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TEORIA DO CRIME Prof: Luís Roberto Zagonel Advogado Criminalista Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal – Academia Brasileira de Direito Constitucional Bacharel em Direito – Universidade Tuiuti do Paraná Contatos: E-mail: [email protected] Site: www.zagoneladvocaciacriminal.com.br Facebook: Zagonel Advocacia Criminal Prof: Dr. Luís Roberto Zagonel

TEORIA DO CRIME · Teoria Finalista da Ação *** - adotada no Brasil – criada por Hans Welzel – interessa como a conduta foi

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TEORIA DO CRIME

Prof: Luís Roberto Zagonel

Advogado Criminalista

Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal – Academia Brasileira de Direito Constitucional

Bacharel em Direito – Universidade Tuiuti do Paraná

Contatos:

E-mail: [email protected]

Site: www.zagoneladvocaciacriminal.com.br

Facebook: Zagonel Advocacia Criminal

Prof: Dr. Luís Roberto Zagonel

TEORIA DO CRIME Prof: Luís Roberto Zagonel

Ementa: Teoria do tipo; Teoria da antijuridicidade ou ilicitude; Teoria da culpabilidade; Tentativa; Concurso de pessoas.

Bibliografia Básica:

ESTEFAM, André. Direito penal: parte geral. Arts 1 a 120. V.1.3º ed., São Paulo: Saraiva.

CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. São Paulo: Saraiva.

BITTENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal, parte geral, São Paulo: Revista dos Tribunais.

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TEORIA DO CRIME Prof: Luís Roberto Zagonel

Avisos Importantes:

Chamada

Trabalhos

Provas

Não haverá prova final e prova de 2º chamada –

normativa 05/2009

Representante

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TEORIA DO CRIME Prof: Luís Roberto Zagonel

Avaliações:

1º Trabalho: 17/10/15 (em sala) – vale 2,0 pontos

1º Prova: 24/10/15 – vale 8,0 pontos

2º Trabalho: 14/11/15 (em sala) – vale 1,0 ponto

3º Trabalho: 21/11/15 * – vale 2,0 pontos

2º Prova: 05/12/15 – vale 7,0 pontos

* ATENÇÃO: Não haverá aula no dia 21/11/15. Essa aula será substituída

por um trabalho em grupo que deverá ser entregue na aula

subsequente (28/11/15)

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TEORIA DO CRIME Prof: Luís Roberto Zagonel

Todos os trabalhos serão feitos em grupos de até 6 pessoas

O 1º e o 2º trabalhos serão feitos em sala

O 1º trabalho (17/10) consiste em um questionário (concurso) a ser respondido e corrigido em sala.

O 2º trabalho (14/11) consiste em responder a duas questões em sala sobre um filme. Para isso, os alunos terão que escolher um dos dois filmes abaixo e assisti-lo até o dia 13/11/15:

Filmes:

“Vivos” – (1993)

“As duas faces de um crime” – (1996. Richard Gere)

Obs: ambos estão completos no “www.youtube.com”

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3º Trabalho do dia 21/11/15 – VALOR 2,0 PONTOS

Tema: “Homicídio causado por motorista embriagado...dolo eventual ou culpa consciente?”

Defendam o ponto de vista do grupo, fundamentando-o em ao menos uma jurisprudência.

OBS:

1) O trabalho deverá ser feito em grupo de até 6 alunos, de maneira manuscrita (letra legível) em até 20 linhas. *sem contar a jurisprudência *

2) Entrega: 28/11/15

3) Caso haja cópia, os dois grupos levarão nota 0,0

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TEORIA DO CRIME

O que é crime?

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TEORIA DO CRIME

Conforme o conceito analítico de crime da teoria majoritária no Brasil

CRIME:

FATO TÍPICO

+

ANTIJURÍDICO (ILÍCITO)

+

CULPÁVEL

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Qual a diferença entre crime e

contravenção?

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TEORIA DO CRIME

Diferença entre Crime e Contravenção:

Artigo 1º da Lei 3.914/41 (Lei de Introdução ao Código

Penal): CRIME = infração penal punida com pena de detenção e reclusão CONTRAVENÇÃO = delito “anão”, punido com pena de prisão simples ou multa. * ATO INFRACIONAL – crime ou contravenção praticado por criança ou adolescente. (Artigo 103 do Estatuto da Criança e do Adolescente)

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TEORIA DO CRIME

TEORIA DO TIPO

TIPO

1. CONCEITO modelo conceitual

2. CONCEITO DE TIPICIDADE subsunção do fato

concreto ao tipo penal

3. FORMAS DE ADEQUAÇÃO TÍPICA

Subordinação imediata (direta): fato tipo penal

Subordinação mediata (indireta): fato + 2 ou mais dispositivos

tipo penal

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TEORIA DO TIPO

TIPO

4. FUNÇÕES DO TIPO:

Garantia (princípio da reserva legal);

limita o injusto;

Indicia a antijuridicidade (ilicitude);

Limita o iter criminis.

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TEORIA DO TIPO

CONDUTA

Toda ação ou omissão, dolosa ou culposa, consciente e voluntária

dirigida a uma finalidade.

1. CARACTERÍSTICAS DA AÇÃO:

1.1 comportamento (pode jurídica em crimes contra a ordem econômica e

financeira e ambientais – arts. 173, §5º e artigo 225, §3º CF – tema polêmico);

1.2 voluntariedade;

1.3 manifestação no mundo exterior.

2. ELEMENTOS DA CONDUTA:

2.1 ato de vontade dirigido a um fim (que pode ser lícito ou ilícito). Dimensão

subjetiva da ação.

2.2 atuação positiva (ação) ou negativa (omissão) desta vontade no mundo exterior,

através de um fazer ou não fazer. Dimensão objetiva da ação.

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TEORIA DO TIPO

CONDUTA

1. AÇÃO – “FAZER”

As Teorias + Importantes:

Teoria Naturalista / Causal da Ação – a conduta é a mera

causação de um resultado, seja ele qual for. Para essa teoria

não interessa se a conduta foi cometida com dolo ou com

culpa (responsabilidade objetiva do agente).

Teoria Social da Ação - o que vale é o resultado que seja

socialmente relevante.

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TEORIA DO TIPO

CONDUTA

Teoria Finalista da Ação *** - adotada no Brasil –

criada por Hans Welzel – interessa como a conduta foi

feita, desloca o dolo e a culpa da culpabilidade para a

conduta. Como regra a responsabilidade do agente é

subjetiva. Não há conduta que não seja dolosa ou culposa.

Artigo 18 do CP.

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TEORIA DO TIPO

2. OMISSÃO – “NÃO FAZER”

Teoria Normativa – a omissão é um não fazer o que deveria ser feito. Não basta um não fazer, e sim não fazer o que deveria ser feito. 2. CLASSIFICAÇÃO: Omissivos próprios ou puros – “deixar de...” – praticados

por qualquer pessoa. Ex. art. 135, 243, 244, etc.

Omissivos impróprios ou comissivos por omissão

(ação por omissão) – somente praticados por “agente garantidor” (artigo 13, §2º)

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TEORIA DO TIPO

CAUSAS QUE EXCLUEM A CONDUTA:

1. COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL;

2. ATO REFLEXO;

3. ESTADO DE INCONSCIÊNCIA

4. CASO FORTUITO.

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TEORIA DO TIPO

FATO TÍPICO

(subsunção do fato concreto ao tipo penal).

ELEMENTOS DO FATO TÍPICO:

1) conduta dolosa ou culposa;

2) resultado (salvo nos crimes de mera conduta);

3) relação de causalidade (nexo causal);

4) tipicidade.

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TEORIA DO TIPO

ESPÉCIES DE CRIMES

1. Crimes materiais crimes de resultado. Ex: homicídio (art. 121

CP).

2. Crimes formais há a previsão de um resultado material, mas que

é dispensável para a consumação do delito. Ex: ameaça (art. 147) e

extorsão (art. 158 CP).

3. Crimes de mera conduta é aquele que a lei descreve uma

conduta, e não um resultado. Ex. violação de domicílio (art. 150 CP).

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TEORIA DO TIPO

ATUAÇÃO DO PRINCÍPIO ADEQUAÇÃO

SOCIAL E DA INSIGNIFICÂNCIA

1. PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL a teoria da

adequação social foi concebida por Hans Welzel, que significa

que, apesar de uma conduta se subsumir formalmente ao

modelo legal, não será típica se for socialmente adequada ou

reconhecida. Vale salientar que as condutas socialmente

adequadas não são necessariamente exemplares.

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TEORIA DO TIPO

ATUAÇÃO DO PRINCÍPIO ADEQUAÇÃO

SOCIAL E DA INSIGNIFICÂNCIA

2. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA pode ser

entendido como aquele que permite infirmar a tipicidade de

fatos que, por sua inexpressividade, constituem ações de

bagatela, desprovida de reprovabilidade, de modo a não

merecerem valoração da norma penal, exsurgindo, pois, como

irrelevantes. A tais ações, falta juízo de censura penal. (Diomar

Ackel).

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TEORIA DO TIPO

Crimes aos quais a Jurisprudência reconhece

a aplicação do Princípio da Insignificância:

- Furto

- Crimes contra a ordem tributária

- Crimes ambientais

- Manter rádio comunitária clandestina

- Atos infracionais

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TEORIA DO TIPO

Alguns crimes aos quais a Jurisprudência

NÃO reconhece a aplicação do Princípio da

Insignificância:

- Crimes contra a administração pública

- Apropriação indébita previdenciária

- Roubo

- Tráfico

- Crimes militares

- Tráfico de armas

- Moeda falsa Prof: Dr. Luís Roberto Zagonel

TEORIA DO TIPO

ELEMENTOS DO TIPO

1. Descritivos referem-se à materialidade do fato; é a ação indicada pelo núcleo

do tipo penal (é o verbo). Ex. “matar” (art. 121, CP), “subtrair” (art. 155, CP);

2. Normativos (culturais e jurídicos) não se extrai da mera observação,

depende de uma interpretação, isto é, requer que se faça um JUÍZO DE

VALOR; exigem uma avaliação do seu significado jurídico e/ou social; são

expressões empregadas pela lei que exigem uma avaliação do seu significado jurídico

ou social, como os conceitos de documentos, cheque, ato obsceno, indevidamente,

sem justa causa, sem autorização, etc.... Ex. “alheia” (art. 155, CP); “motivo fútil” (art.

121, § 2º, II - CP).

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TEORIA DO TIPO

3. Subjetivos exigem uma finalidade específica por parte

do agente; são os que, com exclusão do dolo genérico e da

culpa, se referem-se a certas particularidades psíquicas da ação;

situam-se além do dolo, e se referem a um motivo, a uma

tendência, ou a algum dado intelectual ou psíquico do agente.

Ex.: dolo específico que indica um fim especial visado pelo

agente, como a vantagem ou favorecimento sexual - art. 216-A,

CP; “para si ou para outrem” (art. 155, CP); “com o fim de

obter...” (art. 159, CP).

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TEORIA DO TIPO

ATIPICIDADE ABSOLUTA E RELATIVA

1. Atipicidade Absoluta ocorre quando, pela falta da

elementar, o fato se torna um indiferente penal. Ex.: se o

sujeito furta coisa própria, pensando ser de outrem, não

pratica furto, por lhe faltar a elementar “coisa alheia móvel”,

prevista no tipo.

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TEORIA DO TIPO

ATIPICIDADE ABSOLUTA E RELATIVA

2. Atipicidade Relativa ocorre quando, pela ausência da

elementar, ocorre desclassificação do fato para uma outra

figura típica. Ex.: se a mãe, logo após o parto, mata o filho sem

estar sob a influência do estado puerperal, não poderá

responder por infanticídio (art. 123), mas responderá por

homicídio (art. 121).

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TEORIA DO TIPO

ATIPICIDADE ABSOLUTA E RELATIVA

Portanto:

Atipicidade absoluta – indiferente penal;

Atipicidade relativa – desclassificação do crime.

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TEORIA DO TIPO

NÚCLEO DO TIPO

O núcleo do tipo penal é o verbo que descreve a conduta proibida

pela lei penal. O verbo tem a finalidade de evidenciar a ação que se

procura evitar ou impor.

Há tipos penais que possuem um único núcleo (uninucleares),

como no caso do art. 121 CP, e outros que possuem vários núcleos

(plurinucleares), também conhecidos como crimes de ação múltipla

ou de conteúdo variado, a exemplo do art. 33 da Lei nº

11.343/2006.

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TEORIA DO TIPO

TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS

A teoria dos elementos negativos do tipo, visa, ampliar o

conjunto dos elementos da conduta punível definida pela lei,

para de forma implícita negar o tipo quando presentes

determinadas circunstâncias legalmente autorizadoras e

justificativas da atitude injusta.

Ex: matar alguém agindo em legítima defesa.

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TEORIA DO TIPO

CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DOS TIPOS

1. TIPO BÁSICO / DERIVADO / AUTÔNOMO

1.1 Básico é o tipo de partida, fundamental.

Ex. homicídio simples (art. 121, caput), lesão corporal (art. 129,

caput), etc.

1.2. Derivado deriva do básico; especificação dependente,

decorrente da adição de certos elementos. Pode ser:

privilegiado/qualificado.

Ex: art. 121, §2º, e art. 155, §4º (tipos qualificados)

Art. 242, parágrafo único, e 317, §2º do CP (tipos privilegiados)

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TEORIA DO TIPO

CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DOS TIPOS

1.3. Autônomo (sui generis) ainda que tenha conexão com outro

tipo legal, representa uma variante autônoma, e se encontra, por isso,

separada de todo outro tipo do sistema penal.

Ex: associação para o tráfico (art. 35 da Lei 11.343/06); quadrilha ou

bando (art. 288 do CP); organização criminosa (Lei 12.850/2013).

2. TIPO SIMPLES/COMPOSTO OU MISTO

2.1 Simples compreende 1 só ação.

Ex: homicídio simples (art. 121, caput)

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TEORIA DO TIPO

CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DOS TIPOS

2.2 Composto ou misto compreende uma pluralidade de

ações. O tipo composto ou misto subdivide-se em:

2.2 a) Tipo misto alternativo

2.2 b) Tipo misto cumulativo

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TEORIA DO TIPO

2.2. a) Tipo misto alternativo há uma fungibilidade (conteúdo

variável) entre as condutas, sendo indiferente que se realizem uma ou

mais, pois a unidade delitiva permanece inalterada. Ainda que o sujeito

pratique duas ou mais condutas, haverá aplicação de uma única pena pela

realização do tipo.

Ex: fraude no comércio (art.175), 211 (destruição ou ocultação de

cadáver), 233 (ato obsceno), tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06)

2.2 b) Tipo misto cumulativo não há fungibilidade entre as

condutas, o que implica, em caso de se realizar mais de uma, na aplicação

da regra cumulativa – concurso material.

Ex: (art. 242) e etc.

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TEORIA DO TIPO

CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DOS TIPOS

3 TIPOS FECHADOS E ABERTOS

3.1 Fechado a descrição legal da ação proibida é completa, em

todos os aspectos fáticos. Ex: art. 121, caput (homicídio simples) e 129,

caput, CP (lesão corporal)

3.2 Aberto descreve parte da ação proibida, devendo ser

completado pelo julgador. O tipo se encontra aberto em razão de

necessitar de uma interpretação socialmente contextualizada. Ex: art.

121, §3º (homicídio culposo) e 129, §6º (lesão corporal culposa)

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TEORIA DO TIPO

3.2 a) Culposos é punido o comportamento mal dirigido

a um fim irrelevante (ou lícito)

3.2 b) Comissivos por omissão (omissivos impróprios)

é a não execução de uma atividade predeterminada

juridicamente exigida do agente. Agente garantidor (art. 13,

§2º do CP)

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TEORIA DO TIPO

3.2 c) Antecipação de antijuridicidade é o caso onde

a situação de perigo existe tão somente no imaginário do

agente. Constitui descriminante putativa ou seja, o agente

supõe a ocorrência de uma excludente de criminalidade que,

se existisse, tornaria sua ação legítima. Artigo 20, §1º do CP.

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TEORIA DO TIPO

ILICITUDE E INJUSTO

1. Ilícito O ilícito consiste na contrariedade entre o fato e lei.

O ilícito, não possui grau, ou ela contraria a lei ou ela se ajusta. Ex:

jogo do bicho é ilícito, mas muitas pessoas não o consideram

injusto.

2. Injusto O injusto é a contrariedade do fato em relação ao

sentimento social de justiça, ou seja, aquilo que o homem médio

tem por certo, justo. O injusto, ao contrário do ilícito, possui

vários graus, depende da sua intensidade e da repulsa provocada

pela conduta. Ex: O estupro é algo muito mais impactante do que

porte de arma, e ambos ilícitos.

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