhas de força do campo magnéticoexistente na altura da sua magnetização.

Professora Isabel Henriques 66

Magnetostratigrafia

Page 67: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

O mesmo modo que o campo magnéticoterrestre influencia a orientação da agulha deuma bússola.

Também os átomos constituintes de certo tipode minerais presentes quer nos sedimentos,quer em lavas ficam orientados sob ainfluência deste campo magnético terrestre.

Professora Isabel Henriques 67

Magnetostratigrafia

Page 68: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 68

A magnetostratigrafia estuda as

características das rochas estratificadas

com base nas suas propriedades

magnéticas.

Os minerais com propriedades magnéticas

são capazes de registar a orientação do

campo magnético no momento da sua

cristalização.

A partir dos estudos das inversões de

polaridade em rochas vulcânicas é possível

construir uma escala magnetostratigráfica.

Magnetostratigrafia

Page 69: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 69

DATAÇÃO RELATIVA DATAÇÃO ABSOLUTA

“Relógios” sedimentológicos:

litostratigrafia

“Relógios” paleontológicos:

biostratigrafia

•“Relógios” sedimentológicos:

ciclos de gelo-degelo

•“Relógios” paleontológicos:

dendrocronologia

•Métodos de datação físicos e

geofísicos:

datações radiométricas e magnetostratigrafia

Page 70: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

http://www.ucmp.berkeley.edu/education/explorations/tours/geotime/gtiframe.html

Professora Isabel Henriques 70

Page 71: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Professora Isabel Henriques 71

Page 72: Tema II - O Tempo Geológico e Métodos de Datação 2ª Parte

Disciplina de Geologia

12º Ano

Professora

Isabel Henriques

Professora Isabel Henriques 72