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CONSÓRCIO CAPIM BRANCO ENERGIA CONSÓRCIO CAPIM BRANCO ENERGIA TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DO PARQUE ESTADUAL DO PAU FURADO – MG DECRETO ESTADUAL s/n (26 de janeiro de 2007) RUA DOUTOR AFRÂNIO, 161– ARAGUARI / MG – CENTRO – CEP 38.440-072 – FONE: 34 35121200 FAX: 34 3242 7957

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C O N S Ó R C I O C A P I M B R A N C O E N E R G I AC O N S Ó R C I O C A P I M B R A N C O E N E R G I A

TERMO DE REFERÊNCIA PARA

ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DO

PARQUE ESTADUAL DO PAU FURADO – MG

DECRETO ESTADUAL s/n (26 de janeiro de 2007)

MARÇO / 2009

RUA DOUTOR AFRÂNIO, 161– ARAGUARI / MG – CENTRO – CEP 38.440-072 – FONE: 34 35121200 FAX: 34 3242 7957

C O N S Ó R C I O C A P I M B R A N C O E N E R G I AC O N S Ó R C I O C A P I M B R A N C O E N E R G I A

1 Introdução

Segundo Milano(1989), as Unidades de Conservação são criadas “para preservarem importantes

recursos naturais ou culturais, de difícil quantificação econômica e devem ser mantidas na forma

silvestre e adequadamente manejadas. As áreas assim protegidas, revelam, em seus

instrumentos de criação, os objetivos para as quais foram criadas e esses objetivos devem ser os

elementos norteadores para o planejamento da unidade, em todas as suas variáveis ambientais.

Consolidando as Unidades de Conservação como espaços territoriais especiais, com critérios e

normas particulares de criação, implantação e gestão, foi instituído o Sistema Nacional de

Unidades de Conservação – SNUC, Lei Federal n.º 9.985 de 18 de julho de 2000, a partir da

regulamentação de alguns dispositivos do Art. 225 da Constituição Federal, de 1988. O SNUC foi

regulamentado pelo Decreto Federal n.º 4.340 de 22 de agosto de 2002.

Pela Lei 9.985/2000, Art. 2º, I, unidade de conservação é definida como “espaço territorial e seus

recursos ambientais, incluindo as áreas jurisdicionais, com características naturais relevantes,

legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob

regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção”.

A conceituação de Plano de Manejo vem sendo aperfeiçoada, de forma a representar mais

significativamente a sua importância como instrumento de manejo e guia prático da gestão da

Unidade e dos programas que serão aplicados para alcance dos objetivos de sua criação. O

Regulamento dos Parques Nacionais Brasileiros (Decreto n 84.017 de 21 de setembro de 1979)

define o Plano de Manejo como um projeto dinâmico que, utilizando técnicas de planejamento

ecológico, determina o zoneamento de uma unidade de conservação, caracterizando cada uma

de suas zonas e propondo seu desenvolvimento físico, de acordo com suas finalidades, e

estabelece diretrizes básicas para o manejo da unidade (MMA, 1996).

O Plano de Manejo é, pois, ratificado como o principal instrumento de planejamento da unidade,

estabelecendo o zoneamento e normas da área, devendo ter como objetivos, segundo o Roteiro

Metodológico de Planejamento, IBAMA, 2002:

Levar a Unidade de Conservação – UC a cumprir os objetivos estabelecidos na sua

criação;

Definir os objetivos específicos de manejo, orientando a gestão da UC;

Dotar a UC de diretrizes para seu desenvolvimento;

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Definir ações específicas para o manejo da UC;

Promover o manejo da Unidade, orientado pelo conhecimento disponível e/ou gerado;

Estabelecer a diferenciação e intensidade de uso mediante zoneamento, visando a

proteção de seus recursos naturais e culturais;

Destacar a representatividade da UC no SNUC frente aos atributos de valorização de

seus recursos como: biomas, convenções e certificações internacionais;

Estabelecer, quando couber, normas e ações específicas visando compatibilizar a

presença das populações residentes com os objetivos da Unidade, até que seja possível

sua indenização ou compensação e sua relocação;

Estabelecer normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da

Zona de Amortecimento – ZA e dos Corredores Ecológicos – CE, visando à proteção da

UC;

Promover a integração socioeconômica das comunidades do entorno com a UC e

Orientar a aplicação dos recursos financeiros destinados à UC.

A implantação do Parque Estadual do Pau Furado atrás do Decreto Estadual s/n de 26 de janeiro

de 2007 deve assegurar a proteção aos ecossistemas presentes na região; proteção às espécies

raras, em perigo ou ameaçadas de extinção; preservação do patrimônio genético; monitoramento

ambiental; conservação de paisagens de beleza cênica natural ou alterada; promoção de

condições para educação ambiental, investigação científica, divulgação sobre os recursos

naturais assim como o fomento de uso sustentável desses recursos.

Acrescente-se a esses objetivos a necessidade de o planejamento ser participativo, gradativo e

flexível e, como instrumento dinâmico, o plano de manejo ser freqüentemente atualizado,

periodicamente revisado e continuamente monitorado, num processo integrado e contínuo que

possibilite atingir a magnitude e complexidade dos ecossistemas e suas especificidades internas

e externas (MMA, 2002).

Assim, o plano de manejo, objeto do presente Termo de Referência, deverá responder a

questões e propor medidas que possam contribuir para a implantação de um sistema de gestão

da unidade que seja eficiente e eficaz, sustentável e participativo. O Plano deve embasar-se nos

conceitos do Roteiro Metodológico de Planejamento para Parques do IBAMA/2002, mas deve ir

além. Estrategicamente, deve alinhar-se com o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado que

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pretende modernizar a administração pública estadual (“choque de gestão”) e promover o

desenvolvimento econômico e social em bases sustentáveis. Deve também atender aos

compromissos assumidos pelo IEF no âmbito do Acordo de Resultados dos Servidores Públicos,

assinado em 2004 e renovado em 2007, que responsabiliza o Instituto pela adoção de

mecanismos de gestão eficientes, em contrapartida a uma maior flexibilidade orçamentário-

financeira. O Plano deve ainda estabelecer objetivos compatíveis com os indicadores de

desempenho válidos para a obtenção do Prêmio Qualidade no Serviço Público.

Diante deste marco conceitual estabelecido pelo Plano de Manejo devem-se responder as

seguintes perguntas, constantes do roteiro abaixo:

1.1 Roteiro Básico para Plano de Manejo

Diversidade biológica

1. Quais são os principais ecossistemas (extensão em ha, e % de cobertura do Parque) e espécies de fauna e flora ameaçadas que ocorrem no parque?

Relevância biológica

2. Quais são as características do Parque que o destacam entre os outros Parques do Estado/da Federação? Qual é a sua importância/contribuição para o sistema estadual de Unidades de Conservação? Representatividade, riqueza de espécies, raridade, endemismos?

Integridade biológica

3. Onde estão as áreas mais preciosas/ preservadas do Parque (estágios sucessionais)? Existem áreas degradadas/antropizadas que precisam de intervenção da gerência do Parque? (Espécies invasoras, áreas de recuperação)

Viabilidade ecológica/ Conectividade

4. O parque oferece habitat suficiente em termos de qualidade e quantidade para os alvos de conservação? Quais seriam as exigências das espécies para manter populações viáveis? O desenho do parque condiz com a sua função de proteção? Para quais espécies ameaçadas devem ser estabelecidas conexões com fragmentos de floresta na zona de amortecimento?

Objetivos e alvos de proteção

5. Quais os objetivos gerais e específicos de conservação, em nível de ecossistema, comunidades e espécies ?

Pressões 6. Quais são as principais ameaças e pressões à integridade da

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biodiversidade do Parque e especificamente aos alvos de conservação? Onde eles ocorrem? Quais são as fontes/causas destas ameaças e pressões? Qual é a importância, tendência e impacto de cada uma delas nos objetivos de conservação? Como poderiam ser controladas?

Vivenciar natureza / Interpretação ambiental

7. Como e onde ocorre a visitação atual? Quais locais deveriam ser disponibilizados para a visitação pública? Onde deveriam ser implantadas as trilhas? A infra-estrutura básica de apoio ao turismo para a visitação está adequada? O que deveria ser alterado/acrescentado e onde deverá ser implantada? Quais deveriam ser temas principais de interpretação ambiental que poderiam ser abordados no Parque? Onde deveria ser implementada a interpretação ambiental?

Conhecer e entender

8. Quais pesquisas deveriam ser realizadas para entender melhor as interações ecológicas dentro do Parque e as relações sócio-ambientais com a sua zona de amortecimento para orientar o manejo e a gestão do Parque? Lista de Prioridades.

Zoneamento9. Como o Parque será dividido em zonas? Como deve ser

delimitada a zona de amortecimento do parque? Quais critérios (Roteiro Metodológico do IBAMA/2002) foram utilizados para o zoneamento?

Interação com o Entorno

10. Quem são os atores relevantes? Quais são ou poderiam ser as principais interações sinérgicas entre o parque e seu entorno? Quem são ou poderiam ser os aliados do parque? Como se dará a comunicação com atores da zona de amortecimento, a educação ambiental, o direcionamento de programas de fomento florestal para o entorno (APP’s e ARL’s), eco-turismo e a participação do gerente e do conselho consultivo do parque em processos de autorização e licenciamento que atingem a zona de amortecimento?

Organização da Gestão e Operação

11. Como será organizada a administração do parque quanto a proteção, a visitação, as relações com o entorno, manutenção da infra-estrutura, pesquisa, recursos humanos, responsabilidades, processos, ferramentas? Como será feito o monitoramento das atividades e a avaliação do alcance dos objetivos e dos resultados almejados? Como será elaborado o Plano Operacional Anual (POA) do Parque e o Orçamento (despesas de custeio e de investimento bem como fontes de recursos)? Qual a estimativa dos recursos necessários para a implementação do plano de manejo? Como poderia ser melhorada a autonomia financeira do Parque? Como se constitui ou constituirá o Conselho Consultivo do Parque e como ele participará na gestão da UC?

Amparo legal 12. Será necessário adequar a delimitação do decreto da UC? Onde será necessário a sinalização do Parque no campo?

Incêndios Florestais 13. Existe um plano da unidade para a prevenção e combate aos

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incêndios florestais? Onde estão as áreas mais propícias a incêndios? Quais as principais causas dos incêndios florestais? Quais atividades agrossilvipastoril realizadas ao entorno da UC que faz uso do fogo? Como otimizar a mobilização para ações de prevenção e combate aos incêndios florestais?

2 Metodologia

A metodologia proposta para a elaboração do Plano de Manejo está constituída por várias etapas

com atividades que se desenvolvem de forma integrada. Os estudos serão baseados em

informações já disponíveis e em visitas à Unidade e sua região.

Como se trata da elaboração do primeiro documento de planejamento do Parque será

considerada a metodologia definida como Plano de Manejo- FASE 1 (MMA, 1996), que

corresponde a metodologia proposta no roteiro de 2002, como Plano de Manejo. Nesta se iniciam

as ações objetivando a minimização dos impactos, o fortalecimento da proteção da UC e a sua

integração com as comunidades vizinhas. A metodologia prevê as seguintes etapas:

Organização do Planejamento: Nesta primeira etapa ocorre uma reunião para a

conformação da equipe de elaboração do plano de manejo, denominada de equipe de

planejamento. De forma similar, são definidas as áreas temáticas e distribuídas as

atividades e tarefas entre os membros da equipe, através de um cronograma de trabalho

estabelecido para a organização do planejamento. Para isso, são feitos, nesta etapa, os

contatos com os técnicos e especialistas e é apresentada a metodologia de elaboração do

Plano de Manejo. A equipe deverá ser multidisciplinar, composta de técnicos e

especialistas nas áreas de abrangência dos estudos (bióticos, abióticos,

sócioeconômicos, culturais e históricos), sob a coordenação técnica de especialista na

área de planejamento de Unidades de Conservação.

Coleta e análise das informações básicas: Levantamento bibliográfico e cartográfico,

assim como fotos aéreas e imagens de satélite. Devem assim ser reunidas todas as

informações secundárias disponíveis, através de consulta bibliográfica e de depoimentos

dos principais atores envolvidos na área interna e no entorno do Parque Estadual do Pau

Furado.

Reconhecimento de Campo: Visita à Unidade de Conservação e sua região para o

conhecimento da situação atual, com o propósito de identificar preliminarmente a área de

entorno, visando intensificar o reconhecimento, bem como facilitar a definição dos pontos

de amostragem para os levantamentos de campo, em especial meio biótico e meio físico.

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Levantamentos de Campo: Estes levantamentos ou campanhas são realizados seguindo

a metodologia de Avaliação Ecológica Rápida (AER). Será elaborado um diagnóstico do

meio físico evidenciando o atual estado de sua qualidade ambiental, suas fragilidades e

suas potencialidades para a conservação da biodiversidade espacialmente explícitas

sobre a distribuição das espécies de flora e fauna assim como uso público da Unidade de

Conservação subsidiando as propostas de zoneamento, a capacidade de carga dos

ecossistemas e o grau de desenvolvimento das ações antrópicas presentes. Ao

mesmo tempo serão feitos os estudos socioeconômicos e outros específicos necessários,

principalmente em relação às comunidades do entorno

Os objetivos dessa etapa do Plano de Manejo é caracterizar o meio físico, a distribuição

de flora e de fauna na área estudada; Verificar possíveis ameaças à biodiversidade;

produzir informações para levantamento de fundos financeiros, objetivos de manejo de

biodiversidade e de educação; contribuir para estudos de paisagem, identificação de

corredores ecológicos e contribuir para inventários nacionais nos ecossistemas.

Neste projeto, deve-se destacar, com a utilização desta metodologia, a velocidade dos

levantamentos físicos, bióticos e abióticos, a integração das informações contribuindo

para um melhor manejo e conservação e, em especial, a possibilidade do uso de escalas

diferenciadas nos estudos, já que se utiliza o mapeamento e o Sistema de Informações

Geográficas, oferecendo a escala espacial e da paisagem e o trabalho de campo em

áreas pré selecionadas, que oferece a escala ao nível organizacional.

Sensoriamento remoto e Geoprocessamento: Esta etapa metodológica tem várias fases

que integram todos os estudos temáticos e a AER. Três produtos importantes devem ser

destacados nesta etapa: a carta imagem georreferenciada, os mapas temáticos e o mapa

de zoneamento. Estas fases estão descritas resumidamente a seguir:

a) Interpretação de imagens de satélite: Nesta etapa devem ser adquiridas

as imagens georeferenciadas mais recentes e mais adequadas para os

levantamentos de campo e posterior interpretação de imagens.

b) Elaboração dos mapas temáticos: Todos os mapas (pedologia, geologia,

geomorfologia, hipsometria, declividade, hidrografia, uso do solo, outros) serão

apresentados nas escalas adequadas para cada mapa, os quais permitirão uma

boa visualização do contexto ambiental.

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c) Elaboração do mapa de zoneamento: Após a finalização dos mapas

temáticos e a reunião de planejamento, onde será discutido o diagnóstico e

estabelecidos os critérios de zoneamento e os objetivos específicos do manejo,

é elaborado o respectivo mapa de zoneamento ecológico.

Geração de Encartes Básicos: Serão elaborados Encartes Básicos, com base nas

informações obtidas nas etapas anteriores e sistematizadas pela equipe, seguindo as

especificações da seção “conteúdo do plano de manejo” do roteiro do IBAMA e as

especificações do Termo de Referência:

Encarte 1 - Informações Gerais da Unidade de Conservação, que conterá: Ficha Técnica

da UC, Acesso à Unidade, Histórico e Antecedentes Legais e Situação Fundiária;

Encarte 2 - Contexto Estadual, com as informações relativas à Divisão Política e

Administrativa e a listagem das Unidades de Conservação Estaduais;

Encarte 3 - Contexto Regional, no qual serão determinadas e descritas as Zona de

Transição, Zona de Influência e Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Pau

Furado, o Uso e Ocupação do Solo e as Principais Atividades Econômicas da região de

influência da UC.

Encarte 4 - Reunião de todas as informações que caracterizam os fatores ambientais do

Parque Estadual do Pau Furado de acordo com as determinações do TR. Serão

enfocados: fatores abióticos (clima, geologia, geomorfologia, solos, hidrografia/hidrologia,

limnologia); fatores bióticos: (vegetação, fauna e suas inter-relações); fatores antrópicos:

infra-estrutura local, aspectos culturais e históricos, aspectos socioeconômicos,

arqueologia, ocorrência de fogo e fenômenos naturais excepcionais, atividades da

Unidade de Conservação e seus impactos evidentes, aspectos institucionais como:

pessoal, infra-estrutura organizacional, equipamentos e estrutura organizacional previstos;

uso público e visão das comunidades sobre a UC.

Encarte 5 – Planejamento da Unidade de Conservação englobando os objetivos

específicos do Parque, zoneamento, áreas de desenvolvimento e de infra-estrutura com

diretrizes de implantação, capacidade de carga recreativa e programas de manejo. Além

desses aspectos contém aspectos relativos à implantação do Plano de Manejo e Gestão.

Avaliação e aprovação do Plano de Manejo Revisado: A entrega do Plano de Manejo

deverá ser realizada após a análise e aceitação pela equipe técnica do CBBE e IEF. O

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plano depois de aprovado será divulgado à comunidade científica e aos demais envolvidos

direta ou indiretamente com o Parque Estadual do Pau Furado.

Implementação do Plano de Manejo na UC: A implementação do Plano de Manejo é

atribuição direta do IEF que é a instituição responsável pela Unidade de Conservação.

Segundo o Roteiro Metodológico proposto pelo IBAMA 2002, as revisões se sucederão

durante a implantação do plano em um prazo de cinco anos, ou ainda quando fatos novos

e relevantes assim o exijam.

3 Objetivo

Este Termo de Referência estabelece as pré-condições para:

Elaborar um plano de manejo para o Parque Estadual do Pau Furado, a partir das

diretrizes de diagnóstico estratégico focado na missão, visão, valores, objetivos e metas

da unidade de conservação. O produto final deve se constituir em um instrumento

gerencial de trabalho que assegure uma gestão eficiente e eficaz, descentralizada,

participativa e co-responsável no cumprimento dos objetivos de conservação, proteção,

administração e uso público da unidade.

4 Orientações para elaboração do Plano de Manejo

4.1 Etapas, tarefas e responsabilidades:Para a elaboração do plano de manejo será contratada uma empresa ou instituição, que deverá

contar com o suporte de especialistas de reconhecida competência em gestão de unidades de

conservação.

Toda a elaboração do plano será acompanhada pela Gerência Ambiental do Consórcio Capim

Branco Energia e pela equipe do IEF. Para a elaboração do plano de manejo deverão ser

realizadas atividades interdependentes e complementares pelas duas equipes acima

mencionadas.

4.2 Organização e preparação dos trabalhos

4.2.1- Oficina de iniciação:

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Realização de seminário técnico com a equipe do CCBE que supervisionará os trabalhos, a

fim de esclarecer quaisquer dúvidas sobre o escopo, e áreas de enfoque e chegar a um

perfeito entendimento comum deste Termo de Referência, tendo em vista o alinhamento

estratégico requerido pelo IEF, as necessidades e demandas do Parque em questão, bem

como os interesses dos proprietários rurais, comunidades e representações sociais e demais

agentes do entorno da unidade.

4.3 Diagnóstico

A contratada deverá efetuar o diagnóstico da situação atual do Parque levando em conta o

Roteiro Básico para Planos de Manejo item 1 (Pág. 05) e sempre visando as implicações para

o gerenciamento da unidade destacando: pressões e ameaças, oportunidades, definindo

prioridades de curto, médio e longo prazo com ações e indicadores de resultado tendo como

base os levantamentos em campo complementados pela análise de fontes secundárias

Durante a fase de Diagnóstico as seguintes atividades deverão ser realizadas pela contratada,

trabalhando em parceria com equipe do IEF, Gerência Ambiental do CCBE e outros parceiros:

4.3.1 - Início do diagnóstico

Elaborar um Plano de Trabalho detalhando o cronograma para realização dos

levantamentos e elaboração do plano de manejo, incluindo um cronograma da

permanência em campo de cada membro da equipe técnica em cada fase dos

trabalhos.

Realizar pesquisa bibliográfica sobre o Parque e a região onde está inserido,

compilando cópias de todos os documentos, mapas e estudos disponíveis que sejam

de utilidade para o planejamento da unidade.

Participar de reuniões junto com a equipe do IEF e agendar uma viagem preliminar

de reconhecimento da região pelo coordenador do plano, que deverá ser realizada,

para definir o escopo dos trabalhos em campo e realizar uma delimitação preliminar

da zona de amortecimento da Unidade de Conservação.

Utilizar informações existentes nos programas ambientais constantes do Plano de

Controle Ambiental do Complexo Energético Amador Aguiar, que tenham interface

com a unidade de conservação;

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4.3.2 – Elaboração de mapas de trabalho do Parque e entorno

Mapear o Parque Estadual do Pau Furado e seu entorno utilizando todos os insumos disponíveis,

incluindo mapas existentes (IBGE, RADAMBRASIL, SIAM e outros), imagens de satélite

recentes, fotografias aéreas, etc. A escala de trabalho utilizada deve permitir a identificação e

mapeamento de todos os conjuntos de vegetação distintos do parque, naturais ou de origem

antrópica. O mapeamento deverá proceder de forma integrada com o levantamento de

informações em campo, de acordo com os procedimentos abaixo:

Compilar material existente: imagens de satélite em meio digital, fotos aéreas e mapas

de topografia, hidrografia, geologia, pedologia, climatologia, cobertura vegetal, uso

atual do solo, limites do Parque, etc., em escala compatível para visualização e

interpretação.

Digitalizar os mapas e criação de base de mapas temáticos em SIG, gerando uma

base de dados cartográfica em meio digital.

Cada unidade de análise representa uma área contígua do Parque que apresenta

fisionomia florestal e parâmetros físicos homogêneos – ou seja, uma provável

comunidade natural específica e distinta das demais.

Checar em campo a classificação inicial, conforme metodologia de AER descrita

abaixo, com amostragens em cada classe de comunidade natural potencial

identificada no SIG.

Inserir no SIG do Parque todas as informações georeferenciadas adicionais

provenientes dos levantamentos em campo, tais como localização de infra-estrutura,

terras de domínio público, comunidades humanas, focos de ameaças, localização de

posseiros no interior da unidade, etc.

Finalizar a base de dados em SIG e a produção e impressão de mapas do Parque em

escala compatível, que serão utilizados para embasar o processo de planejamento.

Confeccionar mapas com focos de calor e áreas queimadas em um intervalo de no

mínimo cinco anos com informações sobre tipologia vegetal queimadas e relevo,

disponibilizados pelo Previncêndio/IEF. Esses dados servirão de subsídios para definir

áreas críticas, relevo e vegetação mais propícia aos incêndios florestais, que serão

utilizados para o planejamento estratégico de prevenção e combate aos incêndios

florestais.

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4.3.3 – Análise Ecológica

Devem ser evitados levantamentos convencionais que resultam em listas de espécies separadas

para cada classe de vertebrados e plantas, sem referências espaciais e sem possibilidade de

integração posterior e análise trans-disciplinar dos dados. Essas análises serão utilizadas para

embasar a proposição dos programas de manejo.

Os dados de campo devem ser levantados em formatos compatíveis e integrados num Sistema

de Informações Geográficas (SIG) para possibilitar a análise e o planejamento ecológico do

Parque embasando-se na identificação de suas comunidades naturais distintas, das ameaças que incidem sobre cada comunidade, e em ações práticas para garantir sua conservação a

curto, médio e longo prazo. Esta forma de trabalho permite recomendar medidas em nível de

manejo de espécies individuais para espécies indicadoras, espécies invasoras, espécies-chave e

espécies ameaçadas de extinção. Porém, o manejo ecológico do Parque deve ter como objetivo

a conservação das comunidades naturais presentes. Portanto, não deverá reduzir-se ao manejo

de uma série de espécies individuais, nem apresentar ênfase em grupos taxonômicos de fácil

identificação em prejuízo do restante da biota.

4.3.4 Levantamentos ecológicos:

1. Realizar levantamentos ecológicos, em no máximo quatro campanhas de campo, ao longo de

transectos lineares, ou seja, linhas de amostragem cujo começo e fim serão georeferenciados

utilizando aparelhos de GPS, com dimensões suficientes para caracterizar os ecossistemas

locais, e seus gradientes altitudinais e de acordo com a aprovação da equipe de planejamento da

Gerência de Meio Ambiente do CCBE.

2. Plotar cada transecto no SIG com o registro das referências geográficas de cada informação

levantada em campo. Ao longo de cada transecto serão caracterizados o meio físico e a estrutura

do habitat e serão identificadas espécies indicadoras que ali ocorrem, com ênfase em plantas

vasculares e aves, que são os grupos indicadores mais eficientes no contexto de uma AER.

Dessa forma deverão ser identificadas as diversas associações específicas de plantas e animais

que compõem cada comunidade natural distinta do Parque. A extrapolação desses dados para

áreas do Parque que apresentem características similares nos mapas temáticos permitirá o

mapeamento da localização, formato e extensão de cada peça do mosaico de comunidades

naturais que compõe o ecossistema do Parque.

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A consistência metodológica de um transecto para o outro possibilitará a realização de análises

comparativas entre as diversas unidades de análise do Parque. O procedimento básico a ser

seguido é:

Selecionar os locais de análise com base no estudo das imagens de satélite e mapas

temáticos produzidos (vide acima), de forma a incluir nos transectos amostras de cada

comunidade natural postulada;

Confirmar os locais selecionados e planejar a logística de campo. Esta atividade deverá

ser feita em comum acordo entre CCBE e empresa contratada;

Realizar transectos de amostragem, priorizando áreas de maior relevância ecológica,

definidas em comum acordo entre CCBE e empresa contratada;

Caracterizar as comunidades naturais ao longo de cada transecto relacionando-as com

seu aspecto nas imagens de satélite e mapas temáticos;

Identificar as ameaças de erosão, inundações sazonais, queimadas, caça e pesca

predatórias, desmatamento, invasões por gado, corte seletivo de madeira e outros

impactos antrópicos ao longo de cada transecto e nas imediações, com determinação

das coordenadas geográficas das áreas afetadas apresentando recomendações e ações

de curto, médio e longo prazos para eliminar ou reduzir os impactos/efeitos sobre a

unidade de conservação;

Identificar as espécies de vegetação nativa que caracterizam cada comunidade natural,

bem como daquelas que servem de indicadoras quanto ao seu estágio sucessional,

altitudinal e estado de conservação propondo recomendações para manejo;

Identificar as espécies de avifauna, mastofauna, herpetofauna e entomofauna presentes

ao longo de cada transecto, que juntamente com o resultado de levantamentos

bibliográficos deverá ser suficiente para caracterizar a fauna do Parque e suas prováveis

associações com comunidades naturais distintas;

Identificar e caracterizar a ictiofauna presente nos principais cursos d´água localizados

no interior do Parque;

Inserir no SIG os dados levantados em campo (vide acima);

Analisar os dados e mapas, com definição final das comunidades naturais do Parque,

com avaliação de suas funções ecológicas, de seu papel no ecossistema do Parque, de

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seu valor como habitat para a biota do Parque, de sua fragilidade e resiliência, das

principais ameaças incidentes sobre elas, e de medidas de manejo recomendáveis para

a conservação de cada uma bem como o seu potencial como atrativo a visitação pública.

Realizar levantamento das espécies mais propícias ao fogo identificando a área de maior

abundância das mesmas.

A fim de otimizar os resultados obtidos, as viagens a campo deverão serem programadas

preferencialmente durante a época de mudança de estações (de chuvas para estiagem ou de

estiagem para chuvas), quando o contraste entre comunidades naturais e o nível de atividade de

muitas espécies tende a ser maior.

4.3.5 - Análise socioeconômica

1. Situação socioeconômica: caracterizar a situação sócio-econômica das populações que

moram na unidade e seu entorno, utilizando ferramentas de diagnóstico participativo, atribuindo

informações levantadas a locais específicos e fornecendo coordenadas de GPS para possibilitar

seu mapeamento, de acordo com as seguintes etapas:

Analisar as informações disponíveis sobre a economia, demografia e estrutura social dos

municípios nos quais está inserido o Parque;

Identificar os grupos de interesse primários, ou seja, aqueles que participam diretamente

de atividades que serão afetadas pelo Parque, incluindo empresários e empregados do

setor turístico, guias, proprietários de terras no parque e entorno, agricultores, criadores

de gado e granjeiros do entorno, funcionários das prefeituras e dos órgãos ambientais,

etc;

Identificar os grupos de interesse secundários, ou seja, aqueles que são indiretamente

afetados pelo parque, incluindo turistas, comerciantes locais, investidores potenciais,

ecologistas, ONGs, associações, prefeituras, órgãos governamentais e pessoas

interessadas no valor de existência da biodiversidade do Parque, entre outros;

Caracterizar e avaliar os grupos identificados através de entrevistas com representantes

de cada grupo;

Identificar os principais interesses de cada grupo, os impactos, riscos e benefícios

associados à implementação de ações de manejo sobre esses interesses;

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Caracterizar a composição de redes de interesses complementares ou concorrentes, a

fim de identificar prováveis alianças ou conflitos que possam surgir durante o

planejamento e implementação das alternativas de manejo, propondo medidas para

fortalecer alianças e minimizar possíveis conflitos;

Identificar e caracterizar as atividades produtivas e suas interferências na UC e na

região, incluindo as atividades em processo de licenciamento ambiental;

Identificar, caracterizar e mapear as atividades econômicas sustentáveis, atuais e

potenciais, que contribuam para a conservação dos recursos naturais do Parque e seu

entorno;

Identificar, caracterizar e mapear as principais atividades de interferência direta, assim

como das áreas que apresentam ameaças e/ou conflito ao Parque;

O levantamento do atual estado de implantação do Plano Diretor e das políticas setoriais

dos municípios onde o parque está inserido merece especial atenção. As diretrizes que

serão desenvolvidas no âmbito do Plano de Manejo para o entorno do Parque deverão

ser integradas nos Planos Diretores dos Municípios;

Apresentar alternativas potenciais para aquelas atividades que impactam negativamente

a UC;

Caracterizar a estrutura pública social nas comunidades da região;

Definir e levantar indicadores de qualidade de vida aplicáveis às comunidades do

entorno;

Identificar potenciais organizações parceiras do Parque para participar da

implementação do Plano de Manejo;

2. Infra-estrutura: realizar levantamento da infra-estrutura e equipamentos existentes no Parque

e seu entorno com relevância para a gestão da unidade, identificando, caracterizando e

mapeando vias de acesso, meios de comunicação, trilhas e vias de circulação interna (tanto para

uso público quanto para fins de controle e fiscalização), edificações existentes no interior da

unidade, edificações existentes no entorno que poderão ser utilizadas para fins de administração,

visitação pública, educação ambiental ou como locais para reuniões, e quaisquer outras

estruturas e equipamentos que tenham potencial importância no apoio à gestão do Parque.

Propor recomendações de investimentos de curto, médio e longo prazo tendo como referência o

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plano estratégico do parque. Levantar também as infra-estruturas existentes ou necessárias,

relacionadas aos incêndios florestais, como almoxarifado, torres de observação, pontos de apoio,

etc.

3.Uso público: realizar um levantamento do potencial da unidade para uso público, incluindo a

compilação de informações disponíveis):

Diagnóstico do Uso Público, descrevendo como acontece a visitação, quais os atrativos

visitados, a infra-estrutura, equipamentos e serviços turísticos existentes atualmente.

Identificação e caracterização dos atrativos naturais existentes no Parque e seu

entorno, determinando para cada atrativo sua posição geográfica, o acesso mais prático,

os segmentos do público visitante para os quais interessa, a capacidade de carga inicial

estimada, os principais indicadores de impacto que deverão ser monitorados, e a infra-

estrutura e procedimentos de visitação necessários para viabilizar seu uso público sem

prejudicar os objetivos de conservação do Parque;

Caracterização e análise do uso público potencial do Parque, com base nas

características dos atrativos identificados, cujo uso público atual é informal, incipiente,

desorganizado ou inexistente. Breve descrição das medidas necessárias para realizar

esse potencial. Perfil, da demanda e expectativa dos visitantes em potencial. Prováveis

impactos econômicos e ambientais da visitação, e principais oportunidades e riscos que

o fomento dessa visitação representaria para o Parque;

Construção de cenários e tendências que ilustrem a provável evolução da oferta e

demanda turística da unidade e seu entorno e incluam medidas recomendadas para

minimizar riscos e maximizar oportunidades a médio e longo prazo.

Identificação e caracterização das estradas, trilhas e pontos turísticos de uso público

para a instalação de placas educativas com o tema incêndios florestais.

4. Aspectos culturais e históricos: realizar levantamento dos aspectos culturais e históricos do

Parque e seu entorno, informações orais, lendas locais, identificação de manifestações culturais

tradicionais da região e seu período de ocorrência, de seu patrimônio histórico e cultural (material

e imaterial), e das interfaces existentes e potenciais entre esses aspectos e a gestão do Parque.

Levantar aspectos culturais ligados ao uso do fogo em propriedades rurais aos entorno da UC.

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4.3.6 - Análise Institucional/gerencial

1. Diagnósticos e Planejamentos anteriores: realizar levantamento do histórico do Parque,

incluindo registro de aspectos não documentados sobre a implantação da UC, identificação de

conflitos surgidos no processo de criação e implementação do Parque, compilação de

documentos referentes a sua criação e de quaisquer outros instrumentos de planejamento

existentes

2. Recursos humanos: realizar, junto ao IEF, um levantamento dos recursos humanos

necessários para apoiar a gestão do Parque, quantificando-os e classificando-os de acordo com

os conhecimentos, habilidades e competências requeridas e se possível, identificar também o

potencial de possíveis colaboradores/profissionais residentes no entorno.

3. Políticas públicas: realizar análise das políticas públicas com potenciais interferências

positivas e negativas no planejamento do Parque, incluindo políticas de desenvolvimento

regional, de mobilização social, de fomento à agropecuária e outras formas de uso do solo, de

implantação de infra-estrutura, de saúde e educação pública, e quaisquer outras que possam

afetar o uso e conservação do Parque e de seus recursos naturais.

4. Gestão organizacional: Propor um modelo de gestão organizacional para o Parque,

identificando os possíveis entraves para o planejamento e gestão, baseado em análise de

procedimentos operacionais e de tomada de decisão do IEF, demonstrando o fluxo de

expedientes administrativos vigente em outras UCs estaduais, identificando eventuais falhas e

entraves. Propor processos e procedimentos visando eficiência e eficácia na implementação de

atividades de gestão.

5.Situação fundiária: Agregar ao plano um levantamento de avaliação e caracterização da

situação fundiária do Parque, com identificação e mapeamento de terras públicas existentes

dentro da unidade bem como recomendações para aquisição de terras no entorno da unidade

que visem a proteção da UC e produção de mapa mostrando a localização de terras públicas e

de posseiros, e indicando o percentual da área do Parque que ainda não foi desapropriado.

4.3.7 - Elaboração de Mapas de Análise

A contratada deverá elaborar uma série de mapas georeferenciados atualizados, contendo as

seguintes informações do parque e sua zona de amortecimento:

Hidrografia (cursos d’ água, nascentes, lagos, lagoas, banhados, delimitação de bacias e

sub-bacias, perene/intermitente);

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Geomorfologia (curvas de nível – eqüidistância mínima de 20 metros, pontos cotados,

altimetria, formas de relevo, e dinâmica geomorfológica baseando-se nos dados

Geominas);

Solos – caracterização física a partir de dados secundários (tipos de solo, textura,

fragilidade);

Limites da UC (do decreto e propostas de ajuste), de UCs vizinhas, e da zona de

amortecimento;

Situação fundiária indicando áreas prioritárias para desapropriação dentro da UC;

Mapa de infra-estrutura, edificações e equipamentos existentes (estradas, trilhas, linhas

de transmissão, equipamentos urbanos entre outros);

Uso e ocupação do solo no Parque e entorno;

Mapa de vegetação;

Ocorrência de espécies da flora ameaçadas, endêmicas ou invasoras;

Atrativos turísticos e infra-estrutura de apoio ao turista;

Impactos Ambientais existentes (erosões, depósito de lixo, invasão de espécies exóticas,

turismo, entre outros) e locais de alta incidência de espécies exóticas;

Riscos na unidade e entorno (erosão, deslizamento, inundação e outros);

Áreas mais susceptíveis a incêndios, com histórico de ocorrências de focos de calor

histórico;

Mapa do zoneamento ecológico;

Cada mapa deverá ser acompanhado de relatório analítico que interprete os dados levantados

em campo e os compare aos dados da literatura específica.

Adicionalmente, a contratada deverá apresentar cópias de toda a documentação e informações

de fontes secundárias utilizadas na elaboração do Diagnóstico, tais como leis e decretos, planos

anteriores, estudos e pesquisas, censos demográficos, etc. Todos os relatórios e mapas deverão

ser apresentados em três cópias impressas e em meio digital, em escala compatível.

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4.3.8 – Análise final e geração de propostas

1. Efetuar divisão preliminar do Parque em unidades de manejo – áreas contíguas delimitadas

com base em inter-relações ecológicas, acidentes naturais e considerações logísticas (meios

para acesso, monitoramento, fiscalização e visitação). Cada unidade de manejo representa uma

subdivisão do Parque que deverá receber tratamento específico no Plano em termos de

zoneamento, capacidade de carga, normas de uso, esquema de monitoramento e fiscalização,

etc. Com base nas características das comunidades naturais em cada unidade de manejo serão

definidos os principais elementos a serem protegidas (espécies ameaçadas, espécies mutualistas

e espécies chaves), comunidades naturais únicas, recursos hídricos, elementos paisagísticos,

atrativos naturais excepcionais) e os principais problemas de cada uma.

2. Elaborar recomendações e ações para integração do Parque e seu entorno através de

levantamentos sócio-econômicos de forma participativa, buscando desde o início e sempre que

possível, identificar e envolver os atores relevantes ao processo de planejamento.

3. Realizar uma reunião de trabalho com a participação de pesquisadores, equipe do IEF e

representantes da Gerência de Meio Ambiente do CCBE, para que os pesquisadores apresentem

uma síntese dos relatórios das AER´s objetivando a definição sobre o zoneamento da UC.

4. Elaborar relatório conciso e auto-explicativo intitulado Diagnóstico do Parque Estadual do Pau Furado e Seu Entorno, incluindo os resultados de todas as atividades acima descritas,

organizado de forma a facilitar seu entendimento e integração para fins de planejamento,

acompanhado de mapas e ilustrações, e contendo recomendações preliminares para a resolução

dos principais problemas identificados e para o manejo e conservação dos principais atributos

naturais do Parque e seu entorno. Os resultados obtidos acima deverão ser integrados num

modelo sistêmico que represente como as pressões e ameaças contribuem para a degradação

dos ecossistemas do parque.

A avaliação e aprovação do relatório final serão feitas pela Gerência Ambiental do CCBE e

equipe do IEF. Este documento deverá ser analisado e aprovado antes da oficina de

planejamento. O zoneamento da UC também deverá estar concluído.

5. Realizar uma oficina de planejamento com a participação da equipe técnica da instituição

contratada, representantes CCBE e equipe do IEF visando angariar contribuições e apoio para o

planejamento da unidade.

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4.4 – Planejamento Estratégico do Parque:

Após a conclusão da fase de Diagnóstico e da aprovação do relatório resultante, por parte da

equipe do CCBE e do IEF, será efetuado o planejamento estratégico para a gestão do Parque. O

processo de planejamento deverá ser organizado em conjunto com a equipe gestora do Parque,

equipe técnica do IEF e Gerência Ambiental do CCBE. Além das informações obtidas no

Diagnóstico, deverão ser levados em consideração os seguintes aportes:

A política de Governo para o meio ambiente;

Conhecimento do Acordo de Resultados assinado pelo IEF junto ao Governo Estadual;

Cenários prospectivos do Parque (visão de futuro).

O planejamento deverá ser efetuado com base em três horizontes: um a curto prazo (12-24

meses), outro a médio prazo (2-5 anos) e um a longo prazo (5-10 anos). A visão de curto prazo

envolve os temas para os quais é efetivamente possível reunir e analisar os dados e chegar a

conclusões práticas sobre como o Parque deverá ser manejado.

Conclusões e recomendações para o médio e longo prazo devem ser relacionados, indicando-se

os processos pelos quais essas pesquisas terão continuidade após a elaboração do Plano e

como essas, devem ser consideradas na revisão do mesmo, visando o aprimoramento da gestão.

4.4.1 – O Plano Estratégico do Parque

O produto deste processo de planejamento constitui o Plano Estratégico do Parque, que deve

se basear nas seguintes premissas:

Missão: Identificar a razão de ser do Parque e se expressa em (i) que necessidades atende;

(ii) de que grupos de pessoas/interesses; (iii) com que competências básicas.

Visão de futuro: Define onde e como a UC deverá se encontrar no futuro, ou seja, um

horizonte médio de 5 anos. Estabelece: (i) nível de desempenho; (ii) amplitude de grupos de

pessoas atendidas e de produtos/serviços oferecidos; (iii) resultados de

conservação/econômicos que se quer obter neste horizonte temporal, para o cumprimento de

sua missão.

Políticas: Guias (tem um caráter de permanência) para tomada de decisões sobre aspectos

importantes ou controversos do Parque. No caso do Sistema Estadual de Unidades de

Conservação - SEUC é importante considerar o PMDI, especialmente quanto ás políticas de

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meio ambiente e de melhora da gestão institucional, bem como o Acordo de Resultados do

Governo Mineiro.

A definição dos objetivos deverá incluir:

Conservação da biodiversidade e diminuição das áreas queimadas;

Manejo de comunidades naturais/ espécies específicas;

Proteção de recursos hídricos;

Proteção de recursos cênicos;

Recreação e ecoturismo;

Educação ambiental;

Nível de sustentabilidade econômica

Os objetivos serão estabelecidos em conjunto pela equipe técnica contratada, representantes

do CCBE e técnicos do IEF. A critério do CCBE poderão ser convidados outros técnicos para

opinar no processo, com base na análise dos resultados do Diagnóstico da UC.

Para cada um dos objetivos do Parque deverão ser estabelecidos metas e indicadores de

melhoria da qualidade ambiental e de gestão. Os indicadores serão estabelecidos aos níveis

estratégico, tático e operacional. Deve ser indicado o responsável pela sua mensuração e a

periodicidade da coleta dos dados. Deverá ainda ser proposta uma sistemática de

acompanhamento.

4.4.2 - O Plano de Ação do Parque

O Plano de Ação do Parque constitui-se do conjunto dos programas e projetos propostos para o

atendimento da Missão e em direção à visão de futuro.

O Plano de Ação deverá contemplar os Programas de Manejo do Parque, cada qual incluindo

atividades, orçamento detalhado e cronograma das atividades, tendo por base a estrutura dos

Planos Operativos Anuais do IEF e separado nos horizontes de planejamento em curto prazo (12

meses) e médio prazo 5 anos.

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Programas: contêm os fins específicos resultantes do desdobramento da estratégia; devem ter

responsáveis e recursos devidamente alocados.

Projetos: são os componentes de um programa; podem ser identificados e avaliados de forma

independente. Como os programas, devem ter responsáveis, prazos e recursos alocados.

5 Programa de Visitação

5.1 Recreação e Ecoturismo

Identificar e mapear os atrativos do Parque;

Planejar uma malha de trilhas que dê acesso aos atrativos;

Definir e especificar infra-estrutura para visitantes e equipamentos de apoio ao turismo;

Definir normas para visitação pública, incluindo temas como atividades de condutor,

cobrança e disponibilização de ingressos, etc;

Definir procedimentos que garantam a manutenção de níveis aceitáveis de visitação na

UC e otimizem o atendimento ao público em termos de recepção, reservas, serviços e

portarias;

Definir mecanismo de operacionalização e manutenção da infra-estrutura para visitantes e

equipamentos de apoio ao turismo, incluindo análise das seguintes alternativas:

- concessão única para um empreendedor;

- concessões múltiplas, preferencialmente, para microempresários locais (que receberiam

treinamento para operar suas concessões);

- terceirização financiada pela cobrança de taxas de uso pelo próprio parque;

- operacionalização direta pela administração do Parque;

- estabelecimento de um corpo de voluntários;

- parceria com ONG, OSCIP ou com prefeituras municipais locais;

- identificar e recomendar medidas para disponibilização de novos atrativos no entorno do

Parque, visando a diminuição da pressão sobre os atrativos da unidade.

5.2 Interpretação e Educação Ambiental

Definir temas prioritários para interpretação e educação ambiental, de fontes de

informação sobre o Parque e seus recursos a serem utilizadas no desenvolvimento de

atividades interpretativas e educativas, e especificação dos meios a serem utilizados para

esse fim. Utilizar metodologia específica;

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Propor um conteúdo temático para um Centro de Visitantes do Parque, com ênfase na

exposição e interpretação dos aspectos da biodiversidade, sócio-econômicos, históricos e

de educação ambiental;

Identificar e propor parcerias com empresas do entorno que já possuam algum trabalho

nesse sentido;

5.3 Programa de Integração com o Entorno

5.3.1 Relações Públicas

Definir atividades para divulgar o Parque e gerar apoio para sua proteção em nível local,

estadual e nacional;

Estabelecer diretrizes para um programa de comunicação interna e externa e

marketing/divulgação da UC;

Propor Plano de Comunicação Social (comunicação a partes interessadas a respeito do

seu Plano Estratégico).

5.3.2 Incentivo a Alternativas de Desenvolvimento

No âmbito deste Programa deve ser definida a estratégia para fomentar o

desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis no entorno do parque,

principalmente atividades complementares à visitação da própria unidade.

Deve ser ainda apresentado o escopo de um programa de extensão para o entorno, com

foco em práticas sustentáveis que não utilizem o fogo, e diversificação de atividades,

integrando as ações dos órgãos ligados ao tema (EMATER, entidades de ensino pesquisa

e extensão, Embratur, SETUR, etc.), enfatizando a minimização de impactos na UC.

5.4 Programa de Operacionalização

5.4.1 Regularização Fundiária

Indicar áreas prioritárias para a regularização fundiária com base nos objetivos e

necessidades da UC; utilizar dos critérios de gravidade, urgência e tendência;

Definir estratégia para prevenir futuras invasões da área do parque.

Indicar áreas prioritárias no entorno da unidade para aquisição visando a proteção da UC;

5.4.2 Administração e Manutenção

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Formular, em conformidade com as informações, diretrizes e normativas do IEF,

procedimentos para a administração da unidade e manutenção de infra-estrutura e

equipamentos;

Descrever, em conformidade com as informações, diretrizes e normativas do IEF,

métodos e processos de trabalho padronizados;

Definir, em conformidade com as informações, diretrizes e normativas do IEF,

instrumentos normativos e executivos do Parque;

Formatar, em comum acordo com o CCBE e IEF, o Plano Operativo Administrativo e

Financeiro Anual;

Elaborar, breve manual de organização e procedimentos, em conformidade com as

informações, diretrizes e normativas do IEF;

Definir procedimentos de monitoramento e avaliação, com referência aos objetivos

estabelecidos para a UC, estabelecendo indicadores de gestão. Para cada um dos

objetivos do Parque deverão ser estabelecidos metas e indicadores de melhoria da

qualidade ambiental e de gestão. Os indicadores serão estabelecidos para os níveis

estratégico, tático e operacional. Deve ser indicado o responsável pela sua mensuração e

a periodicidade da coleta dos dados. Deverá ainda ser proposta uma sistemática de

acompanhamento.

5.4.3 Infra-estrutura e Equipamentos

Definir infra-estrutura a ser implantada na unidade para fins de administração,

proteção, monitoramento, pesquisa, educação ambiental e uso público;

Definir, em comum acordo com o CCBE e IEF, os locais específicos (coordenadas de

GPS) das edificações existentes e previstas para o Parque.

Especificar os tipos e características arquitetônicas desejáveis destas estruturas em nível

de pré-projeto.

Definir os equipamentos necessários para aparelhar a unidade, incluindo aqueles ligados

ao combate aos incêndios florestais.

5.4.4 Plano de Negócios

Levantar os custos das atividades (custos de operação e manutenção) e das receitas

geradas atuais e potenciais visando à eficiência econômica da UC; Alocar, de acordo com as atividades a serem desenvolvidas imediatamente, os

equipamentos (lista), infra-estrutura (com dimensionamento apropriado de acordo com a

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funcionalidade e indicar localização) e recursos humanos (quantidade e qualidade)

disponíveis.

Elaborar um Plano de Negócios para que a equipe da unidade, bem como seus parceiros,

possam identificar fontes financiadoras (incluindo empreendimentos, ONG’s, fundos de

compensação ambiental, programas governamentais e instituições financeiras nacionais e

internacionais). Adotar medidas para adequar a UC a essas oportunidades, e imprimir

sustentabilidade financeira à UC, enfatizando a gestão local dos recursos obtidos, e incluir

um detalhamento operacional e específico dos procedimentos para captação e

administração dos recursos necessários;

Elaborar orçamento e cronograma físico-financeiro para implementação do Plano de

Negócios, com indicação das fontes de financiamento já comprometidas com as

atividades previstas para o curto prazo (18 meses).

6 Programa de Pesquisa e Monitoramento

6.1 Pesquisa

Definir pesquisas de curto, médio e longo prazo, prioritárias para o manejo dos

ecossistemas do Parque;

Definir normas e procedimentos para pesquisadores no parque;

6.2 Monitoramento ecológico

Definir os recursos naturais prioritários para monitoramento com base nos objetivos de

manejo definidos para o parque;

Definir os indicadores ecológicos e procedimentos para monitoramento, com base em

praticidade e custos de monitoramento permanente.

Definir indicadores ecológicos e procedimentos para monitoramento ambiental das áreas

queimadas.

Indicar potenciais parceiros para realização do monitoramento ecológico

7 Produto Final

O produto final – o Plano de Manejo - deverá constituir-se em um instrumento estratégico e gerencial de trabalho para que a equipe responsável pela administração do Parque conduza

suas ações a partir do diagnóstico, planejamento e recomendações para o alcance dos objetivos.

Este instrumento gerencial deverá direcionar as ações da unidade de conservação:

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As recomendações deverão ser aplicáveis, realistas, de utilidade prática e imediata para a

equipe de gerenciamento do Parque.

O documento deverá evitar recomendações vagas ou universalmente aplicáveis, ou,

ainda, recomendações cuja adoção não seja viável dentro do contexto institucional e

financeiro existente.

Deverá também conter as metas e objetivos previstos no Acordo de Resultados do

Governo de Minas. (a cargo do IEF)

Deve direcionar as ações da unidade de conservação para posterior participação no

Prêmio de Qualidade no Serviço Público. (a cargo do IEF)

O processo lógico que leva da análise das informações sobre o Parque à definição de prioridades

e diretrizes deverá ser claramente explicitado no documento. Essencialmente, a versão final do

Plano não deverá ser um documento apresentado pela contratada aos gestores do Parque, mas

sim um documento apresentado pela contratada e os gestores à sociedade civil e aos

organismos interessados e/ou partícipes da sua implementação.

As recomendações e diretrizes do Plano deverão focar temas prioritários que orientam a

implementação de ações a curto prazo, conforme o diagnóstico de pressões e ameaças e na

análise das fortalezas, oportunidades, fragilidades e ameaças. Esses itens deverão ser

detalhados de forma a viabilizar a implementação imediata das ações, sem necessidade de

planejamento adicional.

Por outro lado, deverão ser elaboradas recomendações para temas que, devido à falta de

informações ou recursos em curto prazo, serão abordados num segundo momento. A equipe

deve detalhar esses temas o suficiente para permitir que seu desenvolvimento continue durante o

processo de implementação do Plano, e deve também indicar os processos pelos quais os

recursos e informações necessários para sua abordagem serão obtidos.

Deverá ser entregue também um RESUMO EXECUTIVO do Plano contendo os principais itens

do Diagnóstico e do Manual de Gestão de forma resumida e objetiva, permitindo uma

compreensão global e sintética da situação da UC e das medidas propostas.

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8 Normas para apresentação dos produtos

1. Todos os produtos (intermediários e finais) deverão ser apresentados com capa padrão e

os mapas conforme modelo fornecido pelo CCBE;

2. Os documentos deverão ser apresentados com o nível de detalhe e linguagem adequada

para sua perfeita compreensão, acessível a todas pessoas direta e indiretamente envolvidas

na implantação do Plano de Manejo e na gestão do Parque e entregues nos prazos

especificados na organização do planejamento, que não deverá ultrapassar o estabelecido

neste documento;

3. Os produtos intermediários deverão ser entregues em 2 (duas) vias originais e o produto

final em 6 (seis) vias originais, impressas em qualidade "Laserprint" ou similar, em papel

formato A4, sendo uma sem encadernar. Deverão ser obedecidas as normas estabelecidas

pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com exceção dos mapas, desenhos e

gráficos nos quais poderão ser utilizados outros formatos;

4. A versão final deverá ser fornecida também em meio digital (6 unidades), formatada e

gravada em editor de texto "Word for Windows" da Microsoft;

5. A formatação dos documentos, tanto na versão preliminar, como na final, deverá observar

as seguintes características:

Programa: Word;

Fonte: ARIAL;

Título principal: ARIAL 11, caixa alta, negrito;

Subtítulo: ARIAL 11, caixa alta e baixa, negrito;

Texto: ARIAL 11, justificado;

Páginas numeradas;

Espaçamento simples entre linhas e um espaço entre parágrafos;

Numeração dos itens: algarismos arábicos, negrito, separados por ponto (ex.: 1., 1.1.,

etc.);

Tamanho A4 do papel;

Margens da página: superior/inferior - 2 cm, esquerda - 3 cm, direita -2 cm

cabeçalho/rodapé: 1,6 cm;

Sem recuo para indicar parágrafo, começando no início da margem esquerda.

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6. Também deverão ser seguidas as seguintes instruções durante a redação dos

documentos finais e intermediários:

Tabelas, quadros, croquis e quaisquer outras instruções deverão estar enumeradas,

apresentar legenda e títulos completos e auto-explicativos;

As siglas deverão ser explicadas somente na primeira vez em que forem citadas e deverá

aparecer uma relação das siglas utilizadas no início do documento;

As palavras em outros idiomas deverão vir em itálico;

Nomes científicos também deverão estar em itálico, sem separação de sílabas, seguidos

ou antecedidos do nome popular da espécie em letras minúsculas, sem vírgula, sem

parênteses, como por exemplo: veado-campeiro Ozotocerus bezoarticus ou Cariocar

brasiliense pequi. Caso se dispuser apenas do gênero, as abreviações sp. e spp. Nunca

virão em itálico e sempre serão em minúsculas seguidas de ponto;

Os nomes populares compostos deverão sempre ter hífen. Nomes populares estarão

sempre em minúsculas;

Autores e obras citadas deverão ser referidos apenas por iniciais maiúsculas, seguidos

por vírgula e data;

O material cartográfico deverá ser entregue em seis vias originais, na escala e formatos

das ABNT mais apropriados para apresentar as informações, discutidos e aprovados

junto à Equipe de Planejamento. Todas as informações georreferenciadas deverão ser

entregues em meio digital, em formato para ARCVIEW (formato shape-file para dados

vetoriais e Geo-TIFF para imagens). Os arquivos de impressão também devem ser

entregues no formato PDF, em formato A1;

7. A base planialtimétrica deverá ser entregue conforme os padrões definidos pela Gerência

de Monitoramento e Geoprocessamento (GEMOG) da Diretoria de Monitoramento e

Fiscalização Ambiental do IEF, quanto à qualidade e modelo de dados. Os limites da Unidade

de Conservação a serem considerados serão fornecidos pelo IEF;

8. Deverão ser fornecidas informações detalhadas, em papel e em meio digital, de todos os

dados: descrição geral dos arquivos produzidos, procedimentos adotados para a digitalização

de dados cartográficos, escala, data e fonte desses dados, tipo (mapa em papel, imagens de

satélite, e outros), fator de erro obtido no processo de georrefenciamento, data da digitalização

dos dados cartográficos, problemas existentes nos dados, projeção cartográfica utilizada

(UTM) e todos os parâmetros necessários para sua interpretação (datum, meridiano central,

zona).

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REFERÊNCIAS

MILANO, M.S. Unidades de conservação. Conceitos e princípios de planejamento e

gestão. Curitiba, FUPEF, 1989.

MMA – Programa Zoneamento Ecológico-Econômico: diretrizes metodológicas parao Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil. Secretaria de Políticas para o desenvolvimento Sustentável/Ministério do Meio Ambiente/Consórcio ZEE Brasil. Brasília, 2001.

MMA - Roteiro metodológico de planejamento – Parque Nacional, Reserva Biológica,

Estação Ecológica. IBAMA. 2002.

MMA – Roteiro metodológico para o planejamento de unidades de conservação de uso

indireto. Versão 3.0. IBAMA, 1996.

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