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Administração da Pequena e Média Empresa

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Administração da Pequena e Média Empresa

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:Profa. Ms. Fátima Franco Oliveira Carvalho

Prof. Fledsneri da Silva

Revisão Textual:Profa. Ms. Elisabeth Hormizida Britto Cury

Plano de Negócios

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u n i d a d e

O conteúdo dessa unidade é bem denso, mas importantíssimo na administração das empresas. Falaremos sobre a importância do planejamento para o sucesso das empresas.

Explicaremos sobre a elaboração do Plano de Negócios, assunto central desta unidade. Por fim apresentaremos duas estruturas do que deve conter no mínimo um Plano de Negócios e os principais erros a serem evitados no processo de sua confecção.

Para um bom aproveitamento, como já dito das outras vezes, é importante ler com muita atenção o conteúdo teórico e participar de todas as atividades – sem perder o prazo de fechamento da Unidade.

Todo esse esforço contribuirá para que você tenha uma perfeita compreensão do conteúdo disponibilizado.

Plano de Negócios3

Objetivos da Unidade

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Unidade: Plano de Negócios

Para iniciarmos esta unidade, convido você a assistir aos dois pequenos vídeos apresentados abaixo. Eles demonstram a importância de planejar tudo que se pretende realizar.

Links 9 Muito Desgaste sem Planejamento

http://www.youtube.com/watch?v=LOyX-vgdQGQ

9 Planejamento é Tudohttp://www.youtube.com/watch?v=nfIx2zk--fk

Cenário da Prática

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“Um plano de negócio bem planejado terá mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento, na mesma igualdade de condições” (DORNELAS, 2008, p. 81).

Glossário

Plano: Adjetivo e Substantivo que entre tantos significados, quer dizer:

1. Projeto elaborado com um objetivo específico e em que se estabelecem as várias etapas para atingi-lo.

2. Conjunto das disposições necessárias para executar um projeto; planificação; programa.3. Estrutura de uma obra ou trabalho; esboço.4. Projeto; ideia

Negócio: Nome Masculino

1. Transação comercial.2. Atividade definida pela troca, compra e venda de produtos, bens, serviços etc., destinada

à obtenção de lucro; comércio; tráfico.3. Empresa dedicada ao comércio; empreendimento.4. Ocupação; atividade.5. Assunto pendente; qualquer assunto que exige resolução; questão.

Imagine a seguinte situação que provavelmente você já tenha vivenciado de perto: uma pessoa decide construir ou reformar uma casa sem um projeto.

Um projeto de construção ou de reforma permitiria: primeiro, que essa pessoa “visse” sua casa antes que ela fosse construída, o que possibilitaria fazer alterações se não ficasse do jeito que ela imaginou; segundo, que a pessoa estimasse quanto custaria a construção ou a reforma – e se a pessoa não tiver todos os recursos necessários? E terceiro, que essa pessoa possa orientar o trabalho de construção/reforma de maneira que tudo saia como ela imaginou.

Outra situação, que é até mais simples, imagine uma viagem com a família para a praia. Você viajaria para a praia de carro sem fazer uma revisão do veículo? E a hospedagem? É necessário definir qual seria a melhor estrada, quantos dias você ficará na praia, qual a despesa total, incluindo transporte, hospedagem, alimentação etc. Acredite, várias pessoas têm tido férias bastante frustrantes…

A partir desses exemplos já se percebe que não é possível pensar em iniciar um negócio sem planejar. Mas por que planejar?

De modo simples, podemos dizer que é para intensificar as possibilidades de criação, implementação e desenvolvimento do negócio, e, consequentemente, diminuir o índice de mortalidade das empresas.

Por que Planejar?

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Unidade: Plano de Negócios

Já foi constatado que o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras, nos primeiros anos de existência, atingem percentuais próximos aos 70% ou mais, e por isso tornou-se um motivo de análise e debate em muitas áreas da sociedade, do meio acadêmico ou empresarial.

E não se trata de uma particularidade das empresas brasileiras, pois mesmo nos Estados Unidos, país referência em empreendedorismo e criação de pequenas empresas, a mortalidade também é alta chegando a índices próximos aos do Brasil, acima de 50% em algumas áreas de negócio.

Mas qual o principal motivo para esse fraco desempenho de empresas recém-criadas?

Uma pesquisa feita pelo Small Business Administration (SBA), Figura 1.1, órgão do governo americano que tem por finalidade auxiliar as pequenas empresas do país, constatou que cerca de 98% das causas podem ser agrupadas em uma única conclusão: falha ou falta de planejamento adequado do negócio.

No Brasil, várias pesquisas realizadas pelo SEBRAE-SP anualmente demonstram que as causas de mortalidade das PME não são muito diferentes. A falta de planejamento aparece em primeiro lugar como a principal causa para o insucesso, seguida de deficiência em gestão, políticas de apoio insuficientes, conjuntura econômica e fatores pessoais. Veja que, mesmo que os fatores externos ao negócio sejam cruciais, como é o caso das políticas de apoio, as duas principais causas da ruína também se resumem ao planejamento e a uma correta gestão do negócio, que é decorrente de um bom planejamento.

Incompetência gerencial 45%Inexperiência no ramo 9%Inexperiência em gerenciamento 18%Expertise desbalanceada 20%Negligência nos negócios 3%Fraudes 2%Desastres 1%

Total 98%

Apenas 2% são fatores desconhecidos

Figura 1.1: Causas de fracasso das pequenas empresas americanas (SBA, 1998).

Dornelas (2008) apresenta um quadro (Figura 1.2) que demonstra, segundo Bangs (1998), as maiores armadilhas no gerenciamento das PMEs.

Figura 1.2: Maiores armadilhas no gerenciamento de pequenas empresas (Bangs, 1998).

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Caro(a) aluno(a) não existem formulas mágicas. Por isso é preciso buscar sempre uma capacitação gerencial contínua, buscar aplicar os conceitos teóricos aprendidos para adquirir a experiência e a disciplina necessária no planejamento periódico das atividades que devem ser realizadas na empresa.

Em outras palavras, existe uma importante tarefa que deve fazer o administrador pelo empreendimento sob sua responsabilidade: planejar, planejar e planejar.

Segundo Dornelas (2008)

“[...] é notória a falta de cultura de planejamento do brasileiro, que por outro lado é sempre admirado pela sua criatividade e persistência. Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas sonhar, deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma simples, porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar sonhos em realidade: o planejamento” DORNELAS (2008, p. 81).

Para Pinson e Jinnett (1996, apud Dornelas 2008), quando se observa o conceito de planejamento, admitem-se pelo menos três fatores críticos que podem ser destacados:

• toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes etc.;

• toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio;

• poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios. A maioria deles são micro e pequenos empresários que não têm conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio, projeções de faturamento e etc. Quando entendem o conceito, geralmente não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios.

O que é Plano de Negócio?

De acordo com Longenecker (2011):

“Um plano de negócios é, em geral, um documento que descreve a idéia básica que fundamenta um empreendimento e as respectivas considerações necessárias para sua abertura. É o plano de jogo do empreendedor; cristaliza os sonhos e as esperanças que motivam um empreendedor a dar os passos iniciais do empreendimento. O plano de negócios esquematiza a idéia básica do empreendedor em relação ao empreendimento e inclui explicações que indicam onde você se encontra agora, aonde quer chegar e como pretende chegar lá“ LONGENECKER (2011, p. 104).

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Unidade: Plano de Negócios

A cada dia que passa, o mundo dos negócios torna-se mais competitivo e profissionalizado. Por isso, um planejamento bem feito e detalhado do negócio que se pretende começar ou que já existe e pretende lançar um novo produto é fator crítico de sucesso.

Um Plano de Negócio é nada mais nada menos que um documento que descreve um empreendimento e o modelo de negócios que sustentam a empresa. Sua elaboração envolve um sistema de aprendizagem e autoconhecimento e ainda permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios.

Para David Gumpert (2003, apud Longenecker 2011) “trata-se de um documento que demonstra de maneira convincente que o negócio pode vender o produto ou serviço de modo a obter lucro satisfatório e ser atraente aos financiadores”.

De acordo com Bangs (apud Dornelas 2008), é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios. Os aspectos-chave que devem ser focados em qualquer plano de negócios são os seguintes:

• em que negócio você está?• o que você (realmente) vende?• qual é o seu mercado alvo?

O Plano de Negócio é um instrumento que percorre todas as etapas de planejamento de um negócio: a oportunidade de mercado detectada, o planejamento estratégico, a análise de mercado, o desenvolvimento do plano de marketing, a estrutura de operações e as projeções financeiras.

ImportanteQuando o administrador / empreendedor faz esse percurso, torna possível verificar se um negócio é viável, se é lucrativo e se agrega valor aos sócios.

Por meio do plano de negócios é possível:

» entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio; » gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas; » monitorar o dia a dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário; » conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, SEBRAE, investidores,

capitalistas de risco etc.; » identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa; » estabelecer uma comunicação interna na empresa e convencer o público externo

(fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc.).

Querido(a) aluno(a), quem sabe - poder-se-ia dizer - futuro administrador de negócio, talvez você esteja se perguntando: mas para quem devo escrever esse Plano de Negócio? A quem se destina esse documento?

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Numa linguagem mais técnica, administrativa: quais são os públicos-alvo de um Plano de Negócio?

Há muitos que pensam que se destina unicamente a investidores e bancos, mas se enganam. Os públicos-alvo são vários e entre eles pode-se citar (cf. Dornelas 2008):

• Mantenedores das incubadoras (SEBRAE, universidades, prefeituras, governo, associações etc.): para outorgar financiamentos a essas instituições.

• Parceiros: para definição de estratégias e discussão de formas de interação entre partes.

• Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro, imóveis, expansão da empresa etc.

• Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimento, angels, BNDES, governos etc.

• Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e formas de pagamento.

• A empresa internamente: para comunicação de gerência com o conselho de administração e com os empregados (efetivos e em fase de contratação).

• Os clientes: para venda do produto e/ou serviço e publicidade da empresa.

• Sócios: para convencimento em participar do empreendimento e formalização da sociedade.

Glossário

Outorgar – verbo transitivo. (Do latim auctoricãre, por auctorãre, «obrigar por contrato»).

1. conceder; conferir; dar (direito, bem título etc.)2. anuir, consentir3. Direito declarar em escritura pública ou em contrato particular4. Direito intervir como interessado em (escritura pública ou em contrato particular)

Angels: Em Gestão, business angel ou um investidor anjo, é uma pessoa física ou uma empresa disposta a investir em outras empresas que, estando a iniciar suas atividades empresariais ou pensando em iniciar atividades comerciais ou industriais, não contam, contudo, com o aporte financeiro necessário para essa empreitada. Muitas vezes, é representado por um familiar conhecido do empreendedor, como o pai, a mãe, um parente próximo ou um amigo e eventualmente, até um recurso obtido de entidades públicas ou privadas. Esse investidor é alguém que acredita no projeto, vislumbra retorno econômico e aporta os recursos para lançar o empreendimento e está disposto a correr riscos, enquanto aguarda ganhos financeiros com o crescimento da empresa.

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Unidade: Plano de Negócios

E de certa maneira, também o administrador/empreendedor faz parte desse público-alvo, pois ao levá-lo a pensar sobre o que pode ou não dar certo, a elaboração do Plano de Negócios ajuda a antecipar situações imprevistas que possam ocorrer.

Estrutura ou Modelo de Plano de Negócio

Não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um Plano de Negócios, pois cada negócio tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão que seja universal e aplicado a qualquer negócio. Por exemplo, uma empresa de serviços é diferente de uma empresa que fabrica produtos ou bens de consumo.

Contudo, qualquer Plano de Negócio deve conter um mínimo de seções que favorecerão um entendimento completo do negócio. Estas seções devem ser organizadas de forma a manter uma ordem lógica que permita a qualquer leitor do plano compreender como a empresa é organizada, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e sua situação financeira.

Abaixo apresento uma estrutura possível, entre tantas outras, para que se possa ter uma noção básica.

Estrutura segundo Longenecker (2011)• Folha de Rosto: fornece nomes, endereços e números de telefone do empreendimento

e dos proprietários e gestores; data em que foi elaborado; número de cópia e pessoa de contato.

• Índice do conteúdo: fornece os números das páginas das principais seções do plano de negócios.

• Sumário (ou resumo) executivo: de uma a três páginas, fornece visão geral do plano total de negócios. Escrito depois que as demais seções tenham sido finalizadas, destaca os pontos significativos de cada uma e, de modo ideal, cria entusiasmo suficiente para motivar o leitor a continuar a leitura.

• Visão e declaração da missão: descreve de maneira concisa a estratégia pretendida e a filosofia da empresa para fazer sua visão tornar-se realidade.

• Descrição geral da empresa: explica o tipo de empresa, como uma fábrica; pontos-de-venda a varejo ou serviço; fornece informações de fundo sobre a empresa, se ela já existir; descreve a forma de organização proposta – propriedade exclusiva, sociedade ou corporação. Essa seção deverá ser organizada da seguinte forma:

» nome e endereço; » objetivos; » natureza e produto ou serviço principal;

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» situação (fase de implantação, aquisição ou expansão); » histórico (se aplicável) e » forma jurídica de organização.

• Plano de produtos e/ou serviços: descreve o produto e/ou serviço e destaca todas as suas características exclusivas; explica o motivo pelo qual as pessoas comprarão o produto ou serviço. Essa seção deverá oferecer as seguintes descrições: » produtos e/ou serviços; » características do produto ou serviço que lhe conferem vantagem competitiva; » proteção jurídica disponível – patentes, direitos autorais (copyrights), marcas registradas; » os perigos: obsolescências técnicas e de estilo.

• Plano de marketing: Mostra quem serão os clientes da empresa e que tipo de concorrência ela enfrentará; delineia a estratégia de marketing e especifica as vantagens sobre a concorrência. Essa seção deverá oferecer as seguintes descrições:

» análise do mercado-alvo e perfil dos clientes-alvo; » métodos para identificar e atrair clientes; » abordagem de venda; » tipo de força de vendas e canais de distribuição; » tipos de promoções de vendas e propaganda; » políticas de crédito e de determinação de preços.

• Plano de gestão: identifica os elementos-chave – investidores, equipe gestora e diretores –, citando a experiência e a competência que possuem. Essa seção deverá oferecer as seguintes descrições:

» equipe gestora; » investidores externos e/ou diretores e suas qualificações; » pessoas externas fornecedoras de recursos e suas qualificações; » planos de recrutamento e treinamento de funcionários.

• Plano operacional: explica o tipo de fabricação ou sistema operacional a ser usado; descreve as instalações da empresa, a mão-de-obra, as matérias-primas e os requisitos para o processamento do produto. Essa seção deverá oferecer as seguintes descrições:

» métodos de operação ou de fabricação; » instalações da fábrica (local, espaço e equipamentos); » métodos de controle de qualidade, procedimentos para controlar o estoque e as operações; » fontes de suprimentos e procedimentos de compras.

» Plano financeiro: especifica as necessidades financeiras e contempla fontes de financiamentos; apresenta projeções de receitas, de custos e de lucros. Essa seção deverá oferecer as seguintes descrições:

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Unidade: Plano de Negócios

» demonstrativos financeiros dos últimos três a cinco anos ou do período disponível; » demonstrativos financeiros pró-forma dos três a cinco anos anteriores, incluindo

declarações de imposto de renda, balanços, demonstrativos de fluxo de caixa e orçamentos de caixa (mensais para o primeiro ano e trimestrais para o segundo ano);

» análise do ponto de equilíbrio dos lucros e fluxos de caixa; » fontes de financiamento.

» Apêndice dos documentos de suporte: deverá conter vários materiais e anexos complementares para expandir a compreensão do leitor. Esses documentos de suporte incluem todos os itens referenciados no corpo do plano de negócios, como os currículos dos principais investidores e proprietários/gestores; fotografias dos produtos, das instalações e dos prédios; referências profissionais; estudos e pesquisas de marketing; pesquisas publicadas e contratos de vendas assinados.

Glossário

Obsolescência – nome feminino. (Do latim obsolescentia, particípio presente neutro plural substantivado de obsolescere, «cair em desuso»).

1. Qualidade de obsolescente ou obsoleto; qualidade do que está a cair em desuso, a tornar-se antiquado.

O Que Não Fazer.Os administradores ou empreendedores tendem a realizar incontáveis erros quando preparam

um Plano de Negócios. Alguns desses erros são comuns e com certeza você não vai querer cometê-los. Abaixo segue a lista deles:

1. Deixar de fornecer dados sólidos: os investidores esperam que todas as informações e todos os números de suas projeções sejam comprovados. Não funcionam idéias vagas e afirmações confusas.

2. Deixar de descrever o produto de maneira simples: naturalmente há a tentação do uso de diversos jargões comuns à indústria. Exponha seu produto ou serviço de modo simples e compreensível.

3. Deixar de analisar plenamente o mercado: nunca pense “não temos concorrentes”, pois é o mesmo que prever um futuro fracasso. Todos têm concorrentes e você deve mostrar a posição de sua empresa no mercado e conhecer os detalhes dos pontos fortes e fracos dos concorrentes.

4. Incluir demonstrativos financeiros muito detalhados e incompletos: não é a quantidade de informação financeira que vai impressionar ou mesmo convencer o

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leitor. Alguns tendem a apresentar demonstrativos financeiros incompletos ou adicionar inúmeras páginas de dados financeiros monótonos. Tanto um extremo quanto o outro são inaceitáveis. O mais importante é garantir que os números façam sentido.

5. Ocultar fraquezas: talvez seja uns dos aspectos mais difíceis da elaboração do Plano de Negócios, pois lidar eficientemente com os pontos fracos não é simples e todas as empresas os têm. Acredito que a melhor maneira de lidar concretamente com os pontos fracos e ser aberto e direto, apresentando um plano de ação que trate do problema com eficácia. Ou seja, a integridade conta muito.

6. Desconsiderar falhas fatais: boa parte das oportunidades possuem falhas fatais e na maioria delas o administrador, tão fascinado pela oportunidade, não a percebe. Cabe aqui uma pergunta que se deve fazer a si mesmo a respeito da oportunidade: “Quais são os possíveis impactos da nova tecnologia, do e-commerce ou das mudanças na demanda dos consumidores sobre o empreendimento proposto?”

7. Uso de gramática deficiente: nada mais desestimulante para um investidor cauteloso que um Plano de Negócios escrito de forma deficiente. Consiga um editor bom e então revise, revise, revise.

8. Fazer um plano muito extenso: o objetivo nunca será escrever um plano extenso, mas escrever um bom Plano de Negócios. Em outras palavras não “encha linguiça”, mas procure a brevidade e clareza no conteúdo. O leitor irá ver essa qualidade como um indicador de habilidade em identificar e descrever de modo organizado os fatores importantes que determinarão o sucesso do negócio.

Como indica Longenecker (2011): “a regra básica é evitar as características que não são aceitáveis a leitores habituais de Planos de Negócios. Do contrário, o plano prejudicará a própria oportunidade e talvez você perca a chance de capturá-la”.

Dicas para a elaboração do Plano de Negócios. Dicas para a elaboração do Plano de Negócios.

Na elaboração de um Plano de Negócios é importante se ter uma noção do que funciona e do que não funciona. Existem diversos livros, sites e programas de computador que podem ser usados e o(a) guiarão na elaboração. São todos recursos valiosos.

AtençãoCabe aqui uma observação importante: resista à tentação de adaptar o seu Plano de

Negócios a um já existente. Mudar algumas frases e expressões e ajustar números do plano de negócio de outra empresa simplesmente não são atitudes eficazes.

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Unidade: Plano de Negócios

Cabe aqui uma observação importante: resista à tentação de adaptar o seu Plano de Negócios a um já existente. Mudar algumas frases e expressões e ajustar números do plano de negócio de outra empresa simplesmente não são atitudes eficazes.

Com certeza o computador é uma ferramenta facilitadora na preparação de um Plano de Negócios, visto que a capacidade de editar textos, por exemplo, pode acelerar a velocidade do trabalho de redação das seções narrativas do relatório. As Planilhas geradas também são extramente úteis na elaboração dos demonstrativos financeiros necessários ao plano.

• http://www.grandesmensagens.com.br/frases-de-computador.html

Há diversos programas de computadores para a elaboração de Plano de Negócios que foram implementados para ajudar o administrador/empreendedor a refletir em questões importantes envolvidas na abertura de uma nova empresa e a ordenar seus pensamentos para criar uma apresentação eficiente.

Outra ajuda que pode ser muito útil e necessária é a de um consultor de planejamento empresarial – alguém habituado a trabalhar com pequenas empresas, com empresas iniciantes e com proprietários que apresentem pouca experiência em administração financeira.

Esses consultores podem ser contadores, especialistas em marketing, advogados (de preferência com mentalidade empresarial), organizações incubadoras, corporações de desenvolvimento de pequenas empresas e escritórios regionais ou locais de desenvolvimento econômico.

Caro(a) aluno(a), futuro administrador ou até mesmo empreendedor de um negócio, independente da ajuda ou ferramenta que possa ser usada na elaboração de um Plano de Negócio, nada dispensará o administrador/empreendedor da responsabilidade de ser o planejador principal. Pois é a peça fundamental na produção de um plano que seja realístico e plausível.

Resumo da UnidadeNesta unidade você aprendeu a importância de planejar para que se possa obter bons

resultados. Estudou que toda nova iniciativa empresarial comercial deve elaborar um Plano de Negócios.

Aprendeu que todo Plano de Negócios precisa ter uma estrutura básica, mas nenhum plano poderá ser igual ao outro, visto que cada empresa é um caso diferente de qualquer outra, ou seja, sempre será um caso ímpar, mesmo com similaridades, como o ramo do negócio, o produto e/ou serviço etc.

Teve contato com um exemplo de estrutura de um Plano de Negócios e foi apresentado a alguns erros comuns na elaboração do plano que você deve buscar evitar.

Por fim, concluímos que o papel principal na elaboração sempre será do administrador/empreendedor do negócio.

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Material Complementar

No desejo de que possa ter outras visões a respeito do Plano de Negócios, seguem abaixo alguns links de artigos para que você, caro(a) aluno(a), a intenção é que lhe ajude a ampliar seus conhecimentos até aqui adquirido durante o curso.

Links 9 Artigo “Empresas de Sucesso dependem de um bom Plano de Negocio”

http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/42903/empresas-de-sucesso-dependem-de-um-bom-plano-de-negocio

9 Artigo “A importância do Plano de Negócios”http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/28934/a-importancia-do-plano-de-negocios

9 Artigo “A importância do “Planejar”http://www.administradores.com.br/artigos/academico/a-importancia-do-planejar/13364/

9 Artigo “Dicas para elaborar o plano de negócio”http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/11832/dicas-para-elaborar-o-plano-de-negocio#!1

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Unidade: Plano de Negócios

Referências

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

LONGENECKER, Justin G.; MOORE, Carlos W.; PETTY, J. William; PALICH, Leslie E. Administração de pequenas empresas. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

Porto Editora, 2003-2013: <http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/outorgar>. Acesso em 12 out 2013.

Porto Editora, 2003-2013: <http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/obsolesc%C3%AAncias>. Acesso em 12 out 2013

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Anotações

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