Tempo Saquarema

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  • 8/13/2019 Tempo Saquarema

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    MATTOS, I. R.; O Tempo Saquarema a formao do Estado Imperial. 4 edio. RJ:

    ACCESS, 1999. 300p

    (pp. 97-11! II " #$%i&' e S&$&)e*&': +ie)d&de' e ie)&)$i&'

    (pp. 97-103!O autor comea falando sobre os diversos usos polticos com a questo dos Luzias e

    Saquaremas, tanto poca quanto em tempos posteriores. Assim, o autor fala sobre Oliveiraianna!, que dizia que os partidos serviam apenas para se aproveitar do poder, "ustificando o

    autoritarismo dos anos !#$%&. O autor, outrossim, tenta compreender a ori'em dessas diferenas e

    semel(anas, falando sobre a formao dos liberais ao lon'o do )rasil, no perodo que corresponde

    ao fim da *e'+ncia e ao incio da raieira.

    O autor destaca a unidade dos liberais frente a uma monarquia descentralizada, entendendo

    que tambm (avia interesses particulares dentro deste conte-to. Se'undo lmar, a movimentao de

    !/0& seria similar a uma revoluo, tendo em vista que se pretendia mudanas estruturais

    $

    . 1oentanto, o triunfo conservador os obri'ou a terem o pseud2nimo de luzias, bem como a sua

    revoluofoi reduzida rebelio, o que, se'undo o 34di'o 3riminal, afetaria a ndepend+ncia e a

    manuteno do status quo0. 1este sentido, foi5l(es concedida a anistia, pois, se'undo 6artins ena,

    a lei no aplic7vel aos ricos8. Assim, eles adotariam o comportamento dos saquaremas no poder.

    9m relao nomenclatura dos saquaremas, o autor vai dizer que tem a ver com a questo

    eleitoral no atual municpio fluminense. Os liberais teriam adotado este nome por saquarema l(es

    recordarem :proteo; ou :favorecimento;. .A :trindade saquarema; a fora poltica que define o mprio do

    )rasil?, uma vez que as atitudes contr7rias so consideradas anti5nacionalistas.

    (pp. 103-1! 1- /* I*p)io e T)' M$2do'

    Aqui, o autor trata das semel(anas entre os liberais e conservadores, destacando que os

    primeiros tin(am o apoio de fazendeiros e capitalistas. Alm disso, e relao s rebeli@es que

    vin(am ocorrendo entre a *e'+ncia e o incio do Se'undo *einado, v+5se que tanto liberais quanto

    conservadores tin(am a mesma opinio quanto participao do povo (omens livres e pobresB e de

    escravos/, uma vez que, para ambos, as resolu@es deveriam ser de cima para bai-o. Cuando (avia

    ! A11A, OliveiraD O Ocaso do Imprio. $E edio, *io de Faneiro, !#8#, p. !#& SOGHA, 6aria do 3armo 3ampello deDEstado e Partidos Polticos no Brasil. S, !#?>, p.>8$ Proclamao de Jos Feliciano Pinto Coelho aos Mineiros. nI 6A*1JO, Fos Ant2nioDHistria do Movimento

    Poltico de !"#$. )J, !#??, p.#/0 Coleo das %eis do Imprio do Brasil de !"&' . *io de Faneiro, !/?>, parte , pp. !0&5&%%8 91A, 6artinsD O (ovio. nI Comdias de Martins Pena. *io de Faneiro, !#>>, pp.$%!50/> JOLLA1KA, Sr'io )uarqueD )o Paulo. nIHistria *eral da Civili+ao Brasileira, t., vol., p.0?&? *O3JA, Fustiniano Fos daD,o- .eao- /ransao0 duas palavras acerca da atualidade poltica no Brasil. nI

    F1O*, *aimundo 6a'al(esD /r1s Pan2let3rios do )e4undo .einado. S, !#8>/ MO**9S JO696, Nrancisco de SalesD O %i5elo do Povo. nI F1O*, *. 6a'al(esD /r1s Pan2let3rios do

    )e4undo .einado. S, !#8%, p./&D LS)OA, Foo NranciscoDPartidos e Elei6es no Maranho. nI O5rasEscolhidas. *F, !#0>, p.!8/D e.elatrio do Ministro da Justia- !"#&, aulino Fos Soares de Souza, p./. 9ssas

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    uma maior participao popular, tentava5se desle'itimar a luta com despolitizao#.

    A partir de teorias sobre vis@es de mundo!%, o autor vai falar sobre Nrancisco de aula

    *esende, que diz que o sentimento aristocr7tico contrap@e a :flor da sociedade; da :esc4ria da

    populao;!!. 9ste sentimento tambm fez com que se mantivesse esse car7ter colonial e escravista

    no p4s56aioridade. Assim, essas rela@es pessoais e sociais sustentaram o favorecimento polticoem nome da manuteno dos monop4lios!&,pois, de acordo com a concepo de )ent(am!$, os bens

    materiais 'eram bens no5materiais. 3om base nisso, o autor percebe mais uma semel(ana entre

    luzias e saquaremas, que na crena na liberdade e propriedade, que, de acordo com a 3onstituio

    de !/&0, era privil'io. Os que no possuam nem um, nem outro, eram considerados estran(os

    sociedade!0. 1este caso, os escravos. Kentro dos privile'iados, (avia a diviso entre cidados ativos

    e no5ativos!8, o que 6arqu+s de So icente c(amava de sociedade poltica e sociedade civil,

    respectivamente

    !>

    . O sentimento aristocr7tico ainda determinava as posi@es dos elementos quecompun(am a sociedade imperial, pois apenas a :boa sociedade; poderia 'overnar. 1este sentido,

    de acordo com Foaquim 1abuco, a relao com o mundo do trabal(o se dava a partir dos escravos,

    bem como as rela@es pessoais e, com base em Noucault!?,de fora.

    lmar 6attos tambm fala sobre as divis@es de 'overnos, que correspondiamI

    casa, que seria uma e-tenso do ncleo familiar, com rela@es de poder interiorizadas

    dentro da sociedade escravista!/D

    ao 9stado, que seria uma espcie de controle dos e-a'eros da 3asa, para cuidar que osmonop4lios fossem mantidosD

    Aqui, o autor salienta que tudo o que estava fora desta sociedade estamental era considerado

    anar7uia!#.9m relao aos (omens livres e pobres, 'rande parte era composta de alforriados&%.Alvo

    das mais diversas nomenclaturas de cun(o pe"orativo ou quaisquer outras formas de viol+ncias, este

    'rupo ser7 mar'inalizado, fazendo com que a viol+ncia se"a uma forma de se e-pressar, em reao

    ao menosprezo da :boa sociedade;&!.

    informa@es podem ser encontradas no livro, nas p7'inas !%0 e !%8.# p. !%8 P.elatrio do Ministro da Justia- !"#!, p.?,#!% KG)Q, Reor'esDHistria )ocial 8 Ideolo4as de las )ociedades, )arcelona, !#?>, p.0$D 3JAG, 6arilenaD Crtica

    e Ideolo4iaD inI Cadernos )E,F, ano , a'osto de !#?/, p.!#!! p. !%>!& JO)S)AT6, 9ricD%as .evoluciones Bur4uesas, 6adrid, !#>0D 6A3J9*SO1, 3.).D, 9emocracia %i5eral :

    Ori4ens e Evoluo, *F, !#?/!$ )91MJA6, F.DPrinciples o2 the Civil Code, part , cap.>, apud. 6A3J9*SO1, 3.)., op.cit., p.$!!0 )G91O, F.A..D9ireito P;5lico Brasileiro e ,n3lise da Constituio do Imprio. )raslia, !#?/, p.00%!8 *OK*RG9S, A.9. 6artinsD NAL3O1, N.F. 3alazansD 199S, 6. de SouzaD, *uarda (acional no .io de

    Janeiro- !"&!

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    3om base no que fora e-posto acima, o mprio fica dividido entre Roverno, Mrabal(o e

    Kesordem&&, posto que o 'overno vai querer se apro-imar das c(amadas :1a@es 3ivilizadas;,

    sendo a sociedade brasileira, na pr7tica, totalmente contr7ria ao que se apresenta na 9uropa, de

    acordo com a 3onstituio de !/&0. Assim, o autor vai dizer que o mprio tin(a os :ol(os na

    9uropa e os ps na Amrica;&$

    , pois, ao mesmo tempo em que o mprio se via como fil(o doluminismo, os ps na Amrica era pra asse'urar o controle da populao.

    (pp. 11-1! - A i)eo S&$&)e*&

    && p.!!> P &U par7'rafo&$ p.!!#