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Tema: Política Nacional de Resíduos Sólidos José Valverde 21.11.2014

Tema: Política Nacional de Resíduos Sólidos · Política Estadual Política Municipal • União faz as Normas Gerais. • Os Estados podem suplementar a Legislação Federal

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• Tema: Política Nacional de Resíduos Sólidos

José Valverde

21.11.2014

Fundamentos: Cenários e Evolução

“A limpeza da cidade era toda confiada aos

urubus,.” Oliveira Lima

“A urina e as fezes dos moradores, recolhidas

durante a noite, eram transportadas de manhã

para serem despejadas no mar por escravos...”

Jurandir Malerba

Gravura: Market stall, Henry Chamberlain - 1822

●1808 - Rio de Janeiro – 60.000

habitantes.

●Gestão dos resíduos sólidos –

“AFASTAMENTO”.

●Início Século XX – “Peste bubônica”.

●Século XX – 1ª metade – predomínio

dos resíduos orgânicos. (POPULAÇÃO: 51,9 MILHÕES).

●Século XX – 2ª metade – Planos de

Metas – Governo JK – 1956 – “crescer

50 anos em 5 anos”. Desenvolvimento

Industrial. (POPULAÇÃO: 190 MILHÕES).

Cerca de 90% da população do Brasil e do resto do Cone Sul

viverá em cidades em apenas 8 anos, enquanto em toda a

América Latina, a região mais urbanizada do mundo, a taxa de

população urbana chegará a 89% em 2050, segundo um estudo

da ONU divulgado nesta terça-feira. (ONU, agosto/2012).

ONU: em 8 anos, 90% da população brasileira

viverá em cidades

Indicadores : Geração de resíduos urbanos

2011 2012

61.936.368 t/ano

62.730.096 t/ano

Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012 - Abrelpe

PIB 2012 – 0,9% (IBGE)

Desenvolvimento Econômico

= Geração de Resíduos Sólidos ?

(+)1,3%

Geração de RSU per capita (Kg/hab/ano)

2011 2012

381,60 383,20

(+)0,4%

Coleta de resíduos urbanos

2011 2012

55.534.440 t/ano

56.561.856 t/ano Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012 - Abrelpe

(+) 1,9%

Destinação final dos RSU coletados 2012

toneladas/ano Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012 - Abrelpe

Inadequado Adequada

42,02%

23.767.224

57,98%

32.794.632

Aterro Sanitário

58,0%

Aterro Controlado

24,2%

Lixão

17,8%

Cristian Tragni

www.rcunesp.br.gif www.arapora.mg.gov.br

www.globo.com aterro itaquaquecetuba

www.fotolog.com

Estre Ambiental – Itapevi SP

Destinação final dos RSU coletados 2012 Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012 - Abrelpe

Mapa dos lixões no Brasil

Brasil 5565 Municípios 2.906 Lixões

Municípios com lixões 2.810 (50,5%)

Região Nordeste 1.794 /1.598 (89,1%)

Região Norte 449 /380 (84,6%)

Região Centro-Oeste 466 /339 (72,7%)

Região Sudeste 1.668 /311 (18,4%)

Região Sul 1.188 /182 (15,3%)

IPEA 2012

Congresso aprova medida

provisória que prorroga prazo de

funcionamento de lixões

Contraponto • “A prorrogação do prazo para o fim dos lixões é um

equívoco que venho denunciando desde que a

Confederação Nacional dos Municípios começou a

pleitear junto ao governo federal a flexibilização do

prazo”

• A dilatação do prazo só “empurra” o problema dos

lixões para adiante.

• “Essa exceção é porta aberta para que daqui quatro

anos uma nova prorrogação seja concedida”,

• “Vamos, infelizmente, continuar assistindo a cenas

deprimentes de pessoas catando lixo ao lado de

urubus”.

Coleta Seletiva Indicadores dos Municípios Brasileiros

*Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000/2008.

**Fonte ABRELPE Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais : Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil – 2010

MUNICÍPIOS EXISTEM NÃO

EXISTEM

5.564 994 4.568

*IBGE – PNSB/2008

MUNICÍPIOS COM

INICIATIVAS

SEM

INICIATIVAS

5.565 59,8% 40,2%

**ABRELPE – 2012

776 Municípios em 2012

• Estudo do Instituto de

Pesquisa Econômica

Aplicada (Ipea) de 2010,

estima em R$ 8 bilhões

as perdas do país com o

não aproveitamento dos

resíduos sólidos.

“Um investimento de 2% do PIB global em dez setores chave pode combater a pobreza e gerar um crescimento mais verde e eficiente”

Alocação de recursos em 10 setores estratégicos

para “esverdear” a economia.

• Gestão de resíduos – US$ 110 bilhões, incluindo

reciclagem • Imobiliário – US$ 134 bilhões a serem destinados a programas de eficiência energética

• Energético – US$ 360 bilhões

• Pesca – US$ 110 bilhões, incluindo a redução de capacidade das frotas mundiais

• Agricultura – US$ 108 bilhões, incluindo as pequenas explorações.

• Silvicultura – US$ 15 bilhões para o combate às mudanças climáticas

• Indústria – US$ 75 bilhões

• Turismo – US$ 135 bilhões

• Transportes – US$ 190 bilhões

• Água – 110 bilhões, incluindo saneamento básico

Construção de Políticas Públicas

● Articulação entre os Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

● Engajamento das Entidades Setoriais.

● Garantia de ampla participação da Sociedade Civil Organizada

Marcos Regulatórios – fundamentos e formulações.

Fundamentos Jurídicos

Constituição Federal de 1988

Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/1981

Política Nacional

Política Estadual

Política Municipal

• União faz as Normas Gerais.

• Os Estados podem suplementar a Legislação Federal.

• Município legisla em face do interesse local.

O que contrariar a Lei Federal perde a eficácia.

Competência Legislativa Concorrente

Política de Resíduos Sólidos dos Estados

• CE – Lei 13.103/2001 – Decreto 26.604/2002;

• DF - Lei 3.232/2003 – Decreto 29.399/2008;

• MG – Lei 18.031/2009 – Decreto 45.181/2009;

• PE – Lei 12.008/2001 – Decreto 23.941/2002;

• PR - Lei 12.493/999 – Decreto 6.674/2002;

• RS - Lei 9921/1993 – Decreto 38.356/1998;

• SP – Lei 12.300/2006 – Decreto 54.645/2009;

• ES – Lei 9264/2009;

• GO – Lei14.248/2002 – Decreto 16.746/2009;

• •

Política de Resíduos Sólidos dos Estados

• MT – Lei 7862/2002 – Decreto 9.132/2009;

• RJ – Lei 4191/2003 – Decreto 41.122/2008;

• RN – Lei 272/2004;

• RR – Lei 416/2004;

• SC – Lei 13557/2005 – revogada pela Lei 14.675/2009;

• SE – Lei 5857/2006.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

• Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, institui a

Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no

9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras

providências.

• Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, regulamenta a Lei no

12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de

Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas

de Logística Reversa, e dá outras providências.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

• Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010,

institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de

fevereiro de 1998; e dá outras

providências.

• Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, regulamenta

a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial

da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê

Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística

Reversa, e dá outras providências.

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O PODERES E ÓRGÃOS DE CONTROLE

IMPLEMENTANDO A PNRS

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E

Acordos Setoriais de embalagens em geral

SMA e fabricante de bebidas assinam termos de responsabilidade pós-consumo. Fonte: SMA 4/4/17

São Paulo inicia a implantação do plano municipal de resíduos sólidos Fonte: MMA 4/4/14

Cidades do Rio não dispõem de plano para o lixo. Fábio Vasconcellos

Publicado: 2/07/13

Inspeção do TCE em 91 dos 92 municípios do estado

mostra problemas de controle e fiscalização.

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo

Presidente diz que TCE irá cobrar aplicação da Lei de

Resíduos Sólidos e implementação do Plano Municipal

de Resíduos Sólidos.

16/09/2013 – Vera Cruz - SP

Princípios do Direito

PNRS

●prevenção

●precaução

●razoabilidade

●proporcionalidade

●desenvolvimento sustentável

●poluidor-pagador

●protetor-recebedor

●responsabilidade compartilhada

pelo ciclo de vida dos produtos

Campo de aplicação:

• Dispõe sobre seus princípios, objetivos e

instrumentos, bem como sobre as diretrizes

relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de

resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às

responsabilidades dos geradores e do poder

público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

Campo de aplicação:

• Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas

físicas ou jurídicas, de direito público ou privado,

responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração

de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações

relacionadas à gestão integrada ou ao

gerenciamento de resíduos sólidos.

Definições

• resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;

• rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

• Conjunto de ações voltadas para a busca de

soluções para os resíduos sólidos, de forma a

considerar as dimensões política, econômica,

ambiental, cultural e social, com controle social e

sob a premissa do desenvolvimento sustentável;

Gerenciamento de Resíduos Sólidos

• conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas

etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e

destinação final ambientalmente adequada dos resíduos

sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos

rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão

integrada de resíduos sólidos ou com plano de

gerenciamento de resíduos sólidos.

Nova ordem para a gestão e o gerenciamento

• Não geração

• Redução

• Reutilização

• Reciclagem

• Tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequado dos rejeitos

Destinação

final dos

resíduos

Disposição

final dos

rejeitos

2014

Recuperação Energética dos resíduos

• Poderão ser utilizadas tecnologias visando à

recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos,

desde que tenha sido comprovada sua viabilidade

técnica e ambiental e com a implantação de

programa de monitoramento de emissão de gases

tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.

• ATLAS BRASILEIRO DE EMISÕES

DE GEE E POTENCIAL

ENERGÉTICO NA DESTINAÇÃO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS.

ABRELPE 2013

Princípios e Objetivos

• visão sistêmica, que considere as variáveis ambiental, social,

cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública;

.

• ecoeficiência (redução do impacto ambiental e do consumo

de recursos naturais)

• cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o

setor empresarial e demais segmentos da sociedade;

• reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável

como um bem econômico e de valor social, gerador de

trabalho e renda e promotor de cidadania;

Responsabilidade Compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos

titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos

fabricantes

importadores distribuidores e comerciantes

consumidores

• Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos:

» conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos

fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos

consumidores e dos titulares dos serviços públicos de

limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para

minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados,

bem como para reduzir os impactos causados à saúde

humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de

vida dos produtos, nos termos desta Lei.

• DAS RESPONSABILIDADES DOS

GERADORES E DO PODER PÚBLICO.

» O poder público, o setor empresarial e a

coletividade são responsáveis pela efetividade das

ações voltadas para assegurar a observância da

Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e

demais determinações estabelecidas nesta Lei e em

seu regulamento.

Logística Reversa

Fonte: Leite (2011)

Logística Reversa

• instrumento de desenvolvimento econômico e

social caracterizado por um conjunto de ações,

procedimentos e meios destinados a viabilizar a

coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao

setor empresarial, para reaproveitamento, em

seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou

outra destinação final ambientalmente adequada;

Implantação da Logística Reversa:

• I - Acordos Setoriais - ato de natureza contratual

firmado entre o poder público e fabricantes,

importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em

vista a implantação da responsabilidade compartilhada

pelo ciclo de vida do produto;

• II - Regulamentos expedidos pelo Poder Público; ou

• III - Termos de Compromisso.

Logística Reversa - Setores

Agrotóxicos, seus resíduos

e embala-

gens

Pilhas e Baterias

Lâmpa-

das

Eletro-eletrôni-

cos e seus

compo-nentes

Pneus

Óleos lubrifi-cantes,

seus resíduos

e embala-

gens

Outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso

Demais produtos e embalagens mediante avaliação técnica e econômica

Comitê Orientador

Ministro de Estado do Meio

Ambiente

Ministro de Estado da

Saúde

Ministro de Estado da Fazenda

Ministro de Estado do

MDIC

Ministro de Estado do

Mapa

Trata somente da logística reversa

Grupos de Trabalho:

1 – Descarte de Medicamentos – em análise de

propostas do setor pelo MMA;

2 – Embalagens em Geral - em consulta pública, fase

final.

3 – Óleo Lubrificante, Seus Resíduos e Embalagens –

acordo em vigor.

4 – Lâmpadas Fluorecentes, de Vapor de Sódio e

Mercúrio e de Luz Mista – em consulta pública, fase

final.

5 – Eletroeletrônico – em análise de propostas do

setor pelo MMA;.

Comitê Orientador

Aterro Sanitário Recuperação / Aproveitamento

do Biogás

Transporte

Tratamento / Recuperação

Coleta

Resíduos

Rejeitos

Reciclagem

Resíduos

Rejeitos

Coleta

Separação / Triagem

Conservação dos Recursos Naturais Geração Redução / Reutilização

Fluxo dos Serviços de Limpeza Urbana conforme PNRS

Fonte: Silva Filho, 2012

Planos

• Planos de Gestão – (02/08/2012)

• Plano Nacional de Resíduos Sólidos

• Plano de Resíduos x Plano de Saneamento

• Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)

• Instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos,

cujo documento deve apresentar as ações a serem

desenvolvidas relativas aos resíduos sólidos, considerando

a seleção de alternativas viáveis, estabelecendo ações

integradas e diretrizes sob os aspectos ambientais,

econômicos, financeiros, administrativos, técnicos, sociais

e legais para as etapas de gestão e gerenciamento.

Planos de Gestão e

Gerenciamento de Resíduos

Sólidos

Gestão (Público)

• I - Plano Nacional;

• II - Planos Estaduais;

• III - Planos Microrregionais e de Regiões

Metropolitanas ou Aglomerações Urbanas;

• IV – Planos Intermunicipais;

• V - Planos Municipais.

• De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais - MUNIC, ano

base 2013 (IBGE, 2014), 1.865 municípios declararam possuir planos de

gestão integrada de resíduos sólidos nos termos da PNRS.

Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo é lançado

Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

- PGRS

• Cumprimento integral da legislação;

• Integra processo de licenciamento

ambiental;

• Responsável técnico habilitado;

• Obtenção de melhores resultados;

• Plano Multidisciplinar;

• Fomento das atividades da cadeia

dos resíduos sólidos

(reutilização/reciclagem);

• Estruturação gerencial compartilhada

• Sistema de informações

Sujeitos à elaboração do PGRS – I

●resíduos dos serviços públicos de saneamento

básico;

●resíduos industriais;

●resíduos de serviços de saúde;

●resíduos de mineração;

Sujeitos à elaboração do PGRS – I I

• Estabelecimentos comerciais e de prestação de

serviços que gerem:

- resíduos perigosos;

- resíduos que, mesmo caracterizados

como não perigosos, por sua

natureza, composição ou volume, não

sejam equiparados aos resíduos

domiciliares pelo poder público

municipal;

Sujeitos à elaboração do PGRS – III

Construção civil – regulamentos ou normas

SISNAMA

•Agrossilvopastoris.

•Serviços de transportes: portos,

aeroportos, terminais alfandegários,

rodoviários e ferroviários;

Descrição do empreendimento ou atividade;

Diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;

Observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:

a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos;

b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;

identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores;

Ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes;

Metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, à reutilização e reciclagem;

Se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, na forma do art. 31;

Medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;

Periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da respectiva licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama.

Governança coletiva e cooperação

Mesmas atividades

PLANO COLETIVO elaborado de forma

conjunta

Mesmo setor industrial

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

• Dispensa de apresentação

• Simplificação

•Exceção: geradoras de resíduos perigosos

• Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, institui a

Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a

Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e

dá outras providências.

●Os responsáveis por PGRS manterão atualizadas e

disponíveis ao órgão municipal competente, ao órgão

licenciador do Sisnama e a outras autoridades, informações

completas sobre a implementação e a operacionalização do plano sob sua responsabilidade.

●A observância do disposto no caput do

art. 23 (...) desta Lei é considerada

obrigação de relevante interesse

ambiental para efeitos do art. 68 da Lei nº

9.605, de 1998, sem prejuízo da aplicação

de outras sanções cabíveis nas esferas

penal e administrativa.

LEI 9.605/1998

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou

contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de

relevante interesse ambiental:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três

meses a um ano, sem prejuízo da multa.

• Ao SINIR será somado o Inventário de

Resíduos que se somará ao Sistema

Declaratório Anual de Resíduos Sólidos, que

será preenchido e atualizado pelas

indústrias, sinalizando a origem, transporte

e destinação final dos resíduos.

Planos de Gestão e de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos.

• Implementação da PNRS

• Tendências

• O poder público poderá instituir medidas

indutoras e linhas de financiamento para

atender, prioritariamente, às iniciativas de:

• desenvolvimento de produtos com menores impactos à

saúde humana e à qualidade ambiental em seu ciclo

de vida;

• estruturação de sistemas de coleta seletiva e de

logística reversa;

• desenvolvimento de pesquisas voltadas para

tecnologias limpas aplicáveis aos resíduos sólidos;

Instrumentos Econômicos

Instrumentos Econômicos

• No fomento ou na concessão de incentivos creditícios

destinados a atender diretrizes desta Lei, as

instituições oficiais de crédito podem estabelecer

critérios diferenciados de acesso dos beneficiários aos

créditos do Sistema Financeiro Nacional para

investimentos produtivos.

Instrumentos Econômicos

• A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas competências, poderão instituir normas com o objetivo de conceder incentivos fiscais, financeiros ou creditícios, respeitadas as limitações da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a:

• I - indústrias e entidades dedicadas à reutilização, ao tratamento e à reciclagem de resíduos sólidos produzidos no território nacional;

• II - projetos relacionados à responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, prioritariamente em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;

Decreto - Instrumentos Econômicos

• As iniciativas previstas na Lei serão fomentadas por

meio das seguintes medidas indutoras:

I - incentivos fiscais, financeiros e creditícios;

II - cessão de terrenos públicos;

III - destinação dos resíduos recicláveis descartados pelos

órgãos e entidades da administração pública federal às

associações e cooperativas dos catadores de materiais

recicláveis;

IV - subvenções econômicas;

Decreto - Instrumentos Econômicos

V - fixação de critérios, metas, e outros dispositivos

complementares de sustentabilidade ambiental para as

aquisições e contratações públicas;

VI - pagamento por serviços ambientais, nos termos

definidos na legislação; e

VII - apoio à elaboração de projetos no âmbito do Mecanismo

de Desenvolvimento Limpo - MDL ou quaisquer outros

mecanismos decorrentes da Convenção Quadro de

Mudança do Clima das Nações Unidas.

• Parágrafo único. O Poder Público poderá estabelecer outras

medidas indutoras além das previstas no caput.

31/10/2012

Deputados aprovam estímulo à indústria de reciclagem de

resíduos sólidos

A indústria de reciclagem de resíduos sólidos foi

contemplada no texto aprovado, nesta quarta-feira,

para a MP 574/12 com um crédito presumido de

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de

PIS/Pasep e de Cofins para estimular essa

atividade.

O cálculo será sobre o valor de venda de matéria-

prima ou produto intermediário fabricado com

resíduos reciclados. As empresas terão direito a um

crédito equivalente a 65% da alíquota desses

tributos. Entretanto, não poderão usar os créditos

conseguidos com a compra dos resíduos sólidos.

Os deputados aprovaram vários outros

pontos incluídos na MP 574/12.

Lei de Crimes Ambientais

• Art. 51. Sem prejuízo da obrigação de, independentemente

da existência de culpa, reparar os danos causados, a ação

ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas que importe

inobservância aos preceitos desta Lei ou de seu

regulamento sujeita os infratores às sanções previstas em

lei, em especial às fixadas na Lei no 9.605, de 12 de

fevereiro de 1998, que “dispõe sobre as sanções penais e

administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas

ao meio ambiente, e dá outras providências”, e em seu

regulamento.

Lei de Crimes Ambientais

• Art. 53. O § 1o do art. 56 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de

1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

• “Art. 56. .................................................................................

• § 1o Nas mesmas penas incorre quem:

• I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os

utiliza em desacordo com as normas ambientais ou de segurança;

• II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza,

recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa

da estabelecida em lei ou regulamento.

• .............................................................................................” (NR)

ATENÇÃO: PROIBIÇÕES!

São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou

rejeitos, as seguintes atividades:

I - utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;

II - catação, observado o disposto no inciso V do art. 17;

III - criação de animais domésticos;

IV - fixação de habitações temporárias ou permanentes;

V - outras atividades vedadas pelo poder público.

LEI

• Art. 49 - É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e à sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso, reutilização ou recuperação.

DECRETO

Art. 85. O Decreto no 6.514, de 2008,

passa a vigorar acrescido do

seguinte artigo:

“Art. 71-A. Importar resíduos sólidos

perigosos e rejeitos, bem como os

resíduos sólidos cujas

características causem dano ao

meio ambiente, à saúde pública e

animal e à sanidade vegetal, ainda

que para tratamento, reforma,

reuso, reutilização ou recuperação:

• Multa de R$ 500,00 (quinhentos

reais) a R$ 10.000.000,00 (dez

milhões de reais).” (NR)

ATENÇÃO: PROIBIÇÕES!

PARTICIPAÇÃO DOS CATADORES DE MATERIAIS

RECICLÁVEIS E REUTILIZÁVEIS

O sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e a logística

reversa priorizarão a participação de cooperativas ou de outras

formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e

recicláveis constituídas por pessoas físicas de baixa renda.

Políticas Integradas

PNRS

SANEAMENTO

AGROTÓXICOS

CONSÓRCIOS

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Mudanças

Climáticas

Crimes

Ambientais

Parceria

Público-Privada Licitações

Saneamento

• Marco regulatório - Lei nº 11.445/2007

• Indicadores • 48% dos domicílios brasileiros não têm acesso à rede de esgoto • IBGE Atlas de Saneamento 2011- 2.495 dos 5.565 municípios do País não

contam com nenhum tipo de rede de captação e tratamento de esgoto.

• Quase a metade da população se servem de fossas sépticas ou de alternativas mais rudimentares como fossas a céu aberto ou lançamento de dejetos in natura em cursos d’água.

Comitê Interministerial

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O Comitê trata de assuntos transversais descritos na PNRS

Comitê Interministerial para

Acompanhamento.

• ●Grupos de Trabalho (GTs) - finalidade de apoiar a

estruturação e implementação da Política Nacional de

Resíduos Sólidos (PNRS) - São cinco grupos de trabalho:

■GT01 – Planos Nacional de Resíduos Sólidos e Sistema de

Informação.

■GT02 – Recuperação Energética dos Resíduos Urbanos.

■GT03 – Incentivo à pesquisa, desoneração tributária e linhas de

financiamento ou creditícias de instituições financeiras federais.

■GT04 – Resíduos Perigosos e descontaminação de Áreas Órfãs.

■GT05 – Educação Ambiental.

Coautores: Arnaldo Jardim e José Valverde Machado Filho

Capítulo: Marcos regulatórios como fundamento para as políticas públicas de gestão integrada dos resíduos sólidos.

Referências

• Leis

• 12.305 de 2010 – Resíduos

• 12.187 de 2009 – Mudanças Climáticas

• 11.445 de 2007 - Saneamento

• 11.107 de 2005 - Consórcios

• 11.079 de 2004 - PPP

• 9.795 de 1999 – Educação Ambiental

• 9.605 de 1998 – Crimes Ambientais

• Decreto – 7.404 de 2010 – Resíduos

• www.arnaldojardim.com.br

• http://www2.planalto.gov.br/presidencia/legislacao

• ABRELPE – www.abrelpe.org.br

• IBGE – www.ibge.gov.br

• PNUMA - www.pnuma.org.br

• CEMPRE – www.cempre.org.br

• IPEA - www.ipea.gov.br

• FIESP – www.fiesp.com.br/ambiente

• MMA – www.mma.gov.br

Muito obrigado!

• José Valverde Machado Filho

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