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1 JUNHO 2014 Sempre nossa, onde for. FORTISSIMO junho Nº 5 / 2014

Temporada 2014 | Junho

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VIVACE Fabio Mechetti, regenteBoris Giltburg, piano

J. C. BACH Sinfonia em Mi bemol maior, op. 18, nº 1

RACHMANINOFF Concerto para piano nº 1 em fá sustenido menor, op. 1

PROKOFIEFF Sinfonia nº 7 em dó sustenido menor, op. 131

p. 8

SUMÁRIO

Ministério da Cultura e Governo de Minas apresentam

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Devido à realização da Copa do Mundo, a Filarmônica apresenta neste mês apenas um concerto, dentro das nossas séries no Palácio das Artes. Iremos receber o último vencedor do concurso Rainha Elizabeth, uma das mais importantes competições internacionais de piano. Fazendo sua estreia com a Filarmônica, o pianista israelense Boris Giltburg irá tocar o Concerto para piano nº 1 de Sergei Rachmaninoff. Na mesma noite, a Filarmônica mostra sua diversidade ao explorar a última sinfonia escrita por Prokofieff e uma charmosa sinfonia de um dos filhos de Johann Sebastian Bach, Johann Christian. Mozart considerava Johann Christian um dos grandes compositores de sua época, e nesta sinfonia teremos a oportunidade de ver por quê. O compositor divide a orquestra em duas partes espelhadas e utiliza recursos bastante originais para a época, sem perder a integridade formal e a verve melódica que tanto impressionaram o jovem Mozart.

Além do nosso encontro com o Romantismo tardio, em 22 de junho, no Sesc Palladium, pelos Concertos para a Juventude, a Filarmônica também dará prosseguimento às suas turnês estaduais, levando a música de concerto a vários pontos do estado. Desta vez estaremos em Uberaba, Frutal, Nova Serrana e Patos de Minas, dividindo com o público mineiro esse grande patrimônio cultural que nossa orquestra tem se tornado.

Sempre nossa, onde for.

Bom concerto a todos.

CAROS AMIGOS E AMIGAS,

D I R E T O R A R T Í S T I C O E R E G E N T E T I T U L A R

Fabio Mechetti

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FABIO MECHETTIDiretor Art íst ico e Regente Titular

Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. É também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville (EUA) desde 1999. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse e da Orquestra Sinfônica de Spokane, da qual é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras

norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá, e a Filarmônica de Tampere, na Finlândia.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente, estreou na Itália conduzindo a Orquestra Sinfônica de

Roma. Em 2014 voltará ao Peru, desta vez regendo a Orquestra Sinfónica Nacional del Perú, e à Espanha, onde se apresenta pela primeira vez com a Orquestra da RTV Espanhola. Acaba de estrear na Malásia, conduzindo a Filarmônica da Malásia, e em breve estreará em Israel, com a Orquestra de Câmara de Israel.

No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre, Brasília e Paraná e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson,

Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor.

Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.

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Johann Christian BACH Sinfonia em Mi bemol maior, op. 18, nº 1 [12 min] Allegro spirituoso

Andante

Allegro

Sergei RACHMANINOFF Concerto para piano nº 1 em fá sustenido menor, op. 1 [27 min] Vivace

Andante

Allegro Vivace

boris giltburg, piano — i n t erva lo —

Sergei PROKOFIEFF Sinfonia nº 7 em dó sustenido menor, op. 131 [31 min] Moderato

Allegretto

Andante espressivo

Vivace

Fabio Mechetti, regenteBoris Giltburg, piano

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Grande Teatro do Palácio das Artes

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P R O G R A M A

terça, 20h30

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BORIS GILTBURG

Nascido em 1984, em Moscou, Boris Giltburg começou seus estudos de piano com a mãe, aos cinco anos de idade. Viveu em Tel Aviv desde a primeira infância, onde estudou com Arie Vardi. Recebeu muitos prêmios em competições internacionais, como a Santander (prêmio principal e Prêmio do Público, 2002) e a Rubinstein (2º prêmio e Melhor Concerto Clássico, 2011). Em 2013 venceu o Concurso Rainha Elisabeth, em Bruxelas – resultado que alavancou sua já florescente carreira internacional.

Desde sua inovadora aparição com a Philharmonia Orchestra em 2007, Giltburg tem sido presença anual no Royal Festival Hall, em Londres. Fez sua estreia no BBC Proms com a BBC Scottish Symphony. Na última temporada, estreou com a Filarmônica de Londres e foi convidado de muitas orquestras do Reino Unido. Também atuou

com a DSO Berlin, Frankfurt Radio Symphony, Orchestre National du Capitole de Toulouse, Royal Philharmonic Flamengo, Swedish Radio Symphony, Danish Radio Symphony e Praga Symphony, entre outras.

Na adolescência, Giltburg participou de turnês nos Estados Unidos com a Orquestra de Câmara de Israel. Sua primeira apresentação em solo norte-americano com uma orquestra local foi com a Indianapolis Symphony. Após sua estreia com a Filarmônica de Israel, o artista passou a se apresentar com as mais notáveis orquestras e na principal série de recitais de Israel. Ele já se apresentou no Japão, inclusive com a Filarmônica de Hong Kong, na China e em vários países da América do Sul. Boris Giltburg tem colaborado com regentes como Alsop, Brabbins, Dohnanyi, Entremont, Neeme Jaervi, Karabits,

Lintu, Luisotti, Petrenko, Pletnev, Saraste, Segerstam, Sinaisky, Sokhiev e Soustrot.

O pianista se apresentou em recitais por toda a Europa nos principais espaços, como o Viena Konzerthaus, Munique Herkulessaal, Paris Louvre, Zurich Tonhalle, Wigmore Hall, Concertgebouw de Amsterdam, Southbank Centre de Londres, Teatro San Carlo de Nápoles e Sony Auditorium em Madrid. Participações em festivais incluem Klavierfest Ruhr, Schwetzingen, Luzern, Piano aux Jacobins e Cheltenham.

Em 2012, Giltburg lançou em álbum as sonatas War de Prokofieff sob o selo Orchid, figurando na Gramophone como Escolha do Editor e recebendo cinco estrelas no Daily Telegraph. Foi o primeiro lançamento do selo Orchid a figurar no Specialist Classical Album Chart. O artista também gravou pelo selo EMI Debut e tem um DVD ao vivo disponível no Video Artists International. Boris Giltburg foi indicado ao Prêmio Jovem Artista da Royal Philharmonic Society em 2008.

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Dos vinte filhos que teve Johann Sebastian Bach, pelo menos três tornaram-se grandes compositores: seu filho mais velho, Wilhelm Friedmann Bach (cuja música era a preferida do pai), Carl Philipp Emmanuel Bach, seu segundo filho, e Johann Christian Bach, seu filho caçula. Do ponto de vista das transformações históricas, estes dois últimos foram determinantes, talvez bem mais que o pai. Philipp Emmanuel, dentre outras razões, por ter sido a fonte fundamental de Joseph Haydn, lapidador do Classicismo musical; Johann Christian, pela ascendência que exerceu sobre W. A. Mozart, com quem teve o primeiro contato em 1764, em Londres, onde residia, durante uma das muitas turnês que o jovem músico fazia pela Europa, sob a tutela do pai.

Se a linguagem de Friedmann, apesar de sólida, soa anacrônica, e embora a música de Philipp Emmanuel traga a ambiguidade e a complexidade do Rococó, Johann Christian não deixa margem a dúvidas: seu idioma já é genuinamente Clássico, formal, tímbrica e estruturalmente, abraçando, na sua música instrumental, a forma sonata e a melodia acompanhada (em detrimento da polifonia). Isso talvez em decorrência de sua formação musical ligada à Escola Italiana (Johann Christian Bach esteve de 1754 a 1762 na Itália, aonde fora para estudar contraponto com o Padre Martini, e ali cumpriu diversas funções, dentre as quais a de organista da Catedral de Milão) e também talvez por seu envolvimento com a ópera, gênero

Instrumentação: 2 flautas, 2 oboés, 2 fagotes, 2 trompas, cordas.

JOHANN CHRISTIANBACH (Alemanha , 1735 – Inglaterra , 1782)

Sinfonia em Mi bemol maior, op. 18, nº 1 (1770/1781)

ao qual se dedicou vivamente, tanto na Itália quanto na Inglaterra, onde veio a fixar residência a partir de 1762. Note-se, com isso, que as semelhanças entre a linguagem de J. C. Bach e a de Mozart estão para muito além das meras coincidências.

Sua obra, como a de seus contemporâneos, é pródiga: obras para piano, concertos para instrumentos solistas, obras de música de câmara, diversas peças de música sacra e uma infinidade de óperas.

As seis sinfonias abrigadas sob o op. 18 não têm data precisa de composição, mas, ao que parece, foram escritas entre 1770 e 1781 e publicadas nesse último ano. Esta série está entre as obras instrumentais mais bem-acabadas de Johann Christian Bach. A primeira das seis sinfonias op. 18 traz o diferencial de ter sido composta para orquestra dupla, como serão a terceira e a quinta da mesma série.

Isso não foi exatamente novidade no repertório orquestral, mas teve

Para ouvirJ. Ch. Bach – Complete Symphonies op. 6, 9 & 18 – Netherlands Chamber Orchestra – David Zinman, regente – Newton Classics – 2011

Orquestra de Câmara Failoni de Budapeste – Hanspeter Gmur, regente | Acesse: fil.mg/bsinf1

Para ler Karl Geiringer – Bach Family: seven generations of creativity – Oxford University Press – 1971

a graça de trazer algo do idioma concertante e da prática do diálogo entre dois grupos instrumentais, herança da Escola Veneziana. J. C. Bach faz a seguinte distribuição entre os dois grupos: no primeiro, cordas, dois oboés, fagote e duas trompas; no segundo, cordas e duas flautas.

Resta dizer que os instrumentos de sopro têm, nessas obras, uma função significativa. Com isso, J. C. Bach se põe em uma posição ambígua: por um lado, ele lança possibilidades expressivas para a orquestra sinfônica. Por outro, ele faz uma releitura, à maneira do século XVIII, de toda a sua herança barroca.

moacyr laterza filho | Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.

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O Concerto para piano nº 1 possui o vigor e a energia próprios de Rachmaninoff. Trata-se de uma obra de juventude que o autor compôs aos dezoito anos de idade, enquanto ainda aluno do Conservatório de Moscou. A estreia, apenas do primeiro movimento, deu-se em 17 de março de 1892, no Conservatório, com a orquestra de alunos sob a regência do Diretor, Vasily Safonov, com Sergei Rachmaninoff ao piano. A versão que hoje conhecemos é de 1917, após a extensiva revisão que Rachmaninoff fez do Concerto, meses antes de deixar a Rússia. A nova versão foi apresentada pela primeira vez em Nova York, em 1919, pela Sociedade Sinfônica Russa sob a direção de Modest Altschuler, tendo igualmente o compositor como solista.

O intenso diálogo entre o piano solista e a orquestra é a marca

registrada do primeiro movimento (Vivace), com a brilhante escrita virtuosística típica do compositor. No segundo movimento (Andante), os temas confiados ao piano, que reina praticamente absoluto, são de um lirismo ímpar, apenas encontrados nas mais belas páginas do próprio Rachmaninoff. O terceiro e último movimento (Allegro vivace) é feito de esfuziante energia. Música intensa, cheia do entusiasmo da juventude, que o compositor soube manter, mesmo após as severas revisões realizadas na obra.

Apesar do enorme sucesso alcançado no século XX – tanto por seus concertos como por suas sinfonias, sua música para solista, música de câmara, óperas e música litúrgica –, Rachmaninoff foi relativamente negligenciado pelos estudos musicológicos ocidentais,

Instrumentação: 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tímpanos, percussão, cordas.

SERGEI RACHMANINOFF (Rúss ia , 1873 – Estados Unidos, 1943)

Concerto para piano nº 1 em fá sustenido menor, op. 1 (1891, versão final 1919)

em razão do preconceito vigente, que o considerava um compositor ultraconservador, um homem do século XIX vivendo em pleno século XX. Em um século praticamente todo dividido entre “progressistas” e “conservadores”, as melhores considerações foram sempre reservadas aos ditos “modernos” e a sua música de caráter experimental e revolucionário, enquanto as conquistas de seus antagonistas eram atenuadas, por serem eles avaliados, de antemão, como “menos originais” que seus pares.

A concepção de que a música de Rachmaninoff pertence ao século XIX é um daqueles erros históricos que acabaram tornando-se verdades absolutas de tanto serem repetidos. Na verdade, Rachmaninoff jamais se preocupou com as oscilações da moda e procurou apenas seguir seu próprio caminho individual. Sua música foi nada mais que a expressão sincera de sua personalidade, seus sentimentos e ideias. Escreveu sobre seus contemporâneos: “A nova música parece vir não do coração, mas da mente. Seus compositores

Para ouvir Rachmaninoff plays Rachmaninoff – The 4 piano concertos – Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy e Leopold Stokowski, regentes – RCA Victor – 1994

Para assistirOrquestra Sinfônica Nacional da RAI de TurimKarl Martin, regente – Nikita Magaloff, pianoAcesse: fil.mg/rconcpiano1

Para ler Sergei Bertensson e Jay Leyda – Sergei Rachmaninoff: a lifetime in music – Indiana University Press – 2009

Sergei Rachmaninoff – Rachmaninoff’s recollections told to Oskar von Riesemann – Macmillan – 1934

pensam, ao invés de sentir. Eles não têm a capacidade de fazer obras encantadoras, como dizia Hans von Bülow. Eles advogam, protestam, analisam, argumentam, calculam e experimentam – mas não encantam”.

Se a música de Rachmaninoff é realmente ultrapassada, o mesmo poderia ser dito do gosto de seus milhões de admiradores ao longo de todo o século. Para a crítica especializada, seriam todos um pouco démodés. Mas, sem dúvida, que música encantadora!

guilherme nascimento | Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.

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As sete sinfonias de Prokofieff permitem uma visão bastante abrangente de sua evolução pessoal e de suas preocupações estéticas, diretamente relacionadas com a história de seu país. Sob essa perspectiva, a carreira do compositor divide-se em três períodos bem distintos – a fase russa, a ocidental e a soviética.

A fase russa compreende os anos de aprendizado e afirmação no cenário musical da Rússia czarista. Sua mãe era excelente pianista amadora e Prokofieff, aos seis anos, já usava o instrumento para compor pequenos esboços musicais, como um curioso Galope hindu (escrito no modo lídio de fá, para evitar as teclas pretas). Aos treze, ingressou no

Conservatório de São Petersburgo, tornando-se o aluno mais rebelde dessa conceituada instituição, então sob a direção de Rimski-Korsakov. Paralelamente, o jovem compositor participa das Noites de Música Contemporânea, entrando em contato com as obras inovadoras de Debussy e Schoenberg. Intuitivamente, a música de Prokofieff se associa à estética futurista da época, à pintura de Kandinsky e à literatura de Maiakovsky. Algumas de suas recentes composições (entre elas, a violenta Suite Cita, de 1915) causavam espanto pela aspereza harmônica e rítmica. Alguns críticos o acusavam de maquinismo futurista e de iconoclastia revolucionária. A Primeira Sinfonia foi a resposta do compositor –

Instrumentação: piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, clarone, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, piano, cordas.

SERGEI PROKOFIEFF (Ucrânia , 1891 – Rúss ia , 1953)

Sinfonia nº 7 em dó sustenido menor, op. 131 (1951/1952)

concebida segundo os processos formais de Haydn, tornou-se amplamente conhecida como Sinfonia clássica.

Em 1918 o compositor inicia seu período “ocidental”, quando abandona a Rússia para viver por muitos anos entre a França, os Estados Unidos e a Alemanha. Aos poucos, impõe-se nos principais centros culturais. Entretanto (diferentemente de Debussy, Stravinsky ou Schoenberg), Prokofieff nunca pretendeu renovar a linguagem musical ou criar uma nova “técnica” de composição. Suas inovações se referem mais ao “efeito” do que às estruturas musicais. Nesse aspecto, a destreza de exímio pianista lhe foi muito útil e, mesmo quando acusado pela vanguarda radical de retrógrado e conservador, suas obras foram frequentemente provocativas e “modernas”. As três sinfonias “ocidentais” são muito diferentes entre si. A Segunda Sinfonia tem caráter ruidoso, áspero e provocativo. Prokofieff visa à crítica vanguardista francesa e compõe uma obra “moderna, de ferro e aço”. O dramatismo da Terceira Sinfonia deve muito ao contexto de sua ópera O anjo

de fogo, à qual está ligada em sua gênese. É um dos trabalhos mais ousados e experimentais do compositor. A Quarta Sinfonia também se associa a uma obra cênica, no caso, o balé O filho pródigo. Mas seu caráter despojado é diametralmente oposto ao da sinfonia anterior.

A partir de 1927 Prokofieff começa a reatar contatos com a URSS. Em 1936, com objetivos pedagógicos, escreveu para o Teatro Infantil de Moscou o conto musical Pedro e o Lobo, uma das composições mais populares do século XX. Nesse ano voltou definitivamente à Rússia, iniciando sua fase “soviética”, durante os mais rigorosos anos dos expurgos stalinistas. A produção desse último período, muitas vezes desigual, inclui obras-primas instrumentais como o balé Romeu e Julieta, as trilhas para os filmes

Para ouvir Prokofiev – Symphonies Nos. 3 & 7 – Ukraine National Symphony Orchestra – Theodore Kuchar, regente – Naxos UK – 1995

Orquestra Filarmônica de Berlim – Seiji Ozawa, regente | Acesse: fil.mg/psinf7

Para ler Claude Samuel – Prokofiev – Éditions du Seuil – Solfèges – 1995

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de Sergei Eisenstein e as últimas sonatas para piano. Na Quinta Sinfonia, o compositor busca tornar-se mais compreensível ao grande público e, mesmo mantendo altíssimo nível compositivo, seu estilo mostra-se polido pelo predomínio de ocorrências melódicas e pela estrutura formal clássica. O objetivo foi alcançado – a Quinta figura entre as melhores obras de Prokofieff, além de ser a mais frequentemente interpretada. As duas sinfonias seguintes procuram manter-se no mesmo caminho. A Sexta Sinfonia possui uma mordacidade implícita – o compositor parece zombar dos próprios recursos usados. Um ano depois de sua estreia, em 1948, no auge da campanha antiformalista, Prokofieff foi punido e obrigado a se colocar publicamente à disposição do regime.

A Sétima Sinfonia, composta poucos meses antes da morte do compositor, nasceu de uma encomenda da Seção de Música

para a Juventude da Rádio de Moscou. Prokofieff utilizou uma linguagem simples, destituída de conflitos, de energia positiva e controlada. Tendo em mente uma plateia jovem, evita o tom bombástico ou patético e valoriza a limpidez de extensas linhas melódicas (o modelo assumido é Tchaikovsky). O poético primeiro andamento utiliza todos os recursos instrumentais da palheta russa tradicional, valorizando a separação dos timbres. O segundo possui caráter otimista, jovial e despreocupado, mostrando a alegria de viver de um compositor que, entretanto, se encontrava doente, amargurado e cético. O terceiro movimento faz uma apologia da valsa, lembrando o Prokofieff dos bailados. O final, simultaneamente lírico e festivo, oferece sonoridades cintilantes obtidas pelo emprego inusitado das campanas.

Prokofieff morreu a 5 de março de 1953, coincidentemente o mesmo dia da morte de Stalin. A Sétima Sinfonia recebeu, postumamente, o Prêmio Lênin, em 1957.

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paulo sérgio malheiros dos santos | Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado.

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JUNHO

Dia 6 Turnê Estadual Uberabasexta, 20h, Praça Nossa Senhora da Abadia Marcos Arakaki, regenteAMARAL VIEIRA / RIMSKY-KORSAKOV / GNATTALI / GRIEG / SAINT-SAËNS

Dia 7 Turnê Estadual Frutalsábado, 20h, Praça da Prefeitura Marcos Arakaki, regenteAMARAL VIEIRA / RIMSKY-KORSAKOV / GNATTALI / GRIEG / SAINT-SAËNS

Dia 22 Concertos para a JuventudeEncontro com o Romantismo tardio domingo, 11h, Sesc Palladium Marcos Arakaki, regenteWAGNER / VERDI / RIMSKY-KORSAKOV / TCHAIKOVSKY / BRAHMS / SAINT-SAËNS

Dia 26 Turnê Estadual Nova Serranaquinta, 20h, Praça da LagoaMarcos Arakaki, regenteAMARAL VIEIRA / RIMSKY-KORSAKOV / GNATTALI / GRIEG / SAINT-SAËNS

Dia 27 Turnê Estadual Patos de Minassexta, 20h, Praça Irmãos SolMarcos Arakaki, regenteAMARAL VIEIRA / RIMSKY-KORSAKOV / GNATTALI / GRIEG / SAINT-SAËNS

PRÓXIMOS CONCERTOSACOMPANHE A FILARMÔNICA EM

OUTRAS SÉRIES DE CONCERTOS

Concertos para a Juventude Realizados em manhãs de domingo, são concertos dedicados aos jovens e às famílias, buscando ampliar e formar público para a música clássica. As apresentações têm ingressos a preços populares e contam com a participação de jovens solistas.

Clássicos na Praça Realizados em praças da Região Metropolitana de Belo Horizonte, os concertos proporcionam momentos de descontração e entretenimento, buscando democratizar o acesso da população em geral à música clássica.

Concertos Didáticos Concertos destinados exclusivamente a grupos de crianças e jovens da rede escolar, bem como a instituições sociais, mediante inscrição prévia. Seu formato busca apoiar o público em seus primeiros passos na música clássica.

Festival Tinta Fresca Com o objetivo de fomentar a criação musical entre compositores brasileiros e gerar oportunidade para que suas obras sejam programadas e executadas em concerto, este Festival é sempre uma aventura musical inédita. Como prêmio, o vencedor recebe a encomenda de outra obra sinfônica a ser estreada pela Filarmônica no ano seguinte, realimentando o ciclo da produção musical nos dias de hoje.

Laboratório de Regência Atividade inédita no Brasil, este laboratório é uma oportunidade para que jovens regentes brasileiros possam praticar com uma orquestra profissional. A cada ano, quinze maestros, quatro efetivos e onze ouvintes, têm aulas técnicas, teóricas e ensaios com o regente Fabio Mechetti. O concerto final é aberto ao público.

Concertos de Câmara Realizados para estimular músicos e público na apreciação da música erudita para pequenos grupos. A Filarmônica conta com grupos de Metais, Cordas, Sopros e Percussão.

Turnês Estaduais As turnês estaduais levam a música de concerto a diferentes cidades e regiões de Minas Gerais, possibilitando que o público do interior do Estado tenha contato direto com música sinfônica de excelência.

Turnês Nacionais e Internacionais Com essas turnês, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais busca colocar o Estado de Minas dentro do circuito nacional e internacional da música clássica. Em 2014, a Orquestra volta a se apresentar no Festival de Campos do Jordão.

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Conselho Administrativopresidente emérito Jacques Schwartzmanpresidente Roberto Mário Soares conselheiros Berenice MenegaleBruno VolpiniCelina SzrvinskFernando de Almeida Ítalo GaetaniMarco Antônio Drumond Marco Antônio PepinoMarcus Vinícius Salum Mauricio FreireOctávio ElísioPaulo PaivaPaulo BrantSérgio Pena

Diretoria Executivadiretor presidente Diomar Silveira diretor administrativo-financeiro Estevão Fiuzadiretora de comunicaçãoJacqueline Guimarães Ferreiradiretora de marketing e projetos Zilka Caribédiretor de operações Ivar Siewers diretor de produção musical Marcos Souza

Equipe Técnicagerente de comunicação Merrina Godinho Delgadogerente de produção musicalClaudia da Silva Guimarãesassessora de programação musical Carolina Debrot produtores Geisa AndradeLuis Otávio RezendeNarren Felipe analistas de comunicação Andréa Mendes –ImprensaMarciana Toledo –PublicidadeMariana Garcia –MultimídiaRenata Romeiro – Design gráficoanalista de marketing de relacionamento Mônica Moreiraanalista de marketing e projetos Mariana Theodoricaassistente de comunicação Renata Gibsonassistente de marketing de relacionamento André Rozenbaum

Equipe Administrativa analista administrativo Paulo Baraldianalista contábil Graziela Coelhoanalista financeiro Thais Boaventura analista de recursos humanos Quézia Macedo Silvasecretária executiva Flaviana Mendesassistentes administrativos Cristiane ReisJoão Paulo de Oliveiraauxiliar administrativoVivian Figueiredorecepcionista Lizonete Prates Siqueiraauxiliares de serviços gerais Ailda ConceiçãoClaudia Reginamensageiros Jeferson SilvaPablo Faria menor aprendiz Pedro Almeida

INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA / JUNHO 2014

FORTISSIMOjunhoNº 5 / 2014

ISSN 2357-7258

editoraMerrina Godinho Delgado

edição de textoBerenice Menegale

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS / JUNHO 2014

Primeiros Violinos Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes – Spalla AssociadoAra Harutyunyan – Assistente de SpallaAna ZivkovicArthur Vieira TertoBaptiste RodriguesBojana PantovicDante BertolinoEliseu Martins de BarrosHyu-Kyung JungMarcio CecconelloMegumi TokosumiRodrigo BustamanteRodrigo Monteiro Braga

Segundos ViolinosFrank Haemmer *Leonidas Cáceres **Jovana TrifunovicLeonardo OttoniLuka MilanovicMarija MihajlovicMartha de Moura Pacífico Mateus Freire Radmila BocevRodolfo ToffoloRodrigo de OliveiraTiago EllwangerValentina Gostilovitch ViolasJoão Carlos Ferreira *Roberto Papi **Flávia MottaGerry Varona

Gilberto Paganini Juan CastilloMarcelo NébiasNathan MedinaKatarzyna Druzd Kamila Druzd ****

VioloncelosElise Pittenger ***Camila PacíficoCamilla RibeiroEduardo SwertsEneko Aizpurua PabloLina Radovanovic Robson Fonseca Francisca Garcia ****

ContrabaixosColin Chatfield *Nilson Bellotto ** Brian Fountain Hector Manuel EspinosaMarcelo CunhaPablo Guiñez William Brichetto

FlautasCássia Lima *Renata Xavier **Alexandre BragaElena Suchkova OboésAlexandre Barros *Ravi Shankar **Israel MunizMoisés Pena

ClarinetesMarcus Julius Lander *Jonatas Bueno ** Ney Campos FrancoAlexandre Silva

FagotesCatherine Carignan * Andrew HuntrissCláudio de Freitas

TrompasAlma Maria Liebrecht *Evgueni Gerassimov **Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos SantosLucas Filho Fabio Ogata

TrompetesMarlon Humphreys *Érico Fonseca **Daniel Leal

TrombonesMark John Mulley *Wagner Mayer **Renato Lisboa

TubaEleilton Cruz *

TímpanosPatricio Hernández Pradenas *

PercussãoRafael Alberto *Daniel Lemos **Werner SilveiraSérgio Aluotto

HarpaGiselle Boeters *

TecladosAyumi Shigeta *

gerente Jussan FernandesinspetoraKarolina Limaassistente administrativo Débora VieiraarquivistaSergio AlmeidaassistentesAna Lúcia KobayashiClaudio StarlinoJônatas Reissupervisor de montagemRodrigo CastromontadoresIgor AraujoJussan MeirelesRisbleiz Aguiar

* principal ** principal assistente *** principal / assistente substituto **** músico convidado

Diretor Artístico e Regente Titular

Fabio Mechetti

Regente Associado

Marcos Arakaki

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J U N H O 2 0 1 4

PontualidadeUma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.

Aparelhos celularesConfira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro. E também evite usar o celular durante o concerto, pois a luz atrapalha quem está perto de você.

Fotos e gravações em áudio e vídeoNão são permitidas na sala de concertos.

ConversaA experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.

CUIDE DO SEU PROGRAMA DE CONCERTOSO programa mensal é elaborado com a participação de diversos especialistas e oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música, compositores e intérpretes. Desfrute da leitura e estudo. Em 2014, ele ganha o nome Fortissimo e o registro do ISSN, um código que o identifica, permite a citação de seus textos como referência intelectual e acadêmica e sua indexação nos sistemas nacional e internacional de pesquisa. Para evitar o desperdício, traga sempre o seu programa. Caso o esqueça, use o exemplar entregue pelas recepcionistas e, ao final, deposite-o em uma das caixas colocadas à saída do Grande Teatro. Programa disponível no site: www.filarmonica.art.br//index.php/blog/programas

PARA APRECIAR UM CONCERTO

AplausosAplauda apenas no final das obras, que, muitas vezes, se compõem de dois ou mais movimentos. Veja no programa o número de movimentos e fique de olho na atitude e gestos

do regente.

TossePerturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.

CriançasCaso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

Comidas e bebidasSeu consumo não é permitido no interior da

sala de concerto.

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J U N H O 2 0 1 4— em j u l h o vo c ê t em u m en co n t r o es p ec i a l —

FEST IVAL R I C H A R D S T R AU S S

Compositor singular de uma obra plural

DIA 3

fa b i o m ech e t t i / a rn a l d o co h en

Sinfonia nº 2 Burleske Don Juan

DIA 15

fa b i o m ech e t t i / a d r i a n e q u e iroz

O Burguês Fidalgo: Suíte Capriccio: Cena f inal Serenata em Mi bemol maior Quatro Últimas Canções

DIA 24

fa b i o m ech e t t i / sz a b o lc s zem pl én i

Da Itália Concerto para trompa nº 1 Salomé: Dança dos Sete Véus

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