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Comunidade Evangélica Ministério de Adoração Curso de Teologia Básica e Preparação 1. Administração Eclesiástica 2. Angelologia 3. Antropologia 4. Bibliológia 5. Cristológia 6. Discipulado 7. Escatologia 8. Ética Pastoral 9. Exegese Bíblica 10. Geografia Bíblica 11. Hermenêutica 12. História da Igreja 13. História de Israel 14. Homilética 15. Paracletologia 16. Pneumatologia 17. Soteriologia 18. Técnicas de Comunicação 19. Teologia Bíblica do Novo Testamento 20. Teologia Bíblica do Velho Testamento 21. Teologia Sistemática 22. Tipologia MINISTÉRIO DE ADORAÇÃO PROFÉTICA SEDE > Rua do Dendê, 269 – Centro – CEP 42.600.000 – Madre de Deus-BA. CNPJ 16.803.232/0001-53 Pastor Presidente do MAP e Bacharel em Teologia Antonio Juvenal Santos de Mesquita 1

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1. Administração Eclesiástica2. Angelologia3. Antropologia4. Bibliológia5. Cristológia6. Discipulado7. Escatologia8. Ética Pastoral9. Exegese Bíblica10. Geografia Bíblica11. Hermenêutica12. História da Igreja13. História de Israel14. Homilética15. Paracletologia16. Pneumatologia17. Soteriologia18. Técnicas de Comunicação19. Teologia Bíblica do Novo Testamento20. Teologia Bíblica do Velho Testamento21. Teologia Sistemática22. Tipologia

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Administração Eclesiástica

SUMÁRIO

Administração Eclesiástica

Conceito geral de administração

A administração do tempo

Técnicas de reunião

Planejamento estratégico na Igreja de Cristo

O ministério de administração

Posições de liderança

A unção para liderar

Calculando o custo

Liderando como um Pastor

Os princípios do êxito

Bibliografia

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ADMINISTRAÇAO ECLESIASTICA

CONCEITUAÇÕES

I. CONCEITO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

O termo "administração" vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo.O conceito de Administração é bastante amplo, mas em todas as definições existem duas palavras-chave: gerenciamento e organização. Isso pode ser comprovado nas palavras dos estudiosos Stoner e Feeman, os quais ensinam que Administração é o ''processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos definidos." A administração é uma ciência social que está relacionada a todas as atividades que envolvem planejamento, organização, direção e controle. a tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação. A administração já foi chamada de "a arte de fazer as coisas através de pessoas". Esta definição foi dada por Mary Parker Follet. A administração é essencial em toda a cooperação organizada (e a igreja se enquadra), é a ação de dirigir o bom andamento dos propósitos estabelecidos. Em nosso caso, como igreja. O pastor, presbítero, tem que acompanhar os objetivos propostos pela igreja e transformá-los em ação através de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis a fim de atingir tais objetivos.

II. ORIGEMDesde o início dos primeiros grupos sociais, a fim de conduzir bem os trabalhos, criou-se a necessidade de estabelecer uma escala de comando cuja função seria dirigir e gerir

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esses trabalhos coletivos. Diga-se de passagem, que a Igreja é um agrupamento humano com um objetivo a ser alcançado, um propósito a ser atingido, um alvo para cumprir. A administração é necessária pois desde muito cedo verificou-se que é impossível ao homem realizar a maioria das atividades que a própria sobrevivência lhe exigia, sem o auxílio de outras pessoas. Mas esse auxílio só poderia ser eficaz em determinadas circunstâncias, que pouco a pouco passou a conhecer. Como resultado imediato, surgiu um conjunto de atividades e de atitudes que tomaria o nome de administração e que, com o decorrer do tempo, se transformou num campo definido de conhecimentos científicos. 6 Muitos autores têm negado que a administração constitua uma ciência na exata expressão da palavra. Na verdade, toda ciência se caracteriza pelo conhecimento metodizado da verdade em relação a um conjunto definido de fenômenos ou fatos. Se bem que, como todas as ciências sociais, a administração apresente uma grande complexidade, devido aos inúmeros fatores integrantes de seus fenômenos.A administração apareceu como ciência independente no fim do século XIX. "Todo homem procura obter o máximo com o mínimo de esforço". Este princípio determinou a procura do rendimento máximo para qualquer atividade humana e, consequentemente, o estudo de como obter esse rendimento. Frederick W. Taylor nos estados Unidos já no século XVIII comprovou que a baixa produção em qualquer atividade se deve à falta de uma metodologia da produção.A realização de um objetivo, porém, se faz por meio de um processo divisível em partes ou etapas que, na sua continuação, levam ao resultado final. Essas etapas podem ser definidas e caracterizadas por funções específicas, marcadas por um grau maior ou menor de dificuldades que exigirão um grau maior ou menor de especialização. Assim o processo de realização de um objetivo pode ser estudado como uma série de funções especializadas; funções que devem ser reunidas para se obter, da forma mais eficiente, o resultado almejado.

III. A ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

Embora possamos adotar alguns princípios da administração secular, não obstante, a Igreja precisa ser norteada por outros princípios. Em virtude de sua natureza, a Igreja não se confunde com nenhuma sociedade ou grupos éticos. A sua corporalidade,organicidade, fraternidade, unicidade e consensualidade nascem, estruturam-se e se perpetuam na regeneração em Cristo Jesus, o criador da comunhão dos santos.A missão da igreja é ser serva de Jesus Cristo pelo culto permanente e exclusivo à Trindade; pelo amor interno, que confraterniza seus membros; pela fidelidade às

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Escrituras; pela igualdade de seus componentes; pela missão evangelizadora entre todos os povos; pelo incansável testemunho cristão.

1) O Termo Bíblico para Administração

A palavra "administração de uma casa". NO VT as ocorrências deste termo são poucas e centram ao redor do ofício do mordomo de uma casa; um administrador de palácio (Cf. Isaias 22: 19, 21).O Testamento Novo contém só vinte ocorrências totais de todas as formas que Notavelmente, acontece em Lc 16: 1-17 na Parábola do Mordomo Injusto. Lucas usa a palavra intercambiavelmente em outro lugar o significado é mais provável a alguém que administra uma casa. A significação teológica e pastoral vem quando Paulo usa a palavra em referência para a tarefa apostólica dele (I Cor 4:2; Tito 1:7; I Pe 4: 1 O). A conexão para (casa) é de importância óbvia. As pessoas de Deus, a comunidade de Deus, são a casa dele que ele constrói pelo trabalho desses que ele chamou à tarefa, a quem ele confia o cargo de despenseiro da casa. Eles não são chamados para olhar seus próprios negócios domésticos mas eles são os mordomos dos bens a eles confiados para dar contas de sua administração. (I Co 9:17, Ef3:9) Nestas duas passagens a ênfase de Paulo é que o pastor é alguém que cuida das coisas da casa de Deus.

2) Funções privativas.

a) Administrar os sacramentos.b) Invocar a Benção Apostólica sobre o povo de Deus.c) Celebrar casamento religioso com efeito civil.d)Orientar e supervisionar a liturgia na Igreja de que é pastor.

3) Atribuições.

a) Orar com o rebanho e por ele.b) Apascentá-lo na doutrina Cristã.c) Exercer as suas funções com zelo.d) Orientar e superintender as atividades da Igreja, a fim de tomar eficiente a vida espiritual do povo de Deus.e) Prestar assistência pastoral.f) Instruir os neófitos, dedicar atenção à infância, à adolescência, à mocidade, bem como aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados.g) Exercer, juntamente com outros presbíteros, o poder coletivo de governo.

IV. FUNÇÕES PRECÍPUAS DA ADMINISTRAÇÃO

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Como já afirmamos anteriormente, Stoner e Feeman, ensinam que Administração é o "processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos definidos".Veremos agora, quatro aspectos do processo da administração secular e que são também importantes na vida da igreja:

1) Planejar: Significa estabelecer os objetivos da igreja, especificando a forma como eles serão alcançados. Parte de uma sondagem do presente, passado e futuro, desenvolvendo um plano de ações para atingir os objetivos traçados. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização das outras funções. Ao fazer o planejamento perguntamos: o que queremos, quais são os nossos objetivos, qual nossa missão; que recursos dispomos e quais deveremos buscar; quem nos irá ajudar nesta tarefa, etc.

2) Organizar: É a forma de coordenar todos os recursos da igreja, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.

3) Dirigir ou liderar: Contrate e forme líderes que administrem a igreja. Guardada as devidas proporções, é como um jogo de futebol, que em cada jogo (obstáculo) tenha que ser vencido para que se ganhe o campeonato (planejamento). Motivar e incentivar a equipe. Delegue autoridade e responsabilidade e cobre resultados. Elogie, premie, e comemore.Lidere a equipe motivada e satisfeita para que o time alcance os objetivos. O trabalho em equipe é que leva a igreja a ter sucesso pois acabou a era do "eu sozinho". Não acredito na administração democrática, mas sim na participativa, onde as equipes envolvidas nos processos eleitos param de atingir os objetivos do planejamento buscam juntas as soluções.

4) Controle ou Coordenação: O que não é medido é difícil de ser avaliado. O que não é cobrado não é feito. Esta atividade é que nos permite dirigir e corrigir os trabalhos que não estão sendo feitos dentro do nosso planejamento. Com o controle o líder pode premiar as equipes que atingem os objetivos.

A ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO

"Ponha as primeiras coisas em primeiro lugar e teremos as segundas a seguir; ponha as segundas coisas em primeiro lugar e perderemos ambas" C.S. Lewis "Que insensatez temer o pensamento de desperdiçar a vida de uma só vez, mas por outro lado, não ter nenhuma preocupação em joga-lá fora aos poucos" John Howe. Nada caracteriza melhor a

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vida moderna do que o lamento, "Se eu tivesse tempo ... ,, Normalmente, o resultado desta correria para atender a tantos compromissos da agenda é a constante tirania do urgente. Uma coisa é planejar nosso trabalho; outra é trabalhar Esta é uma frase muito comum em nosso dia a dia. Aqueles que estão sempre reclamando de falta de tempo geralmente não têm métodos para utilizá-lo e, somente, comprovam que a problemática do tempo é não saber o que fazer com ele.Uma análise das tarefas realizadas pelo pastor nos leva a fazermos a seguinte lista: as inúmeras e cobradas visitas pastorais nos lares, reuniões com os presbíteros, reuniões para discussões sobre os planos de trabalho, 4 ou cinco sermões semanais, estudos bíblicos, cada um com uma média de duas a três horas de preparação, o boletim semanal, compromissos para falar em outras igrejas, casamentos, funerais, colocar em dia a leitura, visitas aos hospitais, algumas prioritárias (especialmente os idosos) etc. nosso plano.

Perguntas para reflexão: 1)Quais tarefas inacabadas são motivo de grande preocupação para você neste instante?2)Faça uma lista de dois ou três objetivos mais importantes em sua vida para as duas próximas semanas.3)Quando foi a última vez que você separou ao menos uma hora para analisar a direção em que você está indo?Há uma grande diferença entre estar muito ocupado e ser produtivo. Claramente, podemos observar que existem pessoas que se esgotam trabalhando e não conseguem progresso algum, enquanto outras, com menor esforço, atingem objetivos e são bem sucedidas. Não podemos esquecer também aqueles que vencem na vida trabalhando tanto que chegam a sacrificar alguns valores extremamente importantes como o lazer, a família e, às vezes, até a saúde. Há também aqueles que estão sempre girando em tormno de tudo, como verdadeiros furacões, em grande movimento. Contudo, quando analisados com profundidade, pouca coisa apresenta de produtivo.É provável que você já tenha ouvido o termo "workaholic". É uma expressão americana que teve origem na palavra alcoholic (alcoólatra). Serve para denotar uma pessoa viciada, não em álcool mas em trabalho. As pessoas viciadas em trabalho sempre existiram, no entanto, esta última década acentuou sua existência motivada pela alta competição, necessidade (talvez mais adequado seria dizer obsessão) por dinheiro, vaidade, sobrevivência ou ainda alguma necessidade pessoal de provar algo a alguém ou a si mesmo. Podemos encontrar esta figura também no Ministério pastoral.

Veja como podemos caracterizar o "workaholic":1.Trabalha mais que onze horas2.Almoça trabalhando3.Não tira férias de vinte dias há três anos4.Eternamente insatisfeito

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5.Acha que trabalha mais que os outros6.Fala ao telefone mais de uma hora por dia (13% do dia)7.Avalia as pessoas pelo seu aspecto profissional e, depois, pelo pessoalEm corolário das características acima, podemos antever alguns sintomas geralmente diagnosticados:1.Ambiente tenso no lar;2.Sensação de fracasso pessoal;3.Dificuldades financeiras;4.Exigência de um padrão de vida sempre superior, ou melhor.

Para não recebermos o rótulo de "workaholic", primeiramente, necessitamos nos organizar melhor em relação ao tempo e, dessa forma, conhecer os tipos de "ladrões ou desperdiçadores de tempo", e como podemos resolvê-los. Mas antes, precisamos entender que o tempo é:

Tempo: uma estrutura teológica

O Salmo 118:24 não deveria ser apenas um fato mas nosso alvo em nosso uso do tempo: este é o dia que o Senhor fez. Nosso alvo é que nosso uso do tempo deste dia reflita uma genuína autoria de Deus. O puritano Jeremiah Burroughs estabeleceu um excelente princípio: Esteja certo de seu chamado para todo empreendimento que você tiver à frente.Mesmo que seja o menor empreendimento, esteja certo de seu chamado para o mesmo.Então, com o que for que se encontrar, você pode aquietar seu coração com isto: eu seique estou onde Deus gostaria que eu estivesse. Nada no mundo aquietará o coração tanto quanto isto: quando me encontro com alguma cruz, eu sei que estou onde Deus gostaria que eu estivesse em meu lugar e em meu chamado: estou no trabalho que Deus estabeleceu para mim, claramente isto envolve considerar antecipadamente o que Deus nos tem chamado a fazer, confiante de que este será o mais feliz e satisfatório uso de nosso tempo. Um princípio semelhante chega até nós através de Efésios 5: 16, traduzido como remindo o tempo' e 'fazendo o melhor de cada oportunidade'. O verbo é exagorazo. ágora era o mercado onde se comprava mercadorias e escravos. Exagorazo é fazer suaseleção a partir das opções disponíveis. Em Efésios 5: 16 o que está disponível é ton kairon: o tempo, mas tempo de um certo tipo (pois existem duas palavras para tempo em grego): o tempo de hoje visto como oportunidade, cheio de possibilidades de realizações ou perdas ressentidas.Se combinarmos as palavras chegamos a este pensamento. Procuramos assegurar, como visto tão extraordinariamente na vida de nosso Senhor, a autoria de Deus de nosso tempo de tal forma que possamos dizer com confiança, 'Este dia, o modo como está rendendo, é o dia que o Senhor fez; alegro-me e regozijo-me nele.' É para esta tarefa que nos voltamos.

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O gerenciamento do tempo é tanto uma arte quanto uma ciência, e tem uma literatura profusa. Uma grande quantidade de cursos sobre isto está disponível tanto nas organizações seculares como nas cristãs.Nas páginas a seguir daremos algumas dicas que serão úteis para que possamos gerenciar melhor o nosso tempo:1.Mitos sobre a administração do tempo.2.Razões para administrar o tempo:3.Desperdiçadores e economizadores de tempo;4.Dicas para se economizar tempo;5.Soluções práticas para economizar tempo;6.Como fazer reuniões criativas.

I. Mitos sobre Administração do TempoComecemos por analisar alguns mitos acerca da administração do tempo.

1) O primeiro é que quem administra o tempo torna-se escravo do relógio.

A verdade é bem o contrário. Quem administra o tempo coloca-o sob controle, toma-se senhor dele. Quem não o administra é por ele dominado, pois acaba fazendo as coisas ao sabor das pressões do momento, não na ordem e no momento em que desejaria.A verdade é que administrar o tempo não é programar a vida nos mínimos detalhes: é adquirir controle sobre ela. É necessário planejar, sem dúvida. Mas é preciso ser flexível, saber fazer correções de curso. Se você está fazendo algum trabalho e está inspirado, produzindo bem, não há razão para parar, simplesmente porque o tempo alocado àquela tarefa expirou. Se a tarefa que viria a seguir, em seu planejamento, puder ser re-agendada, sem maiores problemas, não interrompa o que você vem fazendo bem. Administrar o tempo é fazer o que você considera importante e prioritário, é ser senhor do próprio tempo, não é programá-lo nos mínimos detalhes e depois tomar-se escravo dele.

2) O segundo mito é que a gente só produz mesmo, ou então só trabalha melhor, sob pressão. Esse é um mito criado para racionalizar a preguiça, a indecisão, a tendência à procrastinação. Não há evidência que o justifique, até porque os que assim agem poucas vezes tentam trabalhar sem pressão para comparar os resultados - sobre si mesmos e sobre os que os circundam. A evidência, na verdade, justifica o contrário daquilo que expressa o mito. Em contextos escolares, por exemplo, quem estuda ao longo do ano, com calma e sem pressões, sai-se, geralmente, muito melhor do quequem deixa para estudar nas vésperas das provas e, por isso, vê-se obrigado a passar noites em claro para fazer aquilo que deveria vir fazendo durante o tempo todo. Nada nos permite concluir que o que vale no contexto escolar, a esse respeito, não valha em outros contextos.

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3) O terceiro mito é que administrar o tempo é algo que se aplica apenas à vida profissional. Falso. Certamente há muitas coisas em sua vida pessoal e familiar que você reconhece que deve e deseja fazer mas não faz - "por falta de tempo". Você pode estar querendo, há anos, reformar algumas coisas em sua casa, escrever um livro ou um artigo, aprender uma outra língua, desenvolver algum hobby, tirar duas semanas sem perturbações para descansar, curtir os filhos que estão crescendo, tudo isso sem conseguir. A culpa vai sempre na falta de tempo. A administração do tempo poderá permitir que você faça essas coisas em sua vida pessoal e familiar.

4) O quarto mito é que ter tempo é questão de querer ter tempo.

Você certamente já ouviu muita gente dizer isso. De certo modo essa afirmação é verdadeira - até onde ela vai. Normalmente damos um jeito de arrumar tempo para fazer aquilo que realmente queremos fazer. Mas a afirmação não diz tudo. Não basta simplesmente querer ter tempo para ter tempo. É preciso também querer o meio indispensável de obter mais tempo - e esse meio é a administração do tempo. Contrária a esses mitos, a verdade é que administrar o tempo é saber usá-lo para fazer aquelas coisas que você considera importante e prioritária, tanto no ministério pastoral, quanto na vida pessoal. Administrar o tempo é organizar a sua vida de tal maneira que você obtenha tempo para fazer as coisas que realmente gostaria de estar fazendo, e que possivelmente não vem fazendo porque anda tão ocupado com tarefas urgentes e de rotina (muitas delas não tão urgentes nem tão prioritárias) que não sobra tempo. Quem tem tempo não é quem não faz nada: é quem consegue administrar o tempo que tem. Todos nós conhecemos pessoas (um tio idoso, uma prima) que (pelos nossos padrões) não fazem nada o dia inteiro e, no entanto, constantemente se dizem sem tempo. Por outro lado, quem administra o tempo não é quem está todo o tempo ocupadíssimo.Pelo contrário. Se você vir algum que trabalha o tempo todo, fica até mais tarde no serviço, traz trabalho para casa à noite e no fim de semana, pode concluir, com certeza, que essa pessoa não sabe administrar o tempo. Quem administra o tempo geralmente não vive numa corrida perpétua contra o tempo, não precisa trabalhar horas extras - e, geralmente, produz muito mais! Mas não se engane: o processo de administrar o tempo não é fácil. É preciso realmente querer tomar-se senhor de seu tempo para conseguir administrá-lo.

11. Razões para administrar o tempo:

1) Tempo é Vida: o tempo é o recurso fundamental da nossa vida, a matéria prima básica de nossa atividade. Quando o nosso tempo termina, acaba a nossa vida. Não há maneiras de obter mais.Por isso, tempo é vida. Quem administra o tempo ganha vida, mesmo vivendo o mesmo tempo. Prolongar a duração de nossa vida não é algo sobre o qual tenhamos muito controle. Aumentar a nossa vida ganhando tempo dentro da

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duração que ela tem é algo, porém, que está ao alcance de todos. o tempo é um recurso não renovável e perecível. Quando o tempo acaba, ele acaba mesmo. E o tempo não usado não pode ser estocado para ser usado no futuro. O tempo não é como riquezas, que podem ser acumuladas para uso posterior. Quem não administra o seu tempo joga sua vida fora, porque um dia só pode ser vivido uma vez.Se o tempo de um dia não for usado sabiamente, não há como aproveitá-lo no dia seguinte. Amanhã será sempre um novo dia e o hoje perdido terá sido perdido para sempre. Mas o tempo, embora não renovável e perecível, é um recurso democraticamente distribuído. A capacidade mental, a habilidade, a inteligência, as características fisicas são muito desigualmente distribuídas entre as pessoas. O tempo, porém, enquanto estamos vivos, é distribuído igualmente para todos. O dia tem 24 horas tanto para o mais alto executivo como para o mais pobre desempregado. Todos recebemos 24 horas de tempo por dia. Na verdade, temos todo o tempo que existe: não existe tempo que alguém possa guardar para si, em detrimento dos outros. Alguém pode roubar meu dinheiro, os objetos que possuo. Mas ninguém consegue roubar meu tempo: outra pessoa só conseguir determinar como eu vou usar meu tempo se eu o consentir.Se é assim, devemos nos perguntar por que alguns produzem tanto com o tempo de que dispõem e outros não conseguem produzir nada - no mesmo tempo. Não é que os últimos não façam nada (não são daqueles que se levantam mais cedo apenas para ter mais tempo para não fazer nada): às vezes são ocupadíssimos, e, no entanto, pouco ou mesmo nada produzem. A explicação está no seguinte: o importante é o que fazemos com nosso tempo.

2) Tempo é Dinheiro

É importante se compenetrar do fato de que nosso tempo é valioso. Há pessoas e instituições que estão dispostas a pagar dinheiro pelo nosso tempo. Por isso é que se diz que tempo é dinheiro. Quem administra o tempo, na verdade, ganha não apenas vida: pode também transformar esse ganho de vida em ganho de dinheiro.Para alcançar um determinado resultado ou produzir alguma coisa, com determinado nível de qualidade, precisamos investir fundamentalmente tempo e/ou dinheiro. Imaginemos exemplos corriqueiros. Seu carro está precisando de uma limpeza. Ou é preciso consertar a instalação elétrica de sua casa. Suponhamos que você saiba lavar um carro e fazer um conserto elétrico com um nível de qualidade aceitável, e que em ambos os casos o serviço vai levar cerca de uma hora de seu tempo. Independentemente de quanto valha a hora de seu tempo, se você não tem mais nada que realmente queira fazer (como dormir, assistir a um jogo de futebol na TV, etc.), provavelmente vai concluir que vale mais a pena você mesmo lavar o carro, ou consertar a instalação elétrica, do que pagar um lava-carro ou um eletricista para fazer o serviço. O uso de seu tempo economiza dinheiro, nesse caso. Se, porém, você pode empregar seu tempo ganhando mais dinheiro do que você vai economizar, ou, então, se há coisas que você queira fazer

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que são mais importantes, para você, do que o dinheiro que irá gastar, provavelmente vai concluir que vale mais a pena pagar um lava-carro ou um eletricista para fazer o serviço. Por outro lado, mesmo que você tenha tempo, se você deseja um trabalho de melhor nível de qualidade do que aquele que é capaz de produzir pode valer mais a pena pagar um bom profissional para fazer o serviço.A questão a manter em mente é que o tempo tem um valor monetário para quem tem objetivos: a decisão de empregá-lo ou não em determinada tarefa deve levar em consideração esse valor. Se lavar o carro leva uma hora e você economiza dez reais fazendo, você mesmo, a tarefa, então seu tempo, naquela situação, vale dez reais por hora. Por outro lado, se você não tem nada mais a fazer, além da tarefa que está contemplando realizar, então o fator tempo deixa de ser uma variável relevante.Outro exemplo pode ajudar. Suponhamos que você não possua nem bicicleta, nem carro, nem helicóptero e queira ir a uma certa cidade. Você pode ir a pé (e levar três dias), alugar uma bicicleta (e levar várias horas), ir de ônibus (e levar cerca de três horas, ponto aponto), tomar um taxi (e levar um hora), ou fretar um helicóptero (e levar quinze minutos). Cada uma dessas opções envolve certo uso de tempo e um determinado dispêndio de dinheiro. Se você tem pouco tempo e bastante dinheiro,pode decidir gastar mais dinheiro e fretar o helicóptero. Se você tem pouco dinheiro e bastante tempo, pode decidir ir a pé. Dependendo da "mistura", você pode escolher uma das opções intermediárias.A qualidade do resultado, porém, também precisa ser levada em consideração. Indo a pé, você vai chegar à cidade, cansado, sujo e estropiado. Indo de helicóptero, você vai chegar como saiu. Isso pode eventualmente pesar na decisão.Digamos, portanto, que um investimento de tempo T e de dinheiro $ produz um resultado com um determinado nível de qualidade Q. Se continuarmos a investir a mesma quantidade de tempo e de dinheiro, é de esperar que a qualidade vai se manter a mesma. Se aumentarmos o investimento de tempo, podemos manter a qualidade diminuindo o investimento de dinheiro, ou vice versa.Se aumentarmos o investimento de tempo, mantendo o investimento de dinheiro estacionário, ou vice-versa, podemos melhorar a qualidade, que pode ser mais melhorada ainda se aumentarmos ambos os investimentos. Se diminuirmos o investimento de tempo, mantendo o investimento de dinheiro estacionário, ou vice--versa, iremos piorar a qualidade, que pode ser pior ainda se reduzirmos ambos os investimentos. Por aí você vê que pode trocar seu tempo por dinheiro. Na verdade, o trabalho é uma permuta de tempo por dinheiro: alguém me paga pelo meu tempo (isto é, pelo meu tempo produtivo). E isso nos traz à questão da produtividade.

3) Administração do Tempo e Produtividade

Quem administra o tempo, aumenta sua produtividade. Produtividade é o produto da eficácia pela eficiência.

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Ser eficaz é fazer as coisas certas, isto é, fazer aquilo que consideramos importante e prioritário. Ser eficiente é fazer as coisas certas, isto é, com a menor quantidade de recursos possível. Ser produtivo é fazer certas as coisas certas, isto é, fazer aquilo que consideramos importante e prioritário com a menor quantidade de recursos possível. E tempo é um recurso fundamental: nada pode ser feito sem tempo. Por isso ele é frequentemente escasso e caro. É possível ser eficaz, isto é, fazer o que precisa ser feito, sem ser eficiente. Todos conhecemos pessoas que fazem o que devem fazer, mas levam tempo demasiado, ou gastam muito dinheiro, para fazê-lo. Essas pessoas são eficazes mas ineficientes.Por outro lado, todos conhecemos pessoas que fazem, de maneira extremamente eficiente, coisas que não são essenciais, que não têm a menor importância. Quem consegue colocar cem mil pedras de dominó em pé, sem derrubar nenhuma, possivelmente seja muito eficiente nessa tarefa, mas extremamente ineficaz.Vemos, talvez até mais frequentemente, pessoas que são ineficazes e ineficientes. Todos já vimos o balconista de loja ou o caixa de banco que tenta atender a mais de um freguês ou cliente ao mesmo tempo, que simultaneamente tenta responder às perguntas de outro, conversar com colegas que vêm pedir informações ou jogar conversa fora, etc. Esse indivíduo parece ocupado - na verdade está ocupado - mas é improdutivo: no mais das vezes não consegue fazer as coisas que devem ser feitas nem fazer o que faz de maneira correta.Tomar mais eficiente quem é ineficaz (por exemplo, dando-lhe um computador) às vezes até piora a situação. Um exemplo exagerado pode ajudar. Um bêbado a pé é ineficaz e (felizmente) ineficiente. Se o colocarmos ao volante de um automóvel, poderá tomar-se muito mais eficiente em sua ineficácia (isto é, fazer muito mais rapidamente o que não deveria fazer, causando um dano muito maior). Ser produtivo, portanto, não é a mesma coisa que ser ocupado. Está errado o ditado americano que diz: "Se você quer algo feito, dê isso para uma pessoa ocupada". A pessoa pode ser ocupada e não produtiva, em cujo caso não fará a tarefa adicional que lhe está sendo pedida.

4) Administração do Tempo e Redução de Stress

Quem administra o tempo reduz o stress causado pelo mau uso do tempo. Aqui também a ideia de mau uso ou desperdício do tempo pressupõe a noção de objetivos.Se não tenho nenhum objetivo, seja profissional, seja pessoal, então provavelmente vou deixar o tempo fluir, despreocupadamente, como um rio que passa por debaixo de uma ponte. Não há como avaliar meu uso do tempo nesse caso. A única coisa que posso querer fazer é "matar o tempo". Numa situação como essa, provavelmente não vou ter stress.O tempo aparece como bem ou mal usado apenas para a pessoa que tem objetivos, que quer realizar alguma coisa. O bom ou mau uso do tempo depende do que se pretende

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alcança. O mau uso do tempo causa stress porque tempo mal usado é tempo usado para fazer aquilo que não consideramos importante e prioritário.Usar o tempo de forma não planejada não equivale, necessariamente, a fazer mau uso do tempo (como já se indicou). Frequentemente temos que alterar nosso planejamento, fazer coisas que não estavam na nossa agenda. Nosso tempo só terá sido desperdiçado se essas alterações nos levarem a fazer coisas que não consideramos importantes.Mau uso do tempo não é ficar sem fazer nada, gastar tempo no lazer, dedicar tempo a hobbies ou à família, se é isso que julgamos importante e queremos - e todos nós desejamos isso em determinados momentos. Se, entretanto, num dado momento, você realmente quer estar lendo um livro, ou trabalhando num relatório, e se vê obrigado a fazer um passeio com as crianças, ou a entreter familiares, você se sente tenso, porque o tempo não estará sendo utilizado para aquilo que você considera importante e prioritário naquele momento - e, portanto, não estará sendo bem usado.É sempre bom lembrar que, da mesma forma que o mau uso do tempo causa stress, o bom uso do tempo normalmente traz satisfação, sentido de realização e felicidade.

III. LADRÕES E CONOMIZADORES DE TEMPO

Entendemos por "desperdiçadores de tempo" disfunções que provocam o uso inadequado ou insatisfatório do tempo na perspectiva do pastor e líder ou da igreja. Uma pesquisa feita em vinte e um países, com aproximadamente dois mil executivos de várias organizações, apresentou como desperdiçadores de tempo mais comuns, trinta e sete itens.Vamos detalhar abaixo os principais desperdiçadores de tempo que tenho visto no meu pastorado:1. Falta de Planejamento;2. Telefonemas3. Distrações4. Visitas inesperadas;5. Tarefas inacabadas ou falta de disciplina no cumprimento da agenda;6. Definição clara de objetivos na execução das tarefas;7. Falta de delegação ou Centralização de poder. Excesso de compromissos:Incapacidade de dizer "não": O excesso de tarefas frequentemente paralisa: a pessoa não sabe por onde começar e acaba ficando imobilizada.8. Menosprezo ou ênfase inadequada em certas atividades;9. Indefinição de prioridades e cobrança incompleta e descontínua;10.Fragmentação e superficialidade;11.Excesso de reuniões (algumas desnecessárias) e burocracia interna;12. Indefinição de prioridades;13. Má utilização dos recursos (telefone, fax, computador, Internet,);14. Mesa entulhada ou desorganização pessoal;

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15. Arquivamento ineficiente16.Procrastinação: É preciso distinguir a tendência à procrastinação do bom senso que recomenda não tomar uma decisão no calor de uma discussão, ou quando não há informações suficientes, ou coisa equivalente.Por outro lado, você poderá utilizar-se dos "economizadores de tempo" através da:

IV. DICAS PARA SE ECONOMIZAR TEMP0A seguir, apresentamos sete técnicas eficazes, atitudes e comportamentos que podem economizar seu tempo:

Planejamento: toda hora aplicada em planejamento eficiente poupa três ou quatro na execução e produz melhores resultados.

Organização: a organização é um outro fator facilitador na execução das tarefas; uma aliada do tempo. Ela deve existir principalmente nas informações.

Delegação: atribuição de tarefas para outras pessoas a fim de liberar o tempo para tarefas mais importantes. É a chave da administração eficaz.Beneficios da delegação: 1) A delegação facilita o trabalho do pastor; 2) A delegação aumenta a produtividade, 3) A delegação dá oportunidade a outros de desenvolver a capacidade de liderança, 4) A delegação dá ao líder mais tempo de desenvolver sua vida espiritual.

Telefone: use-o para evitar deslocamento desnecessário para obter informações.

Comunicação: a linguagem simples, concisa e isenta de ambiguidades assegura a compreensão e poupa o tempo com mal-entendidos.

Tomada de decisões: a análise de decisão tem que ser precisa e baseada em informações seguras para que o problema possa ser atacado de forma imediata.

Concentração: tempo mínimo (anterior a ação) que se julgar necessário para conseguir progresso em menos tempo.

Enumeramos abaixo soluções práticas que o ajudarão a economizar tempo:1. Estabeleça metas: anuais, mensais, semanais e diárias;2. Programe suas tarefas e atividades da semana e do dia, em função dessas metas;3. Faça as coisas em ordem de prioridade;4. Saiba onde seu tempo é realmente empregado;5. Estabeleça data e hora para início e fim de cada atividade;

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6. Elimine desperdiçadores de tempo;7. Utilize uma agenda ou um calendário de reuniões;8. Crie uma lista de afazeres;9. Organize as tarefas;10. Organize seu acesso com rapidez de informações usadas com frequência.

COMO FAZER REUNIÕES CRIATIVASVamos a algumas dicas que tomarão suas reuniões mais criativas e geradoras de resultados:1. Só convoque uma reunião quando totalmente indispensável;2. Estabeleça os objetivos;3. Elabore uma pauta, fixando tempo para cada assunto;4. Coloque só as pessoas às quais o assunto interessa;5. Mantenha o rumo da discussão;6. Sintetize as conclusões;7. Faça o acompanhamento de todas as decisões tomadas.

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS TAREFAS E COMPROMISSOS Os critérios de classificação das tarefas e compromissos são pontos fundamentais para corrigirmos nossos desperdiçadores de tempo. Quantas vezes não nos deparamos com situações em que determinado compromisso era considerado como urgente? Geralmente os critérios são distorcidos. Algumas tarefas são importantes e não urgentes; outras, são importantes e urgentes; algumas, não são nem importantes nem urgentes, de acordo com o quadro abaixo.Tendo em vista a otimização do tempo, a idéia principal não é conseguir corrigir todos os itens que nos levam ao desperdício de tempo. Até porque isso é impossível, visto que muitos destes itens decorrem de fatores que não correspondem apenas ao lado pessoal, como o ambiente de trabalho, por exemplo. Se focarmos em tentar resolver quatro ou cinco pontos que consideramos críticos na nossa rotina cotidiana, teremos uma considerável melhoria nos resultados, aumentando, assim, a produtividade.Ratificando as citações acima relatadas, denota-se que o tempo é distribuído democraticamente para todos, sem distinção alguma. Percebemos vinte e quatro horas, igualitárias, a fim de utilizarmos da maneira mais apropriada e conveniente.Infelizmente, não temos muito controle para prolongarmos a nossa vida. O que podemos fazer é aumentarmos a vida, ganhando tempo dentro dela. E isso está ao alcance de todos basta um pouco de esforço e determinação.

TECNICAS DE REUNIÃO

Normas Gerais de Condução de Reuniões Resultados desejados em curto prazo:

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1. Reuniões mais curtas e eficientes;2. Maior compreensão das propostas;3. Melhor qualidade nas decisões tomadas;4. Maior compromisso dos participantes;5. Reuniões menos tensas e mais produtivas;

CONTEÚDO

I. O planejamento prévio: O ANTES

1. Só convoque uma reunião quando totalmente indispensável;2. Elabore uma pauta, fixando tempo para cada assunto. Coloque em ordem de prioridade. Distribua antecipadamente; tenha cópias extras no dia da reunião.3. A escolha dos recursos- audiovisuais..4. Leve material para consulta durante a reunião. Só apresente ser for necessário.5. A preparação de você próprio.6. Estabeleça um limite de tempo. Estabeleça um limite de inicio e conclusão para as reuniões, e comunique isso aos participantes.

II. A condução da Reunião: O DURANTE

1. Explique a intenção da reunião, mencionado os principais itens da pauta e de quanto tempo se dispõe para discuti-los.

2. Mantenha o rumo da discussão. Comece a reunião estabelecendo objetivos específicos e concretos a serem alcançados naquela reunião. Evite que assuntos novos entrem para a pauta uma vez que a agenda j á foi preparada. Minimize conversas paralelas desnecessárias.

3. Fale com objetividade, somente o essencial - resuma. Evite expressar suas ideias pessoais e só o faça depois que os outros as tenham expressado. Seu objetivo principal é dirigir e não participar calorosamente da discussão.4. Definir sempre:a. "O que" será feitob. "Quem" ficara responsávelc. "Quando" estará concluído

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5. Como lidar com participantes difíceis - Sabemos que é diferente o comportamento dos indivíduos isoladamente e em grupo. Não há regras gerais, pois cada grupo é um grupo, mas é frequente observarmos alguns tipos (estereótipos) nos grupos, são eles:

a. O Belicoso: Não conteste. Mantenha a calma. Tome cuidado para que ele não monopolize a reunião.

b. O Positivo: Ele é um ponto de apoio. Permita que ele faça o uso da palavra sempre que necessário, pois normalmente contribui com informações positivas e de interesse geral.

c. O Sabe Tudo: Convém, em muitas circunstâncias, deixá-lo habilmente por conta do grupo.

d. O Falante: Interrompa-o com habilidade. Limite o tempo que ele tem para falar, pois tende a divagar e ser prolixo.

e. O Acanhado: Motive-o a participar fazendo perguntas fáceis para que tenha condições de las, de preferência algo relacionado com o que ele já conheça com isto a autoconfiança aumenta gradativamente. Agradeça sempre sua contribuição, mas não exagere com esta técnica.

f. O que Não Aceita e Não Coopera: Explore sua ambição. Reconheça e use sua experiência e seu conhecimento. Respeiteo,mas não se deixe persuadir por ele. Use sua experiência e bom senso de líder.

g. O Desinteressado: Dirija-lhe perguntas sobre sua atividade profissional. Solicite habilmente exemplos de algo que ele esteja interessado. Procure motivá-lo e conscientizá-lo da importância de sua participação.

h. O Desdenhoso: Não o critique, seja hábil, use a técnica do "sim, mas ... ". Não tente justificativas diretas, pois seja exatamente isto que ele queira, para se autoafirmar perante todos.

i. O Perguntador Persistente: Normalmente atrapalha o líder. Convém passar suas perguntas para o grupo respondêlas, entretanto, não convém exageros desta técnica pois pode causar impressão aos demais de que o líder se deixou persuadir por ele ou está inseguro.

6. Escuta ativa: a prática da escuta eficaz, onde estamos atentos ao que nos é dito, ou ao que dizemos aos demais, para percebermos se faz sentido.

7. Sintetize as conclusões. Obs. Para longas reuniões separe 10 minutos de intervalo para cada 90 minutos. O tempo economizado por não ter um intervalo é perdido pela redução da atenção e baixa produtividade.III. O Acompanhamento - O APÓS: 1. Sobre os próximos passos. Faça o acompanhamento de todas as decisões tomadas.2. Cobre o secretário ou a pessoa que ficou de acompanhar as decisões tomadas. Follow-up significa, a rigor, o acompanhamento de ações e campanhas de marketing, com o

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objetivo de aferir seus resultados concretos. Na prática, virou sinônimo de qualquer atividade de monitoração desenvolvida após o lançamento de um projeto.

Conclusão: Em qualquer reunião poderão estar presentes alguns "participantes" não convidados. São eles: 1. Emoções - o perigo aqui é com o descontrole emocional. Tomar decisões sem equilíbrio pode levar a verdadeiros desastres. Podem surgir, também, problemas de relacionamento sérios se as palavras forem proferidas sem o temperamento do amor e do respeito mútuo.2.Problemas familiares3.Problemas e preocupações pessoais4.Preconceitos5.Vaidade e egoísmo

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA IGREJA DE CRISTO"Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos". (Mc 6.7)

A ATIVIDADE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM GERAL

Um dos fenômenos mais intrigantes de administração tem sido a continuidade do conceito e prática do planejamento estratégico (PE), desde o final da década de 70 até os dias de hoje. Com exceção da chamada "revolução do computador", no final do século passado, e agora com a "internet", poucas técnicas de gestão têm marcado sua presença nas organizações privadas e governamentais de modo tão rápido e completo quanto o PE.Antes de continuarmos analisando a função de PE propriamente dita, abordaremos a importância e o alcance de seus dois componentes básicos: planejamento e estratégia.

1.1 Planejamentos, O que Vem a Ser? Na sua obra clássica "Princípios de Administração", Koontz e O'Donnell definem a atividade de planejamento como sendo "a função administrativa que compreende a seleção de objetivos, diretrizes, processos e programas, a partir de uma série de alternativas. É uma tomada de decisões que afeta o curso futuro de uma organização ou departamento". 1. Billy E. Goetz, professor de administração e consultor para assuntos de planejamento nos EUA afirma, com razão: "o planejamento consiste fundamentalmente numa escolha, e um problema de planejamento surge quando se descobre um curso de ação diverso". 2. Planejamento é função que envolve todos os dirigentes, em qualquer nível da organização. De fato, a menos que um administrador execute algum tipo de planejamento, mesmo numa área de atuação bastante limitada, não pode ser considerado um gerente. Planejar é, essencialmente, um processo intelectual, onde o dirigente de uma organização ou de uma unidade dessa mesma organização, determina,

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de forma consciente, o curso de ação, a tomada de decisões com base em objetivos, fatos e estimativas submetidas a análise. De uma forma ou de outra, todos nós planejamos nossas atividades, mesmo que o façamos de modo inconsciente, como por exemplo:

1.2 Planejando e administrando as atividades na Igreja: P: programar uma viagem: disponibilidade financeira e de tempo; roteiro a seguir; meios de transporte (carro próprio ou alugado; ônibus; trem; avião; navio etc.);P: dar uma palestra: definir o assunto; duração; ilustrações; número e nível dos participantes etc.P: escrever um livro: escolher o tema; título e subtítulos; n= de páginas previstas; ilustrações; tempo previsto para elaborar originais etc. Antes de ser uma função administrativa, o planejamento, na verdade, constitui-se numa atitude, num estado de espírito! Planejar é, pois, dar corpo às ideias e aos propósitos, de maneira a localizar, identificar e estruturar as atividades que nos levarão à consecução das metas a que o planejamento se propôs a atingir num determinado prazo, como um processo dinâmico, identificando os acontecimentos e transformando os em decisões.

1 .3 Estratégia: Conceituação e Dinâmica: O termo "estratégia" vem do grego strategia, "comando do exército", e é tão antigo quanto a guerra. Contudo, o vocábulo só entrou em uso no século 13, quando se aplicou apenas à condução das operações militares. Pouco a pouco, a política, os recursos demográficos e econômicos dos Estados foram também considerados como elementos da estratégia.No contexto da arte militar, a estratégia consiste no distribuir e aplicar sensatamente meios de ação disponíveis, no conjunto dos cenários de combate, de maneira que impeçam ou dificultem ao máximo as possíveis iniciativas do adversário e garantam a realização mais eficaz dos objetivos da campanha.

As principais qualidades exigidas para a concepção estratégica são: P: Clareza e largueza de ideias;P: Realismo combinado com imaginação. P: Espírito de previsão e de síntese.P: Senso de pesquisa e de interpretação de informações. P: Apreciação espaço-temporal correta.Os princípios tradicionais da estratégia dependem do simples bom-senso.Baseiam-se habitualmente em três preceitos gerais, os quais, aliás, nada têm de particularmente bélico e são aplicáveis a qualquer atividade humana:a) adaptação dos meios aos fins ou dos fins aos meios;b) a liberdade de ação;c) a economia das forças.Só a partir do início dos aos 70, o termo "estratégia" entrou no vocabulário corrente do mundo dos negócios. A estratégia de uma organização consiste em um conjunto de

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objetivos e de orientações de como atingir os objetivos estabelecidos. O alvo da estratégia de um organismo qualquer é garantir seu êxito em determinado prazo, no quadro de sua finalidade natural estabelecida por seus dirigentes.A estratégia é uma regra geral de tomada de decisões; é um eixo de orientação. Uma decisão estratégica dependerá da relação entre a organização e seu ambiente. A estratégia é a resposta coerente dada pelos dirigentes da organização à pergunta: "COMO QUEREMOS QUE SEJA NOSSA ORGANIZAÇÃO?". As características essenciais de uma estratégia são:P: A dialética da empresa com seu ambiente econômico, político, tecnológico e social.P: A escolha de opções que empenhem o futuro, até o futuro remoto; trata-se de estratégia a longo prazo.

1.4 Planejamento Estratégico: Um Pouco de História: A origem do planejamento estratégico (PE) como atividade administrativa deve-se ao professor H. Igor Ansoff, do Carnegie Institute of Techonology, EUA, com a publicação de sua obra de referência "Corporate Strategy", traduzido há alguns anos para o português sob título "Estratégia Empresarial".Basicamente, Ansoff adotou um modelo de tomada de decisões estratégicas' conforme mostra a figura 1.1, no qual a definição de objetivos e a escolha de metas levam à avaliação interna da empresa paralelamente à avaliação ambiental (oportunidades externas).Conforme o esquema acima, somente após a dupla análise administrativa (avaliação interna da empresa e avaliação de oportunidades externas) é que vem a decisão de diversificar ou não as atividades da organização face aos desafios impostos pelo ambiente, fator gerador de mudanças. O passo seguinte no modelo proposto por Ansoff desenvolve a concepção, montagem e acompanhamento das estratégias de expansão e de diversificação das atividades da organização.Um pouco mais tarde, outro pesquisador americano, Russell L. Ackoff, escreveu um artigo em que identificava o PE como uma técnica administrativa. Para Ackoff: " ... quanto mais as atividades de uma organização forem afetadas por um plano, mais estratégico ele será, ou seja, planejamento estratégico amplo" 4 Embora as contribuições de Ansoff e Ackoff tenham sido extremamente úteis para a aceitação e expansão do PE, nenhum deles apresentou sugestões de como formular planos estratégicos específicos. Foi somente com Richard F. Vancil e Peter Lorange, em 1975, que o PE se apresentou como uma metodologia para a formulação de planejamento sistemático, formulação essa voltada para as organizações com estruturas bastante diversificadas e desdobradas em várias divisões" 5.

1 .5 Afinal, O que é Planejamento Estratégico? O Prof. Paulo Vasconcellos Filho, da Fundação Pinheiro Netto, de Belo Horizonte, ao conceituar o PE, começa dizendo o que ele NÃO É:

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P: "PE não é planificação. Planificar é fazer planos para cumprir objetivos já estabelecidos.P: PE não é planejamento a longo prazo. Como ninguém pode prever o que vai acontecer daqui a cinco ou dez anos, o planejamento à longo prazo ameaça levar ao descrédito todo o processo de planejamento.P: PE não é administração por objetivos (APO), a qual é um instrumento administrativo e não diretivo. Uma organização pode ter PE sem ter APO, mas não pode ter APO sem PE.P: PE não é planejamento tático, sendo o objetivo deste otimizar uma área de resultado da organização e não a organização como um todo e, com isto, trabalhar com os objetivos e metas pelo PE" 6.Após listar o que não é PE, Vasconcellos Filho identifica-o como sendo uma "( ... ) metodologia de pensamento participativo, utilizada para definir a direção que a organização deve seguir, por meio da descoberta de objetivos válidos. O produto final desta metodologia é um documento escrito chamado Plano Estratégico" 7.

1 .6 Vantagens do Planejamento Estratégico: Entre as vantagens proporcionadas por um bem estruturado PE, merecem citação:P: “Redução acentuada dos riscos da incerteza hà tomada de decisões estratégicas”.P: A organização passa a identificar e a usufruir com maior segurança as oportunidades que lhe são oferecidas pelo ambiente.P: Melhor adaptação da organização ao processo de mudança contínua do ambiente.P: O PE integrado permite que o conhecimento dos objetivos globais e setoriais seja um fator de aglutinação de esforços, visando a integração dos processos organizacionais.P: Possibilita aos dirigentes de todos os níveis ter uma visão da direção certa para onde a organização deve caminhar.P: Permite uma melhor seleção de recursos humanos, materiais e financeiros para as áreas de maiores resultados.P: “O PE integrado pode ser empregado como parâmetro para a elaboração dos demais planos táticos e operacionais da organização”.

2. Planejamento estratégico na Igreja de Cristo: O PE tem alguma utilidade para nossas igrejas? Em caso positivo, qual? É possível desenvolver um programa de PE nas comunidades cristãs? Como? Essas e outras questões afins estão presentes no dia -a -dia das decisões eclesiásticas. Abordaremos a seguir alguns pontos tidos como essenciais para compreendermos o papel e a atuação do PE nas igrejas cristãs. O texto de apoio central para a implantação e acompanhamento de um PE na igreja está, como não poderia deixar de ser, nas Escrituras Sagradas. Elas têm tudo a nos dizer e a ensinar sobre a viabilidade ou não de um PE em nossa comunidade de fé. Abrindo sua Bíblia nos dois primeiros capítulos do livro de Gênesis, você perceberá que, nas duas narrativas sobre a Criação (Gn 1.1-2.4 e Gn 2.4b- 25), embora elaboradas em épocas bem distantes uma da outra, há, em ambas, uma sequencia das ações de Deus que evidenciam um plano estratégico do Criador em relação à criatura, o homem. Por que será que o Todo-

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Poderoso agiu dessa forma, quando poderia ter criado o mundo de uma só vez? Pode-se inferir da leitura de Gn 1.27-31, que o Senhor fez o que fez com um determinado objetivo: criar o homem, à sua imagem e semelhança, para viver no Paraíso. Temos aí a primeira fase de um PE: determinação de objetivo e/ou objetivos.Os textos bíblicos mostram a segunda etapa do PE divino: os procedimentos (como) empregados por Deus para atingir seu objetivo: 10) criação dos céus e da terra; 20) criação do mundo vegetal; 30) criação dos períodos de tempo (dia e noite) com seus marcos; 40) criação de animais marinhos, terrestres e aves; 50) finalmente, criação do homem e da mulher. A terceira fase do PE do Senhor é a atividade de controle, verificando se o objetivo (criação do homem e da mulher) está conforme previsto pelo Criador. De modo simbólico, Gn 3.8-13 descreve o Criador exercendo um tipo de controle no diálogo com os primeiros pais. A narrativa de Gn 3 descreve como o pecado instalou -se no coração do primeiro casal.

2.1 A Necessidade de Planejar na Igreja Primitiva: Quando Jesus caminhava pelas estradas, cidades e aldeias da Palestina, um grupo de seguidores, a começar pelos doze apóstolos (Mt 4.18-22; Mc 1.16-20; Lc 5.1-11), o acompanhava para onde quer que fosse. Nascia, assim, a comunidade cristã. Já nessa época, Jesus Cristo estabeleceu para si mesmo e para seus discípulos, três grandes objetivos interdependentes, ou seja:1)Preparar os apóstolos e discípulos para a missão que iriam desempenhar (Mt 5 -7; Lc 6.20-23; Mt 8.18-22; 10.5-42; Mc 6.7-11; Lc 9.1-5 etc.).2)Proclamar a todo o povo a chegada do Reino de Deus entre os homens (Mt 10.7).3)Ensinar as verdades a respeito de Cristo a todas as pessoas que atendessem ao seu convite (At 5.42).

2.2 Preparar + Anunciar + Ensinar: Com rápida expansão da comunidade cristã, surge a necessidade de Cristo dividir tarefas e responsabilidades com seus discípulos, conforme registro em Lc 10.1-20.Desse modo, Jesus promoveu uma estratégia de trabalho de evangelização. Primeiro, estabeleceu um objetivo claro: visitação preparatória às cidades e casas por onde Ele iria passar. Lc 10.1 registra: "Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois, para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde estava para ir".Logo em seguida, Jesus disse como os discípulos deveriam agir (atribuição de procedimentos) durante a missão evangelística que iriam fazer, conforme Lc 10.4-12. O texto de Lc 10.17-20 descreve a alegria dos discípulos pelos resultados alcançados.

2.3 O que se Busca com o Planejamento Estratégico na Igreja? É preciso pensar o PE na igreja como um estado de espírito, uma filosofia gerencial visando: P: Criar uma

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percepção clara em todos os níveis da comunidade com relação às condições, objetivos e questões estratégicas da igreja.P: Permitir às lideranças das comunidades cristãs entenderem a natureza das estratégias.P: Desenvolver planos em função das estratégias eclesiásticas selecionadas. P: Criar um estado de prontidão e alerta para reexaminar a direção estratégica da igreja, à medida que as condições ambientais se alterem.Para que uma igreja tenha sucesso na consecução de seus objetivos é preciso, primeiramente, que ela permaneça em espírito de oração e dependência do Espírito Santo inspirando a prática dos dons pelos membros da comunidade. Nesse sentido espiritual, torna-se imprescindível que toda a igreja esteja alinhada numa mesma direção. Para tanto, em termos de PE, é necessário que:a) as estratégias sejam consistentes com a realidade da igreja, e traduzidas em planos e programas de ação;b) as consequências operacionais e financeiras destes planos e programas possam ser detalhadas para toda a comunidade;c) as ações operacionais sejam congruentes com as estratégias e planos selecionados; d)finalmente, que os resultados possam ser monitorados pela liderança da igreja, e avaliados continuamente.

3. Etapas do planejamento estratégico na Igreja

3.1 Primeira Etapa: Determinação dos Objetivos: O estabelecimento de objetivos (metas, propósitos) é fator essencial a todo esforço grupal dotado de verdadeiro sentido. No PE, o estabelecimento de objetivos tem a máxima importância em virtude dessas metas serem reflexos de esperanças e decisões de planejamento futuro.Para uma igreja, possuir objetivos para todos os níveis de sua estrutura significa planejar estrategicamente, tendo em vista sua natureza e alcance. É indispensável que, desde os dirigentes eclesiásticos até o funcionário que ocupa o posto mais modesto na escala hierárquica da igreja, todos tenham objetivos claros e atingíveis, de modo a poderem contribuir efetivamente para a obtenção dos resultados previstos. Cada membro da comunidade deve ter perfeito conhecimento do que a igreja espera dele ou de qual deve ser a sua contribuição, segundo os dons que recebe do Espírito de Deus. A melhor prática para esse fim é uma correta descrição de cargo para cada função eclesiástica. Resumindo, a tarefa mais difícil e importante é a formulação correta dos objetivos, pois, se estes forem incompletos, imprecisos ou inatingíveis, pouca utilidade terão os demais recursos estratégicos para a garantia de êxito da igreja.

3.2 As Grandes Metas Estratégicas da Igreja de Cristo: O objetivo central de qualquer empresa que atua no mercado capitalista é o lucro. Já as metas essenciais da Igreja foram claramente determinadas por Jesus, conforme Mt 28.18-20; Mc 16.15-18 e Lc 22.44-49, ou seja:

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P: Pregar o evangelho a toda criatura = evangelizar.P: Ensinar a mensagem e os mandamentos de Cristo aos novos convertidos.Esses dois propósitos centrais - ANUNCIAR E ENSINAR - devem ser os parâmetros de qualquer igreja viva do Senhor Jesus. Assim é que todos os ministérios (serviços), departamentos e atividades de uma comunidade local contribuem, também, com suas metas setoriais, para a consecução dos dois objetivos determinados por Jesus Cristo para o seu povo de ontem, de hoje e de sempre (Hb 13.8). Na elaboração de um plano estratégico de trabalho eclesiástico, não se pode perder de vista o fato de que a igreja local, com seus pastores, oficiais, líderes e membros constituem meios, instrumentos de que Deus dispõe para anunciar e ensinar a sua Palavra. Quando você lê, em sua Bíblia, o episódio da maior conversão da história, Deus fala a Ananias a respeito de Paulo: " ... este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome" (At 9.15-16). O estabelecimento de metas claras, definidas e coerentes tem importância vital em virtude de serem reflexos da fé, criando decisões e objetivos de planejamento estratégico na comunidade cristã.Por outro lado, a igreja que, na atualidade, permanecer fechada em si mesma, alheia ao ambiente à sua volta e presa à tradição, à rotina e aos seus dogmas, está condenada à estagnação e ao desvirtuamento de suas finalidades principais: pregar e ensinar as verdades da mensagem de Jesus Cristo.Dessa forma, a consecução dos objetivos centrais da Igreja de Cristo, - pregar e ensinar - só é possível numa comunidade viva, presidida pelo Espírito Santo. Por comunidade viva pode-se entender uma igreja que é mantida por iniciativa do Espírito, mantendo-se pronta a responder aos desafios que lhe são impostos pelo meio onde vive e atua. Esse, em resumo, é o sentido e o fim de sua estrutura.

3.3 Segunda Etapa: Escolha de Procedimentos: Definidos os objetivos da igreja, a etapa seguinte na elaboração do planejamento estratégico eclesiástico é indicar como a comunidade deve proceder para atingir suas metas centrais de proclamar e ensinar o Evangelho de Cristo. A esse respeito, é bastante instrutivo o ensino de Jesus contido nas instruções aos doze apóstolos (Mt 10.5-15; Me 6.7-13; Lc 9.1-6). São bem claros os procedimentos dados por Cristo, a saber:a) dar preferência às cidades de Israel;b) pregar a proximidade do Reino de Deus;c) exercer o ministério da cura;d) evitar o recebimento de dinheiro e posses materiais;e) saudar as casas onde moram pessoas de bem;f) sacudir o pó dos pés ao sair de uma casa ou cidade onde há pessoas ímpias.Os procedimentos adotados pela Igreja mostram um caminho ou caminhos em direção aos objetivos. Envolvem, entre outros aspectos:

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P: Distribuição de tarefas e atribuição de responsabilidades. P: Metodologia operacional (como fazer isso?).Os procedimentos especificam a maneira correta pela qual uma determinadaatividade pode ser realizada.

3.4 Terceira Etapa: Alocação de Recursos Financeiros: Este é o terceiro passo a ser considerado no PE da igreja. Um orçamento é essencialmente um plano, uma declaração de resultados esperados, expresso em termos numéricos. As previsões orçamentárias são concebidas como meios de controle administrativo de qualquer organização, inclusive da igreja. Não se deve aceitar um relatório financeiro baseado apenas em números. É preciso insistir na sua avaliação crítica, acompanhada de prognósticos.A fonte primeira de arrecadação de fundos de uma igreja provém da contribuição espontânea de seus membros, conforme ensina Paulo em 2 Co 9.7: "Cada um contribua segundo tiver proposto o coração, não com tristeza ou necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria". Quando for possível, deve haver outras formas de obter recursos financeiros - aluguel de imóveis doados à igreja, aplicações financeirasetc. - mas é no dia-a-dia da contribuição espontânea individual que a obra de Deus é sustentada e se expande. Obviamente, a tesouraria de qualquer igreja deve trabalhar com variáveis importantes na alocação de recursos financeiros, tais como:a) poder aquisitivo dos membros da comunidade que, como é sabido, vem caindo assustadoramente no mercado de trabalho;b) motivação para a contribuição;c) conjuntura econômico-social.Contudo, sendo um dom espiritual (Rm 12.8), o princípio da contribuição ou do dízimo deve permear toda a igreja como um fator de aferição de sua saúde espiritual. Com essa visão em mente, a alocação de recursos financeiros é uma fase extremamente importante e decisiva para que os planos estratégicos da comunidade se tornem realidade em função das metas principais do povo de Deus: proclamar a Palavra e instruir os novos crentes no Senhor Jesus.

3.5 Quarta Etapa: Estabelecimento de Controles: É na fase do PE que devem ser definidos os vários tipos de controles administrativos da igreja. O controle constitui uma atividade administrativa eclesiástica voltada para verificar e corrigir o desempenho da comunidade, assegurando que suas metas sejam plenamente alcançadas. Assim, o controle é a função pela qual a liderança da comunidade certifica-se de que a ação da igreja está de acordo com seus fundamentos doutrinários, bíblicos, teológicos e éticos.Henri Fayol (1841-1925), engenheiro francês e um dos fundadores da Administração Científica, dizia: “Em um empreendimento, o controle consiste em verificar se tudo ocorre de conformidade com o plano adotado, as instruções emitidas e os princípios estabelecidos”. Tem por objetivo apontar as fraquezas e erros para retificá-los e evitar sua ocorrência.

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Funciona para tudo: coisas, pessoas e atos" 9.Assim, o controle implica a existência de metas e planos. Nenhum dirigente eclesiástico pode controlar a não ser que haja planos. Koontz e O'Donnell elaboraram uma lista de requisitos para a estruturação de um sistema adequado de controles.Fizemos a aplicação desses requisitos para a igreja, a saber:P: “O controle deve refletir a natureza e as necessidades da atividade”.Exemplos de controles eclesiásticos: orçamentos, relatórios setoriais das atividades da igreja, gráficos etc.P: O controle deve revelar rapidamente os desvios dos planos. Como o dirigente eclesiástico não pode fazer nada com o passado, o melhor sistema de controle é o que mostra de imediato os desvios dos planos.P: O controle precisa ser flexível, face às modificações de planos, circunstâncias imprevistas ou puros fracassos.P: O controle deve refletir o padrão da organização eclesiástica. Como os acontecimentos devem ser controlados através de pessoas, é necessário que o controle reflita a organização da igreja.P: O controle deve ser econômico, isto é, deve valer e compensar o seu custo. Uma igreja pequena não pode ter o mesmo sistema extenso de controle que uma comunidade de grande porte.P: O controle deve ser perfeitamente compreendido por todos os que dele fizeram uso.P: “O controle deve apresentar como resultado uma ação corretiva para manter o plano e seus objetivos no rumo certo”.A figura a seguir procura dar ao leitor uma visão esquematizada do processo de planejamento estratégico eclesiástico:

4. Planejamento estratégico e gestão participativa nas Igreja: A gestão compartilhada na igreja pode ser identificada como um processo que visa obter, espontaneamente, de seus membros, a máxima eficiência no esforço em conjunto com vistas à consecução das metas propostas pela Palavra de Deus em Mt 28.18-20.Trabalhando com outras pessoas, e por intermédio delas, é como o gerente eclesiástico realiza seu trabalho, buscando:a) a correta e inteligente utilização dos recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis da igreja;b) a direção efetiva de equipes de trabalho eclesiástico - integradas e motivadas;c) a consecução de objetivos previamente determinados.Face às características básicas da gestão compartilhada de membros da comunidade, o PE encontra nesse processo o ambiente ideal para se desenvolver de forma contínua.A plena utilização dos instrumentos de apoio ao processo de administração participativa na igreja só é possível através de uma atuação consciente e decisiva que deve ser exercida plenamente pela liderança eclesiástica. Daí a importância do PE no desenvolvimento contínuo de técnicas e métodos de gestão compartilhada.

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O conceito dinâmico de administração participativa eclesiástica pode ser assim esquematizado:Dessa forma, o PE elaborado com a participação do maior número possível de membros da igreja local é o ideal para termos um instrumento criativo e funcional, trabalhando com cenários alternativos em função dos desafios do ambiente. Por outro lado, nem sempre é possível termos um PE adequado às necessidades da comunidade local, já que na maioria das igrejas as decisões são centralizadas em instâncias eclesiásticas superiores (concílios, convenções etc.). Parece-nos que a Igreja Batista éuma exceção, pois as comunidades locais têm totais autonomias administrativa, doutrinária e estratégica.Não podemos perder de vista a realidade de que o PE volta-se para o exterior da igreja local, onde algumas questões básicas se impõem:P: "Qual é, de fato, nossa missão?"P: "Estamos empregando nossos recursos humanos, materiais e financeiros de maneira eficaz?" : "Poderíamos melhorar nosso desempenho eclesiástico por meio de mudanças profundas nas normas existentes, ou de uma redistribuição de nossos recursos?".

O MINISTÉRIO DE ADMINISTRAÇÃO E SEUS OBJETIVOS:

VERSÍCULO-CHAVE:" ... Se alguém aspira a administração, deseja uma excelente obra" (1 Timóteo 3.1, Tradução do original da Nova Bíblia Inglesa).

INTRODUCÃOEste capítulo introduz o ministério de administração na igreja. Quando nós falamos de administração nós não estamos falando sobre a administração secular como ela acontece no mundo comercial. Nós estamos falando de recursos espirituais administrados para a obra do ministério.Se você aprende o ministério de administração, você se tornará um bom mordomo do Evangelho e do ministério que Deus lhe deu. Você poderá trabalhar com Deus para alcançar Seus propósitos.

A DEFINICÃO DE ADMINISTRACÃO"Administração" é outra palavra para "mordomia" ou "direção". "Mordomos" ou "administradores" são responsáveis sobre algo confiado a eles por alguém mais. A direção é o processo de alcançar os propósitos de planos de Deus através do uso apropriado dos recursos humanos, materiais e espirituais. A administração é avaliada por estes planos e propósitos, se eles são cumpridos ou não. A Bíblia declara:

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"Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos" (Isaías 53.6).Como as ovelhas devem ser guiadas para seguir um só caminho, assim também as pessoas necessitam de direção para que seus esforços e energias alcancem os propósitos e planos de Deus.

OS RECURSOS ESPIRITUAIS

Todos os crentes são mordomos de certos recursos dados por Deus. Estes são listados na seção "Para Estudo Adicional" desta lição. Além destes recursos, os líderes são mordomos sobre os recursos especiais que incluem:

O EVANGELHO: Nós devemos compartilhar sua mensagem com outros.

DINHEIRO: Cada crente é um mordomo de suas finanças pessoais, porém os líderes que controlam o dinheiro de uma igreja ou organização cristão também são mordomos destes fundos.

RECURSOS MATERIAIS DO MINISTÉRIO: Estes incluem coisas como os edifícios da igreja, propriedades e equipamentos.

DONS ESPIRITUAIS: Cada crente tem pelo menos um dom espiritual pelo qual ele é responsável como um mordomo. Um líder também é responsável para ajudar a outros a desenvolverem seu s dons espirituais.OUTROS CRENTES:Se você é um líder, você é responsável por outras pessoas. Você deve ajudá-las a amadurecer espiritualmente e a envolver-se na obra do ministério. Deus usa as pessoas, não os programas, para construir o Seu Reino. A administração envolve fazer com que as coisas sejam feitas para Deus através das pessoas.

A PRIMEIRA MENSAGEM SOBRE ADMINISTRACÃOA primeira mensagem de Deus ao homem foi sobre o assunto da administração. Deus disse a Adão e Eva:"E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos multiplicai-vos, enchei a terra e sujeita i-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra" (Gênesis 1.28).Três tarefas importantes para os administradores se encontram neste versículo:Aumentar ao máximo os recursos por meio de "multiplicar", para alcançar o propósito e os planos de Deus.Minimizar a desordem por "subjugar".Manter a ordem por "ter domínio" (governar).

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O MAIOR EXEMPLOo maior exemplo de administração é o Senhor Jesus Cristo. Ele é o modelo para todos os líderes cristãos. Você aprenderá depois neste curso sobre o exemplo que Ele estabeleceu liderando como um servo e um pastor.Todos princípios ensinados neste curso são demonstrados no que Jesus fez e ensinou. Cada tarefa que um líder deve realizar foi ilustrada por Ele. Ele estabeleceu um exemplo para treinar líderes e discípulos.

O REOUISITO PRINCIPALDeus não considera os mordomos vitoriosos devido a sua educação, habilidade natural ou personalidade. Eles têm êxito devido a sua fidelidade. O requisito principal aos mordomos é que eles devem ser fiéis:"Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel" (1 Coríntios 4.2).Jesus deu uma parábola em Mateus 25.14-30 sobre os servos cujo amo lhes deu recursos chamados "talentos", que neste caso era dinheiro. Eles receberam instruções para ser bons mordomos e usar os fundos sabiamente. Aqueles que fizeram isto foram chamados de "fiéis" e foram premiados. Aqueles que falharam foram julgados e responsabilizados.O MINISTÉRIO DE ADMINISTRACÃO: O ministério de administração ou liderança envolve levar outros a alcançar grandes coisas para Deus. A direção inclui as seguintes áreas que você estudará neste curso: RECONHECER A IMPORTÂNCIA DA UNCÃO PARA LIDERAR: Unção de Deus para administrar é mais importante que educação, talentos e experiência.

CUMPRIR AS QUALIFICACÕES BÍBLICAS PARA A LIDERANCA: A administração do ministério começa com a administração de si mesmo.

APRENDER A LIDERAR COMO UM SERVO: A administração bíblica não é relações públicas vistosas ou uma personalidade carismática no púlpito. É serviço humilde àqueles a quem você lidera. Servir é que separa a direção cristã da direção mundana.

APRENDER A LIDERAR COMO UM PASTOR: As qualidades de um pastor no mundo natural eram o que Jesus usava para descrever a direção espiritual.

ENTENDER AS TAREFAS BÁSICAS DOS LÍDERES: Estas incluem as áreas difíceis de tomar decisões e resolver conflitos e problemas de disciplina.

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TREINAR LÍDERES E DISCÍPULOS: Todos nós lideramos em certas situações, porém todos somos seguidores em outras situações. Os líderes devem ter seguidores ou discípulos. Tanto os líderes quanto os seguidores (ou discípulos) devem ser treinados.

APLICAR OS PRINCÍPIOS DO ÊXITO ENSINADOS NA PALAVRA DE DEUS: Estes princípios asseguram u ma direção vitoriosa dos recursos espirituais.

EVITAR AS VIOLACÕES QUE CAUSAM O FRACASSO NA ADMINISTRACÃO: Fracassar em liderar e seguir resulta das violações aos princípios bíblicos.

COMPREENDER OS Princípios BÍBLICOS DE ADMINISTRACÃO OU ORGANIZACÃO: Estes incluem as posições de liderança estabelecidas por Deus e aquelas desenvolvidas devido às necessidades práticas da igreja.

A BASE DA ORGANIZACÃO BÍBLICA: A organização ministerial não é fixa, rígida, ou baseada nos modelos mundanos. A organização é flexível para acomodar a direção do Espírito Santo. A direção do ministério existe com o propósito de alcançar os propósitos e planos dados por Deus, não para criar uma sociedade rígida, uma estrutura institucional. A organização na Igreja está muito mais para um organismo vivo. A Bíblia compara a Igreja ao corpo hum ano, com cada parte funcionando conjuntamente.Você não pode ser eleito para liderar na organização de Deus. Você pode ser eleito ou estabelecido pelo homem para um cargo, porém nenhum líder nunca é feito por intimação ou voto. Você deve ser chamado e equipado por Deus para a obra do Reino.A liderança envolve posições, por exemplo, porções como apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre. A liderança também envolve função. Sua função principal é equipar outros para a obra do ministério. A liderança também diz respeito às relações dos líderes com seus liderados.A seleção e promoção de um líder vêm de Deus: "Porque não é do Oriente, não é do Ocidente, nem do deserto que vem o auxílio. Deus é o juiz; a um abate, a outro exalta" (Salmos 75.6-7)."Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados" (Efésios 5.1).Se as atividades de Deus não se caracterizam pela confusão, os ministérios de Seus servos não devem caracterizar-se por ela de maneira alguma.

PERMITE DECISÕES APROPRIADAS: As decisões determinam seu destino. Isto, inclusive, é verdade sobre a salvação. Você faz uma decisão de aceitar ou rejeitar o evangelho e seu destino eterno é determinado por sua decisão. Sua vida e ministério atual são determinados pelas decisões anteriores que você tem tomado. Você tomou as decisões através do planejamento pensativo ou no impulso do momento. A boa direção lhe permite tomar as decisões apropriadas com a direção do Senhor.

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ESTABELECE AS PRIORIDADES PARA O MINISTÉRIO: Prioridades são aquelas coisas que são mais importantes do que outras. Elas são as coisas que possuem o primeiro lugar em seu tempo e atenção. Você terá prioridades na vida, não importa se você as determina conscientemente ou não.Você estabelecerá as prioridades deixando-se levar por hábitos que se tornam um estilo de vida ou devido à pressão das circunstâncias ou pelas pessoas ao seu redor, ou por uma decisão definida baseada nos propósitos de Deus.

PERMITE A ACÃO EM LUGAR DA REACÃO: Muitos ministérios estão ocupados em reagir aos assuntos urgentes no presente em lugar de planejar para o futuro. Isto leva os líderes a reagir em lugar de agir com sabedoria e propósito.Sem uma estratégia ou plano você não sabe o que está fazendo no ministério, por que você está fazendo-o, ou como será feito. Por que você não tem nenhuma organização e direção, você não tem nada com que se comprometer, nenhuma maneira de avaliar sua efetividade para Deus, e você é facilmente persuadido a reagir e abandonar as coisas em tempos de crise.A boa administração transforma o desejo de demonstração e versões em realidade. Ajuda-lhe a determinar o que você deve fazer e como fazê-lo para cumprir os propósitos de Deus.

ESTABELECE A RESPONSABILIDADE: Na parábola dos talentos em Mateus 25.14-30, os servos eram responsáveis por eles e eles deveriam cumpri-lo investindo os fundos que eles receberam.Você não somente é responsável por conhecer a vontade de Deus para sua vida e ministério, porém também por cumpri-Ia: "Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não seaprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites" (Lucas 12.47).Se você não administra sabiamente o ministério que lhe foi confiado, você será considerado culpado.

PERMITE AVALIACÃO: A administração inclui a avaliação para ver se você está cumprindo o propósito e o plano de Deus. Compreender os princípios bíblicos do êxito e as razões para o fracasso permite tal avaliação.

PERMITE O USO SÁBIO DOS RECURSOS ESPIRITUAIS: A boa administração ajuda-lhe a manejar os recursos espirituais adequadamente e permite-lhe que seja um mordomo apropriado dos fundos, possessões materiais, pessoas, e dons espirituais para a obra do Reino de Deus.

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PREPARA-LHE PARA ENTRAR EM PORTAS ABERTAS: "Porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários" (1 Coríntios 16.9). Quando Deus abre as portas, você deve estar pronto para atravessar e enfrentar os novos desafios. Isto não é possível sem a preparação apropriada. Leia a parábola das virgens sábias e néscias em Mateus 25.1-13. Deus abre as portas, porém elas não ficam fechadas para sempre. Elas se abrem e esperam que você entre. Depois elas se fecham, às vezes para nunca mais abrir de novo.

HARMONIZA O MINISTÉRIO COM A VONTADE DE DEUS: A primeira pergunta do apóstolo Paulo depois de sua conversão foi, "que queres que eu faça?" Ele estava pergunta a Deus, "qual é o Seu plano para minha vida e ministério". A mordomia sábia coloca sua vida e ministério em harmonia com o propósito e planos de Deus.

DEUS BUSCA LÍDERES: Deus disse ao Rei Saul: “Já agora não subsistirá o teu reino”. O SENHOR buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou" (1 Samuel 13.14).Deus ainda busca homens a quem Ele possa usar como líderes: "Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei" (Ezequiel 22.30)."Porque, quanto ao SENHOR, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele; nisto procedeste loucamente; por isso, desde agora, haverá guerras contra ti" (2 Crônicas 16.9).Tornar-se um bom administrador leva tempo e esforço: "Manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará" (1 Coríntios 3.13).Madeira, feno ou palha, todos crescem sobre a terra. Eles são produzidos facilmente e podem ser vistos facilmente pelos homens, porém também são facilmente destruídos. Ouro e prata e pedras preciosas são produzidas sob a terra.Eles não são vistos facilmente pelos homens, porém são mais duradouros.Liderança reluzente, popular, secular é como madeira, feno e palha. Ela é vista pelos homens e facilmente produzida através dos talentos e habilidades naturais.A liderança piedosa é como ouro e prata. É produzido pelo poder do Espírito Santo no homem interior, oculto. Porém, é infinitamente precioso e durável.

PARA ESTUDO ADICIONAL

1. Jesus ensinou ma is sobre a mordomia das possessões do que sobre o céu, inferno, ou salvação. Das 40 parábolas, 19 trataram das possessões.

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2. Liderança é uma grande responsabilidade porque você influi sobre os outros. Por exemplo, quando Pedro disse "eu vou pescar", aqueles que estavam com ele disseram imediatamente, "nós também vamos com você". A liderança também é importante porque um líder é mensageiro de Deus. Veja Malaquias 2.7.3. Estude estas comparações de administração mundana e espiritual:Na administração mundana, o poder é determinado pela habilidade, capacidade e conhecimento. Na administração espiritual, o poder é determinado pela unção e autoridade de Deus.N a administração mundana, a seleção de líderes é feita baseando-se em fatores como habilidade e educação. Na administração espiritual, a seleção de líderes é feita baseando-se na unção, chamado e revelação da vontade de Deus.Na administração mundana, o treinamento é dado nas áreas de habilidades e conhecimento. Na administração espiritual, o treinamento deve ser dado em um estilo de vida baseado na Palavra de Deus, à qual as habilidades devem se encaixar.3. Deus coopera com aqueles que administram o ministério. Paulo disse: "Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus" (1 Coríntios 3.5-6).

4. A administração mundana dá ênfase a:a. Dinheirob. Produçãoc. Informaçõesd. Profissionalismoe. Regrasf. Habilidadesg. personalidadeh. Intelectoi. Manipulaçãoj. Tarefasl. Vontade Própriam. Competição

A administração espiritual a:a. Ministériob. Oraçãoc. Féd. Unçãoe. Amorf. Palavra de Deusg. Caráter

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h. Condição Espirituali. Orientaçãoj. Relaçõesl. Obediênciam. Cooperação

5. Estude esta lista de responsabilidades de administração para todos os crentes. Nós som os responsáveis:a) Pela criação de Deus - Gn 1. 26-28.b) Pelos mistérios de Deus - 1 Coríntios 4.1.c) Pela mensagem do evangelho - 1 Ts 2.4.d) Pelos dons espirituais - 1 Pedro 4.10.e) Pelo perdão - Mateus 6:12; 18:21-22.f) O amor - 1 João 4.7-8.g) A mente - Filipenses 4.8.h) O poder - Atos 1.8.i) O tempo - - Atos 1.8.j) O ponto de vista - 1 Samuel 16.7. I) A atitude - Filipenses 2.2.m) A fé - Tiago 2.14-17.n) O dinheiro - 2 Coríntios 9.6-11.o) O louvor - Hebreus 12.15-16.p) O ministério - Gálatas 6.2.q) O corpo - Romanos 12.1r) O caráter - Tito 1. 7 -9.s) A família - 1 Timóteo 3.4-5, 12; 5.8.

POSIÇÕES DE LIDERANÇA OBJETIVOS:

VERSÍCULO-CHAVE: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres" (Efésios 4.11).

INTRODUCÃO

A igreja é o instrumento através do qual Deus está trabalhando presentemente para revelar-se ao mundo. Nesta lição você aprenderá sobre os líderes colocados por Deus na igreja. Você também aprenderá sobre outras posições de liderança que tem surgido devido às necessidades práticas na igreja local.

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A Bíblia dá qualificações específicas que devem ser alcançadas por aqueles preenchendo as posições de liderança discutidas nesta lição. Você estudará sobre estas qualificações no Capítulo Quatro.

POSICÕES ESPECIAIS DE LIDERANCA: A Bíblia identifica que cinco posições especiais de liderança foram colocadas na igreja por Deus: "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres" (Efésios 4.11).Estas posições de liderança foram estabelecidas por Deus na igreja. Elas envolvem um chamado especial de Deus e dons especiais. Você não deve simplesmente servir nestas posições porque você pede ou porque você quer fazer isso. Você deve ser chamado por Deus e capacitado com os dons espirituais apropriados.

SUAS FUNCÕES: Aqui está um breve resumo das funções destas cinco posições especiais de liderança: Apóstolo: Um apóstolo é alguém que tem um a habilidade especial para desenvolver novas igrejas em lugares diferentes e supervisionar várias igrejas como um supervisor. Apóstolo significa "delegado, um enviado com pleno poder e autoridade para atuar em lugar de outro". O apóstolo tem uma autoridade ou habilidade especial para estender o evangelho através do mundo desenvolvendogrupos organizados de crentes. As palavras atuais que são usadas para os apóstolos são: "missionário" e "plantador de igrejas". O apóstolo Paulo é um dos melhores exemplos bíblicos de um apóstolo.Profeta: Um profeta é alguém que fala sob a inspiração direta de Deus e tem uma posição de autoridade na igreja. Um profeta tem a habilidade para receber e comunicar uma mensagem imediata de Deus a Seu povo através de um pronunciamento divinamente ungido. Ágabo é um bom exemplo de um projeto do Novo Testamento. Veja Atos 21.11.Evangelista: Um evangelista tem uma habilidade especial de compartilhar o evangelho de um certo modo com os incrédulos que os homens e mulheres respondem e se tornam membros responsáveis do corpo de Cristo. O significado da palavra "evangelista" é "aquele que traz boas notícias". Filipe é um bom exemplo de um evangelista. Veja Atos 21.8 e o capítulo 8.Pastor: A palavra "pastor" realmente significa um "pastor de ovelhas". Pastores são líderes que assumem a responsabilidade pessoal em longo prazo pelo bem estar espiritual de um grupo de crentes.Mestre: Mestres são crentes que possuem uma habilidade especial de comunicar a Palavra de Deus eficazmente de tal maneira que outros aprendem e aplicam o que é ensinado.

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SEU PROPÓSITO: Estas posições especiais foram estabelecidas para alcançar os seguintes propósitos: "Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo" (Efésios 4.12-15).O seguinte diagrama na página seguinte ilustra estes propósitos: DEUS DÁ: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres para capacitar - equipar aos santos que ministram edificam resultando em unidade conhecimento aperfeiçoamento para que o corpo de cristo possa ser não mais como crianças crescer nele (doutrina falsa) (verdade).RESU L TADO FINAL: EFICAZ FUNCIONAMENTO DE TODAS AS PARTES DO CORPO EM AMOR

COMO ELES TRABALHAM JUNTOS: As cinco posições especiais de liderança trabalham juntas no ministério da igreja.O Apóstolo estende o evangelho às novas regiões para levantar novas igrejas.O Evangelista comunica o evangelho de tal maneira que os incrédulos respondem e são adicionados à igreja.O Profeta dá mensagens especiais de Deus à Igreja pela inspiração do Espírito Santo. Os Mestres proporcionam instrução que vai além da apresentação do Evangelho feita pelo evangelista. Eles levam os novos convertidos à maturidade espiritual e treinam pessoas fiéis que são capazes de ensinar a outros.Os Pastores assumem a direção em longo prazo e cuidam da igreja.

OS DONS ESPIRITUAIS NA LIDERANCA: Os cinco dons especiais de liderança não são as únicas posições de liderança na igreja. Cada crente tem uma função na igreja: “ Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve" (1 Coríntios 12.18).Cada crente tem pelo menos um dom espiritual. Seu dom espiritual o equipa a cumprir sua função no corpo: “ Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente" (1 Coríntios 12.11).Nós já temos mencionado os dons espirituais de liderança do apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre. Aqui está uma lista dos outros dons que o Espírito Santo dá aos crentes:Dons de Falar: Profecia, ensino, exortação, palavra de sabedoria, e palavra de conhecimento.

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Dons de Servir: Ministério, auxílio, presidir (liderança), administração, contribuição, misericórdia, discernimento de espíritos, fé e hospitalidade.Dons de Sinais: Línguas, interpretação de línguas, milagres e curas.As referências da Bíblia que identificam estes dons são:

a. Romanos 12.1-8b. 1 Coríntios 12.1-31c. Efésios 4.1-16d. 1 Pedro 4.7-11

DONS IMPORTANTES PARA ADMINISTRADORES: Dois destes dons espirituais, liderança (presidir) e administração (governos) são especialmente importantes aos administradores. O dom de liderança é identificado em Romanos 12.8 como alguém que "preside" ou lidera. Uma pessoa com o dom de liderança tem a habilidade de estabelecer planos em harmonia com o propósito de Deus e comunicar estas metas a outros. Ele motiva outros para alcançar estas metas para a glória de Deus.Em algumas versões bíblicas de 1 Coríntios 12.28, o dom de administração se chama "governos". Uma pessoa que tem este dom tem a habilidade de dar direção, organizar, e tomar decisões no nome de outros. O significado da palavra "governos" ou "administração" é semelhante aquela de um piloto dirigindo uma nave. Uma pessoa que tem este dom é responsável pela direção e decisões. Comoo piloto de um barco, ele pode não ser o dono do barco, porém a ele foi confiada a responsabilidade de dirigila em sua viagem.Tito é um exemplo bíblico de uma pessoa com o dom de administração. O apóstolo Paulo começou uma igreja em Creta. Tito foi quem organizou e dirigiu a igreja para ele:"Por esta causa, te deixei em ereta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi" (Tito 1.5).Os dons de liderança e a função de administração estão bem juntos. Uma pessoa que tem o dom de administração tem a habilidade de dirigir, organizar e tomar as decisões. A pessoa que tem o dom de liderança tem a habilidade para motivar e trabalhar com as pessoas para alcançar estas metas.

TODOS PODEM SERVIR: A liderança não se limita aos crentes com estes dons ou às cinco posições especiais de liderança. Os crentes com outros dons espirituais podem ser solicitados pelos líderes da igreja para servirem em várias posições de liderança.Por exemplo, uma pessoa que tem o dom de contribuir pode ser solicitada para liderar um comitê sobre as finanças da igreja. Uma pessoa que tem dons de curar por liderar um crente de crentes ministrando aos enfermos nos hospitais locais. A obra do ministério para a qual os dons espirituais foram dados envolve muitas oportunidades para a liderança. Ainda quando um crente não tem um dos dons de liderança ele tem o potencial

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de tornar-se um líder através do desenvolvimento apropriado de seu próprio dom espiritual.

OUTRAS POSICÕES BÍBLICAS: Há outras posições de liderança mencionadas na Bíblia que não são dons espirituais. Eles são "ofícios" estabelecidos devido às necessidades práticas da igreja.No Novo Testamento se mencionam os ofícios de diácono, ancião ou presbítero ou bispo. (Algumas pessoas consideram que um bispo é semelhante a um pastor, outros o consideram um ofício separado).O registro da igreja primitiva foi preservado por Deus como um exemplo para nós seguirmos sobre a estrutura da igreja. Estes ofícios também devem funcionar na igreja hoje.O propósito destes ofícios é ajudar aqueles que tem dons espirituais de liderança como os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres, e aqueles com os dons de liderança e administração.Use o seguinte esboço para estudar estas posições:Título Referências Deveres Bispo ou presbítero ou pastor. Atos 20.17, 28-32; 14.23; 15; 16.4; Estes versículos parecem indicar 11.30; I Timóteo 3.1-7; 5.17; que ele deve ter um cuidado em Filipenses 1.1; Tito 1.5-9; Tiago longo prazo sobre um grupo local 5.14; I Pedro 5.1-3. de crentes.Também proporcionam a direção nas decisões da igreja, ministram às necessidades dos crentes eajudam no desenvolvimento e cuidado dos grupos locais de cristãos.Diácono, Diaconisa. I Timóteo 3.8-13; Filipenses 1.1; Estes versículos indicam que os Atos 6.1-7; Romanos 16.1-2. diáconos têm um ministério de serviço e ajuda. A Bíblia não usa o termo "diaconisa", mas alguns estudiosos têm usado esta designação para as esposas dos diáconos ou outras mulheres que ministram em serviços gerais e ajuda.Nota: O vocábulo "ancião" é usado pela primeira vez na Bíblia em Êxodo 3.16 em referência aos líderes de Israel.Há muitas referências aos anciãos de Israel por toda a Bíblia. Estes anciãos são diferentes da posição de liderança conhecida como um ancião na igreja primitiva.Todos os versículos que nós temos listado aqui se referem aos anciãos na igreja em lugar dos anciãos de Israel.Os presbíteros e diáconos não devem liderar a igreja independentemente dos líderes especiais (profetas, apóstolos, evangelistas, pastores e mestres). O homem seleciona os presbíteros e diáconos, porém aqueles que têm dons especiais de liderança são estabelecidos na igreja por Deus.

POSICÕES PRÁTICAS DE LIDERANCA: No decorrer dos anos surgiram muitas outras posições de liderança para satisfazer as necessidades práticas e orgânicas na igreja. Estas posições não são mencionadas na Bíblia, porém elas são importantes no ministério

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da comunidade da igreja local. Na seção, "Para Estudo Adicional" desta lição, algumas destas posições são listadas.

NA ESTRUTURA DA IGREJA: O seguinte diagrama mostra como os dons de liderança que você estudou se encaixam na estrutura da igreja:A IGREJA:Dons Especiais de Liderança: Apóstolos; Profetas; Evangelistas; Pastores e Mestres (Efésios 2: 20 -22, ajudados pelos ofícios especiais de presbíteros, diáconos e cada membro no lugar estabelecido por Deus). O Fundamento colocado pelos apóstolos e profetas (Efésios 2.20)

CONSTRUÍDA SOBRE ROCHA JESUS CRISTOMateus 16.18; 1 Coríntios 3.11; Efésios 2.20.

A UNÇÃO PARA LIDERAR

VERSÍCULO-CHAVE:"Porém tu exaltas o meu poder como o do boi selvagem; derramas sobre mim o óleo fresco" (Salmos 92.10).

INTRODUCÃO

O Senhor quer que os líderes sejam vitoriosos e causem impacto no mundo para o Reino de Deus. Como você pode ser esse tipo de líder? Ter conhecimento de áreas práticas e tarefas gerais de líderes lhe ajudará a tornar-se um líder vitorioso. Há qualificações bíblicas para líderes que também são necessários. Os dons espirituais, habilidades, educação e experiência também são importantes. Você estudará sobre estes mais tarde.Porém, a coisa mais importante para os líderes será a unção do Espírito Santo. Sem a unção de Deus você não pode liderar, organizar, mobilizar ou evangelizar eficazmente.Este capítulo enfoca na unção do Espírito Santo que é necessária para aqueles chamados e escolhidos por Deus para a liderança.UNCÃO"Unção" significa dedica r ou consagrar alguém ou algo lhe aplicando azeite. O azeite é um símbolo do Espírito Santo.O UNGIDOO nome "Cristo" no idioma grego significa "o ungido". Jesus introduziu Seu ministério terreno proclamando:"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para ... " (Lucas 4.18).Jesus deixou claro que era pela unção do Espírito que Ele era capaz de ..."O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos,

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para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor" (Lucas 4.18-19).Se foi necessário a Jesus ser ungido para ministrar, então também é necessário para nós.AS TRÊS UNCÕES: Há três unções diferentes mencionadas no Antigo Testamento. Eles são exemplos naturais ou "tipos" de experiências espirituais que Deus quer que os líderes tenham:A UNCÃO DO LEPROSO - RELACIONAMENTO: A lepra é uma enfermidade mortal que consume a carne de sua vítima. Os dedos dos pés, os dedos das mãos, e outras partes do corpo apodrecem e caem.Nos tempos do Antigo Testamento uma pessoa que tinha lepra era chamada de "leproso". O leproso era proibido de viver em sua comunidade porque a enfermidade era contagiosa. Para impedir que outros entrassem em contato com o leproso, ele tinha que gritar "impuro" aonde quer que fosse. A lepra comeria lentamente seu corpo físico e ele morreria uma morte dolorosa.Na Bíblia, Deus usa exemplos naturais para ilustrar as verdades espirituais. A lepra é usada como um exemplo do pecado. Assim como a lepra destrói o corpo físico, o pecado o destruirá espiritualmente e destruirá seu ministério.Na lei do Antigo Testamento, Deus deu instruções específicas para a limpeza de uma pessoa com lepra. Leia sobre isto em Levítico 14 em sua Bíblia antes de proceder com esta lição. Cada uma das instruções que você leu é simbólica da limpeza que você deve experimentar espiritualmente:Um Pássaro Que Leva A Culpa do Pecado: Isto é simbólico do derramamento de Seu sangue para tirar nossos pecados.Arrependimento e Confissão: Isto é o que você deve fazer para nascer de novo e ser limpo do pecado.A Água Corrente: Isto é simbólico do batismo nas águas.A Unção de Azeite: Isto é simbólico da obra do Espírito Santo em sua vida. Note que o azeite seria colocado na orelha, no dedo polegar, e no dedo do pé do leproso. Aplicando isto à liderança, nós devemos experimentar uma unção espiritual similar que unge ...O Ouvido: Para poder ouvir a voz de Deus.A Mão: Para poder servir a Deus.O Dedo do pé: Para caminhar na relação apropriada com Ele. A unção mais importante para os líderes é a unção do "leproso" porque ela é simbólica da relação pessoal. Sua própria relação com Deus deve ser correta se você deseja liderar outros. Você deve ser renascido, deve poder ouvir a voz de Deus, servi-lo e caminhar na relação apropriada com Ele.

A UNÇÃO DO SACERDOTE - SANTIDADE: Os líderes também devem experimentar a unção sacerdotal. Leia sobre isto em Êxodo 29 e 30 e em Levítico 8 antes de proceder com esta lição. A unção sacerdotal era uma unção para a santidade, para ser consagrado a Deus para Seu serviço por viver e conduzir-se devidamente.

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Nos tempos do Antigo Testamento, havia muitas coisas que um sacerdote não poderia fazer devido à santidade de seu ofício. Devido a sua unção especial para liderar, algumas coisas manchariam a um sacerdote que não poderiam manchar a outros membros da congregação de Israel.Como um líder, você deve experimentar a unção sacerdotal de santidade e deve consagrar-se para o serviço de Deus. Você deve viver em harmonia com a Palavra de Deus. Pode haver coisas que você não pode fazê-lo devido à santidade de seu ofício. Devido a sua unção especial para liderar outros, há coisas que o mancharão, porém não mancharão a outros.

A UNÇÃO DO LÍDER - POSIÇÃO E PODER: O terceiro tipo de unção no Antigo Testamento é a unção do líder. Era uma unção para aqueles que guiariam o povo de Deus como líderes, como reis, profetas, capitães, etc. A unção do líder era que ele estabeleceria um líder de Deus – dando posição e poder para cumprir essa posição.Por exemplo, a unção de Saul era a posição de capitão sobre o povo de Deus: "Tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Não te ungiu, porventura, o SENHOR por príncipe sobre a sua herança, o povo de Israel?" (1 SamueI10.1).A unção de Davi está registrada em 1 Samuel 16. Esta passagem deixa claro que o poder do Senhor veio sobre Davi devido à unção: "Então, mandou chamá-lo e fê-lo entrar. Era ele ruivo, de belos olhos e boa aparência. Disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, pois este é ele. Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apossou de Davi. Então, Samuel se levantou e foi para Rama" (1 SamueI16.12-13).A unção do líder era para liberar a posição, poder e autoridade do ofício. Com esta unção, o Espírito de Deus vinha sobre uma pessoa para que ela pudesse lidera o povo apropriadamente. A promessa do Novo Testamento sobre esta unção de poder se encontra em Atos 1.8."Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em. Jerusalém como em toda a. Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (Atos 1.8).o cumprimento desta promessa está registrada em Atos 2. O batismo no Espírito Santo do Novo Testamento é o cumprimento da unção do líder.A unção da posição no Novo Testamento se descreve em Efésios:"Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas" (Efésios 4.10).Deus tem escolhido certas pessoas em posições de liderança na Igreja e tem proporcionado a unção de poder para equipá-las a cumprir seus chamados.

A UNCÃO É DE DEUS: Estas três unções, que são simbólicas do que os líderes devem experimentar, todas vêm de Deus. Quando Samuel ungiu Saul, ele disse, "Não te ungiu,

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porventura, o SENHOR por príncipe sobre a sua herança, o povo de Israel?" (1 Samuel 10.1; 15.17). Quando Jesus proclamou Sua unção, Ele disse "Ele me ungiu para ... " (Lucas 4.18; também veja Atos 10.38). É deus quem levanta aos ungidos. Deus dissea Samuel: "Então, suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o que tenho no coração e na mente; edificar-Ihe-ei uma casa estável, e andará ele diante do meu ungido para sempre" (1 Samuel 2.35).Você não experimenta a unção sendo ordenado por uma organização ou denominação (ainda que não haja nada de mal em fazer isso). A unção para a liderança vem de Deus:" ... a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine" (1 .João 2.27).Estevão foi ordenado pelos homens como um diácono. Ele foi ungido por Deus como um evangelista (Atos 6). É a unção de Deus, não a do homem que é o mais importante.

A BASE DA UNCÃO: Baseando-se em que Deus dá esta unção? Deus não unge baseando-se na inteligência, educação, experiência ou habilidades. A unção não é baseada na aparência exterior. É baseada na atitude do coração.Quando Samuel foi à casa de Jessé para ungir a um novo rei, ele estava buscando um homem com grande aparência exterior:"Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido. Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração" (1 SamueI16.6-7).Deus ungiu a Davi devido à atitude e condição de seu coração. Deus olha o que você é por dentro.

OS PROPÓSITOS DA UNCÃO: Aqui estão alguns propósitos da unção: CUMPRIR OS PROPÓSITOS DE DEUS: A unção é dada aos líderes para permitir-lhes cumprir os propósitos de Deus. Jesus deixou isso bastante claro:"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos" (Lucas 4.18).

DAR SABEDORIA PARA LIDERAR: A unção lhe dá sabedoria para liderar outros em lugar de necessitar ser liderado: "Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou" (1 .João 2.27).

DESTRUIR O JUGO: É a unção que destrói os jugos espirituais que atam aos homens e mulheres a quem você ministra. A Bíblia indica que há três tipos de jugos:

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1. Há o jugo do pecado: "Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para que não fossem seus escravos; quebrei os timões do vosso jugo e vos fiz andar eretos" (Levítico 26.13).2. Há o jugo que impede as pessoas da escravidão da "carne" ou do "eu", que é a velha natureza de pecado: "Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto" (Romanos 7.15).3. Há o jugo do homem que é a escravidão posto sobre você por outras pessoas. Este jugo pode incluir a culpa, tradição ou as normas impossíveis de conduta que são impostas por outros: "Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movêlos. Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas” (Mateus 23.4-5).A unção destrói todos estes jugos: "E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo, do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção" (Isaías 10.27, RC 1995).Estes jugos não serão destruídos pelo ensino profundo. Eles não serão destruídos pela educação, por aconselhamento ou pela organização. Eles serão destruídos pela unção de Deus sobre os líderes espirituais que sabem trazer a mensagem de libertação àqueles em escravidão.

DETERMINAR A POSIÇÃO: Deus unge as pessoas para posições ou chamados específicos no ministério. Por exemplo, a posição dos sacerdotes era determinada "por causa da unção" (Números 18.8).O Novo Testamento deixa claro que Deus dá dons espirituais e chamados diferentes aos crentes. Você deve conhecer seu chamado pessoal da parte de Deus, seus dons espirituais, e seu propósito específico no plano de Deus para caminhar na unção do Espírito Santo. Se você tenta servir em uma posição na qual você não foi chamado nem ungido, você experimentará dificuldades.Isto nos leva a outro ponto importante sobre a unção ...

CAMINHE EM SUA PRÓPRIA UNÇÃO Deus unge as pessoas em ofícios espirituais, posições e chamados específicos. Muitos líderes falham porque eles não reconhecem este fato. Eles tentam realizar ministérios aos quais eles não foram chamados nem ungidos:

1. Leia Números 16. Quando Coré e seus homens reivindicam ter a mesma unção de Moisés, Deus mostrou que era diferente.

2. Leia Números 17. Deus demonstrou que Sua unção repousava sobre Arão de uma maneira especial.

3. Leia 1 Samuel13.8-14. Quando o Rei Sau1 tentou servir em um ofício no qual ele não havia recebido nenhuma unção, ele foi julgado e rejeitado por Deus.

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4. Leia Atos 19.13-16. Quando os sete filhos de um sacerdote nomeado Ceva tentaram ministrar em uma unção que eles não possuíam, eles experimentaram dificuldades. Ministre em sua própria unção ou você será ineficaz e experimentará grandes dificuldades no ministério.

ESPERE OPOSIÇÃO: Se você é ungido por Deus, você pode esperar a oposição de Satanás e de suas forças, assim como dos homens ímpios:"Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo" (Salmos 2.2). "Com que, SENHOR, os teus inimigos têm vilipendiado, sim, vilipendiado os passos do teu ungido" (Salmos 89.51).As forças ímpias querem impedi-lo porque elas sabem que é um ministério ungido que alcança os propósitos de Deus.

A UNCÃO FRESCA: Davi fala de "azeite fresco" que é simbólico da unção fresca e contínua de Deus:"Porém tu exaltas o meu poder como o do boi selvagem; derramas sobre mim o óleo fresco" (Salmos 92.10).Você mantém uma unção fresca do poder de Deus por experimentar continuamente os três tipos de unção previamente estudados.

A UNCÃO DO LEPROSO - RELACIONAMENTO: Sua unção não estará fresca a menos que sua relação pessoal com Deus seja mantida. Você deve manter contato com Deus através da oração e estudo da Bíblia se você deseja ouvir a Sua voz, servir e caminhar em Seus caminhos. Ministrar na posição e poder sem relação produzirá a perda de sua própria experiência e lhe fará um desqualificado:"Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (1 Coríntios 9.27).“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade" (Mateus 7.21-23).

A UNCÃO DO SACERDOTE - SANTIDADE: Você deve manter uma vida de santidade se você deseja experimentar a fresca unção de Deus em seu ministério. Você deve ser moralmente puro e deve ser uma pessoa de integridade e honestidade em cada área de sua vida e ministério.A UNCÃO DO LÍDER - POSICÃO E PODER: Você deve servir na posição para a qual Deus lhe chamou. Você não deve emular (imitar) aos ministérios e chamados de outros.

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Você também deve experimentar o enchimento incessante do Espírito Santo que assegura o poder espiritual para as tarefas que Deus lhe tem dado.

COMO ELAS FUNCIONAM JUNTAS: Estas três unções funcionam juntas para manter fresca a unção de Deus em sua vida.

a. Sem o relacionamento, você não pode experimentar o poder e você não poderá viver uma vida santa.

b. Enfatizar a santidade à parte do poder produzirá legalismo.c. Ter o poder e a posição sem viver uma vida santa lhe colocará em uma situação de

ministrar aos outros enquanto você mesmo se tornará um "desqualificado".

INTRODUCÃO

Neste curso, você tem aprendido sobre a administração de recursos espirituais através da liderança apropriada. Você tem aprendido como ser um bom mordomo e a liderar com o um servo e pastor.Você aprendeu das qualificações e tarefas dos líderes, a importância da unção e como tomar decisões e resolver problemas. Você estudou princípios de êxito e foi advertido de coisas que produzem o fracasso. Você também aprendeu a treinar líderes e discípulos.Agora só resta uma pergunta: você está preparado para pagar o alto custo de servir como um líder espiritual?

CALCULANDO O CUSTO: Jesus enfatizou a importância de calcular o custo antes que você tome decisões espirituais. Ele usou dois exemplos naturais, aqueles de um homem que edifica uma torre e de um rei que vai à guerra:"Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz" (Lucas 14.28-32).Por estes exemplos Jesus ilustrou a importância de calcular os custos antes que você faça um compromisso espiritual. Quais são os custos de servir como um líder espiritual?

TRÊS ASPECTOS DA LIDERANCA: Leia Lucas 9.57-62 em sua Bíblia. Nesta passagem três homens que queriam ser discípulos se aproximaram de Jesus. A cada um destes discípulos em potencial, Jesus revela um aspecto diferente dos cursos da liderança espiritual:

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CUSTOS CONSIDERADOS: (LUCAS 9.57-58). O primeiro homem tenta tornar-se um discípulo através do auto-esforço. Ele não espera ser chamado por Jesus. Como o discipulado, a liderança não é uma oferta que um homem faz a Deus. É um chamado de Deus ao homem. Se você tenta liderar pelo auto-esforço, você falhará. Você deve ser chamado e ungido por Deus. Jesus disse a este homem, "Se você quer seguir-me, isso é o que você enfrentará".Os custos da liderança incluem o sacrifício assim como serviço: "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos" (1 .João 3.16). O custo da liderança inclui a solidão. O apóstolo Paulo escreveu: "Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram; dentre eles cito Fígelo e Hermógenes" (2 Timóteo 1.15).Um líder frequentemente experimenta a rejeição e a crítica: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (.João 1.11).Um líder também pode experimentar a perseguição. Leia sobre as coisas terríveis que Paulo experimentou em 2 Coríntios 11.23-27.Um líder tem muitos deveres: "Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas" (2 Coríntios 11.28).Um líder deve disciplinar-se: "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (1 Coríntios 9.27).Um líder tem uma grande responsabilidade para caminhar de modo digno de seu chamado espiritual:"Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (2 Coríntios 4.1-2)."Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados" (Efésios 4.1).

PRIORIDADES APROPRIADAS: (LUCAS 9.59-60) O segundo homem foi chamado por Jesus "a seguir". Como você já tem aprendido, "seguir", significa ir após de alguém que foi antes, imitar um exemplo.Envolve convicção e obediência. Quando Jesus chamou a Seus 12 discípulos, Ele lhes disse para vir e seguir. Ele não esboçou um caminho a percorrer. Ele não lhes deu os detalhes do programa. O discípulo tinha que deixar a velha vida exclusivamente devido ao chamado. Quais decisões, separações e sacrifícios isto poderia requerer permanecia desconhecido.O líder é um seguidor que deve deixar uma vida de segurança para viver uma de insegurança aos olhos do mundo. O compromisso não é com um programa, porém com

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uma pessoa. Essa pessoa é o Senhor Jesus Cristo. Na passagem de Lucas, a resposta deste homem ao chamado para seguir foi "deixa-me primeiro ... ". Ele quis seguir a Jesus, porém isto não era sua prioridade. Jesus nunca sugeriria que uma pessoa ignorasse as necessidades de seus pais (veja João 19.25-27). O que se enfatiza nesta história é uma questão de prioridade. Este homem disse que ele queria "sepultar a seu pai" primeiro. Nos tempos do Antigo Testamento, quando uma pessoa dizia que estava esperando "sepultar a seu pai".Necessariamente não significava que seu pai estava morto. Significava que ela estava esperando até que seu pai morresse para receber a herança que legitimamente pertencia a ela. Assim, quando este homem usou esta desculpa, ele estava colocando sua herança futura antes do chamado do Senhor Jesus Cristo. No momento crítico quando Jesus chama a um homem para segui-lo e tornar-se um líder, nada deve ser colocado antes desse chamado.Em outra passagem, Jesus explicou em mais detalhe a importância das prioridades apropriadas:"Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" (Mateus 16.24).Abnegação deve vir antes que nós possamos levar a cruz. A velha natureza egoísta e pecadora deve ser negada. (Leia Romanos 7-8 sobre a luta de Paulo nesta área). Quando o ego está morto, a cruz deve tornar-se sua prioridade. A cruz é simbólica do sacrifício, dor, rejeição, penalidade e insulto envolvido em fazer a vontade de Deus. A cruz pode significa um chamado inclusive à morte pelo martírio por causa do Evangelho."Levar a cruz" não se refere às cargas da vida. Estas são comuns a todos os homens. Elas são as aflições, provas, desilusões e depressões que vêm a nós por vivermos em um mundo pecador. O crente não se exclui de tais coisas da vida. Ele experimenta enfermidade, acidentes, fogo, e os riscos naturais porque ele vive em um mundo corrompido pelo pecado. Porém, estas cargas não são "levar a cruz". Levar a cruz é um fato voluntário, não algo que é imposto pelas cargas da vida. É uma contínua (diária) decisão de negar os desejos do ego para fazer a vontade de Deus. Jesus disse, "qualquer que não toma sua própria cruz e vem após mim, não pode ser meu discípulo". Levar a cruz não é agradável à natureza humana porque envolve a auto-rejeição. Deve ser feito voluntariamente por causa de Cristo.Para levar a cruz, você deve esvaziar suas mãos das coisas do mundo. Se seu coração está fixo no dinheiro e coisas materiais, suas mãos estão muito cheias para levar a cruz. Se seu tempo é consumido pelo prazer e coisas que agradam a carne, suas mãos estão demasiadamente cheias para levar a cruz. Depois de negar o ego e levar a cruz, o próximo passo é seguir. Você deve deixar atrás o velho estilo de vida e as relações pecadoras.Você nunca se tornará um líder por sentar-se e esperar que isto aconteça. VOCÊ deve tomar os primeiros passos: negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga. Mateus poderia permanecer à mesa dos impostos e Pedro em suas redes. Os dois poderiam seguir com

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suas ocupações honestamente e eles poderiam ter desfrutado de experiências espirituais. Porém, se eles queriam se tornar líderes espirituais, eles tinham que deixar a velha ocupação e entrar na nova. Mateus saiu das mesas dos impostos e Pedro deixou suas redes.Isto não significa que todos devem deixar nossos trabalhos e casas atuais para tornar-se um líder. O que significa é que isto exigirá uma mudança em nosso estilo de vida. Em alguns casos pode significar também deixar casa, trabalho e pessoas amadas por causa do Evangelho. Você deve seguir para onde quer que Jesus o envie."Prioridades apropriadas" significam que você deve deixar todo o resto para aceitar este chamado: "Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo" (Lucas 14.33).Servir a outros deve tornar-se uma prioridade: "Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20.26-28).O reino de Deus deve tornar-se sua prioridade principal: "Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? .. Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mateus 6.31, 33).

OBJETIVOS ABSOLUTOS: (LUCAS 9.61-62) O terceiro homem em Lucas 9.57-62 quis seguir, porém ele quis fazer isto por suas próprias condições. Oferecer seu adeus aos familiares era uma coisa normal para se fazer, porém Jesus o havia chamado. Qual era seu objetivo real na vida? Ele quis se tornar um líder ou seguir seu próprio plano para a vida? Os objetivos deste homem na vida não estavam estabelecidos. Ele estava detendo-se, dividido entre a velha vida e a nova a qual Jesus chamou. Seu objetivo absoluto na vida não era o chamado de Deus. Seu compromisso com a liderança deve ser completo.Deve tornar-se o chamado absoluto de sua vida.

A VERDADEIRA PROVA DA LIDERANCA ESPIRITUAL A verdadeira prova da liderança é o que passa quando você já está presente com seus seguidores. Eles continuam sendo fiéis ao que você os tem ensinado? Eles ensinam a outros, aquilo que eles têm aprendido? Eles podem continuar amadurecendo espiritualmente sem sua presença física? Nesse caso, você tem sido aprovado na verdadeira prova da liderança espiritual.

UM DESAFIO FINAL Sempre se lembre de sua grande responsabilidade como um líder: "O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre" (Lucas 6.40).Não se desencoraje pelos problemas com os seguidores. Jesus experimentou tais problemas. Em uma ocasião, Pedro, Tiago e João exibiram uma atitude odiosa querendo

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chamar fogo do céu para destruir um povo não receptivo de Samaritano (Lucas 9.51-55). Pedro negou ao Senhor três vezes (Lucas 22.54-62). Os três estavam dormindo no Jardim do Getsêmani quando Ele lhes disse que orassem (Lucas 22.45- 46). Porém, este punhado de seguidores foi digno do investimento de tempo e ministério de Jesus. Eles demonstraram ser homens féis, apesar de suasfaltas e fracassos. Através deles, o Evangelho se estendeu por todas as nações do mundo. Se você está desejoso de pagar os altos custos para servir com o um líder espiritual, é possível que você, também, possa ser usado por Deus para levantar a tais seguidores com prometidos? Eu ouvi um chamado, "segue-me" ... Isso foi tudo. As alegrias da terra se tornaram obscuras; Minha alma o perseguiu. Eu levantei e segui ... Isto foi tudo.

LIDERANDO COMO UM PASTOR

VERSÍCULOS-CHAVE: "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho" (1 Pedro 5.2-3).

INTRODUCÃO

Outra analogia ou paralelo natural ilustrando a liderança é o pastor. No mundo natural, um pastor é alguém que cuida da ovelha. Um "aprisco" é um grupo ou rebanho de ovelhas. No mundo espiritual, as pessoas são comparadas com as ovelhas. Nós somos como ovelhas que se desviam espiritualmente (Isaías 53.6) ou quem tem se tornado uma parte do "aprisco" ou "rebanho" do Senhor.Jesus se referiu a Si mesmo como o "Bom Pastor" e explicou em detalhes o que envolve pastorear. Este exemplo é uma das maiores ilustrações da liderança espiritual (veja João 10). Para ser um líder eficaz, você deve conhecer não somente ao Bom Pastor e relacionar-se pessoalmente com Ele, porém você também deve aprender a liderar com o um pastor.Pedro confirma que nós devemos liderar como pastores: "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre constrangimento, mas espontaneamente, como Deus sórdida ganância, mas de boa vontade" (1 Pedro 5.2).

OS PRINCÍPIOS DE PASTOREAR: Visto que Jesus chamou a Si mesmo de "O Bom Pastor", então nós devemos estudar Seu exemplo de ministério para entender os princípios de pastorear. Volte a João 10 em sua Bíblia e use-o para guiá-lo enquanto você estuda estes princípios básicos de pastorear:

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UM REBANHO, UM PASTOR: O primeiro princípio que deve ser entendido é que há somente um rebanho e um pastor. O "rebanho" é a Igreja que é composta de todos os crentes nascidos de novo. O "pastor" é Jesus Cristo. Há somente uma porta no aprisco, e esta é Jesus:"Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem" (.João 10.9)." ... haverá um rebanho e um pastor" (.João 10.16).No mundo natural, os pastores humanos dividem seus rebanhos em outros rebanhos porque é mais fácil e mais prático cuidar deles. Eles só podem ser responsáveis e cuidar de alguns. Isto também é verdade na liderança espiritual.Porém, na realidade, há somente um pastor e um rebanho. Ele é composto de todos os verdadeiros crentes que pertencem ao Bom Pastor, Jesus Cristo. Com o um líder ou "pastor", você é realmente um "sub-pastor". Você serve a uma parte do rebanho de Deus "sob" a direção do Bom Pastor.Sempre se lembre que as divisões em denominações, organizações e as associações de igrejas locais são feitas pelo homem e só existem para permitir o cuidado pessoal e organização prática. Na realidade, há somente um rebanho. Não tente separar "seu rebanho" de outras pessoas no rebanho do Bom Pastor através do denominacionalismo. Não tenha interesse em construir "seu rebanho" denominacional ou comunidade local. Tenha o interesse de edificar o rebanho do Bom Pastor. Não ponha regras e regulamentos de homens para excluir alguma ovelha. Jesus declara, que "quem quiser [pode] vir a mim", contanto que eles passem pela porta que é o Senhor Jesus Cristo.O aprisco de Deus não é exclusivo. A porta está aberta a todas as Suas ovelhas: “Ainda da tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém Conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor” (.João 10.16).

AS OVELHAS SÃO DADAS POR DEUS: Por que há somente um aprisco, cada ovelha (os seguidores) é dada por Deus: "Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar" (.João 10.29).Os seguidores apenas são confiados ao seu cuidado. Na realidade, eles pertencem a Deus.

ALGUMAS OVELHAS NÃO SEGUIRÃO: Há um fato triste do qual você deve estar consciente como um pastor. Alguns que são chamados se negarão a seguir. Jesus disse: Ainda Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas" (.João 10.26).Haverá alguns que são chamados, porém não seguirão. Eles negarão a tornar-se parte do rebanho. É um fato triste, porém verdadeiro. Não deixe que isso lhe desencoraje. Lidere aqueles que seguirão.

O PASTOR CONHECE SUA OVELHA: Jesus disse: "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim" (.João 10.14). No tempo do ministério

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de Cristo, os pastores tinham um a relação muito pessoal com sua ovelha. O pastor estava ali no nascimento da ovelha e ele a guiava e cuidava dela por toda a sua vida. Para ser um líder eficaz, você deve conhecer as pessoas confiadas a seu cuidado. Você deve desenvolver uma relação pessoal com elas. Jesus disse que o Bom Pastor "chama suas ovelhas pelo nome" (João 10.3).

AS OVELHAS CONHECEM O PASTOR: Não somente o pastor conhece a sua ovelha, porém as ovelhas conhecem o pastor: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem" (.João 10.27).Jesus disse que as ovelhas conhecem a voz do pastor. Elas escutam e seguem porque elas conhecem e confiam nele. Como um líder, você deve construir relacionamentos de amor e confiança com seus liderados. Para fazer isso, você deve estar com suas ovelhas, e deve estar disponível a elas e não separados delas. Você deve dirigir sua própria vida para que elas possam segui-lo enquanto você segue a Cristo:"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" (1 Coríntios 11.1).As pessoas não o seguem meramente porque você foi ordenado como um líder. Você deve ganhar sua confiança para liderá-las. Você faz isto lhes permitindo conhecê-los.

O PASTOR CUIDA DA OVELHA: Bons pastores cuidam de suas ovelhas. Você deve cuidar da alma das ovelhas. Você deve ver que suas "almas estão restauradas" a uma correta relação com Deus: "Restaura a minha alma ... " (Salmos 23.3 - tradução do original).Cuidar da ovelha inclui confortá-las em tempos de dor e necessidade. O bastão do pastor era usado para alcançar e recolher a ovelha, trazendo-as para perto de si, para consolo e cuidado (Salmos 23.4).Cuidar envolve liderar as pessoas ao Bom Pastor, quem pode proporcionar tudo para suas necessidades: "O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará" (Salmos 23.1). Falando do cuidado do Senhor como seu pastor espiritual, Davi disse: "Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso" (Salmos 23.2).Quando as ovelhas estão bem cuidadas, elas descansariam satisfeitas. A ovelha no mundo natural, assim como no mundo espiritual, somente descansará se ela estiver:Livre do medo: O medo do homem ou do inimigo dispersará a ovelha. Você deve ensinar a ovelha que ..."Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação" (2 Timóteo 1.7).Livre de Desacordo Com Outra Ovelha: Ovelhas que estão lutando com outras não podem descansar ou alimentar-se. Elas também não se reproduzem espiritualmente. Quando as ovelhas lutavam no mundo natural nos tempos da Bíblia, o pastor colocava azeite em suas cabeças. Isto as deixava com as cabeças escorregadias para que elas não pudessem bater suas cabeças e lutarem. Ensine a ovelha a lutar contra o inimigo, não contra seus irmãos. Derrame o azeite do Espírito Santo sobre suas cabeças!

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Livre das pestes: No mundo natural, há tipos diferentes de pestes que infestam a lã da ovelha e causam enfermidade e incômodo. Há certas moscas que atacam as ovelhas e quando seus ovos são incubados na ovelha saem da casca, então a mosca bebê se arrasta até a cabeça da ovelha e causa cegueira e morte. Davi disse que o pastor "unge minha cabeça com óleo" (Salmos 23.5). No mundonatural, os pastores usam o óleo, o azeite, para limpar a ovelha da enfermidade, doença, e infecções. No mundo espiritual, as pestes podem ser comparadas com o pecado. O pecado causará cegueira e morte espiritual. Deve aplicar-se o óleo do Espírito Santo para limpar a ovelha das pestes do pecado.

Livre da Fome e Sede: Se você quer que a ovelha permaneça no aprisco, você deve alimentá-las espiritualmente. O líder deve levar a ovelha aos pastos verdejantes e deve alimentá-las com a verdade da Palavra de Deus: "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre constrangimento, mas espontaneamente, como Deus sórdida ganância, mas de boa vontade" (1 Pedro 5.2).Não é bastante simplesmente levar as pessoas aos pastos verdejantes. Você deve fazer elas descansarem e permanecerem ali. Você deve preparar a mesa com as coisas boas de Deus e deve colocá-las perante elas (Salmos 23.5). Você deve levar a ovelha às águas eternas (João 4) que fartará sua sede. Encha suas taças espirituais até o ponto de transbordar com a Palavra (Salmos 23.5).No mundo natural, se as ovelhas estão sedentas elas partirão em busca de água. Se elas não são levadas à boa água, elas beberão de uma água ruim. O pastor vai adiante delas e procura se não há plantas venenosas que crescem perto dos riachos e para ver se há alguma água ruim. Como um pastor, você deve levar a ovelha à boa água.Jesus disse: "No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba" (João 7.37).Jeremias falou de "cisternas rotas, que não retêm as águas". O vazio não pode ser preenchido exceto pela água da vida (Jeremias 2.13).É interessante notar em Salmos 23.2 que o pastor leva a "águas tranqüilas". Águas tranqüilas significam águas silenciosas, porém correntes. Aqui a água é pura. Não é água parada que é contaminada e suja. Ela é fresca. Não está conturbada, nem em cascatas que podem ser perigosas. Isto fala de doutrina estável que não muda ou é removida por ventos da experiência ou teologia popular.

O PASTOR DISCIPLINA A OVELHA: Cuidar da ovelha envolve a disciplina. A vara que os pastores levavam era usada para conduzir a ovelha no caminho correto. A ovelha provavelmente não se sentia bem para ser atiçada pela vara, porém era necessário.A vara do pastor é um exemplo natural da vara da autoridade da Palavra de Deus que é usada pelos pastores espirituais. A vara proporciona a disciplina. Nem sempre ela faz se sentir bem, porém é necessária.

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Liderar envolve disciplina, reprovação e correção para manter as ovelhas no caminho correto. Quando uma ovelha se desvia, a disciplina e cuidado incluem ir a busca dela e devolvê-la ao aprisco (Lucas 15). Você deve levar a ovelha do pecado à justiça: " ... Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome" No mundo natural, ovelhas deixadas a seu próprio cuidado voltam a seus próprios caminhos. Elas pastaram na mesma área até que esteja arruinada ou elas sejam espalhadas em todas as direções. O mesmo é verdade de homens e mulheres:"Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos" (Isaías 53.6).Para liderar homens e mulheres nos caminhos da justiça, você deve discipliná-los nos caminhos de Deus.

O PASTOR AJUDA A LEVANTAR A OVELHA: No mundo natural, uma ovelha é levantada quando ela não pode levantar-se por si mesma. É uma presa fácil para os animais e está inválida. O pastor deve vir e instigá-la com a vara e motivá-la para colocar-se de pé.As ovelhas devem ser levantadas quando: Elas se acomodam no lugar: No mundo natural, a ovelha às vezes não pode se levantar quando ela entra na área de bons pastos e está satisfeita e feliz. Elas giram sobre sua parte traseira, dão patadas de prazer ... E não podem se levantar.No mundo espiritual, os crentes frequentemente se acomodam com o que é material. Eles se envolvem com os prazeres e riquezas do mundo. Eles são indiferentes sobre Deus, Seu Reino e as almas perdidas. Quando isso acontece, eles se tornam ineficazes para Deus e presa fácil para o inimigo. Para ajudar tal ovelha, você deve enfocar sua atenção nos valores eternos e deve motivá-la para a obra do Reino.Elas têm muita lã: Quando a pele cheia de lã da ovelha tem crescido demasiadamente, as sarças e espinhos começam a agarrar-se a ela e a ovelha se torna muito pesada com estas coisas, tornando-se uma presa fácil para os inimigos. Para ajudar a levantar a ovelha, o pastor corta o lixo preso na lã. Quando ele faz isso, a ovelha começa a berrar, lutar, e a dar patadas. No mundo espiritual, os crentes se tornam pesados com "os cuidados deste mundo" e os "pecados que tão facilmente nos assediam". Estas coisas devem ser cortadas se eles desejam se tornar eficazes para Deus. Nós podemos dar pontapés, lutar, e berrar também, porém isso é necessário.Elas se tornam muito gordas: A ovelha que é muito gorda não pode corrigir-se quando elas caem. Alguns crentes se tornam muito gordos espiritualmente. Eles recebem as coisas de Deus, porém nunca compartilham. Eles não ministram a outros, porém eles simplesmente continuam crescendo espiritualmente gordos. No mundo natural, estas ovelhas gordas nem sempre são as mais saudáveis ou mais produtivas. Isto também é verdade no mundo espiritual. Os pastores espirituais devem levantar as ovelhas 'gordas' e colocá-las em movimento para Deus.

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O PASTOR LIDERA A OVELHA: Jesus disse: "Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz" (.João 10.4). Liderança é exatamente o que a palavra implica: você deve ir adiante da ovelha e deve liderá-la. Você simplesmente não diz à ovelha aonde ir, você mostra por ir adiante dela. Você faz isto praticando o que você prega e mostrando-lhe por seuestilo de vida em lugar de somente por falar. O pastor estabelece o exemplo como um líder, não como um "senhor". Pedro disse para servir ... "Nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho" (1 Pedro 5.3).

O PASTOR SERVE DE BOA VONTADE: Pedro disse... "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre constrangimento, mas espontaneamente, como Deus sórdida ganância, mas de boa vontade" (1 Pedro 5.2). Você não deve líder porque você é solicitado a fazê-lo, ou porque é forçado ou se exige de você. Você deve liderar porque você quer liderar. Cumpra sua vocação de boa vontade.

O PASTOR DÁ SUA VIDA PELA OVELHA: Jesus disse: "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas" (.João 10.11).Jesus foi o único sacrifício necessário pelos pecados da humanidade. Você não pode morrer por sua ovelha desta maneira. Alguns de nós podemos morrer nessa vida em nome de outros ou como mártires. Porém, para ser um líder, você terá que "dar sua vida" de outras maneiras. Você deve sacrificar seus próprios desejos e as ambições egoístas por outros. Há muitas inconveniências em cuidar das pessoas. Gasta tempo e pode interferir com seus próprios planos pessoais. Jesus deixou isto claro na parábola da ovelha perdida em Lucas 15. Todas as ovelhas eram obedientes e estavam onde deveriam estar, porém uma havia se perdido. Não era conveniente sair buscando-a pela noite. Não era cômodo oudesejável. Inclusive era perigoso. Porém, o pastor "deu a sua vida" e foi resgatar a ovelha perdida.O PASTOR PROTEGE A OVELHA: "O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (.João 10.10). "O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas" (.João 10.12-13).Um bom pastor fica com a ovelha e a protege, não importa qual é o custo. Os 'mercenários' ou assalariados são líderes que usam suas posições de liderança apenas por dinheiro, poder, posição ou honra. Eles estão servindo por "ganhos desonestos", ou para seu próprio benefício. Os mercenários realmente não cuidam da ovelha, pois eles fogem quando os inimigos atacam (1 Pedro 5.2).

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ADVERTÊNCIAS AOS PASTORES: Leia Ezequiel 34 em sua Bíblia. Este capítulo contém advertências aos pastores maus que governaram Israel. Porém, as advertências nesta passagem envolvem a todos os líderes que são pastores maus. Deus promete "ais" ou juízos sobre os pastores que: Não alimentam o rebanho: versículo 2. - Roubam e toma egoisticamente da ovelha: versículo 3. - Cuidam de si mesmos, porém não do rebanho: Versículo 2-3. - Não cuidam das necessidades do rebanho: Versículo 4 (eles não confortam aqueles que estão feridos, não fortalecem as ovelhas, não cuidam dos espiritualmente enfermos e feridos). - Não buscam a ovelha perdida: Versículos 4 e 6. - Governam com força e crueldade: versículo 4. - Espalham as ovelhas: versículos 5-6. - Permitem ao inimigo destruir a ovelha: versículo 8. - Permitem as enfermidades de pecado e desunião destruindo o rebanho: versículo 21.

UMA PROMESSA AOS PASTORES: Se você está seguindo os princípios bíblicos de liderar como um pastor, você pode reivindicar esta promessa: "Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória" (1 Pedro 5.4).

OS PRINCÍPIOS DO ÊXITO

INTRODUCÃO

Frequentemente perguntam às pessoas bem sucedidas: 'qual é o segredo de seu sucesso?' Àqueles que estão no sistema mundano, a lista frequentemente inclui a educação, posição, ambição, talento, poder e dinheiro como os segredos do sucesso. Muitos livros têm sido escritos sobre o assunto, porém os verdadeiros princípios do êxito são revelados na Bíblia. Nesta lição você aprenderá os princípios bíblicos do êxito. Nós consideraremos que você já tem posto os fundamentos da fé identificados em Hebreus 6.1-3. Um fundamento espiritual apropriado é necessário para aplicar os princípios bíblicos do êxito em sua vida e ministério.

O QUE É O ÊXITO? O êxito do Reino de Deus é "o uso máximo dos dons e habilidades de alguém dentro do âmbito de responsabilidades dadas por Deus". Você tem êxito quando você usa adequadamente seus recursos espirituais para a obra de Deus. O sucesso no reino de Deus difere dos padrões mundanos de êxito. O mundo vê o êxito materialmente. Deus o vê espiritualmente. No Reino de Deus há uma norma diferente que define o êxito. O mundo estabelece seus próprios padrões. A norma estabelecida por Deus se chama "fidelidade". Há uma base diferente de êxito. A base do êxito no mundo é volúvel e temporal.No Reino de Deus, a base do êxito é estável e eterna porque é baseada na verdade revelada. Há motivos diferentes para o êxito. No mundo, as pessoas são motivadas pela

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cobiça, orgulho e desejo pela fama. Os crentes são motivados para ter êxito para a glória de Deus.Há um modelo diferente de êxito no Reino de Deus. O mundo olha os homens ricos e poderosos. Nosso modelo é o Senhor Jesus Cristo. Há uma meta diferente de êxito. O dinheiro, poder e posição são enfatizados como metas mundanas. A meta no reino de Deus é a semelhança de Cristo.O êxito no reino de Deus dá ênfase a dar em lugar de obter, servir em lugar de posição, humildade em lugar de orgulho, debilidade em lugar de poder. O mundo vê o êxito pelo que se refere ao que você está fazendo. Deus o vê pelo que se refere ao que você é. A excelência de caráter é enfatizada em lugar da excelência de realização.No reino de Deus, o êxito não é medido pelo que você é. Ele é medido pelo que você é comparado ao que você poderia ser. O êxito não é medido pelo que você faz para Deus. É medido pelo que você faz comparado ao que você poderia estar fazendo.

OS SEGREDOS DO ÊXITO: Deus quer que você tenha êxito no ministério. Ele quer que você alcance os propósitos e planos que Ele tem para você. "Os segredos espirituais do êxito" não são realmente secretos. Eles são declarados abertamente na Palavra de Deus.Eles são "secretos" somente porque as pessoas se negam a buscá-los e encontra-los. Nós não podemos cobrir cada princípios do êxito na Palavra de Deus porque há muitos. A seção "Para Estudo Adicional" desta lição providencia as diretrizes para o estudo continuado de outros princípios bíblicos. Porém, aqui estão alguns dos princípios básicos que são muito importantes: TENHA UMA ATITUDE DE CORACÃO APROPRIADA: O êxito começa com o homem oculto do coração: "Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração" (1 SamueI16.7). Uma atitude de coração apropriada inclui amor, humildade, obediência, um espírito de servo, e a verdadeira santidade.

CONHECA A FONTE DO ÊXITO: Não é o que você sabe, porém quem você conhece que o torna bem sucedido. Relacionamento é baseado em quem você conhece, não no que você sabe. Tudo na vida é baseado em relacionamento. Quem você conhece (Jesus), não o que você conhece, é que o leva ao céu. Conhecer ao Senhor resulta em sucesso: "Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR" (.Jeremias 9.23-24)."Aos violadores da aliança, ele, com lisonjas, perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo. Os sábios entre o povo ensinarão a muitos; todavia, cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por algum tempo" (Daniel 11.32-33).

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BUSOUE AO SENHOR: Buscar ao Senhor significa ministrar a Ele, inquirindo, orando e estudando a Palavra para conhecê-lo e fazer Sua vontade. Os benefícios de buscar ao Senhor foram provados por um rei piedoso de Judá chamado Ezequias. Ele buscou a Deus e esta é a razão para seu êxito: "Ouviu o SENHOR a Ezequias e sarou a alma do povo. Os filhos de Israel que se acharam em .Jerusalém celebraram a Festa dos Pães Asmos por sete dias, com grande júbilo; e os levitas e os sacerdotes louvaram ao SENHOR de dia em dia, com instrumentos que tocaram fortemente em honra ao SENHOR" (2 Crônicas 31.20-21). Também se fala de um rei chamado Uzias: "Propôs-se buscar a Deus nos dias de Zacarias, que era sábio nas visões de Deus; nos dias em que buscou ao SENHOR, Deus o fez prosperar" (2 Crônicas 26.5). É importante buscar ao Senhor porque Deus deseja revelar Seus planos e propósitos aos líderes (ver Amós 3.7).MEDITE NA PALAVRA: O êxito é prometido àqueles que meditam na Palavra de Deus. O Senhor disse a Josué: "Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido" (.Josué 1.8). "Meditar" significa "pensar sobre, permanecer em, refletir, e estudar em detalhe". Alguém que medita crê que deus tem falado ao homem, que a Bíblia é um registro do que Ele tem dito, e que a Palavra de Deus é verdade.

OBEDECA A PALAVRA: Não é somente a meditação que produz o êxito, também é a obediência à Palavra... “Para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido" (.Josué 1.8).Antes que Salomão se tornar o rei de Israel, Davi lhe deu este conselho: “Agora, pois, meu filho, o SENHOR seja contigo, a fim de que prosperes e edifique a Casa do SENHOR, teu Deus, como ele disse a teu respeito. Que o SENHOR te conceda prudência e entendimento, para que, quando regeres sobre Israel, guardes a lei do SENHOR, teu Deus. Então, prosperarás, se cuidares em cumprir os estatutos e os juízos que o SENHOR ordenou a Moisés acerca de Israel; sê forte e corajoso, não temas, não te desalentes" (1 Crônicas 22.11-12).Cada mandamento na Palavra de Deus é importante. Guardar estes mandamentos o fará vitorioso. Você não somente deve meditar pessoalmente e obedecer a Palavra de Deus, porém você deve elevá-la a seu lugar apropriado de autoridade diante das pessoas a quem você lidera. Leia como Neemias restaurou a autoridade da Palavra de Deus em Neemias 8.1-8. As reformas que Neemias fez não teriam durado se separadas da autoridade da Palavra de Deus. Um ministério baseado na autoridade da Palavra sempre terá êxito.

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SEJA CHAMADO POR DEUS: Você aprendeu previamente neste curso sobre a importância de ser chamado por Deus. Você não terá êxito a menos que você conheça e ministre nos chamados específicos de Deus, usando os dons espirituais que Ele lhe tem dado.

EXPERIMENTE A PRESENCA DE DEUS: É na presença de Deus que o ministério prospera: "O SENHOR era com José, que veio a ser homem próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio. Vendo Potifar que o SENHOR era com ele e que tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava em suas mãos" (Gênesis 39.2-3). Deus somente pode estar "com você" quando você está caminhando em comunhão com Ele, ministrando em seu chamado específico, e vivendo uma vida santa.

TENHA A UNCÃO DE DEUS: Capítulo Três deste curso explicou a importância da unção de Deus. Você precisa desta unção para ter êxito no ministério.

ENFRENTE PROBLEMAS E DECISÕES: Negar-se a enfrentar os problemas e decisões leva ao fracasso. Confronte os problemas rapidamente e tome decisões sabiamente usando as estratégias que você tem aprendido neste curso.

CONHECA SEU PROPÓSITO: Deus tem um propósito específico para cada crente. Conhecer seu propósito envolve ter visão espiritual, um conhecimento de por que você existe e o que Deus tem lhe chamado a fazer. (Você pode aprender mais sobre isto no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita, "Administração Por Objetivos"). Um homem que tem uma visão não vive no passado, preocupando-se com os erros e fracassos ou somente regozijando-se com o sucesso. Visão e conhecimento claros do propósito ajuda-lhe a enfocar no futuro. Quando Paulo disse: "Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as ue diante de mim estão" (Filipenses 3.13).

TENHA UM PLANO: Você nunca alcançará seu propósito a menos que você tenha um plano para fazer. Você pode aprender a planejar no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita, "Administração Por Objetivos".EXECUTE O PLANO: Ter um bom plano não é suficiente para realizar seu propósito no ministério. Você também deve executar o plano. Você deve organizar, delegar e liderar.Uma prova da boa liderança espiritual é se ela resulta ou não na realização vitoriosa dos propósitos e planos de Deus. Você pode aprender a fazer isto no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita intitulado "Administração Por Objetivos".

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VIVA UMA VIDA SANTA: Você somente terá êxito no ministério se você vive uma vida santa, cumprindo as qualificações para líderes que foram discutidas no Capítulo Quatro deste curso. O pecado garante o fracasso. A santidade assegura o sucesso."O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia" (Provérbios 28.13).

BUSQUE A SABEDORIA DE DEUS: A sabedoria humana não é suficiente para fazer boas decisões e liderar outros. Você deve ter a sabedoria de Deus para ser um líder vitorioso: "Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi" (Tiago 1.5).

SE ESFORCE PELA EXCELÊNCIA: Não se conforme com "o bom é o bastante". Se esforce pela excelência: "Para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo" (Filipenses 1.10).

FACA TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS: Se você faz tudo para a glória de Deus em lugar de sua própria glória, você terá sucesso: "E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" (Colossenses 3.17).

BUSOUE PRIMEIRO O REINO: Você terá êxito se o Reino de Deus é sua prioridade: "Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mateus 6.33). As prioridades do reino podem ser estabelecidas através da organização apropriada (ver Atos 6.1-7).

SIGA O EXEMPLO: Como você aprendeu neste curso, Jesus é o maior exemplo de um líder espiritual. Jesus disse: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (João 13.15).Quando você compara a si mesmo com outra coisa que não seja o exemplo de Cristo isto não é bom. Jacó comparou a José com seus irmãos e desencadeou eventos motivados por ciúmes e ódio. O povo de Israel se comparou com as outras nações e adotaram seus caminhos errados. Saul escutou uma comparação dele com Davi e se envenenou de ciúmes.A comparação pode ser útil para expandir sua visa o e desafiá-lo a cumprir seu potencial. Porém as realizações de outra pessoa não são a norma para sua vida. Seu êxito não é medido pela atuação de outros. Por esta razão a pergunta de Pedro ao Senhor sobre João, "Senhor, o que será deste?", recebeu a reprovação, "o que isto tem a ver contigo? Quando a ti, segue-me" (João 21.21-22).

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DECISÃO, DISCIPLINA, DIRECÃO, DETERMINACÃO: Realmente, o sucesso pode ser resumido facilmente em uma declaração: Siga o exemplo de Jesus em decisão, disciplina, direção e determinação. O apóstolo Paulo fez isto: "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (1 Coríntios 9.24-27).Paulo tomou uma decisão. Ele quis obter o êxito. Ele quis ganhar a "corrida" da vida (versículo 24). Para fazer isso, ele compreendeu que ele deveria disciplinares, o que significa ser moderado em todas as coisas (versículo 25 e 27). Ele tinha a direção. Ele não correu ou lutou sem propósito fixo. Ele não estava incerto sobre seu propósito ou planos (versículo 26). Ele também foi determinado em obter, para ter o êxito (versículos 24-25).

O PRECO DO ÊXITO: Você está pronto a pagar o preço do êxito? Aqui está: "Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão" (Lucas 12.48).Quanto mais vitorioso você é, tanto mais Deus requer de você. Este é o preço do êxito.

BIBLIOGRAFIA

ALEXANDER, Roy. GUIA PARA A ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO, Rio de Janeiro: Campus, 1994.CURSO DE TEOLOGIA 241MÓDULO XII SOTERIOLOGIA – ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICADonald J. Selby e James King West. Introduction to the Bible (Introdução à Bíblia), New York: The Macmillan Company, 1971, p.2George L. Robinson. Internacional Standard Bible Encyclopedia (Enciclopédia Internacional Normativa da Bíblia), Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 1943, v.I, pp. 554-563.

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Henry Clarence Thiessen. Introduction To The New Testament (Introdução ao Novo Testamento), Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans Company, 1948, 4 ed., p. 10.Kenneth K. Kilinski e Jerry C. Wofford, Organização e Liderança na Igreja Local, Ed. Vida Nova ( São Paulo: 1987)Myer Pearlman. Knowing the Doctrines of the Bible, Springfield, MO: The Gospel Publishing House, 1939, p. 29.

Verificação de aprendizagem:

1. Defina planejamento.

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2. Comente sobre a origem histórica do planejamento estratégico.

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3. Explique as vantagens do planejamento estratégico

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4. Comente sobre o planejamento na Igreja primitiva.

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5. O que se busca com o planejamento estratégico na Igreja? Explique.

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6. Explique as etapas do planejamento estratégico na Igreja.

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7. O que é gestão participativa?

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8. Escreva o versículo-chave de memória.

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9. Liste três ofícios de liderança bíblica que foram discutidos nesta lição.

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10. Escreva o versículo-chave de memória.

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11. Defina "administração".

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12. Liste os recursos espirituais sobre os quais os crentes são administradores.

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13. Qual é o requisito principal para os mordomos?

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14. Quem é o maior exemplo de liderança?

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15. Baseado na discussão nesta lição escreva um resumo do que está incluído no "ministério de administração".

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16. Por que a boa administração é importante?

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17. Conceitue o termo bíblico para administração.

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18. Faça um breve comentário sobre a origem da administração.

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19. Qual é o sentido do termo bíblico para administração?

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20. Quais as funções privativas do administrador eclesiástico?

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21. Quais são as atribuições do administrador eclesiástico?

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22. Quais são as funções precípuas da administração?

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23. O tempo é uma estratégia teológica?

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24. Quais são os mitos da administração do tempo? Explique.

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25. Quais são as razões para administrar o tempo? Explique.

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26. Quais são as dicas para se economizar o tempo?

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27. Escreva o versículo-chave de memória.

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28. O que significa "unção?"

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29. De quê o azeite é simbólico?

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30. Liste os três tipos de unção discutidos nesta lição e explique o significado de

cada um.

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31. Quem é a fonte da unção para o ministério?

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32. Discuta os propósitos da unção.

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33. Em que base Deus unge? É devido à educação, a experiência, inteligência,

etc.?

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34. Explique por que as forças ímpias se opõem aos ungidos de Deus.

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35. Por que é importante apenas ministrar na posição na qual você foi ungido por

Deus?

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36. Como você pode manter fresca a unção de Deus em sua vida e ministério?

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37. Escreva o versículo-chave de memória.

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38. Quais foram os três aspectos do curso da liderança discutidos nesta lição?

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39. Qual é a verdadeira prova da liderança espiritual?

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40. O que é planejamento prévio?

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41. Como deve ser conduzida uma reunião? Explique.

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42. Como lidar com participantes difíceis em reuniões?

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43. Como dever ser o acompanhamento de uma reunião?

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44. Escreva os versículos-chave de memória.

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45. Quem é o bom pastor?

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46. Qual é o único verdadeiro rebanho?

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47. Escreva um resumo dos princípios de pastorear que você aprendeu nesta

lição. Quais são as responsabilidades do pastor?

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48. Resuma as advertências dadas aos pastores maus em Ezequiel 34.

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49. Escreva o versículo-chave de memória.

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50. Defina o êxito.

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51. Como o êxito no Reino de Deus difere do êxito do mundo?

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52. Resuma os princípios básicos do êxito que você aprendeu nesta lição.

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ANGELOLOGIA

INTRODUÇÃO

Ao nosso redor há um mundo espiritual poderoso, populoso e de recursos superiores ao nosso mundo visível. Bons e Maus espíritos passam em nosso meio, de um lugar para o outro, com grande rapidez e movimentos imperceptíveis. Alguns desses espíritos se interessam pelo nosso bem estar, outros, porém, estão empenhados em fazer-nos o mal.Muitas pessoas questionam se existem realmente tais espíritos ou seres, quem são, onde se encontram e o que fazem.A palavra de Deus é a única fonte de informação que merece confiança, e que possui respostas para estas perguntas. Ela deixa claro que há outra classe de seres superiores ao homem. Esses seres habitam nos céus e formam os exércitos celestiais, a inumerável companhia dos servos invisíveis de Deus. Esses são os anjos de Deus, os quais estão sujeitos ao governo divino, e o importante papel que têm desempenhado na história da humanidade torna-os merecedores de referência especial. Existem também aqueles, pertencentes a mesma classe de seres, que anteriormente foram servos de Deus mas que agora se encontram em atitude de rebelião contra seu governo.A doutrina dos anjos segue logicamente a doutrina de Deus, pois os anjos são fundamentalmente os ministros da providência de Deus. Essa doutrina permite-nos conhecer a origem, existência, natureza, queda, classificação, obra e destino dos anjos.A doutrina dos anjos é fundamentalmente o estudo dos ministros da providência de Deus (são os agentes especiais de Deus). Como em toda doutrina, há uma negligência muito grande desta, nas igrejas e entre os teólogos, que chega a ser verdadeira rejeição.Considerado pelos estudiosos contemporâneos como a mais notável e difícil das matérias, por isso tem sido marco da implantação de grandes seitas e heresias, do mundo atual.

Três aspectos de negligência desta doutrina:

Primeiro - Desde o princípio do cristianismo, os gnósticos prestavam adoração aos anjos (Cl 2.18); depois então, na Idade Média, com as crenças absurdas dos rituais de bruxarias envolvendo culto aos anjos, e agora em nossos dias, os estudos cabalísticos

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personalizados no meio esotérico e místico, ensinam novamente o culto aos anjos, por meio de bruxos sofisticados e modernos. Sabendo que antes de tudo, a existência e ministério dos anjos são fartamente ensinados nas Escrituras, por isso, não podemos negligenciar os ensinamentos sagrados.

Segundo - A evidência de possessão demoníaca e adoração a demônios de forma veemente em nossos dias. O apóstolo Paulo parece travar grande luta com a grande idolatria que considerava adoração a demônios (1Co 10.19-21). Nos últimos dias, esta adoração aos demônios e a ídolos deve aumentar bastante (Ap 9.20-21). A negligência deixa de existir para dar lugar à um crescente pensamento sobre o assunto, especialmente do lado do mal. Não podemos negligenciar tal doutrina.

Terceiro - A prática acentuada do espiritismo que crescerá assustadoramente nos últimos dias, conduzindo homens, mulheres e crianças a profundos caminhos de trevas e cegueira espiritual (1Tm 4.1-2). E ainda a obra de satanás e dos espíritos maléficos, atrapalhando o progresso da graça em nossos próprios corações e a obra de Deus no mundo (Ef 6.12).Deveríamos querer saber mais e mais dos ensinamentos sagrados para podermos estar firmes contra as astutas ciladas deste inimigo derrotado, Satanás, o anjo caído (Rm 16.20; Ap 12.7-9; 20.1-10).

I - DOUTRINA SECULAR ACERCA DOS ANJOS

Histórias nas sociedades: Histórias seculares, histórias religiosas e a arqueologia mostram que quase todas as culturas do mundo aceitam a existência de seres sobrenaturais. Muitas sociedades não faziam nenhuma distinção entre seres bons e maus. Os egípcios antigos acreditavam que seres sobrenaturais controlavam todas as fases da vida. O mesmo acontecia na Pérsia, Babilônia e Índia. Apesar de ser uma cultura inteiramente voltada para a filosofia e idéias humanísticas, os gregos antigos acreditavam em espíritos, e a adoração dos mesmos fazia parte de sua vida diária.Os romanos absorveram grande parte de outras religiões em sua própria, isto é, eles faziam isso quando as outras religiões eram politeístas. Eles simplesmente acrescentavam deuses ao seu panteão. Geddes MacGregor escreveu no seu livro (Anjos, Ministros da Graça): “...da Escandinávia ao Irã, da Irlanda à América do Sul, o folclore popular é repleto de alusões a espíritos tão elementares...que foram trazidos do folclore antigo dos celtas, escandinavos, teutônicos e outras culturas”.

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Mesmo nas culturas mais orientais, como da China, Japão e Coréia, anjos e/ou demônios eram parte integrante de suas religiões, embora muitas vezes esses seres fossem chamados deuses. No extremo oriente, os espíritos eram considerados como seres humanos mortos resultando na adoração de ancestrais e mesmo na adoração direta a anjos ou demônios.Certo teólogo, de nome Alexander Hislop, fez um trabalho monumental no final do século XVIII ao traçar conexões entre todas as religiões antigas. Ele comparou a crença e adoração de seres sobrenaturais de nação em nação e de religião em religião. Seu relatório dá maior evidência ao fato de que algo aconteceu em algum lugar nos tempos antigos envolvendo o relacionamento entre os reinos natural e sobrenatural. O que quer que tenha sido, ainda influencia muitas pessoas em nossos dias.

Os Anjos no decurso da história: Nas tradições pagãs (algumas das quais influenciaram os judeus de tempos posteriores), os anjos eram, às vezes, considerados divinos, e outras vezes, fenômenos naturais. Eram seres que faziam boas ações em favor das pessoas, ou eram as próprias pessoas que praticavam o bem; tal confusão está refletida nofato de que tanto a palavra hebraica “mal'ãkh”, quanto a grega “angelos” têm dois sentidos. O significado básico de cada uma delas é “mensageiro”. Mas este mensageiro (dependendo do contexto) pode ser um mensageiro humano comum, ou um mensageiro celestial, um anjo.Alguns, com base na teoria da evolução, fazem a idéia de anjos remontar ao início da civilização. “O conceito de anjos pode ter evoluído dos tempos pré-históricos quando, então, os seres humanos primitivos emergiram das cavernas e começaram a erguer os olhos aos céus... A voz de Deus já não era a rosnada da floresta, mas o estrondo do céu”. Segundo essa teoria, desenvolveu-se um conceito de anjos que servissem à humanidade como mediadores de Deus. O conhecimento genuíno dos anjos, no entanto, veio somente através da Revelação Divina.

Na visão da mitologia: Posteriormente, os assírios e os gregos deram asas a alguns desses seres semidivinos. Hermes tinha asas nos calcanhares. Eros, “o espírito voador do amor apaixonado”, tinha asas afixadas aos ombros. Num tom bastante divertido, os romanos inventaram Cupido, “o deus do amor erótico”, retratado como um garoto brincalhão que atirava flechas invisíveis para encorajar romances. Platão (cerca de 427- 347 a.C.) também falava de “anjos da guarda”. As Escrituras Hebraicas atribuem nomes a somente dois anjos: Gabriel, que iluminou o entendimento de Daniel (Dn 9.21-27), e o arcanjo Miguel, o protetor de Israel (Dn 12.1). O livro apócrifo de Tobias (200-250 a.C.), porém, inventou um arcanjo chamado Rafael que, repetidas vezes, ajudou Tobias em situações difíceis. Realmente, só existe um arcanjo (anjo principal), que é Miguel (Jd 9). Mais tarde, Filo (20 a.C. à 42 d.C.), o filósofo judaico de Alexandria, no Egito, retratou os

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anjos como mediadores entre Deus e a raça humana. Os anjos, criaturas subordinadas, habitavam nos ares como “os servos dos poderes de Deus. Eram almas incorpóreas sendo totalmente inteligentes em tudo e possuindo pensamentos puros”.

Nos primeiros séculos do cristianismo: Durante o período do Novo Testamento, os fariseus acreditavam que os anjos fossem seres sobrenaturais que, frequentemente, comunicavam a vontade de Deus (At 23.8). Os saduceus, todavia, influenciados pela filosofia grega, diziam: “não há ressurreição, nem anjo, nem espírito” (At 23.8). Para eles, os anjos não passavam de “bons pensamentos e intenções” do coração humano.Nos primeiros séculos depois de Cristo, os pais da igreja pouco disseram a respeito dos anjos. A maior parte de sua atenção era dedicada a outros assuntos referente à natureza de Cristo. Mesmo assim, todos eles acreditavam na existência dos anjos.a) Inácio de Antioquia, um dos primeiros pais da igreja, acreditava que a salvação dos anjos dependia do sangue de Cristo; b) Orígenes (182 - 251 d.C.) declarou a impecabilidade dos anjos, afirmando que, se foi possível a queda de um anjo, talvez seja possível a salvação de um demônio. Semelhante posicionamento acabou por ser rejeitado pelos concílios eclesiásticos;c) Já em 400 d.C., Jerônimo (347 - 420 d.C.) acreditava que anjos da guarda eram dados aos seres humanos quando do nascimento destes; d) Posteriormente, Pedro Lombardo (100 - 160 d.C.) acrescentou que um único anjo podia guardar muitas pessoas de uma só vez;e) Dionísio, o Areopagita, (500 d.C.) contribuiu notavelmente para o estudo dos anjos. Ele retratou o anjo como “uma imagem de Deus, uma manifestação da luz oculta, um espelho puro, brilhante, sem defeito, nem impureza, ou mancha”.f) Semelhantemente Irineu, quatro séculos antes (130 - 195 d.C.), também construiu hipóteses a respeito de uma hierarquia angelical; g) Depois, Gregório Magno (540-604 d.C.) atribuiu aos anjos corpos celestiais.

Perguntas sem respostas: Ao raiar do século XIII, os anjos passaram a ser assunto de muita especulação. O teólogo italiano Tomás de Aquino (1.225 - 1.274 d.C.) formulou perguntas mui relevantes a respeito. Sete das suas 118 conjeturas sondavam as seguintes áreas:a) De que se compõe o corpo de um anjo? Há mais de uma espécie de anjo?b) Quando os anjos assumem a forma humana, exercem funções vitais do corpo?c) Os anjos sabem quando é manhã e quando é entardecer?d) Conseguem entender muitos pensamentos ao mesmo tempo?e) Conhecem nossas intenções secretas?f) Têm capacidade de falar uns com os outros?

Pintados e cultuados: Mais descritivos foram os retratos pintados pelos renascentistas; representavam os anjos como “figuras varonis ... crianças tocando harpas e trombetas,

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bem diferentes de Miguel, o arcanjo. Retratos pintados com péssimo gosto como “cupidinhos gorduchinhos”, com muito colesterol, vestidos com pouca roupa, estrategicamente colocados, essas criaturas eram frequentemente usadas como friso artístico. O cristianismo medieval assimilou a massa de especulações, e, como consequência, começou a incluir a adoração aos anjos em suas liturgias, essa aberração continuou crescendo, levando o Papa Clemente X (1670 – 1676 d.C.) a decretar uma festa em homenagem aos anjos.

Calvino e Lutero: A despeito dos excessos católicos romanos, o Cristianismo Reformado continuou a ensinar que os anjos ajudam o povo de Deus.a) João Calvino (1509 - 1564 d.C.) acreditava que “os anjos são despenseiros e administradores da beneficência de Deus para conosco... Mantêm a vigília, visando a nossa segurança; tomam a seu encargo a nossa defesa; dirigem os nossos caminhos, e zelam para que nenhum mal nos aconteça”.b) Martinho Lutero (1483 - 1546 d.C.) em “Conversas à Mesa”, falou em termos semelhantes. Observou como esses seres espirituais, criados por Deus, servem à Igreja e ao Reino. Eles ficam mui perto de Deus e do cristão. “Estão em pé diante da face do Pai, perto do sol, mas sem esforço vêm rapidamente socorrer-nos”.

Pós-reforma: Na Era do Racionalismo (cerca de 1800 d.C.), surgiram graves dúvidas contra a existência do sobrenatural; os ensinamentos historicamente aceitos pela Igreja começaram a ser reexaminados. Como consequência, alguns céticos resolveram chamar os anjos “personificações de energias divinas, ou princípios bons e maus, ou doenças e influências naturais”.Já em 1918, alguns eruditos judaicos começaram a ecoar a voz liberal, afirmando que os anjos não eram reais, pois desnecessários. “Um mundo de leis e de processos não precisa de uma escada viva para levar-nos da Terra até Deus, nas alturas”. Isso não abalou a fé dos evangélicos conservadores que continuam a confirmar a validade dos anjos.

O Consenso do cenário moderno: a) Foi talvez o teólogo liberal Paul Tillich (1886 - 1965) quem postulou o conceito mais radical do período moderno. Considerava os anjos essências platônicas: emanações da parte de Deus. Acreditava que os anjos queriam voltar à essência divina da qual surgiram para serem iguais a Deus. Tillich aconselhava:Para interpretar o conceito dos anjos de modo relevante, hoje, interprete-os como as essências platônicas, como os poderes da existência, e não como seres especiais. Se você interpretá-los desta última maneira, tudo não passará de grosseira mitologia.b) Karl Barth (1886 - 1968) e Miliard Erickson (1932), entretanto, encorajavam uma abordagem mais cautelosa e sadia. Barth, o pai da neo-ortodoxia, achava ser o assunto “o mais notável e difícil de todos”. Reconhecia o enigma do intérprete:Como “avançar sem ser precipitado”; estar “ao mesmo tempo aberto e cauteloso, crítico e ingênuo, perspicaz e modesto?”

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c) Erickson, teólogo conservador, acrescentou que poderíamos ser tentados a omitir, ou negligenciar, o estudo dos anjos, porém “se é para sermos estudiosos fiéis da Bíblia, não temos outra escolha senão falar a respeito deles”.

2 - A DOUTRINA BÍBLICA DOS ANJOS

Preâmbulo: Muito se tem escrito no mundo secular e religioso acerca dos anjos, explorando a credulidade de pessoas espiritualmente carentes e supersticiosas, induzindo-as à conceituações erradas e falsas sobre o mundo espiritual. Nesta disciplina, procuraremos aclarar a verdade e a realidade do assunto segundo a revelação feita pela Bíblia Sagrada. Não poucas passagens das Escrituras ensinam que há uma ordem de seres celestiais totalmente distintos da humanidade e da Divindade, que ocupam uma posição exaltada acima da atual posição do homem caído. Estes seres celestiais são mencionados pelo menos 108 vezes no Antigo Testamento e 165 vezes no Novo Testamento, e a partir deste conjunto de Escrituras o estudante pode criar a sua “doutrina dos Anjos”.

Etimologia e conceito do termo: A palavra portuguesa anjo possui origem no latim angelus, que por sua vez deriva-se do grego angelos. No idioma hebraico, temos mal'ãk. Seu significado básico é “mensageiro” (para designar a ideia de ofício de mensageiro). O grego clássico emprega o termo angelos para o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos, que fala e age no lugar daquele que o enviou.No Antigo Testamento , onde o termo mal'ãk ocorre 108 vezes, os anjos aparecem como seres celestiais, membros da corte de Yahweh, que servem e louvam a Ele (Ne 9.6; Jó 1.6), são espíritos ministradores (1Rs 19.5), transmitem a vontade de Deus (Dn 8.16,17)), obedecem a vontade de Deus (Sl 103.20), executam os propósitos de Deus (Nm 22.22), e celebram os louvores de Deus (Jó 38.7; Sl 148.2).No Novo Testamento, onde a palavra angelos aparece por 175 vezes, os anjos aparecem como representativos do mundo celestial e mensageiros de Deus.Funções semelhantes às do Antigo Testamento são atribuídas a eles, tais como: servem e louvam a Cristo (Fp 2.9-11; Hb 1.6), são espíritos ministradores (Lc 16.22; At 12.7-11; Hb 1.7,14), transmitem a vontade de Cristo (Mt 2.13,20; At 8.26), obedecem a vontade dEle (Mt 6.10), executam os Seus propósitos (Mt 13.39-42), e celebram os louvores de Cristo (Lc 2.13,14). Ali, os anjos estão vinculados a eventos especiais, tais como: a concepção de Cristo (Mt 1.20,21), Seu nascimento (Lc 2.10-12), Sua ressurreição (Mt 28.5,7) e Sua ascensão e Segunda Vinda (At 1.11).O termo teológico apropriado para esse estudo que ora iniciamos é Angelologia (do grego angelos, “anjo” e logia, “estudo”, “dissertação”). Angelologia se constitui, portanto, de doutrina específica dentro do contexto daquilo que denominados de Teologia Sistemática, a qual se ocupa em estudar a existência, as características, natureza moral e atividades dos anjos. Quando consideramos os anjos, como nas outras doutrinas, existe campo para

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o uso da razão. Considerando que Deus é Espírito (Jo 4.24), que não participa de maneira nenhuma dos elementos materiais, é natural presumir que existem seres criados que se assemelham mais com Deus do que com as criaturas terrestres que combinam o elemento material com o imaterial. Há um reino material, um reino animal e um reino humano; assim, podemos presumir que há um reino angélico ou espiritual. Contudo, a Angelologia não repousa sobre a razão ou a suposição, mas sobre a “Revelação”.Variedade dos termos aplicados aos anjos: Os termos genéricos usados para anjos, geralmente indicam sua atribuição ou função. Relacionamos abaixo alguns destes termos encontrados nas Sagradas Escrituras:a) Leitourgos (grego) e Mishrathim (hebraico): algumas vezes usadas com o significado de “anjos”, são palavras para “servo” ou “ministro”.b) Hoste: É a palavra hebraica “sava”. Essa palavra se estende a toda formação do exército celestial de Deus - uma força militar que luta as batalhas e cumprem a vontade de Deus. (Lc 2.13; Ef 6.12; Hb 12.22).c) Espíritos (Hb 1.14).d) Vigias: Como em Dn 4.13,17, define anjos como supervisores e agentes de serviço de Deus nos assuntos do mundo. Talvez nessa classe de anjos estejam os que tomam decisões e executam os mandamentos de Deus na Terra.e) Bene Elim: Ou “filhos poderosos”, é traduzido por “poderosos” no SI 29.1. Essa é a descrição do grande poder dos anjos.f) Bene Elohim: Ou “filhos de Deus”, define os anjos como uma determinada classe de seres. Este termo inclui Satanás. (Jó 16; 2.1; Sl 29.1; 89.6).g) Elohim: separadamente é algumas vezes aplicada aos anjos. Ela retrata os anjos como uma classe de seres sobrenaturais, de força mais elevada que a do homem. Quando os anjos apareceram a Jacó em Betel, o termo usado é Elohim (Gn 35.7).h) Estrelas: É o termo simbólico usado para os anjos, sugerindo que sua habitação é os céus (Ap 12.4).i) Um sacerdote (Ml 2.7). O sacerdote é chamado de mensageiro, “anjo” do Senhor.j) Santos (Sl 89.5-7).k) Os seres celestiais (Sl 29.1; 89.6) têm esse título.l) Um uso mais amplo ainda inclui também a coluna de nuvem (Êx 14.19).m) A pestilência (2Sm 24.16,17).n) Os ventos (Sl 104.4).o) E as pragas (Sl 78.49).p) Paulo chamou seu espinho na carne de anjo, isto é, “mensageiro de Satanás” (2Co 12.7; Gl 4.13,14).q) Pastores da igreja (Ap 2.1,8,12). Os sete anjos das sete igrejas da Ásia Menor podem ter sido os sete bispos dessas igrejas que visitaram João na Ilha de Patmos. r) Estrelas. Jesus Cristo diz que tem na Sua mão as sete estrelas (Ap 1.20b). “As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.”

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s) Principados, poderes, tronos, dominações e autoridades (Cl 1.16; Rm 38; 1Co 15.24; Ef 6.12; Cl 2.15).t) Congregação/ assembleia (Sl 89.6,7).u) Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1.14). “Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação”?

Deus é autor de todas as coisas visíveis e invisíveis: O ponto de partida está na declaração de que todas as coisas criadas foram feitas “segundo o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade” (Ef 1.11b). Portanto, o relato da obra da criação no livro de Gênesis se constitui como o princípio e a base de toda a revelação divina e, consequentemente, a base da relação do homem com Deus. A Bíblia revela que o Deus Trino é o Autor da criação (Gn 1.1; Is 40.12; 44.24; 45.12). O apóstolo Paulo destaca a Pessoa de Jesus Cristo, na qualidade de criador, mas diz que “todas as coisas são de Deus, o Pai” (1Co 8.6; Jo 1.3; Cl 1. 15-17). O Espírito Santo participa da obra da criação em harmonia perfeita com o Pai e o Filho conforme indicam os textos de Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30; Is 40.12,13.

A obra da criação foi feita por um ato livre da parte do criador: A Bíblia deixa claro que Deus é auto-suficiente e não tem qualquer relação de dependência de nada e de ninguém (Jó 22.3,13; At 17.25). Ao realizar a obra da criação, Ele o fez não por necessidade, mas por sua soberana e livre vontade de fazer o que quer e o que lhe apraz. Ora, a única dependência divina é a de sua própria e soberana vontade. A Bíblia Sagrada refuta essa idéia e fortalece o fato de que “Deus fez todas as coisas segundo o conselho da sua vontade” (Ef 1.11; Ap 4.11).

A obra da criação teve um começo: A criação teve um princípio tanto para as visíveis como para as invisíveis. A prova irrefutável do ponto de vista bíblico está no primeiro versículo da Bíblia: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). A expressão “no princípio” no hebraico é bereshith, que literalmente significa “começo”. O sentido da palavra é indefinido e sugere que a criação teve um início, um começo (Sl 90.2; 102.25). Por essas Escrituras, entende-se que, num momento específico, conforme sua soberana vontade, Deus criou a matéria e a substância que antes nunca existiram. Quanto à existência do mundo espiritual, o princípio é o mesmo estabelecido para a criação da matéria, pois Deus criou tudo do nada.

A criação das coisas materiais: A base dessa declaração está na narrativa bíblica dos primeiros capítulos de Gênesis. Entretanto, a criação material é imensa e abrange todo o sistema solar e outros sistemas existentes e descobertos pelo homem. A extensão dos corpos celestes espalhados no espaço sideral, fazendo parte da Via Láctea, com muitos

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sóis, planetas e satélites, nos dá visão apenas limitada de toda a grandeza da criação material (Ne 9.6).Na criação da terra, o Criador formou a vida física numa combinação do imaterial com o material (Gn 1.11,20-22). Nesta ordem da criação sãoincluídos o homem, os animais nas mais variadas espécies, além da vida vegetal. Há uma certa reciprocidade entre anjos e homens como seresespirituais. Porém, é preciso distinguir ambas as criações, porque os anjos são apenas seres espirituais e os homens são seres espirituais e materiais. A vida dos anjos é apenas espiritual. A vida física foi criada para propaga-se, por isso, os homens procriam e geram outros homens. A vida dos anjos é única e eterna; não pode propagar-se, isto é, os anjos não procriam.

A criação das coisas espirituais: Ao responder aos questionamentos do patriarca Jó, o Criador disse-lhe, de modo enfático e poético que, quando este ainda nem havia nascido, nem o mundo material havia sido criado, os seus anjos, que são espíritos criados por Ele, já estavam presentes na criação do mundo material (Jó 38.1-7). Nesta Escritura, Deus procura convencer a Jó que o Senhor é o Criador da terra e a rege com justiça e que, ao criar o mundo material, as estrelas da alva alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam (Jó 38.7). Na linguagem figurada da Bíblia, tanto “as estrelas da alva” quanto “os de Deus” são figuras dos seres espirituais criados pelo Senhor.

A origem dos anjos: Dois fatos devem ser levados em conta. O primeiro é que os anjos não existem desde a eternidade. Isto por um lado é mostrado pelos versículos que falam de sua criação, Ne 9.6: “Tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército” Sl 148.2,5: “Louvai-o todos os seus anjos; louvai-o todas as suas legiões celestes... louvem o nome do Senhor, pois mandou ele, e foram criados”. Por outro lado está subentendido na declaração de 1Tm 6.16, onde afirma que Deus é “o único que possui imortalidade”. O outro fato diz respeito a época de sua criação. Não é indicada com precisão em parte alguma na Bíblia, contudo é mais provável que tenha se dado juntamente com a criação dos céus em Gn 1.1. Pode ser que Deus os tenha criado imediatamente após ter criado os céus e antes de ter criado a terra, pois de acordo com Jó 38.4-7, “rejubilaram todos os filhos de Deus” quando Ele lançava os fundamentos da terra.

Sua existência: A existência dos anjos é claramente demonstrada pelo ensino, tanto do Antigo, quanto do Novo Testamento. São inúmeros os textos do Antigo Testamento que comprovam a realidade da existência dos anjos. Queremos, no entanto, destacar apenas os que se seguem: Gn 32.1,2; Jz 6.11ss; 1Rs 19.5; Ne 9.6; Jó 1.6; 2.1; Sl 68.17; 91.11; 104.4; Is 6.2,3; Dn 8.15-17; Nos textos alistados anteriormente, vemos os anjos em suas funções principais de servir e louvar a Yahweh, transmitir as mensagens de Deus, obedecer A Sua vontade, executar a vontade de Deus, e também como guerreiros. No contexto do Novo Testamento, os anjos não são apresentados simplesmente como

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“mensageiros de Deus”, mas também como “ministros aos herdeiros da salvação” (Hb 1.14). Outrossim, a existência dos anjos é apresentada de maneira inequívoca no Novo Testamento. Vejamos, por exemplo, os textos a seguir: Mt 13.39; 13.41; 18.10; 26.53; Mc 8.38; Lc 22.43; Jo 1.51; Ef 1.21; Cl 1.16; 2Ts 1.7; Hb 1.13,14; 12.22; 1Pe 3.22; 2Pe 2.11; Jd 9; Ap 12.7; 22.8,9.A Bíblia fala da manifestação dos anjos na obra da criação do mundo físico (Jó 38.6,7). Eles estavam presentes quando Moisés recebeu de Deus as tábuas da Lei (Hb 2.2); no nascimento de Jesus (Lc 2.13); quando foram servir ao Senhor Jesus no deserto da tentação (Mt 4.11); na ressurreição de Cristo (Mt 28.2; Lc 24.4,5); na ascensão de Cristo (At 1.10). Outras manifestações podem ser listadas neste ponto em toda a Bíblia. Sua manifestação é incorpórea; eles são seres espirituais e morais, porque acima de tudo, são pessoas. A realidade dos anjos se comprova mediante os atributos de personalidade que eles demonstram falando, pensando, sentindo e decidindo. Muitas das suas manifestações são feitas através de formas materiais inexistentes. Entretanto, os demônios, que são anjos caídos da graça de Deus, incorporam em corpos de pessoas vivas ou de animais, e por essas possessões materiais, se manifestam. Os anjos de Deus não tomam outros corpos para se manifestarem, mas tomam formas de pessoas humanas visíveis para se fazerem manifestos.

A origem dos anjos: Dois fatos devem ser levados em conta. O primeiro é que os anjos não existem desde a eternidade. Isto por um lado é mostrado pelos versículos que falam de sua criação, Ne 9.6: “Tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército” Sl 148.2,5: “Louvai-o todos os seus anjos; louvai-o todas as suas legiões celestes... louvem o nome do Senhor, pois mandou ele, e foram criados”. Por outro lado está subentendido na declaração de 1Tm 6.16, onde afirma que Deus é “o único que possui imortalidade”. O outro fato diz respeito a época de sua criação. Não é indicada com precisão em parte alguma na Bíblia, contudo é mais provável que tenha se dado juntamente com a criação dos céus em Gn 1.1. Pode ser que Deus os tenha criado imediatamente após ter criado os céus e antes de ter criado a terra, pois de acordo com Jó 38.4-7, “rejubilaram todos os filhos de Deus” quando Ele lançava os fundamentos da terra.

Sua existência: A existência dos anjos é claramente demonstrada pelo ensino, tanto do Antigo, quanto do Novo Testamento. São inúmeros os textos do Antigo Testamento que comprovam a realidade da existência dos anjos.Queremos, no entanto, destacar apenas os que se seguem: Gn 32.1,2; Jz 6.11ss; 1Rs 19.5; Ne 9.6; Jó 1.6; 2.1; Sl 68.17; 91.11; 104.4; Is 6.2,3; Dn 8.15-17; Nos textos alistados anteriormente, vemos os anjos em suas funções principais de servir e louvar a Yahweh, transmitir as mensagens de Deus, obedecer A Sua vontade, executar a vontade de Deus, e também como guerreiros. No contexto do Novo Testamento, os anjos não são apresentados simplesmente como “mensageiros de Deus”, mas também como “ministros aos herdeiros da salvação” (Hb 1.14). Outrossim, a existência dos anjos é apresentada de

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maneira inequívoca no Novo Testamento. Vejamos, por exemplo, os textos a seguir: Mt 13.39; 13.41; 18.10; 26.53; Mc 8.38; Lc 22.43; Jo 1.51; Ef 1.21; Cl 1.16; 2Ts 1.7; Hb 1.13,14; 12.22; 1Pe 3.22; 2Pe 2.11; Jd 9; Ap 12.7; 22.8,9.A Bíblia fala da manifestação dos anjos na obra da criação do mundo físico (Jó 38.6,7). Eles estavam presentes quando Moisés recebeu de Deus as tábuas da Lei (Hb 2.2); no nascimento de Jesus (Lc 2.13); quando foram servir ao Senhor Jesus no deserto da tentação (Mt 4.11); na ressurreição de Cristo (Mt 28.2; Lc 24.4,5); na ascensão de Cristo (At 1.10). Outras manifestações podem ser listadas neste ponto em toda a Bíblia. Sua manifestação é incorpórea; eles são seres espirituais e morais, porque acima de tudo, são pessoas. A realidade dos anjos se comprova mediante os atributos de personalidade que eles demonstram falando, pensando, sentindo e decidindo. Muitas das suas manifestações são feitas através de formas materiais inexistentes. Entretanto, os demônios, que são anjos caídos da graça de Deus, incorporam em corpos de pessoas vivas ou de animais, e por essas possessões materiais, se manifestam. Os anjos de Deus não tomam outros corpos para se manifestarem, mas tomam formas de pessoas humanas visíveis para fazerem manifestos.

A origem dos anjos: A época de sua criação não é indicada com precisão em parte alguma, mas é provável que tenha se dado juntamente com a criação dos céus (Gn 1.1).Pode ser que tenham sido criados por Deus imediatamente após a criação dos céus e antes da criação da terra, pois de acordo com Jó 38.4-7, jubilavam todos os filhos de Deus quando Ele lançava os fundamentos da terra. Que os anjos não existem desde a eternidade é mostrado pelos versículos que falam de sua criação (Ne 9.6, Sl 148.2,5; Cl 1.16). Embora não seja citado número definido na Bíblia, acredita-se que a quantidade de anjos é muito grande (Dn 7.10; Mt 26.53; Hb 12.22).

O propósito da criação: Os anjos foram criados para darem glória, honra e ações de graça a Deus; para adorarem a Cristo (Hb 1.6); para cumprirem os propósitos de Deus: proteção de Israel (Dn 12.1), luta contra Satanás (Jd 9; Ap 12.7), anunciar a vinda de Cristo (1Ts 4.16), guardarem o trono de Deus (Ez 10.1-4), se preocuparem com a adoração a Deus perante o Seu Santo Trono (Is 6.2-7), assistirem a Deus em sua obra Soberana (Cl 1.16; 2.10; Ef 1.21; 3.10).

Existem anjos bons e anjos maus: Na criação original dos anjos, não houve essa classificação entre bons e maus. A Bíblia declara que os anjos foram criados no mesmo nível de justiça, bondade e santidade (2Pe 2.4; Jd 6). O que define entre bons e maus é o fato de que foram criados como seres morais com livre-arbítrio, e daí, a liberdade de escolha consciente entre o bem e o mal. A queda de Lúcifer deve-se a esta condição moral dos anjos (Is 14.12-16; Ez 28.12-19). A Bíblia fala acerca dos anjos que pecaram

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contra o Criador e não guardaram a sua dignidade (2Pe 2.4; Jd 6; Jó 4.18-21). Aos anjos que não pecaram e não seguiram a Lúcifer, Deus os exaltou e os confirmou em sua posição celestial e para sempre estarão na sua presença, contemplando e executando a vontade do Criador. São chamados de “anjos eleitos” (1Tm 5.21) e evidentemente receberam graça suficiente para habilitá-los a manter sua posição de perseverança, pela qual foram confirmados em sua condição e agora são incapazes de pecar. São chamados também de “santos anjos” (2Co 11.14).Sempre contemplam a face Deus (Lc 9.26), e tem vida imortal (Lc 20.36). Sua atividade mais elevada é a adoração a Deus (Ne 9.6; Fp 2.9-11; Hb 1.6; Jó 38.7; Is 6.3; Sl 103.20; 148.2 Ap 5.11).

O número de Anjos: Várias passagens das Escrituras indicam que há um número muito grande de anjos (Dn 7.10; Mt 26.53; Sl 68.17; Lc 2.13; Hb 12.22), e são repetidamente mencionados como exércitos dos céus ou de Deus. No Getsêmani, Jesus disse a um discípulo que queria defendê-los dos que vieram prendê-lo: “Acaso pensas que não posso rogar ao meu pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos”? (Mt 26.53). Portanto, seu criador e mestre são descrito como “Senhor dos Exércitos”. Outrossim, a quantidade existente de anjos é única e incontável, porque desde que foram criados não foram aumentados nem diminuídos. Eles não procriam e foram criados de uma vez pelo poder da Palavra de Deus. A Bíblia utiliza expressões variadas para designar milhares de milhares, “multidão dos exércitos celestiais, muitos milhares de anjos” (Ap 5.11; Dn 7.10; Dt 33.2; Hb 12.22; Lc 2.13). É impossível determinar o número de anjos porque é incontável e é o mesmo número em todos os tempos, desde que foram criados (Sl 148.2-5).

3 - A NATUREZA DOS ANJOS

Não são seres humanos glorificados: Em Mateus 22.30 está escrito “que seremos como anjos”, mas não diz que seremos anjos. No futuro, os crentes hão de julgar os anjos “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida? (1Co 6.3). Embora havemos de julgar os anjos maus, isso é diferente de dizer que seremos anjos. As “incontáveis hostes de anjos” são diferenciadas dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.22,23).

Não são os filhos de Deus em Gênesis seis: Os anjos são chamados “Filhos de Deus” no Velho Testamento nas referências de Jó 1.6; 2.1; 38.7. Deve ser observado, porém, que, apesar de serem assim chamados, os homens também o foram (Lc 3.38; Jo 1.12; 1Jo 5.1-2). A palavra original é “Benai-Elohim” - filhos de Deus.Que os filhos de Deus se refere aos anjos, neste texto de Gn 6, é a posição tomada por Josefo, Filo Judeus e os autores do Livro de Enoque e do Testamento dos Doze Patriarcas. Era a posição geralmente aceita pelos judeus eruditos dos primeiros séculos da era cristã.

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A impressão que geraram “gigantes” foi da Septuaginta (LXX), que também traduziu todos os manuscritos, substituindo “filhos de Deus” por “anjos de Deus” em Gn 6; Jó 1.6 e 2.1, e por “meus anjos” em Jó 38.7.“...Estes eram os valentes que houve na antigüidade, os homens de fama” (Gn 6.4). Filhos do relacionamento entre “os filhos de Deus” com as “filhas dos homens”. Esta é a definição original dos textos da palavra de Deus e não “NEFILINS”, que encontramos em alguns textos traduzido e não confiáveis, conforme The Theological Workbook of the Old Testament, por Harris, Archer e Waltke.

Teoria equivocada de que os “filhos de Deus” eram anjos: a) As referências de Jó 1.6; 2.1; 38.7.b) A relação anormal produziu gigantes impiedosos.c) Anjos podem aparecer como homens (Gn 19.1,5); ou em homens (Mc 1.23-26; Mc 5.13). O Dr. Henry Morris diz: “Os filhos de Deus e as filhas dos homens são homens e mulheres, mas foram possessos por demônios”.d) Em Mt 22.30, o Senhor estava apenas explicando que os anjos não se reproduzem como os humanos. Não há prova que os anjos não têm sexo. Nos originais, a palavra anjos, sempre é no gênero masculino. Alguém explica que os anjos não se reproduzem porque não existe “anjas”.e) As referências associadas com Judas 6; 1Pd 3.8-20; 2Pd 2.4-6.f) Esta teoria foi assegurada por historiadores como Josefo e Plínio.g) Os livros apócrifos (3 deles), asseguram esta posição.h) É considerado que houve duas quedas dos anjos, uma quando Satanás liderou a rebelião, antes da queda do homem e outra em Gn 6 (teoriadefendida por Clarence Larkin).

Teoria de que os “filhos de Deus” não eram os anjos e sim os descendentes de Sete: Em Gênesis 6 encontramos a corrupção geral do gênero humano bem como um protesto de Deus contra os casamentos entre os da linhagem reta de Sete e os da linhagem ímpia de Caim. Eis o texto: v.1 “E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então, disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos”. Esses filhos de Deus, sem dúvida, não eram anjos como teorizam alguns, mas, descendentes da linhagem piedosa de Sete (Dt 14.1; Sl 73.15; Os 1.10); eles deram início aos casamentos mistos com as filhas dos homens, isto é, mulheres da família ímpia de Caim. A teoria de que os filhos de Deus eram anjos, não subsiste ante as palavras de Jesus, que os anjos não se casam (Mt 22.30; Mc 12.25). Essa união entre os justos e os ímpios levou à maldade do versículo 5, isto é, os justos passaram a uma vivência iníqua. Como

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resultado, a terra corrompeu-se e encheu-se de violência. Observemos alguns pontos que invalidam a teoria de que os filhos de Deus neste eram anjos:a) Se anjos de fato se relacionam sexualmente com mulheres, este é um prodígio espetacular da história que viola as normas da natureza, e não há nada na Bíblia que diga que anjos têm poderes sexuais.b) Em Gn 6, encontramos em seu contexto a seqüência do termo “homem”, VV 1,2,3.c) A distinção entre os “filhos de Deus” e Satanás nos textos de Jó 1.6; 2.1 de modo que, claramente entendemos que o título “filhos de Deus” não se refere aos anjos caídos.d) Se esta relação entre anjos e mulheres gerou os “nefilins-gigantes”, como se explica a presença destes, antes deste ato, e depois do dilúvio em Nm 13.33?e) A linguagem de Gn 6.2 é normal para expressar relação entre humanos.f) Os textos do Novo Testamento não provam que são anjos: (a) 1Pd 3.18-20 não menciona nada sobre estes “espíritos em prisão” serem anjos, pelo contrário, o contexto indica homens (1Pd 4.6); (b) 2Pd 2.4 e Judas 6,7 são referências de anjos, mas não provam que estiveram envolvidos em Gn 6.g) Os livros apócrifos, provavelmente foram produzidos pelos essênios, os quais adotaram a interpretação angélica. E tão somente pelo fato de serem apócrifos, isso lhes nega toda autenticidade em termo de canonicidade. 3.3.

São seres espirituais: Os anjos são descritos espíritos, porque diferentes dos homens, eles não estão limitados às condições naturais e físicas. Aparecem e desaparecem, e movimentam-se com uma rapidez imperceptível sem usar meios naturais. Apesar de serem espíritos, têm o poder de assumir a forma de corpos humanos a fim de tornar visível sua presença aos sentidos do homem (Gn 19.1-3).

São espíritos invisíveis: Os anjos são reais, mas nem sempre visíveis (Hb 12.22). Embora Deus ocasionalmente lhes conceda a visibilidade (Gn 19.1-22), são espíritos invisíveis (Sl 104.4; Hb 1.7,14).Vejamos o Sl 104.4: “Fazes a teus anjos ventos”, citado em Hb 1.7. Observe também Hb 1.14; “Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviços, a favor dos que hão de herdar a salvação”?

Possuem corpos espirituais: Com demasiada frequência o problema é confundido pela imposição aos seres espirituais daquelas limitações que pertencem à humanidade. Para os santos no céu foi prometido um “corpo espiritual” (1Co 15.44). Há muitos tipos de corpos até mesmo na Terra, o Apóstolo declara (1Co 15.39,40) e prossegue dizendo que também há corpos celestiais e corpos terrestres. Não podemos dizer que não há corpos celestiais apenas porque o homem não tem poder de discernir esses corpos. Os espíritos têm uma forma definida de organização que está adaptada à lei de sua existência. Eles são finitos e espaciais. Tudo isto é verdade embora eles estejam muito afastados desta economia do mundo. Eles têm a capacidade de se aproximar da esfera da vida humana,

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mas o fato de maneira nenhuma lhes impõe a conformidade com a existência humana. O aparecimento de anjos pode ser,quando a ocasião exige, com a aparência de homens, de modo que eles se passam por homens. Como poderíamos explicar de outra maneira que alguns “... sem o saber acolheram anjos...” (Hb 13.2)? Por outro lado, seu aparecimento às vezes é deslumbrante e glorioso (Mt 28.2-4). Quando Cristo declarou: “...um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho...” (Lc 24.37-39), Ele não quis dizer que um espírito não tem corpo algum, mas, antes, que os espíritos têm corpos constitucionalmente diferentes dos corpos dos homens.

São exércitos e não raça: As Escrituras ensinam que o casamento não é da ordem ou do plano de Deus para os anjos: “Porque na ressurreição nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos do céu” (Mt 22.30; Mc 12.25). Portanto, não se caracteriza uma raça. No Velho Testamento os anjos são chamados de “filhos de Deus” (Jó 1.6; 2.1; 38.7), mas nunca lemos a respeito dos “filhos dos anjos”. Osanjos sempre são descritos como varões, porém na realidade não tem sexo, não propagam sua espécie (Lc 20.34-35).As Escrituras em parte alguma ensinam que os anjos sejam seres sexuados. No fundamento genuíno da criação de Deus, não foi deixada margem alguma para se acreditar na reprodução de seres da escala espiritual. Sobre este assunto, apenas nos foi revelado as leis que regem os seres naturais ou materiais. Não conhecemos nenhum texto Sagrado explícito ou sequer subjetivo que nos conduza ao pensamento de que os anjos podem se reproduzir, ou possuam sexo.Seus nomes masculinos, não se refere em nenhum momento à uma ordem de sexualidade humana (macho e fêmea). Acreditamos sim que os anjos não se reproduzem, pois a obra criadora de Deus revelada em Sua Palavra, se fez desse modo, e qualquer indagação ou afirmação contrária é mera especulação e apostasia da veracidade bíblica.

São seres racionais morais e imortais: Aos anjos são atribuídas características pessoais; são inteligentes dotados de vontade e atividade. O fato de que são seres inteligentes parece inferir-se imediatamente do fato de que são espíritos (2Sm 14.20; Mt 24.36, Ef 3.10; 1Pe 1.12; 2Pe 2.11). Embora não sejam oniscientes, são superiores aos homens em conhecimento (Mt 24.36) e por ter natureza moral estão sob obrigação moral; são recompensados pela obediência e punidos pela desobediência.A Bíblia fala dos anjos que permanecerem leais como “santos anjos” (Mt 25.31; Mc 8.38; Lc 9.26; At 10.22; Ap 14.10) e retrata os que caíram como mentirosos e pecadores (Jo 8.44; 1Jo 3.8-10).A imortalidade dos anjos está ligada ao sentido de que os anjos bons não estão sujeitos a morte (Lc 20.35-36), além de serem dotados de poder formando o exército de Deus, uma hoste de heróis poderosos, sempre prontos para fazer o que o Senhor mandar (Sl 103.20;

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Cl 1.16; Ef 1.21; 3.10; Hb 1.14) enquanto que os anjos maus formam o exército de Satanás empenhado em destruir a obra do Senhor (Lc 11.21; 2Ts 2.9; 1 Pe 5.8).Ilustrações do poder de um anjo são encontradas na libertação dos apóstolos da prisão (At 5.19; 12.7) e no rolar da pedra de mais de 4 toneladas que fechou o túmulo de Cristo (Mt 28.2).

Os Anjos não são oniscientes: Apesar de a Bíblia dizer que os anjos são mais inteligentes que Daniel, eles não são oniscientes. Eles não sabem tudo. Não são iguais a Deus em sabedoria. Jesus, particularmente, deu testemunho da limitação do conhecimento dos anjos, quando falou que eles ignoravam o dia da vinda do Filho do Homem (Mt 24.36).Os anjos, sem dúvida, sabem coisas a nosso respeito que desconhecemos. Devido ao fato de serem espíritos auxiliadores, usarão estes conhecimentos para o nosso bem e nunca para maus propósitos.

São seres inteligentes: Embora seu serviço e dignidade possam variar, não há nenhuma implicação na Bíblia de que alguns anjos são mais inteligentes que outros. Cada aspecto da personalidade dos anjos foi declarado. Eles são seres individuais e, embora espíritos, experimentam emoções.a) Os anjos prestam culto inteligente (Sl 148.2);b) os anjos contemplam com o devido respeito à face do pai (Mt 18.10);c) os anjos conhecem suas limitações (Mt 24.36);d) os anjos reconhecem sua inferioridade para com Jesus (Hb 1.4-14).E, no caso dos anjos caídos, eles conhecem a sua capacidade de fazer o mal. Os anjos são individuais, mas, embora às vezes apareçam, em uma condição separada, estão sujeitos a classificações e a variadas categorias de importância.Pela sublime tarefa que os anjos desempenham no tempo e no espaço, desde o princípio; e por aquilo que a respeito deles a Bíblia diz, a conclusão a que se chega é que os anjos excedem em muito em conhecimento e em sabedoria os mais brilhantes homens que a história humana já teve.Sem dúvida, os anjos foram criados espíritos inteligentes, cujo conhecimento teve início em sua origem, continuando a se ampliar até os nossos dias. As oportunidades de observação que os anjos têm, e as muitas experiências que, nesse sentido, conforme podemos supor, devem ter tido, juntamente com as revelações diretas da parte de Deus, devem ter-se adicionado grandemente ao acúmulo de sua inteligência original.

Os Anjos são poderosos: O que se aplica a todas as criaturas em relação ao poder que têm, também se aplica aos anjos: Seu poder deriva de Deus. O seu poder, embora seja grande, é restrito. Eles não podem fazer aquelas coisas que são peculiares à Divindade: criar, agir sem os meios, ou sondar o coração do homem. Eles podem influenciar a mente humana como uma criatura pode influenciar outra. O conhecimento desta verdade é de

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grande importância, Até mesmo um anjo pode reivindicar ajuda divina quando em conflito com outro anjo (Jd v.9).O poder angelical é superior, mas não supremo. Deus simplesmente lhes empresta o seu poder, pois eles são os seus agentes especiais. Os anjos, portanto, são “maiores em força e poder” do que nós (2Pe 2.11), Como “magníficos em poder, que cumpris as suas ordens,” (SI 103.20) “anjos poderosos” mediarão os juízos finais de Deus contra o pecado (2Ts 1.7).

Os Anjos são numerosos: A alusão ao número dos anjos é um dos superlativos da Bíblia. Eles foram descritos em multidões “que os homens não podem contar”. Temos razões para concluir que há tantos seres espirituais em existência quantos seres humanos vão existir em toda a história da Terra. É significativo que a frase “o exército do céu” descreve tanto as estrelas materiais quanto os anjos, sendo que ambos não podem ser contados (Gn 15.5). Vale a citação do Dr. Cooke com a sua lista de testemunho bíblico sobre o número dos anjos: “Veja o que diz Macaias: “Vi o Senhor assentado no seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua direita e à sua esquerda” (1Rs 22.19). Ouça o que diz Davi: “Os anjos de Deus são vinte mil, sim milhares de milhares” (SI 68.17). Eliseu viu um destacamento destes seres celestiais que foram enviados para sua guarda pessoal, quando “o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (2Rs 6.17).Ouça o que Daniel viu: “... milhares de milhares o serviam e miríade de miríade estava diante dele...” (Dn 7.10). Eis o que os pastores vigilantes viram e ouviram na noite do nascimento do Redentor: “...uma multidão da milícia celestial louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas...” (Lc 2.13). Ouça o que diz Jesus: “... acaso pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?” (Mt 26.53).Veja novamente o magnífico espetáculo que João viu e ouviu quando olhou para o mundo celestial: “Vi, e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz. Digno é o Cordeiro, que foi morto...” (Ap 5.11,12). Se estes números forem entendidos literalmente, eles indicam 202 milhões, mas é apenas uma parte do exército celestial. Contudo, é provável que estes números não tenham a intenção de indicar qualquer quantidade exata, mas que a multidão era imensa, além do que costuma usualmente entrar na computação humana. Por isso lemos, em Hb 12.22, não sobre um número definido ou limitado, embora grande, mas de “incontáveis hostes de anjos”.

Os Anjos são maiores em força e poder: “Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor” (2Pe 2.11), estes seres celestiais, já contam na presente Era com a felicidade da vida última, isto é, são seres imortais (Lc 20.36).

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Esta capacidade a eles imposta, lhes dá a condição de serem superiores aos homens que são seres mortais.

Inferiores a Cristo: “Ainda que por um pouco de tempo, Jesus fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão e morte” (Sl 8.5; Hb 2.9). Quanto à pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo, os anjos são inferiores a Ele em dois pontos.a) Os Anjos são criaturas. Os anjos são “criaturas” de Deus, ainda que chamados “filhos de Deus”, contudo, não tem em si a condição original peculiar ao Senhor Jesus. O escritor aos Hebreus, salienta: “... feito Jesus tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles...” (Hb 1.4).b) Os Anjos são adoradores. Em razão da adoração, os anjos são inferiores a Cristo; eles são adoradores, enquanto que Cristo é adorado! Isto édepreendido nas próprias palavras do Criador: “... e todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.6b). Este direito inerente ao Filho de Deus o coloca acima deles. As Escrituras dizem que os anjos são seres superiores em força e poder aos homens: contudo, jamais em hipótese alguma, eles aceitam adoração; em lugar de os anjos serem objeto de adoração, eles são súditos que adoram Jesus Cristo. O apóstolo Paulo advertiu: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos...” (CI 2.18a). E no Apocalipse (19.10; 22.9) João é advertido pelo próprio ser angelical: “...Olha não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, dos profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus”.Portanto, os anjos não são objetos de adoração como João chegou a supor momentaneamente. E no contexto do significado do pensamento diz Paulo: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.38,39). Ora, isto apresenta Cristo como sendo Senhor dos próprios anjos. E de fato, Ele foi feito mais excelente do que os anjos (Hb 1.4). Os anjos foram criados; Cristo é Criador: Como Criador Jesus é superior aos anjos, pois maior do que a criatura é aquele que a criou (Is 45.9). Anjos são súditos; Cristo é o Senhor.

Os Anjos tomam decisões: Os anjos tomam decisões. A desobediência de um grupo deles subentende sua capacidade de escolha, e de influenciar outros com a sua iniqüidade (1Tm 4.1). Por outro lado, quando o bom anjo recusou a adoração de João (Ap 22.8,9), fica subentendida sua capacidade de escolha, e de influenciar outros com o bem.Embora os anjos bons respondam com obediência ao mandamento de Deus, não são autômatos. Pelo contrário: optam com intenso ardor a obediência dedicada.

Os Anjos possuem habitação: A habitação dos anjos também é um assunto revelado definidamente. Já falamos da insinuação de que todo o Universo encontra-se habitado por inumeráveis exércitos de seres espirituais. Esta vasta ordem de seres com todas as suas classificações tem habitações e centros fixos para as suas atividades. Com o uso da frase

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“os anjos no céu” (Mc 13.32), Cristo definidamente afirma que os anjos habitam as esferas celestiais.O apóstolo Paulo escreve: “um anjo vindo do céu” (Gl 1.8) e “...toda família, tanto no céu como sobre a terra...” (Ef 3.15). Igualmente, na oração que Cristo ensinou aos Seus discípulos, eles foram instruídos a dizer: “... faça-se a Tua vontade, assim na Terra como no céu...” (Mt 6.10). O Dr. A. C. Gaebelein escreve sobre a habitação dos anjos, dizendo: “No hebraico, céu está no plural ‘os céus”. A Bíblia fala de três céus, sendo o terceiro céu, o céu dos céus, o lugar da habitação de Deus, onde o Seu trono sempre esteve. O tabernáculo do seu povo terreno, Israel, era um modelo dos céus. Moisés, quando esteve na montanha, olhou para a vastidão dos céus e viu os três céus. Ele não tinha telescópio. Mas o próprioDeus lhe mostrou os mistérios dos céus. Então Deus o advertiu quando estava para construir o tabernáculo, dizendo ao Seu servo: 'Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte' (Hb 8.5). O tabernáculo tinha três compartimentos: o pátio externo, o lugar Santo e o Santo dos Santos. Uma vez por ano o sumo sacerdote entrava neste local terreno de adoração, passando pelo pátio externo para o lugar Santo e finalmente, levando o sangue do sacrifício, ele entrava no Santo dos Santos para aspergir o sangue na presençasanta de Jeová. Mas Arão era apenas um tipo daquele que é maior que Arão, o verdadeiro Sumo Sacerdote. Dele, do verdadeiro Sacerdote, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, foi escrito que Ele penetrou os céus (Hb 4.14): 'Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus' (Hb 9.24). Ele passou pelos céus, o pátio exterior, o céu que circunda a Terra; o lugar Santo, o Universo imenso com sua distância imensurável e, finalmente, Ele entrou no terceiro céu, o céu que a astronomia sabe que existe, mas que nenhum telescópio pode alcançar. Nos lugares celestiais, de acordo com a Epístola aos Efésios, estão os principados e potestades, a multidão incontável de anjos. Sua habitação está nos céus. Deus que os criou, que os fez espíritos e os revestiu de corpos apropriados para a sua natureza espiritual, também deve lhes ter designado habitação... “Também é significativo que a frase ‘exército dos céus’ signifique tanto as estrelas como os exércitos angelicais; o ‘Senhor dos Exércitos também tem o mesmo significado duplo, pois Ele é o Senhor das estrelas e o Senhor dos anjos’”.

Sua aparência: Nas histórias que se têm colecionado, há anjos com asas e outros sem asas, anjos que se parecem com anjos e outros que se parecem com seres humanos. Parece que os anjos que aparecem como homens, e não como anjos, vão ter a aparência de quem estão visitando. Em outras palavras, se o anjo que apareceu à mãe de Sansão não se parecesse com um israelita, ela não teria chamado filho de Deus, como sendo ele um profeta israelita (Jz 13.6). Se os anjos que aparecem sem que se saiba que são anjos (Hb 13.2), então aparecem aos chineses como chineses, aos africanos como africanos, e a americanos como americanos. Isso significa que há anjos aparecendo como negros e

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brancos, considerado como experiência tão grande, quanto ver o próprio Deus (Gn 16.13; 31.13; Êx 3.4; Jz 6.14; 13.22). Algum desses casos era Deus manifestando-se de alguma forma visível. A teologia judaica posterior encarava os anjos como mediadores entre Deus e os homens (Ez 40.3; Zc 3), e a posição tão elevada naturalmente fez com que alguns os adorassem. Os Anjos “são incomparáveis entre as criaturas, mas nem por isso deixam de ser criaturas”. Correspondem com adoração e louvor a Deus (Sl 148.2; Is 6.1-3; Lc 2.13-15; Ap 4.6-11) e a Cristo (Hb 1.6). Como onseqüência, os cristãos não devem exaltá-los (Ap 22.8-9); os que o fazem, perdem a sua recompensa futura (Cl 2.18).Uma das razões pela qual se originou a carta aos Colossenses, escrita pela o apóstolo Paulo, foi o culto aos anjos. A cidade de Colossos estava localizada perto de Laodicéia (Cl 4.16), no sudeste da Ásia Menor, cerca de 160 quilômetros a leste de Éfeso. A igreja colossense, tudo indica, foi fundada como resultado do grandioso ministério de Paulo em Éfeso, durante três anos (At 20.31), cujos efeitos foram tão poderosos e de tão grande alcance que “todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus” (At 19.10). Paulo talvez nunca tenha visitado Colossos pessoalmente (Cl 2.1), mas mantivera contatos com a igreja através de Epafras, um dos seus convertidos e cooperadores naquela cidade (Cl1.7; 4.12). O motivo desta epístola foi o surgimento de ensinos falsos na igreja colossense, ameaçando o seu futuro espiritual (Cl 2.8). Quando Epafras, dirigente da igreja colossense e seu provável fundador viajou com o objetivo de visitar Paulo e informar-lhe a respeito da situação em Colossos (Cl 1.8; 4.12), Paulo então escreveu esta epístola. Nessa ocasião Paulo estava preso (Cl 4.3,10,18),possivelmente em Roma (At 28.16-31), aguardando comparecer perante César (At 25.11,12). O cooperador de Paulo, Tíquico, entregou pessoalmente a carta em Colossos, em nome do apóstolo (Cl 4.7). Paulo escreveu esta epístola porque os falsos mestres estavam se infiltrando na igreja de Colossos, ensinando que a doutrina apostólica e a salvação em Cristo eram insuficientes para a plena redenção. Esse falso ensino misturava a “filosofia” e a “tradição” humanas com o evangelho (Cl 2.8) e requeria a adoração de anjos como intermediários entre Deus e o homem (Cl 2.18). Os falsos mestres exigiam a observância de certos ritos religiosos judaicos (Cl 2.16,21-23) e justificavam a sua heresia, afirmando que recebiam revelações através de visões (Cl 2.18). A filosofia subjacente nessas heresias reaparece hoje entre os que ensinam que Jesus Cristo e o evangelho original do Novo Testamento são inadequados para satisfazer nossas necessidades espirituais (2Pe 1.3). Paulo refuta essa heresia ao demonstrar que Cristo não somente é nosso Salvador pessoal, como também cabeça da igreja e Senhor do universo e da criação. Logo, é Jesus Cristo e o seu poder em nossa vida, e não a filosofia ou sabedoria humana que nos redime e salva eternamente. Não necessitamos de intermediários para termos comunhão com Cristo; devemos nos acercar dele diretamente. Ser crente significa crer em Cristo e no seu evangelho; confiar nEle amá-lo e viver na sua presença. Não devemos acrescentar coisa alguma ao evangelho, nem ter outro intermediário entre Deus e o homem, nem aceitar a filosofia humanista.

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Nesta carta Paulo nos adverte a vigiar contra todas as filosofias, religiões e tradições que destacam a importância do homem à parte de Deus e de sua revelação escrita. Hoje, uma das maiores ameaças teológicas contra o cristianismo bíblico é o “humanismo secular”, que se tornou a filosofia de base e a religião aceita em quase toda educação secular e é o ponto de vista aprovado na maior parte dos meios de comunicação e diversão no mundo inteiro.Que ensina a filosofia do humanismo? Ensina que o homem, o universo e tudo quanto existe é apenas matéria e energia moldadas ao acaso. Afirma que o homem não foi criado por um Deus pessoal, mas que resultou de um processo evolutivo. Rejeita a crença num Deus pessoal e infinito, e nega ser a Bíblia a revelação inspirada de Deus à raça humana. Afirma que não existe conhecimento à parte das descobertas feitas pelo homem, e que a razão humana determina a ética apropriada para a sociedade fazendo do ser humano a autoridade máxima neste particular. Procura modificar ou melhorar o comportamento humano mediante educação, redistribuição econômica, psicologia moderna ou sabedoria humana. Crê que padrões morais não são absolutos, e sim relativos e determinados por aquilo que faz as pessoas sentirem-se felizes, que lhes dá prazer, ou que parece bom para a sociedade, de acordo com os alvos estabelecidos por seus líderes; deste modo, os valores e moralidade bíblicos são rejeitados. Considera que a auto-realização do homem, sua auto-satisfação e seu prazer são o sumo bem da vida. Sustenta que as pessoas devem aprender a lidar com a morte e com as dificuldades da vida, sem crer em Deus ou depender dele.A filosofia do humanismo começou com Satanás e é uma expressão da sua mentira de que o homem pode ser igual a Deus (Gn 3.5). As escrituras identificam os humanistas como os que “mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador” (Rm 1.25). Todos os dirigentes, pastores e pais cristãos devem envidar seus máximos esforços em proteger seus filhos da doutrinação humanista, desmascarando-lhes os erros e instilando nas mentes deles um desprezo santo pela sua influência destrutiva (Rm 1.20-32; 2Co 10.4,5; 2Tm 3.1-10; Jd 4-20; 1Co 1.20; 2Pe 2.19). Os falsos mestres ensinavam que era preciso reverenciar e adorar os anjos, como mediadores, para ter comunhão com Deus. Para Paulo, invocar os anjos seria substituir Jesus Cristo como cabeça todo-suficiente da igreja (Cl 2.19); daí, Paulo advertir contra isso. Hoje, a crença de que Jesus Cristo não é o único intermediário entre Deus e o homem é posta em prática na adoração e oração a santos mortos, como padroeiros e mediadores. Essa prática despoja Cristo de sua

supremacia e centralidade no plano redentor de Deus. Adorar e orar a qualquer pessoa que não seja Deus Pai, Deus Filho ou Deus Espírito Santo são práticas antibíblicas, e por isso devem ser rejeitadas.

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Não obstante, o zelo de Paulo refutando o culto aos anjos, entre outras heresias, após o século IV d.C., o culto aos anjos tornou-se generalizado, sendo honrado especialmente o arcanjo Miguel. Os anjos passas a figurar com destaque na arte e no culto dos cristãos medievais. Posteriormente, com o advento do protestantismo, os líderes protestantes desencorajaram a prática, contudo, os liberais relegaram os anjos ao domínio da fantasia religiosa e poética. Desta formahoje os anjos são adorados em larga escala.4 – HIERARQUIA E CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOSA Bíblia faz menção de anjos bons e anjos maus, embora ressalte que todos os anjosforam originalmente criados bons e santos (Gn 1.31); tendo livre-arbítrio. Numerososanjos participaram da rebelião de Satanás contra Deus (Ez 28.12-17; Jd 6; Ap 12.9; Mt4.10) e abandonaram o seu estado original de graça, como servos de Deus, e assimperderam o direito à sua posição celestial.O Anjo do SenhorUma designação especial no Antigo Testamento é “O ANJO DO SENHOR”.Podemos ler 60 ocorrências no Antigo Testamento, onde sua aparição eautoridade o classifica de forma especial (Gn 16.11; 16.13; 18.2; 18.13-33; 22.11-18; 24.7; 31.11-13; 32.24-30; Êx.3.2-6; Jz.2.1; 6.11-14; 13.21,22). 4.1.1. SuaidentidadeExistem aqueles que acreditam que era simplesmente um anjo em missãoespecial representando Jeováa) Esta identificação fala de Jesus um anjo, que se assemelha à doutrinamulçumana, mórmon e outras.b) Jesus tinha um anjo especial a quem chamava de “Meu anjo”, enviado para“testificar acerca destas coisas” descrito em Ap 22.16. Então Deus tambémpoderia fazer uso de um anjo para missões especiais ou comissioná-lo paratal.c) Em Mateus o anjo que aparece a Zacarias e Maria é chamado “O Anjo doSenhor’ (Kurios), depois identificado como Gabriel. “Kurios” é a palavra gregaequivalente a Jeová, de acordo com o dicionário expositivo de Vine. Como“Anjo do Senhor” Gabriel tinha autoridade de agir e falar pelo Senhor, comojá vimos.d) O Teólogo Hicks observa que as Escrituras ocasionalmente atribuem aspalavras de um anjo a Deus mesmo quando ele não é um anjo de Jeová.Isso não deveria causar problemas, porque se um anjo de Jeová é Deus ou oSeu anjo, ainda assim representa Deus intervindo diretamente na vida doshomens.Há vários argumentos que afirmam ser uma teofania da segunda pessoa daTrindade (Cristofania). Dentre eles alistamos:a) A linguagem, malak yaweh, é um título singular e peculiar mostrando que essepersonagem era mais do que um anjo.

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b) No Antigo Testamento, ele é consistentemente apresentado como Jeová: Oanjo apareceu, mas Deus, ou o Senhor, falou.c) As promessas ou orientações dadas por este ser são tais que somente Deuspoderia ter assim dado.d) Este anjo, identificado como Jeová, apesar de tudo é apresentado de formadistinta de Jeová e clama por Jeová. Portanto, este anjo parece ser umaCristofania, ou pré-encarnação do Filho de Deus, Jesus Cristo.e) Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, diz a Palavra do Senhor que eleJosué) “...se prostrou sobre o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhE: Quediz meu Senhor ao seu servo?”(Js 5.1). Se o Anjo do Senhor não fosse opróprio Senhor (o Senhor Jesus), o anjo (caso fosse simplesmente “um anjo”)teria proibido a Josué de adorá-lo, como ocorreu em Ap 19.10 e Ap 22.8,9.f) Em Jz 2.1, o Anjo do Senhor diz: Do Egito Eu vos fiz subir, e Eu vos trouxe àterra que a vossos pais Eu tinha jurado, e Eu disse: Eu nunca invalidarei o meuconcerto convosco (o grifo nos pronomes é nosso). Comparada esta passagemcom outras que descrevem o mesmo evento, verifica-se que eram atos doSenhor, o Deus do concerto israelita. Foi Ele quem jurou a Abraão, a Isaque e aJacó que aos seus descendentes daria a terra de Canaã (Gn 13.14-17; 17.8).Jurou que esse concerto seria eterno. Ele tirou os israelitas do Egito (Êx 20.1,2)e Ele os levou à terra prometida (Js 1.1,2).g) Embora concordemos com o fato de que existem controvérsias a respeito destapassagem de Jz 13.18, reputamos a mesma como factual e elucidativa.Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o Seu nome, Ele responde:“...porque perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso”? Umacomparação desta resposta com a passagem de Is 9.6 demonstra que o Anjodo Senhor que apareceu a Manoá é o Menino de quem nos Isaías se refere.Isto é, o Anjo do Senhor, cujo nome é Maravilhoso.h) Outra prova escriturística que apresentamos, é que no contextoneotestamentário, a Bíblia deixa de utilizar-se do termo “o Anjo do Senhor”como pessoa específica. Isto é demonstrado pelo fato de que o artigo definidomasculino singular “o” deixa de ser utilizado, sendo substituído pelo artigoindefinido “um”. Alguns exemplos disto são os textos de Lc 1.11; At 12.7 e At12.23, dentre muitos outros. Infelizmente, nem todas as ocorrências no NovoTestamento, na versão ARC, aonde deveria ocorrer a expressão “um” anjo doSenhor, acontece. Em vez disso, se encontra o termo “o” anjo do Senhor. Fatoque foi corrigido na versão ARA, nos textos citados e em outros correlatos.Esta substituição na ARA possui um grande significado. Pois no contexto do NovoTestamento, contemporâneo ou posterior à encarnação, as manifestaçõesangelicais não eram do Anjo do Senhor, mas meramente de um de Seus anjos,pois o Anjo do Senhor já havia sido manifestado na carne (1Tm 3.16). 4.1.2.Tarefas realizadas

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a) Mensagens ao povo do Senhor (Gn 22.15-18);b) suprir necessidades do povo do Senhor (1Rs 19.5-7);c) proteger o povo de Deus do perigo (Êx 14.19);d) ocasionalmente destruir os inimigos de Jeová (Êx 23.23);e) punia os rebeldes (2Sm 24.16,17). 4.1.3. Seus aparecimentosa) Seu primeiro aparecimento foi à escrava egípcia, Hagar a fim de lhe socorrer efoi identificado como sendo “O Anjo do Senhor” (Gn 16.7-12);b) a pessoa de Abraão (Gn 22.11,15);c) a Jacó (Gn 31.11-13);d) a Moisés (Êx 3.2). Ainda mais explicitamente, o anjo do Senhor que apareceu aMoisés na sarça ardente disse, em linguagem bem clara: “Eu sou o Deus deteu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Êx 3.6);e) a todos os israelitas durante o êxodo (Êx 14.19);f) mais tarde em Boquim (Jz 2.1,4);g) a Balaão (Nm 22.22-36);h) a Josué (Js 5.13-15, onde o príncipe do exército do SENHOR é maisprovavelmente o Anjo do SENHOR); Josué prostrou-se e o adorou (Js 5.14).Esta atitude tem levado muitos a crerem que esse anjo era uma manifestaçãodo próprio Senhor Deus; do contrário, o anjo teria proibido Josué de adorá-lo(Ap 19.10; 22.8,9);i) a Gideão (Jz 6.11);j) a Davi (1Cr 21.16);k) a Elias (2Rs 1.3-4);l) a Daniel (Dn 6.22).O Arcanjo MiguelMiguel tem seu correspondente no grego “Michael e no hebraico mika'el. O nomeMiguel é muito expressivo, “quem é como Deus?” Em que aspecto ele ésemelhante a Deus não foi revelado, mas temos três passagens nas quais ele foidiretamente mencionado e onde vemos que ele tem grande autoridade. De acordocom Dn 12.1, ele é o “defensor do povo de Daniel - Israel”. Em Judas 9 eleteve uma controvérsia com Satanás sobre o corpo de Moisés; mas nessa situaçãoe apesar de toda a sua grandeza, ele não se atreveu a “proferir juízo infamatóriocontra ele”, mas confiando na sua dependência de Deus, ele declara: “...o Senhorte repreenda”. Miguel se encontra novamente na predição registrada em Ap 12.7-12. Ele, como chefe dos exércitos do céu, participa de uma batalha vitoriosa nocéu contra Satanás e os seus anjos. Temos ainda a revelação de que a “voz doarcanjo” será ouvida quando Cristo voltar para buscar a Igreja (1Ts 4.16).A tradição sobre a existência de arcanjos não fazia parte original da fé judaica.Assim, na literatura bíblica, Miguel é introduzido em Dn 10.13,21 e 12.1 ereaparece no Novo Testamento em Jd 9 e Ap 12.7. Embora algumas literaturastenham Gabriel como outro Arcanjo (totalizando sete na literatura apócrifa e

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pseudepígrafa, onde quatro nomes são revelados: Miguel, Gabriel, Rafael e Uriel),a Bíblia só revela a existência de um único Arcanjo, Miguel. Isto é demonstradopelo fato de que nas duas ocorrências da palavra grega archangelos, “arcanjo”,1Ts 4.16 e Jd 9, o termo só aparece no singular, ligado unicamente ao nome deMiguel, donde se conclui biblicamente que só exista um anjo assim denominadoArcanjo, ou anjo-chefe, e que esse Arcanjo chama-se Miguel.O Miguel que se pode encontrar no Novo Testamento surge no Antigo Testamentoapenas no livro de Daniel, à semelhança de Gabriel, é um ser celestial. Tem, noentanto, responsabilidade especiais como campeão de Israel contra o anjo rivaldos persas (Dn 10.13,21), e ele comanda os exércitos celestiais contra todas asforças sobrenaturais do mal na última grande batalha (Dn 12.1). Na literaturajudaica recente, bem como nos apócrifos e pseudepígrafos, o nome de Miguel éapresentado como guardião militar e intercessor de Israel.No Novo Testamento, Miguel aparece apenas em duas ocasiões. Em Jd 9, háreferência a uma disputa entre Miguel e o diabo com respeito ao corpo de Moisés.Essa passagem é bastante polêmica. Orígenes acreditava que isto estariaregistrado num apócrifo chamado de “Assunção de Moisés”, mas a história nãoaparece nos textos existentes, porém incompletos, desta obra. A literatura rabínicaposterior parece ter conhecimento desta história. O outro texto em que Miguelaparece, é Ap 12.7, que retoma o tema de Dn 12.1, apresentando-se Miguel comosendo o vencedor do dragão primordial, identificado como Satanás.GabrielO vocábulo Gabriel tem sua correspondente no hebraico “geber El”, e significa“homem de Deus”. Aparece quatro vezes nas Escrituras como revelador dopropósito divino. No Antigo Testamento ele falou a Daniel sobre o final dos tempos(Dn 8.15-27). Semelhantemente, deu a Daniel a predição quase incomparável deDn 9.20-27. O profeta descobriu (Jr 25.11-12) que o período que Israel tinha depermanecer na Babilônia era de setenta anos e que esse tempo estava para secompletar. Então se entregou à oração pelo seu povo. A oração, conformeregistrada, Gabriel passou com incrível rapidez do trono de Deus para o profetaque orava na Terra. Foi então que este anjo revelou o propósito de Jeová quantoao futuro de Israel. No Novo Testamento trouxe a Zacarias a mensagem donascimento João (Lc 1.11-20) e foi ele que veio com a maior de todas asmensagens à Maria quanto ao nascimento de Cristo e o Seu ministério como Reisobre o trono de Davi (Lc 1.26-33). Apresenta-se como aquele que “assiste diantede Deus” (Lc 1.19).QuerubinsQuerubim tem sua correspondente no hebraico “qeruvim” (Gn 3.22-24; Ez 10.1-3).Vocábulo correlato com um verbo acadiano que significa “bendizer, louvar,adorar”. Os querubins estão sempre associados com a santidade de Deus e aadoração que a sua presença imediata inspira. O título querubim fala de sua

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posição elevada e santa e sua responsabilidade está intimamente relacionadacom o trono de Deus como defensores de Seu caráter e presença santa. Protegera santidade de Deus é uma atividade importante deles. Os querubins aparecempela primeira vez junto ao portão do Éden, depois que o homem foi expulso ecomo protetores para que o homem não retorne poluindo a santa presença deDeus. Aparecem novamente como protetores, embora em imagens de ouro, sobrea arca da aliança, onde Deus se comprazia em habitar. A cortina do tabernáculoseparava a presença divina do povo ímpio, tinha bordados de figuras de querubins(Êx 26.1). Ezequiel refere-se a estes seres chamando-os pelo seu título dezenovevezes e a verdade relacionada com eles deriva destas passagens. Ele osapresenta com quatro rostos diferentes: de um leão, de um boi, de um homem e aface de uma águia (Ez 1.3-28; 10.1-22). Este simbolismo relaciona-seimediatamente com as criaturas viventes da visão de João (Ap 4.6-5.14). 4.5.Serafins (Is 6.1-3)A palavra serafins do hebraico “saraph” significa “ardentes”, “queimadores”,“irradiantes da glória de Deus”, “brilhantes de Deus”, “incandescidos de Deus”.Declaram a glória incomparável de Deus e a sua santidade suprema. O títuloserafins fala de adoração incessante, do seu ministério de purificação e de suahumildade. Eles aparecem apenas uma vez nas Escrituras sob esta designação(Is 6.1-3). Sua atribuição tripla de adoração conforme registrada por Isaías foirepetida por João (Ap 4.8) e sob o título de criaturas viventes. Alguns estudiososacreditam que os “seres viventes” (ou animais, Ap 4.6-9) são sinônimos deserafins e querubins. Todavia, os querubins em Ezequiel parecem semelhantes, eos “seres viventes” em Apocalipse são diferentes entre si.Anjos eleitosA referência, em 1Tm 5.21, aos “anjos eleitos”, descortina imediatamente umcampo interessante de pesquisa referente ao alcance que a doutrina da eleiçãosoberana deve ter na relação dos anjos para com o seu Criador. É preciso aceitarque os anjos foram criados com um propósito e que no seu reino, assim como ohomem, os desígnios do Criador serão executados até o final. A queda de algunsanjos foi tão antecipada por Deus quanto à queda do homem. Está tambémimplícito que os anjos passaram por um período de experiência.GovernadoresHá indicações de que existam organizações entre os anjos bons. Em Cl 1.16,Paulo fala de tronos, soberanias (domínios), principados e potestades (poderes) eacrescenta que foram criados por intermédio dEle e para Ele. Isto parece incluirque ele está se referindo aos anjos bons. Em Efésios 1.21, a referência pareceincluir tanto os anjos bons quanto maus. Nas outras passagens, essa terminologiase refere definitivamente apenas aos anjos maus (Rm 8.38; Ef 6.13; Cl 2.15).a) Tronos (thronoi) se referem a seres angélicos, cujo lugar é na presençaimediata de Deus. Esses anjos são investidos de poder real que exercem

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sob Deus;b) Domínios (gr. kuriotetes) parecem estar próximos dos thronoi em dignidade;c) Principados (gr. archai) parecem se referir a governantes sobre povos enações distintos. Assim, Miguel é tido como príncipe de Israel (Dn 10.21;12.1); assim lemos também a respeito do príncipe da Pérsia e do príncipeda Grécia (Dn 10.20). Isto é, cada um é um príncipe em um destesprincipados;d) Poderes – potestades (gr. exousiai) são possivelmente autoridadessubordinadas, servindo sob uma das outras ordens. É verdade que nãopodemos saber com certeza o significado real desses termos, mas essesacima parecem ser uma explicação plausível. 4.8. Anjos especialmentenomeadosCertos anjos só ficaram conhecidos pelo serviço que prestaram. Destes, temosaqueles que serviram como anjos de juízo (Gn 19.13; 2Sm 24.16; 2Rs 19.35; Ez9.1,5,7; Sl 78.49). Vejamos:a) Vigilantes (Dn 4.13,23). Os “vigias” (aram. irin, correlato com o heb. ur,“estar acordado”) são mencionados somente em Daniel 4.13,17,23. São os“santos” que promoviam zelosamente os decretos soberanos de Deus, edemonstravam o senhorio de Deus sobre Nabucodonosor.b) Anjo do abismo (Ap 9.11). “Tinham sobre si rei o anjo do abismo, cujo nomeem hebraico é Abadom e em grego Apoliom” (Ap 9.11). Abadom (ouApoliom) é identificado, tal como sucede como muitíssimos outroselementos do Apocalipse, de muitas formas variadas. A seguir damos osprincipais pareceres sobre Abadom ou Apoliom: (a) É possível que o “anjoestrela”do primeiro versículo (Ap 9.1) esteja aqui em pauta, portanto ele équem tem o poder de abrir o abismo; (b) as interpretações “simbólicas” nãovêem aqui qualquer “ser” em particular, mas apenas a manifestação do“princípio do mal” de várias formas; (c) tradicionalmente, Satanás é reputado o “rei do mundo inferior”, apersonificação do mal e daquilo que ele produz neste caso, a “destruição”.Portanto, vários intérpretes supõem que Satanás está em foco neste passobíblico;(d) há precedentes, entretanto, para supor-se que o “rei do hades e Satanássão personalidades distintas”. Se o vidente João alude aqui a esse tipo detradição, então o “rei” (o “destruidor”) neste caso será um elevado podermaligno, um arcanjo das trevas, por assim dizer, mas não o próprioSatanás. Não obstante, poderíamos supor que esse poder maligno estásujeito à autoridade do diabo. Dentre essas interpretações, a de númeroquatro (d) é a mais provável.Aquele que tem autoridade sobre o fogo“E saiu do Altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo...”. Esse Anjo é aquele

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que, cuja missão é conservar o fogo aceso no altar celeste (Ap 14.18).O anjo das águas“E ouvi o anjo das águas que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, esanto és, porque julgaste estas coisas” (Ap 16.5). Essa idéia é extraída da noçãojudaica helenista de que cada elemento da natureza é controlado pelos anjos.Assim, teríamos os anjos dos quatro ventos, do calor, da geada, das águas, dofogo, e assim, interminavelmente. O anjo que aparece neste versículo tem portarefa guardar os suprimentos de água do globo terrestre.Anjos que controlam os ventos“E, depois destas coisas, vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos daterra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre aterra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma” (Ap 7.1). Os anjos que seacham nos quatro cantos da terra conservam presos os quatro ventos. Não lhes épermitido soprar e nem destruir. Em Dn 7.2,3, vemos os quatro ventos do céuirrompendo sobre o mar, provocando destruições imensas. Deus está no comandoaté do vento. “E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te,aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança” (Mc 4.39).Anjos guardiões “E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, edos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares demilhares” (Ap 5.11). A exemplo de Apocalipse Mateus 26.53, Hebreus12.22, e Salmos 68.17 indicam que os anjos a serviço de Deus são muitonumerosos. Outras passagens indicam que eles observam os homens,prestando serviços em prol de nações, comunidades e indivíduos (Hb 1.14;Mt 18.10; Sl 9.1; Dn 10.13; 12.1; Js 5.14). Os trechos bíblicos que dãoapoio à doutrina dos anjos guardiões são Jó 33.23; Dn 10.13; Mt 18.10; Hb1.14 e Ap 1.20. 4.12.2.Crença judaica - Uma antiga doutrina judaica ensina que o anjo guardiãotem a semelhança ou aparência daquele a quem guarda, a que talvez sejarefletido em Atos 12.15. Essa idéia pode estar ligada à noção oriental doeu-superior ou super-eu do indivíduo. Presumivelmente, a alma não é oelemento superior do indivíduo, mas sim é um instrumento do eu-superior,que é a verdadeira entidade. Esse super-eu é o homem em sua forma maiselevada, um poderosíssimo ser espiritual. Nesse caso, o anjo guardião seriao próprio homem, e a alma seria seu instrumento, tal como o corpo é oinstrumento da alma. Há muitos mistérios, e talvez o que aqui dizemosperscrute um tanto esses mistérios, sem desvendá-los. Se esse conceito éveraz, então o indivíduo é seu próprio anjo guardião, ou pelo menos,poderia ser, embora esse anjo exista em uma outra dimensão de seupróprio ser. Isso não negaria a existência de outros espíritos elevados, quepoderiam interessar-se em nossas vidas e aos quais poderíamos chamar

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de “anjos”.5 - SUAS ATRIBUIÇOES MINISTÉRIASNo ministério de JesusNa eternidade passada (Sl 90.2), adoravam a Cristo“E, quando outra vez introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos osanjos de Deus o adorem” (Hb 1.6). A expressão eternidade passada refereseà existência eterna de Deus, que não tem começo nem fim. Eternidade(hb. olam) não significa em primeiro lugar que Deus transcende o tempo,mas, sim, que é infindável no tempo (Gn 21.33; Jó 10.5; 36.26). AsEscrituras não ensinam que Deus existe num tipo de eterno tempopresente, onde não há nem o passado nem o futuro. Os trechos dasEscrituras que declaram a eternidade de Deus fazem-no em termos decontinuidade, e não de intemporalidade, isto é, Deus conhece o passadocomo passado, o presente como presente e o futuro como futuro.Anunciaram o seu nascimento“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe,desposada com José, antes de se ajuntarem, rachou-se ter concebido doEspírito Santo. Então, José, seu marido, como era justo se a não queriainfamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isso, eis que, emsonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, nãotemas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é doEspírito Santo. E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS,porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1.18,19, 20,21); Lerainda Lc 1.26,28; 2.8,20. Um anjo do Senhor anuncia o nascimento deJesus, fato registrado tanto por Mateus quanto por Lucas, ambosconcordam em seus registros em declarar inequivocamente que Jesusnasceu de uma mãe virgem, sem a intervenção de pai humano, e que Elefoi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.34,35). A doutrina do nascimentovirginal de Jesus, de há muito vem sendo atacada pelos teólogos liberais. Éinegável, no entanto, que o profeta Isaías vaticinou a vinda de um menino,nascido de uma virgem, que seria chamado Emanuel , um termo hebraicoque significa Deus conosco (Is 7.14). Essa predição foi feita 700 anos antesdo nascimento de Cristo. A palavra virgem é a tradução correta da palavragrega parthenos, empregada na Setuaginta, em Is 7.14. A palavra hebraicasignificando virgem (almah) , empregada por Isaías, designa uma virgemem idade de casamento, e nunca é usada no Antigo Testamento paraqualquer outra condição da mulher, exceto a da virgindade (Gn 24.43; Is7.14). Daí, Isaías, Mateus e Lucas afirmarem a virgindade da mãe de Jesus(Is 7.14). É de toda importância o nascimento virginal de Jesus. Para que onosso Redentor pudesse expiar os nossos pecados e assim nos salvar, Eleteria que ser numa só pessoa, tanto Deus como homem impecável (Hb

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7.25,26). O nascimento virginal de Jesus satisfaz essas duas exigências.(a) A única maneira de Ele nascer como homem era nascer de umamulher.(b) A única maneira de Ele ser um homem impecável era serconcebido pelo Espírito Santo (Hb 4.15).(c) A única maneira de Ele ser deidade, era ter Deus como seu Pai.A concepção de Jesus, portanto, não foi por meios naturais, massobrenaturais, daí, o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho deDeus (Lc 1.35). Por isso, Jesus Cristo nos é revelado como uma só Pessoadivina, com duas naturezas: divina e humana, mas impecável. Por ter vividocomo ser humano, Jesus se compadece das fraquezas do ser humano (Hb

4.15,16). Como o divino Filho de Deus, Ele tem poder para libertar o serhumano da escravidão do pecado e do poder de Satanás (At 26.18; Cl 2.15;Hb 2.14; 4.14,15; 7.25). Como ser divino e também homem impecável, Elepreenche os requisitos como sacrifício pelos pecados de cada um, etambém como sumo sacerdote, para interceder por todos os que por Eleaproximam-se de Deus (Hb 2.9-18; 5.1-9; 7.24-28; 10.4-12). Eis a supremaimportância da intervenção angelical junto a José quando este intentavadeixar secretamente Maria (Mt 1.18,19).Protegeram-No na Sua infância“E, tendo-se eles retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José emsonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para oEgito, e demora-te lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar omenino para o matar. E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, denoite, e foi para o Egito. E esteve lá até à morte de Herodes, para que secumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egitochamei o meu Filho. ...Morto, porém, Herodes, eis que o anjo do Senhorapareceu, num sonho, a José, no Egito, dizendo: Levanta-te, e toma omenino e sua mãe, e vai para a terra de Israel, porque já estão mortos osque procuravam a morte do menino. Então, ele se levantou, e tomou omenino e sua mãe, e foi para a terra de Israel”. Esses dois avisos da partede Deus a José, por meio dos seus anjos, nos ensinam que Deus vela poraqueles que Ele ama e Ele é quem melhor sabe frustrar os planos dosímpios e livrar seus fiéis das mãos dos que lhes querem fazer mal.Acolheram depois da tentação no deserto“E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E,chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda queestas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Estáescrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai daboca de Deus” (Mt 4.2,3). “Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os

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anjos e o serviram” (Mt 4.11). Jesus jejuou 40 dias, e depois teve fome, e aseguir foi tentado por Satanás a comer. Isto pode indicar que Cristoabsteve-se de alimento, mas não de água. Abster-se de água por 40 diasrequer um milagre. Uma vez que Cristo teve que enfrentar a tentação, comorepresentante do homem ele não poderia empregar nenhum outro meiopara vencê-la além do de um homem cheio do Espírito Santo (Êx 34.28;1Rs 19.8; Mt 6.16). Por conseguinte, esperaria na providência do Pai, nãoprecisaria transformar pedras em pães para alimentar-se. A sua justaobediência é recompensada pelo Pai ao ser servido pelos anjos (Mt 4.11).Um dos aspectos principais da tentação de Jesus girou em torno do tipo deMessias que Ele seria e como empregaria a sua unção da parte de Deus.Jesus foi tentado a utilizar sua unção e posição para servir a seus própriosinteresses, obter glória e poder sobre as nações, ao invés de aceitar a cruze o caminho do sofrimento, e ajustar-se à expectativa popular de umMessias sensacional. 5.1.5. Consolaram-no em sua luta espiritual noGetsêmani Em oração no Getsêmani Jesus diz: “...Meu pai, se possível,passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tuqueres” (Mt 26.39b). “E apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava” (Lc22.43). Sua oração, no que diz respeito ao afastamento do cálice não foiatendida, contudo, foi ouvida, pois o Pai o fortaleceu mediante um anjo docéu, que o confortava. 5.1.6. Acompanharam toda sua vida ministerialJesus falou de anjos que subiam e desciam sobre Ele (Jo 1.51); disse podercontar com mais de 12 legiões de anjos em prol de sua defesa (Mt 26.53).“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que semanifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregadoaos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória” (1Tm 3.16).Observaram-no na Sua ressurreiçãoA ressurreição de Jesus Cristo (Mt 28.2-5; Lc 24.23; Jo 20.12; Mt 28.6) éuma das verdades essenciais do evangelho (1Co 15.1-8). Qual aimportância da ressurreição de Cristo para os que nEle crêem? Elacomprova que Ele é o Filho de Deus (Jo 10.17,18; Rm 1.4). Garante aeficácia da sua morte redentora (Rm 6.4; 1Co 15.17). Confirma a verdadedas Escrituras (Sl 16.10; Lc 24.44-47; At 2.31). É prova do juízo futuro dosímpios (At 17.30,31). É o fundamento pelo qual Cristo concede o EspíritoSanto e a vida espiritual ao seu povo (Jo 20.22; Rm 5.10; 1Co 15.45), e abase do seu ministério celestial de intercessão pelo crente (Hb 7.23-28).Garante ao crente a sua futura herança celestial (1Pe 1.3,4) e suaressurreição ou transformação quando o Senhor vier (Jo 14.3; 1Ts 4.14ss).Ela põe à disposição do crente, na sua vida diária, a presença de Cristo e oseu poder sobre o pecado (Gl 2.20; Ef 1.18-20; Rm 5.10).A ressurreição de Cristo está bem comprovada historicamente. Depois de

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ressurgir, Cristo permaneceu na terra por quarenta dias, aparecendo efalando com os apóstolos e muitos outros seus seguidores. Suas apariçõesdepois da ressurreição são as seguintes: a Maria Madalena (Jo 20.11-18);às mulheres que voltavam do sepulcro (Mt 28.9,10); a Pedro (Lc 24.34); aosdois que iam a caminho de Emaús (Lc 24.13-32); a todos os discípulos,exceto Tomé e outros com eles (Lc 24.36-43); a todos os discípulos numdomingo à noite, uma semana depois (Jo 20.26-31); a sete discípulos juntoao mar da Galiléia (Jo 21.1-25); a 500 crentes na Galiléia 1Co 15.6); aTiago (1Co 15.7); aos discípulos que receberam a Grande Comissão (Mt28.16-20); aos apóstolos, no momento da sua ascensão (At 1.3-11); e aoapóstolo Paulo (1Co 15.8).E nesta ocasião tão solene, de elevada significância, anjos do Senhor sefazem presentes, testemunhando, confortando e dando orientações àsvisitantes do túmulo vazio: “E eis que houvera um grande terremoto, porqueum anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, esentou-se sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e a suaveste branca como a neve. E os guardas, com medo dele, ficaram muitoassombrados e como mortos. Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres:Não tenhais medo; pois eu sei que buscai a Jesus, que foi crucificado. Elenão está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugaronde o Senhor jazia. Ide, pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulosque já ressuscitou dos mortos. E eis que ele vai adiante de vós para aGaliléia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito” (Mt 28.2-7).Na sua ascensão acompanharam“E levou-os fora, até Betânia; e, levantando as mãos, os abençoou. Eaconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu.E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém” (Lc 24.50-52). “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e umanuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitosno céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varõesvestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estaisolhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima nocéu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.9,10,11).Eles o acompanharão na Sua segunda vinda“E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestarSenhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder, como labareda defogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que nãoobedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo” (2Ts 1.7).Observamos que embora Deus vá retribuir aos ímpios (2Ts 1.6) no começoda grande tribulação (Ap 6), a retribuição completa (2Ts.6-9) ocorrerásomente no fim da presente era, quando o “Senhor Jesus se manifestar

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desde o céu, com os anjos do seu poder”, para julgar os ímpios (2Ts 7-10;Ap 19.11-21). Ler ainda: Mt 24.31; 25.31; Mc 8.38; 13.27; Lc 9.26.São ministradores a favor dos santosEntre as múltiplas funções exercidas pelos anjos, destaca-se de maneira especiale particular aquela que diz respeito à orientação e ministração do bem ao Povo deDeus.Nem sempre podemos ter consciência da presença dos anjos, ainda que elesestejam ao nosso redor. Nem sempre podemos predizer como eles aparecerão.Diz-se, todavia, que os anjos são nossos vizinhos bem chegados. Com freqüênciapodem ser nossos companheiros nas circunstâncias mais diversas, sem, contudonos apercebermos de sua presença. Pouco é o que sabemos acerca da suaconstante assistência. A Bíblia nos garante, entretanto, que um dia as “escamas”serão retiradas dos nossos olhos, para que possamos ver e reconhecer em toda aplenitude as coisas que desconhecemos, inclusive a atenção que os anjos nosdedicam.Muitas experiências do Povo de Deus, tanto nos dias do Antigo Testamento comodo Novo, bem como nos dias pós-apostólicos indicam que os anjos nos têmauxiliado. Há pessoas que poderão não ter sabido que estavam sendo ajudadas,porém a visita era real.Existem nos nossos dias muitos clássicos da literatura evangélica que tratam daforma como muitos crentes nos tempos modernos, nas circunstâncias maisdiversas, foram confortados por anjos de Deus. Portanto, podemos contar com oauxílio dos anjos, hoje.Aplicadores dos juízos de DeusDeus, por seu ilimitado poder, detém consigo elementos não só de edificação,mas também de destruição. Nos domínios da natureza, em particular, Ele temusado o vento, a água, e o fogo, como elementos de manifestação da sua ira.Porém, no campo espiritual, Ele usa seus anjos, principalmente quando a açãovisa à defesa do Seu Povo e o abatimento dos “poderosos” da Terra.Os anjos são responsabilizados pela morte dos primogênitos do Egito, peladestruição de Sodoma e Gomorra, pela destruição do exército assírio nos dias deEzequias, pela ameaça de iminente destruição da cidade de Jerusalém nos diasde Davi, pela punição de Herodes Agripa, por contender com o Diabo por causado corpo de Moisés.Na Bíblia, parece que nenhum outro texto fala de forma tão conclusiva da açãoheróica dos santos anjos na execução das guerras e dos juízos de Deus, como oSI 104.4, que diz: “... fazes a teus anjos ventos e a teus ministros, labaredas defogo...”.Comunicadores das Boas-NovasAs Escrituras estão cheias de grandes eventos no cumprimento dos quais osanjos de Deus desempenharam papel decisivo, como comunicadores de boasnovas

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e da misericórdia divina. Particularmente no Antigo Testamento, elesanunciaram o nascimento de lsaque e de Sansão. Já no Novo Testamento, elesanunciaram o nascimento de João Batista; o nascimento, ressurreição e volta deJesus Cristo.Como vemos, Deus usou os seus anjos para anunciar o nascimento do maiorpersonagem do Novo Testamento, bem como do seu precursor, a ressurreição e avolta triunfal de Cristo. Certamente que Deus pode usar ainda hoje os seus anjoscomo comunicadores da sua vontade, e nada poderá impedi-lo de fazer, desdeque isto contribua para a Sua Glória. Porém, ao crente de hoje é conferida a maiorresponsabilidade do que aos anjos, referente à comunicação das Boas-Novas doReino de Deus.Como espectadores da obra de DeusEm quatro exemplos lemos que os anjos foram espectadores. Em Lc 15.10 elesobservaram a alegria do Senhor por um pecador que se arrepende. Não é aalegria dos anjos, como se supõe freqüentemente (Jd 24). Em Lc 12.8-9, Cristodisse: “...digo vos ainda: Todo aquele que me confessar diante dos homens,também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus, mas o que menegar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus...”. Assim,também, toda a vida terrena de Cristo foi “contemplada por anjos” (1Tm 3.16). EmAp 14.10-11, os anjos observam o infortúnio eterno daqueles que “adoram a bestae a sua imagem”. Por outro lado, a Igreja, segundo predição, julgará os anjos (1Co6.3), apesar de que, atualmente, esteja tão pouco preparada até mesmo parajulgar as coisas da Terra.Executores de juízos divinosForam portadores de mensagens de Deus (Zc 1.14-17); trouxeram respostas àsorações (Dn 9.21-23; At 10.4); serviram em prol do povo de Deus (Dn 3.25; 6.22);protegeram os santos que tementes a Deus que se afastaram do mal (Sl 34.7;91.11; Dn 6.22; At 12.7-10); castigaram os inimigos de Deus (2Rs 19.35). 5.7.Desempenharam uma elevada missão ao revelarem a lei de Deus a Moisés (At7.38; Gl 3.19; Hb 2.2).“...Vós que recebestes a lei por ordenação dos anjos e não a guardastes” (At7.53). Veja o contexto de GI 3.19: “...a lei..., foi posta pelos anjos na mão de ummedianeiro”. Moisés falava, e Deus respondia em alta voz. Agora com a presençade Deus na montanha, tudo mudou de aspecto. A montanha inteira pareceu pulsarde vida. O terror se apoderou do povo embaixo. A terra pareceu abalada por meioobscuro. Quando Deus veio ao topo da montanha, estava acompanhado demilhares de anjos (SI 68.8-17). Moisés, testemunha silenciosa e solitária deveriater sido dominado por uma grande visão, ainda que não fosse a totalidade dasforças de Deus. Abala a imaginação pensar que espécie de manchete teriaocorrido ali. “E tão terrível era a visão que Moisés disse: Estou todo assombrado,e tremendo” (Hb 12.21a). Observa-se que a aparição de Deus cercada de seres

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angélicos foi imensamente gloriosa. Ele resplandeceu como o sol quando ganhaforça no firmamento. Mesmo Seir e Parã, duas montanhas a alguma distância,foram iluminadas pela Glória Divina que apareceu no monte Sinai, refletindoalguns de seus raios; tão brilhante foi a aparição de Deus e Seus ministros e tantoempenho de relatar as maravilhas da providência divina, que até “...raiosbrilhantes saíam da sua mão...” (SI 18.7,8; Hb 3.3). Além desta aparição de anjosao lado do seu Criador, o ministério angelical é proeminentemente desenvolvidono Antigo Testamento. H. Halley observa que os anjos estão presentes em quasetodos os acontecimentos tanto do Antigo como do Novo Testamento. Eles aflorampor toda a Bíblia!Executam sem questionar qualquer comando de DeusSob as ordens de Deus um anjo feriu a 70 mil escolhidos de Israel no tempo deDavi. “Então, enviou o SENHOR a peste a Israel, desde pela manhã até ao tempodeterminado; e, desde Dã até Berseba, morreram setenta mil homens do povo.Estendendo, pois, mo Anjo a sua mão sobre Jerusalém, para a destruir, oSENHOR se arrependeu daquele mal; e disse ao Anjo que fazia a destruição entreo povo: Basta, agora retira a tua mão. E o Anjo do SENHOR estava junto à eira deAraúna, o jebuseu. E, vendo Davi ao Anjo que feria o povo, falou ao SENHOR edisse: Eis que eu sou o que pequei e eu o que iniquamente procedi; porém estasovelhas que fizeram? Seja, pois, a tua mão contra mim e contra a casa de meupai” (2Sm 24.15-17).Prestam socorro sob o comando divinoObedecendo a Deus um anjo acudiu Elias quando fugia da fúria de Jezabel. “Edeitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhedisse: Levanta-te e come. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pãocozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitarse.E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te ecome, porque mui comprido te será o caminho. Levantou-se, pois, e comeu, ebebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias de quarenta noitesaté Horebe, o monte de Deus” (1Rs 19.5-8); Deus cuidou do desalentado Elias demodo compassivo e amorável (Hb 4.14,15). Permitiu que Elias dormisse;fortaleceu-o com alimentos; propiciou-lhe uma revelação inspiradora do seu podere presença; concedeu-lhe nova revelação e orientação; deu-lhe um companheirofiel e fraterno. Noutras palavras, quando o filho de Deus enfrenta o desânimo, nodesempenho que Deus lhe confiou, ele pode suplicar a Deus, em nome de Cristo,que lhe dê força, graça e coragem, e os capacite diante de tais situações (Hb 2.18;3.6; 7.25).Estão sempre prontos para agirPor divina revelação Eliseu, certa manhã, viu-se cercado de anjos invisíveis aosolhos de seu criado e visíveis aos seus. “Então, enviou para lá cavalos, e carros, eum grande exército, os quais vieram de noite e cercaram a cidade. E o moço do

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homem de Deus se levantou mui cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercadoa cidade com cavalos e carros; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Quefaremos? E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do queos que estão com eles. E orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras osolhos, para que veja. E o SENHOR abriu os olhos do moço, e viu; e eis que omonte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu” (2Rs 6.14-17). Existe um mundo espiritual invisível, que consiste nas hostes de anjosministradores, que estão ativos na vida do povo de Deus (Gn 32.1,2; Sl 91.11;34.7; Is 63.9). Desse ocorrido podemos assimilar vários princípios: Não somenteDeus está a favor do seu povo (Rm 8.31), como também exércitos dos seus anjosestão disponíveis, prontos para defender o crente e o reino de Deus (Sl 34.7). Porconseguinte todos os que crêem na Bíblia devem orar continuamente para Deuslivrá-los da cegueira espiritual e abrir os olhos dos seus corações para verem maisclaramente a realidade espiritual do reino de Deus (Lc 24.31; Ef 1.18-21) e suashostes celestiais (Hb 1.14). Os espíritos ministradores de Deus não estãodistantes, mas, sim, bem perto (Gn 32.1,2), observando os atos e a fé dos filhosde Deus e agindo em favor deles (At 7.55-60; 1Co 4.9; Ef 3.10; 1Tm 5.21).Sabemos que a verdadeira batalha no reino de Deus não é contra a carne e osangue. É uma batalha espiritual “contra as potestades, contra os príncipes dastrevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugarescelestiais” (Ef 6.12; Ap 12.7-9; Ef 6.11). Concluímos que há um relacionamento decausa e efeito nas batalhas espirituais; o resultado das batalhas espirituais édeterminado parcialmente pela fé e oração dos santos (Ef 6.18,19; Mt 9.38).Atuam em situações adversasDurante o cativeiro babilônico, um anjo livrou o profeta Daniel da cova dos leões.“O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não mefizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contrati, ó rei, não tenho cometido delito algum” (Dn 6.22). A cova dos leões erasubterrânea, tendo uma abertura na parte superior. Uma pedra grande cobria aabertura, e o selo do rei significava que a cova não podia ser aberta sem a suaautorização. Daniel, por ser íntegro e ter um “espírito excelente”, era admiradopelo rei, que também honrava o seu Deus. Por isso, quando o rei cumpriu à risca oseu decreto, manifestou a esperança de que Deus livraria Daniel. Possivelmenteele ouvira falar do livramento que Deus concedera aos três amigos de Daniel, nocaso da fornalha de fogo ardente (Dn 3.6,23-29). O rei procurou encorajar Daniel acrer no seu Deus, mas sua atitude na manhã seguinte não demonstrava confiançade que Daniel estivesse vivo. Mas o anjo de Deus fechou a boca dos leões diantedo profeta fiel, e este estava são e salvo. Este livramento levou Dario a dartestemunho do poder do Deus que é maior do que o poder dos leões. Note-setambém que o significado do nome de Daniel, “Deus é meu juiz”, cumpriu-se naprópria experiência do profeta. Ele foi vindicado pelo Senhor, e considerado justo

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por sua decisão de não se contaminar, para manter a pureza da lei de Deus e porsua fidelidade na oração.Auxiliam os filhos de Deus na produção de textosUm anjo ajudou a Zacarias na redação de seu livro (Zc 1.9; 2.3 e 4.5). Durantetodo o período da Antiga Aliança os anjos estiveram presentes na vida de muitospersonagens da Bíblia. Podemos fazer outras citações, tais como; 1Rs 13.18; Jó4.15,16; SI 34.7; Zc 3.3 etc. Ora, estas aparições ou intervenções angélicas navida destas pessoas, são apenas manifestações tópicas, pois em outras ocasiõesos anjos estiveram presentes, porém invisíveis aos olhos humanos.Estão presentes não dificuldades dos que prestam serviço a DeusA Igreja Primitiva teve seu princípio de formação auxiliada e protegida por estesseres celestiais. Vejamos: dois anjos foram testemunhas da ascensão de Cristo(At 1.10,11); um anjo abriu as portas da prisão e soltou os apóstolos Pedro e João(At 5.19); um anjo encaminhou Filipe, o Evangelista, ao eunuco etíope (At 8.28);um anjo soltou Pedro da prisão (At 12.7-9); um anjo orientou o Centurião Cornélio,a chamar a Pedro (At 10.3); um anjo feriu Herodes e ele morreu comido de bichos(At 12.23); um anjo esteve com Paulo indo à Roma (At 27.23).No final da presente era atuarão grandementeOs anjos no livro do Apocalipse são proeminentes. Por exemplo, um anjo dirigiu aredação do livro para João (Ap 11.1; 22.6,16). Cerca de 71 vezes, os anjos sãonele mencionados com missão especial. Não é imaginação, mas realidade, que osanjos são nossos conservos de mil maneiras. Nenhuma verdade está maisestabelecida pelas Escrituras do que a declaração de Hb 1.14, que diz “seremestes seres enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação”.Deus mandará um anjo para completar a pregação do “Evangelho do Reino”. Napassagem de Apocalipse 14.6, está pintado literalmente a missão destemensageiro. “... e vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o Evangelho Eterno,para proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, tribo, e língua, epovo”. Duas pregações deste Evangelho são mencionadas nas Escrituras, umapassada, começando com o ministério de João Batista e terminando com arejeição do seu Rei pelos judeus. A outra ainda é futura (Mt 24.14), durante aGrande Tribulação, e imediatamente antes da vinda em Glória de Cristo. Isso seráfeito pelo anjo do presente texto. Este Evangelho será pregado logo no fim daGrande Tribulação e imediatamente como já dissemosacima, antes do julgamentodas nações viventes (Mt 25.31-46). Estas “Boas-Novas” são universais eabrangem “toda a criatura”.Na cura divinaUma outra cooperação angelical no que diz respeito à pessoa humana, prende-seao fato de cura divina. Embora um pouco escasso, a passagem de João 5.4 ilustrao significado do pensamento. Ali vemos um anjo de Deus trazendo cura para osenfermos, “descia em certo tempo, ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que

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ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade quetivesse”. Em muitas outras passagens tanto do Antigo como do Novo Testamento,observamos os anjos cooperando com Deus e os homens no plano da redenção(Êx 23.20,23; Jó 33.23; Dn 9.24-27; Hb 1.14; 1Pe 1.12).No conforto e consolaçãoEsta cooperação angelical prende-se ao ministério da “consolação” e do“conforto”. Sua presença pode tranqüilizar e confortar em tempos de criseargumenta Billy Graham (Anjos, os agentes secretos de Deus), Daniel tambémafirma isto no capítulo 10.19 do seu livro. Veja! “... e, falando ele (o anjo) comigo,esforcei-me, e disse: Fala, meu senhor, porque me confortaste...”. Nosso amadoSalvador, apesar de ser Senhor dos anjos, foi também certa vez confortado porum deles. “...e apareceu-lhe um anjo (Gabriel?) do Céu, que o confortava...” (Lc22.43; Hb 5.7). O profeta Zacarias teve também similar experiência quando Deuspôs na boca do anjo intérprete “palavras consoladoras”, as quais foramtransmitidas para o profeta (Zc 1.13b). Outras passagens similares, tanto doAntigo como do Novo Testamento, poderiam ser aqui anotadas, mas somentecatalogamos estas para expressar o significado do pensamento.6 - SATANOLOGIAIntroduçãoEm tempos remotos, houve rebelião entre os seres espirituais, nos lugares elevados (Jó4.18; Mt 25.41; 2Pe 2.4). O mais elevado dos anjos “querubim ungido”, encabeçou essarebelião. Por certo há muitas ordens de seres angelicais, algumas dotadas de grandepoder, e outras de poder inferior aos homens, algumas elementares, talvez similares aosanimais irracionais, e outras com inteligência ainda inferior aos irracionais.O Fato de sua QuedaTudo nos leva a crer que os anjos foram criados em estado de perfeição. Quandonos referimos ao relato da criação em Gn 1, lemos sete vezes que o que Deushavia feito era bom. No último versículo desse capítulo, lemos “viu Deus tudoquanto fizera, e eis que era muito bom”. Isso certamente inclui a perfeição dosanjos em santidade quando originalmente criados. Não poucos teólogos achamque Ez 28.15 se refere a Satanás. Assim sendo, então ele é definitivamentemostrado como tendo sido criado perfeito. Todavia, diversas passagens mostramalguns dos anjos como maus (Sl 78.49; Mt 25.41; Ap 9.11; 12.7-9), isto se deve aofato de terem deixado seu próprio principado e habitação apropriada (Jd 6) epecado (2Pe 2.4). Não há dúvida que Lúcifer tenha sido o chefe da apostasia. Is14.12 se refere a ele como sendo a Estrela da Manhã e Filho da Alva, e lamenta asua queda. Ez 28.15-17 semelhantemente descreve sua queda. Não pode haverdúvidas, portanto, de que houve realmente uma queda para alguns dos anjos.A Época da sua QuedaA Escritura silencia quanto a este ponto; mas deixa claro que a queda dos anjosse deu antes da do homem, já que Satanás entrou no Jardim sob a forma de

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serpente e induziu Eva a pecar.A Causa de sua QuedaEste é dos profundos mistérios da teologia. Mostramos acima que os anjos foramcriados perfeitos. Isto significa que toda a afeição de seus corações era dirigidapor Deus. A questão é: como pôde tal ser cair? Como pôde a primeira afeiçãomenos santa brotar em tal coração, e como pôde a vontade receber o primeiroimpulso para se afastar de Deus? Diversas soluções para o problema têm sidopropostas. Vamos ver algumas delas:A primeira é a de que tudo que existe se deve a Deus. Os que crêem nestadoutrina afirmam que, portanto, Ele deve ser o autor do pecado também.Replicamos que se Deus for o autor do pecado e aí condenar a criatura porcometer pecado, então não temos um universo moral.A segunda é a crença de que o mal resulta da natureza do mundo. É assim quecrêem todos os sistemas pessimistas, do budismo até os nossos tempos. ArthurSchopenhauer, filósofo alemão (1788-1860) afirmava que a existência do mundoera o maior de todos os males e a fonte de todos os outros males. Eduard VonHartmann, filósofo alemão (1842-1905) chamou a criação de crime imperdoável.Mas as Escrituras declaram repetidamente que tudo que Deus fez é bom; epositivamente rejeitam a idéia de que a natureza é inerentemente má (Cl 2.20-22).A terceira é a idéia de Georg W. Friedrich Hegel, filósofo alemão (1770-1831),bem como da maioria dos evolucionistas, a saber: que o mal resulta da naturezada criatura. Eles afirmam que o pecado é um estágio necessário nodesenvolvimento do espírito. É simplesmente um progresso de baixíssimasorigens da existência, através do desenvolvimento evolucionário até os mais altospontos.As Escrituras desconhecem um tal desenvolvimento evolucionário e vê o universoe as criaturas como originalmente perfeitas. É bom lembrar que a criatura tinhaoriginalmente o que os teólogos latinos chamavam de “posse pecare et posse nonpecare”, isto é, a capacidade de pecar e a capacidade de não pecar. Ela foicolocada na posição de poder fazer qualquer uma das duas coisas sem serconstrangida a fazer uma ou outra coisa. Em outras palavras, sua vontade eraautônoma.A quarta idéia, apoiada em bases bíblicas, é de que a queda do “querubim ungido”resultou de sua própria escolha. Deus estabeleceu a sua soberana vontade paraser obedecida e apreciada por seus anjos. Entretanto, a vontade divina não seriaobedecida por força, mas livremente. É por esse princípio bíblico que podemosentender a causa da queda. A Escritura de Isaías 14 é tipológica. A profecia falado rei Nabucodonosor, um rei ilustrado à semelhança de Thobal, rei de Tiro. O queprecedeu a queda do “querubim” foi a sua ilusão e engano acerca do seu própriopoder nas hostes angelicais. Imaginando-se superior a todos os demais anjoscriados, pretendeu tomar o lugar do Criador. Cinco afirmativas descritas em Isaías

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14.13,14 revelam as pretensões do “querubim”.A primeira afirmativa foi “eu subirei ao céu”. Uma tentativa de estar acima de todaa criação e do próprio Deus. As expressões “eu subirei ao céu” , e “estavas noÉden, jardim de Deus” devem ser analisadas a luz de “como caíste do céu”, a fimde que o Éden, aqui em apreço, não seja confundido com o Éden terrestre.Naqueles primórdios o jardim do Éden fora preparado com tanto magnificênciapara o “querubim”, “o perfeito em formosura” que descarta a idéia de um Édenmineral. O Éden magnífico e riquíssimo do “querubim” existiu antes do Éden deAdão e Eva e com certeza, em outra dimensão e glória, tratava-se de um Édenmetafísico, espiritual. A pomposa descrição de Ezequiel, embora nos mostre haversido o Éden um reino mineral das pedras preciosas, isto se dar apenas a título deconotação, ao passo que, segundo Gn 2.5-15, o Éden de Adão era de naturezavegetal e mineral. Aquele era espiritual, criado para um ser espiritual, e estematerial, físico, pois seria o habitat de nossos pais, não confundamos, portanto, osEdens. A segunda, “acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono”. Quandose refere às estrelas de Deus, ele estava falando dos demais anjos criados. Aterceira, “no monte da congregação me assentarei”. O monte da congregaçãorefere-se ao lugar do trono de Deus onde ele queria assentar-se. A quarta, “subireiacima das mais altas nuvens”. Mais uma vez, ele revela sua intenção presunçosade superioridade. A quinta “serei semelhante ao Altíssimo”. Aqui estava a maisgrave das pretensões de Lúcifer. Ele queria colocar-se em posição unilateral emrelação ao Criador.Devemos, portanto, concluir que a queda dos anjos se deu devido a sua revoltaauto determinada contra Deus. Foi sua escolha, de si próprio e seus interesses emlugar de escolherem a Deus e Seus interesses. Se indagarmos que motivo emparticular pode ter estado por trás dessa rebelião, parecemos obter diversasrespostas das Escrituras. Grande prosperidade e beleza parecem ser apontadascomo possíveis causas. O rei de Tiro simboliza Satanás em Ez 28.11-19; e diz-seque ele caiu devido a essas coisas (1Tm 3.6). Ambição desmedida e o desejo deser mais que Deus parecem outra causa. O rei da Babilônia é acusado de ter essaambição, e ele também simboliza Satanás (Is 14.13,14). A queda de Lúcifer foiinevitável e conseqüente. Sua avidez irrefreada de querer ser igual a Deus,aguçou o interesse de grande número de anjos que resolveu acompanhá-lo. Poresse ato pecaminoso contra o seu Criador, Lúcifer foi destituído de suas funçõescelestiais e condenado a execração eterna. Mas ele continua como o instigador dopecado no mundo (Rm 7.14).O Resultado de sua QuedaAs Escrituras registram diversos resultados decorrentes sua queda, entre elesalistamos que:a) Todos eles perderam sua santidade original e se tornaram corruptos emnatureza e conduta (Mt 10.1; Ef 6.11,12; Ap 12.9);

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b) alguns deles foram lançados no inferno (tártaro) e estão acorrentados até odia do julgamento (2Pe 2.4);c) outros permaneceram em liberdade e trabalham em definida oposição à obrados anjos bons (Ap 12.7-9; Dn 10.12,13,20,21; Jd 9);d) pode também ter havido um efeito sobre a criação original em Gn 1;e) eles serão, em um dia futuro, atirados para a terra (Ap 12.8,9) e, após seujulgamento (1Co 6.3), no lago de fogo (Mt 25.41; 2Pe 2.4; Jd 6).Outrossim, discordamos da idéia de que a redenção de Cristo tenha incluído osanjos caídos, como querem alguns teólogos. O estado de condenação dos “anjoscaídos” é irreversível, assim como é imutável, a situação daqueles que partirampara a eternidade sem Cristo (Ap 20.10). “E o diabo, que os enganava, foi lançadono lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noiteserão atormentados para todo o sempre”. O poder de Satanás acabará então, poisDeus o lançará no lago de fogo para todo o sempre (Is 14.9-17). Ali, ele nãoreinará, sendo sempre atormentado, dia e noite, eternamente.Finalmente, seria bom que os que advogam salvação para o diabo e seus anjos,observassem os textos bíblico, que alistamos na seqüência:a) Anuncia “tribulação e angústia” (Rm 2.9).b) “Pranto e ranger de dentes” (Mt 22.13; 25.30).c) “Eterna perdição” (2Ts 1.9).d) “Fornalha de fogo” (Mt 13.42,50).e) Preconiza “cadeias da escuridão” (2Pe 2.4).f) Do “tormento eterno” (Mt 25.46), de um “inferno” e de um “fogo que nunca seapaga” (Mc 9.43).g) De um “ardente lago de fogo e de enxofre” (Ap 19.20).h) E onde “a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têmrepouso, nem de dia nem de noite” (Ap 14.11).Os Anjos MausEles estão divididos em duas classes distintas: os livres e os prisioneiros. Aquelesque estão livres andam pelas regiões celestiais sob o governo de seu príncipe elíder, Satanás, que é o único que recebe menção específica na Bíblia (Mt 12.24;Mt 25.41). Esses espíritos malignos em liberdade, sob o comando de Satanás, dequem são emissários e súditos (Mt 12.26), são tão numerosos que estão em todoo lugar. Os anjos caídos que estão presos são aqueles que abandonaram suaprópria habitação, e tornaram-se tão depravados ou maus, que Deus os encerrouno abismo (tártaro, Jd v.6; Ap 9.1,2,11).Os Anjos que são Mantidos Aprisionados.Tanto o apóstolo Pedro como Judas irmão de Tiago (2Pe 2.4; Jd v.6)concordam ao se referirem aos mesmos anjos. Pedro diz que eles pecarame que Deus os precipitou no Tártaro, entregando-os ao abismo de trevas ereservando-os para juízo. Judas apresenta seu pecado como sendo o de

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haverem abandonado seu próprio principado e domicílio. Pode ser queJudas estivesse pensando na passagem de Dt 32.8 da Septuaginta. Láafirma que Deus dividiu as nações “de acordo com o número dos anjos deDeus”. Assume-se que Deus tenha nomeado um ou mais anjos para cadauma das nações. O fato de que várias nações estão assim sob um ou outrodesses príncipes “angélicos” é evidenciado por Daniel (10.13,20; 11.1;12.1). Deixar seu próprio principado poderia assim significar infidelidade nocumprimento de seus deveres; mais provavelmente significa que elestentaram obter um principado mais cobiçado. Como castigo do seu pecado,Deus os precipitou no Tártaro. É só aqui que esta palavra aparece no NovoTestamento. Para Homero poeta grego, autor dos épicos Ilíada e Odisséia(séc. IX a.C.), o Tártaro é um lugar sombrio abaixo do Hades. Se oshomens maus descem ao Hades, não parece improvável que Tártaro, olugar onde os anjos maus estão confinados seja ainda mais abaixo. Seucastigo consiste de estarem confinados em abismos de trevas e estarempresos por algemas eternas, reservados para o juízo do grande dia. Asalgemas são “eternas” (gr. aidiois), no sentido de que nunca se desgastam.Serão usadas, entretanto, apenas até o dia do juízo, ocasião em que serãolançados no lago do fogo.Os Anjos Maus que estão em Liberdade.Estes são normalmente mencionados em conexão com Satanás, seu líder(Mt 25.41; Ap 12.7-9). Mas, Sl 78.49; Rm 8.38; 1Co 6.3; Ap 9.14 referem-sea eles separadamente. Estão, é claro, incluído em “todo principado epotestade, e poder, e domínio” (Ef 1.21), e são mencionadosespecificamente em Ef 6.12 e Cl 2.15. Sua principal ocupação é a de apoiarseu líder Satanás na luta dele contra os anjos bons e o povo e a causa deDeus.SatanásSatanás (gr. Satã, que significa adversário), foi antes um elevado anjo, criadoperfeito e bom. Foi designado como ministro junto ao trono de Deus, porém numcerto tempo, antes de o mundo existir, rebelou-se e tornou-se o principaladversário de Deus e dos homens (Ez 28.12-15). Satanás na sua rebelião contraDeus arrastou consigo uma grande multidão de anjos inferiores (Ap 12.4). Satanáse muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e suaatmosfera circundante, onde operam limitados segundo a vontade permissiva deDeus.Satanás, também chamado “a serpente”, provocou a queda da raça humana (Gn3.1-6). Nesse episódio, a serpente levantou-se contra Deus através da suacriação. Declarou que aquilo que Deus dissera a Adão não era a verdade, por fim,ela foi a causa de Deus amaldiçoar a criação, inclusive a raça humana que elefizera à sua imagem. A serpente é posteriormente identificada com Satanás ou o

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Diabo (Ap 12.9; 20.2). Certamente Satanás controlou a serpente e usou-a comoinstrumento para efetuar a tentação (2Co 11.3,14).Todo o Mundo está no Maligno.Nunca compreenderemos adequadamente o Novo Testamento a não ser quereconheçamos o fato subjacente nele de que Satanás é o deus deste mundo. Eleé o maligno, e o seu poder controla o presente século mau (Lc 13.16; 2Co 4.4; Gl1.4; Ef 6.12).As Escrituras não ensinam que Deus hoje controla diretamente este mundo ímpio,cheio de gente pecaminosa, de maldade, de crueldade, de injustiça, de impiedadeetc. Deus não deseja, nem causa, de nenhuma maneira, todo o sofrimento que háno mundo; nem tudo quanto aqui ocorre procede da sua perfeita vontade. A Bíbliaindica que atualmente o mundo não está sob o domínio de Deus, mas em rebeliãocontra seu governo e sob o domínio de Satanás. Por causa dessa condição, Cristoveio a morrer (Jo 3.16) e reconciliar o mundo com Deus (2Co 5.18,19). Nuncadevemos afirmar que “Deus está no controle de tudo”, a fim de esquivar-nos daresponsabilidade de lutar seriamente contra o pecado, a iniqüidade ou a mornidãoespiritual.Há, no entanto, um sentido em que Deus está no controle do mundo ímpio. Deus ésoberano e, portanto, todas as coisas acontecem de acordo com sua vontadepermissiva e controle ou, às vezes, através da sua ação direta, de conformidadecom o seu propósito e sabedoria. Mesmo assim, na presente era da história, Deustem limitado seu supremo poder e domínio sobre o mundo. Esta limitação éapenas temporária, porque no tempo determinado pela sua sabedoria, Eledestruirá toda a iniqüidade e o próprio Satanás (Ap 19.20).Somente então é que “os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seuCristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15).O império do mal sobre o qual Satanás reina é altamente organizado e exerceautoridade sobre regiões do mundo inferior, os anjos caídos (Ap 12.7), os homensperdidos (Jo 12.31; Ef 2.2) e o mundo em geral (Lc 4.5,6; 2Co 4.4). Satanás não éonipresente, onipotente, nem onisciente; por isso a maior parte da sua atividade édelegada a seus inumeráveis demônios (Ap 16.13,14).Jesus veio à terra a fim de destruir as obras de Satanás (1Jo 3.8), de estabelecero reino de Deus e de livrar o homem do domínio de Satanás (1Jo 3.8), Lc 4.19;13.16; At 26.18). Cristo, pela sua morte e ressurreição, derrotou Satanás e ganhoua vitória final de Deus sobre ele (Hb 2.14).No fim da presente era, Satanás será confinado ao abismo durante mil anos (Ap20.1-3). Depois disso será solto, após o que fará uma derradeira tentativa dederrotar Deus, seguindo-se sua ruína final, que será o seu lançamento no lago dofogo (Ap 20.7-10).Satanás atualmente guerreia contra Deus e seu povo (Ef 6.11-18), procurandodesviar os fiéis da sua lealdade a Cristo (2Co 11.3) e fazê-los pecar e viver

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segundo o sistema do mundo (1Tm 5.15). O cristão deve sempre orar porlivramento do poder de Satanás, para manter-se alerta contra seus ardis etentações (Ef 6.11), e resistir-lhe no combate espiritual, permanecendo firme na fé(Ef 6.10-18).A Personalidade de SatanásO substantivo personalidade vem do grego idiótens etos, que significa propriedadeparticular, caráter próprio. Pessoa na língua grega é um substantivo femininoreferente a um homem ou uma mulher - antropos, substantivo masculino -, e notermo gramático e teológico prósopon, que significa face, figura, gesto, olhar,aspecto, máscara, papel, personagem. Personalidade significa forma de vidacaracterizada por uma existência alto consciente que possui intelecto, emoções evontade. É, portanto, o caráter essencial e exclusivo de uma pessoa; aquilo que adistingue de outra. Na psicologia é a individualidade consciente.O exposto supra justifica-se pelo fato de que atualmente existe uma fortetendência, entre os professores modernistas, em eliminar a personalidade deSatanás. Falam a respeito do que era antigamente chamado de “diabo” comosendo simplesmente o “mal”. As Escrituras exprimem com freqüênciarelativamente a personalidade de Satanás. Assim sendo, pronomes pessoais sãousados para se referir a ele (Jó 1.8,12; 2.2,3,6; Zc 3.2; Mt 4.10; Jo 8.44); atributospessoais lhe são consignados (Is 14.13,14 – vontade, Jó 1.9,10 – conhecimento);e atos pessoais são desempenhados por ele (Jó 1.9-11; Mt 4.1-11; Ap 12.7-10).Conseqüentemente, é bom que saibamos que Satanás não é um símbolomitológico do mal. É um ser vivo, real, inteligente. Não podemos esquecer que seunome verdadeiro é Lúcifer (heb. hekb), portador de luz. Ele foi dotado de livrearbítrio, perfeito quanto as suas ações. Toda a sua personalidade e caráter eramperfeitos como a luz é perfeita na sua própria essência; ele não é a luz, Deus éluz, mas na permissão divina ele refletia, ele estava sempre participando da glóriae da luz divina.O Estado Original de SatanásNo livro do profeta Ezequiel 28.1-2 um governador é apresentado como o príncipede Tiro. Ele é descrito como um homem que se tornou tão frívolo quanto as suasriquezas e inteligência, a ponto de reivindicar ser igual a Deus. “Veio a mim apalavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, levantalamentações contra o rei deTiro, e diz-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio desabedoria e formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus, de todas as pedraspreciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, asafira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e osornamentos; no dia em que foste criado foram eles preparados. Tu eras querubimda guarda, ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, nobrilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em quefoste criado, até que se achou iniqüidade em ti” (Ez 28.11-15).

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No texto supra encontramos Deus lamentando por essa pessoa; ele – sinete daperfeição, cheio de sabedoria e formosura, querubim da guarda, ungido etc. Era,por conseguinte, o mais perfeito, o mais belo, e mais sábio de toda a criação deDeus!Estaremos em condições de entender quão perfeito é o perfeito? Ele é chamadode “querubim da guarda, ungido”. Querubim é um ser angélico de elevadacategoria associado com a presença santa de Deus e sua glória. Ele é chamado“o ungido”, o que indica favor supremo de Deus. “Ungido” é a mesma palavra quese usa falando do Messias, rei ungido de Deus. Esta pessoa era o governador elíder dos seres angélicos e evidentemente os guiava em seu louvor a Deus ejúbilo. A palavra hebraica traduzida “da guarda” em Ezequiel 28.14 e 16 significaliteralmente “quem conduz”. Observamos, ainda que lhe foram dadas todas asjóias fabulosas, indicando também sua categoria exaltada. Ele estivera no “Éden,jardim de Deus” e “no monte santo de Deus”. Ele andava “no brilho das pedras”, oque é um símbolo amiúde usado para indicar a presença santa de Deus. Taldescrição não poderia aplicar-se a um mero ser humano.Entretanto, foi perfeito até “que se achou iniqüidade nele”. Esta falta de eqüidademarcou a queda de Lúcifer e a origem de Satanás (Is 14.12-14).É importante observar que Deus Se dirige a Satanás mediante a pessoa dopríncipe de Tiro (Ez 28). Satanás é a fonte invisível da arrogância e autodeificaçãodeste príncipe. Scofield (Bíblia de Estudo), descreve outros casos detratamento indireto com Satanás mediante um homem ou outra criatura: quandoDeus Se dirigiu à serpente no jardim, em Gênesis 3.14; quando Jesus falou aSatanás através de Pedro, em Mateus 16.23. “A visão não é de Satanás em suaprópria pessoa, mas de Satanás em seu desempenho num rei terreno e atravésdesse rei que se arroga honras divinas”.A relação figurada com o Rei de Tiro (Ez 28.1-10)No devido contexto, a profecia de Ezequiel contra o rei de Tiro contém umareferência velada a Satanás como o verdadeiro governante de Tiro e como o deusdeste mundo (2Co 4.4; 1Jo 5.19). O rei é descrito como um visitante que estavano jardim do Éden (Ez 28.13), que fora um anjo, querubim ungido (Ez 28.14), euma criatura perfeita em todos os seus caminhos, até que nela se achouiniqüidade (Ez 28.15). Por causa do seu orgulho pecaminoso (Ez 28.17), foiprecipitado do monte de Deus (Ez 28.16,17; Is 14.13-15).Nos primeiros dez versículos, o rei de Tiro é apresentado literalmente comoalguém conhecido na história como Thobal (ou Ithobaal II) que reinou em 586 a.C.Naquele período, Thobal, como rei de Tiro, uma cidade-reino, encheu-se deorgulho e presunção, imaginando-se um deus. No versículo 2, o profeta fala do “príncipe de Tiro” e no versículo 12 fala do “rei de Tiro”. Na primeira parte quandofala do “príncipe”, apresenta-o como um homem vaidoso e presunçoso, que seimaginava um deus. Porém, o texto quando fala do mesmo personagem no

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versículo 12, passa a ter um sentido mais espiritual, e desse modo, entende-seque se trata, comparativamente, de outro rei, chamado Lúcifer, influenciadorespiritual do príncipe literal. Thobal, o príncipe, imaginava a sua cidade comoinexpugnável por estar construída sobre uma rocha.O pecado maior do rei de Tiro era o orgulho, que o levou a exaltar-se qualdivindade. Por isso, ele sofreria o julgamento divino e desceria à cova como todosos mortais (Ez 28.8). Muitos hoje, especialmente os que foram enganados pelosensinos da Nova Era, crêem que realmente são deuses, ou que estão se tornandodeuses. Esses enganadores e suas vítimas, caso não se convertam a Deus,receberão a mesma condenação do rei de Tiro.Algumas características originais antes da quedaO texto (Ez 28.12-16) indica que Lúcifer era possuidor de elevada distinção edetentor de honrosos títulos e posições, conforme destacaremos a seguir:a) “o aferidor da medida” (v. 12). A palavra “selo” (aferidor) é uma tradução fieldo original hebraico, porque significa que ele era a imagem, perfeita dacriação divina e uma imagem refletida em si mesmo que lhe conferia oprivilégio de ser a mais bela e inteligente criatura de Deus (v. 12). Nele seencontrava a medida perfeita da criação daquilo que Deus queria.b) “estavas no Éden, jardim de Deus” (v.13). A menção sobre pedras preciosasexistentes no Jardim do Éden tem um sentido figurado para ilustrar osprivilégios dessa criatura chamada Lúcifer, personificada no texto como “orei de Tiro”. O ornamento de pedras preciosas desse personagem indica agrandeza e a beleza de sua aparência. Era um tipo da glória tipificada erepresentada por Lúcifer antes da queda.c) “no dia em que foste criado” (v. 13). É importante essa expressão porquedeclara que Lúcifer é um ser criado por Deus. Como criatura de Deus nãolhe dava o direito de imaginar-se tão superior a ponto de querer ser igual aDeus.d) “querubim ungido para proteger” (v. 14). Na descrição profética de Ezequiel,Lúcifer pertencia a mais alta classe de seres angélicos. Sua relação comDeus manifestava-se em sua função específica de proteger o trono deDeus. Esse ministério de proteção dos querubins tem a ver com aincumbência de preservar toda a criação divina (Gn 3.24; Êx 25.17-20; Sl80.1).e) “perfeito eras nos teus caminhos” (v. 15). A frase tem na conjugação verbaldo verbo ser no passado “eras”, a história antiga de Lúcifer, como alguémque escondia em seu interior a iniqüidade da vaidade e do orgulho. 6.6.6.Nomes que designam SatanásSatanás é um ser inteligente, hostil e traiçoeiro. A Bíblia inteira o apresentaresistindo a Deus e perturbando a paz das nações com guerra, destruição emisérias. As Escrituras se referem a este ser poderoso através de substantivos

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próprios e pronomes pessoais diferentes, como:a) Satanás (1Cr 21.1; Jó 1.6; Lc 10.18; Ap 20.2 etc.). Esse título lhe foi dadoapós a sua queda da presença de Deus, e significa “adversário” (Zc 3.1;1Pe 5.8). Foi a partir do momento em que Lúcifer encheu-se de iniqüidadee permitiu que a presunção o dominasse que aconteceu a grande tragédiauniversal. Ele imaginou-se poderoso o suficiente para competir ou mesmosuperar o trono de Deus. Lúcifer, então, se fez adversário e oponenteconstante e implacável contra o Criador. Tornou-se, por isso, umarquiinimigo de toda a criação viva de Deus.b) Diabo (Mt 13.39; Jo 13.2 etc.). Este termo aparece apenas no NovoTestamento. É uma transcrição do vocábulo grego diabolos que significa“caluniador, acusador” (Ap 12.10). Essa característica ele demonstrou comouma das suas tarefas mais terríveis e maléficas. Existe uma história onde odiabo calunia e acusa um servo de Deus chamado Jó. Embora essehomem fosse íntegro, o diabo apareceu diante do Senhor para acusá-lo (Jô1.9-11). Portanto, a Bíblia identifica o diabo como caluniador e acusadordos servos de Deus. Como diabo, ele é o acusador dos irmãos (Ap 12.10).Ele fala mal de Deus para o homem (Gn 3.1-7) e do homem para Deus (Ap12.10. Como pai da mentira, ele tenta acusar os servos do Senhor, como seDeus não pudesse perceber as suas mentiras (Jo 8.44). Mas a Bíbliadeclara que “temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo”(1Jo 2.1).c) Dragão (Is 51.9; Ap 12.3,7 etc.). A palavra “dragão” (tannin) parece significarliteralmente “serpente” ou “monstro marinho”. O dragão é consideradocomo a personalidade de Satanás, como o é de Faraó em Ez 29.3; 32.2. Odragão é um animal marinho e pode apropriadamente representar aatividade de Satanás nos mares do mundo.d) A Antiga serpente (Gn 3.1; Is 27.1 etc.). Este termo indica suadesonestidade (Jó 26.13) e falsidade (2Co 11.3).e) Belzebu (Mt 10.25; 12.24,27), ou mais corretamente, Beelzebul, de acordocom a palavra grega. Não se conhece o significado exato do termo. Emsírio, significa “senhor do esterco”. É também sugerido que o termo significa“senhor da casa”. Esse título tinha uma relação com um deus pagão deEcrom, por nome Baal-Zebub ou Baal-Zebul. No texto grego do NovoTestamento, esse nome aparece como Belzebu, cuja atribuição dada pelosjudeus do tempo de Cristo era o de “príncipe dos demônios” (Mt 10.25; Mc3.22). Como os judeus usavam esse nome com um tom de escárnio,porque o mesmo referia-se a um ídolo pagão, Jesus, sem reserva nemqualquer pudor, identificou Belzebu como Satanás (Lc 11.18,19; Mc 3.24-27).f) Belial ou Beliar (2Co 6.15). Este termo é usado no Velho Testamento no

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sentido de “indignidade” (2Sm 23.6). Assim, lemos a respeito dos “filhos deBelial” (Jz 20.13), os “homens de Belial” (1Sm 30.22), e dos “homensdepravados”.g) Lúcifer. Esse nome não aparece literalmente em nossas versões bíblicas, éa forma latina traduzido por Jerônimo na Vulgata. Na linguagem metafóricade Isaías 14.12, o nome Lúcifer aparece vinculado a expressão “filho daalva”. Os babilônicos criam que os astros celestes ou estrelas fossem seresangélicos, por isso, “um filho da alva” representava a primeira luz damanhã, e Lúcifer, em seu primeiro estado possuía esta característica. Estetermo significa a estrela da manhã, um nome dado ao planeta Vênus.Significa literalmente o que traz a luz, e é um nome usado para Satanás napassagem de Isaías. Como Lúcifer, Satanás é mostrado como um anjo deluz.h) Maligno (Mt 13.19,38; 2Co 6.15 etc.). Esta é uma descrição de seu caráter esua obra.j) Tentador (Gn 3.1; Jó 2.7; Mt 4.3; Mc 1.13; Jo 13.2 etc.). Este nome indicaseu constante propósito e esforço para levar os homens ao pecado.k) deus deste século (2Co 4.4). Como tal, ele tem seus “ministros” (2Co 11.15),“doutrinas” (1Tm 4.1), “sacrifícios” (1Co 10.20), “sinagogas” (Ap 2.9). Elepatrocina a religião do homem natural e é, sem dúvida alguma, responsávelpor todos os falsos cultos e sistemas que assolam a cristandade hoje emdia.l) Príncipe da potestade do ar (Ef 2.2; 6.12). Como tal, ele é o líder dos anjosmaus (Mt 25.41; Ap 12.7) e o príncipe dos demônios (Mt 12.24; Ap16.13,14). Ele comanda uma vasta hoste de servos que executam suasordens, e governa com poder despótico.m) Príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30). Isto parece se referir a suainfluência sobre os governos deste mundo. Jesus não disputou areivindicação de algum tipo de direito aqui neste planeta feita por Satanásem Mt 4.8,9. Mas Deus é claro, estabeleceu limites definidos para ele, equando chegar a hora, ele será subjugado pelo governo dAquele que tem odireito de governar, Jesus, nosso santo Senhor.n) O Adversário (1Pe 5.8; Ap 7.17; 20.2). O Acusador dos filhos de Deus (Ap12.10). O Enganador (Gn 3.4; 13; 2Co 11.3,13,14; 2Tm 2.26). O pai damentira (Jo 8.44). 6.6.7. A atuação de SatanásEm relação à obra redentora de CristoO autor da Epístola aos Hebreus (4.15) diz que Jesus foi tentado em tudo. Essadeclaração parece chocar-se com a lógica da Divindade, uma vez que éimpossível que Deus seja tentado ou submetido à tentação. Porém, devemosanalisar essa declaração sob a ótica cristológica que destaca as duas naturezasde Cristo, a divina e a humana. Por que Jesus foi tentado pelo Diabo? John

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Broadus, em seu comentário de Mateus, responde a essa questão da seguintemaneira: “Ele daria, pela tentação, prova de sua verdadeira humanidade, de quepossuía uma alma humana; seria parte do seu exemplo a nós; faria parte de suadisciplina pessoal; faria parte de sua preparação para ser um intercessorcompassivo (Hb 2.18; 4.15); era parte da grande batalha na qual ‘a semente damulher pisaria a cabeça da serpente’” (Gn 3.15).Ao tentar Jesus, o diabo queria convencê-lo a desistir ou a adiar sua missão. Otentador sabia qual era a missão de Jesus, por isso, procurou criar-lhe situaçõesembaraçosas, tentando levá-lo a empregar meios contrários ao plano divino.Jesus, contudo, não cedeu a nenhuma das insinuações satânicas. Ele nãofraquejou, nem tomou atalhos para cumprir sua missão. Do mesmo modo, somostentados a provocar a ira de Deus e a pecar contra a sua vontade soberana, masdevemos resistir firmes na fé (Tg 4.7; 1Pe 5.8,9).É assim que Satanás opera em nossos dias. Ele procura compelir-nos a galgarlugares e posições fora de tempo, a tomar decisões precipitadas e, acima de tudo,a contrariar a vontade de Deus. Ele usou várias pessoas para tentar boicotar aobra de Cristo (Mt 2.16; Mt 16.23; Jo 8.44; Jo 13.27).Em relação às nações“E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua águasecou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente. E da boca dodragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi saírem três espíritosimundos, semelhantes a rãs, porque são espíritos de demônios, que fazemprodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregarpara a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-poderoso... E os congregaramno lugar que em hebreu se chama Armagedom” (Ap 16.12-16). Esta será apenúltima rebelião de Satanás contra Deus. Trata-se das nações do Oriente que,impulsionadas por forças satânicas, participarão de um grande conflito, a saber, aguerra do Armagedom (Ap 19.17-21). O sexto anjo prepara o caminho para aguerra final da presente era, secando o rio Eufrates para deixar os exércitos doOriente aproximarem-se de Israel (Is 11.15).O v.13 do texto supra faz menção de espíritos imundos semelhantes a rãs que sãodemônios operadores de milagres e, assim, enganam as nações para apoiarem omal, o pecado e o anticristo. Isso é um sinal evidente que durante a grandetribulação, os governantes das nações ficarão endemoninhados. É dessa formaque enganados por Satanás através de seus milagres, urdirão um plano louco quelançará o mundo inteiro num grande holocausto que dar-se-á no local chamadoArmagedom (gr. harmagedon) (Ap 16.16). Esta região está localizada no centronorteda Palestina e significa “vale do Megido” que será o ponto central da batalha,naquele grande dia do Deus Todo-poderoso (Ap 16.14). Essa guerra será travadaperto do fim da tribulação, e acabará quando Cristo voltar para destruir os ímpios(Ap 14.19), para libertar o seu povo e para inaugurar seu reino messiânico. Note

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os seguintes fatos no tocante a esse evento: Os profetas do Antigo Testamentoprofetizaram o evento (Dt 32.43; Jr 25.31; Jl 3.2,9-17; Sf 3.8; Zc 14.2-5); Satanás eos seus demônios reunirão muitas nações sob a direção do anticristo a fim deguerrearem contra Deus, contra seus exércitos, contra seu povo e para destruirJerusalém (Ap 16.13,14,16; 17.14; 19.14,19; Ez 38,39; Zc 14.2). Embora o pontocentral esteja na terra de Israel, o evento do Armagedom envolverá a totalidade domundo (Jr 25.29-38); Cristo voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo oanticristo e os seus exércitos (Ap 19.19-21; Zc 14.1-5), e todos aqueles quedesobedecem ao evangelho (Sl 110.5; Is 66.15,16; 2Ts 1.7-10). Deus tambémenviará destruição e terremotos sobre o mundo inteiro nesse período (Ap16.18,19; Jr 25.29-33).Após a batalha do Armagedom Satanás será preso por um período de mil anos,contudo, depois desse tempo será solto, onde por fim reunirá uma multidãoincontável de pessoas (Ap 20.9) e as comandará para a última batalha na tentativainsana de derrotar a Deus. “E vi descer do céu um anjo que tinha a chave doabismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antigaserpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o noabismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane asnações...” (Ap 20.3). “E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da suaprisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra,Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar embatalha. E subiram sobre ia largura da terra e cercaram o arraial dos santos e acidade amada; mas desceu fogo do céu e os devorou” (Ap 20.7-9). Comoobservamos acima, no término do milênio, Satanás será solto e numa atitudedesesperada manipula, pela última vez, as nações, enganando-se a ponto desupor que ainda poderá derrotar a Deus. Sairá a enganar aqueles que quiseremrebelar-se contra o reino de Cristo, e ajuntará uma multidão de semelhantesrebeldes. “Gogue e Magogue” (Ap 20.8).É desta forma que Satanás trabalha incansavelmente. Atua cegando osentendimentos (2Co 4.4); arrebatando a palavra dos corações (Lc 8.12); usandohomens para se oporem à obra de Deus (Ap 2.10). E para tanto mente (At 5.3);acusa e difama (Ap 12.10); dificulta trabalho (1Ts 2.18); se vale de demônios (Ef6.11-12); semeia o joio entre os crentes (Mt 13.38-39); realiza perseguições contraos seus oponentes (Ap 2.10) etc.7 - DEMONOLOGIAIntroduçãoA demonologia é um estudo que vem despertando o interesse das pessoas nestefinal de século. Idéias fictícias, invencionices mistificadas, teorias religiosas efilosóficas e até alusões bíblicas desprovidas de interpretação correta têm invadidoo mundo da literatura secular. O cristão por sua vez não desconhece o fato de queSatanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de

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anjos das ordens inferiores (Ap 12.4) que são identificados (após sua queda) comos demônios ou espíritos e que Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídosforam banidos para a terra e sua atmosfera circundante, onde operam limitadossegundo a vontade permissiva de Deus. Neste capítulo, teremos a oportunidadede conhecer essa doutrina do ponto de vista da Bíblia, como única autoridadecapaz de revelar e esclarecer a realidade e a identidade dos demônios.A doutrina dos demôniosO termo “demônio” aparece somente três vezes no Velho Testamento (Dt 32.17;Sl 106.37; Lv 17.7). No Novo Testamento, a palavra “demônio” (gr. daimon oudaimonion) assumiu o sentido de malignidade, pois eles são seres espirituais,inteligentes, impuros e com poder para afligir e contaminar os homens moral eespiritualmente. O termo daimon ocorre em Mt 8.31; e daimoniodes apenas em Tg3.15. Mas o substantivo daimonion aparece 63 vezes, e o verbo daimonizomai, 13vezes. No grego clássico, os termos daimonion e daimon se referem a deusesinferiores, tanto bons como maus.No texto de Dt 32.17, o cântico de Moisés destaca que os israelitas caíram emidolatria: “sacrifícios ofereceram aos demônios (shedhim)”. Entende-se então queo termo shedhim se identifica não só com as imagens de idolatria, mas tambémrelaciona o termo com seres espirituais por detrás dos que adoram as imagens. Otermo seirim, etimologicamente significa “o peludo” ou “bode peludo”. O povo deIsrael repudiava esses animais porque eram considerados objetos de adoração(Lv 17.1-7).Quem são os DemôniosAlguns teólogos entendem que os demônios e espíritos maus são diferentes dosanjos caídos. Outros admitem que tanto anjos caídos, espíritos malignos edemônios são apenas nomes diferentes para os mesmos seres. Antes deapresentarmos o nosso ponto de vista exibiremos algumas teorias enganosas.Teorias falsas sobre os demôniosEssas teorias apresentam idéias divergentes sobre a origem dos anjos caídos.Teóricos utilizam textos bíblicos isolados para defenderem suas posições.Os demônios são espíritos sem corpos de habitantes de uma raça préadâmicaAcreditam os defensores dessa teoria que havia na terra uma raça pré-adâmicaque se constituía de criaturas físicas, as quais, pela rebelião de Lúcifer, sofreram aperda de seus corpos materiais, tornando-se espíritos sem corpos, denominados“demônios”. Esta idéia vai de encontro ao fato de que em parte alguma dasEscrituras é tal raça mencionada. Mas como a queda de Satanás, de seus anjos edos demônios deve ter acontecido entre Gn 1 e 2, não é improvável que, além dosanjos, houvesse uma raça de seres espirituais que habitava na terra, sobre quemSatanás dominava, e que também caiu quando ele caiu. Como castigo para ele,Deus permitiu-lhes estar aí em um estado de desincorporação até que sejamconfinados ao Geena, quando do julgamento final de Satanás e suas hostes.

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Diversos escritores modernos que escrevem sobre profecias aceitam este pontode vista. Esta idéia parece explicar melhor o fato dos demônios buscarem possuirseres humanos. A destruição a que se refere 2Pe 3.5,6 poderia se referir a umjulgamento sobre uma tal raça pré-adâmica, através da qual a criação perfeita deDeus foi transformada no caos de Gn 1.2.Satanás é um anjo, e é chamado príncipe dos demônios (Mt 12.24), indicando queos demônios são anjos e não uma raça pré-adâmica. Além disso, Satanás temuma hierarquia bem organizada de anjos (Ef 6.11-12), e é razoável supor queestes sejam demônios. Alguns demônios já estão presos (2Pe 2.4; Jd 6) e algunsestão à solta, cumprindo ordens de Satanás. Alguns pensam que a razão para talaprisionamento é a participação daqueles demônios no pecado de Gn 6.1-4.Na verdade, essa teoria não consegue se definir, porque biblicamente, nuncaexistiu raça alguma pré-adâmica que tivesse habitado neste planeta. Por essarazão, a idéia de uma raça pré-adâmica é pura conjectura, sem nenhum apoiobíblico. Não há nenhuma raça criada anterior à raça humana de Adão e Eva (Gn1.26,27). A única criação de seres vivos e inteligentes existente antes da criaçãoda raça humana eram os anjos, e estes nunca habitaram na terra como raçacriada.Os demônios são seres gerados da relação de anjos com mulheresantediluvianas (Gn 6.1-4)Não são poucos os teólogos que apóiam as doutrinas das “testemunhas deJeová”, ao defenderem ser “os filhos de Deus” (Gn 6.2) anjos caídos que nãoguardaram o seu estado original. Essa teoria defende uma intromissão angélica naesfera humana e como resultado uma raça de gigantes perversos.Os defensores dessa teoria interpretam que “as filhas dos homens” eramrealmente da descendência de Adão e Eva e que “os filhos de Deus” eram anjosque entraram em conúbio com estas mulheres e produziram uma progênieespantosa de filhos gigantes. Os que admitem essa teoria partem da idéia de que“os anjos” são chamados “filhos de Deus” em algumas partes das Escrituras, muiespecialmente no Antigo Testamento. É fato que em algumas Escriturasencontramos a expressão “filhos de Deus” para referir-se aos “anjos”, mas nãopodemos omitir outro fato de que a mesma expressão “filhos de Deus” também seencontra em outras escrituras referindo-se a “homens”. Isto só é possível perceberà luz do contexto de cada escritura. Forçar uma interpretação contrariando ocontexto, tanto o imediato como o remoto, significa ferir a revelação divina de cadaescritura. O argumento aceitável, racional e bíblico, é que esses “filhos de Deus”eram oriundos da linhagem piedosa de Sete e as “filhas dos homens” eram dalinhagem pecaminosa de Caim. O ensino bíblico e canônico é que os anjos sãoseres assexuados. Eles não possuem descendência, nem ascendência ou família.Foram apenas criados e, tantos quantos foram criados no princípio da criação, sãotantos quantos existem.

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Os Demônios são simples nomes dados a certas enfermidadesCom o aparecimento das idéias dos atuais grupos da Confissão Positiva e daTeologia da Prosperidade nos meios pentecostais, essa teoria tem se espalhadocomo se fosse planta daninha entre o povo de Deus. Crêem e ensinam que asdoenças, de um modo geral, são “espíritos maus” ou “demônios” que precisam serexpelidos. Essa teoria atribui certas desordens naturais a atividade dos mausespíritos. Ao nomear as doenças como espíritos maus ou demônios, mesmoaquelas doenças de causas naturais, estão tratando os espíritos ou demônioscomo se eles não tivessem existência real. Devemos ter cuidado em separar ascausas dos seus efeitos. Nem todas as enfermidades são causadas por demônios,e nem todas podem ser atribuídas aos demônios. Há doenças de causas naturaiscomo conseqüência da herança pecaminosa que todo ser humano herda, e hádoenças causadas por demônios. Não podemos tratar as doenças comodemônios, pois dessa forma todo crente quando fica enfermo estariaendemoninhado, o que é um absurdo. Não podemos, também, tratar os demônioscomo se não tivessem existência real. Os demônios não são coisas, nem merasidéias, nem doenças. Eles são seres pessoais e espirituais que podem causargrandes danos às pessoas. Lucas conta que uma certa mulher esteve presa porum espírito de enfermidade por 18 anos e Jesus a libertou daquele jugo. O textobíblico diz literalmente que aquela mulher estava possessa de um “espírito deenfermidade” (Lc 13.11), isto é, entende-se que um espírito malignoaprisionava aquela mulher com uma enfermidade, mas esta não era um espíritoou demônio. Aquele espírito provocou naquela mulher a enfermidade que a fizerasofrer por longo tempo.Os demônios são os espíritos de homens malvados que já estão mortosOutra tremenda aberração! Não há nenhum apoio bíblico para esta idéia. Essateoria foi se desenvolvendo através dos séculos e, em pleno final do século 20,torna-se generalizada. Porém, a Bíblia refuta veementemente esse falso conceito.Os demônios são apenas “anjos caídos” e são eles que promovem todo o enganoe confusão na mente humana. Os mortos continuam mortos e seus espíritos nãoandam vagando por aí a perturbar a paz das pessoas.O que a Bíblia afirma ser os demôniosO Novo Testamento menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão ouinfluência maligna de Satanás, devido a um espírito maligno que neles habita;menciona também o conflito de Jesus com os demônios. O Evangelho segundoMarcos, por exemplo, descreve muitos desses casos: 1.23-27, 32, 34, 39; 3.10-12,15; 5.1-20; 6.7, 13; 7.25-30; 9.17-29; 16.17.Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência. Como súditosde Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt 12.43-45), são malignos,destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (Mt 4.10 nota).Os demônios são a força motriz que está por trás da idolatria, de modo que adorar

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falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar demônios (1Co 10.20). O NovoTestamento mostra que o mundo está alienado de Deus e controlado por Satanás(Jo 12.31; 2Co 4.4; Ef 6.10-12).Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutarcontinuamente contra eles (Ef 6.12). Os demônios podem habitar no corpo dosincrédulos, e, constantemente, o fazem (Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18) efalam através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzemà iniqüidade, à imoralidade e à destruição.Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9.32,33; 12.22; 17.14-18; Mc9.17-27; Lc 13.11,16), embora nem todas as doenças e enfermidades procedamde espíritos maus (Mt 4.24; Lc 5.12,13). Aqueles que se envolvem com espiritismoe magia (isto é, feitiçaria) estão lidando com espíritos malignos, o que facilmenteleva à possessão demoníaca (At 13.8-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21).Os espíritos malignos estarão grandemente ativos nos últimos dias desta era, nadifusão do ocultismo, imoralidade, violência e crueldade; atacarão a Palavra deDeus e a sã doutrina (Mt 24.24; 2Co 11.14,15; 1Tm 4.1). O maior surto deatividade demoníaca ocorrerá através do Anticristo e seus seguidores (2Ts 2.9; Ap13.2-8; 16.13,14).Jesus e os demôniosNos seus milagres, Jesus freqüentemente ataca o poder de Satanás e odemonismo (Mc 1.25,26, 34, 39; 3.10,11; 5.1-20; 9.17-29; Lc 13.11,12,16). Um dosseus propósitos ao vir à terra foi subjugar Satanás e libertar seus escravos (Mt12.29; Mc 1.27; Lc 4.18).Jesus derrotou Satanás, em parte pela expulsão de demônios e, de modo pleno,através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31; 16.17; Cl 2.15; Hb 2.14). Destemodo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e restaurou o poder do reino de Deus.O inferno (gr. Gehenna), o lugar de tormento, está preparado para o diabo e seusdemônios - anjos (Mt 8.29; 25.41). Exemplos do termo Gehenna no grego: Mc9.43,45,47; Mt 10.28; 18.9.O crente e os demôniosAs Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem habita o EspíritoSanto, pode ficar endemoninhado; isto é, o Espírito e os demônios nunca poderãohabitar no mesmo corpo (2Co 6.15,16). Os demônios podem, no entanto,influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aosditames do Espírito Santo (Mt 16.23; 2Co 11.3,14).Jesus prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o poder de Satanás e dassuas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos aniquilar o poder quequerem exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando-os sem tréguapelo poder do Espírito Santo (Lc 4.14-19). Desta maneira, podemos nos livrar dospoderes das trevas.Segundo a parábola em Mc 3.27, o conflito espiritual contra Satanás envolve três

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aspectos: declarar guerra contra Satanás segundo o propósito de Deus (Lc 4.14-19); ir onde Satanás está (qualquer lugar onde ele tem uma fortaleza), atacá-lo evencê-lo pela oração e pela proclamação da Palavra, e destruir suas armas deengano e tentação demoníacos (Lc 11.20-22); apoderar-se de bens ou posses,isto é, libertando os cativos do inimigo e entregando-os a Deus para que recebamperdão e santificação mediante a fé em Cristo (Lc 11.22; At 26.18).Seguem-se os passos que cada um deve observar nesta luta contra o mal:Reconhecer que não estamos num conflito contra a carne e o sangue, mas contraforças espirituais do mal (Ef 6.12); viver diante de Deus uma vida fervorosamentededicada à sua verdade e justiça (Rm 12.1,2; Ef 6.14); Crer que o poder deSatanás pode ser aniquilado seja onde for o seu domínio (At 26.18; Ef 6.16; 1Ts5.8) e reconhecer que o crente tem armas espirituais poderosas dadas por Deuspara a destruição das fortalezas de Satanás (2Co 10.3-5); proclamar o evangelhodo reino, na plenitude do Espírito Santo (Mt 4.23; Lc 1.15-17; At 1.8; 2.4; 8.12; Rm1.16; Ef 6.15); confrontar Satanás e o seu poder de modo direto, pela fé no nomede Jesus (At 16.16-18), ao usar a Palavra de Deus (Ef 6.17), ao orar no Espírito(At 6.4; Ef 6.18), ao jejuar (Mt 6.16; Mc 9.29) e ao expulsar demônios (Mt 10.1;12.28; 17.17-21; Mc 16.17; Lc 10.17; At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12); orar,principalmente, para que o Espírito Santo convença os perdidos, no tocante aopecado, à justiça e ao juízo vindouro (Jo 16.7-11); orar, com desejo sincero, pelasmanifestações do Espírito, mediante os dons de curar, de línguas, de milagres ede maravilhas (At 4.29-33; 10.38; 1Co 12.7-11).A natureza espiritual, intelectual e moral dos demôniosEles possuem uma natureza intelectual, até mesmo porque na etimologia dapalavra daimon o sentido é conhecimento, inteligência. Portanto, os demônios nãosão coisas impensantes, mas conhecem a Jesus e até falam dele como “o filho doAltíssimo” (Mc 5.6,7). Tiago escreveu que os demônios crêem e estremecem (Tg2.19). Quanto à natureza moral dos demônios é inegável que eles secorromperam indo após Lúcifer, praticando toda a sorte de perversão edepravação espiritual. Por isso, eles são chamados “espíritos imundos” (Mt 10.1;Mc 1.27; 3.11; Lc 4.36; At 8.7, Ap 16.13). Eles usam as pessoas, possuindo suasmentes ou influenciando-as por outros meios a fim de que elas se tornem“instrumentos de iniqüidade” (Rm 6.13).Na rebelião promovida por Lúcifer, este arrastou consigo uma grande multidão deseres angelicais (Mt 25.41; Ap 12.4). Depois, ele organizou sua própria corte comos anjos que o seguiram, distinguindo-os em “principados, potestades edominadores das trevas e hostes espirituais da maldade” (Ef 6.12). Os anjos quetrocaram a sua habitação pela oferta do rebelde Lúcifer, foram banidos dapresença de Deus e seguiram a liderança de Lúcifer. E, assim, passaram a seridentificados como “anjos caídos”.Lugar atual e destino final dos demônios

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a) Satanás na sua rebelião inicial contra Deus (Mt 4.10) sublevou uma terçaparte dos anjos (Ap 12.4). A maioria deles está solta sob o domínio econtrole de Satanás (Mt 12.24; ]25.41; Ef 2.2; Ap 12.7). Estes são osemissários altamente organizados do diabo (Ef 6.11,12) que equivalem aosdemônios referidos na Bíblia;b) Outros desses estão algemados no poço do abismo (2Pe 2.4; Jd 6), e serãosoltos na Grande Tribulação. “E o quinto anjo tocou a trombeta, e vi umaestrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo.E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como a fumaça de umagrande fornalha e, com a fumaça do poço, escureceu-se o sol e o ar” (Ap9.1,2). Nesse texto encontramos a estrela que cai do céu que éprovavelmente um anjo que executa o julgamento divino e o poço doabismo que é o lugar onde estão aprisionados os demônios que nãoguardaram o seu principado e ali foram encerrados até que Che o tempo deserem soltos (Ap 11.7; 17.8; 20.1,3; Lc 8.31; 2Pe 2.4; Jd 6). Do poço doabismo saem gafanhotos que representam um vultoso número de demôniose também intensa atividade demoníaca na terra, perto do fim da história.c) finalmente todos os demônios serão lançados juntamente com Satanás paradentro do lago de fogo. “Então, dirá também aos que estiverem à suaesquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado parao diabo e seus anjos” (Mt 25.41).

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