tendência em ascensão consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliação da escola, relatório 2010 - 2011

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    1/109

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    2/109

    Autoavaliao em 5 passos

    [Conceitos e pressupostos]

    A abordagem Autoavaliao da escola em 5 passos (AAE5p) tem os seus fundamentos nos modelos

    de avaliao school grounded(MacBeath, 2004), i.e., modelos desenvolvidos tendo em considerao a

    especificidade da organizao escolar. A escola demarca-se de outras organizaes prestadoras de

    servios (pblicas ou privadas) porque, apesar de ser uma organizao com finalidades, estrutura e

    hierarquia de funcionamento comuns aos vrios estabelecimentos que prestam servios de educao e

    formao e de ter requisitos de funcionamento controlados/verificados pelo estado, cada uma das

    unidades orgnicas, escolas ou agrupamentos de escolas, tem contextos (populao que serve e staff),

    estratgias, estilos de liderana e formas de relao com a comunidade envolvente que so nicas(TEA, 2011).

    Seguimos, pois, uma lgica de avaliao que respeita essa especificidade, escolhendo um quadro de

    referncia que lida com domnios de ao/desempenho identificados e acurados com base em estudos e

    experincias de avaliao realizados em escolas, recolhendo a informao de modo a envolver todos

    atores educativos, desenvolvendo o trabalho de avaliao em estreita articulao com a equipa de

    autoavaliao interna escola e devolvendo os resultados da avaliao aos interessados.

    A abordagem AAE5pdesenvolve-se no respeito por trs pressupostos essenciais, que fundeiam as suas

    finalidades e os seus procedimentos (TEA, 2011); so eles:

    A autoavaliao um instrumento de melhoria da escola,

    A autoavaliao um processo social, participado e

    A autoavaliao produz um retrato da escola, um alicerce para uma viso de futuro .

    Queremos com isto salientar que a autoavaliao acrescenta valor escola e a todos os que nelatrabalham e estudam; este o seu mrito nas organizaes e o que procurmos traduzir nos 5 passos

    desta abordagem, descritos a seguir (cf. Figura 1).

    Constituir a equipa de autoavaliao da escola (Passo1) representa um compromisso com a

    autoavaliao. O mandato da equipa interna escola garantir que o processo de autoavaliao

    1.

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    3/109

    significa ir direto ao assunto, i.e., identificao de O que avaliar? Foco da avaliao, Como avaliar?

    Tcnicas e instrumentos, Avaliar para qu? Tratamento e anlise e Quando? Calendarizao. Todas

    as escolhas so elucidadas na matriz do design de avaliao, uma carta de navegao para o

    desenvolvimento do processo.

    Constituir equipaP1 Auto-Avaliao da escola5 passos

    Compromisso

    Sentir o pulsar da organizaoP2Entendimento profundo

    Desenhar a propostaP3

    Directo ao assunto

    Recolher e tratar a informaoP4

    Preciso e rigor

    Pesar os resultadosP5

    Orientao para a aco Conceio Gonalves & Eunice Gis

    Figura 1. Autoavaliao da escola em 5 passos (Gis e Gonalves).

    O prximo passo recolher e tratar a informao (Passo 4), seguindo o que ficou estipulado pela

    matriz do design de avaliao, com preciso e rigor, i.e., no total respeito pelos protocolos tcnicos

    prprios da aplicao de cada tcnica e instrumento que socorre a recolha de informao e seguindo

    preceitos ticos que salvaguardem a confidencialidade da informao e a sua utilizao, exclusivamente,

    para os fins para que foi recolhida (TEA, 2011).

    Todo este manancial de informao gerar o corpus da avaliao, uma grande piscina de dados,distribudos por domnios e fatores de anlise, arrumados e tratados para o avaliador ler e interpretar.

    Este constitui o lastro que permite pesar os resultados (Passo 5), formular juzos avaliativos sobre o

    desempenho da escola e pensar sobre o que eles significam com o empenho de da retirar lies que

    forneam uma orientao para a aofutura da escola (TEA, 2011).

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    4/109

    uma conceo do desempenho ideal ou desejado (o referente), construdo a partir dos normativos que

    estipulam o que so a escola e a educao, para o caso, em Portugal, mas tambm a partir dos

    documentos elaborados pela prpria escola e que orientam a sua Aco (TEA, 2011).

    O quadro de referncia constitui a coluna vertebral da avaliao ao identificar analiticamente o seu

    objeto e ao estabelecer os indicadores/descritores que permitem encontrar evidncias sobre o

    desempenho da escola em cada um dos domnios e fatores avaliados. Na abordagem AAE5padotmos

    o quadro de referncia utilizado pela Inspeo-geral da Educao na avaliao externa das escolas. Os

    domnios considerados so cinco - Resultados, Prestao do Servio Educativo, Organizao e Gesto,

    Liderana e Autorregulao e Melhoria cada um deles elucidado por um conjunto de fatores (cf. Figura

    2).

    Auto-avaliao

    Um Quadro de Referncia - IGE

    TEA Tendncia em Ascenso, Consultoria

    2 Prestao doservio educativo

    Acompanhamento da prtica

    lectiva na sala de aula 2.2

    1 Resultados

    3 Organizao e gesto4 Liderana

    Articulao esequencialidade2.1

    Diferenciao

    e apoios 2.3

    Abrangncia do currculo evalorizao dos saberes e da

    aprendizagem 2.4

    Sucesso acadmico 1.1

    Participao e desenvolvimentocvico 1.2

    Comportamento e disciplina1.3Valorizao dos saberes 1.4

    Participao pais e

    comunidade 3.4Abertura inovao 4.3

    Concepo, planeamento

    e desenvolvimento 3.1

    Gesto dos recursos humanos 3.2

    Gesto de recursos materiais e financeiros 3.3Viso e estratgia 4.1

    Motivao e empenho 4.2

    Parcerias 4.4

    Equidade ejustia 3.5

    Auto-avaliao 5.1

    Sustentabilidade e

    progresso 5.2

    5 Auto-regulaoe melhoria

    Figura 2. Quadro de Referncia da avaliao domnios e fatores (Base: Quadro de Referncia da IGE,

    formulao de 2010/2011, in http://www.ige.min-edu.pt/upload/AEE_2011/AEE_10_11_Quadro_Referencia.pdf).

    O processo de referenciao de uma avaliao inclui, ainda, a definio de referentes. Se por um lado

    existem os documentos legais que regulam a prestao do servio educativo e o funcionamento das

    escolas, existem igualmente documentos especficos em que cada unidade orgnica de gesto define,

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    5/109

    [Recolha da informao]

    A recolha de informao decorreu de acordo com a matriz do designde avaliao que apresentamos a

    seguir (Figura 3), com recurso diversidade de fontes e tcnicas que a TEA considera fundamentais a

    uma recolha de informao consistente, rica em perspetival diferentes e exequvel no perodo de

    desenvolvimento do presente processo avaliativo.

    Desenhar a propostaP3Directo ao assunto

    Acompanhamento da prticalectiva na sala de aula 2.2

    Articulao e sequencialidade 2.1

    Diferenciao e apoios 2.3

    Abrangncia do currculo e valorizaodos saberes e da aprendizagem 2.4

    Participao e desenvolvimento cvico 1.2

    Abertura inovao 4.3

    Painis

    Coord. Departamento

    Coord. Grupo

    Coord. Escola

    Professores

    1.1 a 1.3 a 1.4 a 2.1 a 2.2 a 2.3 c 2.4 a 3.1 b 3.2 c 3.3 a 3.4 a 3.5 a 4.2 a 4.3 a 4.4 c

    1.1 b 1.3 b 2.1 b 2.2 b 2.4 b 3.1 c 3.2 d 3.3 b 3.4 b 3.5 b 4.2 b 4.3 b

    1.1 c 1.3 c 2.1 c 2.2 d 2.4 c 3 .1 d 3 .3 d 3 .4 c 3 .5 c 4.2 c

    1.1 d 1.3 d 2.1 d 2.4 d 3.1 e 3.4 d 4.2 d

    1.1 e

    1.1 c 1.3 a 1.4 a 2.1 a 2.2 a 2.3 c 2.4 b 3.2 c 3.3 a 3.4 a 4.2 c 4.3 a

    1.3 b 2.1 b 2.2 b 2.4 c 3.2 d 3.3 b 3.4 b 4.3 b

    1.3 d 2.1 c 2.2 d 2.4 d 3.3 c 3.4 c

    1.3 e 2.1 d 2.4 e 3.4 d

    Directores

    de Turma

    1.1 c 1.2 a 1.3 a 1.4 a 2.1 d 2.2 a 2.3 a 2.4 b 3.4 a 3.5 a 4.3 a

    1.2 b 1.3 b 2.1 e 2.2 b 2.3 c 2.4 c 3.4 b 3.5 c 4.3 b

    1.2 c 1.3 c 2.2 c 2.3 d 2.4 d 3.4 c

    1.2 d 1.3 d 2.4 e 3.4 d

    1.2 f 1.3 e

    Sucesso acadmico 1.1

    Comportamento e disciplina 1.3

    Valorizao dos saberes 1.4

    Participao pais e

    comunidade 3.4

    Concepo, planeamento

    e desenvolvimento 3.1

    Gesto dos recursos humanos 3.2

    Gesto de recursos materiais e financeiros 3.3

    Equidade ejustia 3.5

    Viso e estratgia 4.1

    Motivao eempenho 4.2

    Parcerias 4.4

    Auto-avaliao 5.1

    Sustentabilidade e progresso 5.2

    Desenhar a propostaP3Directo ao assunto

    Acompanhamento da prticalectiva na sala de aula 2.2

    Articulao e sequencialidade 2.1

    Diferenciao e apoios 2.3

    Abrangncia do currculo e valorizaodos saberes e da aprendizagem 2.4

    Participao e desenvolvimento cvico 1.2

    Questionrios

    Sucesso acadmico 1.1

    Comportamento e disciplina 1.3

    Valorizao dos saberes 1.4

    Auto-avaliao 5.1

    Sustentabilidade e progresso 5.2

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    6/109

    Figura 3. Matriz do Design da Avaliao (Fontes, tcnicas e instrumentos de recolha da informao Painis

    e Questionrios).

    Desenhar a propostaP3Directo ao assunto

    Guies de anlise de documentos

    Procedimentosavaliao

    Apoioeducativo

    2.3 a 4.3 a 4.4 c

    2.3 b 4.3 b

    2.3 c

    2.3 d

    Actas CP

    1.1 d 1.2 f 2.1 b 2.2 b 2.3 d 2.4 a 3.1 c 3.4 c 4.2 b 4.3 a

    1.1 e 1.2 g 2.1 c 2.2 d 3.1 d 3.4 d 4.2 c 4.3 b

    2.1 d 3.1 e

    2.1 e

    1.3 e 2.2 d

    1.2 a 2.1 a 2.2 a 2.4 a 3.1 b 4.3 a 4.4 c

    1.2 b 2.1 b 2.2 b 4.3 b

    1.2 c 2.1 c 2.2 d

    1.2 d 2.1 d

    1.2 e 2.1 e

    PAA1.2 f 2.4 a 3.1 a 3.4 a 4.3 a 4.4 c

    1.2 g 2.4 b 3.4 c 4.3 b

    Actas Departamento

    e Grupo Disciplinar

    1 2 3 4 5

    ProjectoIntervenodo Director

    Acompanhamento da prticalectiva na sala de aula 2.2

    Articulao e sequencialidade 2.1

    Diferenciao e apoios 2.3

    Abrangncia do currculo e valorizaodos saberes e da aprendizagem 2.4

    Participao e desenvolvimento cvico 1.2

    Abertura inovao 4.3

    Sucesso acadmico 1.1

    Comportamento e disciplina 1.3

    Valorizao dos saberes 1.4

    Participao pais e

    comunidade 3.4

    Concepo, planeamento

    e desenvolvimento 3.1

    Gesto dos recursos humanos 3.2

    Gesto de recursos materiais e financeiros 3.3

    Equidade ejustia 3.5

    Viso e estratgia 4.1

    Motivao eempenho 4.2

    Parcerias 4.4

    Auto-avaliao 5.1

    Sustentabilidade e progresso 5.2

    PCTs1.2 a 2.2 c 2.3 c 2.4 b 5.1 c1.2 b 2.4 c

    2.4 d

    2.4 e

    ProjectoEducativo

    Desenhar a propostaP3Directo ao assunto

    Entrevistas oumemorandosdescritivos

    1.1 c 2.3 a 4.2 c 4.3 a

    2.3 b 4.3 b

    2.3 c

    2.3 d

    Director

    1.1 a 1.2 a 1.3 a 1.4 a 2.1 b 2.2 b 2.3 a 2.4 a 3 .1 a 3 .2 a 3 .3 a 3.4 a 3 .5 a 4.1 a 4.2 a 4.3 a 4.4 a 5.2 a

    1.1 b 1.2 b 1.3 c 2.1 d 2.2 d 2.3 b 2.4 d 3.1 b 3.2 b 3.3 b 3.4 b 3.5 b 4.1 b 4.2 b 4.3 b 4.4 b 5.2 b

    1.1 c 1.2 c 1.3 d 2.1 e 2.3 d 2.4 e 3.1 c 3.2 c 3.3 d 3.4 c 3.5 c 4.1 c 4.2 c 4.4 c 5.2 c

    1.1 d 1.2 d 1.3 e 3.1 d 3.2 d 3.3 e 3.4 d 4.1 d 4.2 d 5.2 d

    Coord. Apoio Educativo

    Acompanhamento da prticalectiva na sala de aula 2.2

    Articulao e sequencialidade 2.1

    Diferenciao e apoios 2.3

    Abrangncia do currculo e valorizaodos saberes e da aprendizagem 2.4

    Participao e desenvolvimento cvico 1.2

    Sucesso acadmico 1.1

    Comportamento e disciplina 1.3

    Valorizao dos saberes 1.4

    Auto-avaliao 5.1

    Sustentabilidade e progresso 5.2

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    7/109

    Na Figura 3 esto discriminados os fatores visados por cada uma das tcnicas/instrumentos de recolha

    de informao e que participantes foram considerados como fontes docentes, alunos, assistentes

    operacionais e administrativos e encarregados de educao, catas de conselho pedaggico, documentos

    estruturantes, etc.. Por exemplo, na imagem que precede este pargrafo, o ltimo retngulo esclareceque em entrevista ou memorando descritivo ao presidente do conselho geral (no caso presente, em

    entrevista) so considerados os fatores 1.1, 1.2, 1.4 do domnio 1 Resultados (cf. Figura 2), os fatores

    2.1, 2.3 e 2.4 do domnio 2 prestao do servio educativo... As alneas (a, b, c) junto de cada facto

    identificam a pergunta ilustrativa do facto que visada entre as que constam do quadro de referncia (no

    caso presente, coincidente na totalidade com o da IGE), sendo respeitada a sequncia das perguntas no

    documento da IGE e reiniciada a ordem alfabtica para cada facto.

    Os questionrios utilizados foram elaborados pela TEA para responder s necessidades de informao

    da avaliao do agrupamento de escolas de Carcavelos, as adaptaes aos destinatrios e a seleo de

    itens foram negociadas com a equipa de avaliao externa. As verses aplicadas nesta avaliao podem

    ser reutilizadas/adaptadas pelo agrupamento noutros ciclos de avaliao1. Nos [Anexos 2 a 4] esto

    reproduzidos os questionrios aplicados a alunos, encarregados de educao e assistentes

    operacionais2

    .

    [Tratamento da informao]

    No tratamento da informao foram seguidos os procedimentos prprios das tcnicas utilizadas,

    organizando-se a informao de acordo com os fatores subjacentes aos diferentes domnios de

    avaliao e de acordo com as questes levantadas a propsito de cada um desses fatores. A informao

    recolhida gerou uma pool de dados de natureza estatstica e de natureza qualitativa (descries de

    procedimentos, apreciaes sobre a qualidade do trabalho realizado e dos resultados e perspetival de

    desenvolvimentos futuros), numa variedade de dados de facto e de opinio arrumados no s de acordo

    com as categorias, mas tendo, tambm, presente distines como descrio/qualificao, pontos

    fortes/aspetos a melhorar.As respostas aos questionrios foram objeto de uma estatstica descritiva, no caso das questes de

    resposta fechada, e, no caso das de resposta aberta, a um mapeamento das sugestes de melhoria,

    independentemente da frequncia com que estas foram mencionadas (a relevncia das sugestes foi

    relacionada no com a frequncia com que mencionada, mas sim com a sua pertinncia face aos

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    8/109

    Face matriz anteriormente descrita e ao tratamento a que foi sujeita a informao colecionada, o

    corpusdesta avaliao constitudo pelas evidncias constantes nos seguintes documentos:

    a) Quadro resumo da anlise dos documentos orientadores da escola, quanto aos

    descritores selecionados;

    b) Quadro resumo da anlise das intervenes dos participantes nos diversos painis de

    recolha de informao realizados;

    c) Mapa de ideias fundamentais da viso da Direco;

    d) Mapa de ideias fundamentais da viso do Conselho Geral;

    e) Quadro resumo das intervenes dos entrevistados responsveis por reas

    especficas;

    f) Estatsticas e resumo da anlise de contedo das participaes dos respondentes por

    questionrio

    g) Estatsticas dos resultados dos alunos (2009 a 2011) e sries estatsticas

    cronolgicas (1999 a 2010).

    As leituras e interpretaes do corpusda avaliao foram o material de trabalho utilizado pela TEA para

    elaborar as imagens de alta definioe a imagem globaldo agrupamento de escolas, que constituem os

    resultados desta avaliao expostos no presente relatrio.

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    9/109

    Um retrato global da escola

    Apresentamos aqui uma imagem da escola que sintetiza a organizao e o seu desempenho de acordo

    com os vrios domnios em apreo.

    [Imagem da escola]

    A viso de um agrupamento com uma identidade pedaggica forte, vinculada a opes didticas e

    mtodos em que a inovao um impulsor da eficcia, confirmados pela sua capacidade de responder

    com sucesso s circunstncias e necessidades da populao escolar, a imagem que orienta o rumo da

    ao do agrupamento de escolas de Carcavelos. Esta viso veiculada pelos documentos orientadores

    do agrupamento e est, tambm, presente no discurso dos que tm responsabilidades de gesto

    pedaggica no agrupamento. Como aspirao poderia ser formulada por outras escolas do sistema

    educativo portugus, contudo, neste caso existem iniciativas que aproximam viso, discurso e trabalho

    realizado. Este ltimo apresenta caractersticas que evidenciam potencial para a concretizao da viso,

    da imagem de uma escola que se destaca, e destacar, pela sua capacidade de favorecer

    aprendizagens slidas, atravs de uma variedade de percursos de educao e formao e de mtodos

    de ensino pensados para resolver os problemas/circunstncias com que se depara.Existe um movimento que se gera no agrupamento em torno das questes pedaggicas fundamentais,

    por exemplo:

    como melhorar os resultados dos alunos?,

    que percursos de educao e formao so mais pertinentes face s expectativas da

    populao?,

    qual(ais) o(s) perfil(is) de desempenho desejvel(eis) para os alunos que concluem a educao e

    a formao no agrupamento de escolas?,

    como acurar a avaliao das aprendizagens para que esta seja parte do processo de

    aprendizagem?,

    qual a eficcia dos procedimentos de apoio e recuperao das aprendizagens?;

    2.

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    10/109

    professores habitualmente vocacionados para um dado ciclo de ensino a trabalharem com alunos de

    outros ciclos.

    Numa sntese das imagens da organizao escolar subordinada aos domnios do Quadro de Referncia,destaca-se na Figura 4 os pontos fortes e os aspectos a melhorar mais relevantes.

    1 Resultados

    2 Prestao doServio Educativo

    3 Organizaoe Gesto

    4 Liderana

    5 Autorregulaoe Melhoria

    + A partilha de servios eequipamentos pelas vrias escolas

    + Formao dos docentes(iniciativa interna e parcerias)

    + Articulao curricular vertical,quer no planeamento quer naconcretiza o

    > Sistematizao doacompanhamento da

    + Definio de perfisde aprendizagem

    + Orientao para os resultados, assentena discusso/reviso de estrat ias

    + Disciplinae segurana

    + Confiana na capacidadeprofissional dos docentes

    + Aposta no desenvolvimento dopotencial humano da organizao

    + Incentivo participaodos EE; reconhecimento

    + Viso de futuro ecapacidade para aconstruir

    + Dinmica e responsabilidade dosdepartamentos curriculares

    + Dinamizao dos docentes edistribuio de responsabilidade

    + Modelo de avaliaodas aprendizagens

    + Concentrao na qualidade do ensinoe nas aprendizagens dos alunos

    + Identidade curricular

    do agrupamento

    + Conscincia dospontos fortes efra ilidades da escola

    + Avaliao subsidiria daredefinio de estratgias

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    11/109

    Figura 4. Pontos fortes e aspetos a melhorar em cada domnio de avaliao da organizao escolar(identificados prospectivamente com os sinais + e > ).

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    12/109

    A propsito dos vrios domnios em avaliao enuncimos, alm de pontos fortes e aspetos a melhorar,

    um conjunto de desafios que reproduzimos, em sntese, no mbito deste retrato global do agrupamento

    de escolas de Carcavelos:

    1. Consolidar uma imagem de qualidade do servio prestado, junto da comunidade deinsero do grupamento de escolas, rea em que o conselho geral poder reforar otrabalho j iniciado.

    2. Reforar a participao e a interveno dos vrios atores na concretizao da viso defuturo que orienta a ao do agrupamento, especialmente, desinibindo a interveno

    (pelo reforo/construo de situaes que favoream a diversidade de propostas eproponentes e pela concretizao dessas propostas) e capitalizando a capacidade dediscusso de prticas pedaggicas do corpo docente.

    3. Desenvolver a relao de subsidiariedade entre os rgos de gesto e administrao, demodo a reforar a concentrao na gesto do agrupamento.

    4. Equilibrar dois binmios na gesto do pessoal docente: confiana/exigncia epresso/reconhecimento.

    5. Definir o papel das lideranas intermdias, rentabilizando o seu compromisso com apoltica do agrupamento de escolas.

    6. Capitalizar o acompanhamento da prtica letiva como forma de fazer reverter a formaoe valorizao profissionais em que os docentes esto envolvidos para o patrimnio dosdepartamentos curriculares.

    7. O movimento de valorizao da gesto curricular feita pelos departamentos foi iniciado e

    est a gerar capital para a organizao, seja porque os professores esto a estudar ediscutir temticas da sua especialidade profissional seja porque esto a ser produzidosreferentes para o ensino e a aprendizagem no agrupamento. O desafio que se coloca escola o de institucionalizar esta mudana, tornando-a numa marca da organizao,i.e., algo que sobrevive concluso da tarefa e liderana dos que nela estoenvolvidos.

    8. Institucionalizar esta conscincia da avaliao como instrumento de regulao emelhoria, alargando-a aos vrios estratos de coordenao/deciso da organizao

    escolar, i.e., conseguir que, alm dos rgos de administrao e gesto, tambm osconselhos de turma, os departamentos curriculares, coordenadores de projeto,professores, faam uso da avaliao para manterem o seu esforo de trabalho orientadopara o que pretendem alcanar (objetivos e metas) e para monitorizarem os efeitos dasestratgias ou opes pedaggicas que fizerem.

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    13/109

    Imagens de alta definio desempenho pordomnios de ao

    Toda a Aco de uma escola tem como finalidade fundamental a aprendizagens dos alunos, pelo que os

    resultados de aprendizagem so um domnio essencial da caracterizao do desempenho da

    organizao escolar. Existem, no entanto, outros desempenhos cuja qualidade concorre para os

    resultados de aprendizagem que, por isso, constituem resultados intermedirios. O ensino, a viso daslideranas no desempenho das suas funes, a eficincia e estratgias de organizao e gesto da

    escola e a capacidade de esta regular o seu desempenho e sustentar os seus progressos so resultados

    mediadores, que concorrem para os resultados de aprendizagem dos alunos.

    Cabe, portanto, nesta seco do relatrio nomear o desempenho da escola seguindo os cinco domnios

    do Quadro de Referncia desta avaliao Liderana, Organizao e Gesto, Prestao do Servio

    Educativo, Autorregulao e Melhoria e Resultados.Comeamos pela Liderana por este ser o domnio que expressa a viso e a estratgia de todos os que,

    na escola, so responsveis por traar e manter a organizao num rumo de interveno orientado por

    certos princpios e para certos horizontes de desempenho. A seguir descreveremos e elaboraremos

    juzos de valor sobre a Organizao e Gesto, como domnio de concretizao da viso poltica da

    escola, face aos recursos disponveis e capacidade de mobilizao dos vrios acores. Em terceiro

    lugar o corao da catividade da escola, a Prestao do Servio Educativo, nas suas dimenses de

    preparao e concretizao de oportunidades de aprendizagem, tanto no espao da sala de aula como

    fora deste. A seguir atentaremos na capacidade de Autorregulao e Melhoria que a escola mobiliza

    para poder celebrar os seus xitos e aprender com as suas experincias. Por ltimo, o corolrio da Aco

    da escola revertido nos Resultados das aprendizagens.

    Lideranas

    3.

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    14/109

    atividades de tempo livre e favorecimento de formas construtivas de encontro e

    colaborao;

    promoo de contacto/colaborao mais eficaz entre os diversos intervenientes; e

    adequao do projeto curricular s necessidades locais, disponibilizao comunidadedos recursos humanos e materiais do agrupamento.

    No respeito por estes princpios e apresentando como opes pedaggicas o desenvolvimento fsico,

    intelectual e afetivo e o desenvolvimento do sentido tico, so enunciados quatro objetivos gerais o

    primeiro est direcionado para o envolvimento dos vrios atores educativos, o segundo para o

    desenvolvimento de prticas educativas motivadoras que contribuam para aumentar o sucesso, o

    terceiro para a preveno do abandono escolar e o quarto para a importncia queasatitudes e osvalores devem ter na aprendizagem.

    Figura 5. reas de investimento (projeto educativo, projeto de interveno, propostas do conselho geral)

    Estes objetivos cruzam-se com as linhas de ao apresentadas pelo diretor no seu projeto de

    interveno (Figura 5). A viso do agrupamento, contemplando um horizonte prximo, 2012, pois a de

    uma escola em que ter crescido a participao dos vrios elementos da comunidade educativa emeventos que mostrem o trabalho pedaggico desenvolvido (>25%, em pelo menos 3 eventos/ano), em

    que a qualidade das aprendizagens, traduzida nas classificaes, ter aumentado para um nmero

    maior de alunos (mais alunos com classificaes mais elevadas), em que a taxa de abandono nos

    cursos diurnos no ultrapassar os 2% por ano de escolaridade e em que as ocorrncias disciplinares

    Envolvimento dos vriosatores educativos

    Preveno do abandonoescolar

    Importncia das atitudese dos valores

    > 25%/ pelo menos 3eventos/ano

    mais alunos com

    classificaes maiselevadas

    < 10% de ocorrnciasdisciplinares/ano

    < 2% abandono porano de escolaridade

    Promoo da imagem

    do agrupamento

    Reforo do papel daescola e da

    escolarizao noesbatimento das

    desigualdades sociais

    Desenvolvimentoda qualidade do

    ensino

    Prticas educativasmotivadoras

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    15/109

    conformes com respostas estereotipadas, que tm vindo a ser desenvolvidas no agrupamento para

    impulsionar o sucesso e diminuir o abandono, nomeadamente os procedimentos respeitantes

    avaliao das aprendizagens (cf. entrevista presidente do conselho geral). Tambm estes desafios

    entroncam a viso de futuro que temos vindo a enunciar.

    Existe, pois, uma viso partilhada e esta promovida pela direo atravs de estratgias como o

    desenvolvimento do potencial humano da organizao, a definio e divulgao tanto de objetivos como

    de metas claras e avaliveis, o envolvimento/esclarecimento dos pais e encarregados de educao (cf.

    entrevista diretor; Quest. elementos da direo).

    No balano que faz do desempenho da escola, o diretor (eleito em 2008) identificou quatro reas que

    considera serem pontos fortes do desempenho do agrupamento e que importa preservar: (1) disciplinae segurana os casos disciplinares so em nmero reduzido e os que se verificam so celeremente

    tratados, a organizao dos tempos escolares e a obrigatoriedade de utilizao do carto por parte dos

    alunos na entrada e sada do espao da escola geraram um clima de calma e segurana; algo que

    valorizado por quem trabalha na escola e , tambm, apreciado pelos pais; (2) sintonia na direo da

    organizao diretor e restantes elementos da direo trabalham num regime de distribuio de

    pelouros, mas a comunicao tem um registo concertado; (3) relacionamento a aproximao da

    resoluo dos problemas, relacionados com a gesto dos recursos humanos, s circunstncias que os

    delimitam coloca a humanizao das solues e a consecuo dos objetivos da organizao escolar a

    par da aplicao dos quadros legais, isto decorre de um conhecimento acurado dos normativos que

    regem a vida escolar e da atribuio da primazia importncia do contributo das pessoas para o bom

    funcionamento da organizao; e (4) otimizao da gesto financeira a escola capaz de angariar

    verbas prprias, f-lo atravs de parcerias, e tem uma poltica de eficincia na gesto do seu oramento.

    De igual modo, identificou um conjunto de reas de investimento, que concretizam intenes quetambm esto plasmadas nos documentos orientadores do agrupamento; essas reas so as seguintes:

    (1) consolidao do modelo de transio dos alunos procurar-se- reforar a eficcia, a

    responsabilidade e o envolvimento dos agentes, bem como as estratgias de apoio relativas ao modelo

    de transio dos alunos assente na excecionalidade da reteno (cf. medidas descritas neste relatrio na

    seco sobre avaliao das aprendizagens); (2) formao dos docentes no agrupamento de escolas

    de Carcavelos existe uma preocupao com a identidade pedaggica, pelo que importante que todos

    os docentes que desempenhem funes nesta organizao escolar se apropriem das opespedaggicas que a orientam, tendo por base um entendimento profundo das mesmas; a formao uma

    estratgia escolhida para fazer face a uma renovao de, aproximadamente, 50% do corpo docente, que

    o agrupamento enfrenta atualmente3, igualmente o modo de incentivar a discusso sobre opes

    pedaggicas; (3) elaborao de perfis de desempenho dos alunos - ainda com a finalidade de

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    16/109

    processos burocrticos, incluindo matrculas de alunos; ser feito uso da tecnologia e do saber

    existentes no agrupamento para criar uma secretaria virtual.

    A conscincia da viso e da estratgia para o agrupamento de escolas, quer em termos globais (para a

    escola como um todo) quer em termos parciais (para cada grupo de atores) est presente no discurso do

    diretor, da presidente do conselho geral, dos membros da direo, dos representantes dos

    departamentos curriculares e grupos disciplinares e de outros professores (cf. entrevistas diretor e

    presidente do conselho geral, painis de coordenadores e professores, quest. elementos da direo;

    quest. professores). Do ponto de vista da direo do agrupamento ainda necessrio laborar mais no

    sentido da construo de uma viso prospetiva do agrupamento, da identificao de prioridades e da

    elaborao de planos de ao para o agrupamento (cf. quest. elementos da direo); em nossoentender, esta inteno refora a capacidade j existente no agrupamento para estabelecer uma viso

    de futuro para organizao escolar e para delinear estratgias consequentes.

    [motivao e empenho]

    A direo mobiliza os restantes professores e est disponvel para os ouvir, afirma-se pela suacapacidade de planeamento e organizao, mesmo com situaes adversas como a das obras(inquest.

    professores, estes aspetos so mencionada entre os pontos fortes - o que fazemos bem -por 26% dos

    respondentes; a qualidade da organizao e gesto de topo mencionada, igualmente, por 26% dos

    docentes; estas so as categorias que concentram maior nmero de referncias).

    A estratgia de envolvimento dos atores educativos, mais precisamente dos docentes, nas decises que

    so tomadas no agrupamento, especialmente no mbito do conselho pedaggico e do conselho geral,

    tem por base a informao e o esclarecimento sobre os fundamentos das propostas. Informao que,por vezes, suportada por resultados de investigaes que apresentam abordagens ou experincias

    com sucessos demonstrados e que sujeita a debate e anlise.

    Os vrios atores da comunidade escolar tm responsabilidades diversificadas no desenvolvimento do

    servio educativo de uma escola; papel das lideranas promover a interveno desses acores. Neste

    agrupamento de escolas a disponibilidade para ouvir propostas um facto que contribui para o empenho

    e motivao na participao dos pais e encarregados de educao (cf. quest EE4

    : todos osrespondentes, independentemente dos ciclos de ensino visados, consideraram que as suas propostas

    so ouvidas com ateno e como solues possveis para resolver problemas; 95% afirmam ser bem

    recebidos na escola do seu educando e quase sempre num espao onde possvel conversar com

    serenidade e privacidade; entre 90% e 100% dos EE, dos vrios ciclos, afirmam que se precisarem

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    17/109

    concordam, tambm, que existe apoio da direo e do coordenador de estabelecimento a

    iniciativas/atividades (culturais, desportivas, etc.) propostas pelos encarregados de educao (cf. quest.

    EE 1.C; 2.C et alia 83%; 63%, relativamente ao apoio da direo, e 1.C 100% relativamente ao

    apoio do coordenador de estabelecimento).

    No caso da participao dos assistentes administrativos e operacionais, nem todos percecionam que a

    sua opinio seja valorizada nas decises tomadas no agrupamento, embora, cerca de 70% do pessoal

    no docente considere que o seu trabalho respeitado pela direo do agrupamento. Por parte da

    direo manifesta a inteno de, num futuro prximo, trabalhar no sentido de desenvolver e aperfeioar

    estratgias que incentivem estes funcionrios da escola a apresentarem ideias e sugestes para

    resoluo de situaes problemticas (cf. quest assistentes operacionais e administrativos; elementos dadireo). A par desta interveno ter sentido organizar/disponibilizar formao profissional para pessoal

    no docente, concertando a necessidade manifestada pelos prprios e a conscincia por parte da

    direo de que esta uma rea a trabalhar e a aperfeioar num futuro prximo (cf. quest pessoal no

    docente, 100% dos assistentes administrativos e 43% dos assistentes operacionais consideram que no

    so promovidas oportunidades de formao destinadas sua valorizao profissional; quest aos

    elementos da direo). [cf. gesto dos recursos inorganizao e gesto onde retomaremos este fator]

    o diretor que faz a ligao entre os vrios rgos de administrao e gesto do agrupamento, articula

    com o conselho pedaggico, espao em que se apela deciso e ao compromisso dos atores com os

    projetos, iniciativas e opes pedaggicas do agrupamento. Faz, igualmente, a articulao com o

    conselho geral. Este ltimo rgo de administrao encetou um percurso com vista construo de uma

    dinmica de interveno mais frequente e frutuosa para a vida da organizao escolar. Est constitudo

    em 3 comisses com pelouros distintos: tem uma comisso permanente direcionada para as questes

    de gesto e desempenho do agrupamento, como o acompanhamento dos rgos de gesto da escola, a

    elaborao e/ou aprovao de documentos estruturantes e a apreciao dos resultados da avaliao

    interna; e tem duas comisses especializadas, uma direcionada para o oramento e a outra para a

    escola/comunidade. Esta estrutura por comisses potencia a capacidade de interveno pretendida e, a

    par do investimento na consolidao da relao de confiana entre conselho geral e a direo, poder

    valorizar o papel do conselho geral na organizao, reforando a complementaridade na ao dos vrios

    rgos.

    A motivao e o empenho dos vrios acores so abordados de forma distinta pela liderana de topo,existe, no entanto, um denominador comum que consideramos ser importante preservar: a aposta na

    informao, numa informao que nalguns casos tem a finalidade de gerar saber e discusso e que

    noutros visa reforar a transparncia das decises tomadas. A energia e o ritmo da apresentao de

    propostas pedaggicas para estudar/discutir/aplicar, especialmente por parte do diretor, funcionam como

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    18/109

    [abertura inovao]

    O conceito de inovao que aplicamos anlise deste facto diz respeito a propostas e iniciativas

    concebidas para criarem respostas eficazes a problemas ou circunstncias. No agrupamento de escolas

    de Carcavelos destacamos dois projetos nesta categoria um o modelo de avaliao que privilegia a

    transio e a lgica de ciclo de ensino, o outro a elaborao de perfis de desempenho dos alunos.

    Ambos so da iniciativa da direo, o que em nosso entender inscreve a abertura inovao entre as

    caractersticas da liderana. O primeiro demonstrou efeitos nos resultados dos alunos da escola na

    avaliao externa de 9. ano de escolaridade, que aguardam confirmao com outras coortesde alunos,

    e o segundo est a provocar um movimento de reflexo sobre as prticas pedaggicas e as finalidades

    da educao no agrupamento de escolas, colocando desafios de gesto pedaggica aos departamentos.

    Nos prprios departamentos so concebidas respostas com o carcter inovador que destacamos,

    nomeadamente, para apoio ao desenvolvimento da catividade fsica e o contacto com o Ingls por parte

    das crianas do 1. ciclo (iniciativas descritas na seco sobre prestao do servio educativo; cf. painis

    coordenadores de departamento, delegados de disciplina).

    O GAD tambm um caminho eficaz de resoluo de um problema cuja resposta a escola inscreveu nas

    suas prioridades h alguns anos prevenir situaes disciplinares graves. Este gabinete promove a

    resoluo clere de conflitos numa perspetiva formativa, visto com uma mais-valia para o bom

    funcionamento da escola e para o bom relacionamento entre professores e alunos e entre os alunos (cf.

    quest. professores, 15% dos docentes inscrevem a existncia e o funcionamento do GAD entre os

    pontos fortes do agrupamento).

    Destacmos alguns exemplos de como esta organizao escolar se mobiliza para responder adificuldades/problemas, como o insucesso acadmico e o abandono escolar, ou a circunstncias

    conjunturais, como o alargamento a todos os nveis de ensino e a uma variedade mais ampla de

    modalidades de educao e formao, num passado ainda recente.

    [parcerias, protocolos e projetos]

    As parcerias inscrevem-se, essencialmente, em dois domnios: o do incentivo qualidade do ensino, em

    que as instituies de ensino superior so os parceiros privilegiados; e o do suporte/complemento s

    aprendizagens dos alunos, em que cabem entidades de natureza diversa - escolas superiores, a

    autarquia ou empresas privadas (cf. Quadro 1). Outras parcerias visam a agilizao de servios ou o

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    19/109

    18

    Quadro 1. Parcerias - caracterizao

    Parceiros Designao e objeto da parceria Destinatrios (designao e

    nmero)

    Ganhos de cada uma das partes

    (parceiro e escola)

    Perodo de vigncia da parceria

    (incio e fim previsto)

    ILTEC Colaborao no Portugus Lngua no Materna

    Faculdade de Letras daUniversidade de Lisboa

    Cooperao no mbito do Projeto internacional Elica University and School for a European Literacy

    Desenvolver catividades letivas e deinvestigao, incluindo a participaoem espaos/aes de formao denatureza diversa

    Ano Letivo 2009/2010 renovadoautomaticamente por perodossucessivos de um ano.

    After School Salas de estudo Setembro a Junho, conforme calendrioescolar

    Ensilis S.A , Educao eformao S.A. (Isla)

    Cheque Ensino Proporcionar uma preparao tcnicaprofissional de nvel superior.

    Alunos, ex-alunos, docentes erestantes colaboradores,cnjuge, filhos e pais

    Ano Letivo 2009/2010, renovadoautomaticamente por perodossucessivos de um ano.

    Crescer Juntos Centro dePsicologia e Psicopedagogia

    Avaliao e acompanhamento psicolgico em crianas,adolescentes e adultos.

    Ano Letivo 2010/2011, podendo serrenovado automaticamente porperodos sucessivos de um ano

    Escola Superior de Hotelariae Turismo do Estoril

    Desenvolver atividades de coordenao que reforcemmtuos interesses das duas instituies no mbito doCurso de Gesto de Animao Turstica

    Ano Letivo 2003/2004, podendo serrenovado automaticamente porperodos sucessivos de um ano

    Instituto de Educao daUniversidade de Lisboa

    Desenvolvimento de atividades de iniciao praticaprofissional, incluindo a prtica de ensino

    Ano Letivo 2010/2011, podendo serrenovado automaticamente porperodos sucessivos de um ano

    Cmara Municipal deCascais

    Desenvolver atividades de coordenao que reforcemmtuos interesses das duas instituies no mbito deatividades Educativas e Culturais relacionadas com o

    mar.Colaborao para apoio ao funcionamento/manutenode equipamentos e pequenas reparaes das escolaspblicas do 1ciclo e jardins de infncia da rede pblica.

    2008

    OTE AE Visconde deJuromenha

    Desenvolver nos alunos a sensibilidade esttica, aexperimentao de diferentes manifestaes culturaiscomo expresso das realizaes humanas e asocializao responsvel.

    15 alunos do 10 Ano do Cursode Gesto.

    2008

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    20/109

    19

    Parceiros Designao e objeto da parceria Destinatrios (designao e

    nmero)

    Ganhos de cada uma das partes

    (parceiro e escola)

    Perodo de vigncia da parceria

    (incio e fim previsto)

    Britnia Clube de sade Condies especiais para os colaboradores doAgrupamento.

    2008

    Tecliforma FormaoProfissional e Consultadoria,Lda

    Sala de Informtica para serem ministrados cursosFormao de Informtica e Ingls.

    2009

    Universidade Tcnica deLisboa Faculdade deMotricidade Humana

    Promoo de uma formao inicial integrada com arealidade das exigncias do meio escolar.

    Desenvolvimento de uma produo cientfica baseada na

    investigao em contexto real.Criao de dinmicas de formao e inovaoeducacional baseadas no desenvolvimento cientfico epedaggico.

    2008

    Universidade de Cincias deLisboa Faculdade deCincias

    Prtica de ensino supervisionada Licenciatura emEnsino da Biologia e Geologia

    2007

    Universidade Lusfona de

    Humanidades e Tecnologias

    Vantagens na articulao vocaes meios e

    potencialidades, no sentido da elevao da qualidade daeducao.

    Necessidade de promover a investigao e a inovaoeducacional, no sentido da promoo do sucessoescolar.

    A necessidade de qualificar e aprofundar a formaoinicial e continua dos professores, de que depende odesenvolvimento curricular e o alcance de metas deelevao do sucesso educativo

    Estgio de 4/3 alunos do 5 ano

    da licenciatura em EducaoFsica e Desporto

    2006

    Caixa Geral de Depsitos Servio no crdito de vencimentos atravs do sistematransferncia conta a conta

    2003

    Universidade Atlntica Desenvolvimento da colaborao em reas e campostemticos comuns ou complementares s duasinstituies, nas quais se verifique existirem vantagensno estabelecimento de relao cientfica---pedaggica,didticas ou institucionais que permitam uma conjugaode aes veiculadas para o mesmo fim

    2001

    Fonte: documento elaborado pela equipa de autoavaliao.

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    21/109

    A seguir, e tal como faremos para os restantes domnios do referencial desta avaliao, tendo por base

    as evidncias que fomos analisando a propsito dos diferentes fatores, identificamos um conjunto de

    pontos fortes e aspetos a melhorar respeitantes ao domnio da liderana. No sentido de preparar o

    desenho da melhoria, enunciamos, tambm, alguns desafios que consideramos relevantes para o

    desenvolvimento da organizao num futuro prximo.

    Pontos fortes A convergncia dos vrios documentos e rgos de

    administrao e gesto na definio de uma viso de futuro para o agrupamento de

    escolas e o desenvolvimento de uma estratgia consentnea com os objetivos

    enunciados. O incentivo inovao pedaggica e a orientao para asaprendizagens, concentrando o trabalho da organizao no desenvolvimento da

    qualidade do ensino, atravs quer da concretizao de experincias pedaggicas

    quer da anlise e debate da eficcia das mesmas. A dinamizao da participao

    dos docentes, apostando no desenvolvimento do capital humano da organizao

    mais saber e reflexo contribuem para que sejam encontradas solues para os

    problemas existentes e na responsabilidade das estruturas de gesto intermdia.

    Aspetos a melhorarA participao dos vrios grupos de atores educativos nas decises relevantesdo agrupamento, de modo a que mais propostas e com diferentes proponentes sejam tomadas em

    considerao no processo de discusso e deciso. A interveno do conselho geral, no sentido de

    aumentar a sua frequncia e de rentabilizar a sua estrutura de funcionamento.

    [desafios]

    Consolidar uma imagem de qualidade do servio prestado, junto da

    comunidade de insero do grupamento de escolas, rea em que o conselho

    geral poder reforar o trabalho j iniciado.

    Reforar a participao e a interveno dos vrios atores na concretizao da

    viso de futuro que orienta a ao do agrupamento, especialmente,

    desinibindo a interveno (pelo reforo/construo de situaes que

    favoream a diversidade de propostas e proponentes e pela concretizao

    dessas propostas) e capitalizando a capacidade de discusso de prticas

    pedaggicas do corpo docente.

    Desenvolver a relao de subsidiariedade entre os rgos de gesto e

    administrao, de modo a reforar a concentrao na gesto do

    agrupamento.

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    22/109

    [conceo, planeamento e desenvolvimento da atividade]

    A organizao e gesto das escolas desenvolvem-se sempre no seu contexto especfico. Mobilizando

    conhecimentos e competncias de gesto, de psicologia das organizaes ou de avaliao, os rgos

    de gesto e administrao tm de lidar com esse contexto, que histrico, social, profissional, poltico,

    etc., e concentrar o seu esforo (a) na conceo, no planeamento e na gesto de recursos que melhor

    favoream o desenvolvimento da atividade, (b) na forma de preservar os princpios que norteiam a

    instituio e outros princpios, universais no sistema educativo, como a equidade e a justia, e (c) em

    mobilizar a comunidade para a concretizao da misso da escola.

    Os projetos educativo e curricular do agrupamento de escolas de Carcavelos terminam ambos a sua

    vigncia em 2011, tendo o primeiro sido elaborado em 2008 e o segundo em 2010, como um resultado

    das deliberaes do primeiro; o plano de ao para o quadrinio 2008-2012, apresentado pelo atualdiretor aquando da sua candidatura, foi elaborado tambm em 2008 e termina um ano depois dos dois

    projetos, o regulamento interno foi elaborado em 2010.

    Numa linha do tempo so marcos relevantes para a anlise do desempenho do agrupamento de escolas

    de Carcavelos o ano de 2008, como o ano de origem das determinaes que regem atualmente a

    atividade da escola e orientam o seu rumo, e o ano de 2012, como o ano de preparao de um novo

    ciclo desta organizao, em que sero reelaborados os projetos educativo e curricular, ainda sob asprioridades estabelecidas pelo diretor em funes. O novo projeto de educativo est a ser elaborado (em

    2011/2012) por um grupo de trabalho do conselho pedaggico, tendo por base um processo de

    discusso e consulta que tem condies de preservar a coerncia entre os diversos documentos de

    orientao educativa. Prev-se que o presente relatrio de avaliao interna, entre outros fatores, venha

    a influenciar a conceo e o planeamento das atividades a consagrar nesses documentos.

    Todos estes documentos estabelecem uma rede de intervenes relacionadas entre si, esto elaborados

    por subordinao a um conjunto de princpios e opes pedaggicas comuns e neles sobressaem os

    mesmos objetivos.

    O projeto educativo (2008/2011) um documento sucinto, um roteiro de navegao cujo texto se

    concentra na identificao dos princpios e opes pedaggicos, dos objetivos gerais e especficos e na

    Organizao e Gesto

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    23/109

    a) por um lado, aborda questes relacionadas com o modo como o funcionamento pode afetar

    o currculo, nomeadamente, o turno nico, a organizao das aulas de recuperao, a

    distribuio dos tempos letivos e no letivos dos docentes e os critrios de constituio de

    turmas ou de elaborao de horrios;

    b) por outro lado, enuncia medidas e iniciativas de carcter pedaggico, tais como, critrios de

    avaliao das aprendizagens comuns s vrias disciplinas, o contrato pedaggico, formas

    de abordar os casos disciplinares, a subordinao da planificao das AEC s orientaes

    do departamento curricular.

    O regulamento interno uma construo normativa exaustiva, em que esto comtempladas questes de

    funcionamento a que devem atender os vrios atores educativos; um quadro legal de conduta eorganizao abrangente e exaustivo.

    A forma de trabalho da direo mais um fator que contribui para a concentrao do esforo de trabalho

    da organizao nas reas de investimento e nas estratgias que elegeu: as orientaes/diretrizes de

    gesto e administrao tm uma nica voz, a discusso, a ponderao de argumentos alimenta a

    deliberao interna, mas no provoca rudo que possa posteriormente inquinar a concretizao de

    decises sobre o rumo da organizao. Uma equipa diretiva organizada como qualificada por

    docentes que consideraram esta caraterstica entre os pontos fortes da organizao escolar (cf. quest.

    professores).

    Outro fator relacionado com a forma de atuar da direo e que consideramos ser relevante para agilizar

    e concertar o desenvolvimento da atividade do agrupamento de escolas de Carcavelos a aposta no

    relacionamento ou personalizao das respostas. Tal est refletido no modo como se procura responder

    aos problemas: dando primazia racionalidade que orienta o agrupamento e baseando-se nos quadros

    legais/normativos, as respostas refletem discernimento pragmtico em vez de burocratizao cega scircunstncias, isto humaniza as respostas e simultaneamente garante o cumprimento dos objetivos da

    organizao. So exemplo disso as regras utilizadas na verificao da assiduidade do pessoal docente.

    [gesto dos recursos humanos]

    A distribuio das tarefas segundo as competncias dos docentes e dos no docentes uma rea degesto que a direo do agrupamento considera dever ser trabalhada num futuro prximo, tal com a

    definio de perfis de competncias das lideranas intermdias (cf. quest direo).

    A valorizao profissional dos docentes na organizao tem forte expresso no espao dos

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    24/109

    docentes, vemos como relevante a inteno de reforar este especto, essencialmente para garantir que

    o esforo de desenvolvimento pedaggico em curso no agrupamento se repercute nas prticas de todos

    os docentes, mas tambm para fomentar que a valorizao profissional obtida pelos docentes, atravs

    de formao, reverta para o patrimnios dos departamentos curriculares e/ou grupos disciplinares.A distribuio de informao necessria aos docentes numa penou a organizao e gesto e o modo de

    funcionamento do agrupamento so aspetos destacados entre os pontos fortes por mais de metade dos

    docentes que esto no agrupamento h menos tempo (cf. quest. professores, 59% dos docentes a

    trabalhar h 2 anos ou menos no agrupamento). Outros aspetos mencionados como pontos fortes por

    estes docentes so a convivncia e o tratamento das situaes disciplinares atravs do GAD (cf. quest.

    professores, 25%, 25%, para ambos). O que os professores com uma histria mais recente no

    agrupamento destacaram diz respeito, essencialmente, organizao e gesto e ao relacionamento. O

    que podemos tomar como evidncia de que o empenho colocado na integrao dos novos docentes,

    destinado ao entendimento das regras de funcionamento da organizao, alcana os seus destinatrios.

    A formao do pessoal no docente uma rea em que ser necessrio algum investimento num futuro

    prximo. Assistentes operacionais e administrativos tm opinies distintas sobre este assunto: todos os

    assistentes administrativos que responderam ao questionrio aplicado nesta avaliao discordam da

    afirmao de que o agrupamento promove oportunidades de formao que visam a sua valorizaoprofissional, apenas parte dos assistentes operacionais tem a mesma opinio (cf. quest AA, 100%; AO,

    43%). As diferenas entre as vises dos interessados sobre matria de formao levam-nos a formular

    dois vetores a considerar no planeamento de formao de pessoal no docente, num futuro prximo: um

    a identificao/oferta de formao pertinentes para os assistentes administrativos, o outro o

    aprofundamento das razes que levam quase metade dos assistentes operacionais a considerar que a

    oferta de formao visa a sua valorizao profissional e a outra metade a considerar o contrrio. Em

    qualquer dos casos, a auscultao dos interessados um imperativo. Sendo esta uma rea que a

    direo coloca entre aquelas que necessrio trabalhar num futuro prximo (cf. Quest. direo),

    recomenda-se que se comece por este esforo de sintonizar oferta, necessidades (quer da organizao

    quer dos assistentes) e expetativas.

    O reconhecimento e o incentivo qualidade do trabalho so tomados nesta avaliao como uma

    dimenso da gesto de recursos humanos. Os desafios permanentes lanados pelo diretor, as iniciativas

    pedaggicas em desenvolvimento e a poltica de responsabilizao assente no compromisso daslideranas intermdias (neste caso, dos coordenadores de departamento e coordenadores de

    estabelecimento) estabelecem um patamar elevado para o desempenho dos docentes do agrupamento.

    Esta exigncia experienciada pelos docentes e os desafios da aplicao de algumas medidas, como a

    excecionalidade das retenes ou a definio de perfis de desempenho dos alunos, podem ser tomados,

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    25/109

    resultados na aprendizagem dos alunos, que concretizam a viso de escola com eficcia, so descritas,

    mencionadas nos espaos de discusso pedaggica e valorizadas pelo diretor na sua anlise do

    desempenho da escola (cf. atas CP; entrevista diretor).

    A maior parte dos assistentes administrativos e operacionais entende que existe respeito pelo seutrabalho, por parte da direo (cf. Quest AA, 67%; AO, 72%) e por parte dos seus responsveis mais

    diretos (cf. Quest AA, 67%; AO, 58%). Consideram que so respeitados pelos seus colegas (AA, 100%;

    AO, 57%), pelos professores (AA, 100%; AO, 86%), pelos alunos (AA, 100%; AO, 71%) e pelos

    encarregados de educao (AA, 100%; AO, 57%). Contudo, se os assistentes operacionais consideram

    haver reconhecimento quando desenvolvem um bom trabalho (cf. Quest AO, 72%), o mesmo no

    sucede maior parte dos assistentes administrativos (cf. Quest AA, 33% concorda que existe

    reconhecimento do seu trabalho)5. A disponibilidade e a dedicao dos assistentes operacionais figuram

    entre os pontos fortes do agrupamento, destacados pelos docentes que participaram nesta avaliao (cf.

    quest. professores e painis de professores). Face informao disponvel sugerimos que sejam

    reforadas as aes de reconhecimento e celebrao do trabalho responsvel e de valor para o bom

    funcionamento da organizao, realizado pelos assistentes operacionais e administrativos.

    Sobre a gesto dos recursos humanos no agrupamento de escolas analisamos, ainda, a questo da

    mobilidade dos assistentes operacionais e os seus efeitos nas escolas do 1. ciclo e Jardim de Infnciado agrupamento. A relao e o apoio s crianas mais novas requerem saberes e prticas especficos

    que, por vezes, demoram um ano a aprender. Se os assistentes operacionais que fazem essa

    aprendizagem forem, frequentemente, mobilizados para outras tarefas ou terminarem os seus contratos,

    o investimento feito na sua formao deixa de reverter para as crianas (cf. painis coordenadoras de

    estabelecimento e de docentes 1.C e JI). A mobilidade, relacionada, principalmente, com a poltica de

    recrutamento para trabalho temporrio, no permite construir uma dinmica especfica do agrupamento

    para a interveno dos assistentes operacionais, descaracteriza o trabalho dos prprios e no ajuda a

    gerar um sentimento de segurana nos pais (que associam segurana a (re)conhecimento das pessoas

    a quem entregam os seus filhos, cf. painel coordenadoras de estabelecimento).

    [gesto dos recursos materiais]

    O agrupamento de escolas distribui-se por 4 escolas - Escola Secundria com 2. e 3. ciclos de

    Carcavelos (sede), EB1/JI de Sassoeiros, EB1 do Arneiro e EB1 dos Lombos6. A requalificao e a

    redistribuio da utilizao dos espaos da escola sede tm causado dificuldades de acesso aos

    equipamentos informticos, pelo que as referncias sua indisponibilidade sero tomadas como

    d d i lm t d b t d l b f lt d m t d m i

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    26/109

    os do servio de psicologia e orientao escolar e os servios de apoio a crianas com necessidades

    educativas especiais.

    A distribuio do agrupamento por vrios estabelecimentos de educao e ensino e a centralizao da

    aquisio/distribuio de materiais de consumo ou da manuteno de equipamentos causam algumadilao entre o pedido e o acesso aos referidos materiais, ainda que as solicitaes sejam atendidas

    pela direo do agrupamento, a agilizao do processo desejvel para evitar algumas quebras no

    funcionamento quotidiano das escolas do 1. ciclo e Jardim de Infncia (cf. painel coordenadoras de

    estabelecimento). Consideramos que este assunto dever fazer parte da agenda de melhoria da gesto

    dos recursos materiais, sendo de estudar o tempo entre pedido e resposta e as margens de reserva dos

    materiais, data do pedido, que devem ser respeitadas para garantir que os bens no se esgotam antes

    da resposta.

    A biblioteca da escola sede um recurso do agrupamento a que todas as crianas e jovens tm acesso;

    contudo, preferencialmente visitadas pelos alunos do 2. ciclo e dos 7. e 8. anos do 3. ciclo. Nas

    escolas do 1. ciclo tambm existem bibliotecas mais vocacionadas para os mais novos, sendo a

    articulao entre as vrias bibliotecas um dos desafios da organizao do centro de recursos do

    agrupamento. Na biblioteca da escola sede o funcionamento alargado (8:30 19:00), a variedade de

    atividades (Concurso de Poesia, Bibliopaper, Top Leitor, TOP Livro) a preocupao com a atualizao ediversificao de ttulos (Cabaz dos Livros e Feira dos Livros), a divulgao e interao atravs da

    internet(blog com novidades, twitter e facebook) atraem alunos para fazerem pesquisas para realizao

    de um trabalho de casa ou para entretenimento enquanto veem um filme.

    As crianas do 1.ciclo encontram na biblioteca materiais que os ajudam a estudar (cf. quest alunos 1.C

    74%), so menos os alunos dos 2. e 3. ciclos e do ensino secundrio que concordam com esta viso

    da biblioteca como recurso de aprendizagem (cf. quest alunos 2.C et alia/sec - 69%/55%).Alm da articulao com as outras bibliotecas, os desafios que se colocam ao centro de recursos so

    conquistar os alunos do ensino secundrio, atravs da oferta de ttulos mais atrativos para jovens e

    jovens adultos, promover aes de divulgao e sensibilizao sobre vrios temas nas turmas,

    disponibilizar um catlogo on-line e criar uma biblioteca digital (cf. entrevista responsveis pela

    biblioteca). Maior disponibilidade do nmero de exemplares por ttulo e reviso/atualizao dos

    computadores disponveis so outros desafios que acrescentamos tendo em considerao a viso dos

    professores sobre a biblioteca da escola sede e a expetativa de esta ser um recurso relevante para a

    aprendizagem em vrios nveis de ensino (cf. painel professores 2./3. ciclos; Quest direo).

    O alinhamento entre os objetivos do projeto educativo da unidade orgnica de gesto e o oramento

    uma preocupao do diretor, partilhada pelo conselho geral, que tem subjacente a implementao de

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    27/109

    seus educandos para encontrarem solues para problemas (cf. quest. EE, todos os pais respondentes

    concordam com esta perspetival), ou, ainda, se empenharem esforos no sentido de mobilizarem outros

    encarregados de educao para a participao na vida escolar dos seus educandos (cf. quest. EE, 83%

    dos respondentes 1. ciclo e 57% dos de outros ciclos). Os encarregados de educao que participaramnesta auscultao esto prximos do quotidiano escolar dos seus filhos, valorizam os sucessos destes e

    participam nas iniciativas de escola que os integram (cf. quest. EE, todos os respondentes se qualificam

    deste modo, independentemente do ciclo de ensino frequentado pelos seus educandos).

    Os professores dos vrios ciclos do ensino bsico, com especial nfase os que trabalham com as

    crianas do 1. ciclo, sentem ainda ser necessrio que mais pais acompanhem a vida escolar dos seus

    filhos (cf. painel docentes 1.C e JI). O incentivo participao dos pais e encarregados de educao foi

    j abordado neste relatrio como parte da concretizao da viso estratgica da organizao, pois este

    influencia objetivos e metas estabelecidos (cf. motivao e empenho inLiderana). Voltamos a analis-lo

    aqui para descrever as estratgias de comunicao, o seu contedo e abrangncia.

    A partir do 2. ciclo, os diretores de turma so o pivotda comunicao com os pais. O Projeto PEP

    Pais e Professores, assenta nessa lgica, tem por finalidade dinamizar a ao dos pais representantes

    de turma para agilizar a comunicao com os restantes pais dos alunos da turma. uma iniciativa

    recente no agrupamento (teve incio em setembro de 2012) que importa monitorizar. Outras atividadesmais rotineiras, quer dos diretores de turma quer dos professores titulares de turma, so (a) a informao

    regular aos pais sobre os progressos e/ou dificuldades dos alunos, (b) sobre o que espectvel que os

    alunos aprendam ao longo do ano e (c) as sugestes sobre como os pais podem ajudar os seus filhos a

    trabalhar/estudar em casa. No agrupamento de escolas de Carcavelos, os pais participantes na presente

    avaliao percecionam a ocorrncia destas iniciativas; tal verifica-se independentemente do ciclo de

    ensino dos seus educandos, exceto no que diz respeito informao sobre o que se espera que venha a

    ser aprendido ao longo do ano, em que menor o nmero de pais dos alunos mais velhos que concorda

    ser informado sobre esse aspeto, 51%, relativamente a 100% dos pais dos alunos do 1. ciclo (cf. Quest.

    EE 1.C/2.C et alia 100%/94%; 100%/51%; 84%/87%, concordncia, respetivamente, quanto a (a), (b)

    e (c)).

    Outras informaes, por exemplo, sobre o funcionamento da escola (horrios dos servios) ou sobre

    acontecimentos importantes so consideradas acessveis pelos pais (cf. Quest. EE 1.C/2.C et alia

    100%/94%; 83%/69%; respetivamente para horrios e acontecimentos) o que, a par de um bomencaminhamento quando necessitam de se dirigir a algum espao da escola (cf. Quest. EE 1.C/2.C et

    alia 100%/87%) so sinais de abertura participao dos pais por parte do agrupamento de escolas.

    A participao dos alunos na vida da escola incentivada a nvel das turmas e a dos pais atravs da

    i i d l i d i id d di d l i

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    28/109

    de conceo e planeamento, ou, ainda, incentivando a expresso de posies e apresentao de

    propostas em espaos de representao, como o caso do conselho geral.

    A escola, no sendo responsvel pelo associativismo estudantil ou pela associao de pais e

    encarregados de educao, est a criar circunstncias que potenciam uma participao desteselementos na deciso e no planeamento da atividade da escola. No que diz respeito aos pais e

    encarregados de educao, alm do Projeto PEP mais orientado para a comunicao intraturma, a

    escola est a apoiar a consolidao de uma associao de pais do agrupamento, uma estrutura mais

    orientada para a interveno na conceo, no planeamento e na deciso. Alargar o movimento a todas

    as unidades do agrupamento e federar as vrias associaes numa nica associao uma parte do

    desafio, a outra lig-la a uma estrutura de maior flego e capacidade de interveno, a associao de

    pais da AP10. A concretizao desta inteno depende dos encarregados de educao, mas registamos

    a abertura e incentivo da organizao escolar para que tal acontea como um fator que potencia a

    integrao da perspetiva dos pais na vida da escola.

    Outros atores, como os representantes do poder local tm interveno nas estruturas prprias (a

    presidente do conselho geral presidente de uma junta de freguesia) e so parceiros, tal como os

    representantes do tecido empresarial local, por exemplo, na identificao de estgios no domnio da

    oferta profissionalmente qualificante. Os alunos dividem-se no acordo sobre se a direo incentiva aparticipao (cf. Quest Al 2./3 C; sec 57%; 50%).

    [equidade e justia]

    Os documentos orientadores do agrupamento do testemunho da preocupao com a construo de

    oportunidades para todos. No projeto educativo afirmada a intencionalidade de os objetivos formulados

    contriburem para o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, nomeadamente, no respeito pelos

    direitos e liberdades fundamentais e pela pluralidade cultural. So ainda tomadas opes

    pedaggicas que contemplam o desenvolvimento do sentido tico, em parte atravs da promoo de

    atitudes e valores que fomentem a educao para a justia e para a solidariedade e a educao para a

    convivncia e para a paz (cf. projeto educativo 2008/2011).A diversidade de oferta de percursos de educao e formao, a transio dos alunos com o seu

    grupo/turma e o apoio personalizado, atravs de um tutor que se compromete com o resultado, so

    formas de promover a equidade e justia.

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    29/109

    forma eficaz para as aprendizagens dos alunos e para a concretizao dos objetivos

    do agrupamento. O reconhecimento da disponibilidade e dedicao de assistentes

    operacionais. A partilha de equipamentos e servios pelas vrias escolas do

    agrupamento. O incentivo participao dos pais, atravs de iniciativas que

    fomentam a proximidade entre o professor responsvel pela turma e os pais e a

    distribuio de responsabilidades na agilizao da comunicao entre os pais da

    mesma turmaA recetividade e acolhimento participao dos pais, por parte da

    escola, percecionada pelos prprios.

    Aspetos a melhorarO acompanhamento da prtica letiva como forma de garantir a concretizao

    das opes pedaggicas do agrupamento e de tirar partido das experincias individuais dos docentes

    para estender o patrimnio pedaggico coletivo. A concretizao de aes de reconhecimento e

    celebrao do trabalho responsvel e de valor para a organizao, prestado pelos assistentes

    operacionais e administrativos. A formao do pessoal no docente de modo a concertar as

    expetativas dos prprios e as necessidades da organizao escolar. A existncia parca e/ou desgaste

    de materiais pedaggicos para a educao pr-escolar. Alargaro acolhimento s iniciativas propostas

    pelos alunos.

    [desafios]

    Equilibrar dois binmios na gesto do pessoal docente: confiana/exigncia e

    presso/reconhecimento.

    Definir o papel das lideranas intermdias, rentabilizando o seu compromisso

    com a poltica do agrupamento de escolas.

    Capitalizar o acompanhamento da prtica letiva como forma de fazer reverter

    a formao e valorizao profissionais em que os docentes esto envolvidos

    para o patrimnio dos departamentos curriculares.

    Prestao do Servio Educativo

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    30/109

    disciplina). Por outro lado, a partir da identificao de reas em que os alunos demonstraram deficitde

    aprendizagem foi desenvolvido um programa de interveno de professores de educao fsica em

    parceria com os professores do 1. ciclo junto das crianas do 1. ciclo para que estas desenvolvessem

    certas competncias fsicas, promovendo-se a articulao vertical, neste caso, mobilizando a experinciados docentes de um ciclo para outro; o mesmo sucede com o apoio no mbito do portugus lngua no

    materna. Esta mobilizao das competncias dos docentes interciclos tambm utilizada para inteirar os

    professores, que habitualmente lecionavamno 3. ciclo e ensino secundrio e que com a constituio do

    agrupamento lecionam, tambm, no 2. ciclo, das caractersticas das crianas mais novas: por contacto

    com as experincias dos professores do 1. ciclo, estes percecionam com maior acuidade as

    expectativas e capacidades das crianas que chegam ao 5. ano de escolaridade.

    O plano anual deatividadesapresenta iniciativas interdisciplinares; as experincias desenvolvidas so

    apresentadas como vantajosas, para alunos e professores: para os alunos porque evitam a repetio de

    temas e percebem mais facilmente as relaes entre as vrias disciplinas e como estas podem convergir

    para a resoluo de uma dada situao; para os professores porque lhes proporciona uma oportunidade

    para verem outras formas de trabalhar, outras estratgias, e trabalharem de modo a que a sua ao

    convirja para a consecuo de um projeto que abrange mais do que a sua disciplina (cf. painel de

    delegados de disciplina). Fazer a gesto dos pontos comuns e das sobreposies dos programas outraforma de trabalho interdisciplinar que registmos nos departamentos curriculares, por exemplo, quando

    se promove a colaborao entre professores de matemtica, fsica e biologia, do mesmo ano de

    escolaridade (cf. atas, departamentos curriculares). A articulao curricular interdisciplinar est a ser

    reforada pelo trabalho de definio dos perfis de desempenho que obriga a uma anlise profunda dos

    programas das vrias disciplinas (cf. desenvolvimento desta perspetival na seco sobre o

    acompanhamento da prtica letiva)

    A planificao da prtica letiva feita a mdio e longo prazo e por anos de escolaridade, havendo um

    controlo da sua execuo. Nos vrios grupos disciplinares feito um diagnstico das necessidades dos

    alunos para sustentar decises programticas (cf. painel delegados de grupo).

    No domnio de interveno dos conselhos de turma e do apoio a crianas e famlias na transio entre

    ciclos de ensino existem algumas estratgias que promovem a passagem de testemunho: alm da

    elaborao de um relatrio final de ano, os professores titulares de turma do 4. ano de escolaridade

    trabalham com a equipa responsvel pela constituio de turmas e com a psicloga, na elaborao dasturmas do 5. ano de escolaridade; a equipa de educao especial apoia, igualmente, a transio ao

    reunir com o conselho de turma e explicitar os casos dos alunos que orientados por PEI (entrevista

    responsveis SPO); outra iniciativa a visita s instalaes da escola sede pelas crianas do 1.ciclo.

    E i i i d l i 69% d i d l d 2 i l d i

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    31/109

    delegados, de professores de 1 ciclo, de 2., 3. ciclos e Secundrio). A forma de trabalho varivel

    entre os departamentos.

    Os departamentos curriculares e os seus coordenadores assumem a responsabilidade da gesto

    curricular e esto envolvidos em projetos transversais aos departamentos (cf. painis coordenadores dedepartamento, delegados), havendo uma lgica curricular de escola que alinha a atividade dos docentes

    dos vrios departamentos. Por um lado, assumem este papel, por vezes difcil, segundo afirmam, de

    ficar a meio entre o entendimento do rumo, da viso da direo e o fazer passar a mensagem, a

    orientao aos restantes docentes e, ainda, fazer com que acontea de acordo com o que foi

    concebido; por outro lado, desejam poder trabalhar mais e discutir mais as ideias com o diretor, debater

    o projeto de escola e dar as suas sugestes(cf. painel dos coordenadores de departamento).

    Duas questes so centrais, atualmente na organizao escolar, e os coordenadores de departamentos,

    os delegados e os restantes docentes debatem-nas, referem-nas no seu discurso sobre a prestao do

    servio educativo no agrupamento: uma a da consolidao do modelo de transio dos alunos

    baseado na excecionalidade da reteno; a outra a da elaborao de perfis de desempenho dos

    alunos, por reas disciplinares e ciclos de ensino. Os departamentos empenham grande esforo nestas

    duas questes pedaggicas que visam garantir, por um lado, uma gesto curricular e uma avaliao dos

    progressos dos alunos consentneas com a arquitetura curricular, que est desenhada por ciclos deensino; e, por outro lado, criar referentes para a construo das oportunidades de aprendizagem,

    projetando-os em perfis de desempenho dos alunos.

    O modelo de transio dos alunos, experimentado e em expanso no agrupamento, tem um percurso de

    10 anos de desenvolvimento at sua concretizao nos anos letivos mais recentes, que reporta ao

    incio da discusso sobre os seus fundamentos pedaggicos. H 10 anos foi integrado na prtica da

    escola secundria de Carcavelos e em 2010 institucionalizou-se no agrupamento. Este modelo assentana lgica da arquitetura curricular nacional por ciclos de ensino, na anlise de resultados que associam o

    insucesso a retenes mltiplas e no facto de a deciso sobre o a transio dos alunos ser prerrogativa

    dos conselhos de turma, pois so estes que detm informao para concluir da robustez das

    aprendizagens feitas pelo alunos e para conceberem a forma de este completar, at ao final do ciclo de

    ensino que frequenta, as aprendizagens que no foram alcanadas num dado ano de escolaridade (cf.

    entrevista ao diretor, painel coordenadores de departamento). Assim, alunos do 5., 7. e 8. anos

    acompanham o seu grupo/turma, transitando para o nvel seguinte (cf. doc. Critrios de avaliao), aindaque no tenham alcanado todas as aprendizagens expectveis para esses anos de escolaridade, sendo

    sujeitos nos anos seguintes a um programa de apoio com um tutor. Tem-se verificado que 20% a 30%

    dos alunos com plano de apoio transio deixam de ter acompanhamento antes do final do ano letivo

    seguinte, i.e., no momento em que se considera que esto colmatadas as aprendizagens em falta e que

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    32/109

    propostos para apoio educativo e seguindo um plano de recuperao. No final do ciclo (4 ano) avalia-se

    e decide-se sobre a transio para o ciclo seguinte.

    A definio de perfis de desempenho dos alunos um desafio, um empreendimento que os

    departamentos esto a assumir com rigor, conscientes do impacto do produto em que esto a laborar:

    tm organizado sesses de formao interna sobre desenho de perfis, nveis de proficincia, estudam e

    perscrutam exemplos de outras reas disciplinares, apercebem-se da falta de articulao entre os

    programas das vrias reas disciplinares, pelo que pensam em formas alternativas de gerir os

    programas que favoream abordagens entrosadas, escrutinam tambm a articulao vertical nas vrias

    disciplinas (cf. painel de coordenadores de departamento). Esta tarefa gerou uma revoluo na gestocurricular que consideramos ser um dos desafios com maior projeo que o agrupamento enfrenta e que

    est a mobilizar o capital humano da organizao, especialmente o dos seus docentes. No quer isto

    dizer que no haja bolsas de resistncia, mas a dinmica dos departamentos, o entendimento que os

    seus coordenadores tm de que este um projeto que converge para uma viso de escola esto a fazer

    avanar o processo.

    Estas iniciativas esto a afetaro modo de funcionamento dos departamentos, reforando a poltica de

    responsabilidade e prestao de contas, de monitorizao e controlo da atividade dos prprios

    departamentos e, ainda, criando a necessidade de estas estruturas se organizarem como um todo,

    superando a compartimentao por grupos disciplinares, herana de um passado ainda recente, fazendo

    uso da autonomia pedaggica inerente s suas funes e reforada pela direo do agrupamento (cf.

    painis coordenadores de departamento, delegados de disciplina). Os coordenadores aceitam a

    responsabilidade da sua liderana e do que esta representa para o cumprimento dos objetivos e metas

    do agrupamento de escolas, epercecionam que so uma pea do processo, que tm vantagem emreforar o trabalho com os outros coordenadores de departamento.

    No acompanhamento da prtica pedaggica, identificmos no plano de ao do diretor a inteno de

    operacionalizar o acompanhamento de aulas em parceria, (cf. p. 2 do documento referido), alguns

    departamentos seguiram essa metodologia e trabalham em pares de docentes no s para a

    planificao da atividade letiva, mas tambm para a sua execuo (cf. painel de coordenadores de

    departamento).

    Outra forma de acompanhamento da prtica pedaggica, mas neste caso da sua adequao a

    necessidades especficas dos grupos/turmas so os PCT. A estrutura e contedo dos que so

    desenhados no agrupamento de escolas de Carcavelos permitem o acompanhamento do ensino

    (controlo do que lecionado). Consideramos que a explicitao da forma de acompanhamento da

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    33/109

    conselhos pedaggico, planificao de atividades conjuntas (incio do ano letivo e de final de cada

    perodo letivo, atividades da iniciativa da Cmara Municipal e outras).

    A avaliao das aprendizagens tem critrios definidos, estes tm uma base comum s diferentes

    disciplinas e ciclos de ensino, alm de incentivarem a diversidade de tcnicas e instrumentos de recolha

    de informao sobre as aprendizagens dos alunos que devem sustentar a classificao, os critrios

    estabelecem, ainda, a excecionalidade da reteno nos 5., 7. e 8. anos de escolaridade.

    Foi encetado um processo que visa a integrao da avaliao na aprendizagem e que teve como medida

    inicial a no marcao de datas especficas para a realizao de testes ou de outras provas de

    verificao das aprendizagens. Professores e alunos reagiram a esta medida primeiro de uma formaadversa, mas foram dados alguns passos e alcanados alguns progressos que levaram os alunos a

    entenderem o ritmo das avaliaes como parte dos ciclos de aprendizagem e os professores a

    considerarem que esta medida pode contribuir para a integrao da avaliao. Contudo, esta no uma

    medida pacfica no agrupamento, ainda est em debate e poder usufruir do entendimento proveniente

    de outros projetos como o da elaborao dos perfis.

    A avaliao das aprendizagens objeto de trabalho conjunto no seio dos grupos disciplinares elaborao de matrizes e de provas comuns e de discusso, quando se trata de analisar os resultados

    obtidos pelos alunos e perceber o que preciso modificar para minimizar insucessos. Os vrios grupos

    disciplinares e departamentos procuram perceber problemas e enquadrar o seu desempenho face a

    metas de desempenho nacionais (cf. painis coordenadores de departamento, delegados de disciplina).

    No 1. ciclo a discusso dos resultados escolares realizada em conselho de ano (rgo formado pelos

    professores das vrias escolas do agrupamento que lecionam o mesmo ano de escolaridade) e em

    reunies do departamento. No espao destas estruturas so elaboradas estratgias globais para

    melhorar os resultados. Nos conselhos de docentes de cada escola (rgo formado por todos os

    professores de cada estabelecimento de ensino) feita uma anlise mais fina dos resultados de cada

    uma das turmas e uma reflexo conjunta dos problemas especficos de aprendizagem e comportamento

    para que sejam desenhadas e implementadas estratgias de superao (painis coordenadores de

    estabelecimento; coordenadores de departamento).

    A importncia atribuda avaliao das aprendizagens como instrumento de regulao do ensino e deaferio do progresso dos alunos face ao currculo manifesta-se tambm na participao do

    agrupamento na iniciativa testes intermdios ou na candidatura ao PROMED Projeto para a Melhoria

    do Desempenho dos Alunos, ambos da iniciativa do Gabinete de Avaliao Educacional (cf. atas

    conselho pedaggico e de departamento curricular)

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    34/109

    [diferenciao e apoios]

    A poltica de diferenciao e apoios do agrupamento de escolas tem por pressuposto um

    acompanhamento desenhado medida de cada aluno, mesmo quando a situao no se deve anecessidades educativas especiais, mas sim a sobressaltos no percurso de aprendizagem ou a

    dificuldades inerentes s condies e percursos dos alunos. O modelo de transio gera necessidades

    de acompanhamento de alunos que so concebidas segundo um modelo de proximidade e

    responsabilizao, tanto de alunos como de pais e tutores. A responsabilidade pelo sucesso das vrias

    partes envolvidas e os progressos relativamente aos objetivos so objeto de monitorizao frequente,

    sendo que o diretor acompanha este processo de monitorizao com um coordenador de tutores e as

    situaes so discutidas para que, se necessrio, sejam redefinidas estratgias.Existem outras iniciativas, como o SOS languageou o trabalho de pares pedaggicos, que so criadas

    para apoiar os alunos. Esta e outras intervenes que influenciam a planificao partem de um

    diagnstico das necessidades dos alunos e de uma identificao por parte dos grupos disciplinares de

    quais so as razes que esto subjacentes a situaes de insucesso, isto partindo da anlise dos

    resultados dos alunos (cf. painel delegados de disciplina).

    No mbito do apoio s necessidades educativas especiais, o agrupamento conta com uma equipa de 3elementos, 2 na escola sede e 1 no apoio s escolas do 1.ciclo; existe ainda uma parceria da escola que

    disponibiliza uma psicloga para diagnstico e acompanhamento de casos. A forma de trabalho da

    equipa assenta numa colaborao estreita com as famlias e com os conselhos de turma e no registo de

    casos em processos claros, manuseveis e bem documentados. Outros recursos, como tempo para

    apoiar os professores que lidam com casos mais complexos ou a disponibilidade de uma sala de ensino

    estruturados seriam relevantes para o desenvolvimento dos apoios prestados pela equipa.

    Outra vertente do apoio disponibilizado aos alunos dirigida escolha de percursos escolares e

    profisses possveis. Este apoio mais intenso no 9. ano de escolaridade e comea no incio do ano

    letivo, envolvendo, no s os alunos, mas tambm os pais e os diretores de turma. Os alunos fazem

    testes de orientao e so instrudos sobre as opes de nvel secundrio, tendo em considerao a

    oferta dos concelhos de Carcavelos e Oeiras. No final do ano letivo o servio volta a reunir com os pais e

    com o diretor de turma.

    Os alunos percecionam este esforo de apoio, pois cerca de dois teros dos que participaram nestaavaliao concordam que possvel encontrar na escola informao sobre os estudos ou os percursos

    que podem seguir na sua vida escolar (cf. Quest alunos 2.,3 ciclo/secundrio - 73%/70%) e, ainda, que

    existe quem lhes preste apoio nessas escolhas (cf. Quest alunos 2.,3 ciclo/secundrio - 69%/80%).

  • 7/31/2019 tendncia em ascenso consultoria 2012_agrupamento de escolas de carcavelos, auto-avaliao da escola, relatrio 2010 - 2011

    35/109

    esta rea, que vemos como relevante, e que as atividades j desenvolvidas, sendo muitas delas as que

    na perspetiva da direo devem ser motivo de celebrao no agrupamento de escolas (cf. quest

    direo), devem servir de ponto de partida para esta expanso de iniciativas e pblicos.

    [abrangncia do currculo e valorizao de saberes e aprendizagem]

    A oferta educativa do agrupamento de escolas de Carcavelos abrangente e a sua poltica de

    promoo, das ofertas profissionalmente qualificantes, evidente nas campanhas de divulgao do

    sucesso de alunos que se formaram no agrupamento por essas modalidades de educao e formao e

    que, atualmente, frequentam o ensino superior ou esto a desenvolver a sua atividade profissional.As vertentes cientficas e culturais so exploradas pelos departamentos curriculares. Os trabalhos

    experimentais so concretizados em sala de aula e em atividades temticas alargadas a toda a escola.

    (cf. painis de departamento e de docentes). Quase todos os alunos do 1. ciclo e cerca de metade dos

    alunos dos 2. e 3. ciclos e do ensino secundrio confirmam que participam em projetos ou atividades

    de trabalho experimental (cf. quest alunos 1.C/2.C,3C/ sec 98%/50%/55%). Existem eventos que se

    traduzem em exposies, semanas temticas, a propsito da cincia ou da cultura, que so vistas pelos

    alunos como boas oportunidades de aprendizagem (cf. quest alunos 96%/66%/78%). A utilizao de

    tecnologias da comunicao e informao nas aulas contribui para alargar os saberes e aprendizagens

    valorizados no agrupamento (cf. quest alunos 1.C/2.C, 3.C/sec - 65%/51%/53%), ainda que a

    disponibilidade e operacionalidade, por exemplo, de computadores data desta avaliao no fosse a

    mais desejvel, os alunos dos vrios nveis de ensino referenciam a sua utilizao no espao de sala de

    aula.

    Outra das reas valorizada no agrupamento a da prtica desportiva. Atravs de atividades integradasno currculo e de oferta complementar, por exemplo, de canoagem e vela, o agrupamento de escolas

    possibilita a crianas e jovens uma formao que coloca a componente fsica em destaque a par de

    outras vertentes de desenvolvimento (cognitiva e tico ou moral).

    No 1. ciclo, a oferta de atividades de enriquecimento curricular objeto do esforo de articulao do

    conselho de coordenadores. Os alunos reconhecem nas AEC as caractersticas que lhe so atribudas

    por definio. Por exemplo, sobre Msica concordam que estas atividades os ajuda