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Temas das redações do ENEM 1998 a 2009 *******

Temas das redações do ENEM - 1998 a 2009

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Temas das redações do ENEM – 1998 a 2009

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-------------------------------------------------------------------------- ENEM 2006 --------------------------------------------------------------------

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-------------------------------------------------------------------------- ENEM 2007 --------------------------------------------------------------------

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-------------------------------------------------------------------------- ENEM 2008 --------------------------------------------------------------------

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--------------------------------------------------------------------- ENEM 2009 (ANULADA)-------------------------------------------------------------------

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---------------------------------------------------------------------------- ENEM 2009 ---------------------------------------------------------------------------

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DISSERTAÇÃO

O texto dissertativo implica discussão de idéias, organização do pensamento, defesa de pontos de vista, descoberta de

soluções. É o tipo de texto que analisa e interpreta os dados da realidade. A base de uma dissertação é a fundamentação de seu

ponto de vista, sua opinião sobre o assunto (argumentação).

Em caso de uma temática muito abrangente devemos, primeiramente, delimitar o tema que será desenvolvido, determinar

o objetivo do texto que é a posição que será assumida diante do problema levantado e, em seguida, fazer a estruturação do

texto. Uma dissertação deve essencialmente conter as seguintes partes:

(1) Introdução: Apresentação da tese a ser defendida (tópico frasal). Nesse momento apresenta-se, de forma geral, o

tema e levanta-se o problema que será discutido.

(2) Desenvolvimento: Também chamado de argumentação, representa o corpo do texto. Aqui será desenvolvida a ideia

proposta na introdução. É o momento em que se defende o ponto de vista acerca do tema proposto. Deve-se atentar para não

deixar de abordar nenhum item proposto na introdução, bem como na proposta de redação do examinador.

Os parágrafos da dissertação, especialmente no desenvolvimento, podem ser elaborados de diferentes maneiras:

a- Argumento por Enumeração - Caracteriza-se pela exposição de um série de coisas, uma a uma. Presta-se bem à indicação de

características, funções, processos, situações, sempre oferecendo o complemento necessário à afirmação estabelecida na frase

nuclear. Pode-se enumerar, seguindo-se os critérios de importância, preferência, classificação ou aleatoriamente.

Ex: “O adolescente moderno está se tornando obeso por várias causas: alimentação inadequada, falta de exercícios sistemáticos e demasiada permanência diante de computadores e aparelhos de TV.”

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b- Argumento por Comparação - A frase nuclear pode-se desenvolver através da comparação, que confronta idéias, fatos, fenômenos e apresenta-lhes as semelhanças ou contrastes.

Ex: "A juventude é uma infatigável aspiração de felicidade; a velhice, pelo contrário, é dominada por um vago e persistente sentimento de dor, porque já estamos nos convencendo de que a felicidade é uma ilusão, que só o sofrimento é real." (Arthur Schopenhauer)

c- Argumento por Causa e conseqüência - A frase nuclear, muitas vezes, encontra no seu desenvolvimento um segmento causal (fato motivador) e, em outras situações, um segmento indicando conseqüências (fatos decorrentes).

Ex: “O homem, dia a dia, perde a dimensão de humanidade que abriga em si, porque os seus olhos teimam apenas em ver as coisas imediatistas e lucrativas que o rodeiam. O espírito competitivo foi excessivamente exercido entre nós, de modo que hoje somos obrigados a viver numa sociedade fria e inamistosa.”

d- Argumento de Tempo e Espaço - Muitos parágrafos dissertativos marcam temporal e espacialmente a evolução de idéias, processos.

Ex: Tempo – “A comunicação de massas é resultado de uma lenta evolução. Primeiro, o homem aprendeu a grunhir. Depois deu um significado a cada grunhido. Muito depois, inventou a escrita e só muitos séculos mais tarde é que passou à comunicação de massa.”

Espaço – “O solo é influenciado pelo clima. Nos climas úmidos, os solos são profundos. Existe nessas regiões uma forte decomposição de rochas, isto é, uma forte transformação da rocha em terra pela umidade e calor. Nas regiões temperadas e ainda nas mais frias, a camada do solo é pouco profunda.” (Melhem Adas)

e- Argumento de Definição - Num parágrafo dissertativo, pode-se conceituar, exemplificar e aclarar as idéias para torná-las mais compreensíveis.

Ex: "Artéria é um vaso que leva sangue proveniente do coração para irrigar os tecidos. Exceto no cordão umbilical e na ligação entre os pulmões e o coração, todas as artérias contém sangue vermelho-vivo, recém oxigenado. Na artéria pulmonar, porém, corre sangue venoso, mais escuro e desoxigenado, que o coração remete para os pulmões para receber oxigênio e liberar gás carbônico.”

f- Argumento de Exemplificação: a exemplificação consiste no relato de um pequeno fato (real ou fictício). Esse recurso argumentativo é amplamente usado quando a tese defendida é muito teórica e carece de esclarecimentos com mais dados concretos.

Ex. “A condescendência com que os brasileiros têm convivido com a corrupção não é propriamente algo que fale bem de nosso caráter. Conviver e condescender com a corrupção não é, contudo, praticá-la, como queria um líder empresarial que assegurava sermos todos corruptos. Somos mesmo? Um rápido olhar sobre nossas práticas cotidianas registra a amplitude e a profundidade da corrupção, em várias intensidades. Há a pequena corrupção, cotidiana e muito difundida. É, por exemplo, a da secretária da repartição pública que engorda seu salário datilografando trabalhos „para fora‟, utilizando máquina, papel e tempo que deveriam servir à instituição. Os chefes justificam esses pequenos desvios com a alegação de que os salários públicos são baixos. Assim, estabelece-se um pacto: o chefe não luta por melhores salários de seus funcionários, enquanto estes, por sua vez, não „funcionam‟. O outro exemplo é o do policial que entra na padaria do bairro em que faz ronda e toma de graça um café com coxinha. Em troca, garante proteção extra ao estabelecimento comercial, o que inclui, eventualmente, a liquidação física de algum ladrão pé-de-chinelo.” (Jaime Pinksky/Luzia Nagib Eluf.. Brasileiro(a) é Assim Mesmo, Ed.Contexto)

g- Argumento de Autoridade: a conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no

assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador,

enfim, uma autoridade no assunto abordado. A citação pode auxiliar e deixar consistente a tese. Não se esqueça de que a frase

citada deve vir entre aspas.

Ex. “O cinema nacional conquistou nos últimos anos qualidade e faturamento nunca vistos antes. „Uma câmera na mão e

uma idéia na cabeça‟ - a famosa frase-conceito do diretor Gláuber Rocha – virou uma fórmula eficiente para explicar os R$ 130

milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado.” (Adaptado de Época, 14/04/2004)

(3) Conclusão: É o encerramento do texto. Pode-se fazer uma reafirmação (resumo) do tema e dar-lhe um fecho ou

apresentar possíveis soluções para o problema que foi apresentado.

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Ex.1 A posição social da mulher de hoje

Ao contrário de algumas teses predominantes até bem pouco tempo, a maioria das sociedades de hoje já começam a

reconhecer a não existência de distinção alguma entre homens e mulheres. Não há diferença de caráter intelectual ou de qualquer

outro tipo que permita considerar aqueles superiores a estas.

Com efeito, o passar do tempo está a mostrar a participação ativa das mulheres em inúmeras atividades. Até nas áreas

antes exclusivamente masculinas, elas estão presentes, inclusive em posições de comando. Estão no comércio, nas indústrias,

predominam no magistério e destacam-se nas artes. No tocante à economia e à política, a cada dia que passa, estão vencendo

obstáculos, preconceitos e ocupando mais espaços.

Cabe ressaltar que essa participação não pode nem deve ser analisada apenas pelo prisma quantitativo. Convém observar

o progressivo crescimento da participação feminina em detrimento aos muitos anos em que não tinham espaço na sociedade

brasileira e mundial.

Muitos preconceitos foram ultrapassados, mas muitos ainda perduram e emperram essa revolução de costumes. A

igualdade de oportunidades ainda não se efetivou por completo, sobretudo no mercado de trabalho. Tomando-se por base o

crescimento qualitativo da representatividade feminina, é uma questão de tempo a conquista da real equiparação entre os seres

humanos, sem distinções de sexo. (Revista Veja, 2005)

Ex.2 Vida ou Morte

A grande produção de armas nucleares, com seu incrível potencial destrutivo, criou uma situação ímpar na história da

humanidade: pela primeira vez, os homens têm nas mãos o poder de extinguir totalmente a sua própria raça da face do planeta.

A capacidade de destruição das novas armas é tão grande que, se fossem usadas num conflito mundial, as conseqüências

de apenas algumas explosões seriam tão extensas que haveria forte possibilidade de se chegar ao aniquilamento total da espécie

humana. Não haveria como sobreviver a um conflito dessa natureza, pois todas as regiões seriam rapidamente atingidas pelos

efeitos mortíferos das explosões.

Só resta, pois, ao homem uma saída: mudar essa situação desistindo da corrida armamentista e desviando para fins

pacíficos os imensos recursos econômicos envolvidos nessa empreitada suicida. Ou os homens aprendem a conviver em paz, em

escala mundial, ou simplesmente não haverá mais convivência de espécie alguma, daqui a algum tempo.

(Texto adaptado do artigo "Paz e corrida armamentista" em Douglas Tufano, p. 47)

Ex.3 O verdadeiro sentido da Páscoa

Páscoa é a festa espiritual da libertação, simbolizada por objetos incorporados em nossas vidas como o ovo de páscoa,

que está ligado a um ritual egípcio e, por conveniências comerciais, ganhou seu lugar nas festividades do Domingo de Páscoa

assim como outra tradição que surgiram do anseio popular (a malhação do Judas em Sábado de Aleluia).

Mas, a verdadeira Páscoa está narrada em Exodus e depois a Nova Páscoa está descrita no Evangelho de Jesus Cristo

como a vitória do Filho do Homem. A primeira Páscoa da História foi celebrada pelos hebreus no século 13 a.C. para que todos

lembrassem que Moisés, com a ajuda do Senhor, salvou o seu povo das mãos do Faraó. Assim, o cordeiro foi o sinal de aliança e

o anjo podia saber quem estava com Javé ou Jeová.

E com a ceia vieram os pães ázimos sem fermento e as ervas amargas comidas com o cordeiro pelos hebreus com os

cinturões cingidos aos rins, prontos para ir embora do Egito, ao amanhecer. Depois temos o anúncio do Cordeiro de Deus por João

Batista e a revelação do Filho do Homem até a sua crucificação e a Ressurreição. Somente a partir deste período, os cristãos das

catacumbas começam a usar o Ovo como símbolo de vida nova, além do que depois do jejum da Quaresma e da Semana Santa

era o alimento para a preparação da festa, entre 22 de março a 25 de abril, variando de ano para ano.

A origem das tradições pascais varia de civilização a civilização e de tudo que pode ser incorporado como os ovos

egípicios ganharam afeição dos teutônicos e na China, na Festa da Primavera, distribuíam ovos coloridos. Os missionários

trouxeram o costume que se ocidentalizou e a Igreja concordou e oficializou no século XVIII.

No mundo todo, a cerimônia religiosa da Páscoa varia conforme as tradições e costumes, mas seus significados de

Libertação e Vida Nova ainda são traduzidos nas festividades pascais e nas suas formas de comemorações até mesmo com a

malhação do Judas no Sábado de Aleluia e a Missa de Páscoa de Domingo, tudo faz parte da civilização cristã ocidental e da

história da vida, morte, paixão e ressurreição de Cristo narrada no Antigo e Novo Testamento. (Desconhecido)

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Ex.4 Livros desprezados

Grave problema presente no Brasil é o baixo nível cultural da população devido à falta de leitura de boa qualidade.

Segundo o Pisa (Programa internacional de avaliação de alunos), que verifica a capacidade de leitura do jovem, dentre os 32

países envolvidos na pesquisa de 2001, o nosso ficou com a última colocação.

Um dos fatores que provocam a falta de domínio da leitura na avaliação brasileira é a escassez de livrarias: apenas uma

para cada 84,4 mil habitantes. Porém, essa não é a única razão: o brasileiro prefere ler futilidades que pouco ou nada acrescentam

ao seu intelecto a se dedicar aos grandes nomes da literatura.

Os políticos tentam suavizar a situação do semi-analfabetismo gerada pela falta de leitura com o discurso de que é

perfeitamente normal que algumas pessoas alcancem o final do ensino médio sem saber expressar suas idéias por meio da

escrita. Obviamente, é “perfeitamente norma”, visto que o sistema de repetência foi indevidamente abolido nas escolas públicas.

É imprescindível que a leitura no Brasil seja estimulada desde a infância e que o sistema de ensino sofra uma revisão.

Nossa nação não pode aspirar ao desenvolvimento tendo tão deficiente capital humano. (Alexandre Budu)

Ex.5 Autodestruição

Há tempos a questão da preservação do meio ambiente entrou no dia-a-dia das discussões do mundo inteiro. O

excesso de poluição emitida pelas indústrias e automóveis e a devastação das florestas são as principais causas do efeito estufa e

finalmente se tornaram motivo de preocupação. Contudo, até agora, os resultados pró-natureza são insignificantes perto dos

prejuízos causados a ela.

Essa diferença tem razões econômicas. Não é simples nem vantajoso uma fábrica que emite grande quantidade de

poluentes comprar equipamentos que amenizam tal emissão. O mesmo acontece com automóveis, grandes vilões do ar nas

cidades. Segundo reportagens, carros e ônibus velhos poluem quarenta vezes mais do que os novos, e não é por falta de vontade

que os donos não os trocam, e sim por falta de dinheiro. Concluímos, então, que o mundo capitalista inviabiliza um acordo com o

meio ambiente e, enquanto isso, o planeta adoece.

Outros problemas é a falta de informação e educação ambiental. Muitas pessoas ainda desconhecem os malefícios do

efeito estufa, como, por exemplo, o aumento da temperatura e, como conseqüência, a intensificação das secas. Esse

desconhecimento somado ao egoísmo e descaso humano trazem-nos uma visão de futuro pessimista. Das poucas pessoas

cientes desse problema, muitas não o levam a sério e não tentam mudar suas atitudes buscando uma solução. Enquanto os

efeitos dos nossos atos não atingirem proporções mais danosas, permaneceremos acomodados com a situação, deixando para

nossas futuras gerações o dever de “consertar” o meio ambiente.

A triste conclusão a que chegamos é a de que a prudência e o bom senso do ser humano não são mais fortes que a sua

ambição e egoísmo. Estamos destinados a morrer no planeta que matamos. (Mariana Yamamoto Martins)

Ex.6 Quando o fim é progredir

Há milhares de anos o universo existia em harmonia. Os ciclos de escuridão e luz se alternavam periodicamente. As

estrelas nasciam, brilhavam e explodiam. Sempre o mesmo ciclo. Harmonia. Tranqüilidade. A luz fez um planeta fértil. Plantas

surgiram. A harmonia continuou. Animais surgiram. Sucederam as eras geológicas. Surgiu, então, o homem. O homem não se

contentou com os ciclos naturais. Construiu ferramentas e com estas ergueu as cidades, afastando-se até das memórias dos

campos, da vida simples e natural. A harmonia se despedaçou.

Ao homem foi dado o domínio da tecnologia, mas ele a usou para a destruição. Foi dada também a conquista do meio,

mas ele o converteu em sua própria prisão. As florestas foram arrasadas. A atmosfera foi poluída. Enfim, a Terra criou o homem e

foi destruída por sua criação.

Os mais sábios tentaram impedir o progresso, mas o lucro do momento fechou os ouvidos do homem. A avalanche

continuou. Cada um competiu para transformar uma parte maior do todo. Ignoraram completamente o ciclo natural. Materialismo

passou a ser o novo indicador.

O progresso abalou o homem até onde a ambição alcança. Ele cada vez sabe mais, consegue mais e constrói mais. Só

que não percebe, em sua escalada, a possibilidade da queda. Quando ele se der conta dos abusos que comete, será tarde demais

para voltar. (Sandra H. Gordon)