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TEORIA LEI PENAL - TEORIA LEI PENAL - PENAS PENAS TERESA PIZARRO BELEZA TERESA PIZARRO BELEZA FDUNL FDUNL 2010/2011 2010/2011

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TEORIA LEI PENAL - TEORIA LEI PENAL - PENASPENAS

TERESA PIZARRO BELEZATERESA PIZARRO BELEZA

FDUNLFDUNL

2010/20112010/2011

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Entre-os-Rios: famílias Entre-os-Rios: famílias ainda não decidiram se vão ainda não decidiram se vão recorrer da sentença recorrer da sentença  20 Out 200620 Out 2006 "Não sei se será bom para o nosso bem-estar "Não sei se será bom para o nosso bem-estar

psicológico a opção por um recurso. Temos psicológico a opção por um recurso. Temos de avaliar muito bem. Já lá vão quase seis de avaliar muito bem. Já lá vão quase seis anos de sofrimento e não sei se devemos anos de sofrimento e não sei se devemos prolongá-lo", disse o vice-presidente da prolongá-lo", disse o vice-presidente da Associação de Familiares das Vítimas da Associação de Familiares das Vítimas da Tragédia de Entre-os-Rios, Augusto Moreira.Tragédia de Entre-os-Rios, Augusto Moreira.(...)(...)Tal como as famílias, o Ministério Público - Tal como as famílias, o Ministério Público - que tinha pedido penalizações distintas para que tinha pedido penalizações distintas para os diferentes arguidos - também não os diferentes arguidos - também não esclareceu se vai recorrer da sentença.esclareceu se vai recorrer da sentença.

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PENASPENAS

MorteMorte TorturaTortura DegredoDegredo PrisãoPrisão MultaMulta TrabalhoTrabalho AdmoestaçãoAdmoestação (…)(…)

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PENASPENAS

Variação históricaVariação histórica Relação com sistema económicoRelação com sistema económico SofrimentoSofrimento CastigoCastigo VergonhaVergonha OstracizaçãoOstracização EliminaçãoEliminação

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E para que servem?E para que servem?

ASSUSTAR, dar exemploASSUSTAR, dar exemplo Demonstrar o poder do soberanoDemonstrar o poder do soberano Reformar o condenadoReformar o condenado Reafirmar simbolicamente o DireitoReafirmar simbolicamente o Direito Dar satisfação à(s) vítima(s)Dar satisfação à(s) vítima(s) Apaziguar a sociedadeApaziguar a sociedade Evitar vinganças privadas…Evitar vinganças privadas…

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TEORIASTEORIAS

ABSOLUTAS: penas existem ABSOLUTAS: penas existem “porque tem de ser”. RETRIBUIÇÃO. “porque tem de ser”. RETRIBUIÇÃO. – KANT, HEGELKANT, HEGEL

UTILITARISTAS: penas devem servir UTILITARISTAS: penas devem servir para alguma finalidade. para alguma finalidade. PREVENÇÃO.PREVENÇÃO.– BECCARIA… BECCARIA… Dos Delitos e das Penas, Dos Delitos e das Penas,

1766 (ed. Gulbenkian, 1998)1766 (ed. Gulbenkian, 1998)

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Prevenção geralPrevenção geral

aa prevenção geral negativa prevenção geral negativa ou de ou de intimidação (as penas servem para intimidação (as penas servem para assustar as pessoas, com a ameaça do assustar as pessoas, com a ameaça do castigo, para que não cometam castigo, para que não cometam crimes): Beccaria, Feuerbach.crimes): Beccaria, Feuerbach.

aa prevenção geral positiva prevenção geral positiva ou de ou de integração (as penas devem reforçar o integração (as penas devem reforçar o sentimento de crença na vigência e sentimento de crença na vigência e validade do Direito): Durkheim, Jakobs, validade do Direito): Durkheim, Jakobs, Figueiredo Dias.Figueiredo Dias.

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Prevenção especialPrevenção especial a a prevenção especial negativaprevenção especial negativa (elimina-se o (elimina-se o

criminoso com a pena de morte ou criminoso com a pena de morte ou restringe-se a possibilidade de cometer restringe-se a possibilidade de cometer crimes privando-o da sua liberdade). A crimes privando-o da sua liberdade). A manutenção da pena de morte em vários manutenção da pena de morte em vários países do mundo - EUA, China, Tailândia, países do mundo - EUA, China, Tailândia, Singapura, alguns Estados Africanos...Singapura, alguns Estados Africanos...

a a prevenção especial positivaprevenção especial positiva ou de ou de reintegração (a condenação em pena de reintegração (a condenação em pena de prisão ou outra e muito em especial a prisão ou outra e muito em especial a execução da pena devem ter como objectivo execução da pena devem ter como objectivo fundamental a reintegração do delinquente fundamental a reintegração do delinquente na sociedade - artº 40º do CP). F. Dias, na sociedade - artº 40º do CP). F. Dias, Roxin...Roxin...

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A discussão A discussão contemporâneacontemporânea O ideal da “reinserção social” e a sua O ideal da “reinserção social” e a sua

crítica (V. Ministério da Justiça: crítica (V. Ministério da Justiça: Cidadão Cidadão Delinquente - Reinserção Social? Delinquente - Reinserção Social? 1983) 1983)

As “desilusões” oficiais e as novas As “desilusões” oficiais e as novas tentativas de legitimação do Direito Penal: tentativas de legitimação do Direito Penal: as teorias neo-retributivas e as chamadas as teorias neo-retributivas e as chamadas teorias da prevenção-integração. A teorias da prevenção-integração. A importância da Vitimologia. A legislação importância da Vitimologia. A legislação sobre indemnização a vítimas de crimes sobre indemnização a vítimas de crimes violentos. violentos.

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VÍTIMASVÍTIMAS

A Comissão para a Instrução dos Pedidos de A Comissão para a Instrução dos Pedidos de Indemnização de Vítimas de Crimes Indemnização de Vítimas de Crimes Violentos, abreviadamente designada como Violentos, abreviadamente designada como Comissão de Protecção às Vítimas de Crimes, Comissão de Protecção às Vítimas de Crimes, é o serviço responsável pela instrução dos é o serviço responsável pela instrução dos pedidos de indemnização a vítimas de crimes pedidos de indemnização a vítimas de crimes violentos, formulados ao abrigo do regime violentos, formulados ao abrigo do regime previsto no Decreto lei 423/91 de 30 de previsto no Decreto lei 423/91 de 30 de Outubro, e os pedidos de adiantamento às Outubro, e os pedidos de adiantamento às vítimas de violência doméstica, formulados vítimas de violência doméstica, formulados ao abrigo do regime previsto na Lei 129/99 ao abrigo do regime previsto na Lei 129/99 de 20 de Agosto. de 20 de Agosto.

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VÍTIMASVÍTIMAS

Constituição, artº 32, nº 7Constituição, artº 32, nº 7

““O ofendido tem o direito de O ofendido tem o direito de intervir no processo, nos termos intervir no processo, nos termos da lei”da lei”

Código de Processo Penal, artº s Código de Processo Penal, artº s 68 ss68 ss

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AJUDA A VÍTIMAS - ONGsAJUDA A VÍTIMAS - ONGs

APAVAPAV APMVVAPMVV SOROROPTIMIST…SOROROPTIMIST…

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A discussão A discussão contemporâneacontemporânea As perspectivas radicais: o As perspectivas radicais: o

Abolicionismo. As concepções de Abolicionismo. As concepções de Foucault. A “psiquiatrização” do Direito Foucault. A “psiquiatrização” do Direito Penal: Menninger, A. Plack. A Penal: Menninger, A. Plack. A Criminologia Crítica (A. Baratta, etc).Criminologia Crítica (A. Baratta, etc).

“ “Reconstruções”: a justiça Reconstruções”: a justiça reparadora, a mediação, as propostas de reparadora, a mediação, as propostas de resolução “informal” de casos penais resolução “informal” de casos penais pouco graves.pouco graves.

A insistência do discurso oficial nas A insistência do discurso oficial nas penas “alternativas”.penas “alternativas”.

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Justiça “restaurativa”Justiça “restaurativa”

Encounter:  Create opportunities for victims, Encounter:  Create opportunities for victims, offenders and community members who offenders and community members who want to do so to meet to discuss the crime want to do so to meet to discuss the crime and its aftermath and its aftermath

Amends:  Expect offenders to take steps to Amends:  Expect offenders to take steps to repair the harm they have caused repair the harm they have caused

Reintegration:  Seek to restore victims and Reintegration:  Seek to restore victims and offenders  to whole, contributing members of offenders  to whole, contributing members of society society

Inclusion:  Provide opportunities for parties Inclusion:  Provide opportunities for parties with a stake in a specific crime to participate with a stake in a specific crime to participate in its resolutionin its resolution

http://www.restorativejustice.orghttp://www.restorativejustice.org

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PORTUGALPORTUGAL

Proposta de Lei aprovada em Proposta de Lei aprovada em Conselho de Ministros para Conselho de Ministros para experiência piloto de mediação experiência piloto de mediação penalpenal

Hoje (2010) em execução Hoje (2010) em execução experimental, estando a ser experimental, estando a ser avaliada pela FDUNLavaliada pela FDUNL

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CONCEITOS LEGAISCONCEITOS LEGAIS

Medida abstracta (ou legal) e medida Medida abstracta (ou legal) e medida concreta (ou judicial) da pena. concreta (ou judicial) da pena.

As circunstâncias, modificativas As circunstâncias, modificativas ((modificam modificam os limites abstractos da os limites abstractos da pena)pena)– agravantes, qualificativas; ex. premeditação agravantes, qualificativas; ex. premeditação

no homicídio, artº 132no homicídio, artº 132;;– atenuantes, privilegiadoras; ex. compaixão atenuantes, privilegiadoras; ex. compaixão

no homicídio, artº 133;no homicídio, artº 133; As circunstâncias As circunstâncias comuns agravantes e comuns agravantes e

atenuantes (funcionam atenuantes (funcionam dentro dentro dos dos limites abstractos da pena: artº 71º).limites abstractos da pena: artº 71º).

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ConcursoConcurso

De crimes (dito verdadeiro) » Cúmulo De crimes (dito verdadeiro) » Cúmulo jurídico de penasjurídico de penas– Real (vários actos) - CP não distingueReal (vários actos) - CP não distingue– Ideal (um só acto) - CP não distingueIdeal (um só acto) - CP não distingue

De normas (dito aparente)De normas (dito aparente)– EspecialidadeEspecialidade– SubsidiariedadeSubsidiariedade– ConsumpçãoConsumpção

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Dificuldade distinguir concurso de normas/crimes… Ac. 16-10-2008 do STJ: Roubo e

sequestro.

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Tipos: ClassificaçõesTipos: Classificações

Dolosos, negligentesDolosos, negligentes Acção, omissãoAcção, omissão Formais, de resultadoFormais, de resultado De perigo (abstracto, concreto), de De perigo (abstracto, concreto), de

dano (= de lesão)dano (= de lesão) Agravados pelo resultadoAgravados pelo resultado De atentado, de empreendimento…De atentado, de empreendimento…