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Temporada Darcos: Orquesta Ciudad de Granada 2 de outubro de 2016 Grande Auditório: 17h Duração Aproximada: 1h10 c/intervalo Maiores de 6 anos Coprodução: CCB/Temporada Darcos Orquesta Ciudad de Granada Dora Rodrigues, soprano Massimo Spadano, violino Nuno Côrte-Real, direção musical Criada em 1990, a Orquesta Ciudad de Granada é uma das mais importantes e prestigiadas orquestras espanholas. Nesta sua primeira viagem a Lisboa e a Torres Vedras, onde será dirigida pelo maestro Nuno Côrte-Real, a orquestra interpretará obras de Beethoven e Schumann, e fará a estreia absoluta da versão orquestral do ciclo vocal Livro de Florbela, de Côrte-Real, sobre poesia de Florbela Espanca. Este ciclo, cristalizando os versos intensos, vibrantes e apaixonados da poetisa, será interpretado pelo soprano Dora Rodrigues, cantora portuguesa que tem vindo a construir uma sólida carreira internacional. O Concerto para violino e orquestra de Schumann, obra de um lirismo poético inexcedível, contará com a mestria do violinista italiano Massimo Spadano, celebrado intérprete desse instrumento. Com todos os ingredientes para ser um concerto memorável, a sua presença é obrigatória! Programa: R. Schumann (1810-1856) Concerto para violino e orquestra, em Ré menor I. In kräftigem, nicht zu schnellem tempo II. Langsam III. Lebhaft, doch nicht schnell pausa L. V. Beethoven (1770-1827) Abertura Egmont, em Fá menor (Op. 84)

Temporada Darcos: Orquesta Ciudad de Granada - ccb.pt · obra, Menuhin afirma: «este concerto é o elo perdido da literatura para violino, a ponte que une os concertos de Beethoven

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Temporada Darcos: Orquesta Ciudad de Granada 2 de outubro de 2016 Grande Auditório: 17h Duração Aproximada: 1h10 c/intervalo Maiores de 6 anos Coprodução: CCB/Temporada Darcos Orquesta Ciudad de Granada Dora Rodrigues, soprano Massimo Spadano, violino Nuno Côrte-Real, direção musical Criada em 1990, a Orquesta Ciudad de Granada é uma das mais importantes e prestigiadas orquestras espanholas. Nesta sua primeira viagem a Lisboa e a Torres Vedras, onde será dirigida pelo maestro Nuno Côrte-Real, a orquestra interpretará obras de Beethoven e Schumann, e fará a estreia absoluta da versão orquestral do ciclo vocal Livro de Florbela, de Côrte-Real, sobre poesia de Florbela Espanca. Este ciclo, cristalizando os versos intensos, vibrantes e apaixonados da poetisa, será interpretado pelo soprano Dora Rodrigues, cantora portuguesa que tem vindo a construir uma sólida carreira internacional. O Concerto para violino e orquestra de Schumann, obra de um lirismo poético inexcedível, contará com a mestria do violinista italiano Massimo Spadano, celebrado intérprete desse instrumento. Com todos os ingredientes para ser um concerto memorável, a sua presença é obrigatória!

Programa: R. Schumann (1810-1856) Concerto para violino e orquestra, em Ré menor

I. In kräftigem, nicht zu schnellem tempo II. Langsam

III. Lebhaft, doch nicht schnell

pausa L. V. Beethoven (1770-1827) Abertura Egmont, em Fá menor (Op. 84)

N. Côrte-Real (1971-) Livro de Florbela (op. 42b) para soprano e orquestra - estreia absoluta da versão orquestral de N. Côrte-Real

I. Exaltação II. Árvores

III. Os versos que te fiz IV. Este livro V. Num postal

VI. Cinzento VII. À Morte

Cantos do crepúsculo e da morte Controverso, infamado, maldito e mal-amado, o Concerto para violino e orquestra em Ré menor de Robert Schumann (1810-1856) é uma obra assombrada pelo fantasma da loucura. Composto em 1853, meses antes do colapso mental que obrigaria ao internamento definitivo do compositor num asilo, o Concerto foi considerado indigno e intocável, permanecendo inédito e desconhecido durante mais de 80 anos. A história da obra e a sua problemática recepção são indissociáveis das circunstâncias penosas e dramáticas que rodearam a sua composição. A premissa da inter-relação entre a vida e a arte, que normalmente se aplica na compreensão do percurso artístico de Schumann, ganha aqui uma conotação quase literal. O último período criativo de Schumann inicia-se em 1850 com a mudança para Dusseldorf, onde vai ocupar o posto de diretor da Sociedade Musical. No início as coisas correm bem, mas o progressivo agravamento da sua saúde mental acaba por afetar desastrosamente o seu desempenho profissional. Em 1852, no início da terceira temporada, é-lhe solicitado que se demita das suas funções. O músico sofre, mas persiste e consegue adiar qualquer decisão definitiva. Na realidade, é o seu assistente, Julius Tausch, que assegura a direção da orquestra na maioria dos concertos. Paradoxalmente, estes são anos intensamente produtivos. Schumann compõe, compõe rapidamente, sem descanso, como se pressentisse que o fim está a chegar, que a noite começa a cair. «Compor enquanto é dia», é o seu imperativo. Nos 4 anos de Dusseldorf acumula nada menos do que 50 obras, levando a cabo numa espécie de síntese que abrange praticamente todos os géneros. Como sempre, encontra na criação um meio de escapar às suas angústias. Pela sua ação estruturante, a composição afasta a doença, mas em excesso acaba por perturbar o equilíbrio dos humores… A produção final é irregular, páginas visionárias ao lado de outras carentes de génio e inspiração. O romantismo desenfreado da primeira fase criativa, dá lugar a um estilo mais sóbrio, objectivo e económico, um estilo que procura domar e constranger a imaginação para a submeter à disciplina da forma clássica. A sua música tardia afasta-se da expressão subjetiva e do «eu» lírico, e aproxima-se mais do modo narrativo. Em 1853, entre os sofrimentos da doença, as preocupações resultantes do afastamento da Sociedade Musical, e a insegurança causada pelas críticas que a sua

obra tem sofrido dos partidários da música programática, duas novas amizades vêm temperar os dias sombrios: Johannes Brahms e Joseph Joachim. Aos dois jovens vê-os como herdeiros da sua conceção musical, e pressente que a sucessão está assegurada. Se Brahms o impressiona enquanto compositor, Joachim fascina-o enquanto violinista. Este último incita Schumann a escrever para violino. Nos primeiros dias de setembro compõe a Fantasia para violino e orquestra, Op. 131, uma peça concertante de virtuosismo acrobático, em «estilo húngaro». De seguida, num espaço de três semanas, compõe o Concerto para violino em Ré menor. A 13 de outubro envia a partitura ao violinista e escreve: «Oxalá vos agrade; parece-me mais fluente do que a Fantasia; a orquestra intervém mais. Ficaria feliz se o pudéssemos ouvir aqui na primeira apresentação». Porém, o desejo do mestre não se realizará. Joachim mostra muitas reservas, acha a obra fraca. Quando se depara a primeira oportunidade de estreá-la, em janeiro de 1854, o ensaio corre mal, o violinista declara-se impreparado e o projeto é abortado. Schumann acabará por nunca escutar o seu Concerto. Nesses meses a sua saúde mental agrava-se rapidamente. As alucinações auditivas tornam-se cada vez mais contínuas e insuportáveis. Na tarde de 27 fevereiro de 1854, em pleno Carnaval, o compositor, transtornado, sai de casa em roupão e pantufas e lança-se nas águas geladas do Reno, o rio divino tantas vezes cantado e celebrado pelos artistas da Alemanha romântica. Mas o «Pai Reno» repudia-o. Os barqueiros vêem-no lançar-se da ponte e tiram-no da água com vida. No dia seguinte pede para ser internado. Os dois anos que lhe restam de vida, passa-os no asilo de Endenich. Quanto ao Concerto, é fechado a sete chaves. Joachim recusa tocá-lo, receando que a fraca qualidade da obra possa prejudicar a reputação do compositor. Clara, a viúva, pelas mesmas razões, recusa deixar editá-lo. Quando ela e Brahms, em 1880, preparam as edições completas de Schumann, o Concerto para violino, juntamente com mais meia dúzia de partituras tardias, é rejeitado. Sela-se assim o destino da obra maldita. Quando Joachim morre, a partitura manuscrita é legada à Biblioteca Estatal da Prússia com instruções que proíbem a sua edição até passarem 100 anos sobre a morte do compositor. Todavia, este prazo não será respeitado e, 84 anos depois da sua composição, o Concerto vem finalmente a público. O processo de resgate iniciou-se na década de 1930 quando os herdeiros de Joachim consentiram finalmente que a Schott editasse a partitura. Os editores escolheram o violinista Yehudi Menuhin para fazer a estreia em Nova Iorque. Entusiasmado com a obra, Menuhin afirma: «este concerto é o elo perdido da literatura para violino, a ponte que une os concertos de Beethoven e Brahms». Entretanto as autoridades nazis intervêm e reclamam o direito de estrear a obra em solo germânico. Menuhin, enquanto judeu, estava fora de questão, e a escolha recaiu sobre o violinista ariano Georg Kulenkampf. A estreia fez-se em Berlim, em novembro de 1937, numa versão revista, corrigida e alterada por Paul Hindemith. Um mês mais tarde, em Nova Iorque, Menuhin tocou pela primeira vez a versão original do Concerto de Schumann. A partir daqui muitos violinistas começaram o integrar a obra no seu reportório, desmentindo assim o mito da «obra intocável». Todavia, a controvérsia permanece e, ainda hoje, uma certa aura de «obra maldita» paira sobre a peça. Certamente, não se trata de uma obra genial, mas tão-pouco de uma obra desprezível. É preciso não esquecer que os três ilustres juízes que à partida a condenaram – Clara, Brahms e Joachim – viveram de perto a derrocada mental do compositor e os acontecimentos traumáticos subsequentes, e portanto é compreensível que o seu

juízo seja parcial e prejudicado pelos seus sentimentos pessoais. A nível formal a obra apresenta algumas fraquezas e singularidades: o último andamento, por exemplo, é muito repetitivo e, segundo Joachim, «quase intocável sem, no entanto, produzir um efeito pleno»; ou seja, é muito difícil de tocar mas o seu virtuosismo é discreto e pouco saliente. Os violinistas estão habituados a terem últimos andamentos rápidos e brilhantes, mas Schumann prescreve um tempo moderado (Vivo, mas não rápido) e, de fato, há passagens que se tornam impossíveis de tocar num tempo metronómico acima do indicado. Por outro lado, há uma certa rudeza nas transições, as secções terminam abruptamente e parecem, por vezes, mal acabadas. Porém, se a forma é pouco inventiva, não há dúvida de que é dominada por uma poderosa emoção. Como é habitual no estilo tardio do compositor, os temas dos três andamentos partilham ligações motívicas e, tal como nos restantes concertos, o segundo e terceiro andamentos encadeiam-se sem interrupção. A escrita do solista lembra Bach, com figurações tipicamente barrocas. Aliás, toda a obra possui um espírito e um recorte formal muito barrocos. O primeiro andamento começa em estilo grandioso, com um tema trágico, em Ré menor, que lembra Haendel. Este tema conduz diretamente à segunda ideia temática, de caráter emotivo, tipicamente schumanniana, que contém o material seminal que será desenvolvido ao longo de todo o concerto. Comovente e íntimo, o segundo andamento é o momento mágico da obra. É composto a partir do chamado Geisterthema, o tema dos espíritos, uma maravilhosa melodia que o compositor ouvia obsessivamente durante as alucinações auditivas, e julgava ser-lhe ditada por anjos ou espíritos. Esta melodia voltará a aparecer na sua derradeira obra, as Variações para piano sobre o Geisterthema. Um crescendo faz a transição direta para o terceiro andamento, uma imponente polonaise de espírito palaciano e galante, que parece evocar a atmosfera dos bailes de máscaras típicos da primeira fase criativa de Schumann. L. v. Beethoven (1770-1827) compôs a música de cena para o Egmont (1788) de Goethe entre 1809 e 1810, por ocasião de uma reposição de peça no Burgtheater de Viena. Além da Abertura o compositor escreveu mais nove números musicais, mas a totalidade da obra é hoje muito pouco conhecida e raramente tocada. A Abertura, pelo contrário, é uma peça bem conhecida e faz parte do reportório de qualquer orquestra. A tragédia de Goethe, situada historicamente no século XVI, trata o tema da luta contra a tirania, um tema caro a Beethoven: o Conde Egmont é um flamengo que luta pela libertação da Flandres do domínio espanhol. No final o herói é preso e executado, mas a sua morte trágica representa também um triunfo, pois inspira a rebelião do povo contra o opressor. A Abertura constitui um resumo perfeito da ação, antecipando não só um conflito principal, mas também a sua resolução. Começa na sombria tonalidade de Fá menor, com uma dramática introdução lenta, e um motivo declamado que prefigura o segundo tema. No Allegro, o primeiro tema agitado e instável representa luta, e o segundo tema, mais rítmico, simboliza a liberdade. No final a música passa subitamente do modo menor ao maior e a peça conclui com uma afirmação triunfal de vitória. A obra de Nuno Côrte-Real (n. 1971) não é fácil de classificar, porque não se enquadra em nenhuma corrente definida e exclui mesmo qualquer traço de parentesco com as principais poéticas dos últimos 60 anos. A sua música tem procurado restaurar a

expressividade emotiva e a dimensão humana e comunicativa que a arte árida e hermética das vanguardas suprimiu. O lirismo melódico, uma escrita rítmica enérgica e variada, e uma harmonia que privilegia a consonância são traços marcantes no seu estilo. Em muitos aspetos a linguagem e a gramática musical do compositor revelam a sua proximidade ao espírito neoclássico. Neoclássico porque compõe segundo uma dialética de tema e variação e segundo o princípio do contraste; porque concebe a música como discurso e a desenvolve num tempo linear e direcional; a sonoridade não tem um valor independente, prevalece a eloquência retórica e a torrente discursiva; a sua música é toda dinamismo, mecanismo, operação construtiva, linhas claras e solidez formal. Dir-se-ia, pelo seu objetivismo e pelos princípios construtivos, que estamos perante uma poética stravinskiana. Mas a música de Nuno Côrte-Real tem outro lado complementar, ao qual poderíamos chamar o lado psicológico ou dramático. E aí é uma expressividade de tipo romântico e uma sensibilidade decadente que predominam. A forma é inquieta, descontinua, cheia de mudanças bruscas de direção, de explosões repentinas e violentos clímaxes. Em suma, uma música dramática, rica em tensões e efeitos teatrais. A sua já extensa obra tem-se centrado em dois domínios principais: a música de câmara e a ópera. Das quatro óperas compostas até ao momento, deve salientar-se Banksters (2011), que é seguramente uma das grandes obras-primas da ópera portuguesa. Uma das caraterísticas mais salientes na obra de Côrte-Real tem sido a sua relação umbilical com a cultura e, sobretudo, com a poesia portuguesa. São já inúmeros os poetas que o compositor pôs em música ou dos quais tirou inspiração. O Livro de Florbela (Op.42), cuja versão orquestral é dada aqui em estreia, foi originalmente composto em 2012, para voz e quarteto com piano. Côrte-Real escolheu os versos de Florbela Espanca pela sua intensidade poética e intrínseca musicalidade, mas também porque esta autora, representante dum romantismo serôdio, bastante acessível e literal nos seus modos de compreensão, vai de encontro à própria conceção musical do compositor. No que respeita ao tratamento do texto refira-se que os sonetos que serviram de base para a composição não são usados integralmente. Côrte-Real retira de cada soneto apenas alguns versos ou algumas quadras, fragmentando-os e condensando-os, captando de cada um uma imagem forte ou uma luz própria que é trabalhada musicalmente. O ciclo, constituído por sete canções, está formalmente construído em espelho, com o eixo na 4ª canção, Este Livro. As canções nº2, nº 4 e nº7 são as mais trabalhadas formalmente e correspondem-se, partilhando dum mesmo material musical originário. As restantes canções são caracterizadas pela simplicidade do discurso e pela economia dos recursos musicais. Destaque-se a última canção, À Morte, que aborda o tema da morte doce e libertadora, uma ideia que tem sido recorrente na obra de Côrte-Real. Veja-se a este respeito o final coral de Banksters onde surge o canto redentor Dulcíssima morte, ou a peça para soprano e orquestra Lua, Canção de uma Morte (2003). Este último poema do Livro de Florbela, ao que consta o último escrito pela poetisa antes de se entregar voluntariamente ao doce e lânguido abraço da Senhora Dona Morte, é tratado como uma canção de embalar, e construído a partir de um motivo retirado da última Sonata de Schubert, o compositor que mais próximo da morte viveu. Aqui, os recursos musicais são reduzidos ao estritamente essencial e a linguagem está próxima dum minimalismo repetitivo. Afonso Miranda

Biografias: Dora Rodrigues Dora Rodrigues nasceu em Braga. Diplomou-se no Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga, completou a licenciatura na Escola Superior de Música do Porto com Oliveira Lopes, prosseguiu os seus estudos na Côte d’Azur com Ileana Cotrubas, em Itália com Enza Ferrari e em Espanha com Elisabete Matos. Posteriormente, integrou o European Opera Center em Liverpool e, recentemente, o European network of Opera Academies em Varsóvia, apoiada pela Fundação Gulbenkian. Estreou-se com o Círculo Portuense de Ópera no Coliseu do Porto. No Teatro S. Carlos destacam-se as participações de Elisetta (Il Matrimonio Segreto), Echo (Ariadne auf Naxos), papel que cantou também em Modena e Ferrara, a protagonista de Four Saint in Three Acts de Virgil Thomson sob a direção cénica de Bob Wilson, a participação na Tetralogia Anel de Nibelungo de Wagner, produção criada por Graham Vick, Magda (La Rondine), assim como em vários concertos integrados no âmbito das Temporadas Sinfónicas. Da sua atividade destaca-se a participação no “Festival Les Jeunes Ambassadeur – Montreal” realizado no Canadá e a sua estreia na ópera “D. Chisciotte” de Manuel Garcia no Teatro de la Maestranza de Sevilha, produção lançada em CD pela etiqueta andaluza Almaviva e distribuído por Diverdi. Em 2010 gravou com a Royal Liverpool Philharmonic Il Segreto di Susanna Wolf-Ferrari sob a direção musical de Vasily Petrenko para a Avie Records, lançada no mercado pela Presto Classical. Apresentou-se com a European Union Youth Orchestra em Londres com Laurent Pillot, concerto de aniversário da União Europeia gravado ao vivo pela etiqueta “The Classical Recording Company”. Estreou-se na ópera Die Drei Pintos de Weber na Fundação Gulbenkian sob a direção de Lawrence Foster. Foi selecionada para participar no conceituado BBC-Cardiff Singer of the World ,onde se apresentou com a Welsh National Orchestra em St. David’s Hall sob a direção de Paul Daniel. Participou no lançamento da série Os Maias, pela Rede Globo, inspirada no romance de Eça Queirós, no Rio do Janeiro. Na Temporada Darcos participou a convite de Nuno Corte-Real no projeto "Arte Romântica" com o pianista Hélder Marques. Apresenta-se regularmente com o pianista João Paulo Santos onde se destaca a sua participação recente nos "Serões Musicais no Palácio da Pena" 2015. Integra o L’Effetto Ensemble, projeto de câmara com o guitarrista Rui Gama, onde se destaca a gravação para a Antena 2 no Centro Cultural de Belém. Cantou ao lado de Josep Carreras em 2003 num tributo em sua homenagem na cidade de Coimbra, sob a direção do maestro Ferreira Lobo, e em 2012 com a Orquestra Fundação Estúdio de Guimarães dirigida por David Gimenez. ´ Foi-lhe atribuído o Prémio "Ribeiro da Fonte" - 2002 pelo Ministério da Cultura, o Galardão Música na VIII Edição dos Galardões “A Nossa Terra” e foi condecorada pelo Município de Braga com a Medalha de Mérito em 2012.

Massimo Spadano Violinista e Maestro Nascido em Lanciano (Itália), obteve o diploma "Cum Laude" no seu país e, mais tarde, o diploma de solista pela Universidade de Utrecht, sob a orientação de Viktor Liberman e Philippe Hirschhhorn. Obteve também o Diploma em Direção da Orquestra em Itália com o Maestro Renzetti Donato. Desde 1995 é o Diretor musical e artístico da Orquestra de Câmara da Sinfónica de Galícia, com a qual tem dirigido desde o classicismo até Stravinsky, bem como contemporâneos espanhóis. Na sua atividade como maestro, dirigiu a Academia de Música Antiga na Alemanha (Philarmonia Munique) e Inglaterra Londres, a Orquestra Cidade de Granada, Orquestra Sinfónica de Valles no Palau de Barcelona, a Orquestra do Norte de Portugal, Orquestra Sinfónica de Sanremo, a Sinfonia de Lérida, entre outras. Já acompanhou cantores em concertos de árias e Galas. Spadano dirigiu a sinfonia da Galiza no festival de León, o Requiem de Fauré e participou no Festival Mozart dirigindo Missas de Haydn e de Melchor López. Também dirigiu em diferentes ocasiões a orquestra do Festival Florilegium de Salamanca. Estreou-se em julho de 2011 no festival alemão de Bel Canto "ROSSINI IM WILDBAD" dirigindo Ser Marcantonio de Pavesi, a editar pela Naxos em CD. Foi membro da EUROPEAN COMMUNITY YOUTH ORCHESTRA e primeiro e segundo violino em distintos agrupamentos com os quais já atuou nas salas mais importantes da Europa, EUA, América do Sul da Ásia, África e Médio Oriente. Atuou em festivais e Temporadas em Berlin, Salzburgo, Milão, Paris, Madrid, Roma, Montpellier, Wiesbaden, Amesterdão, Florença, Barcelona, Munique, Napflion, entre outros, com Victoria Mullova, Maxim Vengerov, Katia & Marielle Labèque, Cristian Zacarias, Enrico Dindo, Alexander Lonquich, bem como com Gerard Depardieu e Alessandro Baricco. Dedica grande parte da sua atividade à música antiga com instrumentos de época e à sua investigação, participando na edição de diversos volumes de música barroca com a Camerata Anxanum, orquestra italiana da qual é membro fundador. Desde 1994 que é Concertino da Orquesta Sinfónica de Galicia. Como concertino colaborou com a Orquestra Nacional de Lyon, a Accademia di Santa Cecilia em Roma, a Orquestra de Câmara de Lausanne, a Orquesta Ciudad de Granada, Sinfónica de Tenerife, Teatre Liceu, Teatro Real e com agrupamentos barrocos como L' Ensemble Baroque de Limoges, Christof Coin, L'Ensemble Zefiro, Hesperion XX e Les Concert de Nation, com Jordi Savall e com a "Chambre Philarmonique", em Paris, fundada e dirigida por Emmanuel Krivine. Em Cambray (França) foi-lhe concedido o título honorário "LAUREATE JUVENTUS", no ano de 1996. Spadano gravou discos com várias editoras discográficas, incluindo a Sony, Opus 111, Bongiovanni e Auvidis Astrèe, tendo recebido desta última um dos mais prestigiados reconhecimentos discográficos, o “Choc Musique", pela sua gravação das sonatas de Reickard.

Com a Camerata Boccherini, grupo por ele fundado, gravou os quartetos de J.C. de Arriaga, para a editora discográfica Naxos. Com o Ensemble Zefiro, saíram recentemente dois CD de Concertos de Mozart e Fasch com instrumentos originais, para a editora discográfica Harmonia Mundi. Nuno Côrte-Real Compositor e Maestro Nuno Côrte-Real tem vindo a afirmar-se como um dos mais importantes compositores e maestros portugueses da atualidade. Das suas estreias destacam-se 7 Dances to the death of the harpist na Kleine Zaal do Concertgebouw em Amsterdam, Pequenas músicas de mar na Purcel Room em Londres, Concerto Vedras na St. Peter’s Episcopal Church em Nova York, Novíssimo Cancioneiro no Siglufirdi Festival em Reikiavik, e Andarilhos - música de bailado na Casa da Música no Porto. Dos agrupamentos e orquestras que têm tocado a sua música destacam-se o Remix Ensemble, Royal Scottish Academy Brass, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Coro Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Algarve, Orquestra do Norte, Orchestrutopica, e solistas e maestros como Lawrence Renes, Julia Jones, Stefan Asbury, Ilan Volkov, Kaasper de Roo, Cristoph Konig, David Alan Miller, Paul Crossley, John Wallace, Mats Lidström, Paulo Lourenço e Cesário Costa. A sua discografia inclui canções tradicionais portuguesas nas editoras Portugal Som e Numérica, Pequenas Músicas de Mar na editora Deux-Elles, o bailado Andarilhos na editora Numérica em co-produção com a Casa da Música, e Largo Intimíssimo na austríaca Classic Concert Records. Em Outubro de 2012 teve o seu primeiro CD monográfico, VOLUPIA, editado pela Numérica, e em 2016 realizou a direção artística e musical do CD Mirror of the soul, para a Odradek Records, com o Ensemble Darcos. No mundo cénico, Nuno Côrte-Real trabalhou com, entre outros, Michael Hampe, Maria Emília Correia, Victor Hugo Pontes, André Teodósio, Rui Lopes Graça, Paulo Matos e Margarida Bettencourt. Em junho e setembro de 2007 apresentou com grande sucesso as óperas de câmara A Montanha e O Rapaz de Bronze, encomendas da Fundação Calouste Gulbenkian e Casa da Música, respetivamente. Para o Teatro Nacional de São Carlos criou em 2009, o Intermezzo O Velório de Cláudio, com libreto de José Luís Peixoto, e apresentou em Março de 2011, a ópera Banksters, com libreto de Vasco Graça Moura e encenação de João Botelho, espetáculo que obteve um êxito inaudito na história recente da música contemporânea portuguesa. Como maestro, Nuno Côrte-Real tem dirigido regularmente orquestras como a Real Filharmonía de Galicia, Orquestra Fundación Excelentia (Madrid), Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, Orquestra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orchestrutopica, Orquestra Sinfónica I Maestri (Londres),

Camerata du Rhône (Lyon) e Ensemble Darcos. Em junho de 2015, apresentou-se pela primeira vez na sala sinfónica do Auditorio Nacional de Madrid, Espanha. É fundador e diretor artístico do Ensemble Darcos, grupo de música de câmara que se dedica à interpretação da sua música e do grande repertório europeu, e assina artisticamente a Temporada Darcos. Tem participado em vários festivais internacionais de música, onde se destacam o Festival de Sintra e de Póvoa de Varzim, e dirigido solistas tais como Artur Pizarro, Nicola Ulivieri, Ana Quintans, Alexey Sychev, Domenico Codispoti, Filipe Pinto Ribeiro, Adriano Jordão, Giulio Plotino e Luís Rodrigues, entre outros. No ano de 2003 foi-lhe atribuída a medalha de Mérito Grau Prata da Câmara Municipal de Torres Vedras. Orquesta Ciudad de Granada A Orquesta Ciudad de Granada (OCG) conta com a participação institucional do Consórcio para a música de Granada, formado pelo Ayuntamiento de Granada, Junta de Andalucía e Diputación de Granada. Foi criada em 1990 como uma orquestra sinfónica clássica, sendo o seu principal diretor Juan de Udaeta. Desde então, a direção titular e artística foi assumida por Josep Pons, Jean-J. Kantorow, Salvador Mas Conde e, atualmente, por Andrea Marcon. A OCG tem alternado as suas atividades orquestrais na área de Granada, através da sua temporada regular, integrada na província e na comunidade da Andaluzia, com importantes intervenções dentro e fora de Espanha, tendo atuado nas principais salas e festivais do país. A sua presença internacional levou-a à Suíça (Festival Gstaad), Itália (Teatro alla Scala, em Milão), Portugal (Festival I. de Coimbra), Áustria (Musikverein de Viena), bem como a França, Alemanha e Grã-Bretanha, onde obteve significativos louvores com críticos e público, destacando a sua impressionante personalidade artística: Berlim, Frankfurt, Colónia, Viena, Hannover, Manchester, Birmingham... Plácido Domingo, Victoria de los Ángeles, Motserrat Caballé, Yehudi Menuhin, Christian Zacharias, Krzysztof Penderecki, Christopher Hogwood, Elisabeth Leonskaja, Frans Brüggen, Orfeón Donostiarra, Orfeó Català, British Choral Academy, The King’s Consort, são alguns dos solistas, maestros e grupos corais que atuaram com a orquestra desde a sua criação. Entre as suas gravações destacam-se as realizadas para a Harmonia Mundi, com Josep Pons, de obras de Manuel de Falla La vida breve, El sombrero de tres picos, Noites nos Jardins da Espanha, ou autores como Bizet, La arlesiana e Sinfonía en Do, Stravinsky, El pájaro de fuego e Juego de cartas, Joaquín Rodrigo, Concierto de Aranjuez, Tomás Marco, Kurt Weill, Alberto Ginastera, Nino Rota, Éduard Lalo, entre outros. A Orquesta Ciudad de Granada foi premiada com a Medalha de Honra da Real

Academia de Bellas Artes de Granada, Premio José Gerrero, Medalha de Honra do Festival Internacional de Música y Danza de Granada, Premio Bandera de Andalucía, entre outros. Texto da Orquesta Ciudad de Granada sobre a vinda a Portugal. “A Orquesta Ciudad de Granada conquista, orgulhosamente, 25 anos da sua disseminação da cultura no campo da música clássica. Uma faceta importante do nosso trabalho é feita nas saídas da nossa sede em Granada, como embaixadores da cultura granadina e espanhola. Neste sentido, temos atuado em locais tão importantes como o Musikverein, em Viena, ou nas principais salas de concertos de Londres ou Berlim. A oportunidade que nos foi dada para realizar uma série de concertos em Portugal, no Centro Cultural de Belém e no Teatro-Cine de Torres Vedras, marca o regresso a uma tradição de passeios ao estrangeiro, interrompida nos últimos anos devido à crise económica internacional. Aliado a este fato está ainda a oportunidade de podermos ser embaixadores de Espanha num país tão querido como Portugal, e de sermos gravados e transmitidos pela rádio nacional portuguesa. É para nós muito importante reunir todos os esforços para que o desejo de fazer este passeio seja uma realidade”. ORQUESTA CIUDAD DE GRANADA I VIOLINOS Ludwig Duerichen, concertino Peter Biely, concertino adjunto Atsuko Neriishi / Piotr Wegner Isabel Mellado / Andreas Theinert Sei Morishima / Annika Berscheid Julijana Pejcic II VIOLINOS Marc Paquin, solista Alexis Aguado, solista adjunto Joachim Kopyto / Wendy Waggoner Berdj Papazian / Milos Radojicic Andrés Ibáñez / Alfonso Aldeanueva VIOLAS Evdokia Erchova, solista Krasimir Dechev, solista adjunto Mónica López / Josias Caetano Donald Lyons / Andrzej Skrobisz.

VIOLONCELOS Kathleen Balfe, solista Arnaud Dupont, solista adjunto José Ignacio Perbech / Philip Melcher Matthias Stern / Ruth Engelbrecht CONTRABAIXOS Günter Vogl, solista

Stephan Buck, solista adjunto Xavier Astor FLAUTAS Juan Carlos Chornet, flauta I Bérengère Michot, flauta II OBOÉS Eduardo Martínez, oboé I José Antonio Masmano, oboé II CLARINETES José Luis Estellés, clarinete I Carlos Gil, clarinete II FAGOTES Santiago Rios, fagote I Joaquín Osca, fagote II TROMPAS Oscar Sala, trompa I Guillem Canós, trompa II Serezade Borja, trompa III Carlos Casero, trompa IV TROMPETES Esteban Batallán, trompete I Pedro A. Martinez, trompete II TÍMPANOS Jaume Esteve PERCUSSÃO Noelia Arco Elizabeth Davis ARPA Coral Tinoco

RESPONSÁVEL DE PRODUÇÃO Juan Carlos Cantudo COORDENADOR DE PRODUÇÃO Jesús Hernández ADMINISTRATIVO Antonio Mateos ARQUIVO Juan de Dios Marfil

GERENTE DE LA ORQUESTA CIUDAD GRANADA Alicia Pire

TEMPORADA DARCOS DIREÇÃO ARTÍSTICA Nuno Côrte-Real CONSULTOR Afonso Miranda RELAÇÕES PÚBLICAS E ASSESSORIA DE IMPRENSA Rita Pereira PRODUÇÃO E PROJETOS Henrique Figueiredo

FICHA CCB

A SEGUIR

Orquestra Sinfónica Metropolitana Necessidade e Esperança: Bruckner

23 de outubro de 2016

Grande Auditório

17h

M/6

A Quinta Sinfonia de Bruckner foi escrita entre 1875 e 1876, mas estreada somente em 1894 com alterações substanciais introduzidas pelo maestro Franz Schalke. Doente, Bruckner não pode assistir. Já em 1935 foi tocada mais conforme aos autógrafos e, em 1951, o musicólogo Leopold Nowak publicou uma cuidada versão que serve de referência neste concerto. Nowak descreveu-a nos seguintes termos: «Os pensamentos de um verdadeiro gigante que sai da solidão para a desordem do mundo, numa sinfonia repleta de destreza artística e domínio da forma, do movimento e do som; uma experiência inesquecível para quem tiver a oportunidade de entrar na “catedral” da sua polifonia, das suas melodias, do derradeiro coral.»

Programa

A. Bruckner Sinfonia N.º 5, WAB 105

Emilio Pomàrico direção musical

Coprodução | CCB | Metropolitana

Beneficie dos descontos para os concertos CCB

25% desconto até aos 25 anos e depois dos 65 anos.

Desconto até 30% com o Cartão Amigo CCB (e lugar gratuito no estacionamento)

Não se esqueça do bilhete a 5€ para músicos e estudantes de música (quota limitada)

Lembre-se que no 1º Domingo de cada mês os concertos CCB têm 30% de desconto

Consulte a programação em www.ccb.pt e siga-nos no Facebook e no Instragram

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