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Prefeitura Municipal de Vitória TERMO DE REFERÊNCIA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA/ ES ------------------------------------------------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------- 1 / 161 Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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Prefeitura Municipal de Vitória

TERMO DE REFERÊNCIA

ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DO

MUNICÍPIO DE VITÓRIA/ ES

Vitória – Agosto/2012

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Regiões Administrativas do Município de Vitória/ES

Figura 2: Região Metropolitana de Vitória/ES

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Sistemas de esgotamento sanitário operados pela PMV

Tabela 2: Indicadores para avaliar a recuperação e prevenção da qualidade da água

Tabela 3: Indicadores para avaliar o abastecimento de água às populações e atividade econômicas

Tabela 4: Indicadores para avaliar a proteção dos ecossistemas aquáticos e terrestres associados

Tabela 5: Indicadores para avaliar a prevenção e minimização dos efeitos das cheias, secas e acidentes

de poluição

Tabela 6: Indicadores para avaliar a valorização dos recursos hídricos

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SIGLAS E DEFINIÇÕES

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

Alteração contratual - alteração de um contrato de execução e/ou fornecimento, feita por meio de

aditivo contratual ou, eventualmente, por outro instrumento legal, nas formas admitidas na Lei 8.666/93

e suas alterações.

ANA - Agência Nacional de Águas

BDI – Bonificação de Despesas Indiretas

BM - Boletim de medição

CD-ROM – Compact Disc – Read Only Memory (Disco Compacto – Memória somente de leitura)

CEF – Caixa Econômica Federal

CESAN - Companhia Espírito Santense de Saneamento

CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente

Contratada – Empresa que, mediante seleção em processo licitatório, assinará contrato com a

Contratante para desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ES

Contratante – Entidade Pública que promoverá a contratação do Plano Municipal de Saneamento

Básico de Vitória/ES

Contrato Administrativo - Contrato de prestação de serviço ou de fornecimento de materiais firmado

com a Administração Pública por meio de procedimento licitatório, dispensa ou inexigibilidade de

licitação

Dados Primários - aqueles provenientes de pesquisas realizadas in loco

Despesas Financeiras - gastos relacionados ao custo de capital decorrente da necessidade de aporte

financeiro requerido pelo fluxo de caixa do contrato quando os desembolsos acumulados forem

superiores às receitas acumuladas

Empreendimento - conjunto de ações e intervenções que integram o objeto do Termo de Compromisso

Equipe de Fiscalização - equipe indicada pelo Contratante para fiscalizar a execução dos serviços

contratados

Estudo de Concepção – Estudo para identificar as necessidades, caracterizar o problema, e avaliar as

alternativas de viabilidade nos aspectos tecnico-sócio-econômico-financeiro-ambiental

Etapa - divisão física do empreendimento objeto do Termo de Compromisso que, uma vez concluída,

terá funcionalidade plena independentemente da conclusão de outras eventuais etapas

Fase - subdivisão física de uma etapa, de acordo com uma seqüência cronológica de execução

FUNASA - Fundação Nacional de Saúde

Garantia - percentual do contrato que a contratante pode exigir do contratado com o intuito de

assegurar a execução do objeto

IBGE – Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LNSB – Lei Nacional de Saneamento Básico

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MCIDADES – Ministério das Cidades

Orçamento de Referência - planilha elaborada pela contratante com os itens necessários para

execução do empreendimento contendo campos de descrição, quantidade, unidade, valor unitário e

total, estes dois últimos representando o valor estimado do bem ou serviço por meio da conjugação dos

custos diretos com o BDI

OS – Ordem de Serviço

Preço - representa o valor final do bem ou serviço efetivamente contratado, calculado por meio da

conjugação dos custos diretos com o BDI

Preço de Referência - representa o valor estimado do bem ou serviço, obtido pela contratante, por

meio da conjugação dos custos diretos com o BDI, que será utilizado no Orçamento de Referência.

Podem ser considerados preços de referência unitários ou totais

PMV – Prefeitura Municipal de Vitória

PDDU – Plano Diretor de Drenagem Urbana

Plano de Trabalho (Programa de Trabalho) – Caracterização, metodologia de execução e

cronograma das atividades que compõem os serviços, a serem apresentados pela Contratada em sua

proposta e posteriormente aprovado pela equipe de fiscalização

PMRR – Plano Municipal de Redução de Risco

PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico

PMS – Política Municipal de Saneamento

PDU – Plano Diretor Urbano

QCI - Quadro de Composição de Investimento

RP – Relatório Parcial

RMGV – Região Metropolitana da Grande Vitória

Serviços ou Trabalhos – O conjunto de serviços ou trabalhos, objeto da seleção a que se refere o TR

SEMMAM – Secretária Municipal de Meio Ambiente

SEMOB – Secretária Municipal de Obras

SEMSE – Secretária Municipal de Serviços

SETGER – Secretaria de Trabalho e Geração de Renda

SEDEC – Secretaria de Desenvolvimento da Cidade

SEMAS – Secretaria de Assistência Social

SEMUS - Secretaria de Saúde

SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil

SINISA - Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico

SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

SNSA/MCIDADES - Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades

SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente

TC - Termo de Compromisso

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Termo de Referência (TR) – Conjunto de informações técnicas e prescrições estabelecidas

preliminarmente pela contratante, no sentido de definir e caracterizar as diretrizes, o programa e a

metodologia relativos ao trabalho ou serviço a ser executado

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 10

2 OBJETO DE CONTRATAÇÃO...................................................................................... 12

3 JUSTIFICATIVA..............................................................................................................

13

4 OBJETIVOS DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO........................... 15

5 ESCOPO DOS SERVIÇOS.............................................................................................

16

5.1 Planejamento do Processo............................................................................................. 17

5.1.1 Definição do Processo de Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico – PRODUTO 1................................................................................................................... 17

5.1.1.1 Comitê de Coordenação................................................................................................. 17

5.1.1.2 Comitê Executivo............................................................................................................ 18

5.1.2 Plano de Mobilização Social e Educação Ambiental – Participação Social e Comunicação.................................................................................................................. 19

5.1.2.1 1 a Fase: Participação na Elaboração do PMSB.. .......................................................... 20

5.1.2.1.1 Audiências Públicas Locais............................................................................................. 22

5.1.2.2 2 a Fase: Validação do PMSB. ....................................................................................... 22

5.1.2.3 3 a Fase: Do Controle Social dos Serviços de Saneamento Básico................................ 23

5.2 Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico.................................................

24

5.2.1 Diagnóstico da Situação da Prestação dos Serviços de Saneamento Básico – PRODUTO 2................................................................................................................... 24

5.2.1.1 Metodologia do Diagnóstico do Saneamento Básico...................................................... 26

5.2.1.1.1 Coleta de Dados Primários............................................................................................. 26

5.2.1.1.2 Coleta de Dados Secundários.........................................................................................

27

5.2.1.2 Dados e Informações Abrangentes sobre os Serviços de Saneamento Básico Municipal......................................................................................................................... 28

5.2.1.2.1 Caracterização Geral do Município................................................................................. 29

5.2.1.2.2 Situação Institucional...................................................................................................... 34

5.2.1.2.3 Situação Econômico-Financeira..................................................................................... 36

5.2.1.2.4 Situação dos Serviços de Abastecimento de Água Potável........................................... 38

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5.2.1.2.5 Situação dos Serviços de Esgotamento Sanitário.......................................................... 41

5.2.1.2.6 Situação dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos, de Resíduos da Construção Civil e dos Serviços de Saúde................................................ 45

5.2.1.2.7 Situação dos Serviços de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas.................. 48

5.2.1.2.8 Situação do Desenvolvimento Urbano e Habitação........................................................ 49

5.2.1.2.9 Situação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos........................................................... 53

5.2.1.2.10 Situação da Saúde.......................................................................................................... 54

5.2.1.2.11 Relatório do Diagnóstico................................................................................................. 55

5.2.2 Prognóstico e Alternativas para a Universalização dos Serviços de Saneamento Básico. Objetivos e Metas – PRODUTO 3...................................................................... 56

5.2.3 Concepção dos Programas, Projetos e Ações. Definição das Ações para Emergência e Contingências – PRODUTO 4......................................................................................

61

5.2.3.1 Programação de Ações Imediatas.................................................................................. 61

5.2.3.2 Programação das Ações Resultantes do PMSB............................................................. 61

5.2.3.3 Ações para Emergências e Contingências..................................................................... 65

5.2.4 Mecanismos e Procedimentos de Controle Social e dos Instrumentos para o Monitoramento e Avaliação Sistemática da Eficiência, Eficácia e efetividade das Ações Programadas – PRODUTO 5...............................................................................

65

5.2.5 Relatório Final do Plano Municipal de Saneamento Básico – PRODUTO 6................... 72

6 RELATÓRIOS E PRODUTOS........................................................................................ 73

6.1 Produtos a Serem Entregues pela Contratada............................................................... 73

7 FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS........................................................ 75

8 FUNDAMENTAÇÃO....................................................................................................... 76

9 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES......................................................................... 78

10 LOCAL DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS.................................................................... 79

11 ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO.................................................................... 79

11.1 Comunicações.................................................................................................................

79

11.2 Plano de Trabalho........................................................................................................... 79

11.3 Fluxograma..................................................................................................................... 81

11.4 Cronograma.................................................................................................................... 81

11.4.1 Cronograma Físico e Financeiro..................................................................................... 81

11.4.2 Cronograma de Alocação de Pessoal............................................................................. 82

11.5 Análise de Documentos.................................................................................................. 82

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11.6 Reuniões......................................................................................................................... 82

11.7 Fiscalização.....................................................................................................................

83

11.8 Coordenação dos Trabalhos pela Contratada................................................................ 84

11.9 Coordenação e Acompanhamento dos Trabalhos pela Contratante.............................. 85

12 EQUIPE TÉCNICA.......................................................................................................... 86

12.1 Componentes da Equipe Técnica................................................................................... 86

12.2 Qualificação Mínima da Equipe Técnica - Equipe Chave da Contratada....................... 86

13 PROPRIEDADE DOS SERVIÇOS.................................................................................. 88

14 FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES......................................................................... 88

15 CUSTOS......................................................................................................................... 89

16 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO......................................................................... 89

17 REMUNERAÇÃO DA CONTRATADA........................................................................... 89

ANEXO A – Forma de Apresentação dos Trabalhos......................................................

92

ANEXO B – Cronograma Físico – Financeiro.................................................................

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1. INTRODUÇÃO

Os serviços previstos neste Termo de Referência (TR) inserem-se no contexto da Lei nº

11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a

Política Federal de Saneamento Básico. São balizados, também, pelo Decreto nº 7.217/2010,

que regulamenta a referida Lei, bem como no Estatuto das Cidades (Lei nº 10.257/2001), que

define o acesso aos serviços de saneamento básico como um dos componentes do direito à

cidade.

A Política Pública e o Plano de Saneamento Básico, instituídos pela Lei 11.445/2007, são os

instrumentos centrais da gestão dos serviços. Conforme esse dispositivo, o Plano de

Saneamento estabelece as condições para a prestação dos serviços de saneamento básico,

definindo objetivos e metas para a universalização e programas, projetos e ações necessários

para alcançá-la.

Como atribuições indelegáveis do titular dos serviços, a Política e o Plano devem ser

elaborados com participação social, por meio de mecanismos e procedimentos que garantam à

sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação

de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de

saneamento básico.

Atualmente, a Prefeitura Municipal de Vitória, conduzida por um governo mais alinhado com as

questões sociais, adota como uma das prioridades da administração municipal a questão do

saneamento básico, tal opção abre espaço para discussão da Política e Plano Municipal de

Saneamento, de forma participativa e democrática, que considere os princípios de

universalidade, eqüidade, integridade e controle social. A atual administração entende que os

serviços de saneamento básico devem estar submetidos a uma política pública de

saneamento, formulada com a participação social, entendida como o conjunto de princípios que

conformam as aspirações sociais e/ou governamentais no que concerne à regulamentação do ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 10 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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planejamento, da execução, da operação, da regulação e da avaliação desses serviços

públicos.

A Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico será financiada pelo Ministério das

Cidades, com repasse através da sua mandatária, Caixa econômica Federal - CEF, após a

assinatura do Termo de Compromisso.

Objetiva-se com este estudo, definir as unidades espaciais de análise e planejamento, as quais

se constituirão nas unidades referenciais para a elaboração dos estudos e propostas das ações

da Política e do Plano Municipal de Saneamento Básico, para tanto deve-se inicialmente definir

limites como unidades de estudo e planejamento do Plano de saneamento Básico, tais como:

a) Bacias Hidrográficas Elementares;

b) Regiões administrativas do Município;

c) Mapa do território do Município;

d) No caso da drenagem urbana, bacias ou microbacias de drenagem inseridas no território

do município.

As unidades de estudo e planejamento terão seus perímetros e áreas definidas, muito embora

parte das informações municipais esteja organizada de acordo com a divisão por Regiões

Administrativas e de bairros. Assim deverá sempre compatibilizar os limites das regiões

administrativas com os limites de um divisor de águas ou talvegue, conforme identificados a

partir do mapeamento das bacias hidrográficas elementares.

A organização político-administrativa do município de Vitória foi regulamentada pela Lei

6.077/2003 - Lei de Bairros. A lei define o bairro como uma das partes principais em que é

dividida a cidade, tendo como unidade espacial de referência os setores censitários do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. As informações do Censo 2000 foram ajustadas

para atender a essa regionalização. Através dessa lei o Município de Vitória passou a ser

organizado em 83 bairros e sete regionais administrativas.

Por sua vez, o bairro Jardim Camburi, que pertencia à regional administrativa seis (Continente),

devido a sua extensão geográfica e populacional se tornou, através da Lei 6.488/2005, a oitava

regional administrativa.

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Prefeitura Municipal de Vitória

A divisão do município de acordo com a Lei de Bairros facilita o controle administrativo dos

serviços públicos e a orientação espacial das pessoas.

Logo, foram denominadas 8 (oito) regiões administrativas: duas na região continental e seis na

região insular.

Figura 1: Regiões administrativas do Município de Vitória/ ES

É importante lembrar que, deverão ser compatibilizadas e transportadas as informações

municipais para as unidades de estudo e planejamento de acordo com critérios técnicos que

deverão ser definidos na metodologia de trabalho.

2. OBJETO DE CONTRATAÇÃO

Contratação de serviços técnicos especializados visando à elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Vitória/ ES, que deverá abranger todo o território do

Município de Vitória e seus quatro componentes do saneamento. Esta ferramenta deverá

estabelecer diretrizes e ainda orientar o planejamento, a gestão e a operação de um conjunto

de programas, serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de:

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- Abastecimento de Água: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações

necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a adução até as ligações

prediais e respectivos instrumentos de medição, bem como a disposição final adequada dos

produtos e subprodutos gerados por esta atividade.

- Esgotamento Sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações

operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados de esgotos

sanitários e dos produtos e subprodutos gerados por esta atividade, desde as ligações prediais

até o lançamento final no meio ambiente.

- Drenagem Urbana: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de

drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o

amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas

nas áreas urbanas, bem como a disposição final adequada dos produtos e subprodutos

gerados por esta atividade.

- Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e

instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo

doméstico, industrial e do lixo originário de varrição e limpeza de logradouros e vias públicas e

recuperação da área degradada. Inclusive os Resíduos da construção civil e de saúde (o

conteúdo contemplará o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, de acordo

com a lei 12.305/2010 e legislações locais).

3. JUSTIFICATIVA

A universalização do acesso ao saneamento básico, com quantidade, igualdade, continuidade

e controle social é um desafio que o poder público municipal, como titular destes serviços, deve

encarar como um dos mais significativos. Nesse sentido, o Plano Municipal de Saneamento

Básico se constitui em importante ferramenta de planejamento e gestão para alcançar a

melhoria das condições sanitárias e ambientais do município e, conseqüentemente, da

qualidade de vida da população.

Fisicamente, o município de Vitória é formado por uma parte continental e outra insular.

Particularmente a Ilha de Vitória, caracteriza-se por uma conformação topográfica típica de

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cidades situadas em regiões costeiras do Brasil, representada pela presença de áreas planas,

na franja litorânea, circundadas por elevações que se destacam no relevo local.

Sob o ponto de vista do crescimento da cidade, Vitória, como a capital do Espírito Santo, vem

abrigando contingentes populacionais cada vez maiores, fruto do desenvolvimento econômico

66do Estado nas últimas décadas, que mostra sinais de aceleração rápida num futuro próximo,

dadas, especialmente, as perspectivas de crescimento dos setores petrolífero e de indústrias

exportadoras aí instaladas, além de grandes investimentos no setor agrícola e para ampliação

da infra-estrutura de transportes.

Como resultado concreto, a população do município subiu de cerca de 80.000 habitantes em

1960, para 320.156 habitantes em 2009 (estimativa da população residente segundo o IBGE),

ampliaram-se as áreas ocupadas, a cidade se expandiu e se verticalizou, os terrenos se

tornaram impermeáveis e aumentou a geração de resíduos sólidos e de efluentes líquidos.

Toda essa problemática exerce forte pressão sobre a base urbana e ambiental existente,

requerendo do poder público municipal ferramentas e aparelhamento eficientes para fazer

frente a uma nova e urgente organização do espaço territorial, acompanhada da implantação

de equipamentos e redes de infra-estrutura compatíveis.

O tratamento das questões relativas ao saneamento básico, especificamente no que concerne

ao sistema de água e esgoto, em Vitória, historicamente, ocorreu sem um envolvimento mais

efetivo da administração municipal, principalmente em se tratando de planejamento, gestão e

controle dos serviços prestados. Esses encargos foram absorvidos pela CESAN (empresa

estatal). Neste sentido, Vitória, necessita de um arranjo jurídico institucional na área de

saneamento básico que estabeleça os instrumentos de gestão financeira, operacional e

administrativa, os instrumentos de planejamento, de regulação e controle e de participação

social, assim como a definição das atribuições e responsabilidades de cada entidade e agentes

públicos envolvidos no processo. Este arranjo institucional foi aventado pelo Município no

Projeto Águas da Ilha a mais de sete anos.

A proposta de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, objeto deste TR vem

proporcionar uma perspectiva de retomada, por parte da administração municipal, da sua

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Prefeitura Municipal de Vitória

condição de principal agente responsável pelo saneamento básico em seu território, conforme

preconiza a legislação atual.

O pleno exercício do poder local se faz necessário para a adoção de soluções para a área de

saneamento, uma vez que o município é o responsável, em última instância, pela qualidade

dos serviços prestados a seus cidadãos. O município, dispondo de eficiente equipe técnica e

utilizando-se de democrático processo decisório e de apoio técnico até mesmo federal, é que

deve gerir e decidir sobre a política local de saneamento em todos os níveis: planejamento,

investimentos, soluções técnicas, política tarifária etc., inclusive na decisão quanto a auto-

suficiência financeira do serviço ou, quando for o caso, o seu subsídio com recursos do

orçamento municipal, decisão que se deve respaldar na realidade social de cada município

Soma-se ao exposto a exigência do Plano como condição de validade dos contratos que

tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico, assegurando, com

isso, a adequada cobertura e qualidade dos serviços prestados. Cabe destacar, também, a

determinação do Decreto no. 7217/2010, artigo 26, parágrafo 4º, que vincula a existência do

Plano de Saneamento Básico, elaborado pelo titular dos serviços, segundo os preceitos

estabelecidos na Lei 11.445/2007, como condição de acesso, a partir de 2014, a recursos

orçamentários da União ou recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou

entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento

básico.

4. OBJETIVOS DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Através do PMSB, busca-se consolidar os instrumentos de planejamento e gestão, com vistas

a universalizar o acesso aos serviços, garantindo qualidade e suficiência no suprimento dos

mesmos, proporcionando melhores condições de vida à população de Vitória, bem como a

melhoria das condições ambientais.

O PMSB tem como objetivo principal alcançar níveis crescentes de qualidade de vida,

associados às condições adequadas de salubridade e proteção do meio ambiente, por meio da

universalização, integralidade e da gestão integrada dos serviços de: abastecimento de água

tratada, coleta e tratamento de esgotos, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas,

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, de forma que cheguem a todo cidadão,

integralmente, sem interrupção e com qualidade. Busca, ainda, preservar a saúde pública e as

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Prefeitura Municipal de Vitória

condições de salubridade para o habitat humano, bem como priorizar a participação da

sociedade na gestão dos serviços.

Assim, constituem objetivos específicos do presente PMSB:

a) Indicar os meios para sua efetivação, contemplando a criação e o fortalecimento jurídico,

administrativo e institucional para a sua gestão integrada, abrangendo a articulação setorial

necessária; instrumentos de gestão; as funções e competências: planejamento, regulação e

estabelecimento das condições para prestação dos serviços, fiscalização e monitoramento dos

indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos; análise, revisão e

proposição da legislação existente, dentre outros aspectos pertinentes.

b) Dotar a Prefeitura Municipal de Vitória de um instrumento de planejamento de curto, médio e

longo prazos, de forma a atender as necessidades presentes e futuras de ações estruturais e

não estruturais para o saneamento no município.

c) Formular diretrizes, metodologias e estratégias que garantam a participação e o controle

social, durante o processo de elaboração e implementação do PMSB, e da prestação dos

serviços de saneamento no município.

5. ESCOPO DOS SERVIÇOS

A execução dos serviços a serem contratados deverá satisfazer o cumprimento das etapas

estabelecidas neste item 5, atendendo a seguinte seqüência:

A – Planejamento do Processo:

Produto 1- Definição do Processo de Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico:

Instituição do Comitê de Coordenação e do Comitê Executivo e Elaboração do Plano de

Mobilização Social e Educação Ambiental – Participação Social e Comunicação.

B – Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico:

Produto 2 - Diagnóstico da Situação da Prestação dos Serviços de Saneamento Básico.

Produto 3 - Prognósticos e Alternativas para a Universalização dos Serviços de Saneamento

Básico. Objetivos e Metas.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 16 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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Produto 4 – Concepção dos Programas, Projetos e Ações. Definição das Ações para

Emergência e Contingência.

Produto 5 - Mecanismos e procedimentos de Controle Social e dos Instrumentos para o

monitoramento e avaliação sistemática da eficiência, eficácia e efetividade das ações

programadas.

Produto 6 – Relatório Final do Plano Municipal de Saneamento Básico.

5.1 – Planejamento do Processo

5.1.1 - Definição do Processo de Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico – PRODUTO 1

A elaboração e implantação do PMSB requerem a formatação de um modelo de planejamento

participativo e de caráter permanente. Dessa forma, é imprescindível a formação de grupo de

trabalho para a elaboração do plano, identificando e sistematizando os interesses múltiplos e a

existência de áreas conflitantes.

Como solução para a organização administrativa que conduzirá o processo de elaboração do

Plano, deverá ser constituído um Comitê ou Comissão de Coordenação e um Comitê Executivo

para a operacionalização do processo. A contratante designará os membros da Administração

Pública para integrar os referidos Comitês.

5.1.1.1 - Comitê de Coordenação

O Comitê de Coordenação é a instância consultiva e deliberativa, formalmente

institucionalizada, responsável pela coordenação, condução e acompanhamento da elaboração

do Plano.

Esse comitê, obrigatoriamente, deverá ser formado por representantes (autoridades ou

técnicos), com função dirigente, das instituições do Poder Público municipal, estadual e federal

relacionadas com o saneamento básico, bem como por representantes de organizações da

Sociedade Civil, como por exemplo, Conselhos Municipais da Cidade, de Saneamento, de

Saúde, de Meio Ambiente, caso existam, da Câmara de Vereadores e do Ministério Público e

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Prefeitura Municipal de Vitória

de organizações da Sociedade Civil (entidades profissionais, empresariais, movimentos sociais

e ONGs, etc.).

As atribuições do Comitê de Coordenação serão: discutir e avaliar, sempre que necessário, o

trabalho produzido pelo Comitê Executivo; criticar e sugerir alternativas, auxiliando o trabalho

do Comitê Executivo na elaboração do Plano; e avaliar o andamento dos trabalhos do ponto de

vista de viabilidade técnica, operacional, financeira e ambiental, buscando promover as ações

integradas de saneamento.

5.1.1.2 - Comitê Executivo

O Comitê Executivo é a instância responsável pela operacionalização do processo de

elaboração do Plano.

Esse comitê deverá ter composição multidisciplinar e incluir técnicos dos órgãos e entidades

municipais e dos prestadores de serviço da área de saneamento básico e de áreas afins ao

tema.

No assessoramento ao Comitê Executivo, conforme as necessidades locais poderão ser

constituídos Grupos de Trabalho multidisciplinares, compostos por profissionais com

experiência nos temas do saneamento básico, em áreas correlatas e nas atividades do

processo de elaboração do Plano. É recomendável a participação ou o acompanhamento de

representantes de Conselhos, dos prestadores de serviços e organizações da Sociedade Civil

nesses Grupos de Trabalho e, ao mesmo tempo, a busca de cooperação de outros processos

locais de mobilização e ação para assuntos de interesses convergentes com o saneamento

básico, tais como: Agenda 21 local, Coletivos Educadores Ambientais, Conselhos Comunitários

e Câmaras Técnicas de Comitês de Bacia Hidrográfica. Bem como poderá adotar a

organização de uma Unidade de Gestão do Projeto – UGP para responder pela

operacionalização e assessoramento técnico das atividades.

As atribuições do Comitê Executivo são: realizar a fiscalização das atividades referentes ao

escopo dos Serviços constantes neste TR.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 18 / 111Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

Prefeitura Municipal de Vitória

5.1.2 - Plano de Mobilização Social e Educação Ambiental – Participação Social e Comunicação

O Plano de Mobilização Social e Educação Ambiental visa desenvolver ações para a

sensibilização da sociedade quanto à relevância do Plano e da sua participação no processo

de sua elaboração. Por meio deste planejamento organiza-se o processo e os canais de

participação na elaboração do Plano e na avaliação dos serviços públicos de saneamento

básico (inciso IV, do art. 3º, da lei 11.445/07).

A participação e o envolvimento da sociedade deve se desenvolver ao longo de todo o período

de elaboração e implantação do PMSB, por meio de audiências públicas, conferências,

seminários, reuniões, oficinas entre outras ações. O município deverá estabelecer as ações de

mobilização social, por meio do Plano de Mobilização Social e Educação Ambiental (PMSEA),

onde definirão os objetivos, metas e escopo da mobilização, além de cronogramas e principais

atividades a serem desenvolvidas. O Plano de Mobilização Social e Educação Ambiental,

produto desse Termo de Referência, deverá ser elaborado de acordo com as seguintes

diretrizes:

a) Refletir as necessidades e anseios da população;

b) Apresentar caráter democrático e participativo, considerando sua função social;

c) Envolver a sociedade durante todo o processo de elaboração e durante o processo de

implementação do PMSB;

d) Sensibilizar a sociedade para a responsabilidade coletiva no uso adequado dos sistemas e

das infra-estruturas de saneamento;

e) Sensibilizar a sociedade para a responsabilidade coletiva para proteção dos recursos

naturais;

f) Estimular a participação da população no controle quanto a eficiência e qualidade dos

serviços de saneamento prestados;

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Prefeitura Municipal de Vitória

g) Estimular a população ao uso racional dos recursos naturais tais como o uso racional da

água tratada e de outras matérias primas, objetivando a adoção de padrão de consumo

sustentável.

h) Elaborar um plano de comunicação com os objetivos de divulgar amplamente o processo, as

formas e canais de participação e informar os objetivos e desafios do Plano, de disponibilizar

as informações necessárias à participação qualificada da sociedade nos processos decisórios

do Plano e de estimular todos os segmentos sociais a participarem do processo de

planejamento e da fiscalização e regulação dos serviços de saneamento básico;

O envolvimento da sociedade em todas as etapas do PMSB – na participação dos eventos, na

elaboração do diagnóstico participativo, na participação das Audiências Públicas e na

elaboração do Plano – representa o firme propósito do governo municipal de alterar a prática

tradicional de formular políticas e indica o compromisso de buscar a prestação de serviços

públicos com qualidade para todos. Dessa forma, fica claro que o exercício da cidadania não

se finda na elaboração do PMSB. A participação popular e o controle social continuado são

peças fundamentais para se ter uma política pública de saneamento ambiental e serviços de

qualidade.

A participação social será assegurada nas três fases do Plano: a 1ª fase refere-se a etapa de

elaboração do PMSB, a 2ª fase refere-se a validação da versão final do Plano e a 3ª fase da

etapa, refere-se ao controle dos serviços executados previstos no PMSB e suas atualizações.

5.1.2.1 - 1ª Fase: Participação na Elaboração do PMSB

O PMSB deverá contemplar o planejamento detalhado, incluindo a apresentação de

cronograma, das principais atividades para a mobilização e participação social, tais como:

a) Identificação e cadastramento dos atores sociais a serem envolvidos no processo de

elaboração do PMSB;

b) Identificação e discussão preliminar da realidade atual do município, no âmbito do

saneamento básico, por meio de um diagnóstico participativo, valorizando o conhecimento

popular;

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Vera Vanda Jeanmonod Luz, 09/08/12,

Prefeitura Municipal de Vitória

c) Identificação de modelos eficientes de participação social de modo que a sociedade

contribua para a formulação e implementação do PMSB;

d) Realização de eventos participativos como conferências, seminários, reuniões, oficinas,

consultas públicas e outras pertinentes;

e) Divulgação ampla do processo, das formas e canais de participação na elaboração do

PMSB a todas as comunidades;

f) Disponibilização das informações necessárias à participação qualificada da sociedade nos

processos decisórios do Plano;

g) Realização de reuniões prévias envolvendo as entidades comunitárias e outras entidades da

sociedade do município, visando uma ampla mobilização para a participação nas audiências

publicas;

h) Realização de pelo menos uma audiência publica local em cada uma das oito (08) regiões

administrativas do município;

i) Descrição das metodologias das plenárias e eventos participativos, e dos instrumentos

didáticos com linguagem apropriada a serem utilizados, descrevendo inclusive a abordagem

dos conteúdos sobre os serviços de saneamento básico e da educação ambiental;

j) Estimulação de todos os seguimentos sociais a participarem do processo de planejamento,

fiscalização e regulação dos serviços de saneamento básico, assim a elaboração do Plano de

Comunicação Social deverá conter os procedimentos e instrumentos a serem utilizados para a

divulgação de todas as fases e eventos de elaboração do Plano, bem como a disponibilização

das informações e estudos pertinentes à sua elaboração e implantação a todos os

interessados.

k) Definição dos canais para recebimento de críticas e sugestões, garantindo-se a avaliação

e resposta a todas as propostas apresentadas. Tais canais devem incluir soluções de consulta

pública pela internet e por formulários ou outros meios disponíveis em espaços e repartições

públicas em relação a todos os documentos e durante todo o processo de formulação da

Política e de elaboração do PMSB em todas as etapas, inclusive o diagnóstico;

l) Definição para a constituição de Grupos de Trabalho para o desenvolvimento de temas

específicos do Plano quando a realidade complexa indicar ou houver a necessidade de

atuação articulada de diferentes órgãos e instituições;

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Prefeitura Municipal de Vitória

m) Definição da forma de acompanhamento e participação, no processo de elaboração do

PMSB, dos Conselhos Municipais instituídos no município e, dos Comitês de Bacia

Hidrográfica onde o município estiver inserido; e

n) Apresentação previa da agenda de eventos previstos, com certa antecedência, para que a

contratante disponibilize local apropriado para a realização dos eventos.

5.1.2.1.1 - Audiências Públicas Locais

Durante a elaboração do PMSB, deverão ser realizadas pela contratada oito (08) audiências

públicas locais, uma em cada região administrativa do município, objetivando à sua

complementação a partir da visão comunitária. Essas audiências têm como propósito os

seguintes encaminhamentos:

a) Estabelecer uma discussão acerca dos conteúdos do Plano;

b) Coletar as proposições dos representantes locais e da população acerca do Plano;

c) Incorporar ao Plano as contribuições das audiências públicas.

5.1.2.2 - 2ª Fase: Validação do PMSB

A versão final do Plano Municipal de Saneamento Básico, complementada a partir das

audiências públicas locais, conforme o item anterior será apresentada em uma Audiência

Pública Municipal de Saneamento Básico a ser realizada no âmbito de todo o território

municipal, objetivando a validação do Plano. Para a organização da Audiência Pública

Municipal devem ser estabelecidos: os objetivos, a organização temática e metodológica da

discussão, os critérios e forma de participação, os documentos de subsídio à realização da

conferência dentre outras definições.

Após a realização da Audiência Pública Municipal, será procedida pela empresa de consultoria

a sistematização das discussões, dos encaminhamentos e das proposições estabelecidas no

evento, objetivando embasar a consolidação da proposta definitiva do Plano Municipal de

Saneamento Básico.

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Prefeitura Municipal de Vitória

Com base no documento de sistematização da Audiência Pública Municipal de Saneamento

Básico, será apresentada pela empresa contratada a versão final do Plano Municipal de

Saneamento Básico.

5.1.2.3 - 3ª Fase: Do Controle Social dos Serviços de Saneamento Básico

O PMSB deverá contemplar a instituição de mecanismo participativo da sociedade no seu

controle, a fim de garantir a participação da sociedade na sua execução. Este instrumento

deve prever a realização de ações de educação em saneamento ambiental a fim de qualificar

esta participação da sociedade em busca da gestão sustentável do saneamento,

assegurando um processo integrado de enfrentamento da problemática socioambiental

relacionada ao saneamento.

As ações de educação em saneamento ambiental previstas no Plano deverão incorporar

e/ou considerar as várias atividades de educação ambiental e em saneamento em

andamento no município, e que devem servir de ponto de partida para um levantamento

mais completo, sistematizado, articulado e avaliado de sua eficácia, de modo a potencializar

seus efeitos e evitar duplicação e/ou pulverização de esforços. Devendo articular as diversas

competências e habilidades do poder publico e específicas de organizações não

governamentais, associações, grupos organizados e outros, em prol de um processo

integrado de enfrentamento da problemática socioambiental relacionada ao saneamento.

O PMSB deverá prever a elaboração e execução de um Plano de Educação em Saneamento

Ambiental, cuja premissa básica é o apoio à qualificação da gestão e da participação da

sociedade como mecanismos para a garantia do sucesso no planejamento e na execução de

políticas locais de saneamento ambiental, na medida em que ambas orientam a definição de

estratégias e o controle social da prestação dos serviços públicos. Nesse sentido, a educação

ambiental, ao mobilizar os usuários para o exercício do controle social, que inclui sua

participação no planejamento e no acompanhamento da gestão, constitui um instrumento que

ajuda a qualificar o gasto público em saneamento e a destinação eficiente dos recursos, de

forma a assegurar que sejam alocados e aplicados com eficácia e eficiência, revertendo em

benefícios diretos à população, bem como à sustentabilidade dos serviços de saneamento.

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As ações de educação em saneamento ambiental contidas no Plano de Educação Ambiental

do PMSB deverão prever a elaboração de materiais educativos específicos para cada

componente do saneamento: água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem, destinados a

população usuária e beneficiada dos serviços e deverão versar sobre o funcionamento de cada

sistema, seu uso adequado e a execução sistemática de programas de uso racional da água,

limpeza de reservatórios domiciliares; prevenção de ligações clandestinas de esgoto na

drenagem entre outros.

NOTAS:1) A Contratante disponibilizará infra-estrutura para a realização de todos os eventos

programados, como por exemplo, locais apropriados para a realização dos eventos com

equipamentos de multimídia (computador, microfone, retroprojetor, entre outros que forem

necessários), além de materiais de comunicação social, que podem ser folders, cartazes, carro

de som, veiculação na mídia (TV, rádio e jornais), páginas para a internet, som e equipamentos

de multimídia, vídeos explicativos, informativos e boletins impressos, cartilhas e outros meios

de comunicação local.

2) A contratada deverá passar a contratante agenda de eventos previstos, com certa

antecedência, para que a contratante disponibilize local apropriado para a realização dos

eventos.

3) A contratada deverá registrar em forma de relatórios todas as memórias de todos os eventos

programados, principalmente os relacionados com a comunidade e/ou entidades. Os relatórios

devem conter principalmente listas de presença, atas e cobertura fotográfica, as quais deverão

ter legenda indicativa do evento ao qual se refere.

5.2 – Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico

5.2.1 - Diagnóstico da Situação da Prestação dos Serviços de Saneamento Básico – PRODUTO 2

Esta etapa deverá se constituir num inventário da situação atual dos sistemas de saneamento,

abordando também os aspectos institucionais, tecnológicos, de gestão e planejamento,

seguindo no mínimo as seguintes diretrizes:

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Prefeitura Municipal de Vitória

a) O diagnóstico será produzido com base nas informações obtidas junto às concessionárias,

aos órgãos municipais, estaduais e federais, assim como a partir de inspeções de campo, de

trabalhos científicos, de experiências desenvolvidas no âmbito do território municipal, bem

como de demais documentos ou informações correlatas.

b) O diagnóstico deverá abordar, também, questões de natureza complementar, tais como:

jurídico-legais, administrativas, institucionais, modelo de gestão entre outras, de modo a

estabelecer horizontes para a institucionalização da Política Municipal de Saneamento Básico e

seus respectivos instrumentos: sistema de saneamento, conselho de saneamento, gestão e

planejamento, fundo de saneamento etc.

c) O diagnóstico, por ser a base orientadora dos prognósticos do PMSB, da definição de

objetivos, diretrizes e metas e do detalhamento de seus programas, projetos e ações, deve

consolidar informações sobre: cobertura, déficit e condições dos serviços de saneamento

básico e condições de salubridade ambiental, considerando dados atuais e projeções.

d) O diagnóstico também deverá contemplar, dentre outros, perfil populacional, quadro

epidemiológico e de saúde, indicadores sócio-econômicos e ambientais, desempenho na

prestação de serviços e dados de setores correlatos.

e) O diagnóstico deve considerar e abranger os quatro serviços de saneamento bási

co(água, esgotos, resíduos e drenagem) e orientar-se na identificação das causas das

deficiências, para determinar as metas e as ações na sua correção, tendo em vista a

universalização dos serviços.

f) O diagnóstico deverá orientar-se na identificação das causas dos déficits e das deficiências a

fim de determinar metas e ações na sua correção, visando a universalização dos serviços de

saneamento básico. Deverá, ainda, prever, na caracterização do município, a análise de sua

inserção regional, incluindo as relações institucionais e interfaces socioeconômicas e

ambientais com os municípios vizinhos, o estado e a bacia hidrográfica. As informações obtidas

durante a pesquisa deverão ser organizadas em Base de Dados, após tratamento estatístico e

análise crítica, para ser posteriormente disponibilizado ao Município, à sociedade e à União.

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Prefeitura Municipal de Vitória

g) O diagnóstico deve contemplar a perspectiva dos técnicos e da sociedade e, para tanto,

adotar mecanismos de pesquisa e diálogo que garantam a integração dessas duas

abordagens. As reuniões comunitárias, audiências e consultas podem ser o meio para a

elaboração de um diagnóstico participativo sob a perspectiva da sociedade.

h) O diagnóstico dos Serviços Públicos de Saneamento Básico do município deve,

necessariamente, englobar a zona urbana e tomar por base as informações bibliográficas, as

inspeções de campo, os dados secundários coletados nos órgãos públicos que trabalham com

o assunto e, quando necessário, os dados primários coletados junto a localidades inseridas na

área de estudo.

i) Na caracterização do município, analisar sua inserção regional, incluindo as relações

institucionais e interfaces sócio-econômicas e ambientais com os municípios vizinhos.

j) Na perspectiva técnica, os estudos devem utilizar indicadores e informações das diferentes

fontes formais dos sistemas de informações disponíveis.

K) Deve ser prevista a preparação de resumos analíticos em linguagem acessível para a

disponibilização e apresentação à sociedade de forma a proporcionar o efetivo e amplo

conhecimento dos dados e informações.

5.2.1.1 - Metodologia do Diagnóstico do Saneamento Básico

O diagnóstico dos Serviços Públicos de Saneamento Básico do município deverá,

necessariamente, englobar todo o território do município e tomar por base a coleta de dados e

informações de fontes primária e secundária.

Para elaboração dos mapas e espacialização das informações deverão ser adotadas escala

local de trabalho, quando possível 1:2000 e escala regional de contextualização do município.

5.2.1.1.1 – Coleta de Dados Primários

Os dados primários serão obtidos através de pesquisas quanti-qualitativas em cada bacia ou

micro bacia de drenagem, realizadas junto aos diferentes públicos: usuários, sociedade civil

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organizada, prestadores e operadores de serviços, entre outros. Para a coleta de dados e

informações deverão ser adotadas metodologias consagradas na área.

É importante que a coleta de dados inclua, além das informações descritivas, registros

fotográficos, ilustrações, croquis, mapas, gráficos, tabelas, de modo a qualificar as informações

que integrarão o diagnóstico.

É desejável que a coleta de dados primários considere minimamente os seguintes aspectos:

a) Identificação, previamente aos levantamentos de campo, dos atores sociais, com

delineamento básico seu perfil de atuação e do conhecimento prévio relativo ao saneamento

básico.

b) Cronograma da realização de pesquisas quanti-qualitativas junto aos diferentes públicos

afetos (usuários, órgãos responsáveis pelos serviços públicos de saneamento básico, de saúde

e do meio ambiente, sociedade civil organizada e demais interessados, que tenham atuação

com questões correlatas).

c) Todos os instrumentos de pesquisa ou de coleta de dados primários deverão ser

previamente aprovados pelo Comitê de Coordenação.

5.2.1.1.2 – Coleta de Dados Secundários

Os dados secundários serão obtidos através de levantamentos em instituições públicas e

privadas atuantes no setor de saneamento, nas áreas de sócio-economia, meio ambiente,

saúde e outras correlatas.

É importante que as fontes secundárias consultadas, sejam oficiais, disponham de dados

atualizados, preferencialmente que sejam locais (no âmbito do município) e também

contemplem registros fotográficos, ilustrações, croquis, mapas, gráficos, tabelas, de modo a

qualificar as informações que integrarão o diagnóstico.

É desejável que o levantamento de dados secundários considere minimamente os seguintes

aspectos:

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Prefeitura Municipal de Vitória

a) Todos os projetos e estudos associados às questões do saneamento básico no município

deverão ser identificados, compilados e avaliados.

b) O Plano Diretor de Drenagem Urbana de Vitória - PDDU, concluído em 2009, considerando

que a drenagem deverá estar integrada com os demais componentes do saneamento básico.

Considerar ainda, que devido ao tempo decorrido de sua elaboração, o mesmo deverá ser

avaliado e atualizado para compor o elemento drenagem neste PMSB.

c) O Plano Municipal de Redução de Risco Geológico - PMRR, última versão de 2008, dada a

necessidade de observar a correlação existente entre as encostas do município e os elementos

do saneamento básico.

d) O Plano Diretor Urbano – PDU da cidade de Vitória, revisado em 2006, considerando que os

serviços de saneamento básico devem estar integrados com este plano.

Este Diagnóstico também deverá incluir os Elementos Essenciais, assim considerados em

função dos dispositivos da Lei 11.445/2007 que estabelecem a sua abrangência e conteúdo do

Plano, e Elementos Complementares que possam contribuir para o perfeito conhecimento da

situação dos serviços de saneamento básico no município.

5.2.1.2 - Dados e Informações Abrangentes sobre o Saneamento Municipal

O trabalho de coleta de dados e informações deve abranger:

)a A legislação aplicável concernente ao saneamento básico, saúde, uso e ocupação do solo e

meio ambiente;

)b A organização, estrutura e capacidade institucional existente para a gestão dos serviços de

saneamento básico (planejamento, prestação, fiscalização e regulação dos serviços e controle

social);

)c Estudos, planos e projetos de saneamento básico existentes, avaliando a necessidade e

possibilidade de serem atualizados;

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Prefeitura Municipal de Vitória

)d A situação dos sistemas de saneamento básico do município, nos seus quatro (4)

componentes, tanto em termos de cobertura como de qualidade e eficiência da prestação dos

serviços;

)e A situação quantitativa e qualitativa das infra-estruturas existentes, as tecnologias utilizadas

e a compatibilidade com a realidade local;

)f A situação sócio-econômica e capacidade de pagamento dos usuários, considerando os

planos tarifários referentes aos serviços cobrados;

)g Estudos e projetos de saneamento básico existentes no município, referentes aos quatro

componentes, identificando seus aspectos conflitantes e integradores;

)h Salubridade ambiental - Indicadores sanitários, epidemiológicos e ambientais, e

)i Dados e informações de outras políticas correlatas ao saneamento.

O diagnóstico deve adotar uma abordagem sistêmica, cruzando informações sócio-

econômicas, ambientais e institucionais, de modo a caracterizar e registrar com a maior

precisão possível a situação anterior a implementação do Plano.

5.2.1.2.1 - Caracterização Geral do Município

O diagnóstico deverá considerar que o Município de Vitória é parte integrante da Região

Metropolitana da Grande Vitória com mais seis municípios e que a RMGV foi instituida, através

de lei complementar em 1995 com 5 municípios (Cariacica, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória).

Em 1999, o município de Guarapari passa a integrar esta região (Lei Complementar n° 159/99),

e em 2001 inclui-se o município de Fundão (Lei Complementar n° 204/01). Em 2005 foi

reformulado e criado o COMDEVIT – Conselho Metropolitano de Desenvolvimento da Grande

Vitória e o FUMDEVIT – Fundo Metropolitano de Desenvolvimento da Grande Vitória com o

objetivo de dar suporte financeiro ao planejamento integrado e às ações conjuntas de interesse

comum entre o Estado e os municípios que integram a região.

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Prefeitura Municipal de Vitória

Neste contexto, as parcerias para soluções compartilhadas e cooperação entre os municípios

devem ser consideradas na solução de forma integrada de alguns problemas do saneamento

básico. Desta forma esta caracterização deve levar em conta o município no contexto desta

região.

Para a avaliação e o planejamento do sistema de saneamento é imprescindível conhecer as

características do território do município no que diz respeito aos aspectos relacionados à:

geomorfologia e geologia; solos; clima; hidrologia e hidrogeologia; vegetação natural; fauna e

ecossistemas associados; paisagem; ocupação do solo e ordenamento territorial; patrimônio

arqueológico e arquitetônico; povoamento e demografia; e atividades econômicas.

Essencialmente a caracterização da situação da população e da qualidade de vida deverá

detectar os problemas prioritários da população, especialmente em saneamento básico e

posteriormente classificar a carência ou déficit dessas necessidades. Conforme o grau do

déficit pode-se inferir qual é a situação social. Poderão ser utilizados para alguns estudos

dados de fonte secundária, desde que sejam compatibilizados e apresentados por micro bacias

de drenagem, que são as unidades de estudo e planejamento do Plano.

A contratada deverá descrever e espacializar as informações para elaborar a caracterização do

município, levando em consideração no mínimo:

A situação físico-territorial;

A situação socioeconômica e cultural.

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Figura 2: Região Metropolitana de Vitória/ES

Entre os aspectos a serem considerados na caracterização local estão a situação físico-

territorial, sócio-econômica e cultural e podem-se destacar:

Elementos Essenciais:a) população e qualidade de vida:

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a.1) série histórica de dados de população urbana, taxas históricas anuais de crescimento

populacional para o município; estudos populacionais recentes (Censo IBGE 2010);

população flutuante quando significativa, com a indicação do período de ocorrência;

fluxos migratórios. Demografia urbana por renda, gênero, faixa etária, densidade e acesso

ao saneamento, IDH;

a.2) caracterização das áreas de interesse social com ocupação sub-normal (número de

assentamentos, localização, perímetro e área dos assentamentos, carências relacionadas

ao saneamento básico, precariedade habitacional, trabalho e ocupação: adequação do

trabalho, situação de emprego ou desemprego, aposentadoria, exclusão do mercado de

trabalho, sub-ocupação, etc.

a.3) condições sanitárias abordando os problemas relacionados com o saneamento

básico considerando os quatro componentes: poluição dos recursos hídricos por resíduos

sólidos e efluentes; ocorrência de doenças de veiculação hídrica e outras doenças por

falta de saneamento (apresentar dados atualizados), séries históricas de indicadores

quando disponíveis, número de óbitos de 0 a 5 anos de idade e taxa de mortalidade

infantil para o município de Vitória (por bairros);

a.4) identificação e descrição da organização social, grupos sociais, formas de expressão

social e cultural, tradições, usos e costumes, percepção em relação à saúde, ao

saneamento e ao ambiente.

b) projeções de crescimento demográfico no horizonte de planejamento do PMSB, para todo o

território do município, caracterizando a situação atual e futura, estruturado a partir dos estudos

de crescimento populacional;

c) caracterização das formas de organização e nível de participação social do município.

d) localização do município no Estado e na região, com as distâncias aos centros mais

importantes através das vias de comunicação, através de desenho em escala compreensível,

com a delimitação da área de intervenção direta; altitude, latitude e longitude; Apresentar em

formato A4;

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e) infra-estrutura disponível (saneamento básico, energia elétrica, telefonia, pavimentação,

transporte, saúde e habitação) e acesso (estradas de rodagem, ferrovias, navegação aérea,

fluvial ou marítima);

f) indicação dos espaços especialmente protegidos e identificação de áreas de fragilidade

sujeitas à inundação ou deslizamento;

g) clima: temperaturas máximas, médias e mínimas; séries históricas de dados meteorológicos

e pluviométricos, com médias anuais e ocorrências de precipitações intensas e estiagens

prolongadas; curva de intensidade versus período de recorrência válido para a localidade;

descrição de fatores especiais de influência sobre o clima;

h) Meios Abiótico e Biótico: Geomorfologia, Geologia, Hidrologia, Fauna e Flora, considerando

aspectos como topografia, fisiografia, solos, principais acidentes, bacias hidrográficas, micro

bacias de drenagem, águas superficiais e subterrâneas, principais ecossistemas associados e

suas interações com o meio físico, quotas de inundação, regimes de chuvas, regime dos

cursos d’água, etc, principais intervenções realizadas com abrangência nos meios físicos, usos

da água a jusante e a montante dos cursos naturais que poderão servir ou servem de fonte de

água bruta ou de receptores de água residuária. Utilizar levantamentos e análises

aerofotogramétricas, plantas topográficas e mapas temáticos para espacialização das

informações.

i) Características Urbanas: principais características urbanas; densidades demográficas atuais;

tendências de expansão urbana; dados sobre desenvolvimento regional; posicionamento

relativo da localidade e do município na região; planos de implantação de obras públicas

municipais, estaduais e federais, inclusive aquelas que tenham influência sobre o projeto,

planos diretores existentes, etc;

j) Condições Sanitárias: informações gerais sobre: condições de poluição dos recursos

hídricos; ocorrência de doenças de veiculação hídrica; problemas relacionados com o

saneamento básico incluindo drenagem pluvial; séries históricas de indicadores quando

disponíveis, sobre número de óbitos de 0 a 5 anos de idade e taxa de mortalidade infantil,

ambos causados por falta de saneamento adequado;

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k) Perfil Sócio-Econômico: Descrição atual e tendências do perfil sócio-econômico da

população da localidade; quadro com informações sobre a distribuição de renda familiar

mensal, por faixas de salário mínimo. O histograma da renda familiar deverá incluir pelo menos

os seguintes intervalos, em salários mínimos: de 0 a 2,5; de 2,5 a 5,0; de 5,0 a 7,5, de 7,5 a 10;

de 10 a 15; de 15 a 20 e acima de 20, número de habitantes, escolaridade e IDH; e

l) Perfil Industrial: Indústrias existentes; previsão de expansão industrial na localidade/município

com possível demanda por utilização de serviços públicos de saneamento, descrevendo o

potencial de crescimento; estimativas de consumo de água e tipo de despejos e efluentes

gerados.

m) Vocações econômicas do município: contexto atual e projeções em termos das atividades

produtivas por setor.

Elementos Complementares:

a) Integração de informações de forma descritiva e consolidação cartográfica por meio de

mapas e carta temáticos, intermediários e sínteses das informações sócio-econômicas, físico-

territorial e ambientais sobre o município e a região.

5.2.1.2.2 - Situação Institucional

Elementos Essenciais:

a) levantamento e análise da legislação aplicável que defina as políticas federal, estadual,

municipal e regional sobre o saneamento básico, o desenvolvimento urbano, a saúde e o meio

ambiente (leis, decretos, políticas, resoluções e outros);

b) normas de Fiscalização e Regulação dos serviços de saneamento. Entes responsáveis,

meios e procedimentos para sua atuação;

c) Identificação e análise da política pública existente no período anterior ao Decreto de criação

do Comitê de Coordenação e do Comitê Executivo para elaboração do PMSB;

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d) identificação e análise do modelo de gestão existente no Município, com descrição da

estrutura existente, com descrição de todos os órgãos, e capacidade institucional para a gestão

(planejamento, prestação dos serviços, regulação, fiscalização e controle social) dos serviços

nos quatro (4) componentes. Avaliação dos canais de integração e articulação intersetorial e

da sua inter-relação com outros segmentos (desenvolvimento urbano, habitação, saúde, meio

ambiente e educação);

e) identificação de programas locais de interesse do saneamento básico nas áreas de

desenvolvimento urbano, habitação, mobilidade urbana, gestão de recursos hídricos e meio

ambiente, no âmbito do município, da região metropolitana e do estado;

f) identificação das redes, órgãos e estruturas de educação formal e não formal e avaliação da

capacidade de apoiar projetos e ações de educação ambiental ou em saneamento ambiental,

combinados com os programas de saneamento básico;

g) identificação e avaliação do sistema de comunicação da prefeitura e do município como um

todo e sua capacidade de difusão das informações e mobilização sobre o PMSB;

h) análise de programas de educação ambiental e de assistência social em saneamento;

i) características da empresa de água e esgoto – Companhia Espírito Santense de

Saneamento - CESAN

Nome, data de criação, serviços prestados e organograma;

Modelo de gestão (público municipal ou estadual, privado, cooperativo, etc.);

Informações sobre a concessão para exploração dos serviços de saneamento básico no

município: (i) quem detém atualmente a concessão, (ii) data do término da concessão; (iii)

instrumento legal existente regulando esta concessão (lei municipal, contrato com

operadora, etc.);

j) Recursos humanos alocados nos serviços de saneamento básico: número de empregados,

discriminando o quantitativo quanto a profissionais de nível superior, técnicos, operacionais,

administrativos, terceirizados, estagiários, bolsistas. Informações sobre existência de planos de

capacitação, planos de cargos e salário e planos de demissão.

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Prefeitura Municipal de Vitória

Elementos Complementares:

a) identificação junto aos municípios vizinhos das possíveis áreas ou atividades onde pode

haver cooperação, complementaridade ou compartilhamento de processos, equipamentos e

infra-estrutura, relativos à gestão do saneamento básico, para cada um dos serviços ou

atividade específica;

b) identificação e descrição da organização social, grupos sociais, formas de expressão social

e cultural, tradições, usos e costumes, percepção em relação à saúde, ao saneamento e ao

ambiente;

5.2.1.2.3 - Situação Econômico-Financeira

O tratamento das questões relativas ao saneamento básico em Vitória/ ES, historicamente, tem

ocorrido sem um envolvimento mais efetivo da administração municipal, principalmente em se

tratando de planejamento, gestão e controle dos serviços prestados pela concessionária de

água e esgoto.

Esses encargos, de certo modo, foram absorvidos pela concessionária CESAN, restando ao

município à condição de mero espectador do processo. Neste sentido, o município de Vitória/

ES, necessita de um arranjo institucional na área de saneamento básico que estabeleça os

instrumentos de gestão financeira, operacional e administrativa, os instrumentos de

planejamento, de regulação e controle e de participação social, assim como a definição das

atribuições e responsabilidades de cada entidade e agentes públicos envolvidos no processo.

A proposta de elaboração da Política e do Plano Municipal de Saneamento Básico, objeto

deste termo de referência vem proporcionar uma perspectiva de retomada, por parte da

administração municipal, da sua condição de principal agente responsável pelo saneamento

básico em seu território.

Cabe ressaltar que os sistemas de saneamento básico de Vitória/ ES são compartilhados

regionalmente, com os demais municípios que formam juntamente com Vitória a região

metropolitana de Vitória. Neste cenário, os serviços apresentam atualmente o seguinte arranjo:

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Prefeitura Municipal de Vitória

Os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário desses municípios são

operados pela CESAN.

O principal sistema de abastecimento de água operado pela CESAN nesta região,

denominado Sistema Integrado da Grande Vitória/ ES, atende além de Vitória/ ES, os

demais municípios com os mananciais do Rio Santa Maria da Vitória e Rio Jucu.

O sistema de esgotamento do município de Vitória/ ES é compartilhado pela CESAN e pela

PMV.

Após esta breve descrição, são elementos essenciais no desenvolvimento deste tópico:

Elementos Essenciais:

a) levantamento e avaliação da capacidade econômico-financeira do Município de Vitória/ ES

frente às necessidades de investimento e sustentabilidade econômica dos serviços de

saneamento básico (água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos);

b) análise geral da sustentabilidade econômica da concessionária de água e esgoto CESAN e

prestação dos serviços de saneamento básico (água e esgoto), envolvendo a política e sistema

de cobrança, dotações do orçamento geral do município, fontes de subvenção, financiamentos,

capacidade econômico-financeira frente a necessidade de investimentos dos serviços e outras.

Descrição do sistema financeiro, incluindo: política tarifária e estruturas tarifárias vigentes;

séries históricas dos 3 (três) últimos anos de: receitas operacionais diretas (taxas e/ou

tarifárias) e indiretas (venda de serviços, multas, etc.); receitas não operacionais (aplicações

financeiras, venda de ativos, etc.); despesas de exploração (pessoal, energia elétrica, produtos

químicos, materiais, serviços de terceiros, serviços gerais e fiscais); serviço da dívida

(amortizações, despesas financeiras com respectivos financiadores, etc.); orçamento anual de

custos e investimentos (em R$).

c) avaliação da capacidade de endividamento e a disponibilidade de linhas de financiamento

que contemplem o município e seus projetos e ações;

d) análise da necessidade de destinação de recursos orçamentários, do prestador e/ou do

município, para viabilizar a adequada prestação e manutenção dos serviços, conforme o Plano.

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NOTAS:

No cálculo dos custos locais de municípios vinculados a Companhias Estaduais de

Saneamento, os custos contabilizados de forma centralizada deverão ser desagregados

proporcionalmente ao número de ligações.

No caso do município de Vitória, onde não existe instrumento legal adequado (lei outorgando a

concessão ou contrato), descrever quais providências estão sendo tomadas para a solução.

5.2.1.2.4 - Situação dos Serviços de Abastecimento de Água Potável

A CESAN, empresa do Governo do Estado é a empresa responsável pela prestação dos

serviços de abastecimento de água em todo o município. A cidade é abastecida por dois

grandes mananciais:

As duas bacias hidrográficas presentes na Região Metropolitana da Grande Vitória, que

também são as mais importantes: as do Rio Jucu e de Santa Maria da Vitória, são as principais

responsáveis pelo abastecimento de água da região. Entre os maiores problemas encontrados

nesses rios, atualmente, estão o assoreamento, a poluição e o processo de ocupação

desordenada, com aterros de alguns de seus contribuintes e lançamentos de efluentes “in

natura”.

O percentual de população do Município atendida pela CESAN aproxima-se de 100%.

O princípio da universalização do atendimento em quantidade e qualidade adequadas aponta,

portanto, para uma grande responsabilidade do Poder Público, no sentido da eliminação do

déficit existente. Observa-se que Vitória/ ES guarda forte dependência de fontes de água

externas ao seu território, uma vez que o manancial que abastece o município está localizado

nos Municípios de Vila Velha (rio Jucu), Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina, Cariacica,

Serra e fazem parte da Bacia do Rio Santa Maria da Vitória.

As águas do rio Santa Maria da Vitória são utilizadas para abastecimento, geração de energia

elétrica e principalmente irrigação. Enquanto seus afluentes cortam várias comunidades com

atividades econômicas voltadas para a agricultura, seu leito principal recebe os efluentes

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domésticos das cidades de Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina. Em seu médio curso, o

rio sofre dois barramentos, Rio Bonito e Suíça, responsáveis, respectivamente, pela produção

de 10 e 30 MW de energia elétrica.

Em seu curso final, tem parte de suas águas captadas para o abastecimento de cerca de 30%

da população da Grande Vitória.

Para os serviços de saneamento básico, o diagnóstico deverá, dentre outras considerações,

abranger a área urbana do município de Vitória/ ES, identificar os núcleos carentes ou

excluídos dos serviços e a caracterização dos aspectos sócio-econômicos relacionados ao

acesso aos serviços.

Para os Serviços de Abastecimento de Água Potável, o diagnóstico deverá contemplar as

seguintes informações:

Elementos Essenciais:

a) caracterização da cobertura e qualidade dos serviços, com a identificação das populações

não atendidas e sujeitas à falta de água; regularidade e freqüência do fornecimento de água,

com identificação de áreas críticas; consumo per capita de água; qualidade da água tratada e

distribuída à população;

b) caracterização da prestação dos serviços por meio de indicadores técnicos, operacionais e

financeiros, relativos a: consumo, receitas, índice de perdas, custos, despesas, tarifas, número

de ligações, inadimplência de usuários, eficiência comercial e operacional, uso de energia

elétrica e outros (referência: SNIS).

c) análise crítica do plano diretor de abastecimento de água, caso exista, quanto à sua

implantação, atualidade e pertinência frente às demandas futuras;

d) visão geral dos sistemas infra-estrutura, tecnologia e operação de abastecimento de água:

captação, adução, tratamento, reservação, estações de bombeamento, rede de distribuição e

ligações prediais. Incluindo dados sobre: Captação – localização, tipo, vazão, níveis de

operação, diâmetro e profundidade (em caso de poços), materiais e equipamentos utilizados,

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Prefeitura Municipal de Vitória

estado de conservação e condições operacionais; Estações elevatórias – localização, tipo,

número de bombas, potência, vazão, altura manométrica, equipamentos e dispositivos

utilizados, estado de conservação e condições operacionais; Adução – localização e

caminhamento, tipo, vazão, extensão, diâmetro, material, classe de pressão, derivações e

injetamentos existentes, acessórios e dispositivos utilizados, estado de conservação e

condições operacionais; Tratamento – localização, tipo, vazão, dimensões, materiais,

equipamentos e dispositivos utilizados, estado de conservação e condições operacionais;

Reservação – localização, finalidade, tipo, capacidade, material, fuste, níveis de operação,

acessórios e equipamentos utilizados, estado de conservação e condições operacionais; Rede

de distribuição – áreas atendidas, extensões, diâmetros, materiais, acessórios e dispositivos

utilizados, zonas de pressão, estado de conservação e condições operacionais; Ligações

prediais – número de ligações e de economias (por classes de consumo), número de

hidrômetros, percentual de atendimento, percentual de hidrometração. Avaliação da

capacidade de atendimento frente à demanda e ao estado das estruturas. Recomenda-se o

uso de textos, mapas, esquemas, fluxogramas, fotografias e planilhas;

e) avaliação da disponibilidade de água dos mananciais e da oferta à população pelos sistemas

existentes versus o consumo e a demanda atual e futura, preferencialmente, por unidade de

estudo e planejamento do Plano (micro bacias de drenagem);

f) levantamento e avaliação das condições dos atuais e potenciais mananciais de

abastecimento de água quanto aos aspectos de proteção da bacia de contribuição (tipos de

uso do solo, fontes de poluição, estado da cobertura vegetal, qualidade da água, ocupações

por assentamentos humanos, outros.). Caso não existam dados atuais relativos à qualidade da

água disponibilizada no abastecimento público, deverão ser feitas análises de acordo com as

recomendações da Portaria no. 518/2004, do Ministério da Saúde, ou outro normativo que

venha a substituí-la;

g) avaliação dos sistemas de controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano

e de informação aos consumidores e usuários dos serviços.

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Elementos Complementares:

a) Identificação, quantificação e avaliação de soluções alternativas de abastecimento de água,

individuais ou coletivas, utilizadas pela população e outros usos nas áreas urbanas (industrial,

comercial, pública, etc.).

5.2.1.2.5 - Situação dos Serviços de Esgotamento Sanitário

Os serviços de esgotamento sanitário no município de Vitória são realizados pela CESAN e

pela PMV.

Os sistemas de tratamento de esgotos de toda a região continental e insular de Vitória/ ES

estão localizado no próprio município.

A região continental do município tem aproximadamente 90% de coleta e tratamento de esgoto

na Estação de Tratamento (ETE) de Jardim Camburi. Esta ETE trata também parte do esgoto

do Município de Serra, que tem cotas de terreno superior às cotas do Município de Vitória.

Já a região insular tem apenas 44% de coleta e tratamento de esgoto. Nesta região parte deste

esgoto é coletado e tratado pela prefeitura municipal de Vitória.

O sistema de esgotamento sanitário operado pela PMV é composto por três estações de

tratamento e quatorze estações elevatórias de esgoto. As áreas onde a PMV opera o sistema

de esgotamento sanitário (Tabela 1) em sua grande maioria são áreas não formais, onde o

poder aquisitivo da população é baixo.

Tabela 1: Sistemas de esgotamento sanitário operados pela PMV

UNIDADES OPERADAS PELA PMV

ITEM SISTEMA DE OPERAÇÃO / NOME DA UNIDADE OPERACIONAL LOCALIZAÇÃO

SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO DE VITÓRIA/ ES

01 Estação Elevatória de Esgoto Bruto de Jesus de Nazareth 1 - EEEB JN 1

Próximo a Praça do Tota (Escadaria Clemente Veiga da Costa) – Bairro Jesus de Nazareth

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UNIDADES OPERADAS PELA PMV

ITEM SISTEMA DE OPERAÇÃO / NOME DA UNIDADE OPERACIONAL LOCALIZAÇÃO

02 Estação Elevatória de Esgoto Bruto de Jesus de Nazareth 2 - EEEB JN 2

Próximo ao Bar do Bigode (Escadaria Clemente Veiga da Costa) – Bairro Jesus de Nazareth

03 Estação Elevatória de Esgoto Bruto de Joana D’ Arc,– EEEB JD

Orla do Canal de Vitória; Rua Paulo Delazari, ao lado do n° 135 – Bairro Joana D´Arc

04 Estação Elevatória de Esgoto Bruto de Andorinha – EEEB A

Orla do Canal de Vitória na área denominada Mangue Seco, em frente ao campo de bocha – Bairro Andorinhas

05Estação Elevatória de Esgoto Bruto de

Santa Marta (Mangue Seco) – EEEB SM

Rua Emílio Ferreira da Silva. Esta rua fica em frente a Casa do Cidadão de Vitória e próximo ao Campo do Caxias – Bairro Santa Marta

06 Estação Elevatória de Esgoto Bruto de Curva da Jurema – EEEB CJ

Entre os módulos Amaromar e Dois Irmãos (Quiosques 6 e 7) próximo ao Shopping Vitória – Curva da Jurema

07 Estação Elevatória de Esgoto Bruto do Bairro Santo Antônio 1 – EEEB SA 1

Av Beira Mar, em praça, próximo a casa n° 1000 de um conjunto residencial e da Igreja El Shaday ou Rua Horácio Dias dos Santos, próximo a Alameda Carmem Rosa da Fonseca – Bairro Santo Antônio

08 Estação Elevatória de Esgoto Bruto do Bairro Santo Antônio 2 – EEEB SA 2

Av. Beira Mar, em praça e próximo a boteco sem identificação ou Rua Horácio Dias dos Santos, próximo a Rua Bernardo Marciano Fonseca – Bairro Santo Antônio

09 Estação Elevatória de Esgoto Bruto do Bairro Santo Antônio 3 – EEEB SA 3

Rua da orla de Inhanguetá, em frente ao n° 12 ou Rua José Rufino de Morais (Dentro da área da ETE) no local da antiga Fábrica de gelo – Bairro Inhanguetá

10 Estação de Tratamento de Esgoto Bruto do Bairro Santo Antônio – ETE SA

Rua da orla de Inhanguetá, em frente ao n° 12 ou Rua José Rufino de Morais (Dentro da área da ETE) no local da antiga Fábrica de gelo – Bairro Inhanguetá

11 Estação Elevatória de Esgoto Bruto do Bairro Resistência 1 – EEEB RE 1

Rua São Sebastião, atrás do Cento de Zoonoses - Bairro Resistência

12 Estação Elevatória de Esgoto Bruto do Bairro Resistência 2 – EEEB RE 2

Rua Nossa Senhora da Conceição - Bairro Resistência

13 Estação de Tratamento de Esgoto do Bairro Resistência - ETE RE

Rua São Sebastião, atrás do Cento de Zoonoses - Bairro Resistência

14 Estação Elevatória de Esgoto Bruto do Bairro Grande Vitória 1 - EEEB GV 1

Rua Itabira esquina Rua Querubins, Bairro Grande Vitória

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UNIDADES OPERADAS PELA PMV

ITEM SISTEMA DE OPERAÇÃO / NOME DA UNIDADE OPERACIONAL LOCALIZAÇÃO

15 Estação Elevatória de Esgoto Bruto do Bairro Grande Vitória 2 - EEEB GV 2

Rua do Canal esquina com Rua Oito de Junho - Bairro Grande Vitória

16Estação Elevatória de Esgoto Bruto do

Bairro Grande Vitória/Estrelinha 3 - EEEB GV 3

Rua da Galeria esquina com Rua Mário Teixeira do Nascimento - Bairro Estrelinha

17 Estação de Tratamento de Esgoto do Bairro Grande Vitória - ETE GV

Entre as Ruas Itabira, Rua Tainha e Rua Oito de Julho - Bairro Estrelinha, próximo ao Canal de Vitória e a vegetação de mangue. Fica na divisa com bairro Grande Vitória

A CESAN vem implantando no município, com parceria com a PMV, o projeto Águas Limpas,

que pretende coletar e tratar todo o esgoto do município.

O diagnóstico do esgotamento sanitário deverá abranger as áreas urbanas e a identificação

dos núcleos carentes ou excluídos de esgotamento sanitário e a caracterização dos aspectos

sócio-econômicos relacionados ao acesso aos serviços. Deverão ser contemplados os

seguintes conteúdos:

Elementos Essenciais:

a) caracterização da cobertura e a identificação das populações não atendidas ou sujeitas à

deficiências no atendimento pelo sistema público de esgotamento sanitário, contemplando

também o tratamento;

b) caracterização da prestação dos serviços por meio de indicadores técnicos, operacionais e

financeiros, relativos a: receitas, custos, despesas, tarifas, número de ligações, inadimplência

de usuários, eficiência comercial e operacional, uso de energia elétrica e outros (referência:

SNIS;

c) análise crítica do plano diretor de esgotamento sanitário, caso exista, quanto à implantação,

atualidade e pertinências frente às demandas futuras;

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Prefeitura Municipal de Vitória

d) visão geral dos sistemas (infra-estruturas, tecnologia e operação) de esgotamento sanitário

quanto à capacidade instalada frente à demanda e ao estado das estruturas implantadas, a

partir do uso de textos, mapas, esquemas, fluxogramas, fotografias e planilhas, com a

apresentação da visão geral dos sistemas. Para os sistemas coletivos a avaliação deve

envolver as ligações de esgoto, as redes coletoras, os interceptores, as estações elevatórias,

as estações de tratamento, os emissários e a disposição final; Incluindo dados sobre: Ligações

prediais – número de ligações e de economias (por classes de contribuição), percentual de

atendimento; Rede coletora – áreas e bacias atendidas, extensões, diâmetros, materiais,

acessórios e dispositivos utilizados, estado de conservação, condições operacionais e pontos

de deficiência; coletores-tronco e interceptores – localização e caminhamento, finalidade,

vazão, extensão, diâmetro, material, estado de conservação e condições operacionais;

Estações elevatórias – localização, tipo, número de bombas, potência, vazão, altura

manométrica, equipamentos e dispositivos utilizados, estado de conservação e condições

operacionais; Linhas de recalque e emissários – localização e caminhamento, finalidade,

vazão, extensão, diâmetro, material, acessórios e dispositivos utilizados, estado de

conservação e condições operacionais; Tratamento – localização, tipo, número de unidades ou

módulos, vazão, dimensões, materiais, equipamentos e dispositivos utilizados, estado de

conservação, condições operacionais, características do afluente e do efluente, disposição final

dos resíduos sólidos das estações de tratamento; Corpos receptores – denominação,

localização do despejo, regime (perenizado ou intermitente), classificação, capacidade de

depuração, características sanitárias e ambientais da bacia hidrográfica, qualidade da água,

problemas e fragilidades;

e) diagnóstico dos corpos receptores com risco potencial de poluição/contaminação, e dos

corpos já contaminados, por esgotos e as alterações ambientais decorrentes;

f) avaliação da situação atual e estimativa futura da geração de esgoto versus capacidade de

atendimento pelos sistemas de esgotamento sanitário disponíveis, sistema público e soluções

individuais e/ou coletivas, contemplando o tratamento;

g) análise dos processos e resultados do sistema de monitoramento da quantidade e qualidade

dos efluentes, quando existente tal sistema;

h) dados da avaliação das condições dos corpos receptores, quando existentes;

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Prefeitura Municipal de Vitória

Elementos Complementares:

a) indicação de áreas de risco de contaminação, e de áreas já contaminadas por esgotos no

município quando mapeadas e avaliadas;

b) identificação, quantificação e avaliação qualitativa de soluções alternativas de esgotamento

sanitário (fossas sépticas, fossa negra, infiltração no solo, lançamento direto em corpos d’água,

etc.), individuais ou coletivas, utilizadas pela população e outros usuários (industrial, comercial,

serviços, atividades públicas, etc.).

5.2.1.2.6 - Situação dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos, de Resíduos da Construção Civil e de Resíduos dos Serviços de Saúde

Por meio da Lei 6.282, de 18 de março de 2005, a Prefeitura de Vitória criou a Secretaria de

Serviços (SEMSE), para atender às necessidades do Município em reorganizar e desenvolver

novos programas de limpeza pública, tendo também como sua responsabilidade a

administração dos contratos que o Município tem com as empresas que atuam nesses

segmentos.

É competência, portanto, da SEMSE as atividades de planejamento, regulação, fiscalização

relativas aos serviços de manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana. As execuções de todos

os serviços ficam a cargo de duas empresas particulares, terceirizadas, contratadas por meio

de licitação. O valor desse contrato representa uma grande porcentagem do orçamento anual

da Secretaria de Serviços.

A SEMSE administra também a Unidade de Recepção e Destinação de Resíduos onde

funciona a Unidade de Transbordo. Com o Decreto n.º 15.066, de 18/06/2011 que altera a

forma de organização e regulamenta o funcionamento das unidades administrativas da

Secretaria de Serviços a manutenção das áreas verdes, incluindo a poda, passaram a estar

sob sua responsabilidade. O serviço também é terceirizado, por meio de um contrato

específico.

A prestação dos serviços no Município de Vitória: abrange coleta manual e semi-automatizada

de resíduos sólidos domiciliares, residenciais e comerciais; coleta de resíduos especiais; coleta

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Prefeitura Municipal de Vitória

dos resíduos de serviços de saúde; coleta seletiva; operação de sistema de transbordo; coleta

manual em áreas não trafegáveis por veículos coletores; disposição final dos resíduos em

aterro sanitário; varrição manual e mecanizada; serviços complementares em vias e

logradouros públicos e locação de veículos e equipamentos.

O Município de Vitória, apesar de contar com um Plano Diretor de Resíduos Sólidos, elaborado

na década de 1990, este não foi implementado na íntegra, não foi atualizado desde então, e

não se constitui em um documento de referência para gerenciamento do setor.

Atualmente, a municipalidade tem em vista a elaboração de um Plano de Gerenciamento de

Resíduos em atendimento às diretrizes da Política Nacional de Resíduos, amparada na Lei

Federal n° 12.305/2010, e na Lei Estadual n° 9.264/2009.

Atualmente a SEMMAM coordena um grupo de trabalho multisetorial envolvendo as secretarias

municipais SEMSE, SETGER, SEDEC, SEMAS e SEMUS, para otimização da coleta

diferenciada do material pós-consumo.

O diagnóstico deverá estar em consonância com a Lei Federal n° 12.305/2010, que Instituiu a

Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Desta forma são elementos essenciais à elaboração do diagnóstico:

Elementos Essenciais:a) diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território, conforme prevê a Lei 12.305/2010 contendo: a origem, periculosidade, o volume, a caracterização dos resíduos com base em dados existentes e as formas de destinação e disposição final ado-tadas, abrangendo todas as tipologias presentes no território municipal, especialmente as seguintes: Resíduos Sólidos Urbanos – RSU; Resíduos de Saneamento; Resíduos industriais; Resíduos de serviços de saúde – RSS; Resíduos da construção civil – RCC; Resíduos de serviços de transportes; Resíduos pneumáticos, Resíduos eletroeletrônicos, Resíduos de pilhas e baterias; Resíduos de lâmpadas fluorescentes; Resíduos de óleo de cozinha, Resíduos da Comercialização de Côco Verde, e Resíduos Volumosos;

b) Identificação do modelo de gestão existente com a análise da situação da gestão do serviço

com base em indicadores técnicos, operacionais e financeiros (a partir de indicadores do

SNIS);

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Prefeitura Municipal de Vitória

c) descrição e análise da situação dos serviços de Manejo de Resíduos (infra-estruturas,

tecnologia e operação) de acondicionamento, coleta, transporte, transbordo, tratamento e

disposição final dos resíduos sólidos do município. Elaborar um balanço de massa dos

resíduos. População atendida pelos serviços, tipo, regularidade, qualidade e freqüência dos

serviços. Incluir na descrição e análise fluxogramas, desenhos, fotografias e planilhas que

permitam um perfeito entendimento dos sistemas em operação;

d) identificação e localização de áreas e população não atendidas pelo sistema público de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (condições atuais e futuras), principalmente

quanto ao tipo, regularidade, qualidade e freqüência dos serviços;

e) identificação da cobertura da coleta porta a porta, ou outra com outra alternativa de coleta

seletiva de lixo seco ou úmido, bem como das áreas de varrição, identificando a população

atendida;

f) análise dos serviços públicos de limpeza urbana e serviços especiais (feiras, mercados,

espaços públicos, praias, outros). Incluir desenhos, fluxogramas, fotografias e planilhas que

permitam o perfeito entendimento dos sistemas;

g) identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos, incluindo áreas

contaminadas por depósitos de lixo irregulares e respectivas medidas saneadoras, em curso ou

projetadas;

h) elaborar prognósticos e projeções de produção de resíduos para curto e médio prazo,

considerando a capacidade atual de gestão e operação dos serviços;

i) identificação das coletas seletivas formais e informais na RMGV. Considerar a existência de

cooperativas e/ou associações no município de Vitória, quantificando-as e qualificando-as,

inclusive quanto à viabilidade social e financeira;

j) inventário/análise da situação dos catadores (carrinheiros), que atuam nas ruas, identificando

quantitativo de catadores informais, áreas e rotas de catação, horários, receptadores, bem

como seu potencial de organização;

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Prefeitura Municipal de Vitória

k) identificação e informação sobre áreas de risco de poluição/contaminação, e de áreas já

contaminadas, por resíduos sólidos e as alterações ambientais causadas por depósitos de lixo

urbano, inclusive dos chamados pontos de deposição irregular em diversos locais da cidade;

l) indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza

urbana e de manejo de resíduos sólidos;

m) Identificar as quantidades geradas de rejeitos que chegam aos locais de disposição final,

bem como modelo de gestão e as tecnologias empregadas nesta etapa do processo;

n) Formas utilizadas para a destinação e/ou disposição final dos rejeitos, considerando

operação atual dos sítios, vida útil, projetos a curto e médio prazo, estudos realizados ou em

andamento, impactos ambientais e situação perante a legislação vigente;

o) Identificaçao das quantidades geradas de cada tipo de resíduo e sua destinação, inclusive

modelo de gestão e tecnologia empregada no reaproveitamento, incluindo Inventário da

Atividades existentes de reutilização, reaproveitamento e reciclagem levando em conta as

quantidades, tipos de materiais, benefícios socioeconômicos, mercado existente, canais de

comercialização, distribuição, logística de transporte e armazenagem, grupos sociais

envolvidos, problemas organizacionais, urbanísticos, infra-estruturais, logísticos, de

regularidade ambiental, de vulnerabilidade social, de fragilidade nas relações comerciais e

demais informações relevantes; e

p) Levantamento das práticas atuais e dos problemas existentes associados à infraestrutura

dos sistemas de limpeza urbana;

q) Organograma do prestador de serviço, incluindo administração direta e terceirizada;

r) Descrição do corpo funcional (números de servidores por cargo) e identificação de possíveis

necessidades de capacitação, remanejamento, realocação, redução ou ampliação da mão-de-

obra utilizada nos serviços;

s) Receitas operacionais e despesas de custeio e investimento;

t) Relatório analítico de indicadores operacionais, econômico-financeiros, administrativos e de

qualidade dos serviços prestados;

u) Identificação e avaliação dos programas de educação ambiental, em saúde e em

comunicação e mobilização social;

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v) Identificação da existência de programas especiais (reciclagem de resíduos da construção

civil, coleta seletiva, compostagem, cooperativas e/ou associações de catadores e outros).

x) Levantamento dos aspectos sociais relativos à inclusão social no manejo de resíduos

sólidos, conforme prevê a Lei n°. 12.305/2010 e Decreto n°. 7.404/2010.

y) descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e

na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33 da Lei 12.305/10, e de outras ações

relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, bem como os

resultados dos acordos setoriais e suas regras de transição;

z) análise crítica do Plano Diretor de Resíduos Sólidos da RMGV, elaborado em 2009, bem

como de sua revisão à luz da Lei 12.305/10, quanto à sua implantação, atualidade e

pertinência, frente às demandas futuras.

Elementos Complementares:

a) identificar os critérios adotados na elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos

de Serviços de Saúde elaborados pelos geradores dos resíduos e sua consonância com a

legislação vigente em todas as esferas;

b) identificação das condições da gestão dos resíduos da construção civil, contemplando

propostas para a reutilização, reciclagem, beneficiamento e disposição final dos resíduos da

construção civil (Resolução CONAMA 307/2002).

5.2.1.2.7 - Situação dos Serviços de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

O município de Vitória/ ES vem implementando ações estruturais priorizadas no Plano Diretor

de Drenagem Urbana (PDDU) finalizado em 2009.

O PDDU é um plano recente, mas que demandará da contratada a atualização deste, tendo em

vista o tempo decorrido.

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O presente PDDU compõe um conjunto de ações que a municipalidade vem colocando em

prática na busca de soluções integradas para a infra-estrutura urbana da capital do Estado, e

traz − como conceito subjacente fundamental − a obrigatoriedade de uma visão ampla e

interdisciplinar das questões envolvidas, que ultrapasse o foco restrito da engenharia.

Quanto ao sistema de drenagem, o município de Vitória foi dividido, a partir das características

topográficas e do cadastro do sistema de drenagem, em 98 bacias. Nesse contexto, foram

estudadas em nível de prognóstico com e sem intervenções 36 bacias de drenagem com

conflitos relacionados ao sistema de drenagem, para as quais foram propostas medidas

estruturais.

A partir do diagnóstico hidráulico e hidrológico do sistema de drenagem e do detalhamento das

medidas estruturais selecionadas foram elaboradas planilhas orçamentárias para a estimativa

de custos de cada intervenção proposta.

Para gerenciamento da rede drenagem foi desenvolvido um software (Software de

Gerenciamento de Drenagem) levando em conta o SIG atualmente utilizado pela PMV. Tal SIG

permite também programar limpeza da rede, cadastrar novas informações e orientar a

execução de obras em determinadas vias.

Para identificar os pontos críticos de inundação que no município e para subsidiar o

planejamento de ações educativas foi realizada uma pesquisa de opinião pública. Na pesquisa

foram realizados dois tipos de entrevistas: pesquisa qualitativa de profundidade com técnicos e

engenheiros da PMV e com as lideranças comunitárias; e pesquisa quantitativa com os

moradores das áreas alagáveis.

Os principais resultados da pesquisa qualitativa com os técnicos e engenheiros da PMV e com

as lideranças comunitárias foram a atualização do mapa das áreas alagáveis do município e a

percepção dos entrevistados a respeito dos problemas que causam esses alagamentos.

A partir do mapa das áreas inundáveis do município foi realizada a pesquisa quantitativa, do

tipo survey, por amostragem aleatória com o objetivo de conhecer a opinião de moradores e

trabalhadores das áreas alagáveis. Foram realizadas 3.608 entrevistas, sendo abordados os

seguintes tópicos: perfil do entrevistado; conhecimento do sistema de drenagem; avaliação

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quanto à eficiência e conservação do sistema; identificação de áreas / pontos críticos de

alagamentos; danos causados: impossibilidade de ir e vir; danos causados: perda de bens;

danos causados: doenças; e identificação dos fatores responsáveis pelo problema de

alagamento.

O estudo das precipitações médias mensais e dos totais anuais da estação de Ilha de Santa

Maria em Vitória demonstrou que o período de chuvas no município vai de outubro a março,

sendo que o mês de fevereiro, apesar de estar no período de chuvas, apresenta média mensal

próxima às médias mensais dos meses do período seco (abril a setembro). A precipitação

anual média do posto pluviométrico de Vitória, período de 1924 a 2006, é de 1.291,2 mm com

desvio padrão de 297,9 mm. O estudo de freqüências dos totais anuais demonstrou que os

valores mais freqüentes estão compreendidos no intervalo de 1.200 a 1.400 mm.

Além disso, foram desenvolvidos estudos de erosão e assoreamento, qualidade das águas

pluviais e marés. Os principais resultados foram a elaboração de mapas de susceptibilidade

natural e potencial de erosão e assoreamento das bacias, coleta e análise da qualidade das

águas pluviais em duas campanhas (tempo seco e tempo chuvoso) em 20 pontos distribuídos

pelo município e a curva de permanência de marés.

O diagnóstico do sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas pretende não

somente caracterizar a situação da atual infra-estrutura de drenagem e o sistema de

planejamento e gestão existente, como também produzir informações e análise sobre os

impactos da urbanização sobre o sistema de drenagem do município. (impermeabilização

demandando aumento do volume e da velocidade de escoamento das águas, erosão, eventos

de enchentes, lançamento clandestino de esgotos e lixo, áreas de risco, produção de

sedimentos, etc.).

A atualização do PDDU deverá estar em harmonia com o Plano Diretor Urbano e o Plano de

Recursos Hídricos e de Bacias Hidrográficas. A contratada deverá atualizar o PDDU

considerando o crescimento da cidade, a legislação e normas vigor, as medidas estruturais já

realizadas, além de reavaliar as medidas estruturais e não estruturais ainda não executadas e

sua prioridade. O PDDU deverá ser atualizado, considerando os diversos aspectos pertinentes

a seguir:

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a) análise crítica do PDDU, quanto à implantação de medidas estruturais e não estruturais,

atualidade e demandas futuras;

b) situação atual da infra-estrutura e análise crítica dos sistemas de drenagem e manejo das

águas pluviais e das técnicas e tecnologias adotadas quanto à sua cobertura, capacidade de

transporte, manutenção e estado das estruturas e pertinência face a novos pressupostos

quanto ao manejo das águas pluviais;

c) atualização de áreas e população não atendidas pelo serviço, incluindo ações estruturais e

não estruturais, com análise do sistema de drenagem existente quanto à sua cobertura,

capacidade de transporte, manutenção e estado das estruturas;

d) situação atual do sistema natural de drenagem no município, com a identificação das

deficiências no sistema natural de drenagem, a partir de estudos hidrológicos;

e) situação atual das redes de drenagem considerando as interferências por ligações

clandestinas de esgotamento sanitário;

f) estudo das características morfológicas e determinação de índices físicos (hidrografia,

pluviometria, topografia e outros) para as bacias e micro-bacias em especial das áreas urbanas

g) caracterização, indicação e atualização cartográfica quanto as áreas de risco de enchentes,

inundações, escorregamentos, em especial para as áreas urbanas e, quando possível,

destacando: hidrografia, pluviometria, topografia, características do solo, uso atual das terras,

índices de impermeabilização e cobertura vegetal (descrever e representar cartograficamente);

h) elaboração de cartas de zoneamento de riscos de enchentes para diferentes períodos de

retorno de chuvas;

i) atualização e análise de indicadores epidemiológicos de agravos à saúde cuja incidência

pode ser determinada por deficiência nos sistemas de manejo de águas pluviais;

j) análise dos processos erosivos e sedimentológicos e sua influência na degradação das

bacias e riscos de enchentes, inundações e deslizamentos de terra;

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l) Identificação do modelo de gestão existente com a análise crítica da situação atual da gestão

dos serviços, considerando os aspectos administrativos e institucionais, a articulação setorial

para execução das medidas estruturais e não estruturais, os instrumentos de gestão adotados,

as funções e competências quanto ao planejamento e operação. Deverão ser consideradas as

proposições indicadas no PDDU quanto ao Modelo de Organização Institucional e

Regulamentar para Gestão do Sistema de Drenagem Pluvial Municipal.

5.2.1.2.8 - Situação do Desenvolvimento Urbano e Habitação

Identificar e analisar, quando existentes, dados e informações subsidiárias e os objetivos e

ações estruturantes do Plano Diretor Urbano com reflexo nas demandas e necessidades

relativas ao saneamento básico, em particular nos seguintes aspectos:

a) parâmetros de uso e ocupação do solo;

b) definição do perímetro urbano da sede e dos distritos do Município;

c) definição das Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS;

d) identificação da ocupação irregular em Áreas de Preservação Permanente – APP’s;

e) definições de zoneamento como: áreas de aplicação dos instrumentos de parcelamento e

edificação compulsórios e áreas para investimento em habitação de interesse social e por meio

do mercado imobiliário; e

f) identificação da situação fundiária e eixos de desenvolvimento da cidade, bem como de

projetos de parcelamento e/ou urbanização.

No campo da habitação, identificar e analisar, quanto ao reflexo nas demandas e necessidades

em termos do saneamento básico, as seguintes informações do Plano Local de Habitação de

Interesse Social (estudo), desde que já levantadas e formuladas:

a) organização institucional e objetivos do Plano e seus programas e ações;

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b) quadro da oferta habitacional: identificação da oferta de moradias e solo urbanizado,

principalmente quanto à disponibilidade de serviços de saneamento básico; a disponibilidade

do solo urbanizado para a população de baixa renda, especialmente as Zonas Especiais de

Interesse Social - ZEIS;

c) necessidades habitacionais: caracterização da demanda por habitação e investimentos

habitacionais, considerando as características sociais locais, o déficit habitacional quantitativo e

qualitativo, a caracterização de assentamentos precários (favelas e afins) e outras; e

d) análise das projeções do déficit habitacional: identificar e analisar impactos para as

demandas de saneamento básico.

5.2.1.2.9 – Situação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

O diagnóstico deve incluir informações e análise dos dados ambientais e de recursos hídricos e

suas interações com os aspectos sócio-econômicos e epidemiológicos. Recomenda-se incluir:

a) caracterização geral das bacias hidrográficas e/ou micro-bacias de drenagem do município,

incluindo as delimitações territoriais, os aspectos relativos aos aspectos biofísicos, destacando

a geomorfologia, topografia, os tipos e usos do solo, os corpos d'água e o regime hidrológico; a

cobertura vegetal, a situação de preservação e proteção dos cursos naturais e águas

subterrâneas, áreas de recarga e de afloramento de aqüíferos;

b) a identificação de condições de degradação dos corpos receptores por lançamento de

efluentes líquidos e resíduos sólidos. Espacializar e georreferenciar as informações em mapa

adotando escala 1:2000;

c) a situação e perspectivas dos usos e da oferta de água nas bacias hidrográficas e/ou micro-

bacias de drenagem do município, de utilização potencial para suprimento humano,

considerando as demandas presentes e futuras;

d) a avaliação da qualidade ambiental dos ecossistemas naturais e/ou espaços especialmente

protegidos, quanto a qualidade ambiental, considerando diferentes formas de degradação

decorrentes da ausência, precariedade e ineficiência dos serviços de saneamento. Destacando

análise e séries históricas dos parâmetros físicos, químicos e biológicos do sedimento e no

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meio aquático. Espacializar e georreferenciar as informações em mapa adotando escala

1:2000;

e) a identificação das condições de gestão dos recursos hídricos na Bacia Hidrográfica na qual

o município está inserido, nos aspectos de interesse do Saneamento Básico quanto: domínio

das águas superficiais e subterrâneas (União ou Estados); atuação de comitês e agência de

bacia; enquadramento dos corpos d’água; implementação da outorga e cobrança pelo uso;

instrumentos de proteção de mananciais; situação do plano de bacia hidrográfica e seus

programas e ações; e disponibilidade de recursos financeiros para investimentos em

saneamento básico; e

f) Impacto da degradação/contaminação causada pela precariedade / ineficiência dos serviços

de saneamento nas comunidades locais que dependem economicamente dos recursos

ambientais (atividade de pesca e coleta de mariscos, etc.). Avaliar se houve perda de

produtividade, redução de estoques pesqueiros, devido a contaminação ambiental,

considerando inclusive os riscos a saúde.

5.2.1.2.10 – Situação da Saúde

O diagnóstico da situação de saúde da população deverá abordar a perspectiva do

saneamento básico como promoção e prevenção de enfermidades. Para tanto deverão ser

levantadas as seguintes informações:

a) morbidade de doenças relacionadas com a falta de saneamento básico, mais

especificamente, doenças infecciosas e parasitárias (ver Capítulo I do CID-10 - Classificação

Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - Décima Revisão -

Versão 2008, disponível em http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/cid10.htm)

b) existência e análise do Programa Saúde na Família (conforme Documento de Diretrizes da

SNSA/MCIDADES);

c) identificação dos fatores causais das enfermidades e as relações com as deficiências na

prestação dos serviços de saneamento básico, bem como as suas conseqüências para o

desenvolvimento econômico e social;

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d) análise das políticas e planos locais de saúde, quando definidos, e sua relação com o

saneamento básico, incluindo as condições de participação do setor saúde na formulação da

política e da execução das ações de saneamento básico, conforme prevê o inciso IV, do art.

200 da Constituição Federal e a Lei 8080/1990;

5.2.1.2.11 - Relatório do Diagnóstico

O Relatório do Diagnóstico deverá ser sistematizado no mínimo conforme a estrutura abaixo,

contendo ainda glossário e rol de siglas.

Exemplo de sistematização para o diagnóstico:

1 - Introdução 2 - Objetivos 3 - Diretrizes gerais adotadas

4 Metodologia utilizada na realização do Diagnóstico

5 Caracterização do município (localização, população/localidades, características social, econômica e cultural e inserção regional)

6 Caracterização do ambiente

- Topografia, solo, hidrografia e hidrologia local, uso e ocupação do solo (cobertura vegetal, assentamento, atividades, grau de impermeabilização, processos de erosão/assoreamento, riscos de enchentes, alagamentos e escorregamentos, etc.).- Mananciais de suprimento de água- Caracterização dos resíduos sólidos e esgotos sanitários

7 A prestação dos serviços de saneamento básico

- Aspectos legais, políticos, institucionais e de gestão dos serviços- Planejamento- Regulação e fiscalização- Ações inter-setoriais- Participação e controle social- Educação ambiental em projetos e ações de saneamento básico

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8 Situação dos serviços de saneamento básico

- Cobertura da população, tipo de serviço, acesso, qualidade, regularidade e segurança da prestação dos serviços de abastecimento de água potável- Cobertura da população, tipo de serviço, acesso, qualidade, regularidade e segurança da prestação dos serviços de esgotamento sanitário- Cobertura da população, tipo de serviço, acesso, qualidade, regularidade e segurança da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos- Cobertura da população, tipo de serviço, acesso, qualidade, regularidade e segurança da prestação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas- Análise dos sistemas de saneamento básico existentes- Organização, formas e condições da prestação dos serviços de saneamento básico (modelo de prestação dos serviços, prestação direta, prestação delegada por contratos de concessão ou de programa e indicadores técnicos, operacionais e financeiros)- Impactos na saúde, na cidadania e nos recursos naturais (com enfoque para a poluição dos recursos hídricos)

5.2.2 - Prognósticos e Alternativas para a Universalização dos Serviços de Saneamento Básico. Objetivos e Metas - PRODUTO 3

Esta etapa envolve a formulação de estratégias para alcançar os objetivos, diretrizes e metas

definidas para o PMSB, incluindo a organização ou adequação da estrutura municipal para o

planejamento, a prestação de serviço, a regulação, a fiscalização e o controle social, ou ainda,

a assistência técnica e, quando for o caso, a promoção da gestão associada, via convênio de

cooperação ou consórcio intermunicipal, para o desempenho de uma ou mais destas funções.

Esta etapa requer o desenvolvimento e a formulação de estratégias para alcançar os objetivos,

diretrizes e metas definidas para o PMSB num horizonte de 20 anos.

Esta fase deverá contemplar, no mínimo:

a) formular mecanismos de articulação e integração das políticas públicas, programas e

projetos de saneamento básico com as de outros setores co-relacionados (saúde, habitação,

meio ambiente, recursos hídricos, educação) visando a eficácia, a eficiência e a efetividade das

ações preconizadas;

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b) análise e seleção das alternativas de intervenção visando à melhoria das condições

sanitárias em que vivem as populações urbanas e rurais. Tais alternativas terão por base as

carências atuais dos serviços de saneamento básico, que devem ser projetadas utilizando-se,

por exemplo, a metodologia de cenários alternativos de evolução gradativa do atendimento –

quantitativo e qualitativo – conforme diferentes combinações de medidas efetivas e/ou

mitigadoras que possam ser previstas no PMSB para o horizonte de 20 anos. As diretrizes,

alternativas, objetivos e metas, programas e ações do Plano devem contemplar definições com

o detalhamento adequado e suficiente para que seja possível formular os projetos técnicos e

operacionais para a sua implementação;

c) dimensionamento dos recursos necessários aos investimentos e avaliação da viabilidade e

das alternativas para a sustentação econômica da gestão e da prestação dos serviços

conforme os objetivos do Plano. (Deve ser considerada a capacidade econômico-financeira do

município e dos prestadores de serviço, bem como as condições sócio-econômicas da

população). As propostas de investimentos e ações deverão ter seus custos estimados

segundo os parâmetros usuais do setor. Recomenda-se o uso dos indicadores do SNIS

(SINISA) e outros relativos à prestação dos serviços e outras fontes. Considerar as projeções

de receitas, segundo cenários baseado nas tarifas atuais e seus reajustes, nas projeções

populacionais e na ampliação dos serviços;

d) formulação de modelos e estratégias de financiamento dos subsídios necessários à

universalização, inclusive quanto aos serviços que não serão cobertos por taxas ou tarifas;

e) análise das alternativas de gestão dos serviços (exame das alternativas institucionais para o

exercício das atividades de planejamento, prestação de serviços, regulação, fiscalização e

controle social, definindo órgãos municipais competentes, sua criação ou reformulação do

existente, devendo-se considerar as possibilidades de cooperação regional para suprir

deficiências e ganhar economia de escala);

f) necessidades de serviços públicos de saneamento básico: as projeções das demandas, por

serviço, deverão ser estimadas para o horizonte de 20 anos, considerando a definição de

metas de:

curto prazo: 1 a 4 anos;

médio prazo: entre 4 e 8 anos;

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longo prazo: entre 8 e 20 anos.

g) quando possível, deve-se construir cenários alternativos de demandas por serviços que

permitam orientar o processo de planejamento do saneamento básico, identificando-se as

soluções que compatibilizem o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental, a

prestação dos serviços e a eqüidade social nos municípios. Objetiva-se assim identificar,

dimensionar, analisar e prever a implementação de alternativas de intervenção, considerando a

incerteza do futuro e visando o atendimento das demandas da sociedade, observando: o

sistema territorial e urbano; os aspectos demográficos e de habitação; as características sócio-

ambientais; as demandas do setor industrial; e as demandas do setor de agrícola;

h) compatibilização das carências de saneamento básico com as ações do PMSB: analisar as

disponibilidades e demandas futuras de serviços públicos de saneamento básico no município,

identificando as alternativas de intervenção e de mitigação dos déficits e deficiências na

prestação dos serviços, podendo-se adotar, para tal finalidade, a metodologia de construção de

cenários alternativos. A partir dos resultados das propostas de intervenção nos diferentes

cenários, deve-se selecionar o conjunto de alternativas que promoverá a compatibilização

quali-quantitativa entre demandas e disponibilidade de serviços. Tal conjunto se caracterizará

como o cenário normativo objeto do PMSB;

i) hierarquização das áreas de intervenção prioritária: as metas, programas, projetos e ações,

sobretudo quando relacionados a investimentos, devem ser consolidadas, naquilo que couber,

a partir de critérios de hierarquização das áreas de intervenção prioritária conforme

metodologia a ser definida a partir de indicadores sociais, ambientais, de saúde e de acesso

aos serviços de saneamento básico;

j) definição de objetivos e metas: devem ser elaborados de forma a serem quantificáveis e a

orientar a definição de metas e proposição dos Programas, Projetos e Ações do Plano nos

quatro componentes do saneamento básico, na gestão e em temas transversais tais como

capacitação, educação ambiental e inclusão social. As Metas do Plano são os resultados

mensuráveis que contribuem para que os objetivos sejam alcançados, devendo ser propostos

de forma gradual e estarem apoiados em indicadores. Os objetivos e metas do PMSB devem

ser compatíveis e estar articulados com os objetivos de universalização do Plano Nacional de

Saneamento Básico;

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k) outros mecanismos complementares:

Procedimentos e mecanismos para a compatibilização com as Políticas e os Planos

Nacional e Estadual de recursos hídricos, quando possível;

Análise da viabilidade social, econômica e ambiental da prestação dos serviços

considerando os cenários, os objetivos, metas, programas, projetos e ações.

Mecanismos para a divulgação do plano no município, assegurando o pleno conhecimento

da população;

Definição dos indicadores de prestação dos serviços de saneamento a serem seguidos

pelos prestadores de serviços;

Determinação dos valores dos indicadores e definição dos padrões e níveis de qualidade e

eficiência a serem seguidos pelos prestadores de serviços; e

Definição dos recursos humanos, materiais, tecnológicos e administrativos necessários à

execução, avaliação, fiscalização e monitoramento do Plano.

Definição de mecanismos que possibilitem o atendimento aos padrões de potabilidade da

água para consumo humano e condições adequadas para outros usos;

Projeção de investimentos, indicando a fonte, para alcançar as metas e viabilizar a

universalização do acesso aos serviços;

Proposta de arranjo alternativo ou readequação do modelo e organização jurídico-

institucional existente, com descrição de todos os órgãos, instrumentos, sistemas,

capacidade institucional para a gestão (planejamento, prestação dos serviços, regulação,

fiscalização e controle social) dos serviços nos quatro componentes.

Visando também o cumprimento a Lei 12.305/2010, que Instituiu a Política Nacional de

Resíduos Sólidos, principalmente no que diz respeito ao Plano Municipal de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos, devem ser providenciados:

a) identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos,

observado o plano diretor de que trata o § 1o do art. 182 da Constituição Federal e o

zoneamento ambiental, se houver;

b) identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas

com outros Municípios, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade dos

locais estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais;

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c) identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de gerenciamento

específico nos termos do art. 20 ou a sistema de logística reversa na forma do art. 33,

observadas as disposições da Lei 12.305/10 e de seu regulamento, bem como as normas

estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS;

d) sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de

manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços, observada a Lei

nº 11.445, de 2007;

e) metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a

reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente

adequada;

f) respectivas medidas saneadoras para os passivos ambientais relacionados aos resíduos

sólidos, incluindo áreas contaminadas, identificadas na etapa anterior.

Deverão ser propostas soluções criativas com a utilização de tecnologias adequadas à

realidade local, a custos compatíveis com a capacidade de pagamento e, suficientes para que

seja adequadamente operada e mantida a infra-estrutura dos serviços de saneamento básico

disponibilizada para a comunidade. Pretende-se que a receita a ser gerada nessas localidades

possa cobrir os custos de operação, manutenção e reposição dos equipamentos.

NOTA:

Estimativa PopulacionalA projeção populacional deverá ser feita com base nos censos demográficos oficiais do IBGE,

cujos valores deverão ser aferidos ou corrigidos utilizando-se: avaliações de projetos e outros

estudos demográficos existentes; evolução do número de habitações cadastradas na

Prefeitura, Companhia de eletricidade, FUNASA, etc.; evolução do número de consumidores de

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energia elétrica; contagem direta de casas (em campo); contagem direta de edificações em

aerofotos ou mapas aerofotogramétricos cadastrais atuais e antigos. Considerar, ainda, a

influência da população flutuante ou temporária quando for significativa. O critério utilizado para

a projeção da população deverá ser justificado. O horizonte dos estudos deverá ser o mesmo

adotado para o Plano.

5.2.3 – Concepção dos Programas, Projetos e Ações. Definição das Ações para Emergência e Contingências - PRODUTO 4

Os programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e metas devem ser

compatíveis com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais

correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento e as formas de acompanhamento e

avaliação e de integração entre si e com outros programa e projetos de setores afins.

A programação das ações do PMSB deverá ser desenvolvida em duas etapas distintas: uma

imediata ao início dos trabalhos, chamada de Programação de Ações Imediatas e a outra

denominada de Programação das Ações resultantes do próprio desenvolvimento do Plano.

Deve também integrar essa Etapa, quando necessário, a programação de investimentos que

contemple ações integradas e ações relativas a cada um dos serviços, com a estimativa de

valores, cronograma das aplicações, fontes de recursos, dentro da perspectiva de

universalização do atendimento, com nível de detalhes diferenciados para cada etapa.

5.2.3.1 - Programação de Ações Imediatas

Este deve ser o instrumento de ligação entre as demandas de serviços e ações existentes na

administração municipal e o PMSB. Todos os projetos e estudos existentes para minimizar os

problemas de saneamento básico do município deverão ser identificados, compilados e

avaliados, segundo a sua pertinência e aderência aos objetivos e princípios do PMSB, já na

etapa de Diagnóstico.

Caracterizada a aderência ao PMSB e realizadas as compatibilizações, se necessárias, deve-

se estabelecer uma hierarquia entre os programas, projetos e ações, priorizando as

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intervenções mais imediatas, conforme a disponibilidade orçamentária, devendo ser

apresentado pelo menos o Projeto Básico de cada ação.

5.2.3.2 - Programação das Ações Resultantes do PMSB

Em termos de conteúdo, o PMSB a ser elaborado deverá conter, no mínimo:

Propor mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos resíduos sólidos, inclusive com avaliação da indicação de fomento para surgimento de empreendimentos de reciclagem de materiais no município, de modo a vencer os desafios de comercialização de alguns materiais.

Estabelecer metas progressivas de coleta seletiva em conformidade com os Planos Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos:

a)metas de não geração, redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequadas; e estabelecimento de meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito municipal e regional, quando couber, da implementação e operacionalização do Plano de Coleta Seletiva, assegurada a participação social.Descrever as formas e os limites legais da participação do Poder Público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no artigo 33 da Lei nº 12.305/2010, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, para todos os casos prevendo-se as regras de transição.

- definir os parâmetros para aplicação da logística reversa e do sistema de responsabilidade compartilhada a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos e dos acordos setoriais;

- estabelecer meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito municipal, da implementação e operacionalização do plano de gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 da Lei 12.305/2010 e dos sistemas de logística reversa previstos no art. 33 da Lei 12.305/2010;

Definir os programas de acompanhamento e controle do Plano, e estabelecer os indicadores que permitam medir os estágios de progresso que devem incluir, dentre outros, os indicadores de gestão e desempenho das entidades encarregadas do plano regional, assim como a clara determinação das instituições responsáveis pelo acompanhamento.

propor programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos; (Resol 422/2010 CONAMA)

a) definição dos programas, projetos e ações com estimativas de custos, baseadas nos

resultados dos estudos "Prognósticos e Alternativas" que dêem solução de continuidade e

conseqüência às ações formuladas;

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b) estabelecimento de objetivos e metas de longo alcance (8 a 20 anos), de médio (4 a 8 anos)

e curto (1 a 4 anos) prazos, de modo a projetar estados progressivos de melhoria de acesso e

qualidade da prestação dos serviços de saneamento básico;

c) hierarquização e priorização dos programas, projetos e ações e seus respectivos

investimentos, compatibilizados com o orçamento e as metas estabelecidas;

d) formulação de mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficácia,

eficiência e efetividade das ações programadas e para a prestação de assistência técnica e

gerencial em saneamento básico ao município, pelos órgãos regionais (se existirem) e

entidades estaduais e federais.

Os Programas, Projetos e Ações devem contemplar as seguintes temáticas:

Promoção do direito à cidade:

Integrando a política de saneamento à política de desenvolvimento urbano e às diretrizes

definidas nos Planos Diretores e nos demais planos municipais, quando existentes. E, em

particular, à política municipal de habitação de interesse social e aos programas de produção

de moradia social, urbanização, regularização fundiária e erradicação de áreas de risco e de

integração de morros e assentamentos precários.

Promoção da saúde e a qualidade de vida:

A definição de metas de salubridade ambiental, visando à promoção da melhoria da qualidade

de vida e a redução de riscos e agravos à saúde, garantindo a universalização, a regularidade

e continuidade dos serviços.

A promoção da integralidade das ações, compreendida como o conjunto de todas as atividades

e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico adequados à saúde

pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado.

Promoção da sustentabilidade ambiental:

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 64 / 111Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

Prefeitura Municipal de Vitória

As ações de saneamento básico devem incorporar de forma indissociável as três dimensões

da sustentabilidade ambiental: a ambiental, a social, e a econômica. O PMSB deve estimular o

uso da energia e dos recursos ambientais, o emprego de tecnologias limpas e de práticas que

considerem as restrições do meio ambiente, assim como a integração de infra-estruturas e

serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos, e a observância de indicadores

sanitários, epidemiológicos, ambientais e apontar as causas e soluções para deficiências

detectadas.

Melhoria do gerenciamento e da prestação dos serviços:

Definição de programas de revitalização da prestação dos serviços e de investimento na infra-

estrutura saneamento básico, que valorizem os aspectos da eficiência, da qualidade e da

sustentabilidade econômica na sua atual organização.

Cabe ressaltar a importância da condicionante legal da Política Federal de Saneamento Básico

(art. 50, da Lei 11.445/07), para acesso a recursos onerosos e não onerosos da União ou sob

sua gestão, que requer a inclusão nos planos de desenvolvimento regionais e de saneamento

básico de um programa permanente destinado a promover o desenvolvimento institucional dos

serviços públicos de saneamento básico, para o alcance de níveis crescentes de

desenvolvimento técnico, gerencial, econômico e financeiro e melhor aproveitamento das

instalações existentes.

Outro aspecto a destacar é que o PMSB a ser elaborado deverá considerar o desenvolvimento,

a organização e a execução de ações, serviços e obras de interesse comum para o

saneamento básico, respeitada a autonomia municipal.

O Plano de Ação deve levar em conta a Lei 9.433/1997, o qual deverá subsidiar a gestão dos

recursos hídricos da bacia hidrográfica onde o município encontrar-se inserido, assegurando

um processo de planejamento participativo.

Visando também o cumprimento a Lei 12.305/2010, que Instituiu a Política Nacional de

Resíduos Sólidos, principalmente no que diz respeito ao Plano Municipal de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos, devem ser providenciados:

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Prefeitura Municipal de Vitória

a) procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos serviços

públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final

ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei nº 11.445, de 2007, bem como a

observação de critérios de sustentabilidade;

b) regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata

o art. 20 da Lei 12.305/10, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do

SNVS e demais disposições pertinentes da legislação federal e estadual;

c) definição das responsabilidades quanto à sua implementação e operacionalização, incluídas

as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos a que se refere o art. 20 (Lei

12.305/10) a cargo do poder público;

d) programas e ações de capacitação técnica voltados para sua implementação e

operacionalização;

e) programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a

reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos;

f) programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das

cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e

recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver;

g) mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização

dos resíduos sólidos; descrição das formas e dos limites da participação do poder público local

na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33 (Lei 12.305/10), e de

outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

h) meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local, da implementação

e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 e

dos sistemas de logística reversa previstos no art. 33(Lei 12.305/10); incluindo a observação

dos resultados dos acordos setoriais em andamento,

i) Formulação de diretrizes, fluxogramas e regras de negócio, escritas com vistas a futura

contratação de Sistema Informatizado de Gestão do Saneamento, em suas quatro áreas: Água,

Esgoto, Drenagem e Resíduos Sólidos;

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i) ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de monitoramento; e

j) Que a Proposta de Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos tenha o seguinte conteúdo mínimo:

I – Definição do Âmbito Territorial Ótimo ao Reaproveitamento de Materiais Pós Consumo -

Levantamento e análise de disponibilidade de áreas e infra-estruturas disponíveis em território

municipal ou na RMGV, potencialmente adequadas para abrigar etapas de gradativa

revalorização de materiais pós consumo gerados no município, por cada tipo ou grupo de

materiais, desde as mais próximas às fontes geradoras que permitam a triagem preliminar e

ganhos logísticos nas etapas subseqüentes de transporte, até aquelas áreas de maiores

proporções necessárias e adequadas para etapas mais avançadas de revalorização, ou

simplesmente para armazenamento pré-comercialização, com vistas a obtenção de maior

escala ou agregação de valor para melhor desempenho do negócio de comercialização dos

materiais recicláveis;

II – Análise e proposição do modelo de gestão mais adequado a cada espaço e a cada

etapa de revalorização identificada como necessária no levantamento referido no item I,

correlacionando-os às interações de melhor desempenho socioeconômico com os grupos

sociais presentes em cada âmbito territorial ótimo, inclusive considerando as características e

possibilidades de relacionamento simbiótico, produtivo e harmônico entre os prestadores de

serviços de limpeza urbana e estes grupos sociais, onde o melhor resultado indique a melhor

relação custo-benefício para a municipalidade, aí contabilizados os benefícios da inclusão

social promovida, enfim que signifique a alternativa de maior sustentabilidade;.

III - Identificar as áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de

rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1º do art. 182 da Constituição Federal e o

zoneamento ambiental, quando houver;

IV - Identificar a possibilidade de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas

com outros Municípios, considerando a economia de escala, a proximidade dos locais

estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais;

V – Identificar e propor estratégias de gestão dos resíduos sólidos e os geradores sujeitos

ao plano de gerenciamento ou ao sistema de logística reversa, conforme os Arts. 20 e 33 da

Lei nº 12.305, de 2010, observadas as disposições do PMGIRS e as normas editadas pelos

órgãos do SISNAMA e do SNVS;

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VI - Estabelecer Procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotadas

nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a coleta

seletiva e as etapas de agregação de valor a recicláveis, os armazenamentos intermediários e

a disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, em consonância com o disposto nas

Leis nº 11.445, de 2007 e nº 12.305, de 2010, e seus respectivos decretos regulamentadores;

VII - Estabelecer Regras para transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos

sólidos de que trata o Art. 20 da Lei nº 12.305, de 2010, observadas as normas editadas pelos

órgãos do SISNAMA e do SNVS, bem como as demais disposições previstas na legislação

federal e estadual;

VIII - Estabelecer critérios de escolha da área para localização do bota-fora, intermediário

ou final, dos resíduos inertes (excedente de terra dos serviços de terraplenagem, entulhos etc.)

gerados, tanto da fase de instalação (implantação de infra-estrutura), como de operação

(construção de imóveis etc);

IX - Estabelecer critérios de escolha para localização de centrais de triagem e reciclagem

de materiais inertes oriundos da construção civil;

X - Definição das responsabilidades, individuais e compartilhadas, quanto a implementação

e operacionalização pelo Poder Público de todas as etapas do PMGIRS, incluídas as etapas

de exigir e monitorar a execução dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos de

responsabilidade privada, gerados, transportados, armazenados ou destinados em território do

município;

XI - Propostas de Programas de Educação Ambiental, nas redes formais de ensino,

públicas e privadas, e nas comunidades, voltados a sensibilização de cidadãos quanto às suas

responsabilidades e oportunidades com relação à gestão ecológica e econômica dos materiais

pós consumo, inclusive quanto às decisões contidas nas Políticas Estadual e Nacional de

Resíduos Sólidos relativas à promoção de inclusão social, a não geração, a redução, a

reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos, além do consumo sustentável.

XII - Propostas de linhas de base e estratégias para realização de uma campanha de

comunicação para educação e mobilização da sociedade, com vistas a efetiva participação da

população, para sucesso de todas as etapas de implementação do PMGIRS.

XIII - Estabelecer programas e ações voltadas à participação de cooperativas e

associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, inclusive avaliando os ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 68 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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instrumentos econômicos previstos nos Art. 80 do Decreto n°. 7.404/2010 e Art. 42 da Lei n°.

12.305/2010, para o caso de cooperativas formadas por pessoas de baixa renda;

XIV - Estabelecer sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de

limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses

serviços, observado o disposto na Lei nº 11.445, de 2007;

XV- Estabelecer metas progressivas de coleta seletiva e reciclagem dos resíduos;

)) Metas de não geração, redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a

reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final;

)) Metas para o aproveitamento energético dos rejeitos, ou, no mínimo, quando a

tecnologia aplicada for o aterro sanitário, metas para aproveitamento dos gases

gerados nas unidades de disposição final desses rejeitos; 

)) Metas para a eliminação e recuperação de pontos de disposição irregular de

resíduos, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de

materiais reutilizáveis e recicláveis, quando couber. 

)D Programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas; 

)) Normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos da União, para a

obtenção de seu aval ou para o acesso a recursos administrados, direta ou

indiretamente, por entidade federal, quando destinados a ações e programas de

interesse dos resíduos sólidos; 

)F Medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resíduos sólidos; 

)G Diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos sólidos

das regiões integradas de desenvolvimento instituídas por lei complementar, bem

como para as áreas de especial interesse turístico; 

)G Normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de

resíduos; 

XVI – Indicar os meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito municipal

e, regional quando couber, da implementação e operacionalização do PMGIRS, assegurado o

pleno controle social

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XVII - Descrever as formas e os limites legais da participação do Poder Público local na

coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33 da Lei nº 12.305, de

2010, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos

produtos, para todos os casos prevendo-se as regras de transição;

XVIII - Elaborar planta de situação do(s) destino(s) final(is) dos resíduos sólidos, sobre

mapa básico em escala adequada, e indicar o itinerário entre a unidade geográfica de

planejamento escolhida (bairro, regional administrativa, etc) e um dos destinos finais ou o

destino final, conforme o caso;

XIX - Estabelecer a periodicidade de sua revisão.

XX - Estabelecer indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços

públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;

XXI – Propor programas e ações de capacitação técnica das equipes internas de gestão e

de gerenciamento, dos prestadores de serviços, de lideranças comunitárias e do público alvo

da inclusão social, voltados para sua implementação e operacionalização;

XXII – Propor mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda,

mediante a valorização dos resíduos sólidos, inclusive com avaliação da indicação de fomento

para surgimento de empreendimentos de reciclagem de materiais em território municipal ou na

região, de modo a vencer os gargalos de comercialização de alguns materiais;

XXIII – Propor meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local, da

implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos de que

trata o art. 20 e dos sistemas de logística reversa previstos no Art. 33 da Lei n°. 12.305/2010;

XXIV - Propor ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de

monitoramento;

XXV - Prever eventos de emergência e contingência, inclusive matriz de responsabilidades;

XXVI - Estabelecer Sistemas de Informação referente ao manejo de Resíduos Sólidos, dos

órgãos municipais por meio de software compatível com sistemas utilizados pelos órgãos

estaduais e federais, visando fornecer informações necessárias aos órgãos do SISNAMA e

compatível com o SINIR (Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos

Sólidos). Este deverá atender os seguintes objetivos:

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)) Informatizar os dados prestados aos municípios pelos geradores de resíduos sólidos

localizados no Município, por meio de relatórios de movimentação de resíduos, exigidos

ou não como condicionantes de licenças ambientais;

)) Conter um banco de dados com as informações dos geradores, coleta, transporte,

tratamento, destinação e reaproveitamento de resíduos sólidos, possibilitando a

rastreabilidade dos resíduos;

)) Conter um inventário de forma sistematizada e informatizada que possibilite ter

informações em tempo real e elaboração de séries históricas;

)D Conter uma ferramenta que reduza o tempo de análise dos Relatórios de Movimentação

de Resíduos atualmente encaminhados pelas empresas;

)) Conter uma ferramenta que possibilite aos órgãos ambientais melhorar o controle

ambiental e a fiscalização das empresas/atividades geradoras de resíduos sólidos, bem

como as que realizam o manejo de resíduos;

)F Colaborar com a redução da atuação clandestina de empresas não licenciadas

ambientalmente para o manejo de resíduos sólidos (coleta, transporte, tratamento e

destinação);

)G Conter uma ferramenta que possibilite a espacialização dos dados de forma a visualizar

as áreas e fluxos de resíduos gerados, manejados e destinados no município;

)G Possibilitar a discussão de proposições de políticas públicas baseada em dados e

informações reais;

)) Possibilitar a redução de tempo e de custos para elaboração de diagnósticos qualitativos

de resíduos.

J) Caracterizar e monitorar as condições da prestação dos serviços públicos de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos;

K) Caracterizar a oferta de serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos;

L) Caracterizar a demanda de serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos tendo em vista a universalização desses serviços;

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)) Monitorar a prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

N) Avaliar a eficiência dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

)) Avaliar a eficácia dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

)) Avaliar os resultados e os impactos sociais, econômicos e ambientais dos planos de

resíduos sólidos;

Q) Comparar com padrões e indicadores de qualidade da entidade reguladora;

R) Monitorar custos;

)) Monitorar a sustentabilidade econômico-financeira, social e ambiental da prestação dos

serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

T) Caracterizar anualmente os resíduos dispostos em aterro(s) sanitário(s) no município ou

por ele utilizado, para fins de monitoramento dos produtos constrangidos à logística

reversa;

U) Monitorar os passivos ambientais;

V) Monitorar os serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos por meio

de indicadores ambientais;

)) Monitorar as condições e tendências em relação às metas de redução, reutilização,

coleta seletiva e reciclagem de resíduos sólidos, conforme o Plano Nacional de Resíduos

Sólidos.

X) Fomentar a cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o

desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias de

gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final

ambientalmente adequada de rejeitos;

XXVII - Propor meios de implantação e operacionalização do Sistema Municipal de Informação

em Resíduos Sólidos em consonância com os Sistemas Estadual e Nacional.

XXVIII - Definir as estratégias de prazos: imediato (1 ano), curto (5 anos), médio (10 anos) e longo

(20 anos), para implementação do PMGIRS, em consonância com o Plano Intermunicipal de

Resíduos Sólidos, definindo as responsabilidades e competências em nível municipal e regional, e a

participação das empresas e entidades privadas, em especial as empresas operadoras e ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 72 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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prestadoras de serviço de manejo e limpeza urbana.

Além dos mecanismos para efetuar a implementação gradual, também se deve formular a estratégia

e o programa de difusão e promoção dos resultados, desenvolvendo plano de ação eficaz no

cumprimento de todas as metas aduzidas pelo Plano Nacional, Estadual, Intermunicipal da RMGV

de Resíduos Sólidos, inclusive estabelecendo metas intermediárias que possibilitem sua execução

nos prazos propostos. O plano de ação aqui referido deverá indicar os responsáveis pelo

desempenho de cada etapa; e

XXIX - Ao final, a contratada deverá produzir documento indicando as diretrizes essenciais a serem

observadas nas contratações ou adequações nos contratos de serviços de limpeza urbana, bem

como fornecer minutas de legislação municipal necessária, ambos instrumentos essenciais à efetiva

implementação do PMGIRS, em consonância com o Plano Intermunicipal onde esteja inserido o

Município e com definições de atribuições, responsabilidades, metas e instrumentos adicionais

exigíveis.

5.2.3.3 - Ações para Emergências e Contingências

Conteúdo mínimo:

a) Estabelecer planos de racionamento e atendimento a aumentos de demanda temporária;

b) Estipular regras de atendimento e funcionamento operacional para situação crítica na

prestação de serviços públicos de saneamento básico, inclusive com adoção de mecanismos

tarifários de contingência;

c) Propor diretrizes para a articulação com os Planos Locais de Risco e para a formulação dos

Planos de Segurança da Água;

d) Estabelecer regras e diretrizes para atuação em situações de contingência e desastres; e

e) Estabelecer regras de atendimento e funcionamento operacional para situações críticas na

prestação de serviços, inclusive para a adoção de mecanismos tarifários de contingência;----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 73 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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5.2.4 - Mecanismos e Procedimentos de Controle Social e dos Instrumentos para o Monitoramento e Avaliação Sistemática da Eficiência, Eficácia e Efetividade das Ações Programadas – PRODUTO 5

Com o intuito de definir uma base de referência para avaliação futura da evolução da situação

do sistema de saneamento no município, recomenda-se a utilização de um conjunto de

parâmetros específicos e indicadores já consagrados no estado do Espírito Santo

(principalmente) ou elaborar/criar outros. Esses parâmetros indicadores, ou simplesmente

indicadores, podem ser quantitativos, categóricos ou qualitativos. No primeiro caso, o indicador

é estimado com base em pelo menos duas variáveis, havendo a necessidade de definir uma

expressão matemática para calculá-lo e uma unidade para sua medida. No caso do indicador

categórico, ele está associado a uma classe e respectiva escala de categorias propriamente

ditas. O indicador qualitativo tanto pode ser representado por variáveis quantitativas, como por

adjetivos classificatórios de qualidade. Vale lembrar que variável é um valor que descreve

quantitativamente um fenômeno ou processo, podendo variar no tempo e no espaço.

Deverão ser definidos sistemas e procedimentos para o monitoramento e a avaliação dos

objetivos e metas do PMSB e dos resultados das suas ações no acesso; na qualidade, na

regularidade e na freqüência dos serviços; nos indicadores técnicos, operacionais e financeiros

da prestação dos serviços; na qualidade de vida; assim como o impacto nos indicadores de

saúde do município e nos recursos naturais.

Diretrizes a serem observadas:

a) procedimentos para o monitoramento e a avaliação dos objetivos e metas;

b) definição de indicadores técnicos, operacionais e financeiros de prestação dos serviços de

saneamento a serem seguidos pelos prestadores de serviços;

c) indicadores de impactos na qualidade de vida, na saúde, e nos recursos naturais;

salubridade ambiental;

d) Indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos;

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e) Indicadores do acesso, da qualidade, da relação com outras políticas de desenvolvimento

urbano, de prestação dos serviços de saneamento a serem seguidos pelos prestadores de

serviços;

f) Determinação de valores dos indicadores e definição dos padrões e níveis de qualidade e

eficiência a serem seguidos pelos prestadores de serviços;

g) Definição dos recursos humanos, materiais, tecnológicos e administrativos necessários à

execução, avaliação, fiscalização e monitoramento do Plano;

h) Mecanismos para a divulgação e acesso do plano no município, assegurando o pleno

conhecimento da população;

i) mecanismos de representação da sociedade para o acompanhamento, monitoramento e

avaliação do PMSB;

j) adoção de diretrizes para o processo de revisão do plano a cada 4 anos;

Visando também o cumprimento a Lei 12.305/2010, que Instituiu a Política Nacional de

Resíduos Sólidos, principalmente no que diz respeito ao Plano Municipal de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos, devem ser providenciados:

a) Indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza

urbana e de manejo de resíduos sólidos;

b) Periodicidade de sua revisão, observado prioritariamente o período de vigência do plano

plurianual municipal. 

Há também a necessidade de se instituir os mecanismos de representação da sociedade para

o acompanhamento, monitoramento e avaliação do PMSB, formada por representantes

(autoridades e técnicos) do Poder Público Municipal e das representações da sociedade em

organismos colegiados, tais como: o Conselho da Cidade, Conselho Municipal de Saneamento

Ambiental, de Saúde, de Meio Ambiente, e de representantes de organizações da Sociedade

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 75 / 111Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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Civil (entidades do movimento social, sindicatos, associações profissionais, grupos

ambientalistas, entidades de Defesa do Consumidor e outras).

Os indicadores sugeridos a seguir foram adaptados a partir das publicações feitas pela CCRN,

em 2000, e pelo Ministério da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), em

2004. Tais estudos sugerem indicadores de estado para os seguintes aspectos:

a) Recuperação e Prevenção da Qualidade da Água;

b) Abastecimento de Água às Populações e Atividades Econômicas;

c) Proteção dos Ecossistemas Aquáticos e Terrestres Associados;

d) Prevenção e Minimização dos Efeitos das Cheias, Secas e Acidentes de Poluição; e

e) Valorização dos Recursos Hídricos.

A utilização desses indicadores de estado é muito simples. Inicialmente, com a realização do

diagnóstico esses indicadores são quantificados e logo se repete a operação ao longo do

tempo. A comparação dos valores assumidos pelos indicadores, ao longo do tempo, dará uma

idéia da evolução do município no que diz respeito aos recursos hídricos e aos sistemas de

saneamento.

Outra alternativa é a agregação desses indicadores num único indicador, o qual poderá ser

utilizado, inclusive, para estabelecer a ordem hierárquica das intervenções ou Programas e

Ações. A partir de cinco indicadores setoriais (de abastecimento de água, de esgotamento

sanitário, de limpeza urbana, de drenagem urbana, e de controle de vetores) será feita uma

agregação (somatório ponderado) para obter o índice da salubridade ambiental.

Na sua construção, tanto os indicadores setoriais como o próprio índice de salubridade

ambiental assumem uma variação teórica de zero a um, sendo que, quanto mais próximo da

unidade, melhor é a realidade do atendimento por determinada ação ou serviço, menor é a

carência, menor o risco sanitário ou mais ambientalmente salubre a região avaliada.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 76 / 111Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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Tabela 2: Indicadores para avaliar a recuperação e prevenção da qualidade da água

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 77 / 111Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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Tabela 2: Continuação----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 78 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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Tabela 3: Indicadores para avaliar o abastecimento de água às populações e atividades econômicas

Tabela 4: Indicadores para avaliar a proteção dos ecossistemas aquáticos e terrestres associados

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 79 / 111Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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Tabela 5: Indicadores para avaliar a prevenção e minimização dos efeitos das cheias, secas e acidentes de poluição

Tabela 6: Indicadores para avaliar a valorização dos recursos hídricos.

NOTA: 1) Deverá ser estruturado pela contratada a forma de divulgação, o formato do relatório e a

periodicidade e análise dos indicadores.

5.2.5 – Relatório Final do Plano Municipal de Saneamento Básico - PRODUTO 6----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 80 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

Prefeitura Municipal de Vitória

Conforme as características e a complexidade local devem ser previstos tantos produtos

quanto necessários para o adequado desdobramento do processo de elaboração do PMSB. Os

produtos devem corresponder a conteúdos definidos, identificáveis e compreensíveis em si, os

quais, de forma articulada e/ou seqüencial, representem o processo em todas as suas fases e

etapas e o se constituam no Relatório final do Plano Municipal de Saneamento Básico.

Nesta etapa a empresa deverá:

a) Sistematizar os relatórios dos produtos 1 a 5, com as consolidações das contribuições da (s)

atividade (s) de participação social;

b) Sistematizar o Relatório Final após a realização da Audiência Pública Municipal, com as

consolidações das contribuições da (s) atividade (s) de participação social;

c) Elaborar relatório “Resumo Geral do PMSB”, para a apreciação da contratante;

d) Elaborar o Relatório Final do PMSB de Vitória/ ES.

NOTAS:1) O Relatório Final do PMSB somente será emitido após a aprovação dos produtos anteriores

pela contratante.

2) Os trabalhos da Contratada deverão contemplar todos os pormenores que possibilitem com

clareza, a contratação subseqüente de elaboração e detalhamentos de projetos básicos e

executivos para a execução posterior das obras correspondentes, visando a implantação ou

ampliação dos sistemas de saneamento básico;

3) Diretrizes e parâmetros não definidos neste TR, que sejam requeridos para o

desenvolvimento satisfatório do plano, serão fixados na reunião inicial para os trabalhos, e

complementados, se necessário, ao longo da sua elaboração, envolvendo a Equipe

responsável da contratante e a Equipe da Contratada.

6. RELATÓRIOS E PRODUTOS6.1. Produtos a Serem Entregues pela Contratada----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 81 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

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Os serviços a serem contratados compreendem:

a) Produto 1 - Planejamento do Processo - Definição do Processo de Elaboração do Plano

Municipal de Saneamento Básico:

a.1) Instituição do Comitê de Coordenação e do Comitê Executivo;

a.2) Elaboração do Plano de Mobilização Social e Educação Ambiental – Participação Social e

Comunicação.

b) Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico:

b.1) Produto 2 - Diagnóstico da Situação da Prestação dos Serviços de Saneamento Básico;

b.2) Produto 3 - Prognósticos e Alternativas para a Universalização dos Serviços de

Saneamento Básico. Objetivos e Metas;

b.3) Produto 4 – Concepção dos Programas, Projetos e Ações. Definição das Ações para

Emergência e Contingência;

b.4) Produto 5 - Mecanismos e Procedimentos de Controle Social e dos Instrumentos para o

Monitoramento e Avaliação Sistemática da Eficiência, Eficácia e Efetividade das Ações

Programadas; e

b.5) Produto 6 - Relatório Final do Plano Municipal de Saneamento Básico.

Os produtos devem corresponder a conteúdos definidos, identificáveis e compreensíveis em si,

os quais, de forma articulada e/ou seqüencial, representem o processo em todas as suas fases

e etapas e o se constituam no documento final da Política e do Plano de Saneamento Básico.

Estão listados, a seguir, de forma resumida, os Produtos a serem entregues no decorrer do

contrato, de acordo com a metodologia e o escopo previstos.

PRODUTO 1 – Planejamento do Processo

- Instituição do Comitê de Coordenação e do Comitê Executivo.

- Elaboração do Plano de Mobilização Social.

. Definição do processo de mobilização e participação social que definirá a cronologia das

etapas subseqüentes e as metodologias de implantação das atividades incluindo a Audiência

Pública Municipal.

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Prefeitura Municipal de Vitória

. Comunicação social – divulgação do processo, formas e canais de comunicação, formas de

estimular a participação da sociedade no processo de planejamento, fiscalização e regulação

dos serviços de saneamento básico.

PRODUTO 2 – Diagnóstico da situação da prestação dos serviços de saneamento básico.

. Caracterização geral do município;

. Situação Institucional;

. Situação econômico-financeira;

. Sistema de abastecimento de água;

. Sistema de esgotamento sanitário;

Serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, conforme prevê a Lei 12.305/2010 contendo a origem, periculosidade, o volume e a caracterização dos resíduos com base em dados existentes, para todas as tipologias de resíduos presentes no território municipal, especialmente: Resíduos Sólidos Urbanos – RSU; Resíduos de Saneamento; Resíduos industriais; Resíduos de serviços de saúde – RSS; Resíduos da construção civil – RCC; Resíduos agrossilvopastoris e agroindustriais; Resíduos de serviços de transportes;Resíduos de mineração; Resíduos pneumáticos, Resíduos eletroeletrônicos, Resíduos de pilhas e baterias; Resíduos de lâmpadas fluorescentes; Resíduos de óleo de cozinha; Resíduos da Comercialização de Côco Verde, entre outros;

. Serviços de manejo de águas pluviais e drenagem urbana;

. Desenvolvimento urbano e habitação;

. Meio ambiente e recursos hídricos;

. Saúde.

PRODUTO 3 – Prognósticos e alternativas para universalização dos serviços de saneamento

básico. Objetivos e Metas.

. Modelo de gestão dos serviços de saneamento básico;

. Projeções de demanda de serviços públicos de saneamento básico;

. Modelo de fiscalização e regulação dos serviços locais de saneamento básico;

. Estimativa das Demandas por serviços de saneamento básico para todo o período do PMSB;

. Definição de responsabilidades dos serviços de saneamento básico tratados no PMSB;

. Alternativas para o atendimento das demandas dos 4 (quatro) eixos dos serviços de

saneamento básico para atendimento das carências existentes, de acordo com a lei 11.445/07;

. Objetivos e metas pretendidas com a implantação do PMSB;

. Análise da viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação dos serviços considerando

os cenários dos objetivos, metas, programas, projetos e ações.

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Prefeitura Municipal de Vitória

PRODUTO 4 – Concepção dos programas, projetos e ações. Definição das ações para

emergência e contingência.

. Ações imediatas;

. Ações prioritárias;

. Programação das ações do PMSB;

. Cronograma de implantação das ações estabelecidas para o PMSB;

. Mecanismos para a avaliação sistemática da eficácia, eficiência e efetividade das ações

programadas;

. Atendimento de demandas temporárias;

. Atendimento e operação em situações criticas;

. Planejamento de planos de riscos para garantia da segurança da água.

PRODUTO 5 – Mecanismos e procedimentos de controle social e dos instrumentos para o

monitoramento e avaliação sistemática da eficiência, eficácia e efetividade das ações

programadas.

. Indicadores de interesse;

. Critérios para avaliação dos resultados do PMSB e suas ações;

. Estruturação local da fiscalização e da regulação no âmbito da Política de Saneamento

Básico, bem como para acompanhamento da ações do PMSB

PRODUTO 6 - Relatório Final do Plano Municipal de Saneamento Básico (incluindo as

diretrizes do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/10).

. Relatório resumo do PMSB para distribuição aos participantes representantes de entidades

não pertencentes à administração publica;

. Audiência Pública Municipal para validação do PMSB (deve incluir análise das propostas

apresentadas pela sociedade civil para incorporação ou não ao texto do PMSB);

. Minuta do PMSB, para a apreciação da contratante;

. Relatório final do Plano Municipal de Saneamento Básico, contemplando todas as etapas e

produtos desenvolvidos;

. Proposta de anteprojeto de lei ou de minuta de decreto para aprovação do Plano Municipal de

Saneamento Básico.

7. FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS

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Prefeitura Municipal de Vitória

A formatação dos Produtos deverá seguir as orientações e condições estabelecidas no Anexo A.

8. FUNDAMENTAÇÃO

A elaboração do PMSB, desde os objetivos e diretrizes até os instrumentos metodológicos do

processo de participação social e de elaboração, deve pautar-se pelos pressupostos deste

Documento, pelos princípios, diretrizes e instrumentos definidos na legislação aplicável e nos

Programas e Políticas Públicas com interface com o Saneamento Básico, em particular:

Constituição Federal/88, Capítulo VI – Do Meio Ambiente, Artigo 225.

Lei 10.257/01 – Estatuto das Cidades.

Lei 11.445/07 – Lei Nacional de Saneamento Básico.

Lei 6.017/07 que regulamenta a Lei 11.107/06 - Consórcios públicos.

Lei 8.080/90 – Lei Orgânica da Saúde.

Lei 8.987/95 – Lei de Concessão e Permissão de serviços públicos.

Lei 11.124/05 – Lei do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social.

Lei 9.433/97 – Política Nacional de Recursos Hídricos.

Lei 9.985/00 – Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-

SNUC.

Lei 12.305/10 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Portaria 518/04 do Min. da Saúde e Decreto 5.440/05 – Que, respectivamente, definem os

procedimentos e responsabilidades relativos ao controle de qualidade da água para

consumo humano e à informação ao consumidor sobre a qualidade da água.

Resolução Recomendada 75 de 02/07/09 do Conselho das Cidades, que trata da Política e

do conteúdo Mínimo dos Planos de Saneamento Básico.

Resolução CONAMA 307/2002 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a

gestão dos resíduos da construção civil.

Resolução CONAMA 283/2001 - Dispõe sobre tratamento e destinação final dos resíduos

dos serviços de saúde.

Resolução CONAMA 274/2000 - Dispõe sobre os padrões de balneabilidade.

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Prefeitura Municipal de Vitória

Resolução CONAMA No 357/2005 - Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e

diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e

padrões de lançamento de efluentes.

Lei N. 7.661/88 - Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro.

Decreto Nº. 5.300/04 que regulamenta a Lei nº. 7.661/88 - Plano Nacional de

Gerenciamento Costeiro.

Lei Orgânica Municipal, Plano Diretor Urbano do Município e o Plano Local de Habitação de

Interesse Social – Vitória/ES.

Lei Municipal 4.438/97 – Institui o Código Municipal de Meio Ambiente de Vitória.

Resoluções das Conferências Municipais da Cidade, de Saúde, de Habitação, de Meio

Ambiente e de Saúde Ambiental – Vitória/ES.

Os Planos das Bacias Hidrográficas onde o Município está inserido.

Lei 12.839/08 - Agência Reguladora Estadual dos Serviços de Saneamento Básico – ARSI

-– Vitória/ES.

Outros dispositivos legais de âmbito municipal e estadual que têm relação com os serviços

de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana.

Plano Diretor de Drenagem Urbana – Vitória/ES.

Lei Complementar 320/08: Cria a Secretaria Municipal de Obras de Vitória/ES.

Leis 4805/95 e 4806/9 que criam as Regiões Administrativas do Município de Vitória/ ES.

Plano Plurianual da Prefeitura de Vitória/ ES.

Planejamento Orçamentário da Prefeitura de Vitória/ ES.

Base cartográfica de Vitória/ ES.

Mapas das regiões administrativas de Vitória/ES.

Documentos técnicos, gerenciais, administrativos, financeiros e de planejamento da

Companhia Espírito Santense de Saneamento– CESAN.

Documentos técnicos, gerenciais, administrativos, financeiros e de planejamento - Vigilância

em Saúde e Secretaria Municipal de Saúde de Vitória/ ES.

Documentos dos produtos relativos ao Programa de Desenvolvimento Institucional do Setor

Habitacional de Vitória/ ES. – SMHSA.

Programa Terra Mais Igual.

Documentos técnicos, estudos ambientais, planos de manejo de unidades de conservação

do município, relatórios de controle e monitoramento ambiental da Secretaria Municipal de

Meio Ambiente de Vitória – SEMMAM.

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Prefeitura Municipal de Vitória

Plano de Gestão Ecológica e Econômica de Materiais Pós-Consumo de Vitória, em

formulação.

Lei 9096/08 - Sistemas de Informações sobre Saneamento do Governo do Estado

9. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

O PMSB deve atender as Leis federais que regulam as atividades de Saneamento Básico no

País e seguir as orientações dos Manuais da SNSA/MCIDADES, incluindo o documento de

"Diretrizes para a Definição da Política e Elaboração do Plano de Saneamento Básico".

A Contratante deverá consultar e analisar os seguintes documentos:

Sistema Nacional de Informação em Saneamento – SINISA – Ministério das Cidades.

Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB 2008 - Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE.

Dados da série histórica referentes a abastecimento de água, esgotamento sanitário e

resíduos sólidos - SNIS - Ministério das Cidades.

Diagnósticos Simplificados (ATLAS) dos Sistemas de Abastecimento de Água Elaborados

pela Agência Nacional de Água (ANA).

Documento “Diretrizes para a Definição da Política e Elaboração do Plano de Saneamento

Básico".

Demais documentos que podem servir de subsídio para a elaboração do Plano de

Saneamento Básico.

Censo Populacional 2010 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Plano Diretor de Resíduos Sólidos da RMGV – Instituto Jones dos Santos Neves

/COMDEVIT.

Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

As principais fontes de informações primárias e secundárias devem ser as bases de dados

disponíveis no município e as existentes nos prestadores de serviço. Como fontes auxiliares,

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Prefeitura Municipal de Vitória

inclusive em se tratando de informações de outras políticas de interesse do saneamento

básico, entre outros, podem ser pesquisados os seguintes bancos de dados:

Sistema de Informações do Sistema Único de Saúde (DATASUS) (www.datasus.gov.br)

com as seguintes bases de dados: “Demográficas e socioeconômicas” disponíveis em

“Informações de Saúde”; Atenção Básica à Saúde da Família, em “Assistência à Saúde”;

“Morbidade Hospitalar” em “Epidemiológicas e Morbidade”; entre outros;

Cadastro Único dos Programas Sociais do MDSl (www.mds.gov.br);

Projeto Projeção da Demanda Demográfica Habitacional, o Déficit Habitacional e

Assentamentos Precários (www.cidades.gov.br);

Diagnósticos e estudos realizados por órgãos ou instituições regionais, estaduais ou por

programas específicos em áreas afins ao saneamento; e

Sistema de Informações das Cidades (www.cidades.gov.br).

Sistema Integrado de Gestão dos Serviços de Água e Esgotos (GSAN),

www.softwarepublico.gov.br - Ministério do Planejamento.

10. LOCAL DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

Os serviços deverão ser executados no escritório da contratada, e caso esta não tenha sede

no município de Vitória/ES, deverá providenciar escritório de apoio em Vitória/ES para a

execução dos serviços, principalmente os de campo e de diagnóstico dos sistemas.

A empresa contratada deverá estar presente em todas as discussões relativas às análises dos

produtos, conforme deliberação do Comitê Executivo.

No que diz respeito às discussões, análises e aprovações dos produtos, este serão realizados

na sede da Prefeitura Municipal de Vitória/ ES – Secretaria Municipal de Obras, sito à Av.

Vitória, 2552 – Horto – Vitória/ ES.

11. ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO

11.1 - Comunicações

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Prefeitura Municipal de Vitória

a) Toda a comunicação entre a Contratada e o Contratante deverá ser feita por escrito: as

comunicações via telefone devem ser confirmadas, posteriormente, por escrito, sendo admitida

a forma eletrônica.

b) O representante do Contratrante pode também contactar a Contratada diretamente para

solicitar informação adicional relativa a qualquer aspecto da consultoria. A Contratada deve

satisfazer tais requisitos prontamente.

11.2 - Plano de Trabalho

Previamente ao início dos serviços a Contratada deverá apresentar o Plano de Trabalho com o

detalhamento de todos os aspectos necessários ao desenvolvimento dos estudos e atividades

relativas ao PMSB, de forma adequada a análise, aprovação e controle por parte da

contratante.

O plano de trabalho deverá conter descrição detalhada da metodologia, ferramentas e recursos

que a contratada considerar apropriadas para a execução bem sucedida de cada um dos (06) seis produtos relacionados no presente TR. Deverá ainda, complementar, aperfeiçoar

detalhamento das atividades, explicitando de que forma as mesmas serão executadas, assim

como sua cronologia. A licitante deverá apresentar critérios de dimensionamento de pessoal e

composição de equipe multidisciplinar, considerando os estudos temáticos e atividades

solicitadas no TR.

O Plano de Trabalho deverá conter todas as definições, especialmente aquelas provindas da

reunião inicial a ocorrer entre a Equipe de Fiscalização da Contratante e a Equipe da

Contratada, imediatamente após a emissão da Ordem de Serviço.

Nesse Plano, deverá ser configurado todo o planejamento dos trabalhos, contextualização dos

estudos necessários, indicação das equipes, seu perfil, a descrição das atividades com sua

organização, o organograma para os trabalhos, fluxograma de acompanhamento dos estudos e

projetos.

A Contratada terá ampla liberdade de subdividir os trabalhos em diversos grupos de atividades

que sejam harmonizados num planejamento integrado. Toda a sua experiência deverá ser

empenhada nesse planejamento.

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Prefeitura Municipal de Vitória

O Plano de Trabalho, os cronogramas e fluxogramas referidos deverão ser atualizados

mensalmente, ou quando se fizer necessário, durante a execução dos trabalhos. Para tanto,

deve ser utilizado um "software" que permita uma fácil atualização do planejamento.

O Plano de Trabalho deverá ser entregue em até 30 dias da emissão da Ordem de Serviço.

11.3 - Fluxograma

Deverá ser apresentado pela Contratada um fluxograma para todo o período de execução dos

serviços, indicando claramente todas as precedências, interdependências e inter-relações das

atividades, possibilitando assim, a análise do fluxo contínuo das ações.

O Fluxograma deverá também indicar:

a) Número da tarefa;

b) Nome da tarefa;

c) Custos associados a cada atividade ou grupo de atividade (% do valor do contrato);

d) Dias corridos para a realização;

e) Previsão de prazos para conclusão das tarefas;

f) Prazos para análise, pela contratante, dos relatórios;

g) Data das reuniões;

h) Tempos intermediários, julgados necessários e justificados pela experiência da Contratada

para as atividades diretas ou indiretas, relativas ao(s) contrato(s) que estejam vinculados ao

trabalho.

11.4 - Cronogramas11.4.1 - Cronograma Físico e Financeiro

Com relação aos Cronogramas Físico e Financeiro:----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 90 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

Prefeitura Municipal de Vitória

a) Deverão ser revistos e ajustados quando da ocasião da assinatura do contrato, aprovados

pelas Partes e anexados ao contrato;

b) No 1º Relatório Parcial a Contratada deverá apresentar novos cronogramas atualizados e

assim sucessivamente nos demais relatórios;

c) O Cronograma Físico deverá conter as datas previstas para o término de cada atividade dos

trabalhos, relacionando-as com as datas e valores dos pagamentos parciais (Cronogramas

Financeiros);

d) O Cronograma Físico mostrará também a participação dos diferentes setores e técnicos

envolvidos durante as atividades do Projeto, bem como as datas previstas para as reuniões a

serem realizadas com o Contratante;

e) Eventuais alterações dos cronogramas, mesmo quando aprovadas pelo Contratante, não

constituirão motivo para a prorrogação da vigência do contrato;

f) As modificações nos prazos parciais não poderão acarretar mudanças no prazo final

estabelecido e dependem de concordância do Contratante.

11.4.2 - Cronograma de Alocação de Pessoal

A Contratada deverá elaborar um Cronograma de Alocação de Pessoal, indicando claramente

o período de permanência dos membros de suas equipes na execução dos serviços.

11.5 - Análise dos Documentos

Deverão estar previstos no cronograma os prazos para análise, pelo Contratante, dos relatórios

e documentos apresentados. Esses prazos serão de 10 (dez) dias úteis, contados a partir do

dia seguinte ao recebimento desses documentos. A Contratada deverá considerar este fato de

tal forma que os serviços não sofram perda de continuidade.

O Contratante irá acompanhar os trabalhos com vistas à otimização dos prazos anteriormente

definidos; dessa forma, os Relatórios são instrumentos gerenciais através dos quais se

alcançará tal objetivo.

Os relatórios e documentos não aprovados serão devolvidos para as correções e modificações

necessárias, de acordo com as análises a serem encaminhadas à Contratada. A Contratada

executará o trabalho necessário sem custo adicional para o Contratante.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 91 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

Prefeitura Municipal de Vitória

Somente após a aprovação dos documentos pelo Contratante serão pagas as parcelas das

faturas pertinentes.

11.6 – Reuniões

Durante o desenvolvimento dos trabalhos haverá, entre a Contratada e o Contratante, a

necessária comunicação, a fim de facilitar o acompanhamento e a execução do contrato. Para

este fim, o Contratante convocará, por sua iniciativa ou da Contratada, quantas reuniões

estimar convenientes. A princípio, fica estabelecido que será realizada uma reunião mensal de

supervisão e acompanhamento, a serem realizadas na sede do Contratante.

Nessas reuniões, a serem mantidas conforme agenda pré-estabelecida e registrada mediante

ata formalizada, serão discutidos os problemas surgidos no desenvolvimento dos trabalhos,

sendo que:

a) A Contratada fará exposições complementares e específicas sobre o desenvolvimento dos

serviços no que diz respeito aos temas previstos, inclusive acerca de suas propostas sobre

alternativas envolvidas no prosseguimento dos trabalhos, bem como sobre os seus

requerimentos de orientação;

b) O Contratante comunicará à Contratada as orientações necessárias para o desenvolvimento

normal dos serviços no que se refere às matérias contidas na agenda da reunião,

preferivelmente no decurso desta ou dentro do prazo nela estabelecido;

c) As reuniões mensais deverão estar previstas no cronograma a ser apresentado e deverão

ser realizadas após a entrega dos relatórios e do respectivo prazo de análise dos mesmos pelo

Contratante;

d) A Contratada deverá participar de reuniões, quando convocada pela Contratante, com a

Caixa Econômica Federal e/ou com o Ministério das Cidades.

11.7 - Fiscalização

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Prefeitura Municipal de Vitória

A Contratante nomeará uma Equipe de Fiscalização para acompanhar e avaliar a execução

dos serviços, que atuará sob a responsabilidade de um Coordenador, sendo que lhe caberá, de

acordo com a Contratada, estabelecer os procedimentos detalhados de fiscalização do

contrato, conforme o presente TR.

Fica assegurado ao Contratante e às empresas especializadas a mando do Contratante, o

direito de acompanhar e fiscalizar os serviços prestados pela Contratada, com livre acesso aos

locais de trabalho para a obtenção de quaisquer esclarecimentos julgados necessários à

execução dos trabalhos. Fica também assegurado, desde que autorizado pela contratada, o

acesso aos locais de trabalho de representantes do Ministério das Cidades, do agente

financeiro, entre outros.

A Equipe de Fiscalização terá plenos poderes para agir e decidir perante a Contratada,

inclusive rejeitando serviços que estiverem em desacordo com o contrato, obrigando-se desde

já a Contratada a assegurar e facilitar o acesso da Equipe de Fiscalização aos serviços e a

todos os elementos que forem necessários ao desempenho de sua missão.

Cabe à Equipe de Fiscalização verificar a ocorrência de fatos para os quais haja sido

estipulada qualquer penalidade contratual. A Equipe de Fiscalização informará ao setor

competente quanto ao fato, instruindo o seu relatório com os documentos necessários.

A Equipe de Fiscalização buscará auxiliar a Empresa Contratada onde for possível, no acesso

às instituições e informações necessárias à execução dos trabalhos.

A ação ou omissão, total ou parcial, da Equipe de Fiscalização não eximirá a Contratada de

integral responsabilidade pela execução dos serviços contratados.

11.8 - Coordenação dos Trabalhos pela Contratada

A Contratada deverá manter no local dos serviços, equipes condizentes com a formação e a

experiência necessária para o desenvolvimento dos trabalhos.

A Contratada deverá ter instalações completas em seus escritórios, incluindo veículo,

mobiliário, materiais de escritório, equipamentos para emissão de fotocópias e cópias

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reprográficas, equipamentos para a execução de serviços de campo, aparelhos de transmissão

de fac-símile, acesso à internet em banca larga para transmissão de arquivos, comunicação

por e-mail, voz, etc., microcomputador com "softwares" aplicativos apropriados para o

desenvolvimento das atividades, arquivos técnicos e todos os demais itens necessários à

operação e à manutenção das equipes que executarão os serviços, com características de

agilidade e precisão.

O Contratante e a Contratada estabelecerão, oportunamente, procedimentos detalhados

visando sistematizar o desenvolvimento do contrato, em particular, referentes a:

a) Preparação e atualização do Plano de Trabalho;

b) Relatórios;

c) Reuniões;

d) Habilitação do Pessoal;

e) Comunicações;

f) Fiscalização;

g) Faturamento.

Com relação à coordenação dos trabalhos, a Contratada fica obrigada a manter um

responsável pela chefia dos trabalhos, com capacidade para responder pelas partes técnica e

administrativa do contrato, bem como para assumir a representação da Contratada perante o

Contratante em todos os assuntos relativos à execução dos serviços. Esse Coordenador dos

trabalhos por parte da Contratada deverá ser por ela designado e desempenhar as suas

funções até o encerramento do contrato.

11.9 - Coordenação e Acompanhamento dos Trabalhos Pela Contratante

As ações constantes deste TR serão supervisionadas pelo Comitê de Coordenação e pelo

Comitê Executivo, através da coordenação da Secretaria Municipal de Obras. A supervisão se

dará através da realização de reuniões periódicas, sendo no mínimo uma reunião mensal, ou

se necessário antes, conforme calendário a ser estabelecido com a empresa contratada.

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Prefeitura Municipal de Vitória

O Comitê Executivo estabelecerá em comum acordo com a empresa contratada o

planejamento para o desenvolvimento dos trabalhos envolvendo o acompanhamento, a análise

e a aprovação dos produtos, assim como os procedimentos de ordem administrativa e

gerencial, necessários para o andamento dos trabalhos.

12. EQUIPE TÉCNICA MÍNIMA

12.1 – Componentes da Equipe Técnica Mínima

Para o desenvolvimento dos trabalhos é requerido que a Contratada disponibilize no mínimo os

profissionais listados a seguir:

a) Coordenador;

b) Engenheiro – Abastecimento de Água;

c) Engenheiro – Esgotamento Sanitário;

d) Engenheiro – Drenagem Pluvial;

e) Engenheiro – Resíduos Sólidos;

f) Profissional de SIG – Sistemas de Informações Geográficas;

g) Pedagogo (a), Assistente Social ou Sociólogo (a);

h) Economista;

i) Demógrafo;

j) Biólogo;

k) Advogado;

l) Profissional da Área Ambiental.

NOTA:

1) Para esta contratação deverá ser considerado profissionais com a classificação por tempo

de formado, conforme segue:

Profissional Júnior: Até 05 anos de formado

Profissional Pleno: Entre 05 e 10 anos de formado

Profissional Sênior: Acima de 10 de formado

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Prefeitura Municipal de Vitória

12.2 – Qualificação Mínima da Equipe Técnica Mínima– Equipe Chave da Contratada

Para o desenvolvimento dos trabalhos é requerido que a Contratada disponibilize, no mínimo,

profissionais com os seguintes perfis:

)a Coordenador (a) – Ser Engenheiro civil e/ou sanitarista, com experiência mínima de 03

(três) anos em Planejamento Urbano ou em planejamento de serviços de saneamento básico,

com experiência e qualificação em metodologia de planejamento estratégico ou ter participado

como coordenador geral em Plano Diretor de Saneamento e/ou Plano Diretor de Drenagem

Urbana e/ou Plano Diretor de Recursos Hídricos ou Bacias Hidrográficas e/ou Plano de

Resíduos Sólidos.

)b Engenheiro (a) – Abastecimento de Água – Engenheiro civil e/ou sanitarista com

experiência de 03 (três) anos no desenvolvimento de estudos/projetos de Sistema de

Abastecimento de Água e/ou ter participado como profissional na área de abastecimento de

água em Plano Diretor.

)c Engenheiro (a) – Esgotamento Sanitário - Engenheiro civil e/ou sanitarista com experiência

de 03 (três) anos no desenvolvimento de estudos/projetos de Sistema de Esgotamento

Sanitário e/ou ter participado como profissional na área de Esgotamento Sanitário em Plano

Diretor.

)d Engenheiro (a) – Drenagem Pluvial - Engenheiro civil e/ou sanitarista com experiência de

03 (três) anos no desenvolvimento de estudos/projetos de Sistema de Macro-Drenagem

Urbana e/ou ter participado como profissional na área de Drenagem Pluvial em Plano Diretor.

)e Engenheiro (a) – Resíduos Sólidos - Engenheiro civil e/ou sanitarista com experiência de

03 (três) anos no desenvolvimento de estudos/projetos na área de Resíduos Sólidos e/ou ter

participado como profissional na área de Resíduos Sólidos em Plano Diretor.

)f Profissional de SIG – Sistemas de Informações Geográficas - Engenheiro civil e/ou

geógrafo com experiência de 03 (três) anos em desenvolvimento e operacionalização de

Sistema de Informações Geográficas, especializado em geoprocessamento e desenvolvimento

de aplicativos.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 96 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

Prefeitura Municipal de Vitória

)g Profissional da Área Social – Pedagogo (a), Assistente Social ou Sociólogo (a) com

experiência comprovada, em pelo menos 02 trabalhos, em organização de eventos e

audiências públicas, projetos e programas de mobilização e envolvimento social, com aplicação

de tecnologias de processos participativos em comunidades;

)h Economista – Profissional formado em economia com experiência em avaliação da

situação econômico-financeira de prestação de serviços públicos, de preferência em

saneamento básico (água, esgoto, resíduos e drenagem); em análise de viabilidade e

sustentabilidade econômico-financeira da prestação dos mesmos serviços no curto médio e

longo prazo.

)i Demógrafo (a) – Profissional com experiência em diagnóstico de prestação de serviços

públicos;

)) Biólogo (a) - Profissional formado em Biologia e com experiência projetos de educação

ambiental e na elaboração de EIA/RIMA;

)) Advogado – Profissional formado em Direito com experiência na área de saneamento ou

em prestação de serviços públicos.

l) Profissional da Área Ambiental - Engenheiro civil e/ou Ambiental com experiência de 03

(três) anos no desenvolvimento de EIA/RIMA – Estudos de Impactos Ambientais relacionados

ao tema Saneamento.

NOTA:1) Todos os profissionais devem estar registrados nos respectivos Conselhos de Classe

Profissional ou Ordem Profissional.

13. PROPRIEDADE DOS SERVIÇOS

Todos os produtos dos serviços e seus suportes, inclusive resultados, informações e métodos

desenvolvidos no contexto dos serviços, serão de propriedade exclusiva da Contratante,

cabendo a esta autorizar o uso e a divulgação da totalidade ou parte desses produtos.

14. FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 97 / 111

Termo de Referência para contratação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Vitória/ ES

Prefeitura Municipal de Vitória

Para o levantamento e coleta de dados e informações a PMV facilitará contatos com outros

órgãos da administração pública, instituições diversas e empresas no sentido de disponibilizar

os estudos existentes. Em todos os casos, a empresa contratada será responsável pelo

recolhimento, reprodução e devolução destes estudos.

Todo o material colhido nas secretarias e setores da PMV só poderá ser usado única e

exclusivamente para este projeto, não podendo ser vendida ou disponibilizada total ou

parcialmente para nenhum outro fim, ficando a contratada totalmente responsável por qualquer

desvio/uso incorreto desse material. A contratada assinará um termo de compromisso que será

integrado ao contrato.

15. CUSTOS

O custo para a realização dos serviços solicitados neste Termo de Referência está orçado em

R$ 1.979.156,56 (hum milhão, novecentos e setenta e nove mil, cento e cinqüenta e seis reais

e cinqüenta centavos) distribuídos pelos produtos constantes no escopo de serviços e

conforme cronograma físico-financeiro.

16. CRONOGRAMA FÍSICO - FINANCEIRO

Para o desenvolvimento dos serviços, objeto deste TR, deverá ser observado o prazo de 600

dias corridos (20 meses), a contar da emissão da Ordem de Serviço.

O cronograma físico-financeiro para o desenvolvimento deste trabalho encontra-se no Anexo B.

No cronograma é apresentado o conteúdo mínimo dos Relatórios Parciais (RP) que a

empresa contratada deverá entregar mensalmente, os quais poderão ser detalhados no Plano

de Trabalho e/ou passar por revisões durante o desenvolvimento dos trabalhos, bem como

haver ajustes nos prazos de acordo com o planejamento da elaboração do PMSB.

17. REMUNERAÇÃO DA CONTRATADA

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Prefeitura Municipal de Vitória

A forma de remuneração dos serviços será mensal. A contratada deverá entregar,

mensalmente, Relatórios Parciais para a comprovação do andamento dos serviços e deverão

ser entregues em 02 (duas) vias encadernadas (mola espiral simples) e em meio digital (uma

cópia em CD), para a devida medição e comprovação dos serviços.

Os desembolsos ocorrerão através de parcelas mensais, conforme previsto no cronograma

físico-financeiro e atestados pelos Relatórios Parciais da seguinte forma:

Parcela I – 0,70% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 1;

Parcela II – 0,70% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 2;

Parcela III – 1,60% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 3;

Parcela IV – 3,25% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 4;

Parcela V – 3,25% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 5;

Parcela VI – 4,00% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 6;

Parcela VII – 6,00% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 7;

Parcela VIII – 4,75% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 8;

Parcela IX– 8,00% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 9;

Parcela X – 10,50% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 10;

Parcela XI – 6,00% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 11;

Parcela XII – 3,75% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 12;

Parcela XIII – 6,00% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 13;

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Prefeitura Municipal de Vitória

Parcela XIV – 7,50% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 14;

Parcela XV – 5,75% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 15;

Parcela XVI – 7,75% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 16;

Parcela XVII – 7,25% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 17;

Parcela XVIII – 7,75% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 18;

Parcela XIX – 2,25% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 19;

Parcela XX – 3,25% do Preço Global mediante a entrega e aprovação do RP 20.

Vitória/ ES, 07 de agosto de 2012.

-------------------------------------------------------------------Coordenador do Comitê Executivo

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ANEXO A

FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS

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1. INTRODUÇÃO

A Contratada deverá exercer rigoroso controle de qualidade sobre as informações

apresentadas, tanto nos dados como no texto. O referido controle deve ser orientado para

clareza, objetividade, consistência das informações e justificativa de resultados. O texto deve

estar isento de erros de português e/ou de digitação.

A apresentação dos trabalhos deverá refletir o padrão de qualidade da própria Contratada.

Os eventos, bem como o material a ser distribuído, devem seguir o padrão e a qualidade

estabelecidos pelo Contratante.

As normas a seguir, baseadas na Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT deverão

ser observadas na elaboração e apresentação dos trabalhos.

1.1 NORMAS

Em todos os trabalhos de natureza técnica deverão ser observados padrões técnicos

reconhecidos pela comunidade científica, preferencialmente, as normas da ABNT (ABNT

10719).

1.2 UNIDADES

Deverão ser utilizadas nos relatórios, desenhos, memoriais etc., as unidades do Sistema

Métrico Internacional. Havendo necessidade de citar outras unidades, os valores expressos

nestas, serão indicados entre parênteses, ao lado da correspondente unidade oficial.

1.3 REDAÇÃO

A redação de todos os documentos do projeto deverá ser obrigatoriamente na língua

portuguesa. Toda a parte descritiva deverá ser digitada.

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1.4 NÚMERO DE VIAS E FORMATO DOS DOCUMENTOS

a) Relatórios Parciais: 40 (quarenta) vias impressas (mola espiral simples) e 20 (vinte) vias em

meio magnético em CD-ROM;

b) Relatório “Resumo Geral do PMSB”: 05 (cinco) vias impressas e 01 (uma) via em meio

magnético em CD-ROM;

c) Relatório das Audiências Públicas: 18 (dezoito) vias impressas e 18 (dezoito) vias em meio

magnético em CD-ROM, sendo obrigatoriamente 9 (nove) vias em formato editável.

d) Produto 1: 5 (cinco) vias impressas e 02 (duas) vias em meio magnético em CD-ROM,

sendo obrigatoriamente 1 (uma) via em formato editável.

e) Produto 2: 5 (cinco) vias impressas e 02 (duas) vias em meio magnético em CD-ROM,

sendo obrigatoriamente 1 (uma) via em formato editável.

f) Produto 3: 5 (cinco) vias impressas e 02 (duas) vias em meio magnético em CD-ROM, sendo

obrigatoriamente 1 (uma) via em formato editável.

g) Produto 4: 5 (cinco) vias impressas e 02 (duas) vias em meio magnético em CD-ROM,

sendo obrigatoriamente 1 (uma) via em formato editável.

h) Produto 5: 5 (cinco) vias impressas e 02 (duas) vias em meio magnético em CD-ROM,

sendo obrigatoriamente 1 (uma) via em formato editável.

i) Produto 6: 5 (cinco) vias impressas e 02 (duas) vias em meio magnético em CD-ROM, sendo

obrigatoriamente 1 (uma) via em formato editável.

O Produto 6 somente será finalizado após a aprovação dos produtos anteriores pela

Contratante.

1.5 ENCADERNAÇÃO

A encadernação dos Relatórios: do Resumo Geral do PMSB, das Audiências Públicas e dos

Produtos de 1 a 6 será do tipo capa-dura, não se aceitando lombadas com garras plásticas.

A encadernação dos Relatórios Parciais poderá ser espiral, não se aceitando lombada com

garra plástica.

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2. ELEMENTOS COMPONENTES

2.1 CAPA (NBR - 6.029)

Conforme definido no item 1.5, a capa dos documentos deve ser em capa dura, em papelão

plastificado, revestida de papel cartolina ou tecido, em couro ou material similar (encadernação

ou cartonado).

2.2 LOMBADA (NBR - 6.029)

Deverá apresentar (lido vertical, com os dizeres inscritos de cima para baixo):

a) Nome do Contratante (direita);

b) Título do Trabalho (centro);

c) Ano da Elaboração (esquerda).

2.3 FOLHA DE ROSTO

Página que contém os elementos essenciais à identificação do serviço. Além das indicações

comuns ao projeto, deve conter as informações de cada volume em particular.

2.4 VERSO DA FOLHA DE ROSTO

O verso da folha de rosto deverá conter:

a) Ficha catalográfica, adotando as normas do Código de Catalogação Anglo - Americano

AACR;

b) Endereço do Contratante;

c) Endereço da (s) Contratada (s).

2.5 CADERNOS TEMÁTICOS

Cada Volume terá em seu início a especificação geral do Plano Municipal de Saneamento

Básico, contendo as subdivisões de capítulos e tomos, quando for o caso.

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2.6 SUMÁRIO

Enumeração das principais divisões, seções e outras do volume, na mesma ordem em que a

matéria nele se sucede, abrangendo inclusive as listas de abreviaturas, ilustrações e tabelas,

introduções, apêndices, notas bibliográficas, índices e anexos. Sua finalidade é a de informar o

conteúdo do estudo ao leitor, bem como localizar os tópicos que lhe possam interessar.

2.7 APRESENTAÇÃO

Palavras de esclarecimento, justificação ou apresentação. A critério da Contratada poderá ser

apresentada uma breve explicação sobre o conteúdo de cada volume que compõe o trabalho.

2.8 TEXTO

Deverá constar de:

a) Introdução;

b) Corpo, incluindo a(s) metodologia(s) utilizadas em cada Capítulo;

c) Conclusão.

2.9 LISTAS

Cada volume deverá conter listas de figuras, tabelas, siglas e abreviaturas.

2.10 ANEXOS, APENDICES OU ADENDOS

A contratada deverá registrar em forma de relatórios todas as memórias de todos os eventos

programados, principalmente os relacionados com a comunidade e/ou entidades. Os relatórios

devem conter principalmente listas de presença, atas e cobertura fotográfica, as quais deverão

ter legenda indicativa do evento ao qual se refere.

Todos os anexos, apêndices ou adendos devem estar com a indicação do texto a que se

referem.

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2.11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (NBR - 6.023)

Toda bibliografia e referência ligadas a assuntos relevantes, tratados no trabalho, devem vir

dispostas em ordem alfabética dos sobrenomes dos autores, com numeração arábica

crescente, no final dos trabalhos.

3. DISPOSIÇÃO

3.1. FORMATOS A SEREM ADOTADOS NOS DOCUMENTOS (NBR - 5.339)

a) Texto (formato A4), gramatura de AA 75 g., impressão gráfica laser ou off-set.

b) Especificações, memórias de cálculo e estudos (formato A4), se houver.

c) Desenhos (formato A1): Os desenhos deverão ser elaborados em AutoCad. Desenhos e

plantas do trabalho serão produzidos normalmente em formato A1 e serão, após a aprovação

pelo Contratante, reduzidos para apresentação em álbum formato A3, no Relatório Final. A fim

de que não seja perdida a legibilidade das informações, por efeito da redução, a normografia

deve ser previamente estudada. Os originais, em formato A1, em papel poliéster ou em arquivo

magnético, serão entregues ao Contratante na ocasião, se houver.

3.2. PAGINAÇÃO E NUMERAÇÃO

A contagem das páginas deve ser feita a partir da primeira página impressa, excluída a capa. A

numeração será contínua em algarismos arábicos, feita a partir da primeira página do texto.

3.3. QUADROS E TABELAS

Todos os quadros e tabelas deverão:

a) obedecer às Normas de Apresentação Tabular do IBGE;

b) ser numerados, em algarismos arábicos, de acordo com as respectivas seções, em

seqüência no texto, logo após a primeira citação referente ao quadro ou tabela;

c) apresentar título e legenda explicativa;

d) apresentar citações da fonte.

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3.4 GRÁFICOS E FOTOGRAFIAS

Gráficos e fotografias serão designados de FIGURAS (fig.), seguidos de numeração arábica e

legenda na parte inferior.

3.5 NOTAS DE PÉ DE PÁGINA

As Notas de pé de página devem ser incluídas imediatamente após o texto a que

correspondem, ao pé da página respectiva, separadas dele por um traço.

3.6 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA DAS SEÇÕES DE UM DOCUMENTO (NBR - 6.024)

Apresentar um sistema de numeração progressiva das partes do documento, de modo a

permitir a exposição mais clara da matéria e a localização imediata de cada parte. Não se deve

subdividir demasiadamente as seções, sacrificando assim a concisão.

3.7. REFERÊNCIAS

Indicar, em cada documento, os outros que lhe serão referentes.

3.8 REVISÃO DOS DOCUMENTOS

Cada documento revisto terá indicação e apresentará em local próprio a descrição das

alterações efetuadas.

3.9 ESCALA (NBR - 5.984)

a) toda folha de documento (desenho, especificação) deve levar, no canto inferior direito, um

quadro destinado a legenda, constando do mesmo, além do título do documento, as indicações

necessárias à sua exata identificação e interpretação;

b) a legenda deve apresentar a disposição mais conveniente à natureza do respectivo

documento não ultrapassando, tanto quanto possível, a largura de 175 mm;

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c) da legenda devem constar as seguintes indicações, além de outras julgadas indispensáveis

para um determinado tipo de documento:

- Nome do Contratante;

- Título do Trabalho;

- Logotipos das Entidades participantes, conforme orientação do Contratante;

- Data (mês/ano);

- Nome da Contratada;

- Número do documento e, se necessário, outras indicações para a classificação e

arquivamento;

- Indicação de "Substitui" ou "Substituído por", quando for o caso; e

- Assinaturas dos responsáveis pela elaboração

4. ENTREGA DOS DOCUMENTOS

4.1 METODOLOGIAS E BANCOS DE DADOS

A Contratada deverá apresentar todas as metodologias utilizadas, bem como os bancos de

dados, juntamente com a apresentação do Relatório Final do Plano de Saneamento Básico.

Para cada cálculo será feita uma breve apresentação dos dados de entrada, dos

procedimentos de cálculo, dos resultados obtidos e de como estes resultados foram

introduzidos em outros cálculos ou no projeto.

4.2 SOFTWARES E RECURSOS DE INFORMÁTICA

Todos os programas de computação utilizados na elaboração dos trabalhos deverão ser

apresentados de modo sistemático e completo, contendo entre outras, no mínimo, as seguintes

informações: nome do programa; descrição; modelo matemático utilizado; fluxograma;

comentários sobre os resultados; linguagem e programação fonte, de forma acertada com o

Contratante e compatível com os seus equipamentos.

Os arquivos originais de todos os produtos dos serviços serão apresentados em discos CD-

ROM, sem compactação, e com os seguintes softwares:

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- Texto: Microsoft Word para ambiente Windows;

- Tabelas e gráficos: Microsoft Excel para ambiente Windows;

- Demais softwares a serem discutidos com a Contratante.

Todos os Relatórios parciais, bem como os Relatórios do Resumo Geral do PMSB, das

Audiências Públicas e dos Produtos de 1 a 6 serão acompanhados dos meios magnéticos

correspondentes, nas quantidades indicadas neste Termo de Referência.

4.3 RELATÓRIOS PARCIAIS

Esses relatórios deverão manter correlação estrita com a fase única em estudo e serão

conclusivos em suas análises.

Esses relatórios também deverão ser considerados como uma atividade de gerenciamento do

contrato, permitindo ao Contratante identificar as atividades em desenvolvimento. Deve conter

todos os elementos pertinentes, tais como:

a) Todos os elementos técnicos, mesmo que incompletos, elaborados no período, incluindo:

texto, memórias de cálculo, desenho, gráficos, planilhas etc.

b) Andamento dos serviços;

c) Resultados alcançados;

d) Cumprimento do cronograma;

e) Atualização do cronograma (para análise do Contratante);

f) Metas para o período seguinte;

g) Pendências e responsáveis.

4.4 RELATÓRIOS ESPECÍFICOS

São relatórios que contém justificativa técnica de assuntos específicos que porventura se

tornem necessários durante o andamento dos serviços.

4.5 DAS CONSULTAS PÚBLICAS

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A Contratada deverá acompanhar e apresentar o desenvolvimento do trabalho, pelo menos por

meio de seu Coordenador, em todos os eventos agendados pelo Município, a fim de que os

serviços realizados sejam apresentados à sociedade civil.

A Contratante disponibilizará infra-estrutura para a realização de todos os eventos

programados, como por exemplo, locais apropriados para a realização dos eventos com

equipamentos de multimídia (computador, microfone, retroprojetor, entre outros que forem

necessários), além de materiais de comunicação social, que podem ser folders, cartazes, carro

de som, veiculação na mídia (TV, rádio e jornais), páginas para a internet, som e equipamentos

de multimídia, vídeos explicativos, informativos e boletins impressos, cartilhas e outros meios

de comunicação local.

A Contratada ficará responsável pela avaliação e resposta de todas as emendas apresentadas

ao PMSB durante o período de consulta pública. A Contratada acompanhará e desenvolverá

todas as tarefas que lhe forem incumbidas durante o processo.

4.6 RELATÓRIOS FINAIS

Os Relatórios Finais dos Produtos de 1 a 6 terão por base os Relatórios Parciais aprovados

pelo Contratante que deverão ser apresentados, incluindo as incorporações necessárias após

as consulta públicas, conforme cronograma de execução.

Será (ao) apresentado(s), em nível de minuta, para exame e aprovação do Contratante.

Após a aprovação da minuta, a Contratada, em prazo a ser acertado com o Contratante, fará a

entrega do Relatório Final do Plano Municipal de Saneamento Básico, em impressão definitiva

e contendo todas as informações solicitadas pelo Contratante quando da análise da respectiva

minuta.

Em todas as fases do Processo de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, a

Contratante, após análise dos dados e do texto, poderá solicitar da Contratada alterações ou

revisões dos respectivos dados e textos.

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ANEXO B

CRONOGRAMA FÍSICO - FINANCEIRO

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