Escola Estadual Maurício Murgel

Belo Horizonte, 03 de setembro de 2010

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL NA GASOLINA

Integrantes: Amanda Cristina de Carvalho No. 01

Caroline Francisca de Assis Costa No. 07

Felipe Gustavo de Almeida Lagares No. 15

Marco Aurélio Oliveira Júnior No. 28

Rafael Vinicius de Almeida Brito No. 37

Kevin Lukas de Souza No. 46

Professor (a): Gleison Senra

Turma: 3°AT

1. Introdução

A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos (compostos orgânicos que contém átomos

de carbono e hidrogênio) líquidos inflamáveis e voláteis, derivados do petróleo. Além de

ser utilizada como combustível em motores de combustão interna é também usada como

solvente, na indústria, para óleos e gorduras.

Inicialmente, a gasolina era obtida pela destilação do petróleo - era simplesmente a

fração mais volátil do petróleo. Após algum tempo, outras técnicas surgiram, numa

tentativa de aumentar o rendimento desta extração. Um deles é o craqueamento catalítico,

que consiste numa quebra de moléculas maiores, também presentes no petróleo, em

outras menores, que pertencem à fração da gasolina. Outros métodos incluem: a

polimerização, a alquilação, a isomerização e a destilação. A gasolina é uma mistura

bastante complexa, com mais de uma centena de diferentes hidrocarbonetos. A maioria é

saturada e contém de 4 a 12 átomos de carbono por molécula. 1

Quando se queima gasolina sob condições ideais, com abundância de oxigênio,

obtém-se dióxido de carbono, água e muito calor. 2

O grande crescimento da produção de gasolina é produto do desenvolvimento da

indústria automobilística. Este crescente aumento é possível através do refino e também

de processos de transformação de frações pesadas. Esses processos fazem aumentar o

rendimento total do produto em relação ao petróleo no estado puro.

As empresas petrolíferas são as responsáveis pela fabricação das diversas frações

de petróleo constituintes da gasolina e pela mistura dos aditivos, mas é válido ressaltar que

este trabalho é feito através de formulações convenientemente definidas para atender aos

requisitos de qualidade do produto. 2 Com a utilização em massa deste produto é essencial

o seu controle da qualidade. Um desses controles é o teor de álcool, que foi executado

nesta prática, que é muito importante, pois quando em excesso ou em falta pode causar

sérios danos ou erros ao processo o qual está sendo empregado.

2

FIGURA1. Craqueamento catalítico do Petróleo. 3

2. Parte Experimental

2.1 Objetivo

Determinar o teor de álcool na gasolina e testar sua solubidade.

2.2 Materiais

Materiais

2 Béqueres de 250 mL2 Provetas graduadas de 250/100 mL1 Copo plástico pequeno descartável 1 Bastão de vidro1 Pedaço de isopor1 Pisseta1 rolo de papel alumínio

2.3 Reagentes

Reagentes

150 mL de água (H2O)200 mL de gasolina comum tipo C

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2.4 Procedimento

Atividade A- Teste do teor de álcool na gasolina

1) Colocar aproximadamente 50 mL da gasolina a ser testada em um béquer de 250

mL;

2) Medir 50 mL da gasolina a ser testada em uma proveta de 250 mL graduada,

observando o menisco;

3) Medir 50 mL de água em uma proveta de 100 mL graduada, completar com o auxilio

de uma pisseta, observando o menisco;

4) Transferir a água para a proveta que contém gasolina e agitar a mistura com o

auxilio de um bastão de vidro;

5) Tampar com um pedaço de papel alumínio;

6) Deixar de repouso de 10 a 15 segundos e anotar os resultados.

Atividade B- Teste de solubilidade

1) Colocar aproximadamente 50 mL da gasolina a ser testada em um béquer de 250

mL;

2) Colocar um pequeno pedaço de isopor e empurrar com o auxílio de um bastão de

vidro para o fundo do béquer, aguardar, observar e anotar os resultados;

3) Colocar um copo plástico pequeno descartável, no mesmo béquer usado

anteriormente, e empurrar com o auxílio de um bastão de vidro para o fundo do béquer,

aguardar, observar e anotar os resultados.

3. Resultados

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Tabela 1. Teste do teor de álcool na gasolina

Teste 1 Teste 2 Teste 3 Média dos resultados

20% 18% 18% 18,8%

FIGURA 2. Extração do álcool da gasolina pela água

Tabela 2. Teste de solubilidade

Gasolina com: Reação observada

Isopor Dissolveu-se totalmente

Copo Plástico Dissolveu-se totalmente

Figura 3. Dissolvição do isopor e do copo plástico na gasolina.

4. Discussão dos resultados

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A B C

01) Porque o álcool foi extraído pela água?

A solubilidade dos compostos químicos em água se dá pela capacidade de fazer

ligações de hidrogênio com a mesma, o álcool é um destes compostos químicos que

possuem esta capacidade. Mesmo ele tendo uma cadeia que tende a ser apolar (cadeia

carbônica), ele consegue (pelo tamanho da cadeia - pequena - e por formar pontes de H)

dissolver-se muito bem com a água. A molécula de álcool tem uma parte apolar

(carbônica), isso faz com que ele possa se dissolver em compostos apolares, como a

gasolina. Ao se misturar gasolina + álcool com água, o álcool por ter o grupo funcional OH,

o que o torna polar assim como a água, possui muito mais afinidade com ela do que com a

gasolina assim seguindo do princípio semelhante dissolve semelhante ela se solubiliza na

água, que é semelhante sendo extraída assim da gasolina que possui menos afinidade.

02) O que são hidrocarbonetos? A gasolina é um tipo de hidrocarboneto?

Os hidrocarbonetos são todos os compostos químicos formados apenas por

Carbonos e Hidrogênio. A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos obtida a partir da

destilação de petróleo, não sendo, portanto, uma substância pura.

03) É possível separar o querosene (mistura de hidrocarbonetos, que são apolares) de

uma mistura querosene-gasolina colocando-a em contato com a água (substancia polar)?

Por quê?

Não é possível. Pois na mistura entre querosene e gasolina, existem moléculas com

polaridades muito semelhantes, que possuem caráter apolar assim podendo interagir umas

com as outras. Ao adicionarmos a água, que é uma substância de caráter polar, a este

sistema, esta não tem nenhuma afinidade por ambos, seguindo do principio de que

“semelhante dissolve semelhante” a água não dissolve esse sistema e consequentemente

não o separa ,devido a diferença de eletronegatividade, que não atraem elétrons para que

ocorra interações fortes e assim conseqüentemente que haja reação e a separação das

substâncias pela água .

04) Uma mistura de duas substâncias, A (polar) e B (apolar), pode ser separada com a

utilização de uma substância C(apolar)? E com uma substância D (polar)? Por quê?

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Sim, pois como foi feito na execução da prática, a extração do álcool que é uma

substância polar que estava em contato com a gasolina que é uma substância apolar foi

adicionado água e foi possível a separação do composto polar do composto apolar. O

processo seria o mesmo, porém em vez da substância extraída pelo solvente ser polar

será o composto apolar que pela semelhança de polaridade (semelhante dissolve

semelhante) terá mais afinidade e será extraído.

05) Uma mistura de hidrocarbonetos e aditivos compõe o combustível denominado

gasolina. Estudos revelaram que quanto maior o número de hidrocarbonetos ramificados,

melhor é o desempenho da gasolina e o rendimento do motor. Observe as estruturas dos

hidrocarbonetos abaixo:

a) Qual a fórmula molecular de cada estrutura?

I- C8H10

II- C8H18

III- C7H16

IV- C8H18

b) Qual a fórmula de linha de cada um?

I-

II-

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III-

IV-

c) Qual a estrutura apresenta melhor desempenho para o motor?

A estrutura que apresenta melhor desempenho do moto é a estrutura I.

06) Calcule a quantidade de enxofre e de benzeno, usado na gasolina que você utilizou

para fazer esta prática.

0,60 mL de benzeno → 22% de álcool

x mL de benzeno ←18,8 % de álcool

x= 0,51% v/v de benzeno

0,09 g de enxofre → 22% de álcool

x g de enxofre ←18,8 % de álcool

x= 0,07% m/v de enxofre

07) Teste a solubilidade da gasolina no copo plástico e no isopor. O que ocorreu?

Justifique sua resposta.

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Ambos se dissolveram completamente na gasolina, o que pode explicado pela

semelhança de polaridade entre os compostos (apolares), sendo que o isopor e o copo

plástico descartável são feitos de um composto chamado poliestireno, que é da classe dos

polímeros tendo, portanto cadeia composta de carbono e hidrogênio sendo

conseqüentemente compostos apolares, por serem hidrocarbonetos.

08) Mostre os cálculos que você fez para calcular o teor de álcool.

Testes 1 e 2) T%= (Válcool/ Vgasolina) x 100%

T%= (V9 ml/ V50 ml) x 100%

T%= 18% de álcool

Teste 3) T%= (Válcool/ Vgasolina) x 100%

T%= (V10 ml/ V50 ml) x 100%

T%= 20% de álcool

Média dos resultados obtidos: 18+18+20/3 = 18,6 % de álcool

5. Anexos

Nome do posto: Posto Oklahoma LTDA

Endereço: Rua Tiradentes, 1904 – Industrial Santa Rita- Contagem-MG

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Bandeira:

Nome do gerente: Luciano Almeida dos SantosTipo da gasolina: Tipo C (comum)Cor: Marrom (típico de gasolina)Nota fiscal:

Telefone: (31) 33874698

6. Conclusão

  Com a realização desta prática, percebeu-se a importância da de ter uma boa

qualidade da gasolina a partir da quantidade de álcool na mesma. Compreenderam-se,

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também, os efeitos causados por essa deficiência na qualidade que podem ocasionar

vários danos ao processo o qual está sendo emprego, como no motor de automóveis.

Adquiriu-se também conhecimento sobre os diferentes métodos aplicados para a

separação de compostos químicos de diferentes polaridades bem como também a sua

influência na solubilidade. Foi observado como é o uso correto de equipamentos e vidrarias

específicas, bem como se aprendeu a relacionar grandezas de medidas. Assim também

podemos aprender na prática de um laboratório como resolver e desenvolver problemas

típicos do nosso cotidiano, como verificar a qualidade de uma gasolina, dando ênfase aos

nossos estudos esclarecendo dúvidas e ampliando nosso aprendizado tendo

conseqüentemente um total e satisfatório rendimento nas matérias de solubilidade,

polaridade e presença de alcoóis em hidrocarbonetos.

7. Referências Bibliográficas

1. http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/gasolina.html

Acesso em: 05/09/2010

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2. http://www.brasilescola.com/quimica/gasolina.htm

Acesso em: 05/09/2010

3. http://www.mundovestibular.com.br/articles/5303/1/Combustivel-fossil-X-

Biocombustiveis/Paacutegina1.htm

Acesso em: 05/09/2010

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