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Tendências da Economia Brasileira Aumento dos juros no Brasil Desindustrialização Retração do crescimento econômico Queda do estímulo no consumo/ Retração do Crédito Crescimento da Classe Média Onda Inflacionária

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Tendências da Economia Brasileira

Aumento dos juros no Brasil

Desindustrialização

Retração do crescimento econômico

Queda do estímulo no consumo/ Retração do Crédito

Crescimento da Classe Média

Onda Inflacionária

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Desindustrialização

- A produção do setor vem caindo;

- Apesar dos estímulos recebidos do governo, contrariando indicadores relacionados, como a forte expansão do comércio varejista e o desemprego em seu nível mínimo histórico;

- Economia paralisada, com sintomas de crescimento excessivo para as potencialidades do país, incluindo escassez da mão de obra e inflação em alta;

- Algumas causas com as quais lidam os economistas seriam uma queda na quantidade de jovens que se incorporam ao mercado de trabalho e o excesso de estoques acumulados;

- retrocesso na produção de bens de capital;

- Pouco avanço em inovação tecnológica;

- a indústria e alguns “serviços organizados” sofrem um acúmulo de custos, sejam logísticos, financeiros ou energéticos, que reduzem sua competitividade.

- os salários aumentaram nos últimos cinco anos muito acima da produtividade. Somente no ano passado, cresceram, em média, 5,8%, enquanto o rendimento caiu 0,8%;

- perda de capacidade industrial é a falta de competitividade

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Onda Inflacionária

O que explica a alta da inflação?

Inúmeros fatores explicam a escalada inflacionária no Brasil. De maneira geral, a origem está no desequilíbrio entre a oferta e a demanda;

Fatores climáticos;

Aumento de renda também contribuiu para acelerar o consumo elevando os preços;

O problema é que, ao passo que a demanda cresceu, a produtividade do trabalhador caiu e o nível de investimento (para ampliar a capacidade produtiva), também. Com mais pessoas consumindo e menos produtos disponíveis, o desequilíbrio é inevitável e se reflete nos preços;

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- A pressão por maiores salários também elevou, por sua vez, o repasse de custos;

Como o mercado tem reagido?

Para especialistas, os rumos recentes da economia brasileira vêm criando um cenário de incertezas que afasta o investidor.

Há um aumento do nível de desconfiança em relação ao Brasil, tanto do ponto de vista macroeconômico quanto microeconômico. De um lado, existe uma sensação de que o BC tem perdido autonomia sobre a condução da política monetária. De outro, há um crescente enfrentamento por parte do governo com o setor privado

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Perspectivas do Mercado Financeiro para o crescimento econômico

brasileiro

1) Redução da estimativa para o crescimento da economia brasileira ;

2) Onda Inflacionária: 9.29% (IPCA)

Segundo economistas, a alta do dólar e, principalmente, dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.

Para 2016, os economistas das instituições financeiras elevaram sua expectativa de inflação de 5,51% para 5,58% na última semana. Foi a quinta alta seguida do indicador – que continua se distanciando da meta central de 4,5% fixada para o ano que vem.

3) Desindustrialização;

4) Fim do IPI reduzido

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Taxa de juros

Após o Banco Central ter mantido os juros estáveis em 14,25% ao ano na semana passada, o maior patamar em nove anos, o mercado manteve a estimativa de que não devem ocorrer novos aumentos de juros em 2015. Para o fim de 2016, a estimativa ficou estável em 12% ao ano - o que pressupõe reduções da taxa Selic ao longo do ano que vem.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.

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Perda de competitividade

- taxa cambial;

- gastos com infraestrutura;

- excesso de burocracia;

- baixa qualificação da mão de obra

Brasil caiu para 56 lugar em ranking de competitividade (perdeu 8

posições)

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Segundo o Banco Mundial o Brasil precisa controlar gastos para combater a inflação, o BM recomendou que o Brasil ajuste sua política fiscal para combater a inflação que continua alta apesar do baixo crescimento do país.

FMI recomenda disciplina fiscal e a elevação do superávit primário

Standard and Poor's tira grau de investimento do Brasil Nota do Brasil foi rebaixada de 'BBB-' para 'BB+', com perspectiva negativa

Na análise da Standard and Poor’s os motivos foram: falta de investimento em infraestrutura, questionáveis manobras fiscais, crescimento econômico baixo, descrédito em relação as contas públicas

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A previsão da instituição FMI é que a economia brasileira encolha 1% este ano, à medida que a confiança do setor privado chega a níveis mínimos, inclusive depois que as eleições presidenciais reduziram as incertezas, e em meio ao aumento do temor de racionamento de água e eletricidade. O fator principal é a investigação do escândalo de corrupção na Petrobras. Por outro lado, a Índia vai acelerar o crescimento de 7,2% a 7,5% devido aos baixos preços do petróleo e a uma recuperação do investimento. No entanto, quando se olha a riqueza por habitantes, a foto muda radicalmente: 1.626 dólares (4.971 reais) dos indianos ante os 11.640 dólares (35.590 reais) dos brasileiros.

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Economia Nacional

Brasil afunda no crescimento negativo, diz Banco Mundial

Economistas da instituição estimam redução de 1,3% do PIB brasileiro este ano

O número é mais pessimista do que a avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI) feita em abril — de queda de 1%

À recessão contribuem ainda os reajustes de preços administrados, que fizeram a inflação dar um salto para mais de 8% no acumulado em 12 meses, forçando aperto de juros; os baixos preços das commodities, que afetam as receitas com exportações; uma seca mais forte do que antecipada; e gargalos do lado da oferta (infraestrutura, mercado de trabalho, carga tributária etc). O Banco Mundial acrescenta ainda incertezas no fornecimento de energia como uma trava à produção industrial.

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OCDE põe Brasil e Rússia na lanterna de ranking de crescimento para 2015

Somente o Brasil e a Rússia, em uma lista de mais de 40 países, deverão ter queda do PIB em 2015, nas previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

"A economia brasileira será afetada negativamente em 2015 pelo baixo nível de confiança, menores investimentos no setor de petróleo e pelos ventos contrários da política econômica de aperto", diz o estudo da OCDE.

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"A performance fiscal do Brasil se deteriorou e a inflação subiu consideravelmente. Por consequência, restaurar a confiança nas políticas macroeconômicas continua uma prioridade", afirma o relatório.

A OCDE destaca também o baixo nível de investimentos no Brasil, inferior a 20% do PIB, "tradicionalmente baixo se comparado a padrões internacionais e latino-americanos".

Denúncias de corrupção na Petrobras tiveram impacto na economia do país, afirma OCDE

"Nos últimos quatro anos, a tendência é de baixa nos investimentos no Brasil em razão das incertezas das políticas e da falta de confiança", diz o documento.

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Entenda as 'pedaladas fiscais' e o que o TCU avalia nas contas do governo

Ministros podem sugerir ao Congresso reprovar ou aprovar o balanço.

'Pedaladas' teriam sido feitas para atingir metas fiscais entre 2012 e 2014.

Os ministros encontraram indícios de irregularidades, entre elas as “pedaladas fiscais”, manobras para aliviar, momentaneamente, as contas públicas. O relator de um processo sobre o caso no TCU já disse que atrasos em repasses do Tesouro Nacional a bancos descumprem a lei; o governo nega.

O julgamento das contas é feito todo ano, como determina a Constituição. Nele, os ministros do tribunal dizem se recomendam ou não ao Congresso a aprovação do balanço do ano passado. O TCU nunca votou pela rejeição.

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1. O que os ministros vão analisar?

O plenário dirá se o governo está cumprindo as regras na gestão dos recursos públicos, como a Lei de Responsabilidade Fiscal. Será julgado o relatório sobre os orçamentos e a atuação governamental, feito por diversos órgãos e consolidado pela Controladoria-Geral da União (CGU), além do Balanço Geral da União, de responsabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional.

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2. O que foram as “pedaladas fiscais”?

É um nome dado a práticas que o governo teria usado para cumprir as suas metas fiscais. O Tesouro Nacional teria atrasado repasses para instituições financeiras públicas e privadas que financiariam despesas do governo, entre eles benefícios sociais e previdenciários, como o Bolsa Família, o abono e seguro-desemprego, e os subsídios agrícolas.

Os beneficiários receberam tudo em dia, porque os bancos assumiram, com recursos próprios, os pagamentos dos programas sociais. Com isso, o governo registrou, mesmo que temporariamente, um alívio no orçamento. Mas a sua dívida com os bancos cresceu.

Segundo o processo aberto no TCU, cerca de R$ 40 bilhões estiveram envolvidos nessas manobras entre 2012 e 2014.

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3. Por que o governo precisou disso?

Citando reportagens da imprensa, o Tribunal de Contas da União diz que as "pedaladas" serviram para aumentar o superávit primário (a economia feita para pagar parte dos juros da dívida pública) ou impedir um déficit primário maior – quando as despesas são maiores que as receitas, sem contar os juros.

Em 2014, as contas públicas tiveram resultado ruim devido ao aumento de gastos do governo em ano eleitoral, à ajuda para o setor energético e à queda real da arrecadação – resultado do fraco nível de atividade da economia e das desonerações de tributos anunciadas nos últimos anos.

E mesmo com manobras, o governo não conseguiu cumprir as metas fiscais do ano passado e teve de enviar lei ao Congresso Nacional para alterar os objetivos antes propostos

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4. Qual é o entendimento do TCU?

As “pedaladas” ainda não foram julgadas, mas o TCU avaliou, de forma preliminar, que os atrasos de recursos para os bancos apresentam “nítidas características de operação de crédito” (de natureza orçamentária ou extraorçamentária, conforme o caso) entre a União e instituições financeiras oficiais. Ou seja, é como se o governo tivesse tomado empréstimos de bancos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

De acordo com o TCU, trata-se de uma operação de crédito porque os bancos fizeram os pagamentos de benefícios aos destinatários, como os segurados da Previdência, e o governo ainda não pagou tudo aos bancos ou fez pagamentos com atraso.

O relator do processo no TCU, ministro José Múcio, comparou, em abril, a prática adotada pela equipe econômica do governo ao uso irregular de um cheque especial. Ele disse que “não há dúvida” de que houve descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas apontou que não há indícios de corrupção

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5. Por que os ministros adiaram a votação?

O plenário do tribunal seguiu o voto do relator do processo sobre as contas de 2014, ministro Augusto Nardes. Ele afirmou que as contas prestadas pelo governo “não estão em condições de serem apreciadas” devido a “indícios de irregularidades” nos gastos públicos e de desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Alegando “respeito ao princípio constitucional da ampla defesa”, Nardes propôs ao plenário do TCU conceder o prazo de 30 dias para que a presidente envie explicações adicionais sobre os problemas apontados em seu parecer.

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6. O que já disse o governo federal?

O governo federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), do Ministério do Planejamento e do Banco Central, admitiu que os atrasos nos repasses de recursos aconteceram nos últimos anos, mas acrescentou que isso é uma “prática antiga”, registrada também no governo Fernando Henrique Cardoso, e que as “pedaladas fiscais” não representam operações de crédito propriamente ditas.

O governo argumenta que as operações (que seria irregular se fosse um empréstimo feito de bancos públicos para a União) têm origem em contrato de prestação de serviços, como se houvesse, por exemplo, atraso no pagamento de um aluguel.

Em maio, no Congresso Nacional, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, admitiu que as chamadas "pedaladas fiscais” atingiram "valores muito excessivos, o que não é prática usual e recomendada". Mas acrescentou que esse procedimento não é ilegal, pois, em sua visão, não constitui empréstimo de bancos públicos para a União.

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7. Qual é o posicionamento do Ministério Público?

O procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que representa o Ministério Público junto ao TCU, sugeriu aos ministros da corte que votem pela rejeição das contas do governo.

Oliveira encaminhou na segunda (15) uma carta a todos os ministros onde lista uma série de irregularidades fiscais e orçamentárias que, segundo ele, foram cometidas pelo governo. O procurador disse que as “pedaladas” e as outras irregularidades foram adotadas com o objetivo de beneficiar a presidente Dilma Rousseff durante a disputa das eleições de 2014.

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8. Quem deve se explicar?

No caso das contas públicas, a presidente Dilma Rousseff deve dar explicações.

Sobre as “pedaladas fiscais”, o tribunal cobrou explicação de 17 gestores do governo federal, entre eles o presidente do Banco Central,Alexandre Tombini, o ex-ministro da Fazenda,Guido Mantega, os ministros do Planejamento,Nelson Barbosa, e do Trabalho, Manoel Dias, o ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e o ex-presidente do Banco do Brasil e presidente da Petrobras, Aldemir Bendine.

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9. O que acontece se as contas não forem aprovadas?

O TCU não tem poder para reprovar as contas do governo. O que a corte faz é elaborar e votar um parecer que sugere ou não aprovação, que pode ser com ressalvas. Esse parecer, então, é encaminhado ao Congresso que, aí sim, tem a responsabilidade por fazer o julgamento político da atuação do governo.

O trâmite prevê que o relatório do TCU deve ser avaliado pela Comissão Mista de Orçamento e, depois, pelo plenário da Câmara e do Senado. Se as contas do governo forem realmente rejeitadas nessas votações, a presidente Dilma Rousseff pode ser alvo de um processo de impeachment.

Uma das razões é justamente o caso das “pedaladas” que, para o TCU, fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Entretanto, nunca as contas de um presidente brasileiro forem reprovadas. Em 1937, durante a ditadura de Getúlio Vargas, o ministro do TCU Carlos Thompson Flores apresentou parecer pela rejeição das contas do governo do ano anterior. Seu parecer, porém, não foi aprovado pelo plenário da corte.

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10. O que é o TCU e para que serve?

A Constituição de 1988 conferiu ao TCU o papel de auxiliar o Congresso Nacional no exercício do controle externo.

Entre as competências constitucionais estão apreciar as contas anuais do presidente da República; julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos; apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias, reformas e pensões civis e militares; realizar inspeções e auditorias por iniciativa própria ou por solicitação do Congresso Nacional; fiscalizar a aplicação de recursos da União repassados a estados, ao Distrito Federal e a municípios; determinar a correção de ilegalidades e irregularidades em atos e contratos; emitir pronunciamento conclusivo, por solicitação da Comissão Mista Permanente de Senadores e Deputados, sobre despesas realizadas sem autorização; e apurar denúncias apresentadas por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato sobre irregularidades ou ilegalidades na aplicação de recursos federais.