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Terracap - Agronomia Concursos · "Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões

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Terracap

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AULA 0

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SUMÁRIO pg

INTRODUÇÃO............................................................................. 04

1. Apresentação......................................................................... 06

2. O que vamos estudar neste curso?............................................ 07

3. Introdução ao Direito Ambiental................................................ 19

4. lei 6938 – 31 de agosto de 1981.............................................. 28

5 .lei 12651 – 25 de maio 2012................................................... 65

6. Lista de questões comentadas................................................. 118

7. Lista de questões................................................................ 154

8. Gabarito.............................................................................. 160

9. Bibiografia.......................................................................... 167

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Olá, meus amigos e amigas!

Estamos inaugurando este novo espaço para concursos e é muito bom

tê-los aqui. Nossas aulas visam preencher uma lacuna no mundo dos

concursos com relação as áreas agrícolas, onde faltam materiais de

qualidade para que possamos estudar os temas pedidos nos editais, nosso

objetivo e preencher esta lacuna e preparando os alunos a disputar uma

vaga, e estar entre os classificados. Assim, teremos aulas voltadas para os

principais concursos nacionais como: FISCAL AGROPECUÁRIO - (MAPA)

(Agronomia, veterinária, zootecnia), PERÍTO DA POLÍCIA FEDERAL

(Agronomia, engenharia florestal, engenharia elétrica, etc),

POLÍCIA CIENTÍFICA, INCRA E MUITOS OUTROS. Estaremos

elaborando aulas de acordo com os editais, com muitos exercícios, para que

possamos gabaritar estas provas. Queremos abordar várias áreas, como

engenharia agrícola, florestal, ambiental, engenharia civil, engenharia

elétrica, arquitetura etc.

ENTÃO, NÃO SE ESQUEÇA: ESTE É O NOSSO ESPAÇO

O curso de legislação ambiental compõem-se de quatro aulas em pdf

totalmente explicadas contemplando vários exercícios de concursos

anteriores visando o treinamento do candidato, esse material objetiva ser a

única fonte do aluno contemplando toda a matéria solicitada no edital

Terracap. Então, não precisará de livros, apostilas, ou qualquer outro

material. Em caso de dúvidas, teremos um FÓRUM diretamente ligado

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aos professores, no qual você pode entrar em contato, quando julgar

necessário, para esclarecimento de pontos da aula que não ficaram tão claros

ou precisam de um aprofundamento. O site foi feito pensando em você, para

que alcance seus sonhos, passar em um bom concurso. Para isso precisamos

de excelentes materiais, o que era uma raridade nas áreas específicas, hoje

temos AGRONOMIACONCURSOS vindo a preencher está lacuna.

Acompanhe nossa página no Facebook, com as novidades no mundo dos

concurso.

Agronomia concursos

www.agronomiaconcursos.com.br

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APRESENTAÇÃO

Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na

Universidade Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG

(Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas

Gerais). Tenho pós-graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o

Desenvolvimento Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o

mestrado em Agricultura Tropical, na área de conservação de solos. Fui

professor do curso técnico agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e

forragicultura, fertilidade do solo e culturas anuais e olericultura. Sou

professor de matemática e física do ensino médio. Ministro vários cursos

para agricultura familiar, entre eles fertilidade do solo, culturas anuais,

olericultura, mecanização agrícola, cafeicultura e manejo da bovinocultura

de leite. Trabalho com crédito rural (custeio e investimento), elaborando

projeto e prestando orientação aos agricultores há 10 anos. Sou responsável

pela elaboração da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de

Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) e correspondente bancário pelo

sistema COPAN.

Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização

agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 – agronomia,

Ministério Público e Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui reprovado em

outros, mas assim é a vida do concurseiro. Passei na Emater-MG, onde estou

até hoje. O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se o nosso ponto de encontro,

nosso espaço de estudo para gabaritar todas as provas de agronomia.

Aproveite todas as oportunidades. Solicitamos que os alunos que adquirirem

nossos cursos avaliem-nos no final, para que possamos melhorar a

linguagem e os temas que não ficarem tão claros. Espero que vocês também

aprovem e gostem do nosso material, e que ele possa ajudar na sua

aprovação!

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O QUE VAMOS ESTUDAR NESTE CURSO?

ANÁLISE DO EDITAL

Analisemos agora a parte de ciência dos solos (edafologia), solicitado

no edital terracap, conforme transcrito abaixo.

ENGENHEIRO AGRÔNOMO

30 LEGISLAÇÃO:

30.1 Lei nº 9.605/1998 e alterações e Decreto nº 6.514/2008 - (Lei dos

Crimes Ambientais).

30.2 Lei nº 12.651/2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;

altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro

de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771,

de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida

Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.

30.3 Lei nº 9.795/1999 e Decreto nº 4.281/2002 (Educação

Ambiental). ESTA SENDO ABORDADA NO CURSO EXTENSÃO RURAL

30.4 Lei nº 12.305/2010 - (Política Nacional de Resíduos Sólidos).

30.5 Lei nº 11.105/2005

30.6 Lei nº 7.802/1989 e alterações (Lei de Agrotóxicos).

ABORDADA NO CURSO DE FITOSSANIDADE

30.7 Lei nº 9.433/1997 e alterações (Política Nacional de Recursos

Hídricos). ABORDADA NO CURSO DE HIDRAÚLICA E IRRIGAÇAÕ

30.8 Lei nº 6.938/1981 e alterações - (Política Nacional do Meio Ambiente).

30.9 Lei nº 9.985/2000 e alterações (Sistema Nacional de Unidades de

Conservação da Natureza).

30.10 Decretos nº 875/1993 e nº 4.581/2003 (Convenção de Basileia).

30.11 Decreto nº 5.472/2005 (Convenção de Estocolmo).

30.12 Decreto nº 5.360/2005 (Convenção de Roterdã).

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30.13 Decreto nº 5.445/2005 (Protocolo de Quioto).

30.14 Decreto nº 2.699/1998 (Protocolo de Montreal).

30.15 Lei nº 9.966/2000 e Decreto nº 4.136/2002 (lançamento de óleo e

outras substâncias nocivas).

30.16 Lei nº 8.723/1993 e alterações (emissão de poluentes por veículos

automotores).

RESOLUÇÕES DO CONAMA:

Nº 1/1986 e alterações

Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto

ambiental

nº 18/1986 e alterações

"Dispõe sobre a criação do Programa de Controle de Poluição do Ar por

Veículos Automotores - PROCONVE". - Data da legislação: 06/05/1986 -

Publicação DOU, de 17/06/1986, págs. 8792-8795 - Alterada pelas

Resoluções nº 15, de 1995, nº 315, de 2002, e nº 414, de 2009.

Complementada pelas Resoluções nº 08, de 1993, e nº 282, de 2001.

nº 5/1989 e alterações

- "Dispõe sobre o Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar -

PRONAR"

nº 02/1990

Dispõe sobre o Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição

Sonora - SILÊNCIO"

nº 02/1991

Dispõe sobre adoção ações corretivas, de tratamento e de disposição final de

cargas deterioradas, contaminadas ou fora das especificações ou

abandonadas.

nº 6/1991

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"Dispõe sobre a incineração de resíduos sólidos provenientes de

estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos"

nº 5/1993 e alterações

- "Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos,

aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.". - Data da legislação:

05/08/1993 - Publicação DOU nº 166, de 31/08/1993, págs. 12996-12998

Status: Alterada pela Resolução nº 358, de 2005.

nº 24/1994

"Exige anuência

prévia da CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, para toda a

importação ou exportação de material radioativo, sob qualquer forma e

composição química, em qualquer quantidade"

nº 23/1996 e alterações

"Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos".

nº 237/1997

Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na

Política Nacional do Meio Ambiente;

nº 267/2000 e alterações

"Proibição de substâncias que destroem a camada de ozônio". - Data da

legislação: 14/09/2000 - Publicação DOU nº 237, de 11/12/2000, págs. 27-

29

Status: Revoga as Resoluções nº 13, de 1995, e nº 229, de 1997. Alterada

pela Resolução nº 340, de 2003.

nº 275/2001

"Estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta

seletiva";

nº 302/2002

"Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação

Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno;

nº 303/2002

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"Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação

Permanente"

nº 307/2002 e alterações

"Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos

da construção civil". - Data da legislação: 05/07/2002 - Publicação DOU nº

136, de 17/07/2002, págs. 95-96

Status: Alterada pelas Resoluções nº 348/2004, 431/2011, 448/2012 e

469/2015

Processos:

- Revisão: 02000.000640/2003-04 - SOLICITA ALTERAÇÃO DA RESOLUÇÃO

CONAMA N. 307/2002, QUE DISPÕE SOBRE DESTINAÇÃO FINAL DE

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

nº 313/2002

Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais

nº 316/2002 e alterações

"Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas

de tratamento térmico de resíduos". - Data da legislação: 29/10/2002 -

Publicação DOU nº 224, de 20/11/2002, págs. 92-95

Status: Alterada pela Resolução nº 386, de 2006.

nº 357/2005 e alterações

"Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para

o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de

lançamento de efluentes, e dá outras providências.;

nº 358/2005

"Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de

saúde e dá outras providências

nº 362/2005 e alterações

Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante

usado ou contaminado." - Data da legislação: 23/06/2005 - Publicação DOU

nº 121, de 27/06/2005, págs. 128-130

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Status: Revoga a Resolução nº 09, de 1993. Alterada pela Resolução nº 450,

de 2012.

nº 369/2006

"Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou

baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de

vegetação em Área de Preservação Permanente-APP;

nº 371/2006

"Estabelece diretrizes aos órgãos ambientais para o cálculo, cobrança,

aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos advindos de

compensação ambiental, conforme a Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000,

que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-

SNUC e dá outras providências.";

nº 375/2006 e alterações

"Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto

gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos

derivados, e dá outras providências

nº 380/2006

Retifica a Resolução CONAMA Nº 375/2006 - Define critérios e

procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações

de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras

providências" - Data da legislação: 31/10/2006 - Publicação DOU nº 213, de

07/11/2006, pág. 59

nº 396/2008

"Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento

das águas subterrâneas e dá outras providências." - Data da legislação:

03/04/2008 - Publicação DOU nº 66, de 07/04/2008, págs. 66-68

Processos:

- Origem: 02000.003671/2005-71 - GT SOBRE CLASSIFICAÇÃO E

DIRETRIZES AMBIENTAIS PARA O ENQUADRAMENTO DAS ÁGUAS

SUBTERRÂNEAS

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nº 401/2008 e alterações

"Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e

baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para

o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.".

- Data da legislação: 04/11/2008 - Publicação DOU nº 215, de 05/11/2008,

págs. 108-109

Status: Revoga a Resolução nº 257, de 1999. Alterada pela Resolução nº

424, de 2010

Processos: Origem: 02000.005624/1998-07 - PILHAS E BATERIAS -

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO QUE DISPÕE SOBRE PILHAS E BATERIAS

nº 403/2008

"Dispõe sobre a nova fase de exigência do Programa de Controle da Poluição

do Ar por Veículos Automotores-PROCONVE para veículos pesados novos

(Fase P-7) e dá outras providências." - Data da legislação: 11/11/2008 -

Publicação DOU nº 220, de 12/11/2008, págs. 92-93

Status: Complementada pela Resolução nº 415, de 2009.

Processos:

- Origem: 02000.000542/2008-73 - PROCONVE P-7 - PROPOSTA DE

RESOLUÇÃO QUE DISPÕE SOBRE NOVA FASE DE EXIGÊNCIA DO PROGRAMA

DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR POR VEÍCULOS AUTOMOTORES –

PROCONVE PARA VEÍCULOS PESADOS NOVOS (FASE P7)

nº 404/2008

Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro

sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos." - Data da

legislação: 11/11/2008 - Publicação DOU nº 220, de 12/11/2008, pág. 93

Processos:

- Origem: 02000.000868/2006-39 - ATERROS SANITÁRIOS - Proposta de

Resolução que dispõe sobre o licenciamento simplificado de aterros

sanitários

nº 410/2009

Prorroga o prazo para complementação das condições e padrões de

lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de

março de 2005, e no Art. 3o da Resolução nº 397, de 3 de abril de 2008." -

Data da legislação: 04/05/2009 - Publicação DOU nº 83, de 05/05/2009,

pág. 106

Processos:

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- Origem: 02000.001876/2008-64 - PADRÕES DE LANÇAMENTO DE

EFLUENTES - Propostas complementares à Resolução 357, de 17 de março

de 2005, e 397, de 03 de abril de 2008, sobre condições e padrões de

lançamento de efluentes

nº 412/2009

Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de novos

empreendimentos destinados à construção de habitações de Interesse

Social." - Data da legislação: 13/05/2009 - Publicação DOU nº 90, de

14/05/2009, págs. 75-76

Processos:

- Origem: 02000.000562/2009-25 - EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS DE

INTERESSE SOCIAL - Proposta de Resolução que estabelece critérios e

diretrizes para o licenciamento ambiental de empreendimentos imobiliários

destinados à construção de habitações de Interesse Social com área até 100

ha

nº 413/2009

Dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura, e dá outras

providências." - Data da legislação: 26/06/2009 - Publicação DOU nº 122,

de 30/06/2009, págs. 126-129

Status: Alterada pela Resolução 459/2013 (acrescenta § 5º ao art. 6º;

acrescenta §§ 1º, 2º e 3º ao art. 9º; nova redação ao inciso II do art. 10;

acrescenta o art. 23-A; acrescenta o anexo VIII)

Processos:

- Origem: 02000.000348/2004-64 - LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE

AQUICULTURA

nº 414/2009

Altera a resolução no 18, de 6 de maio de 1986, do Conselho Nacional do

Meio Ambiente-CONAMA e reestrutura a Comissão de Acompanhamento e

Avaliação do PROCONVE-CAP, em seus objetivos, competência, composição

e funcionamento." - Data da legislação: 24/09/2009 - Publicação DOU nº

184, de 25/09/2009, págs. 52-53

Status: Altera a Resolução nº 18/1986.

Processos:

- Origem: 02000.000078/2009-04 - COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO E

AVALIAÇÃO PROCONVE - COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

PROCONVE - Alteração da Resolução CONAMA nº 18/86 no que diz respeito

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à Comissão de Acompanhamento e Avaliação do PROCONVE - CAP -

PROCONVE

nº 415/2009 e alterações

"Dispõe sobre nova fase (PROCONVE L6) de exigências do Programa de

Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores-PROCONVE para

veículos automotores leves novos de uso rodoviário e dá outras

providências." - Data da legislação: 24/09/2009 - Publicação DOU nº 184,

de 25/09/2009, págs. 53-54

Status: Altera a Resolução nº 299, de 2001; revoga, a partir de 1º de janeiro

de 2013, o §2º do art. 15 da Resolução nº 8, de 1993, e o art. 23 da

Resolução nº 315, de 2002; Complementa a Resolução nº 403/2008.

Processos:

- Origem: 02000.003261/2008-72 - PROCONVE L6 - PROPOSTA DE

RESOLUÇÃO QUE DISPÕE SOBRE NOVA FASE DE EXIGÊNCIAS DO

PROCONVE PARA VEÍCUL - PROCONVE L6 - PROPOSTA DE RESOLUÇÃO QUE

DISPÕE SOBRE NOVA FASE DE EXIGÊNCIAS DO PROCONVE PARA VEÍCULOS

AUTOMOTORES LEVES DE USO RODOVIÁRIO

nº 416/2009

Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus

inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras

providências." - Data da legislação: 30/09/2009 - Publicação DOU Nº 188,

de 01/10/2009, págs. 64-65

Status: Revoga as Resoluções nº 258/ 1999 e nº 301/2002.

Processos:

- Origem: 02000.000611/2004-15 - REVISÃO DA RESOLUÇÃO 258/99 -

DESTINAÇÃO FINAL DE FORMA AMBIENTALMENTE ADEQUADA E SEGURA DE

PNEUMÁTI - REVISÃO DA RESOLUÇÃO 258/99 - DESTINAÇÃO FINAL DE

FORMA AMBIENTALMENTE ADEQUADA E SEGURA DE PNEUMÁTICOS

nº 418/2009 e alterações

"Dispõe sobre critérios para a elaboração de Planos de Controle de Poluição

Veicular - PCPV e para a implantação de Programas de Inspeção e

Manutenção de Veículos em Uso - I/M pelos órgãos estaduais e municipais

de meio ambiente e determina novos limites de emissão e procedimentos

para a avaliação do estado de manutenção de veículos em uso." - Data da

legislação: 25/11/2009 - Publicação DOU nº 226, de 26/11/2009, págs. 81-

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Status: Revoga as Resoluções nº 07, de 1993, nº 15, de 1994, nº 18, de

1995, nº 227, de 1997, nº 251, de 1999, nº 252, de 1999, e nº 256, de

1999. Alterada pelas Resoluções nº 426, de 2010, nº 435, de 2011, e nº

451, de 2012.

Processos:

- Origem: 02000.000921/2009-44 - PROGRAMAS DE INSPEÇÃO E

MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS EM USO-I/M - Proposta de Resolução que

dispõe sobre a implantação pelos órgãos estaduais e municipais de meio

ambiente dos Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso -

I/M.

nº 420/2009

"Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à

presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o

gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em

decorrência de atividades antrópicas." - Data da legislação: 28/12/2009 -

Publicação DOU nº 249, de 30/12/2009, págs. 81-84

Processos:

- Origem: 02000.000917/2006-33 - MINUTA DE RESOLUÇÃO CONAMA, QUE

DISPÕE SOBRE O ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS E VALORES

ORIENTADORES R - MINUTA DE RESOLUÇÃO CONAMA, QUE DISPÕE SOBRE

O ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS E VALORES ORIENTADORES

REFERENTES À PRESENÇA DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS, PARA A PROTEÇÃO

DA QUALIDADE DO SOLO E SOBRE DIRETRIZES E PROCEDIMENTOS PARA O

GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS

nº 422/2010

"Estabelece diretrizes para as campanhas, ações e projetos de Educação

Ambiental, conforme Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, e dá outras

providências." - Data da legislação: 23/03/2010 - Publicação DOU nº 56, de

24/03/2010, pág. 91

Processos:

- Origem: 02000.000701/2008-30 - ESTABELECE DIRETRIZES AS

CAMPANHAS, AÇÕES E PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CONFORME

LEI Nº 9.795/99 - ESTABELECE DIRETRIZES AS CAMPANHAS, AÇÕES E

PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CONFORME LEI Nº 9.795/99, E DÁ

OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

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nº 424/2010

"Revoga o parágrafo único do art. 16 da Resolução no 401, de 4 de novembro

de 2008, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA." - Data da

legislação: 22/04/2010 - Publicação DOU nº 76, de 23/04/2010, pág. 113

Processos:

- Origem: 02000.002912/2009-98 - PROPOSTA DE RESOLUÇÃO QUE

REVOGA O PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 16 DA RESOLUÇÃO 401 -

Proposta de Resolução CONAMA que dispõe sobre revogação do Parágrafo

Único do Artigo 16 da Resolução CONAMA nº 401/08, que estabelece os

limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias

comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu

gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.

24 Normas ISO 14.000 ESTE AQUI JÁ TEM UM CURSO ESPECIFICO –

EXTENSÃO RURAL

OHSAS 18.001 - NÃO SERÁ ABORDADO NO CURSO DE LEGISLÇÃO

LEGISLAÇÃO FEDERAL

Leis nº 6.938/1981

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos

de formulação e aplicação, e dá outras providências

LEI 9.605/1998

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e

atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

LEI 9.985/2000

Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal,

institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá

outras providências.

Decretos nº 99.274/1990

Regulamenta a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei nº 6.938, de 31

de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de

Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional

do Meio Ambiente, e dá outras providências.

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17

DECRETO 4.340/2002

Regulamenta artigos da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC,

e dá outras providências.

DECRETO 6.514/2008

Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e

dá outras providências

DECRETO 5.940/2006

Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte

geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de

materiais recicláveis, e dá outras providências.

Código Florestal – LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.

Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de

31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22

de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de

1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67,

de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências

Decreto nº 7.830/2012

Dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de caráter geral aos Programas de Regularização

Ambiental, de que trata a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, e dá outras

providências.

IN 01/2010 - dispõe sobre os critérios de sustentabilidade

11 NBR ISSO 14.000.

12 NBR ISO nº 14.001 (sistemas de gestão ambiental: requisitos e normas

para uso). 13 NBR ISO nº 14.004 (sistemas de gestão ambiental: diretrizes

e princípios gerais de uso).

14 NBR ISO nº 19.011 (diretrizes para auditorias de gestão da qualidade

e(ou) ambiental).

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Assim, vamos montar nosso cronograma:

Cronograma das aulas

AULA PROGRAMA DATA

0 Lei 6938/81, LEI 12651/12 - 30 questões

07/04/2017

2

LEIS E DECRETOS Leis nº 6.938/1981, 9.605/1998, 9.985/2000. Decretos nº 99.274/1990, 4.340/2002, 6.514/2008,

8.235/2014 150 QUESTÕES

14/04/2017

3

Convenção de Basileia, Convenção de Estocolmo, Convenção de Roterdã, Protocolo de Quioto,

Protocolo de Montreal. RESOLUÇÕES DO CONAMA 150 questões

21/04/2017

4 NBR ISSO 14.000. 50 questões

28/04/2017

[email protected]

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Durante séculos, o meio ambiente foi tratado como acessório do

desenvolvimento e não como parte integrante do sistema. Vivemos em um

modelo de exploração predatório pelo mundo, a poluição e os impactos

adversos são visíveis, mas os benefícios proporcionados pelo progresso

justificam-nos como um mal necessário. Na onda da tendência mundial, o

movimento ambientalista era fortalecido pelo aumento da concentração de

renda, decorrente do período desenvolvimentista brasileiro, chamado de

“ecologismo dos pobres”. Centrava-se na reação contra a degradação

ambiental causada pela pobreza e na defesa do acesso comunitário aos

recursos naturais contra a ameaça do mercado e do Estado.

Existem vários exemplos que mostram o poder destrutivo da espécie

humana, entre eles, temos a construção rodovia transamazônica e a ponte

Rio-Niterói, passando por cima dos impactos gerados ao meio ambiental,

promovendo o processo de destruição na Amazônia. Assim, vendo a

necessidade de conter o ímpeto destrutivo do homem, racionalizando a

exploração dos recursos naturais, os Estados Unidos surgem como primeiro

país a intervir, nas questões ambientais, em 1969. Após esse período, outros

países começam a se preocupar com as questões ambientais dentre eles o

Canada, Europa oriental, Japão, Nova Zelândia e, nos anos de 1980,

estende-se essa preocupação à América Latina, Europa Oriental, União

Soviética e Sul e Leste da Ásia.

Desta forma, a legislação Brasileira sobre o meio ambiente tutelava o

interesse econômico, na ótica utilitarista dos recursos naturais e, em 1934,

surgiu o primeiro documento legal ambiental brasileiro, o Código das Águas

com o Decreto nº 24.643, o qual definiu o direito de propriedade, exploração

dos recursos hídricos para abastecimento, irrigação, navegação, usos

industriais e geração de energia. Na década de 30, surgiram outros dois

documentos importantes, o Decreto nº 1.713, de 14 de julho 1934, que criou

o Parque Nacional de Itatiaia (RJ) e o Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro

de 1934, organizando o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Neste momento, a legislação brasileira estava envolvida apenas com

aspectos relacionados ao saneamento, à conservação e preservação do

patrimônio natural, histórico e artístico do país e problemas provocados pelas

secas e enchentes. Em 1940, ocorreu a dissociação do direito de propriedade

INTRODUÇÃO AO DIREITO AMBIENTAL INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

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do direito de exploração por meio do Código das Minas, regulamentado pelo

Decreto nº 1.985, no qual se declarava que o proprietário tinha o dever de

explorar sua propriedade, sem causar qualquer dano ao próximo, evitando a

poluição do meio e conservando-o. Entretanto, na Conferência de Chicago,

em 1944, foi que se iniciou a preocupação real com o desenvolvimento de

uma política ambiental brasileira por meio do Decreto nº 21.713, de 2 de

agosto de 1946, que promulgou a Convenção Internacional sobre Aviação

Civil, concluída em Chicago, em dezembro de 1944 e firmada pelo Brasil em

Washington, em 29 de maio de 1945. A criação de Áreas de Preservação

Ambiental (APP), bem como o reconhecimento das florestas e demais formas

de vegetação como bens de interesse comum a todos os cidadãos brasileiros,

aconteceu, nos anos 60, a partir da criação do Código Florestal, Lei nº 4.771,

de 15 de setembro de 1965. Na mesma década, criou - se o Estatuto da

Terra pela Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, definindo a função

social. Nas décadas de 1950 a 1970, o Brasil tinha como objetivo fomentar

a exploração de recursos naturais e incentivar o desbravamento do território

nacional, assim, os investimentos públicos do país eram nas áreas de

petróleo, energia, siderurgia e infraestrutura, visando ao processo de

substituição das importações. O plano metas do governo de Juscelino

Kubitschek, de 1959 a 1961, o programa de integração nacional e o I plano

de desenvolvimento buscaram a modernização e a industrialização do país,

promovendo o período conhecido como milagre econômico, marcando o auge

da ideologia do crescimento acelerado e predatório.

No ano de 1968, realizou-se a “conferencia de peritos sobre os

fundamentos científicos da utilização e da conservação dos recursos

naturais”, promovido pela Unesco, resultando no reconhecimento dos

Estados Unidos à necessidade de cooperação técnica internacional e de uma

declaração universal sobre a proteção e melhoria do ambiente humano. Essa

declaração, originou-se da confederação de Estocolmo, de 5 a 16 de junho

do ano de 1972, com a denominação de declaração das nações unidas sobre

o meio humano”, fundamentada em dados técnicos sobre a poluição e o

esgotamento de recursos naturais, produzidos pelo clube de Roma e

divulgados no relatório “ limites do crescimento” dois anos antes.

Observa-se que a conferência de Estocolmo foi a primeira

tentativa de aproximação entre os direitos humanas e o meio ambiente, pois

até esse momento, esses assuntos eram dissociados. Assim, o homem tem

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direito fundamental à liberdade, igualdade e ao desfrute de condições de vida

adequados, em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar

uma vida digna, gozar de bem – estar e sendo portador da solene obrigação

de proteger e melhorar esse meio ambiente, para as gerações presentes e

futuras.

Desta forma, a incerteza da real gravidade dos problemas ambientais

e o grande desnível de desenvolvimento entre os países fizeram com que os

países subdesenvolvidos, como exemplo, o Brasil, enquadrado nessa

nomenclatura, recusassem a adotar medidas de proteção ambiental, para

não interromper seu crescimento econômico. Fato que não efetivou de

imediato a cooperação internacional declarada, em Estocolmo, a qual veio a

ser concretizada, em 1972, quando foram constatadas novas catástrofes

potenciais, decorrentes da atividade humana e da multiplicação das

organizações ambientalistas, catalisando essa cooperação internacional, em

diversas ações concretas, a fim de conciliar o crescimento econômico, a

melhoria da qualidade de vida e proteção ambiental.

Em 30 de outubro de 1973, foi criada a Secretaria Especial do Meio

Ambiente (SEMA), no governo de Emílio G. Médici (Decreto nº 73.030). Em

dezembro de 1975, adotou-se o Sistema de Licenciamento de Atividades

Poluidoras (SLAP), primeira manifestação da SEMA. A partir desse momento,

o Estado poderia solicitar a entrega do Relatório de Impacto Ambiental

(RIMA), quando julgasse necessário, para instalação e operação de

atividades potencialmente poluidoras. Os órgãos de apoio do SLAP eram a

Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA), a Fundação Estadual de

Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) e o Projeto Especial de Normalização

de Licenciamento (PRONOL).

Assim, aumentando a pressão interna e externa, frente a uma nova

mudança mundial, foi reconhecida a necessidade de dar uma resposta

consciente à demanda social pela conservação do meio ambiente. Por isso,

em 1981, entrou em vigor a Lei nº 6.938, de 31 de agosto, que estabeleceu

a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e criou o Sistema Nacional do

Meio Ambiente (SISNAMA). A partir desses fatos, a avaliação de impactos

ambientais tomou proporções federais e, dentro da PNMA, criou-se o

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e foi ratificada a conferência

de Estocolmo da qual o Brasil foi signatário. Em 1986, surgiu a Resolução nº

001 do CONAMA, que instituiu os critérios básicos, para elaboração do Estudo

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de Impacto Ambiental, no licenciamento de projetos de atividades poluidoras

de origem pública ou privada. Além da Resolução CONAMA 001/86, merecem

destaque as resoluções do CONAMA nº 016, que estabelece regras para o

licenciamento ambiental de atividades de grande porte e a resolução nº 018,

que instituiu o Programa de Controle de Poluição por Veículos Automotores

(PROCONVE). A legislação ambiental brasileira, desenvolvida por meio da

PNMA, ganhou mais força e consolidação, a partir do surgimento da nova

Constituição da República Federativa do Brasil, em 1988, a qual dedicou um

capítulo especial para as questões ambientais e englobou toda a legislação

vigente no país.

A partir de 1986, com a Resolução CONAMA 001, no Brasil,

muitos projetos de empreendimentos com potencial impactante ao meio

ambiente foram obrigados a elaborar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e

seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), como parte do

licenciamento para sua implantação e operação. Tais exigências, para

aprovação de projetos de empreendimentos potencialmente poluidores,

seguiu uma tendência mundial de preservação dos recursos naturais, uma

preocupação que surgiu, a partir da década de 50 do século XX.

SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente no Brasil

O caput do artigo 225, pertencente ao título VIII, Capítulo VI - Do

Meio Ambiente, dispõe que:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de

uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao

poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as

futuras gerações”.

Desta forma, a constituição federal trouxe um título voltado a questões

ambientais como um dever do poder público e da coletividade, com

distribuição de responsabilidade entre municípios, estados e a União, assim

foi instituído o SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente no Brasil, um

modelo descentralizado de gestão ambiental, criando uma rede articulada de

organizações nos diferentes âmbitos da federação (fig. 1)

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fig. 1 – distribuição de competência

Portanto os órgãos federais têm a função de coordenar e emitir normas

gerais, para a aplicação da legislação ambiental em todo o país, sendo

responsáveis, dentre outras atividades, pela troca de informações, formação

de uma consciência ambiental, a fiscalização e o licenciamento ambiental de

atividades cujos impactos afetem dois ou mais estados. Aos órgãos estaduais

cabem as mesmas atribuições, criação de leis e normas complementares,

estímulo ao crescimento da consciência ambiental, fiscalização e

licenciamento de obras que possam causar impacto em dois ou mais

municípios. O modelo se repete para os órgãos municipais. O modelo de

gestão definido pela política Nacional de meio Ambiente baseia-se no

princípio do compartilhamento e da descentralização das responsabilidades

pela proteção ambiental entre os entes federados e com os diversos setores

da sociedade (fig 1).

De acordo com a Lei nº 6.938/81, que instituiu a Política Nacional de

Meio Ambiente, o SISNAMA é composto de:

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Conselho de Governo – Órgão superior do sistema, reúne todos os

ministérios e a Casa Civil da Presidência da República, na função de formular

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a política nacional de desenvolvimento do País, levando em conta as

diretrizes para o meio ambiente.

Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) – é o órgão consultivo e

deliberativo, formado por representantes dos diferentes setores do governo

(em âmbitos federal, estadual e municipal), do setor produtivo e da

sociedade civil. Assessora o Conselho de Governo e tem a função de deliberar

sobre normas e padrões ambientais.

Ministério do Meio Ambiente (MMA) – órgão central, com a função de

planejar, supervisionar e controlar as ações referentes ao meio ambiente em

âmbito nacional.

Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(IBAMA) – encarrega-se de executar e fazer executar as políticas e as

diretrizes nacionais para o meio ambiente. É o órgão executor.

Órgãos Seccionais – entidades estaduais responsáveis pela execução

ambiental nos estados, ou seja, as secretarias estaduais de meio ambiente,

os institutos criados para defesa ambiental.

Órgãos locais ou entidades municipais – responsáveis pelo controle e

fiscalização ambiental nos municípios.

O SISNAMA é considerado como um sistema, começando a ser

estruturado, ainda, durante os governos militares, em um ambiente

institucional fortemente marcado pela centralização, e, por causa dessa

centralização, foram diversas as dificuldades para se delegar poderes aos

estados e municípios. A primeira fase da implementação do sistema, nas

décadas de 1980 e 1990, foi caracterizado pela criação dos órgãos

ambientais, principalmente, nos âmbitos federal e estadual. A nossa

Constituição Federal de 1988, fortemente marcada pelos princípios da

descentralização, aprovou mais autonomia para os municípios, definição de

suas prioridades ambientais, respeitando as normas gerais editadas pela

União e pelos estados. Eis alguns princípios estabelecidos pela Constituição:

Subsidiariedade: tudo o que puder ser realizado pelo nível local, com

competência e economia, não deve ser atribuído ao nível estadual e

federal. Isso permite encontrar soluções para os problemas o mais

próximo possível de onde são gerados.

Autonomia: a liberdade e o discernimento individual ou local são

valorizados, garantindo-se, dessa maneira, o mínimo de dependência

para a realização de ações de interesse local.

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Responsabilidade compartilhada: a missão de zelar pelos bens comuns

cabe a todos e a cada um, de acordo com as suas competências e

atribuições.

Cooperação ou solidariedade: independentemente da política

partidária, a cooperação entre os distintos níveis de governo é

estimulada, pois isso otimiza custos e agiliza processos.

Em âmbito federal, alguns instrumentos de gestão ambiental, previstos pelo

SISNAMA e fundamentais para o funcionamento efetivo do sistema,

começaram a ser implementados, a partir da década de 1990:

Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), responsável por captar

recursos e financiar as ações projetadas para a área ambiental em

âmbito nacional.

Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (SINIMA),

criado para disponibilizar informações e permitir o diálogo, de forma

descentralizada, entre as bases de dados geradas pelas entidades que

compõem o SISNAMA.

Conferência Nacional do Meio Ambiente, instrumento de consulta,

proposição e avaliação da política ambiental brasileira, realizada

bienalmente.

Agenda Nacional do Meio Ambiente, em que constam as prioridades

eleitas em âmbito nacional para a melhoria da qualidade ambiental,

induzindo ao estabelecimento de prioridades para todo o sistema.

Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, instrumento de monitoria e

acompanhamento da qualidade ambiental de todo o País.

Nos últimos anos, o Ministério do Meio Ambiente tem como uma de suas

diretrizes o fortalecimento do SISNAMA. Esse trabalho tem-se pautado,

prioritariamente, nas seguintes frentes:

incentivo à estruturação de órgãos ambientais nos municípios, com a

descentralização da gestão ambiental;

aumento da articulação e do diálogo na área ambiental entre as três

esferas de governo, com a criação das Comissões Tripartites;

estímulo à criação de redes de conselhos, órgãos e fundos de meio

ambiente em âmbitos estaduais, regionais e nacional;

esforço para realizar uma política ambiental integrada, no sentido de

incluir a dimensão ambiental nas políticas de governo.

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O SISNAMA nos estados

Em nível estadual, a estrutura do SISNAMA é definida por cada estado,

pois a gestão ambiental segue o modelo adotado para o Governo Federal. O

órgão central adquire o formato de secretaria, departamento ou fundação de

meio ambiente, podendo ser exclusivo ou compartilhado com outras áreas,

tendo como atribuição formular e coordenar a política estadual de meio

ambiente, bem como articular as políticas de gestão de recursos naturais.

Para apoiar as ações sobre as questões ambientais, foram criados órgãos

técnicos executivos, com atribuição de executar a política ambiental,

monitorar a qualidade do meio ambiente, realizar educação ambiental e

atuar em pesquisa. Também existem os conselhos estaduais de meio

ambiente, que, preferencialmente, devem ser órgãos normativos, paritários,

de caráter consultivo e deliberativo, geralmente, vinculados aos órgãos

centrais de meio ambiente do estado, os quais lhes fornecem suporte

material para que funcionem adequadamente. Os conselhos, em geral,

possuem câmaras técnicas especializadas em temas como atividades

industriais, infraestrutura, mineração, entre outros e sugerem políticas para

esses setores e atuam na elaboração de normas técnicas para a proteção

ambiental.

A maioria dos estados possui, também, fundos de meio

ambiente, com a finalidade de reunir recursos para financiar as ações. O fato

de se estruturarem fortalece a decisão de destinar esses recursos,

exclusivamente, às ações de conservação ambiental.

O SISNAMA nos Municípios

Ao planejar o seu desenvolvimento, segundo os princípios da

sustentabilidade, os municípios devem organizar a sua área ambiental de

forma integrada com as demais secretarias e órgãos existentes, assim, as

questões ambientais devem se tornar um elemento estruturador de todas as

políticas municipais. Para estruturar um sistema de gestão ambiental

municipal, é preciso criar uma base institucional que tenha um conjunto de

normas locais e uma estrutura administrativa que possa colocá-las em

prática. As políticas municipais devem estar em sintonia com as estaduais e

federal (fig 2).

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Fig 2 – distribuição doS órgãos ambientais pelo território nacional

LEITURA OBRIGATÓRIA.

LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981

Dispõe sobre a Política Nacional do

Meio Ambiente, seus fins e

mecanismos de formulação e

aplicação, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta

e eu sanciono a seguinte Lei:

Art 1º - Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art.

235 da Constituição, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus

fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional

do Meio Ambiente (Sisnama) e institui o Cadastro de Defesa

Ambiental. (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)

DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,

melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando

assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos

interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,

atendidos os seguintes princípios:

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I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando

o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente

assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;

II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;

III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;

IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;

V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente

poluidoras;

VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso

racional e a proteção dos recursos ambientais;

VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;

VIII - recuperação de áreas degradadas; (Regulamento)

IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;

X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da

comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do

meio ambiente.

Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de

ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas

as suas formas;

II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das

características do meio ambiente;

III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades

que direta ou indiretamente:

a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) afetem desfavoravelmente a biota;

d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais

estabelecidos;

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IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,

responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de

degradação ambiental;

V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e

subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos

da biosfera, a fauna e a flora. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a

preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;

II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à

qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos

Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios;

III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de

normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;

IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais orientadas

para o uso racional de recursos ambientais;

V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de

dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública

sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio

ecológico;

VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas á sua

utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a

manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;

VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou

indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de

recursos ambientais com fins econômicos.

Art. 5º - As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão

formuladas em normas e planos, destinados a orientar a ação dos Governos

da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios

no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental e manutenção

do equilíbrio ecológico, observados os princípios estabelecidos no art. 2º

desta Lei.

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Parágrafo único. As atividades empresariais públicas ou privadas serão

exercidas em consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio

Ambiente.

DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos

Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder

Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental,

constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim

estruturado:

I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o

Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes

governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; (Redação

dada pela Lei nº 8.028, de 1990)

II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente

(CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de

Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os

recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas

e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e

essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de

1990)

III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da

República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar,

como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas

para o meio ambiente; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)

IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de

executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas

para o meio ambiente, de acordo com as respectivas

competências; (Redação dada pela Lei nº 12.856, de 2013)

V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela

execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades

capazes de provocar a degradação ambiental; (Redação dada pela Lei nº

7.804, de 1989)

VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo

controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas

jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

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§ 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua

jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões

relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos

pelo CONAMA.

§ 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais,

também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.

§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste

artigo deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua

fundamentação, quando solicitados por pessoa legitimamente interessada.

§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a

criar uma Fundação de apoio técnico científico às atividades do

IBAMA. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 7º (Revogado pela Lei nº 8.028, de 1990)

Art. 8º Compete ao CONAMA: (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)

I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o

licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluídoras, a ser

concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; (Redação dada pela

Lei nº 7.804, de 1989)

II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das

alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos

ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem

assim a entidades privadas, as informações indispensáveis para apreciação

dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras

ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas

áreas consideradas patrimônio nacional. (Redação dada pela Lei nº 8.028,

de 1990)

III - (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)

IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias

na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção

ambiental; (VETADO);

V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de

benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou

condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de

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fiananciamento em estabelecimentos oficiais de crédito; (Redação dada pela

Lei nº 7.804, de 1989)

VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da

poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante

audiência dos Ministérios competentes;

VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à

manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos

recursos ambientais, principalmente os hídricos.

Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas

funções, o Presidente do Conama. (Incluído pela Lei nº 8.028, de 1990)

DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;

II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)

III - a avaliação de impactos ambientais;

IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente

poluidoras;

V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou

absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder

Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental,

de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; (Redação dada

pela Lei nº 7.804, de 1989)

VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;

VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa

Ambiental;

IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das

medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.

X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado

anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais

Renováveis - IBAMA; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

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XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente,

obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; (Incluído

pela Lei nº 7.804, de 1989)

XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras

e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de

1989)

XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão

ambiental, seguro ambiental e outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

Art. 9o-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica,

pode, por instrumento público ou particular ou por termo administrativo

firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar o uso de toda a sua

propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os

recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental. (Redação

dada pela Lei nº 12.651, de 2012).

§ 1o O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental deve

incluir, no mínimo, os seguintes itens: (Redação dada pela Lei nº 12.651,

de 2012).

I - memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo pelo menos

um ponto de amarração georreferenciado; (Incluído pela Lei nº 12.651, de

2012).

II - objeto da servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

III - direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor; (Incluído pela

Lei nº 12.651, de 2012).

IV - prazo durante o qual a área permanecerá como servidão

ambiental. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

§ 2o A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação

Permanente e à Reserva Legal mínima exigida. (Redação dada pela Lei nº

12.651, de 2012).

§ 3o A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão

ambiental deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva

Legal. (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).

§ 4o Devem ser objeto de averbação na matrícula do imóvel no registro de

imóveis competente: (Redação dada pela Lei nº 12.651, de 2012).

I - o instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental; (Incluído

pela Lei nº 12.651, de 2012).

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II - o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão

ambiental. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

§ 5o Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão ambiental

deve ser averbada na matrícula de todos os imóveis envolvidos. (Redação

dada pela Lei nº 12.651, de 2012).

§ 6o É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a

alteração da destinação da área, nos casos de transmissão do imóvel a

qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites do

imóvel. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

§ 7o As áreas que tenham sido instituídas na forma de servidão florestal,

nos termos do art. 44-A da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, passam

a ser consideradas, pelo efeito desta Lei, como de servidão

ambiental. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

Art. 9o-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária

ou perpétua. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

§ 1o O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze)

anos. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

§ 2o A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios,

tributários e de acesso aos recursos de fundos públicos, à Reserva Particular

do Patrimônio Natural - RPPN, definida no art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de

julho de 2000. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

§ 3o O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou transferi-

la, total ou parcialmente, por prazo determinado ou em caráter definitivo,

em favor de outro proprietário ou de entidade pública ou privada que tenha

a conservação ambiental como fim social. (Incluído pela Lei nº 12.651, de

2012).

Art. 9o-C. O contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão

ambiental deve ser averbado na matrícula do imóvel. (Incluído pela Lei nº

12.651, de 2012).

§ 1o O contrato referido no caput deve conter, no mínimo, os seguintes

itens: (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

I - a delimitação da área submetida a preservação, conservação ou

recuperação ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

II - o objeto da servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

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III - os direitos e deveres do proprietário instituidor e dos futuros adquirentes

ou sucessores; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

IV - os direitos e deveres do detentor da servidão ambiental; (Incluído pela

Lei nº 12.651, de 2012).

V - os benefícios de ordem econômica do instituidor e do detentor da servidão

ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

VI - a previsão legal para garantir o seu cumprimento, inclusive medidas

judiciais necessárias, em caso de ser descumprido. (Incluído pela Lei nº

12.651, de 2012).

§ 2o São deveres do proprietário do imóvel serviente, entre outras

obrigações estipuladas no contrato: (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

I - manter a área sob servidão ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de

2012).

II - prestar contas ao detentor da servidão ambiental sobre as condições dos

recursos naturais ou artificiais; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

III - permitir a inspeção e a fiscalização da área pelo detentor da servidão

ambiental; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

IV - defender a posse da área serviente, por todos os meios em direito

admitidos. (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

§ 3o São deveres do detentor da servidão ambiental, entre outras

obrigações estipuladas no contrato: (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

I - documentar as características ambientais da propriedade; (Incluído pela

Lei nº 12.651, de 2012).

II - monitorar periodicamente a propriedade para verificar se a servidão

ambiental está sendo mantida; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

III - prestar informações necessárias a quaisquer interessados na aquisição

ou aos sucessores da propriedade; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

IV - manter relatórios e arquivos atualizados com as atividades da área

objeto da servidão; (Incluído pela Lei nº 12.651, de 2012).

V - defender judicialmente a servidão ambiental.(Incluído pela Lei nº 12.651,

de 2012).

Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de

estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou

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potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar

degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento

ambiental. (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de 2011)

§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão

serão publicados no jornal oficial, bem como em periódico regional ou local

de grande circulação, ou em meio eletrônico de comunicação mantido pelo

órgão ambiental competente. (Redação dada pela Lei Complementar nº

140, de 2011)

§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de

2011)

§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de

2011)

§ 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de

2011)

Art. 11. Compete ao IBAMA propor ao CONAMA normas e padrões para

implantação, acompanhamento e fiscalização do licenciamento previsto no

artigo anterior, além das que forem oriundas do próprio CONAMA. (Vide Lei

nº 7.804, de 1989)

§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 140, de 2011)

§ 2º Inclui-se na competência da fiscalização e controle a análise de projetos

de entidades, públicas ou privadas, objetivando a preservação ou a

recuperação de recursos ambientais, afetados por processos de exploração

predatórios ou poluidores.

Art. 12. As entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentais

condicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios ao

licenciamento, na forma desta Lei, e ao cumprimento das normas, dos

critérios e dos padrões expedidos pelo CONAMA.

Parágrafo único. As entidades e órgãos referidos no caput deste artigo

deverão fazer constar dos projetos a realização de obras e aquisição de

equipamentos destinados ao controle de degradação ambiental e a melhoria

da qualidade do meio ambiente.

Art. 13. O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas ao meio

ambiente, visando:

I - ao desenvolvimento, no País, de pesquisas e processos tecnológicos

destinados a reduzir a degradação da qualidade ambiental;

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II - à fabricação de equipamentos antipoluidores;

III - a outras iniciativas que propiciem a racionalização do uso de recursos

ambientais.

Parágrafo único. Os órgãos, entidades e programas do Poder Público,

destinados ao incentivo das pesquisas científicas e tecnológicas,

considerarão, entre as suas metas prioritárias, o apoio aos projetos que

visem a adquirir e desenvolver conhecimentos básicos e aplicáveis na área

ambiental e ecológica.

Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal,

estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à

preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela

degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores:

I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10

(dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro

Nacional - ORTNs, agravada em casos de reincidência específica, conforme

dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela União se já tiver sido

aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos Municípios;

II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo

Poder Público;

III - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em

estabelecimentos oficiais de crédito;

IV - à suspensão de sua atividade.

§ 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o

poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou

reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua

atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para

propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio

ambiente.

§ 2º No caso de omissão da autoridade estadual ou municipal, caberá ao

Secretário do Meio Ambiente a aplicação das penalidades pecuniárias

prevista neste artigo.

§ 3º Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório

da perda, restrição ou suspensão será atribuição da autoridade

administrativa ou financeira que concedeu os benefícios, incentivos ou

financiamento, cumprimento resolução do CONAMA.

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§ 4º (Revogado pela Lei nº 9.966, de 2000)

§ 5o A execução das garantias exigidas do poluidor não impede a aplicação

das obrigações de indenização e reparação de danos previstas no § 1o deste

artigo. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

Art. 15. O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou

vegetal, ou estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica

sujeito à pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa de 100 (cem)

a 1.000 (mil) MVR. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

§ 1º A pena e aumentada até o dobro se: (Redação dada pela Lei nº 7.804,

de 1989)

I - resultar: (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente; (Incluído pela Lei

nº 7.804, de 1989)

b) lesão corporal grave; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte; (Incluído

pela Lei nº 7.804, de 1989)

III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou em

feriado. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

§ 2º Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar de

promover as medidas tendentes a impedir a prática das condutas acima

descritas. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

Art. 16 - (Revogado pela Lei nº 7.804, de 1989)

Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA: (Redação dada pela Lei

nº 7.804, de 1989)

I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa

Ambiental, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se

dedicam a consultoria técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à

indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados

ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; (Incluído

pela Lei nº 7.804, de 1989)

II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou

Utilizadoras de Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas

físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras

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e/ou à extração, produção, transporte e comercialização de produtos

potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e

subprodutos da fauna e flora. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

Art. 17-A. São estabelecidos os preços dos serviços e produtos do Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, a

serem aplicados em âmbito nacional, conforme Anexo a esta Lei.(Incluído

pela Lei nº 9.960, de 2000) (Vide Medida Provisória nº 687, de 2015)

Art. 17-B. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA,

cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido ao

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –

Ibama para controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras

e utilizadoras de recursos naturais." (Redação dada pela Lei nº 10.165, de

2000) (Vide Medida Provisória nº 687, de 2015)

§ 1o Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 2o Revogado.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

Art. 17-C. É sujeito passivo da TCFA todo aquele que exerça as atividades

constantes do Anexo VIII desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de

2000)

§ 1o O sujeito passivo da TCFA é obrigado a entregar até o dia 31 de março

de cada ano relatório das atividades exercidas no ano anterior, cujo modelo

será definido pelo Ibama, para o fim de colaborar com os procedimentos de

controle e fiscalização.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 2o O descumprimento da providência determinada no § 1o sujeita o

infrator a multa equivalente a vinte por cento da TCFA devida, sem prejuízo

da exigência desta. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 3o Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

Art. 17-D. A TCFA é devida por estabelecimento e os seus valores são os

fixados no Anexo IX desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 1o Para os fins desta Lei, consideram-se: (Redação dada pela Lei nº

10.165, de 2000)

I – microempresa e empresa de pequeno porte, as pessoas jurídicas que se

enquadrem, respectivamente, nas descrições dos incisos I e II do caput do

art. 2o da Lei no 9.841, de 5 de outubro de 1999; (Incluído pela Lei nº

10.165, de 2000)

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II – empresa de médio porte, a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual

superior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) e igual ou

inferior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais); (Incluído pela Lei nº

10.165, de 2000)

III – empresa de grande porte, a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual

superior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais). (Incluído pela Lei nº

10.165, de 2000)

§ 2o O potencial de poluição (PP) e o grau de utilização (GU) de recursos

naturais de cada uma das atividades sujeitas à fiscalização encontram-se

definidos no Anexo VIII desta Lei. (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 3o Caso o estabelecimento exerça mais de uma atividade sujeita à

fiscalização, pagará a taxa relativamente a apenas uma delas, pelo valor

mais elevado.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)

Art. 17-E. É o Ibama autorizado a cancelar débitos de valores inferiores a R$

40,00 (quarenta reais), existentes até 31 de dezembro de 1999. (Incluído

pela Lei nº 9.960, de 2000)

Art. 17-F. São isentas do pagamento da TCFA as entidades públicas federais,

distritais, estaduais e municipais, as entidades filantrópicas, aqueles que

praticam agricultura de subsistência e as populações tradicionais.(Redação

dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

Art. 17-G. A TCFA será devida no último dia útil de cada trimestre do ano

civil, nos valores fixados no Anexo IX desta Lei, e o recolhimento será

efetuado em conta bancária vinculada ao Ibama, por intermédio de

documento próprio de arrecadação, até o quinto dia útil do mês

subseqüente.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

Parágrafo único. Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 2o Os recursos arrecadados com a TCFA terão utilização restrita em

atividades de controle e fiscalização ambiental. (Incluído pela Lei nº 11.284,

de 2006)

Art. 17-H. A TCFA não recolhida nos prazos e nas condições estabelecidas no

artigo anterior será cobrada com os seguintes acréscimos: (Redação dada

pela Lei nº 10.165, de 2000)

I – juros de mora, na via administrativa ou judicial, contados do mês seguinte

ao do vencimento, à razão de um por cento; (Redação dada pela Lei nº

10.165, de 2000)

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II – multa de mora de vinte por cento, reduzida a dez por cento se o

pagamento for efetuado até o último dia útil do mês subseqüente ao do

vencimento;(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

III – encargo de vinte por cento, substitutivo da condenação do devedor em

honorários de advogado, calculado sobre o total do débito inscrito como

Dívida Ativa, reduzido para dez por cento se o pagamento for efetuado antes

do ajuizamento da execução.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 1o-A. Os juros de mora não incidem sobre o valor da multa de

mora.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 1o Os débitos relativos à TCFA poderão ser parcelados de acordo com os

critérios fixados na legislação tributária, conforme dispuser o regulamento

desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

Art. 17-I. As pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades

mencionadas nos incisos I e II do art. 17 e que não estiverem inscritas nos

respectivos cadastros até o último dia útil do terceiro mês que se seguir ao

da publicação desta Lei incorrerão em infração punível com multa

de: (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

I – R$ 50,00 (cinqüenta reais), se pessoa física; (Incluído pela Lei nº 10.165,

de 2000)

II – R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais), se microempresa; (Incluído pela

Lei nº 10.165, de 2000)

III – R$ 900,00 (novecentos reais), se empresa de pequeno porte; (Incluído

pela Lei nº 10.165, de 2000)

IV – R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), se empresa de médio

porte; (Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)

V – R$ 9.000,00 (nove mil reais), se empresa de grande porte. (Incluído pela

Lei nº 10.165, de 2000)

Parágrafo único. Revogado.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

Art. 17-J. (Revogado pela Lei nº 10.165, de 2000)

Art. 17-L. As ações de licenciamento, registro, autorizações, concessões e

permissões relacionadas à fauna, à flora, e ao controle ambiental são de

competência exclusiva dos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio

Ambiente. (Incluído pela Lei nº 9.960, de 2000)

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43

Art. 17-M. Os preços dos serviços administrativos prestados pelo Ibama,

inclusive os referentes à venda de impressos e publicações, assim como os

de entrada, permanência e utilização de áreas ou instalações nas unidades

de conservação, serão definidos em portaria do Ministro de Estado do Meio

Ambiente, mediante proposta do Presidente daquele Instituto. (Incluído pela

Lei nº 9.960, de 2000)

Art. 17-N. Os preços dos serviços técnicos do Laboratório de Produtos

Florestais do Ibama, assim como os para venda de produtos da flora, serão,

também, definidos em portaria do Ministro de Estado do Meio Ambiente,

mediante proposta do Presidente daquele Instituto. (Incluído pela Lei nº

9.960, de 2000)

Art. 17-O. Os proprietários rurais que se beneficiarem com redução do valor

do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, com base em Ato

Declaratório Ambiental - ADA, deverão recolher ao Ibama a importância

prevista no item 3.11 do Anexo VII da Lei no 9.960, de 29 de janeiro de

2000, a título de Taxa de Vistoria.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de

2000)

§ 1o-A. A Taxa de Vistoria a que se refere o caput deste artigo não poderá

exceder a dez por cento do valor da redução do imposto proporcionada pelo

ADA.(Incluído pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 1o A utilização do ADA para efeito de redução do valor a pagar do ITR é

obrigatória.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 2o O pagamento de que trata o caput deste artigo poderá ser efetivado em

cota única ou em parcelas, nos mesmos moldes escolhidos pelo contribuinte

para o pagamento do ITR, em documento próprio de arrecadação do

Ibama.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 3o Para efeito de pagamento parcelado, nenhuma parcela poderá ser

inferior a R$ 50,00 (cinqüenta reais). (Redação dada pela Lei nº 10.165, de

2000)

§ 4o O inadimplemento de qualquer parcela ensejará a cobrança de juros e

multa nos termos dos incisos I e II do caput e §§ 1o-A e 1o, todos do art.

17-H desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 5o Após a vistoria, realizada por amostragem, caso os dados constantes

do ADA não coincidam com os efetivamente levantados pelos técnicos do

Ibama, estes lavrarão, de ofício, novo ADA, contendo os dados reais, o qual

será encaminhado à Secretaria da Receita Federal, para as providências

cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

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Art. 17-P. Constitui crédito para compensação com o valor devido a título de

TCFA, até o limite de sessenta por cento e relativamente ao mesmo ano, o

montante efetivamente pago pelo estabelecimento ao Estado, ao Município

e ao Distrito Federal em razão de taxa de fiscalização ambiental.(Redação

dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 1o Valores recolhidos ao Estado, ao Município e ao Distrital Federal a

qualquer outro título, tais como taxas ou preços públicos de licenciamento e

venda de produtos, não constituem crédito para compensação com a

TCFA. (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

§ 2o A restituição, administrativa ou judicial, qualquer que seja a causa que

a determine, da taxa de fiscalização ambiental estadual ou distrital

compensada com a TCFA restaura o direito de crédito do Ibama contra o

estabelecimento, relativamente ao valor compensado.(Redação dada pela

Lei nº 10.165, de 2000)

Art. 17-Q. É o Ibama autorizado a celebrar convênios com os Estados, os

Municípios e o Distrito Federal para desempenharem atividades de

fiscalização ambiental, podendo repassar-lhes parcela da receita obtida com

a TCFA." (Redação dada pela Lei nº 10.165, de 2000)

Art. 18. (Revogado pela Lei nº 9.985, de 2000)

Art 19 -(VETADO).

Art. 19. Ressalvado o disposto nas Leis nºs 5.357, de 17 de novembro de

1967, e 7.661, de 16 de maio de 1988, a receita proveniente da aplicação

desta Lei será recolhida de acordo com o disposto no art. 4º da Lei nº 7.735,

de 22 de fevereiro de 1989. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989))

Art. 20. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 21. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 31 de agosto de 1981; 160º da Independência e 93º da República.

JOÃO FIGUEIREDO

Mário Andreazza

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O NOVO CÓDIGO FLORESTAL

A Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, designada como novo "Código

Florestal", estabelece normas gerais sobre a Proteção da Vegetação Nativa,

incluindo Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de Uso

Restrito; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o

controle da origem dos produtos florestais, o controle e prevenção dos

incêndios florestais e a previsão de instrumentos econômicos e financeiros

para o alcance de seus objetivos. Esta lei veio orientar e disciplinar o uso da

terra e a conservação dos recursos naturais no Brasil, como, por exemplo, a

Lei nº 6.938 de 31/08/1981, que trata da Política Nacional do Meio Ambiente;

da Lei no 9.605 de 12/02/1998, também, conhecida como a Lei de Crimes

Ambientais e do Decreto no 6.514 de 22/07/2008 que a regulamenta; das

Leis nº 9.985 de 18/07/2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação (SNUC) e da Lei nº 11.428 de 22/12/2006, que dispõe sobre a

utilização e proteção da vegetação nativa do bioma Mata Atlântica, além de

outras.

A lei apresenta uma inovação que é a criação do Cadastro Ambiental

Rural –CAR, nos Estados e no Distrito Federal. Com esses instrumentos, o

Governo Federal e os órgãos ambientais estaduais terão a localização de

cada imóvel rural e sua situação quanto à sua adequação ambiental; outro

instrumento implantado é o Programa de Regularização Ambiental – PRA,

que permitirá que os estados orientem e acompanhem os produtores rurais,

na elaboração e implementação das ações necessárias, para a recomposição

de áreas com passivos ambientais, nas suas propriedades ou posses rurais,

seja em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal ou de Uso

Restrito.

O reconhecimento da existência de áreas rurais consolidadas - área de

imóvel rural com ocupação antrópica pré-existente a 22 de julho de 2008

- em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal ou de Uso

Restrito, também, é um ponto de destaque na aplicação da nova Lei. Para

isso, traz regras para que as propriedades ou posses rurais, possuidoras de

áreas consolidadas na referida data, possam se adequar, seja por meio da

adoção de boas práticas, de sua recomposição, compensação ou de outros

instrumentos legais previstos. Além de indicar critérios, para a adoção de

tais meios, define os casos e condições passíveis de exploração ou manejo

da vegetação nativa na propriedade rural.

Nesse sentido, a nova lei traz uma série de benefícios ao agricultor

familiar ou detentor de pequena propriedade ou de posse rural, a partir da

inclusão do seu imóvel ou posse no Cadastro Ambiental Rural. A exemplo

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disso, podem ser citadas as regras diferenciadas e baseadas no tamanho do

imóvel, em módulos fiscais, para a regularização das Áreas de Preservação

Permanente; e, também, da regularização da Reserva Legal para

propriedades e posses rurais com até 4 módulos fiscais, definindo-se a

dimensão da Reserva Legal como aquela existente até 22/07/2008. Vejamos

algumas definições desta nova lei.

CONCEITOS NO NOVO CÓDIGO FLORESTAL - (Art. 3º da Lei 12.651/12)

I - AMAZÔNIA LEGAL - os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima,

Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao Norte do paralelo

13°S, dos Estados de Tocantins e Goiás e ao Oeste do meridiano de 44°W,

do Estado do Maranhão (fig 3).

Fig 3 – Representação da Amazônia legal

II - ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP - área protegida,

coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar

os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade,

facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-

estar das populações humanas.

III - RESERVA LEGAL - área localizada no interior de uma propriedade ou

posse rural, delimitada, com a função de assegurar o uso econômico de modo

sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a

reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da

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biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora

nativa.

IV - ÁREA RURAL CONSOLIDADA - área de imóvel rural com ocupação

antrópica pré-existente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias

ou atividades agrossilvopastoris, admitida, neste último caso, a adoção do

regime de pousio.

V - PEQUENA PROPRIEDADE OU POSSE RURAL FAMILIAR - aquela

explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor

familiar rural, com até 4 módulos fiscais, incluindo os assentamentos e

projetos de reforma agrária e que atendam ao disposto no art. 3º da Lei

Federal 11.326, de 24 de julho de 2006.

VI - USO ALTERNATIVO DO SOLO - substituição de vegetação nativa e

formações sucessoras por outras coberturas no solo, com atividades

agropecuárias, industriais, de geração e transmissão de energia, de

mineração e de transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de

ocupação humana.

VII - MANEJO SUSTENTÁVEL - administração da vegetação natural para

a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se

os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e

considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas

espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora,

bem como a utilização de outros bens e serviços.

VIII - UTILIDADE PÚBLICA:

a) as atividades de segurança nacional e de proteção sanitária;

b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços

públicos de transporte, sistema viário, inclusive, aquele necessário aos

parcelamentos de solo urbano aprovados pelos municípios, saneamento,

gestão de resíduos, salineiras, energia, telecomunicações, radiodifusão,

estaduais, nacionais ou internacionais, bem como mineração, exceto, neste

último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho;

c) atividades e obras de defesa civil;

d) atividades que, comprovadamente, proporcionem melhorias na

proteção das funções ambientais referidas pelo inciso II;

e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas

em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica

e locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do

Poder Executivo Federal.

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IX - INTERESSE SOCIAL:

a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação

nativa, tais como prevenção, combate e controle ao fogo, controle da erosão,

erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas;

b) a exploração agroflorestal sustentável praticada, na pequena

propriedade ou posse rural familiar ou povos e comunidades tradicionais,

desde que não descaracterizem a cobertura vegetal existente e não

prejudiquem a função ambiental da área;

c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e

atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais

consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei;

d) regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados

predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas

consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei Federal 11.977,

de 7 de julho de 2009;

e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de

água e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes

integrantes e essenciais da atividade;

f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho,

outorgadas pela autoridade competente;

g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em

procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e

locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder

Executivo Federal.

X - ATIVIDADES EVENTUAIS OU DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL:

a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e

pontilhões, quando necessárias à travessia de um curso de água, ao acesso

de pessoas e animais para a obtenção de água ou a retirada de produtos

oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável;

b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de

água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga de direito de

uso da água, quando couber;

c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo;

d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno

ancoradouro;

e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de

comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em

áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos

moradores;

f) construção e manutenção de cercas de divisa de propriedade;

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g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros

requisitos previstos na legislação aplicável;

h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e

produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a

legislação específica de acesso a recursos genéticos;

i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanha

e outros produtos vegetais, desde que não impliquem em supressão de

vegetação existente e não prejudiquem a função ambiental da área;

j) a exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário

e familiar, incluindo a extração de produtos florestais não madeireiros, desde

que não descaracterize a cobertura vegetal nativa existente e não prejudique

a função ambiental da área;

k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventual e

de baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente

ou dos Conselhos Estaduais do Meio Ambiente;

XII - VEREDA - fitofisionomia de savana, encontrada em solos

hidromórficos, usualmente com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa -

buriti emergente, sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies

arbustivo-herbáceas;

XIII - MANGUEZAL - ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos

baixos, sujeitos à ação das marés, formado por vasas lodosas recentes ou

arenosa, às quais se associa, predominantemente, a vegetação natural

conhecida como mangue, com influência flúvio-marinha, típica de solos

limosos de regiões estuarinas e com dispersão descontínua ao longo da

costa brasileira, entre os estados do Amapá e Santa Catarina;

XIV - SALGADO OU MARISMAS TROPICAIS HIPERSALINOS - áreas

situadas em regiões com frequência de inundações intermediárias entre

marés de sizígias e de quadratura, com solos cuja salinidade varia entre

100 a 150 partes por 1.000, onde pode ocorrer a presença de vegetação

herbácea específica;

XV - APICUM - áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entre

marés superiores, inundadas apenas pelas marés de sizígias, que

apresentam salinidade superior a 150 partes por 1.000 desprovidas de

vegetação vascular;

XVI - RESTINGA - depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma

geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se

encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, com

cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos,

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dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional,

estrato herbáceo, arbustivos e arbóreo, este último mais interiorizado;

II - NASCENTE - afloramento natural do lençol freático que apresenta

perenidade e dá início a um curso d'água;

XVIII - OLHO D'ÁGUA - afloramento natural do lençol freático, mesmo

que intermitente;

XIX - LEITO REGULAR - a calha por onde correm regularmente as águas

do curso d'água durante o ano;

XX - ÁREA VERDE URBANA - espaços, públicos ou privados, com

predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, natural ou recuperada,

previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo

do Município, indisponíveis para construção de moradias, destinados aos

propósitos de recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana,

proteção dos recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística,

proteção de bens e manifestações culturais;

XXI - VÁRZEA DE INUNDAÇÃO OU PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO - áreas

marginais aos cursos d'água sujeitas a enchentes e inundações periódicas;

XXII - FAIXA DE PASSAGEM DE INUNDAÇÃO - área de várzea ou

planície de inundação adjacentes aos cursos d'água e que permitem o

escoamento da enchente;

XXIII - RELEVO ONDULADO - expressão geomorfológica usada para

designar área caracterizada por movimentações do terreno que geram

depressões, cuja intensidade permite sua classificação como relevo suave

ondulado, ondulado, fortemente ondulado e montanhoso;

XXIV – POUSIO - prática de interrupção temporária de atividades ou usos

agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para

possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do

solo;

XXV - ÁREA ABANDONADA, SUBUTILIZADA OU UTILIZADA DE

FORMA INADEQUADA - área não efetivamente utilizada, nos termos

do §§ 3º e 4º, art. 6º da Lei Federal 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, ou

que não atenda aos índices previstos no referido artigo, ressalvadas as

áreas em pousio;

XXVI - ÁREAS ÚMIDAS - pantanais e superfícies terrestres cobertas de

forma periódica por águas, cobertas originalmente por florestas ou outras

formas de vegetação adaptadas à inundação;

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XXVII - ÁREA URBANA CONSOLIDADA - aquela de que trata o inciso II

do caput do art. 47 da Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009, e,

XXVIII - CRÉDITO DE CARBONO - título de direito sobre bem intangível

e incorpóreo transacionável.

Reserva Legal

As áreas de Reserva Legal: é uma obrigação do proprietário de

preservar uma área de floresta nativa, equivalente a um percentual da sua

área total, variável de 20% a 80%, conforme a localização e o bioma. Assim,

se o imóvel for localizado na:

a) Amazônia Legal (estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato

Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão a Oeste do

meridiano de 44º de longitude Oeste), o percentual de vegetação nativa de

responsabilidade do proprietário será de 80% (oitenta por cento) da área

situada em região de florestas;

b) 35% (trinta e cinco por cento) da área situada em região de cerrado;

c) 20% (vinte por cento) da área situada em região de campos gerais.

Se o imóvel for localizado, em qualquer outra região do país, o

proprietário será responsável pela proteção de vegetação nativa em área

correspondente a 20% da área total do seu imóvel. Uma novidade sobre a

Reserva Legal é a possibilidade do cômputo da área de preservação

permanente – APP – na reserva legal, que poderá ser muito útil na

regularização de imóveis rurais, no entanto está limitado às hipóteses em

que: a) o cômputo não implique a conversão de novas áreas para o uso

alternativo do solo;

b) a área a ser computada esteja conservada ou em processo de

recuperação; e

c) o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no

Cadastro Ambiental Rural (CAR).

A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em

consideração os seguintes estudos e critérios (Art. 14, Lei 12.651/12):

I - o plano de bacia hidrográfica;

II - o Zoneamento Ecológico-Econômico;

III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com

Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com

outra área legalmente protegida;

IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade;

V - as áreas de maior fragilidade ambiental.

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52

Assim, é obrigatória a suspensão imediata das atividades, em área de

Reserva Legal desmatada irregularmente, após 22 de julho de 2008 (Art. 17,

§3º, Lei 12.651/12), sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e

penais cabíveis; deverá ser iniciado, nas áreas em que ocorreram o

desmatamento, o processo de recomposição da Reserva Legal, em até 2

(dois) anos contados, a partir da data da publicação desta Lei, devendo tal

processo ser concluído nos prazos estabelecidos pelo Programa de

Regularização Ambiental - PRA (Art. 17, §4º, Lei 12.651/12). Em caso de

fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive, para

assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada, para

fins do disposto do caput, a área do imóvel antes do fracionamento (Art. 12,

§1º, Lei 12.651/12). Os Estados que não possuem seus Zoneamentos

Ecológico-Econômicos – ZEEs – segundo a metodologia unificada,

estabelecida em norma federal, terão o prazo de 5 (cinco) anos, a partir da

data da publicação desta Lei, para a sua elaboração e aprovação (Art. 13,

§2º, Lei 12.651/12).

Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante

manejo sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do

Sisnama, de acordo com as modalidades (Art. 17, §1º, Lei 12.651/12). Desta

forma, a Reserva Legal continua sendo passível de exploração limitada,

mediante manejo sustentável, visto que sua averbação no Cartório de

Registro de Imóveis não será obrigatória a partir da sua declaração e

inclusão no CAR Cadastro Ambiental Rural.

Cadastro Ambiental Rural

Sobre o Cadastro Ambiental Rural – CAR – é uma novidade do novo

Código Florestal, sendo uma importante ferramenta que auxiliará o Poder

Público na gestão do uso e ocupação do solo, quanto às questões ambientais,

com inscrição obrigatória para todos os proprietários rurais. O CAR será um

novo registro público, no qual deverão ser inscritas as propriedades, com seu

perímetro identificado e delimitado com coordenadas geográficas, assim

como todos os espaços protegidos no interior do imóvel, especialmente, APPs

e Reserva Legal; o Cadastro deterá não só o perímetro dos imóveis

georreferenciados, mas também a delimitação geográfica das áreas do

interior das propriedades, cujo acompanhamento e fiscalização poderão

passar a ser feito por imagens de satélite.

A efetividade do cadastro, no entanto, dependerá da capacidade do

Poder Público em implementar essa ferramenta e garantir que sua

abrangência seja generalizada, em todo o território nacional.

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53

DO EXCEDENTE DA RESERVA LEGAL

O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada

e inscrita no Cadastro Ambiental Rural – CAR – cuja área ultrapasse o mínimo

exigido por esta Lei, poderá utilizar a área excedente para fins de

constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental e outros

instrumentos congêneres previstos nesta Lei (- Art. 15, §2ºda Lei

12.651/12). A conservação, em imóvel rural ou urbano, da vegetação

primária ou da vegetação secundária, em qualquer estágio de regeneração

do Bioma Mata Atlântica, cumpre função social e é de interesse público,

podendo, a critério do proprietário, as áreas sujeitas à restrição de que trata

esta Lei ser computadas para efeito da Reserva Legal e seu excedente

utilizado para fins de compensação ambiental ou instituição de Cota de

Reserva Ambiental - CRA (LEI DA MATA ATLÂNTICA - Art. 35, Lei

11.428/2006)

NÃO SERÁ EXIGIDA RESERVA LEGAL:

Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento

de esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal (Art. 12, §6º,

Lei 12.651/12).

Não será exigida Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou

desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para

exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem

empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam

instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica (Art.

12, §7º, Lei 12.651/12). Também não sera exigida para às áreas adquiridas

ou desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade

de rodovias e ferrovias (Art. 12, §8º, Lei 12.651/12).

AVERBAÇÃO, REGISTRO E TRANSFERÊNCIA DA RESERVA LEGAL

A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão

ambiental competente, por meio de inscrição no CAR, sendo vedada a

alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou

de desmembramento, com as exceções previstas nesta Lei (Art. 18, Lei

12.651/12).

A inscrição da Reserva Legal no CAR será feita, mediante a

apresentação de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das

coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração, conforme

ato do Chefe do Poder Executivo. (Art. 18, §1º, Lei 12.651/12).

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Na posse, a área de Reserva Legal é assegurada por termo de

compromisso firmado pelo possuidor com o órgão competente do Sisnama,

com força de título executivo extrajudicial, que explicite, no mínimo, a

localização da área de Reserva Legal e as obrigações assumidas pelo

possuidor por força do previsto nesta Lei (Art. 18, §2º, Lei 12.651/12). A

transferência da posse implica a sub-rogação das obrigações assumidas no

termo de compromisso (Art. 18, §3º, Lei 12.651/12).

O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório

de Registro de Imóveis, visto que, no período entre a data da publicação

desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor rural que desejar

fazer a averbação terá direito à gratuidade deste ato (Art. 18, §4º, Lei

12.651/12).

ÁREAS CONSOLIDADAS EM ÁREA DE RESERVA LEGAL

Proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha até 22 de julho

de 2008, RL inferior ao limite estabelecido poderá regularizar sua situação,

independente da adesão ao PRA, adotando as seguintes alternativas, isolada

ou conjuntamente (Art. 66, Lei 12.651/12):

I – Recompor a Reserva Legal.

II – Permitir a regeneração natural da vegetação da área de Reserva

Legal.

III – Compensar a Reserva Legal.

A recomposição da Reserva Legal deverá atender os critérios

estipulados pelo órgão competente do Sisnama e ser concluída em até 20

(vinte) anos, abrangendo, a cada 2 (dois) anos, no mínimo 1/10 (um décimo)

da área total necessária à sua complementação (Art. 66, §2º, Lei

12.651/12).A recomposição da Reserva Legal poderá ser realizada mediante

o plantio intercalado de espécies nativas com exóticas ou frutíferas, em

sistema agroflorestal, observados os seguintes parâmetros (Incluído pela Lei

nº 12.727, de 2012). (Art. 66, §3º, Lei 12.651/12):

I - o plantio de espécies exóticas deverá ser combinado com as

espécies nativas de ocorrência regional;

II - a área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder

a 50% (cinquenta por cento) da área total a ser recuperada.

Os proprietários ou possuidores do imóvel que optarem por recompor

a Reserva Legal terão direito à sua exploração econômica, nos termos desta

Lei (Art. 66, §4º, Lei 12.651/12). A compensação da Reserva Legal deverá

ser precedida pela inscrição da propriedade no CAR e poderá ser feita

mediante (Art. 66, §5º, Lei 12.651/12):

I - aquisição de Cota de Reserva Ambiental - CRA;

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II - arrendamento de área sob regime de servidão ambiental ou Reserva

Legal;

III - doação ao poder público de área localizada no interior de Unidade

de Conservação de domínio público pendente de regularização fundiária;

IV - cadastramento de outra área equivalente e excedente à Reserva

Legal, em imóvel de mesma titularidade ou adquirida em imóvel de terceiro,

com vegetação nativa estabelecida, em regeneração ou recomposição, desde

que localizada no mesmo bioma.

As áreas a serem utilizadas para compensação deverão (Art. 66, §6º, Lei

12.651/12):

I - ser equivalentes em extensão à área da Reserva Legal a ser

compensada;

II - estar localizadas no mesmo bioma da área de Reserva Legal a ser

compensada;

III - se fora do Estado, estar localizadas em áreas identificadas

como prioritárias pela União ou pelos Estados.

A definição de áreas prioritárias buscará favorecer, entre outros, a

recuperação de bacias hidrográficas excessivamente desmatadas, a criação

de corredores ecológicos, a conservação de grandes áreas protegidas e a

conservação ou recuperação de ecossistemas ou espécies ameaçados (Art.

66, §7º, Lei 12.651/12). Quando se tratar de imóveis públicos, a

compensação poderá ser feita, mediante concessão de direito real de uso ou

doação, por parte da pessoa jurídica de direito público proprietária de imóvel

rural que não detém Reserva Legal em extensão suficiente, ao órgão público

responsável pela Unidade de Conservação de área localizada no interior de

Unidade de Conservação de domínio público, a ser criada ou pendente de

regularização fundiária (Art. 66, §8º, Lei 12.651/12).

As medidas de compensação previstas neste artigo não poderão ser

utilizadas como forma de viabilizar a conversão de novas áreas para uso

alternativo do solo (Art. 66, §9º, Lei 12.651/12). Nos imóveis rurais que

detinham, em 22 de julho de 2008, área de até 4 (quatro) módulos fiscais e

que possuam remanescente de vegetação nativa em percentuais inferiores

ao previsto no art. 12, a Reserva Legal será constituída com a área ocupada

com a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008, vedadas novas

conversões para uso alternativo do solo (Art. 67, Lei 12.651/12).

Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que realizaram

supressão de vegetação nativa respeitando os percentuais de Reserva Legal

previstos pela legislação em vigor à época em que ocorreu a supressão são

dispensados de promover a recomposição, compensação ou regeneração

para os percentuais exigidos nesta Lei (Art. 68, Lei 12.651/12).

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Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão provar essas

situações consolidadas por documentos tais como a descrição de fatos

históricos de ocupação da região, registros de comercialização, dados

agropecuários da atividade, contratos e documentos bancários relativos à

produção e por todos os outros meios de prova em direito admitidos (Art.

68, §1º, Lei 12.651/12).

CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR

Lei 12.651/12 e regulamentado pelo Decreto 7.830/12

É um Registro Público eletrônico de âmbito nacional obrigatório para

todos os imóveis rurais (Art. 29. Lei 12.651). A inscrição do imóvel rural no

CAR deverá ser feita, preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou

estadual, que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou

possuidor rural (Art. 29, §1º, Lei 12.651 e Art. 5º Dec 7.830):

I - Contemplar os dados do proprietário, possuidor rural ou responsável

direto pelo imóvel rural (Art. 5º Dec 7830, inciso I).

II - Comprovação da propriedade ou posse (Art. 29, inciso II, Lei

12.651).

III - Planta geo-referenciada:

- do perímetro do imóvel;

- das áreas de interesse social e das áreas de utilidade

pública;

- com a informação da localização dos remanescentes de

vegetação nativa;

- das Áreas de Preservação Permanente;

- das Áreas de Uso Restrito;

- das áreas consolidadas, e,

- da localização das Reservas Legais (Art. 5º, Dec 7830).

Caso detectadas pendências ou inconsistências nas informações

declaradas e nos documentos apresentados no CAR, o órgão responsável

deverá notificar o requerente, de uma única vez, para que preste

informações complementares ou promova a correção e adequação das

informações prestadas (Art. 7º, Dec. 7830). No caso de notificação pelo

órgão responsável, o requerente deverá fazer as alterações no prazo

estabelecido pelo órgão ambiental competente, sob pena de cancelamento

da sua inscrição no CAR (Art. 7. §1º).

A atualização ou alteração dos dados inseridos no CAR só poderão ser

efetuadas pelo proprietário ou possuidor rural ou representante legalmente

constituído (Art. 6º, §4º, Dec. 7830). O órgão ambiental competente poderá

realizar vistorias de campo sempre que julgar necessário para verificação das

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informações declaradas e acompanhamento dos compromissos

assumidos (Art. 7º, §3º, Dec 7830).

Para registro no CAR dos imóveis considerados pequena propriedade ou

posse rural familiar (art. 3º da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006), até

4 módulos fiscais, será observado o procedimento simplificado no qual será

obrigatória apenas:

I - a identificação do proprietário ou possuidor rural;

II - a comprovação da propriedade ou posse;

III - a apresentação de croqui:

♦ que indique o perímetro do imóvel;

♦ as Áreas de Preservação Permanente, e,

♦ os remanescentes que formam a Reserva

Legal (Art. 8º, Dec. 7830).

IV - Caberá ao proprietário ou possuidor apresentar os dados

com a identificação da área proposta de Reserva Legal (Art. 8º, §1º, Dec.

7830).

V - Caberá aos órgãos competentes realizar a captação das

respectivas coordenadas geográficas, devendo prestar apoio técnico e

jurídico, gratuito (§único, Art. 53 Lei nº 12.651/12), sendo facultado ao

proprietário ou possuidor fazê-lo por seus próprios meios (Art. 8º, §2º Dec.

7830).

Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada na

matrícula do imóvel e em que essa averbação identifique o perímetro e a

localização da reserva, o proprietário não será obrigado a fornecer ao órgão

ambiental as informações relativas à Reserva Legal constante no item 2,

inciso III nesta página (Art. 30, Lei 12.651).

Para que o proprietário se desobrigue, deverá apresentar ao órgão

ambiental competente a certidão de registro de imóveis onde conste a

averbação da Reserva Legal ou termo de compromisso já firmado nos casos

de posse (Art. 30, §único, Lei 12.651).

É importante observar que o registro da Reserva Legal no CAR

desobriga a averbação no Cartório de Registro de Imóveis, visto que, no

período entre a data da publicação desta Lei e o registro no CAR, o

proprietário ou possuidor rural que desejar fazer a averbação terá direito à

gratuidade deste ato (Art. 18, §4º, Lei 12.651). O cadastro ambiental,

também, servirá para a aquisição de crédito e, após cinco anos da data da

publicação desta Lei, as instituições financeiras só concederão crédito

agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis

rurais que estejam inscritos no CAR (Art. 78-A, Lei 12.651/12).

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DA DELIMITAÇÃO E PROTEÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO

PERMANENTE

1. RIOS RURAIS OU URBANOS

As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e

intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito

regular, em largura mínima de (Art. 4º, inciso I):

LARGURA DO RIO OU

CÓRREGO

LARGURA DE MATA CILIAR

DA CADA LADO DO RIO OU

CÓRREGO

ATÉ 10 m 30 m

DE 10 a 50 m 50 m

DE 50 a 200 m 100 m

DE 200 a 600 m 200 m

ACIMA de 600 m 500 m

2. LAGOS E LAGOAS NATURAIS

► EM ÁREAS RURAIS

♦ LÂMINA D’ÁGUA ATÉ 20 ha – 50 m de mata ciliar (Art. 4º, inciso II

a).

♦ LÂMINA D’ÁGUA ACIMA DE 20 ha – 100 m de mata ciliar (Art. 4º,

inciso II a).

♦ LÂMINA D'ÁGUA ATÉ 1 ha - fica dispensada a obrigatoriedade da

mata ciliar (Art. 4º § 4º).

► EM ÁREAS URBANAS

♦ Independente do tamanho da lâmina d'água - 30 m (Art. 4º,

inciso II b).

3 - RESERVATÓRIOS ARTIFICIAIS

► Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de

reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou

represamento de cursos d’água naturais (Art. 4º § 1º).

► Fica a critério do Licenciamento Ambiental a definição da faixa marginal

em reservatórios que não decorram de barramento ou represamento de

cursos d'águas naturais (Art. 4º, inciso III).

► Lâmina d'água até 1 ha - fica dispensada a obrigaroriedade da mata

ciliar (Art. 4º § 4º).

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PARA IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS

a) Na implantação de reservatórios d'água artificiais destinados à geração

de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição,

desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo

empreendedor das APPs, criadas em seu entorno, conforme estabelecido no

licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 metros e

máxima de 100 metros em área rural e a faixa mínima de 15 metros e

máxima de 30 metros em área urbana (Art. 5º).

b) Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput,

o empreendedor, no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano

Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório, em

conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do

Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, não podendo o uso exceder

a 10% (dez por cento) do total da Área de Preservação Permanente (Art.

5º § 1º).

c) O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório

Artificial, para os empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei,

deverá ser apresentado ao órgão ambiental concomitantemente com o Plano

Básico Ambiental e aprovado até o início da operação do empreendimento,

não constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da licença de

instalação (Art. 5º § 2º).

4. NASCENTES E OLHOS D'ÁGUA PERENES– 50 m de raio no entorno de

nascentes (Art. 4º, inciso IV)

5. ENCOSTAS ou parte destas, com declividade superior a 45°, equivalentes

a 100% na linha de maior declive (Art. 4º, inciso V).

6. RESTINGAS, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de

mangue (Art. 4º, inciso VI).

7. MANGUEZAIS, em toda a sua extensão (Art. 4º, inciso VII).

8. BORDAS DOS TABULEIROS OU CHAPADAS, até a linha de ruptura do

relevo, em faixa nunca inferior a 100 m em projeções horizontais - (Art. 4º,

inciso VIII).

9. EM ALTITUDE SUPERIOR A 1.800 m, qualquer que seja a

vegetação (Art. 4º, inciso X).

10. Em VEREDA, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura

mínima de 50 m, a partir do espaço permanentemente brejoso e

encharcado (Art. 4º, inciso XI).

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11. TOPO DE MORROS, MONTES, MONTANHAS E SERRAS, com altura

mínima de 100 m e inclinação média de 25°, em áreas delimitadas a partir

da curva de nível correspondente a 2/3 da altura mínima da elevação sempre

em relação à base, sendo essa definida pelo plano horizontal determinado

por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela

cota do ponto de sela mais próximo da elevação - (Art. 4º, inciso IX).

12. É ADMITIDO, para a pequena propriedade rural ou posse rural familiar,

o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto, na

faixa de terra que fica exposta, no período de vazante dos rios ou lagos,

desde que não impliquem supressão de novas áreas, seja conservada a

qualidade das águas e proteção da fauna (Art. 4º § 5º).

13. AQUICULTURA - nos imóveis com até 15 módulos fiscais, é admitida, nas

áreas que tratam nos itens 1 e 2 desta página, a prática da aquicultura e da

infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que (Art. 4º § 6º):

I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de

recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com

norma dos Conselhos Estaduais do Meio Ambiente;

II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de

gestão de recursos hídricos;

III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente;

IV - não implique novas supressões de vegetação nativa;

V - o imóvel esteja inscrito no CAR;

VI - não implique novas supressões de vegetação nativa.

14. CONSIDERAM-SE, AINDA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - quando

declaradas de interesse social, por ato do Chefe do Poder Executivo, as

áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a

uma ou mais das seguintes finalidades (Art. 6º):

I - conter a erosão do solo, mitigar riscos de enchentes e

deslizamentos de terra e de rocha;

II - proteger áreas úmidas;

III - proteger várzeas;

IV - abrigar exemplares da fauna ou flora ameaçadas de extinção;

V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural

ou histórico;

VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;

VII - assegurar condições de bem-estar público;

VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades

militares;

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IX - proteger áreas úmidas, especialmente, as de importância

internacional.

15. É PERMITIDO o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação

Permanente para obtenção de água e para a realização de atividades de

baixo impacto ambiental (Art. 9º).

ÁREAS CONSOLIDADAS EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

► PARA RIOS - nas APPs ficam autorizadas, exclusivamente, a

continuidade das atividades agrossilvipastoris, ecoturismo e turismo rural

em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008 (Art. 61

A).

O QUE É MÓDULO FISCAL?

Módulo fiscal é uma unidade de medida, em hectares, cujo valor é

fixado pelo INCRA para cada município levando-se em conta:

(a) o tipo de exploração predominante no município

(hortifrutigranjeira, cultura permanente, cultura temporária, pecuária ou

florestal);

(b) a renda obtida no tipo de exploração predominante;

(c) outras explorações existentes no município que, embora não

predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada;

(d) o conceito de "propriedade familiar". A dimensão de um módulo

fiscal varia de acordo com o município onde está localizada a propriedade. O

valor do módulo fiscal no Brasil varia de 5 a 110 hectares. No novo "Código

Florestal" (Lei nº 12.651/2012) o valor do módulo fiscal é utilizado como

parâmetro legal para a sua aplicação em diversos contextos, como na

definição de benefícios atribuídos à pequena propriedade ou posse rural

familiar; na definição de faixas mínimas para recomposição de Áreas de

Preservação Permanente; da manutenção ou recomposição de Reserva

Legal, entre outros (fig. 4).

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Fig 4. Modulo fiscal

TAMANHO DA PROPRIEDADE

LARGURA DO RIO

LARGURA DA MATA CILIAR A SER RECUPERADA

Até 1 módulo fiscal Qualquer largura

5 metros, (Art. 61-A, §1º, Lei 12.651/12)

Superior a 1 até 2 módulos

Qualquer

largura

8 metros, (Art. 61-A, §2º, Lei 12.651/12)

Superior a 2 até 4 módulos

Qualquer

largura

15 metros, (Art. 61-A, §3º, Lei 12.651/12)

Superior a 4 até 10 módulos

Rios com até 10 m

20 metros, (Art. 61-A, §4º inciso II, Lei 12.651/12 e Dec. 7830/12, Art. 19, §4º inciso I)

Superior a 4 módulos

Rios > que 10

m

Metade da largura do rio, sendo no mínimo 30 m e máximo 100 m, (Art. 61-A, §4º inciso II, Lei 12.651/12 e Dec. 7830/12, Art. 19, §4º inciso II)

OBSERVAÇÃO: A largura da mata ciliar é contada a partir da borda da calha

do leito regular.

► PARA NASCENTES E OLHOS D'ÁGUA PERENES, admitida a manutenção

de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural sendo

obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura mínima de 15

metros (Art. 61-A, §5º).

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► PARA LAGOS E LAGOAS NATURAIS, será admitida a manutenção de

atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo

obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura mínima de:

TAMANHO DA PROPRIEDADE ENTORNO DE LAGOS E LAGOAS NATURAIS A SEREM

RECUPERADAS

Até 1 módulo fiscal 5 metros (Art. 61-A, §6º Inciso I) Superior a 1 até 2 módulos 8 metros (Art. 61-A, §6º Inciso II) Superior a 2 até 4 módulos 15 metros (Art. 61-A, §6º Inciso III) Superior a 4 módulos 30 metros (Art. 61-A, §6º Inciso IV)

► PARA VEREDAS consolidadas, será obrigatória a recomposição das faixas

marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e

encharcado, de largura mínima de:

TAMANHO DA PROPRIEDADE

FAIXA MARGINAL A SER RECUPERADA A PARTIR DO ESPAÇO BREJOSO E

ENCHARCADO

Até 4 módulos 30 metros (Art. 61-A, §7º Inciso I) Superior a 4 módulos 50 metros (Art. 61-A, §7º Inciso II)

► Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura associada

às atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural, inclusive,

o acesso a essas atividades, independentemente das determinações contidas

nos quadros acima, desde que não estejam em área que ofereça risco à vida

ou à integridade física das pessoas (Art. 61-A, §12º).

► A recomposição poderá ser feita, isolada ou conjuntamente, pelos

seguintes métodos (Art. 61-A, §13º):

I - condução de regeneração natural de espécies nativas;

II - plantio de espécies nativas;

III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da

regeneração natural de espécies nativas;

IV - plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo

longo, exóticas com nativas de ocorrência regional, em até 50% (cinquenta

por cento) da área total a ser recomposta no caso dos imóveis

considerados de pequena propriedade rural ou posse rural familiar.

► As Áreas de Preservação Permanente, localizadas em imóveis inseridos

nos limites de Unidades de Conservação de Proteção Integral, criadas por

ato do poder público até a data de publicação desta Lei, não são passíveis de

ter quaisquer atividades consideradas como consolidadas, nos termos do

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caput e dos §§ 1º a 15º, ressalvado o que dispuser o Plano de Manejo

elaborado e aprovado, de acordo com as orientações emitidas pelo órgão

competente do Sisnama, nos termos do que dispuser regulamento do Chefe

do Poder Executivo, devendo o proprietário, possuidor rural ou ocupante a

qualquer título adotar todas as medidas indicadas (Art. 61-A, §16º).

► Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de julho de

2008, detinham até 4 (quatro) módulos fiscais e desenvolviam atividades

agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de Preservação

Permanente, é garantido que a exigência de recomposição, nos termos desta

Lei, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não

ultrapassará (Art. 61-B):

I - 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com

área de até 2 (dois) módulos fiscais; e (Art. 61-B, inciso I).

II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais

com área superior a 2 (dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais (Art. 61-B,

inciso II).

► Para reservatórios artificiais, para geração de energia elétrica ou

abastecimento público, que tiveram seus contratos de concessão ou

autorização assinados anteriormente à Medida Provisória 2.166-67 de

24/08/2001, a faixa de APP será a distância entre o nível máximo operativo

normal e a cota máxima maximorum (Art. 62).

► Nas áreas rurais consolidadas consideradas como topos de morro,

encostas, serras, bordas de tabuleiro e, em altitudes superiores a 1.800 m,

será admitida a manutenção de atividades florestais, culturas de espécies

lenhosas, perenes ou de ciclo longo, bem como a infraestrutura associada a

estas atividades, não se admitindo a conversão de novas áreas (Art. 63).

• nestas áreas o pastoreio extensivo deverá ficar restrito às áreas de

vegetação campestre natural admitindo-se o consórcio com vegetação

lenhosa perene ou de ciclo longo (Art. 63, §1º);

• a manutenção da cultura e infraestrutura fica condicionada à adoção de

práticas conservacionistas de solo e água indicadas pelos órgãos de

assistência técnica rural (Art. 63, §2º).

• Admite-se, nas Áreas de Preservação Permanente, previstas no inciso

VIII do art. 4o, dos imóveis rurais de até 4 (quatro) módulos fiscais, no

âmbito do PRA, a partir de boas práticas agronômicas e de conservação do

solo e da água, mediante deliberação dos Conselhos Estaduais de Meio

Ambiente ou órgãos colegiados estaduais equivalentes, a consolidação de

outras atividades agrossilvipastoris, ressalvadas as situações de risco de

vida (Art. 63, §3º).

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VAMOS LER À LEI!!

LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.

Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis

nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de

1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis

nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de

1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001;

e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta

e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o (VETADO).

Art. 1o-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação,

áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração

florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos

produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e prevê

instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus

objetivos. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Parágrafo único. Tendo como objetivo o desenvolvimento sustentável, esta

Lei atenderá aos seguintes princípios: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das

suas florestas e demais formas de vegetação nativa, bem como da

biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos e da integridade do sistema

climático, para o bem estar das gerações presentes e futuras;(Incluído pela

Lei nº 12.727, de 2012).

II - reafirmação da importância da função estratégica da atividade

agropecuária e do papel das florestas e demais formas de vegetação nativa

na sustentabilidade, no crescimento econômico, na melhoria da qualidade de

vida da população brasileira e na presença do País nos mercados nacional e

internacional de alimentos e bioenergia;(Incluído pela Lei nº 12.727, de

2012).

III - ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas,

consagrando o compromisso do País com a compatibilização e harmonização

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entre o uso produtivo da terra e a preservação da água, do solo e da

vegetação; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

IV - responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e

Municípios, em colaboração com a sociedade civil, na criação de políticas para

a preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções

ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais; (Incluído pela Lei nº

12.727, de 2012).

V - fomento à pesquisa científica e tecnológica na busca da inovação para o

uso sustentável do solo e da água, a recuperação e a preservação das

florestas e demais formas de vegetação nativa; (Incluído pela Lei nº

12.727, de 2012).

VI - criação e mobilização de incentivos econômicos para fomentar a

preservação e a recuperação da vegetação nativa e para promover o

desenvolvimento de atividades produtivas sustentáveis. (Incluído pela

Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 2o As florestas existentes no território nacional e as demais formas de

vegetação nativa, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens

de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos

de propriedade com as limitações que a legislação em geral e especialmente

esta Lei estabelecem.

§ 1o Na utilização e exploração da vegetação, as ações ou omissões

contrárias às disposições desta Lei são consideradas uso irregular da

propriedade, aplicando-se o procedimento sumário previsto no inciso II do

art. 275 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo

Civil, sem prejuízo da responsabilidade civil, nos termos do § 1o do art. 14

da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e das sanções administrativas,

civis e penais.

§ 2o As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas

ao sucessor, de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou

posse do imóvel rural.

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

I - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia,

Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13° S, dos

Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44° W, do Estado

do Maranhão;

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II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não

por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos

hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o

fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das

populações humanas;

III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse

rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso

econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,

auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover

a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna

silvestre e da flora nativa;

IV - área rural consolidada: área de imóvel rural com ocupação antrópica

preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou

atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do

regime de pousio;

V - pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada mediante

o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural,

incluindo os assentamentos e projetos de reforma agrária, e que atenda ao

disposto no art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006;

VI - uso alternativo do solo: substituição de vegetação nativa e formações

sucessoras por outras coberturas do solo, como atividades agropecuárias,

industriais, de geração e transmissão de energia, de mineração e de

transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de ocupação humana;

VII - manejo sustentável: administração da vegetação natural para a

obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os

mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e

considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas

espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora,

bem como a utilização de outros bens e serviços;

VIII - utilidade pública:

a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;

b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços

públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos

parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento,

gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações

necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou

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internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a extração

de areia, argila, saibro e cascalho;

c) atividades e obras de defesa civil;

d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção

das funções ambientais referidas no inciso II deste artigo;

e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em

procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e

locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do Poder

Executivo federal;

IX - interesse social:

a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação

nativa, tais como prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão,

erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas;

b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade

ou posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que

não descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função

ambiental da área;

c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e

atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais

consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei;

d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados

predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas

consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei no 11.977, de 7

de julho de 2009;

e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e

de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes

integrantes e essenciais da atividade;

f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho,

outorgadas pela autoridade competente;

g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em

procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e

locacional à atividade proposta, definidas em ato do Chefe do Poder

Executivo federal;

X - atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental:

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a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões,

quando necessárias à travessia de um curso d’água, ao acesso de pessoas e

animais para a obtenção de água ou à retirada de produtos oriundos das

atividades de manejo agroflorestal sustentável;

b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e

efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da

água, quando couber;

c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo;

d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro;

e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de

comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em

áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio dos

moradores;

f) construção e manutenção de cercas na propriedade;

g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros

requisitos previstos na legislação aplicável;

h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção

de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislação

específica de acesso a recursos genéticos;

i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e

outros produtos vegetais, desde que não implique supressão da vegetação

existente nem prejudique a função ambiental da área;

j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e

familiar, incluindo a extração de produtos florestais não madeireiros, desde

que não descaracterizem a cobertura vegetal nativa existente nem

prejudiquem a função ambiental da área;

k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de

baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente -

CONAMA ou dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;

XI - (VETADO);

XII - vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos,

usualmente com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa - buriti emergente,

sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies arbustivo-

herbáceas; (Redação pela Lei nº 12.727, de 2012).

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XIII - manguezal: ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos,

sujeitos à ação das marés, formado por vasas lodosas recentes ou arenosas,

às quais se associa, predominantemente, a vegetação natural conhecida

como mangue, com influência fluviomarinha, típica de solos limosos de

regiões estuarinas e com dispersão descontínua ao longo da costa brasileira,

entre os Estados do Amapá e de Santa Catarina;

XIV - salgado ou marismas tropicais hipersalinos: áreas situadas em regiões

com frequências de inundações intermediárias entre marés de sizígias e de

quadratura, com solos cuja salinidade varia entre 100 (cem) e 150 (cento e

cinquenta) partes por 1.000 (mil), onde pode ocorrer a presença de

vegetação herbácea específica;

XV - apicum: áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entremarés

superiores, inundadas apenas pelas marés de sizígias, que apresentam

salinidade superior a 150 (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil),

desprovidas de vegetação vascular;

XVI - restinga: depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma

geralmente alongada, produzido por processos de sedimentação, onde se

encontram diferentes comunidades que recebem influência marinha, com

cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos,

dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional,

estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado;

XVII - nascente: afloramento natural do lençol freático que apresenta

perenidade e dá início a um curso d’água;

XVIII - olho d’água: afloramento natural do lençol freático, mesmo que

intermitente;

XIX - leito regular: a calha por onde correm regularmente as águas do curso

d’água durante o ano;

XX - área verde urbana: espaços, públicos ou privados, com predomínio de

vegetação, preferencialmente nativa, natural ou recuperada, previstos no

Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do Município,

indisponíveis para construção de moradias, destinados aos propósitos de

recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos

recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e

manifestações culturais;

XXI - várzea de inundação ou planície de inundação: áreas marginais a

cursos d’água sujeitas a enchentes e inundações periódicas;

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XXII - faixa de passagem de inundação: área de várzea ou planície de

inundação adjacente a cursos d’água que permite o escoamento da

enchente;

XXIII - relevo ondulado: expressão geomorfológica usada para designar área

caracterizada por movimentações do terreno que geram depressões, cuja

intensidade permite sua classificação como relevo suave ondulado, ondulado,

fortemente ondulado e montanhoso.

XXIV - pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos

agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para

possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do

solo; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

XXV - áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma

periódica por águas, cobertas originalmente por florestas ou outras formas

de vegetação adaptadas à inundação; (Incluído pela Lei nº 12.727, de

2012).

XXVI - área urbana consolidada: aquela de que trata o inciso II do caput do

art. 47 da Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009; e (Incluído pela Lei nº

12.727, de 2012).

XXVII - crédito de carbono: título de direito sobre bem intangível e

incorpóreo transacionável. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, estende-se o tratamento dispensado

aos imóveis a que se refere o inciso V deste artigo às propriedades e posses

rurais com até 4 (quatro) módulos fiscais que desenvolvam atividades

agrossilvipastoris, bem como às terras indígenas demarcadas e às demais

áreas tituladas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo

do seu território.

CAPÍTULO II

DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Seção I

Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente

Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou

urbanas, para os efeitos desta Lei:

I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e

intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular,

em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

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a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros

de largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a

50 (cinquenta) metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta)

a 200 (duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200

(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura

superior a 600 (seiscentos) metros;

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura

mínima de:

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até

20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta)

metros;

b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de

barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na

licença ambiental do empreendimento; (Incluído pela Lei nº 12.727, de

2012).

IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer

que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta)

metros; (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente

a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;

VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;

VII - os manguezais, em toda a sua extensão;

VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo,

em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de

100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a

partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima

da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano

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horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos

relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;

X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer

que seja a vegetação;

XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura

mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente

brejoso e encharcado. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 1o Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de

reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou

represamento de cursos d’água naturais. (Redação dada pela Lei nº

12.727, de 2012).

§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 3o (VETADO).

§ 4o Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior

a 1 (um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista

nos incisos II e III do caput, vedada nova supressão de áreas de vegetação

nativa, salvo autorização do órgão ambiental competente do Sistema

Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. (Redação dada pela Lei nº 12.727,

de 2012).

§ 5o É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que

trata o inciso V do art. 3o desta Lei, o plantio de culturas temporárias e

sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no

período de vazante dos rios ou lagos, desde que não implique supressão de

novas áreas de vegetação nativa, seja conservada a qualidade da água e do

solo e seja protegida a fauna silvestre.

§ 6o Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida,

nas áreas de que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da

aquicultura e a infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que:

I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de

recursos hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com

norma dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;

II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão

de recursos hídricos;

III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente;

IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR.

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V - não implique novas supressões de vegetação nativa. (Incluído pela

Lei nº 12.727, de 2012).

§ 7o (VETADO).

§ 8o (VETADO).

§ 9o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 5o Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração

de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição,

desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor

das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme

estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de

30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa

mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área

urbana. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 1o Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput,

o empreendedor, no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano

Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório, em

conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do

Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, não podendo o uso exceder

a 10% (dez por cento) do total da Área de Preservação

Permanente. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 2o O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório

Artificial, para os empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei,

deverá ser apresentado ao órgão ambiental concomitantemente com o Plano

Básico Ambiental e aprovado até o início da operação do empreendimento,

não constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da licença de

instalação.

§ 3o (VETADO).

Art. 6o Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando

declaradas de interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas

cobertas com florestas ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou

mais das seguintes finalidades:

I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de

terra e de rocha;

II - proteger as restingas ou veredas;

III - proteger várzeas;

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IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;

V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou

histórico;

VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;

VII - assegurar condições de bem-estar público;

VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades

militares.

IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância

internacional. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Seção II

Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente

Art. 7o A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser

mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título,

pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.

§ 1o Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de

Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a

qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação,

ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei.

§ 2o A obrigação prevista no § 1o tem natureza real e é transmitida ao

sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.

§ 3o No caso de supressão não autorizada de vegetação realizada após 22

de julho de 2008, é vedada a concessão de novas autorizações de supressão

de vegetação enquanto não cumpridas as obrigações previstas no § 1o.

Art. 8o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de

Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade

pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta

Lei.

§ 1o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e

restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.

§ 2o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de

Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art.

4o poderá ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a função

ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras

habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização

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fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por

população de baixa renda.

§ 3o É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a

execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e

obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de

acidentes em áreas urbanas.

§ 4o Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras

intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta

Lei.

Art. 9o É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação

Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo

impacto ambiental.

CAPÍTULO III

DAS ÁREAS DE USO RESTRITO

Art. 10. Nos pantanais e planícies pantaneiras, é permitida a exploração

ecologicamente sustentável, devendo-se considerar as recomendações

técnicas dos órgãos oficiais de pesquisa, ficando novas supressões de

vegetação nativa para uso alternativo do solo condicionadas à autorização

do órgão estadual do meio ambiente, com base nas recomendações

mencionadas neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 11. Em áreas de inclinação entre 25° e 45°, serão permitidos o manejo

florestal sustentável e o exercício de atividades agrossilvipastoris, bem como

a manutenção da infraestrutura física associada ao desenvolvimento das

atividades, observadas boas práticas agronômicas, sendo vedada a

conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública e

interesse social.

CAPÍTULO III-A

(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

DO USO ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL

DOS APICUNS E SALGADOS

Art. 11-A. A Zona Costeira é patrimônio nacional, nos termos do § 4o do

art. 225 da Constituição Federal, devendo sua ocupação e exploração dar-se

de modo ecologicamente sustentável. (Incluído pela Lei nº 12.727, de

2012).

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§ 1o Os apicuns e salgados podem ser utilizados em atividades de

carcinicultura e salinas, desde que observados os seguintes

requisitos: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - área total ocupada em cada Estado não superior a 10% (dez por cento)

dessa modalidade de fitofisionomia no bioma amazônico e a 35% (trinta e

cinco por cento) no restante do País, excluídas as ocupações consolidadas

que atendam ao disposto no § 6o deste artigo; (Incluído pela Lei nº

12.727, de 2012).

II - salvaguarda da absoluta integridade dos manguezais arbustivos e dos

processos ecológicos essenciais a eles associados, bem como da sua

produtividade biológica e condição de berçário de recursos

pesqueiros; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

III - licenciamento da atividade e das instalações pelo órgão ambiental

estadual, cientificado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis - IBAMA e, no caso de uso de terrenos de marinha ou

outros bens da União, realizada regularização prévia da titulação perante a

União; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

IV - recolhimento, tratamento e disposição adequados dos efluentes e

resíduos; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

V - garantia da manutenção da qualidade da água e do solo, respeitadas as

Áreas de Preservação Permanente; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de

2012).

VI - respeito às atividades tradicionais de sobrevivência das comunidades

locais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 2o A licença ambiental, na hipótese deste artigo, será de 5 (cinco) anos,

renovável apenas se o empreendedor cumprir as exigências da legislação

ambiental e do próprio licenciamento, mediante comprovação anual,

inclusive por mídia fotográfica. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 3o São sujeitos à apresentação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental -

EPIA e Relatório de Impacto Ambiental - RIMA os novos

empreendimentos: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - com área superior a 50 (cinquenta) hectares, vedada a fragmentação do

projeto para ocultar ou camuflar seu porte; (Incluído pela Lei nº 12.727,

de 2012).

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II - com área de até 50 (cinquenta) hectares, se potencialmente causadores

de significativa degradação do meio ambiente; ou (Incluído pela Lei nº

12.727, de 2012).

III - localizados em região com adensamento de empreendimentos de

carcinicultura ou salinas cujo impacto afete áreas comuns. (Incluído pela

Lei nº 12.727, de 2012).

§ 4o O órgão licenciador competente, mediante decisão motivada, poderá,

sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, bem

como do dever de recuperar os danos ambientais causados, alterar as

condicionantes e as medidas de controle e adequação, quando

ocorrer: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - descumprimento ou cumprimento inadequado das condicionantes ou

medidas de controle previstas no licenciamento, ou desobediência às normas

aplicáveis; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

II - fornecimento de informação falsa, dúbia ou enganosa, inclusive por

omissão, em qualquer fase do licenciamento ou período de validade da

licença; ou (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

III - superveniência de informações sobre riscos ao meio ambiente ou à

saúde pública. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 5o A ampliação da ocupação de apicuns e salgados respeitará o

Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Costeira - ZEEZOC, com a

individualização das áreas ainda passíveis de uso, em escala mínima de

1:10.000, que deverá ser concluído por cada Estado no prazo máximo de 1

(um) ano a partir da data da publicação desta Lei. (Incluído pela Lei nº

12.727, de 2012).

§ 6o É assegurada a regularização das atividades e empreendimentos de

carcinicultura e salinas cuja ocupação e implantação tenham ocorrido antes

de 22 de julho de 2008, desde que o empreendedor, pessoa física ou jurídica,

comprove sua localização em apicum ou salgado e se obrigue, por termo de

compromisso, a proteger a integridade dos manguezais arbustivos

adjacentes. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 7o É vedada a manutenção, licenciamento ou regularização, em qualquer

hipótese ou forma, de ocupação ou exploração irregular em apicum ou

salgado, ressalvadas as exceções previstas neste artigo. (Incluído pela

Lei nº 12.727, de 2012).

CAPÍTULO IV

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DA ÁREA DE RESERVA LEGAL

Seção I

Da Delimitação da Área de Reserva Legal

Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação

nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre

as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais

mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os casos previstos no art.

68 desta Lei: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - localizado na Amazônia Legal:

a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas;

b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado;

c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais;

II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento).

§ 1o Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive

para assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada,

para fins do disposto do caput, a área do imóvel antes do fracionamento.

§ 2o O percentual de Reserva Legal em imóvel situado em área de formações

florestais, de cerrado ou de campos gerais na Amazônia Legal será definido

considerando separadamente os índices contidos nas alíneas a, b e c do

inciso I do caput.

§ 3o Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas de floresta ou

outras formas de vegetação nativa apenas será autorizada pelo órgão

ambiental estadual integrante do Sisnama se o imóvel estiver inserido no

mencionado cadastro, ressalvado o previsto no art. 30.

§ 4o Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público poderá reduzir a

Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento), para fins de

recomposição, quando o Município tiver mais de 50% (cinquenta por cento)

da área ocupada por unidades de conservação da natureza de domínio

público e por terras indígenas homologadas.

§ 5o Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público estadual, ouvido o

Conselho Estadual de Meio Ambiente, poderá reduzir a Reserva Legal para

até 50% (cinquenta por cento), quando o Estado tiver Zoneamento

Ecológico-Econômico aprovado e mais de 65% (sessenta e cinco por cento)

do seu território ocupado por unidades de conservação da natureza de

domínio público, devidamente regularizadas, e por terras indígenas

homologadas.

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§ 6o Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento

de esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal.

§ 7o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou

desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para

exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem

empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam

instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica.

§ 8o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou

desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade de

rodovias e ferrovias.

Art. 13. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico - ZEE

estadual, realizado segundo metodologia unificada, o poder público federal

poderá:

I - reduzir, exclusivamente para fins de regularização, mediante

recomposição, regeneração ou compensação da Reserva Legal de imóveis

com área rural consolidada, situados em área de floresta localizada na

Amazônia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) da propriedade,

excluídas as áreas prioritárias para conservação da biodiversidade e dos

recursos hídricos e os corredores ecológicos;

II - ampliar as áreas de Reserva Legal em até 50% (cinquenta por cento)

dos percentuais previstos nesta Lei, para cumprimento de metas nacionais

de proteção à biodiversidade ou de redução de emissão de gases de efeito

estufa.

§ 1o No caso previsto no inciso I do caput, o proprietário ou possuidor de

imóvel rural que mantiver Reserva Legal conservada e averbada em área

superior aos percentuais exigidos no referido inciso poderá instituir servidão

ambiental sobre a área excedente, nos termos da Lei no 6.938, de 31 de

agosto de 1981, e Cota de Reserva Ambiental.

§ 2o Os Estados que não possuem seus Zoneamentos Ecológico-Econômicos

- ZEEs segundo a metodologia unificada, estabelecida em norma federal,

terão o prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data da publicação desta Lei,

para a sua elaboração e aprovação.

Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar

em consideração os seguintes estudos e critérios:

I - o plano de bacia hidrográfica;

II - o Zoneamento Ecológico-Econômico

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III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com Área

de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área

legalmente protegida;

IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e

V - as áreas de maior fragilidade ambiental.

§ 1o O órgão estadual integrante do Sisnama ou instituição por ele habilitada

deverá aprovar a localização da Reserva Legal após a inclusão do imóvel no

CAR, conforme o art. 29 desta Lei.

§ 2o Protocolada a documentação exigida para a análise da localização da

área de Reserva Legal, ao proprietário ou possuidor rural não poderá ser

imputada sanção administrativa, inclusive restrição a direitos, por qualquer

órgão ambiental competente integrante do Sisnama, em razão da não

formalização da área de Reserva Legal. (Redação dada pela Lei nº

12.727, de 2012).

Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no

cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que:

I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas

para o uso alternativo do solo;

II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de

recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual

integrante do Sisnama; e

III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no

Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei.

§ 1o O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera

na hipótese prevista neste artigo.

§ 2o O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada

e inscrita no Cadastro Ambiental Rural - CAR de que trata o art. 29, cuja área

ultrapasse o mínimo exigido por esta Lei, poderá utilizar a área excedente

para fins de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental

e outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei.

§ 3o O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de

cumprimento da Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição

e a compensação. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 4o É dispensada a aplicação do inciso I do caput deste artigo, quando as

Áreas de Preservação Permanente conservadas ou em processo de

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recuperação, somadas às demais florestas e outras formas de vegetação

nativa existentes em imóvel, ultrapassarem: (Incluído pela Lei nº 12.727,

de 2012).

I - 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de floresta

na Amazônia Legal; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

II - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou

coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art.

12 em relação a cada imóvel. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal

poderá ser agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.

Seção II

Do Regime de Proteção da Reserva Legal

Art. 17. A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetação

nativa pelo proprietário do imóvel rural, possuidor ou ocupante a qualquer

título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.

§ 1o Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo

sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do Sisnama, de

acordo com as modalidades previstas no art. 20.

§ 2o Para fins de manejo de Reserva Legal na pequena propriedade ou posse

rural familiar, os órgãos integrantes do Sisnama deverão estabelecer

procedimentos simplificados de elaboração, análise e aprovação de tais

planos de manejo.

§ 3o É obrigatória a suspensão imediata das atividades em área de Reserva

Legal desmatada irregularmente após 22 de julho de 2008. (Redação

dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 4o Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis,

deverá ser iniciado, nas áreas de que trata o § 3o deste artigo, o processo

de recomposição da Reserva Legal em até 2 (dois) anos contados a partir da

data da publicação desta Lei, devendo tal processo ser concluído nos prazos

estabelecidos pelo Programa de Regularização Ambiental - PRA, de que trata

o art. 59. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental

competente por meio de inscrição no CAR de que trata o art. 29, sendo

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vedada a alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer

título, ou de desmembramento, com as exceções previstas nesta Lei.

§ 1o A inscrição da Reserva Legal no CAR será feita mediante a apresentação

de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das coordenadas

geográficas com pelo menos um ponto de amarração, conforme ato do Chefe

do Poder Executivo.

§ 2o Na posse, a área de Reserva Legal é assegurada por termo de

compromisso firmado pelo possuidor com o órgão competente do Sisnama,

com força de título executivo extrajudicial, que explicite, no mínimo, a

localização da área de Reserva Legal e as obrigações assumidas pelo

possuidor por força do previsto nesta Lei.

§ 3o A transferência da posse implica a sub-rogação das obrigações

assumidas no termo de compromisso de que trata o § 2o.

§ 4o O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório

de Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a data da publicação

desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor rural que desejar

fazer a averbação terá direito à gratuidade deste ato. (Redação dada pela

Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante

lei municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da

área de Reserva Legal, que só será extinta concomitantemente ao registro

do parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a legislação

específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1o do

art. 182 da Constituição Federal.

Art. 20. No manejo sustentável da vegetação florestal da Reserva Legal,

serão adotadas práticas de exploração seletiva nas modalidades de manejo

sustentável sem propósito comercial para consumo na propriedade e manejo

sustentável para exploração florestal com propósito comercial.

Art. 21. É livre a coleta de produtos florestais não madeireiros, tais como

frutos, cipós, folhas e sementes, devendo-se observar:

I - os períodos de coleta e volumes fixados em regulamentos específicos,

quando houver;

II - a época de maturação dos frutos e sementes;

III - técnicas que não coloquem em risco a sobrevivência de indivíduos e da

espécie coletada no caso de coleta de flores, folhas, cascas, óleos, resinas,

cipós, bulbos, bambus e raízes.

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Art. 22. O manejo florestal sustentável da vegetação da Reserva Legal com

propósito comercial depende de autorização do órgão competente e deverá

atender as seguintes diretrizes e orientações:

I - não descaracterizar a cobertura vegetal e não prejudicar a conservação

da vegetação nativa da área;

II - assegurar a manutenção da diversidade das espécies;

III - conduzir o manejo de espécies exóticas com a adoção de medidas que

favoreçam a regeneração de espécies nativas.

Art. 23. O manejo sustentável para exploração florestal eventual sem

propósito comercial, para consumo no próprio imóvel, independe de

autorização dos órgãos competentes, devendo apenas ser declarados

previamente ao órgão ambiental a motivação da exploração e o volume

explorado, limitada a exploração anual a 20 (vinte) metros cúbicos.

Art. 24. No manejo florestal nas áreas fora de Reserva Legal, aplica-se

igualmente o disposto nos arts. 21, 22 e 23.

Seção III

Do Regime de Proteção das Áreas Verdes Urbanas

Art. 25. O poder público municipal contará, para o estabelecimento de áreas

verdes urbanas, com os seguintes instrumentos:

I - o exercício do direito de preempção para aquisição de remanescentes

florestais relevantes, conforme dispõe a Lei no 10.257, de 10 de julho de

2001;

II - a transformação das Reservas Legais em áreas verdes nas expansões

urbanas

III - o estabelecimento de exigência de áreas verdes nos loteamentos,

empreendimentos comerciais e na implantação de infraestrutura; e

IV - aplicação em áreas verdes de recursos oriundos da compensação

ambiental.

CAPÍTULO V

DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PARA USO ALTERNATIVO DO SOLO

Art. 26. A supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo, tanto

de domínio público como de domínio privado, dependerá do cadastramento

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do imóvel no CAR, de que trata o art. 29, e de prévia autorização do órgão

estadual competente do Sisnama.

§ 1o (VETADO).

§ 2o (VETADO).

§ 3o No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que

contemplem a utilização de espécies nativas do mesmo bioma onde ocorreu

a supressão.

§ 4o O requerimento de autorização de supressão de que trata

o caput conterá, no mínimo, as seguintes informações:

I - a localização do imóvel, das Áreas de Preservação Permanente, da

Reserva Legal e das áreas de uso restrito, por coordenada geográfica, com

pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imóvel;

II - a reposição ou compensação florestal, nos termos do § 4o do art. 33;

III - a utilização efetiva e sustentável das áreas já convertidas;

IV - o uso alternativo da área a ser desmatada.

Art. 27. Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão de

vegetação que abrigue espécie da flora ou da fauna ameaçada de extinção,

segundo lista oficial publicada pelos órgãos federal ou estadual ou municipal

do Sisnama, ou espécies migratórias, dependerá da adoção de medidas

compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie.

Art. 28. Não é permitida a conversão de vegetação nativa para uso

alternativo do solo no imóvel rural que possuir área abandonada.

CAPÍTULO VI DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL

Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema

Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público

eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com

a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses

rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento,

planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

§ 1o A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente,

no órgão ambiental municipal ou estadual, que, nos termos do regulamento,

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exigirá do proprietário ou possuidor rural: (Redação dada pela Lei nº

12.727, de 2012).

I - identificação do proprietário ou possuidor rural;

II - comprovação da propriedade ou posse;

III - identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo,

contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto

de amarração do perímetro do imóvel, informando a localização dos

remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente,

das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, caso existente, também

da localização da Reserva Legal.

§ 2o O cadastramento não será considerado título para fins de

reconhecimento do direito de propriedade ou posse, tampouco elimina a

necessidade de cumprimento do disposto no art. 2o da Lei no 10.267, de 28

de agosto de 2001.

§ 3o A inscrição no CAR será obrigatória para todas as propriedades e posses

rurais, devendo ser requerida até 31 de dezembro de 2017, prorrogável por

mais 1 (um) ano por ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada

pela Lei nº 13.295, de 2016)

Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada na

matrícula do imóvel e em que essa averbação identifique o perímetro e a

localização da reserva, o proprietário não será obrigado a fornecer ao órgão

ambiental as informações relativas à Reserva Legal previstas no inciso III do

§ 1o do art. 29.

Parágrafo único. Para que o proprietário se desobrigue nos termos do caput,

deverá apresentar ao órgão ambiental competente a certidão de registro de

imóveis onde conste a averbação da Reserva Legal ou termo de compromisso

já firmado nos casos de posse.

CAPÍTULO VII

DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL

Art. 31. A exploração de florestas nativas e formações sucessoras, de

domínio público ou privado, ressalvados os casos previstos nos arts. 21, 23

e 24, dependerá de licenciamento pelo órgão competente do Sisnama,

mediante aprovação prévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável - PMFS

que contemple técnicas de condução, exploração, reposição florestal e

manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea

forme.

§ 1o O PMFS atenderá os seguintes fundamentos técnicos e científicos:

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I - caracterização dos meios físico e biológico;

II - determinação do estoque existente;

III - intensidade de exploração compatível com a capacidade de suporte

ambiental da floresta;

IV - ciclo de corte compatível com o tempo de restabelecimento do volume

de produto extraído da floresta;

V - promoção da regeneração natural da floresta;

VI - adoção de sistema silvicultural adequado;

VII - adoção de sistema de exploração adequado;

VIII - monitoramento do desenvolvimento da floresta remanescente;

IX - adoção de medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais.

§ 2o A aprovação do PMFS pelo órgão competente do Sisnama confere ao

seu detentor a licença ambiental para a prática do manejo florestal

sustentável, não se aplicando outras etapas de licenciamento ambiental.

§ 3o O detentor do PMFS encaminhará relatório anual ao órgão ambiental

competente com as informações sobre toda a área de manejo florestal

sustentável e a descrição das atividades realizadas.

§ 4o O PMFS será submetido a vistorias técnicas para fiscalizar as operações

e atividades desenvolvidas na área de manejo.

§ 5o Respeitado o disposto neste artigo, serão estabelecidas em ato do

Chefe do Poder Executivo disposições diferenciadas sobre os PMFS em escala

empresarial, de pequena escala e comunitário.

§ 6o Para fins de manejo florestal na pequena propriedade ou posse rural

familiar, os órgãos do Sisnama deverão estabelecer procedimentos

simplificados de elaboração, análise e aprovação dos referidos PMFS.

§ 7o Compete ao órgão federal de meio ambiente a aprovação de PMFS

incidentes em florestas públicas de domínio da União.

Art. 32. São isentos de PMFS:

I - a supressão de florestas e formações sucessoras para uso alternativo do

solo;

II - o manejo e a exploração de florestas plantadas localizadas fora das Áreas

de Preservação Permanente e de Reserva Legal;

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III - a exploração florestal não comercial realizada nas propriedades rurais a

que se refere o inciso V do art. 3o ou por populações tradicionais.

Art. 33. As pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria-prima florestal

em suas atividades devem suprir-se de recursos oriundos de:

I - florestas plantadas;

II - PMFS de floresta nativa aprovado pelo órgão competente do Sisnama;

III - supressão de vegetação nativa autorizada pelo órgão competente do

Sisnama;

IV - outras formas de biomassa florestal definidas pelo órgão competente do

Sisnama.

§ 1o São obrigadas à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que

utilizam matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação nativa

ou que detenham autorização para supressão de vegetação nativa.

§ 2o É isento da obrigatoriedade da reposição florestal aquele que utilize:

I - costaneiras, aparas, cavacos ou outros resíduos provenientes da atividade

industrial

II - matéria-prima florestal:

a) oriunda de PMFS;

b) oriunda de floresta plantada;

c) não madeireira.

§ 3o A isenção da obrigatoriedade da reposição florestal não desobriga o

interessado da comprovação perante a autoridade competente da origem do

recurso florestal utilizado.

§ 4o A reposição florestal será efetivada no Estado de origem da matéria-

prima utilizada, mediante o plantio de espécies preferencialmente nativas,

conforme determinações do órgão competente do Sisnama.

Art. 34. As empresas industriais que utilizam grande quantidade de matéria-

prima florestal são obrigadas a elaborar e implementar Plano de Suprimento

Sustentável - PSS, a ser submetido à aprovação do órgão competente do

Sisnama.

§ 1o O PSS assegurará produção equivalente ao consumo de matéria-prima

florestal pela atividade industrial.

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§ 2o O PSS incluirá, no mínimo:

I - programação de suprimento de matéria-prima florestal

II - indicação das áreas de origem da matéria-prima florestal

georreferenciadas;

III - cópia do contrato entre os particulares envolvidos, quando o PSS incluir

suprimento de matéria-prima florestal oriunda de terras pertencentes a

terceiros.

§ 3o Admite-se o suprimento mediante matéria-prima em oferta no

mercado:

I - na fase inicial de instalação da atividade industrial, nas condições e

durante o período, não superior a 10 (dez) anos, previstos no PSS,

ressalvados os contratos de suprimento mencionados no inciso III do § 2o;

II - no caso de aquisição de produtos provenientes do plantio de florestas

exóticas, licenciadas por órgão competente do Sisnama, o suprimento será

comprovado posteriormente mediante relatório anual em que conste a

localização da floresta e as quantidades produzidas.

§ 4o O PSS de empresas siderúrgicas, metalúrgicas ou outras que

consumam grandes quantidades de carvão vegetal ou lenha estabelecerá a

utilização exclusiva de matéria-prima oriunda de florestas plantadas ou de

PMFS e será parte integrante do processo de licenciamento ambiental do

empreendimento.

§ 5o Serão estabelecidos, em ato do Chefe do Poder Executivo, os

parâmetros de utilização de matéria-prima florestal para fins de

enquadramento das empresas industriais no disposto no caput.

CAPÍTULO VIII

DO CONTROLE DA ORIGEM DOS PRODUTOS FLORESTAIS

Art. 35. O controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou

subprodutos florestais incluirá sistema nacional que integre os dados dos

diferentes entes federativos, coordenado, fiscalizado e regulamentado pelo

órgão federal competente do Sisnama. (Redação dada pela Lei nº 12.727,

de 2012).

§ 1o O plantio ou reflorestamento com espécies florestais nativas ou

exóticas independem de autorização prévia, desde que observadas as

limitações e condições previstas nesta Lei, devendo ser informados ao órgão

competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle de origem.

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§ 2o É livre a extração de lenha e demais produtos de florestas plantadas

nas áreas não consideradas Áreas de Preservação Permanente e Reserva

Legal.

§ 3o O corte ou a exploração de espécies nativas plantadas em área de uso

alternativo do solo serão permitidos independentemente de autorização

prévia, devendo o plantio ou reflorestamento estar previamente cadastrado

no órgão ambiental competente e a exploração ser previamente declarada

nele para fins de controle de origem.

§ 4o Os dados do sistema referido no caput serão disponibilizados para

acesso público por meio da rede mundial de computadores, cabendo ao órgão

federal coordenador do sistema fornecer os programas de informática a

serem utilizados e definir o prazo para integração dos dados e as informações

que deverão ser aportadas ao sistema nacional.

§ 5o O órgão federal coordenador do sistema nacional poderá bloquear a

emissão de Documento de Origem Florestal - DOF dos entes federativos não

integrados ao sistema e fiscalizar os dados e relatórios respectivos. (Incluído

pela Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 36. O transporte, por qualquer meio, e o armazenamento de madeira,

lenha, carvão e outros produtos ou subprodutos florestais oriundos de

florestas de espécies nativas, para fins comerciais ou industriais, requerem

licença do órgão competente do Sisnama, observado o disposto no art. 35.

§ 1o A licença prevista no caput será formalizada por meio da emissão do

DOF, que deverá acompanhar o material até o beneficiamento final.

§ 2o Para a emissão do DOF, a pessoa física ou jurídica responsável deverá

estar registrada no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente

Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei

no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

§ 3o Todo aquele que recebe ou adquire, para fins comerciais ou industriais,

madeira, lenha, carvão e outros produtos ou subprodutos de florestas de

espécies nativas é obrigado a exigir a apresentação do DOF e munir-se da

via que deverá acompanhar o material até o beneficiamento final.

§ 4o No DOF deverão constar a especificação do material, sua volumetria e

dados sobre sua origem e destino.

§ 5o O órgão ambiental federal do Sisnama regulamentará os casos de

dispensa da licença prevista no caput. (Incluído pela Lei nº 12.727, de

2012).

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Art. 37. O comércio de plantas vivas e outros produtos oriundos da flora

nativa dependerá de licença do órgão estadual competente do Sisnama e de

registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente

Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, previsto no art. 17 da Lei

no 6.938, de 31 de agosto de 1981, sem prejuízo de outras exigências

cabíveis.

Parágrafo único. A exportação de plantas vivas e outros produtos da flora

dependerá de licença do órgão federal competente do Sisnama, observadas

as condições estabelecidas no caput.

CAPÍTULO IX

DA PROIBIÇÃO DO USO DE FOGO E DO CONTROLE DOS INCÊNDIOS

Art. 38. É proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas seguintes

situações:

I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo

em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão

estadual ambiental competente do Sisnama, para cada imóvel rural ou de

forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e

controle;

II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em

conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia

aprovação do órgão gestor da Unidade de Conservação, visando ao manejo

conservacionista da vegetação nativa, cujas características ecológicas

estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo;

III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa

devidamente aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição

de pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovação do órgão ambiental

competente do Sisnama.

§ 1o Na situação prevista no inciso I, o órgão estadual ambiental competente

do Sisnama exigirá que os estudos demandados para o licenciamento da

atividade rural contenham planejamento específico sobre o emprego do fogo

e o controle dos incêndios.

§ 2o Excetuam-se da proibição constante no caput as práticas de prevenção

e combate aos incêndios e as de agricultura de subsistência exercidas pelas

populações tradicionais e indígenas.

§ 3o Na apuração da responsabilidade pelo uso irregular do fogo em terras

públicas ou particulares, a autoridade competente para fiscalização e

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autuação deverá comprovar o nexo de causalidade entre a ação do

proprietário ou qualquer preposto e o dano efetivamente causado.

§ 4o É necessário o estabelecimento de nexo causal na verificação das

responsabilidades por infração pelo uso irregular do fogo em terras públicas

ou particulares.

Art. 39. Os órgãos ambientais do Sisnama, bem como todo e qualquer órgão

público ou privado responsável pela gestão de áreas com vegetação nativa

ou plantios florestais, deverão elaborar, atualizar e implantar planos de

contingência para o combate aos incêndios florestais.

Art. 40. O Governo Federal deverá estabelecer uma Política Nacional de

Manejo e Controle de Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios

Florestais, que promova a articulação institucional com vistas na substituição

do uso do fogo no meio rural, no controle de queimadas, na prevenção e no

combate aos incêndios florestais e no manejo do fogo em áreas naturais

protegidas.

§ 1o A Política mencionada neste artigo deverá prever instrumentos para a

análise dos impactos das queimadas sobre mudanças climáticas e mudanças

no uso da terra, conservação dos ecossistemas, saúde pública e fauna, para

subsidiar planos estratégicos de prevenção de incêndios florestais.

§ 2o A Política mencionada neste artigo deverá observar cenários de

mudanças climáticas e potenciais aumentos de risco de ocorrência de

incêndios florestais.

CAPÍTULO X DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DO

MEIO AMBIENTE

Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, sem prejuízo do

cumprimento da legislação ambiental, programa de apoio e incentivo à

conservação do meio ambiente, bem como para adoção de tecnologias e boas

práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com redução

dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento

ecologicamente sustentável, observados sempre os critérios de

progressividade, abrangendo as seguintes categorias e linhas de

ação: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - pagamento ou incentivo a serviços ambientais como retribuição,

monetária ou não, às atividades de conservação e melhoria dos ecossistemas

e que gerem serviços ambientais, tais como, isolada ou cumulativamente:

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a) o sequestro, a conservação, a manutenção e o aumento do estoque e a

diminuição do fluxo de carbono;

b) a conservação da beleza cênica natural;

c) a conservação da biodiversidade;

d) a conservação das águas e dos serviços hídricos;

e) a regulação do clima;

f) a valorização cultural e do conhecimento tradicional ecossistêmico;

g) a conservação e o melhoramento do solo;

h) a manutenção de Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e

de uso restrito;

II - compensação pelas medidas de conservação ambiental necessárias para

o cumprimento dos objetivos desta Lei, utilizando-se dos seguintes

instrumentos, dentre outros:

a) obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas

de juros menores, bem como limites e prazos maiores que os praticados no

mercado;

b) contratação do seguro agrícola em condições melhores que as praticadas

no mercado;

c) dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de

uso restrito da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial

Rural - ITR, gerando créditos tributários;

d) destinação de parte dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso

da água, na forma da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, para a

manutenção, recuperação ou recomposição das Áreas de Preservação

Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito na bacia de geração da

receita;

e) linhas de financiamento para atender iniciativas de preservação voluntária

de vegetação nativa, proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de

extinção, manejo florestal e agroflorestal sustentável realizados na

propriedade ou posse rural, ou recuperação de áreas degradadas;

f) isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos, tais

como: fios de arame, postes de madeira tratada, bombas d’água, trado de

perfuração de solo, dentre outros utilizados para os processos de

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recuperação e manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de

Reserva Legal e de uso restrito;

III - incentivos para comercialização, inovação e aceleração das ações de

recuperação, conservação e uso sustentável das florestas e demais formas

de vegetação nativa, tais como:

a) participação preferencial nos programas de apoio à comercialização da

produção agrícola;

b) destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a

extensão rural relacionadas à melhoria da qualidade ambiental.

§ 1o Para financiar as atividades necessárias à regularização ambiental das

propriedades rurais, o programa poderá prever:

I - destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a

extensão rural relacionadas à melhoria da qualidade ambiental;

II - dedução da base de cálculo do imposto de renda do proprietário ou

possuidor de imóvel rural, pessoa física ou jurídica, de parte dos gastos

efetuados com a recomposição das Áreas de Preservação Permanente, de

Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de

julho de 2008;

III - utilização de fundos públicos para concessão de créditos reembolsáveis

e não reembolsáveis destinados à compensação, recuperação ou

recomposição das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de

uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de julho de 2008.

§ 2o O programa previsto no caput poderá, ainda, estabelecer diferenciação

tributária para empresas que industrializem ou comercializem produtos

originários de propriedades ou posses rurais que cumpram os padrões e

limites estabelecidos nos arts. 4o, 6o, 11 e 12 desta Lei, ou que estejam em

processo de cumpri-los.

§ 3o Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais inscritos no CAR,

inadimplentes em relação ao cumprimento do termo de compromisso ou PRA

ou que estejam sujeitos a sanções por infrações ao disposto nesta Lei, exceto

aquelas suspensas em virtude do disposto no Capítulo XIII, não são elegíveis

para os incentivos previstos nas alíneas a a e do inciso II do caput deste

artigo até que as referidas sanções sejam extintas.

§ 4o As atividades de manutenção das Áreas de Preservação Permanente,

de Reserva Legal e de uso restrito são elegíveis para quaisquer pagamentos

ou incentivos por serviços ambientais, configurando adicionalidade para fins

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de mercados nacionais e internacionais de reduções de emissões certificadas

de gases de efeito estufa.

§ 5o O programa relativo a serviços ambientais previsto no inciso I

do caput deste artigo deverá integrar os sistemas em âmbito nacional e

estadual, objetivando a criação de um mercado de serviços ambientais.

§ 6o Os proprietários localizados nas zonas de amortecimento de Unidades

de Conservação de Proteção Integral são elegíveis para receber apoio

técnico-financeiro da compensação prevista no art. 36 da Lei no 9.985, de

18 de julho de 2000, com a finalidade de recuperação e manutenção de áreas

prioritárias para a gestão da unidade.

§ 7o O pagamento ou incentivo a serviços ambientais a que se refere o inciso

I deste artigo serão prioritariamente destinados aos agricultores familiares

como definidos no inciso V do art. 3o desta Lei. (Incluído pela Lei nº

12.727, de 2012).

Art. 42. O Governo Federal implantará programa para conversão da multa

prevista no art. 50 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, destinado

a imóveis rurais, referente a autuações vinculadas a desmatamentos em

áreas onde não era vedada a supressão, que foram promovidos sem

autorização ou licença, em data anterior a 22 de julho de 2008. (Incluído

pela Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 43. (VETADO).

Art. 44. É instituída a Cota de Reserva Ambiental - CRA, título nominativo

representativo de área com vegetação nativa, existente ou em processo de

recuperação:

I - sob regime de servidão ambiental, instituída na forma do art. 9o-A da Lei

no 6.938, de 31 de agosto de 1981;

II - correspondente à área de Reserva Legal instituída voluntariamente sobre

a vegetação que exceder os percentuais exigidos no art. 12 desta Lei;

III - protegida na forma de Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN,

nos termos do art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000;

IV - existente em propriedade rural localizada no interior de Unidade de

Conservação de domínio público que ainda não tenha sido desapropriada.

§ 1o A emissão de CRA será feita mediante requerimento do proprietário,

após inclusão do imóvel no CAR e laudo comprobatório emitido pelo próprio

órgão ambiental ou por entidade credenciada, assegurado o controle do

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órgão federal competente do Sisnama, na forma de ato do Chefe do Poder

Executivo.

§ 2o A CRA não pode ser emitida com base em vegetação nativa localizada

em área de RPPN instituída em sobreposição à Reserva Legal do imóvel.

§ 3o A Cota de Reserva Florestal - CRF emitida nos termos do art. 44-B da

Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, passa a ser considerada, pelo

efeito desta Lei, como Cota de Reserva Ambiental.

§ 4o Poderá ser instituída CRA da vegetação nativa que integra a Reserva

Legal dos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3o desta Lei.

Art. 45. A CRA será emitida pelo órgão competente do Sisnama em favor de

proprietário de imóvel incluído no CAR que mantenha área nas condições

previstas no art. 44.

§ 1o O proprietário interessado na emissão da CRA deve apresentar ao órgão

referido no caput proposta acompanhada de:

I - certidão atualizada da matrícula do imóvel expedida pelo registro de

imóveis competente;

II - cédula de identidade do proprietário, quando se tratar de pessoa física;

III - ato de designação de responsável, quando se tratar de pessoa jurídica;

IV - certidão negativa de débitos do Imposto sobre a Propriedade Territorial

Rural - ITR;

V - memorial descritivo do imóvel, com a indicação da área a ser vinculada

ao título, contendo pelo menos um ponto de amarração georreferenciado

relativo ao perímetro do imóvel e um ponto de amarração georreferenciado

relativo à Reserva Legal.

§ 2o Aprovada a proposta, o órgão referido no caput emitirá a CRA

correspondente, identificando:

I - o número da CRA no sistema único de controle;

II - o nome do proprietário rural da área vinculada ao título;

III - a dimensão e a localização exata da área vinculada ao título, com

memorial descritivo contendo pelo menos um ponto de amarração

georreferenciado;

IV - o bioma correspondente à área vinculada ao título;

V - a classificação da área em uma das condições previstas no art. 46.

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§ 3o O vínculo de área à CRA será averbado na matrícula do respectivo

imóvel no registro de imóveis competente.

§ 4o O órgão federal referido no caput pode delegar ao órgão estadual

competente atribuições para emissão, cancelamento e transferência da CRA,

assegurada a implementação de sistema único de controle.

Art. 46. Cada CRA corresponderá a 1 (um) hectare:

I - de área com vegetação nativa primária ou com vegetação secundária em

qualquer estágio de regeneração ou recomposição;

II - de áreas de recomposição mediante reflorestamento com espécies

nativas.

§ 1o O estágio sucessional ou o tempo de recomposição ou regeneração da

vegetação nativa será avaliado pelo órgão ambiental estadual competente

com base em declaração do proprietário e vistoria de campo.

§ 2o A CRA não poderá ser emitida pelo órgão ambiental competente quando

a regeneração ou recomposição da área forem improváveis ou inviáveis.

Art. 47. É obrigatório o registro da CRA pelo órgão emitente, no prazo de 30

(trinta) dias, contado da data da sua emissão, em bolsas de mercadorias de

âmbito nacional ou em sistemas de registro e de liquidação financeira de

ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil.

Art. 48. A CRA pode ser transferida, onerosa ou gratuitamente, a pessoa

física ou a pessoa jurídica de direito público ou privado, mediante termo

assinado pelo titular da CRA e pelo adquirente.

§ 1o A transferência da CRA só produz efeito uma vez registrado o termo

previsto no caput no sistema único de controle.

§ 2o A CRA só pode ser utilizada para compensar Reserva Legal de imóvel

rural situado no mesmo bioma da área à qual o título está vinculado.

§ 3o A CRA só pode ser utilizada para fins de compensação de Reserva Legal

se respeitados os requisitos estabelecidos no § 6o do art. 66.

§ 4o A utilização de CRA para compensação da Reserva Legal será averbada

na matrícula do imóvel no qual se situa a área vinculada ao título e na do

imóvel beneficiário da compensação.

Art. 49. Cabe ao proprietário do imóvel rural em que se situa a área

vinculada à CRA a responsabilidade plena pela manutenção das condições de

conservação da vegetação nativa da área que deu origem ao título.

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§ 1o A área vinculada à emissão da CRA com base nos incisos I, II e III do

art. 44 desta Lei poderá ser utilizada conforme PMFS.

§ 2o A transmissão inter vivos ou causa mortis do imóvel não elimina nem

altera o vínculo de área contida no imóvel à CRA.

Art. 50. A CRA somente poderá ser cancelada nos seguintes casos:

I - por solicitação do proprietário rural, em caso de desistência de manter

áreas nas condições previstas nos incisos I e II do art. 44;

II - automaticamente, em razão de término do prazo da servidão ambiental;

III - por decisão do órgão competente do Sisnama, no caso de degradação

da vegetação nativa da área vinculada à CRA cujos custos e prazo de

recuperação ambiental inviabilizem a continuidade do vínculo entre a área e

o título.

§ 1o O cancelamento da CRA utilizada para fins de compensação de Reserva

Legal só pode ser efetivado se assegurada Reserva Legal para o imóvel no

qual a compensação foi aplicada.

§ 2o O cancelamento da CRA nos termos do inciso III do caput independe

da aplicação das devidas sanções administrativas e penais decorrentes de

infração à legislação ambiental, nos termos da Lei no 9.605, de 12 de

fevereiro de 1998.

§ 3o O cancelamento da CRA deve ser averbado na matrícula do imóvel no

qual se situa a área vinculada ao título e do imóvel no qual a compensação

foi aplicada.

CAPÍTULO XI

DO CONTROLE DO DESMATAMENTO

Art. 51. O órgão ambiental competente, ao tomar conhecimento do

desmatamento em desacordo com o disposto nesta Lei, deverá embargar a

obra ou atividade que deu causa ao uso alternativo do solo, como medida

administrativa voltada a impedir a continuidade do dano ambiental, propiciar

a regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área

degradada.

§ 1o O embargo restringe-se aos locais onde efetivamente ocorreu o

desmatamento ilegal, não alcançando as atividades de subsistência ou as

demais atividades realizadas no imóvel não relacionadas com a infração.

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§ 2o O órgão ambiental responsável deverá disponibilizar publicamente as

informações sobre o imóvel embargado, inclusive por meio da rede mundial

de computadores, resguardados os dados protegidos por legislação

específica, caracterizando o exato local da área embargada e informando em

que estágio se encontra o respectivo procedimento administrativo.

§ 3o A pedido do interessado, o órgão ambiental responsável emitirá

certidão em que conste a atividade, a obra e a parte da área do imóvel que

são objetos do embargo, conforme o caso.

CAPÍTULO XII

DA AGRICULTURA FAMILIAR

Art. 52. A intervenção e a supressão de vegetação em Áreas de Preservação

Permanente e de Reserva Legal para as atividades eventuais ou de baixo

impacto ambiental, previstas no inciso X do art. 3o, excetuadas as

alíneas b e g, quando desenvolvidas nos imóveis a que se refere o inciso V

do art. 3o, dependerão de simples declaração ao órgão ambiental

competente, desde que esteja o imóvel devidamente inscrito no CAR.

Art. 53. Para o registro no CAR da Reserva Legal, nos imóveis a que se

refere o inciso V do art. 3o, o proprietário ou possuidor apresentará os dados

identificando a área proposta de Reserva Legal, cabendo aos órgãos

competentes integrantes do Sisnama, ou instituição por ele habilitada,

realizar a captação das respectivas coordenadas geográficas.

Parágrafo único. O registro da Reserva Legal nos imóveis a que se refere o

inciso V do art. 3o é gratuito, devendo o poder público prestar apoio técnico

e jurídico.

Art. 54. Para cumprimento da manutenção da área de reserva legal nos

imóveis a que se refere o inciso V do art. 3o, poderão ser computados os

plantios de árvores frutíferas, ornamentais ou industriais, compostos por

espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com

espécies nativas da região em sistemas agroflorestais.

Parágrafo único. O poder público estadual deverá prestar apoio técnico para

a recomposição da vegetação da Reserva Legal nos imóveis a que se refere

o inciso V do art. 3o.

Art. 55. A inscrição no CAR dos imóveis a que se refere o inciso V do art.

3o observará procedimento simplificado no qual será obrigatória apenas a

apresentação dos documentos mencionados nos incisos I e II do § 1o do art.

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29 e de croqui indicando o perímetro do imóvel, as Áreas de Preservação

Permanente e os remanescentes que formam a Reserva Legal.

Art. 56. O licenciamento ambiental de PMFS comercial nos imóveis a que se

refere o inciso V do art. 3o se beneficiará de procedimento simplificado de

licenciamento ambiental.

§ 1o O manejo sustentável da Reserva Legal para exploração florestal

eventual, sem propósito comercial direto ou indireto, para consumo no

próprio imóvel a que se refere o inciso V do art. 3o, independe de autorização

dos órgãos ambientais competentes, limitada a retirada anual de material

lenhoso a 2 (dois) metros cúbicos por hectare.

§ 2o O manejo previsto no § 1o não poderá comprometer mais de 15%

(quinze por cento) da biomassa da Reserva Legal nem ser superior a 15

(quinze) metros cúbicos de lenha para uso doméstico e uso energético, por

propriedade ou posse rural, por ano.

§ 3o Para os fins desta Lei, entende-se por manejo eventual, sem propósito

comercial, o suprimento, para uso no próprio imóvel, de lenha ou madeira

serrada destinada a benfeitorias e uso energético nas propriedades e posses

rurais, em quantidade não superior ao estipulado no § 1o deste artigo.

§ 4o Os limites para utilização previstos no § 1o deste artigo no caso de

posse coletiva de populações tradicionais ou de agricultura familiar serão

adotados por unidade familiar.

§ 5o As propriedades a que se refere o inciso V do art. 3o são desobrigadas

da reposição florestal se a matéria-prima florestal for utilizada para consumo

próprio.

Art. 57. Nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3o, o manejo florestal

madeireiro sustentável da Reserva Legal com propósito comercial direto ou

indireto depende de autorização simplificada do órgão ambiental

competente, devendo o interessado apresentar, no mínimo, as seguintes

informações:

I - dados do proprietário ou possuidor rural;

II - dados da propriedade ou posse rural, incluindo cópia da matrícula do

imóvel no Registro Geral do Cartório de Registro de Imóveis ou comprovante

de posse;

III - croqui da área do imóvel com indicação da área a ser objeto do manejo

seletivo, estimativa do volume de produtos e subprodutos florestais a serem

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obtidos com o manejo seletivo, indicação da sua destinação e cronograma

de execução previsto.

Art. 58. Assegurado o controle e a fiscalização dos órgãos ambientais

competentes dos respectivos planos ou projetos, assim como as obrigações

do detentor do imóvel, o poder público poderá instituir programa de apoio

técnico e incentivos financeiros, podendo incluir medidas indutoras e linhas

de financiamento para atender, prioritariamente, os imóveis a que se refere

o inciso V do caput do art. 3o, nas iniciativas de: (Redação dada pela Lei

nº 12.727, de 2012).

I - preservação voluntária de vegetação nativa acima dos limites

estabelecidos no art. 12;

II - proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção;

III - implantação de sistemas agroflorestal e agrossilvipastoril;

IV - recuperação ambiental de Áreas de Preservação Permanente e de

Reserva Legal;

V - recuperação de áreas degradadas;

VI - promoção de assistência técnica para regularização ambiental e

recuperação de áreas degradadas;

VII - produção de mudas e sementes;

VIII - pagamento por serviços ambientais.

CAPÍTULO XIII

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Seção I

Disposições Gerais

Art. 59. A União, os Estados e o Distrito Federal deverão, no prazo de 1

(um) ano, contado a partir da data da publicação desta Lei, prorrogável por

uma única vez, por igual período, por ato do Chefe do Poder Executivo,

implantar Programas de Regularização Ambiental - PRAs de posses e

propriedades rurais, com o objetivo de adequá-las aos termos deste Capítulo.

§ 1o Na regulamentação dos PRAs, a União estabelecerá, em até 180 (cento

e oitenta) dias a partir da data da publicação desta Lei, sem prejuízo do prazo

definido no caput, normas de caráter geral, incumbindo-se aos Estados e ao

Distrito Federal o detalhamento por meio da edição de normas de caráter

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específico, em razão de suas peculiaridades territoriais, climáticas,

históricas, culturais, econômicas e sociais, conforme preceitua o art. 24 da

Constituição Federal.

§ 2o A inscrição do imóvel rural no CAR é condição obrigatória para a adesão

ao PRA, devendo essa adesão ser requerida no prazo estipulado no § 3o do

art. 29 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.335, de 2016)

§ 3o Com base no requerimento de adesão ao PRA, o órgão competente

integrante do Sisnama convocará o proprietário ou possuidor para assinar o

termo de compromisso, que constituirá título executivo extrajudicial.

§ 4o No período entre a publicação desta Lei e a implantação do PRA em

cada Estado e no Distrito Federal, bem como após a adesão do interessado

ao PRA e enquanto estiver sendo cumprido o termo de compromisso, o

proprietário ou possuidor não poderá ser autuado por infrações cometidas

antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação

em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito.

§ 5o A partir da assinatura do termo de compromisso, serão suspensas as

sanções decorrentes das infrações mencionadas no § 4o deste artigo e,

cumpridas as obrigações estabelecidas no PRA ou no termo de compromisso

para a regularização ambiental das exigências desta Lei, nos prazos e

condições neles estabelecidos, as multas referidas neste artigo serão

consideradas como convertidas em serviços de preservação, melhoria e

recuperação da qualidade do meio ambiente, regularizando o uso de áreas

rurais consolidadas conforme definido no PRA.

§ 6o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 60. A assinatura de termo de compromisso para regularização de imóvel

ou posse rural perante o órgão ambiental competente, mencionado no art.

59, suspenderá a punibilidade dos crimes previstos nos arts. 38, 39 e48 da

Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, enquanto o termo estiver sendo

cumprido.

§ 1o A prescrição ficará interrompida durante o período de suspensão da

pretensão punitiva.

§ 2o Extingue-se a punibilidade com a efetiva regularização prevista nesta

Lei.

Seção II

Das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente

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Art. 61. (VETADO).

Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada,

exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de

ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho

de 2008. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 1o Para os imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal que

possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo

de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas

faixas marginais em 5 (cinco) metros, contados da borda da calha do leito

regular, independentemente da largura do curso d´água. (Incluído pela

Lei nº 12.727, de 2012).

§ 2o Para os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de

até 2 (dois) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de

Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória

a recomposição das respectivas faixas marginais em 8 (oito) metros,

contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura

do curso d´água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 3o Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e

de até 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas

de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será

obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 15 (quinze)

metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da

largura do curso d’água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 4o Para os imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais

que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao

longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das

respectivas faixas marginais: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - (VETADO); e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

II - nos demais casos, conforme determinação do PRA, observado o mínimo

de 20 (vinte) e o máximo de 100 (cem) metros, contados da borda da calha

do leito regular. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 5o Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação

Permanente no entorno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida

a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo

rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de 15 (quinze)

metros. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

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104

§ 6o Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de

Preservação Permanente no entorno de lagos e lagoas naturais, será

admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de

turismo rural, sendo obrigatória a recomposição de faixa marginal com

largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo

fiscal; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

II - 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo

fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de

2012).

III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois)

módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais; e (Incluído pela Lei

nº 12.727, de 2012).

IV - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro)

módulos fiscais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 7o Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória a

recomposição das faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a

partir do espaço brejoso e encharcado, de largura mínima de: (Incluído

pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área de até 4 (quatro)

módulos fiscais; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

II - 50 (cinquenta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4

(quatro) módulos fiscais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 8o Será considerada, para os fins do disposto no caput e nos §§ 1o a 7o,

a área detida pelo imóvel rural em 22 de julho de 2008. (Incluído pela

Lei nº 12.727, de 2012).

§ 9o A existência das situações previstas no caput deverá ser informada no

CAR para fins de monitoramento, sendo exigida, nesses casos, a adoção de

técnicas de conservação do solo e da água que visem à mitigação dos

eventuais impactos. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 10. Antes mesmo da disponibilização do CAR, no caso das intervenções já

existentes, é o proprietário ou possuidor rural responsável pela conservação

do solo e da água, por meio de adoção de boas práticas

agronômicas. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

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105

§ 11. A realização das atividades previstas no caput observará critérios

técnicos de conservação do solo e da água indicados no PRA previsto nesta

Lei, sendo vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo

nesses locais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 12. Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura

associada às atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural,

inclusive o acesso a essas atividades, independentemente das determinações

contidas no caput e nos §§ 1o a 7o, desde que não estejam em área que

ofereça risco à vida ou à integridade física das pessoas. (Incluído pela

Lei nº 12.727, de 2012).

§ 13. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, isolada ou

conjuntamente, pelos seguintes métodos: (Incluído pela Lei nº 12.727,

de 2012).

I - condução de regeneração natural de espécies nativas; (Incluído pela

Lei nº 12.727, de 2012).

II - plantio de espécies nativas; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração

natural de espécies nativas; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

IV - plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo,

exóticas com nativas de ocorrência regional, em até 50% (cinquenta por

cento) da área total a ser recomposta, no caso dos imóveis a que se refere

o inciso V do caput do art. 3o; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

V - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 14. Em todos os casos previstos neste artigo, o poder público, verificada

a existência de risco de agravamento de processos erosivos ou de

inundações, determinará a adoção de medidas mitigadoras que garantam a

estabilidade das margens e a qualidade da água, após deliberação do

Conselho Estadual de Meio Ambiente ou de órgão colegiado estadual

equivalente. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 15. A partir da data da publicação desta Lei e até o término do prazo de

adesão ao PRA de que trata o § 2o do art. 59, é autorizada a continuidade

das atividades desenvolvidas nas áreas de que trata o caput, as quais

deverão ser informadas no CAR para fins de monitoramento, sendo exigida

a adoção de medidas de conservação do solo e da água. (Incluído pela

Lei nº 12.727, de 2012).

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106

§ 16. As Áreas de Preservação Permanente localizadas em imóveis inseridos

nos limites de Unidades de Conservação de Proteção Integral criadas por ato

do poder público até a data de publicação desta Lei não são passíveis de ter

quaisquer atividades consideradas como consolidadas nos termos do caput e

dos §§ 1o a 15, ressalvado o que dispuser o Plano de Manejo elaborado e

aprovado de acordo com as orientações emitidas pelo órgão competente do

Sisnama, nos termos do que dispuser regulamento do Chefe do Poder

Executivo, devendo o proprietário, possuidor rural ou ocupante a qualquer

título adotar todas as medidas indicadas. (Incluído pela Lei nº 12.727,

de 2012).

§ 17. Em bacias hidrográficas consideradas críticas, conforme previsto em

legislação específica, o Chefe do Poder Executivo poderá, em ato próprio,

estabelecer metas e diretrizes de recuperação ou conservação da vegetação

nativa superiores às definidas no caput e nos §§ 1o a 7o, como projeto

prioritário, ouvidos o Comitê de Bacia Hidrográfica e o Conselho Estadual de

Meio Ambiente. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

§ 18. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de

julho de 2008, detinham até 10 (dez) módulos fiscais e desenvolviam

atividades agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de

Preservação Permanente é garantido que a exigência de recomposição, nos

termos desta Lei, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do

imóvel, não ultrapassará: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com

área de até 2 (dois) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de

2012).

II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com

área superior a 2 (dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais; (Incluído

pela Lei nº 12.727, de 2012).

III - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

Art. 61-C. Para os assentamentos do Programa de Reforma Agrária, a

recomposição de áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente

ao longo ou no entorno de cursos d'água, lagos e lagoas naturais observará

as exigências estabelecidas no art. 61-A, observados os limites de cada área

demarcada individualmente, objeto de contrato de concessão de uso, até a

titulação por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária -

Incra. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

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107

Art. 62. Para os reservatórios artificiais de água destinados a geração de

energia ou abastecimento público que foram registrados ou tiveram seus

contratos de concessão ou autorização assinados anteriormente à Medida

Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, a faixa da Área de

Preservação Permanente será a distância entre o nível máximo operativo

normal e a cota máxima maximorum.

Art. 63. Nas áreas rurais consolidadas nos locais de que tratam os incisos V,

VIII, IX e X do art. 4o, será admitida a manutenção de atividades florestais,

culturas de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, bem como da

infraestrutura física associada ao desenvolvimento de atividades

agrossilvipastoris, vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo

do solo.

§ 1o O pastoreio extensivo nos locais referidos no caput deverá ficar restrito

às áreas de vegetação campestre natural ou já convertidas para vegetação

campestre, admitindo-se o consórcio com vegetação lenhosa perene ou de

ciclo longo.

§ 2o A manutenção das culturas e da infraestrutura de que trata o caput é

condicionada à adoção de práticas conservacionistas do solo e da água

indicadas pelos órgãos de assistência técnica rural.

§ 3o Admite-se, nas Áreas de Preservação Permanente, previstas no inciso

VIII do art. 4o, dos imóveis rurais de até 4 (quatro) módulos fiscais, no

âmbito do PRA, a partir de boas práticas agronômicas e de conservação do

solo e da água, mediante deliberação dos Conselhos Estaduais de Meio

Ambiente ou órgãos colegiados estaduais equivalentes, a consolidação de

outras atividades agrossilvipastoris, ressalvadas as situações de risco de

vida.

Art. 64. Na regularização fundiária de interesse social dos núcleos urbanos

informais inseridos em área urbana de ocupação consolidada e que ocupam

Áreas de Preservação Permanente, a regularização ambiental será admitida

por meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da Lei

específica de Regularização Fundiária Urbana. (Redação dada pela Medida

Provisória nº 759, de 2016)

§ 1o O projeto de regularização fundiária de interesse social deverá incluir

estudo técnico que demonstre a melhoria das condições ambientais em

relação à situação anterior com a adoção das medidas nele preconizadas.

§ 2o O estudo técnico mencionado no § 1o deverá conter, no mínimo, os

seguintes elementos:

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108

I - caracterização da situação ambiental da área a ser regularizada;

II - especificação dos sistemas de saneamento básico;

III - proposição de intervenções para a prevenção e o controle de riscos

geotécnicos e de inundações;

IV - recuperação de áreas degradadas e daquelas não passíveis de

regularização;

V - comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-

ambiental, considerados o uso adequado dos recursos hídricos, a não

ocupação das áreas de risco e a proteção das unidades de conservação,

quando for o caso;

VI - comprovação da melhoria da habitabilidade dos moradores propiciada

pela regularização proposta; e

VII - garantia de acesso público às praias e aos corpos d'água.

Art. 65. Na regularização fundiária de interesse específico dos núcleos

urbanos informais inseridos em área urbana consolidada e que ocupem Áreas

de Preservação Permanente não identificadas como áreas de risco, a

regularização ambiental será admitida por meio da aprovação do projeto de

regularização fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária

urbana. (Redação dada pela Medida Provisória nº 759, de 2016)

§ 1o O processo de regularização ambiental, para fins de prévia autorização

pelo órgão ambiental competente, deverá ser instruído com os seguintes

elementos:

I - a caracterização físico-ambiental, social, cultural e econômica da área;

II - a identificação dos recursos ambientais, dos passivos e fragilidades

ambientais e das restrições e potencialidades da área;

III - a especificação e a avaliação dos sistemas de infraestrutura urbana e

de saneamento básico implantados, outros serviços e equipamentos

públicos;

IV - a identificação das unidades de conservação e das áreas de proteção de

mananciais na área de influência direta da ocupação, sejam elas águas

superficiais ou subterrâneas;

V - a especificação da ocupação consolidada existente na área;

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VI - a identificação das áreas consideradas de risco de inundações e de

movimentos de massa rochosa, tais como deslizamento, queda e rolamento

de blocos, corrida de lama e outras definidas como de risco geotécnico;

VII - a indicação das faixas ou áreas em que devem ser resguardadas as

características típicas da Área de Preservação Permanente com a devida

proposta de recuperação de áreas degradadas e daquelas não passíveis de

regularização;

VIII - a avaliação dos riscos ambientais;

IX - a comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-

ambiental e de habitabilidade dos moradores a partir da regularização; e

X - a demonstração de garantia de acesso livre e gratuito pela população às

praias e aos corpos d’água, quando couber.

§ 2o Para fins da regularização ambiental prevista no caput, ao longo dos

rios ou de qualquer curso d’água, será mantida faixa não edificável com

largura mínima de 15 (quinze) metros de cada lado.

§ 3o Em áreas urbanas tombadas como patrimônio histórico e cultural, a

faixa não edificável de que trata o § 2o poderá ser redefinida de maneira a

atender aos parâmetros do ato do tombamento.

Seção III

Das Áreas Consolidadas em Áreas de Reserva Legal

Art. 66. O proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha, em 22 de

julho de 2008, área de Reserva Legal em extensão inferior ao estabelecido

no art. 12, poderá regularizar sua situação, independentemente da adesão

ao PRA, adotando as seguintes alternativas, isolada ou conjuntamente:

I - recompor a Reserva Legal;

II - permitir a regeneração natural da vegetação na área de Reserva Legal;

III - compensar a Reserva Legal.

§ 1o A obrigação prevista no caput tem natureza real e é transmitida ao

sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.

§ 2o A recomposição de que trata o inciso I do caput deverá atender os

critérios estipulados pelo órgão competente do Sisnama e ser concluída em

até 20 (vinte) anos, abrangendo, a cada 2 (dois) anos, no mínimo 1/10 (um

décimo) da área total necessária à sua complementação.

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§ 3o A recomposição de que trata o inciso I do caput poderá ser realizada

mediante o plantio intercalado de espécies nativas com exóticas ou frutíferas,

em sistema agroflorestal, observados os seguintes parâmetros: (Incluído

pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - o plantio de espécies exóticas deverá ser combinado com as espécies

nativas de ocorrência regional;

II - a área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder a 50%

(cinquenta por cento) da área total a ser recuperada.

§ 4o Os proprietários ou possuidores do imóvel que optarem por recompor

a Reserva Legal na forma dos §§ 2o e 3o terão direito à sua exploração

econômica, nos termos desta Lei.

§ 5o A compensação de que trata o inciso III do caput deverá ser precedida

pela inscrição da propriedade no CAR e poderá ser feita mediante:

I - aquisição de Cota de Reserva Ambiental - CRA;

II - arrendamento de área sob regime de servidão ambiental ou Reserva

Legal;

III - doação ao poder público de área localizada no interior de Unidade de

Conservação de domínio público pendente de regularização fundiária;

IV - cadastramento de outra área equivalente e excedente à Reserva Legal,

em imóvel de mesma titularidade ou adquirida em imóvel de terceiro, com

vegetação nativa estabelecida, em regeneração ou recomposição, desde que

localizada no mesmo bioma.

§ 6o As áreas a serem utilizadas para compensação na forma do §

5o deverão:

I - ser equivalentes em extensão à área da Reserva Legal a ser compensada;

II - estar localizadas no mesmo bioma da área de Reserva Legal a ser

compensada;

III - se fora do Estado, estar localizadas em áreas identificadas como

prioritárias pela União ou pelos Estados.

§ 7o A definição de áreas prioritárias de que trata o § 6o buscará favorecer,

entre outros, a recuperação de bacias hidrográficas excessivamente

desmatadas, a criação de corredores ecológicos, a conservação de grandes

áreas protegidas e a conservação ou recuperação de ecossistemas ou

espécies ameaçados.

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111

§ 8o Quando se tratar de imóveis públicos, a compensação de que trata o

inciso III do caput poderá ser feita mediante concessão de direito real de uso

ou doação, por parte da pessoa jurídica de direito público proprietária de

imóvel rural que não detém Reserva Legal em extensão suficiente, ao órgão

público responsável pela Unidade de Conservação de área localizada no

interior de Unidade de Conservação de domínio público, a ser criada ou

pendente de regularização fundiária.

§ 9o As medidas de compensação previstas neste artigo não poderão ser

utilizadas como forma de viabilizar a conversão de novas áreas para uso

alternativo do solo.

Art. 67. Nos imóveis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, área de

até 4 (quatro) módulos fiscais e que possuam remanescente de vegetação

nativa em percentuais inferiores ao previsto no art. 12, a Reserva Legal será

constituída com a área ocupada com a vegetação nativa existente em 22 de

julho de 2008, vedadas novas conversões para uso alternativo do solo.

Art. 68. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que realizaram

supressão de vegetação nativa respeitando os percentuais de Reserva Legal

previstos pela legislação em vigor à época em que ocorreu a supressão são

dispensados de promover a recomposição, compensação ou regeneração

para os percentuais exigidos nesta Lei.

§ 1o Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão provar essas

situações consolidadas por documentos tais como a descrição de fatos

históricos de ocupação da região, registros de comercialização, dados

agropecuários da atividade, contratos e documentos bancários relativos à

produção, e por todos os outros meios de prova em direito admitidos.

§ 2o Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais, na Amazônia Legal,

e seus herdeiros necessários que possuam índice de Reserva Legal maior que

50% (cinquenta por cento) de cobertura florestal e não realizaram a

supressão da vegetação nos percentuais previstos pela legislação em vigor à

época poderão utilizar a área excedente de Reserva Legal também para fins

de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental - CRA e

outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei.

CAPÍTULO XIV DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES E FINAIS

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Art. 69. São obrigados a registro no órgão federal competente do Sisnama

os estabelecimentos comerciais responsáveis pela comercialização de

motosserras, bem como aqueles que as adquirirem.

§ 1o A licença para o porte e uso de motosserras será renovada a cada 2

(dois) anos.

§ 2o Os fabricantes de motosserras são obrigados a imprimir, em local

visível do equipamento, numeração cuja sequência será encaminhada ao

órgão federal competente do Sisnama e constará nas correspondentes notas

fiscais.

Art. 70. Além do disposto nesta Lei e sem prejuízo da criação de unidades

de conservação da natureza, na forma da Lei no 9.985, de 18 de julho de

2000, e de outras ações cabíveis voltadas à proteção das florestas e outras

formas de vegetação, o poder público federal, estadual ou municipal poderá:

I - proibir ou limitar o corte das espécies da flora raras, endêmicas, em perigo

ou ameaçadas de extinção, bem como das espécies necessárias à

subsistência das populações tradicionais, delimitando as áreas

compreendidas no ato, fazendo depender de autorização prévia, nessas

áreas, o corte de outras espécies;

II - declarar qualquer árvore imune de corte, por motivo de sua localização,

raridade, beleza ou condição de porta-sementes;

III - estabelecer exigências administrativas sobre o registro e outras formas

de controle de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam à extração,

indústria ou comércio de produtos ou subprodutos florestais.

Art. 71. A União, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, realizará o Inventário Florestal Nacional, para subsidiar a análise

da existência e qualidade das florestas do País, em imóveis privados e terras

públicas.

Parágrafo único. A União estabelecerá critérios e mecanismos para

uniformizar a coleta, a manutenção e a atualização das informações do

Inventário Florestal Nacional.

Art. 72. Para efeitos desta Lei, a atividade de silvicultura, quando realizada

em área apta ao uso alternativo do solo, é equiparada à atividade agrícola,

nos termos da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, que “dispõe sobre a

política agrícola”.

Art. 73. Os órgãos centrais e executores do Sisnama criarão e

implementarão, com a participação dos órgãos estaduais, indicadores de

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113

sustentabilidade, a serem publicados semestralmente, com vistas em aferir

a evolução dos componentes do sistema abrangidos por disposições desta

Lei.

Art. 74. A Câmara de Comércio Exterior - CAMEX, de que trata o art. 20-B

da Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998, com a redação dada pela Medida

Provisória no 2.216-37, de 31 de agosto de 2001, é autorizada a adotar

medidas de restrição às importações de bens de origem agropecuária ou

florestal produzidos em países que não observem normas e padrões de

proteção do meio ambiente compatíveis com as estabelecidas pela legislação

brasileira.

Art. 75. Os PRAs instituídos pela União, Estados e Distrito Federal deverão

incluir mecanismo que permita o acompanhamento de sua implementação,

considerando os objetivos e metas nacionais para florestas, especialmente a

implementação dos instrumentos previstos nesta Lei, a adesão cadastral dos

proprietários e possuidores de imóvel rural, a evolução da regularização das

propriedades e posses rurais, o grau de regularidade do uso de matéria-

prima florestal e o controle e prevenção de incêndios florestais.

Art. 76. (VETADO).

Art. 77. (VETADO).

Art. 78. O art. 9o-A da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a

vigorar com a seguinte redação:

“Art. 9o-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica,

pode, por instrumento público ou particular ou por termo administrativo

firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar o uso de toda a sua

propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os

recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental.

§ 1o O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental deve

incluir, no mínimo, os seguintes itens:

I - memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo pelo menos

um ponto de amarração georreferenciado;

II - objeto da servidão ambiental;

III - direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor;

IV - prazo durante o qual a área permanecerá como servidão ambiental.

§ 2o A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação

Permanente e à Reserva Legal mínima exigida.

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114

§ 3o A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão

ambiental deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal.

§ 4o Devem ser objeto de averbação na matrícula do imóvel no registro de

imóveis competente:

I - o instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental;

II - o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental.

§ 5o Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão ambiental

deve ser averbada na matrícula de todos os imóveis envolvidos.

§ 6o É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a

alteração da destinação da área, nos casos de transmissão do imóvel a

qualquer título, de desmembramento ou de retificação dos limites do imóvel.

§ 7o As áreas que tenham sido instituídas na forma de servidão florestal,

nos termos do art. 44-A da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965,

passam a ser consideradas, pelo efeito desta Lei, como de servidão

ambiental.” (NR)

Art. 78-A. Após 31 de dezembro de 2017, as instituições financeiras só

concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para

proprietários de imóveis rurais que estejam inscritos no

CAR. (Redação dada pela Lei nº 13.295, de 2016)

Parágrafo único. O prazo de que trata este artigo será prorrogado em

observância aos novos prazos de que trata o § 3o do art. 29. (Incluído

pela Lei nº 13.295, de 2016)

Art. 79. A Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar acrescida

dos seguintes arts. 9o-B e 9o-C:

“Art. 9o-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária

ou perpétua.

§ 1o O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze)

anos.

§ 2o A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios,

tributários e de acesso aos recursos de fundos públicos, à Reserva Particular

do Patrimônio Natural - RPPN, definida no art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de

julho de 2000.

§ 3o O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou transferi-

la, total ou parcialmente, por prazo determinado ou em caráter definitivo,

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115

em favor de outro proprietário ou de entidade pública ou privada que tenha

a conservação ambiental como fim social.”

“Art. 9o-C. O contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão

ambiental deve ser averbado na matrícula do imóvel.

§ 1o O contrato referido no caput deve conter, no mínimo, os seguintes

itens:

I - a delimitação da área submetida a preservação, conservação ou

recuperação ambiental;

II - o objeto da servidão ambiental;

III - os direitos e deveres do proprietário instituidor e dos futuros adquirentes

ou sucessores;

IV - os direitos e deveres do detentor da servidão ambiental;

V - os benefícios de ordem econômica do instituidor e do detentor da servidão

ambiental;

VI - a previsão legal para garantir o seu cumprimento, inclusive medidas

judiciais necessárias, em caso de ser descumprido.

§ 2o São deveres do proprietário do imóvel serviente, entre outras

obrigações estipuladas no contrato:

I - manter a área sob servidão ambiental;

II - prestar contas ao detentor da servidão ambiental sobre as condições dos

recursos naturais ou artificiais;

III - permitir a inspeção e a fiscalização da área pelo detentor da servidão

ambiental;

IV - defender a posse da área serviente, por todos os meios em direito

admitidos.

§ 3o São deveres do detentor da servidão ambiental, entre outras

obrigações estipuladas no contrato:

I - documentar as características ambientais da propriedade;

II - monitorar periodicamente a propriedade para verificar se a servidão

ambiental está sendo mantida;

III - prestar informações necessárias a quaisquer interessados na aquisição

ou aos sucessores da propriedade;

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116

IV - manter relatórios e arquivos atualizados com as atividades da área

objeto da servidão;

V - defender judicialmente a servidão ambiental.”

Art. 80. A alínea d do inciso II do § 1o do art. 10 da Lei no 9.393, de 19 de

dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 10. ............................

§ 1o ......................................…………………….............

.............................................................................................

II - ...................................................…………................

.............................................................................................

d) sob regime de servidão ambiental;

...................................................................................” (NR)

Art. 81. O caput do art. 35 da Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006,

passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 35. A conservação, em imóvel rural ou urbano, da vegetação primária

ou da vegetação secundária em qualquer estágio de regeneração do Bioma

Mata Atlântica cumpre função social e é de interesse público, podendo, a

critério do proprietário, as áreas sujeitas à restrição de que trata esta Lei ser

computadas para efeito da Reserva Legal e seu excedente utilizado para fins

de compensação ambiental ou instituição de Cota de Reserva Ambiental -

CRA............................................................” (NR)

Art. 82. São a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

autorizados a instituir, adaptar ou reformular, no prazo de 6 (seis) meses,

no âmbito do Sisnama, instituições florestais ou afins, devidamente

aparelhadas para assegurar a plena consecução desta Lei.

Parágrafo único. As instituições referidas no caput poderão credenciar,

mediante edital de seleção pública, profissionais devidamente habilitados

para apoiar a regularização ambiental das propriedades previstas no inciso

V do art. 3o, nos termos de regulamento baixado por ato do Chefe do Poder

Executivo.

Art. 83. Revogam-se as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965,

e 7.754, de 14 de abril de 1989, e suas alterações posteriores, e a Medida

Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001.

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117

Art. 84. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 25 de maio de 2012; 191o da Independência e 124o da República.

DILMA ROUSSEFF

Mendes Ribeiro Filho

Márcio Pereira Zimmermann

Miriam Belchior

Marco Antonio Raupp

Izabella Mônica Vieira Teixeira

Gilberto José Spier Vargas

Aguinaldo Ribeiro

Luís Inácio Lucena Adams

LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS

1 - Presidente Prudente - SP 2016 - Engenheiro Florestal - VUNESP

É um princípio contemplado na Política Nacional do Meio Ambiente

A - A participação do Brasil no Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente.

B - A educação ambiental em todos os níveis de ensino.

C - A intervenção nos municípios em assuntos ligados ao meio ambiente.

D. O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.

E - O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente

poluidoras.

SOLUÇÃO

LEI 6938 DE 1981

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118

Vamos analisar a lei, daqui para frente e muita lei para ser lida, então vamos

lá.

Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,

melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando

assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos

interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,

atendidos os seguintes princípios:

I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando

o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente

assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;

II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;

III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;

IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;

V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente

poluidoras;

VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso

racional e a proteção dos recursos ambientais;

VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;

VIII - recuperação de áreas degradadas;

IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;

X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da

comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do

meio ambiente.

RESPOSTA B

2 - Presidente Prudente - SP 2016 - Engenheiro Florestal - VUNESP

A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivos a preservação,

melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando

assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos

interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,

atendidos os seguintes princípios:

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119

A. ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando

o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente

assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.

B. privatização do uso do solo, do subsolo e da água, protegendo as áreas

ameaçadas de degradação e recuperando as áreas degradadas.

C. fiscalização do uso dos recursos ambientais, controle e zoneamento das

atividades potencial ou efetivamente poluidoras, abertura de licitação para

empresas privadas na exploração dos recursos ambientais renováveis.

D. proteção dos ecossistemas de interface com países fronteiriços, visando à

preservação de áreas representativas da biota ecótona.

E. incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o amplo

uso, com a preocupação mínima da proteção dos recursos ambientais.

SOLUÇÃO

O princípio solicitado, conforme a lei 6938/ 81 é:

Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,

melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando

assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos

interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,

atendidos os seguintes princípios:

I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando

o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente

assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;

RESPOSTA A

3 - SANEPAR – PR - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006

Segundo a Lei 6.938/1981, o órgão consultivo e deliberativo do Sistema

Nacional do Meio Ambiente, que tem a finalidade de assessorar, estudar e

propor, ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para

o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua

competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente

ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida é o

(A) Ministério do Meio Ambiente (MMA).

(B) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(IBAMA).

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(C) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

(D) Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

(E) Conselho de Governo

SOLUÇÃO

órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente

(CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de

Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os

recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas

e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e

essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de

1990)

RESPOSTA D

4 - VUNESP 2013 CETESB Advogado

O Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA, previsto na Lei n.º

6.938/81, é estruturado, dentre outros, pelo(s) seguinte(s) órgão(s): a) órgão central: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais

Renováveis IBAMA, com a finalidade de coordenar, executar e fazer executar,

como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas

para o meio ambiente. b) órgãos subseccionais: os órgãos ou entidades integrantes da

administração federal direta e indireta, bem como as Fundações instituídas

pelo Poder Público, cujas atividades estejam associadas às de proteção da

qualidade ambiental. c) órgão superior: o Conselho Superior do Meio Ambiente CSMA, com a

função de assessorar o Presidente da República e Governadores Estaduais na

formulação de diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.

d) órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades

capazes de provocar a degradação ambiental.

e) órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente

CONAMA, com o fim de assistir e propor ao Conselho Superior do Meio

Ambiente CSMA, diretrizes e políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar sobre normas e padrões compatíveis à

sadia qualidade de vida.

SOLUÇÃO

Vamos analisar as alternativas.

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a) órgão central: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais

Renováveis IBAMA, com a finalidade de coordenar, executar e fazer executar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas

para o meio ambiente.

Item incorreta

b) órgãos subseccionais: os órgãos ou entidades integrantes da

administração federal direta e indireta, bem como as Fundações instituídas

pelo Poder Público, cujas atividades estejam associadas às de proteção da qualidade ambiental.

Não e à proteção da qualidade ambiental, e sim a atividades que podem provocar a degradação ambiental, vão controlar e fiscalizar essas atividades.

c) órgão superior: o Conselho Superior do Meio Ambiente CSMA, com a

função de assessorar o Presidente da República e Governadores Estaduais na

formulação de diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.

Assessora só o presidente

d) órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela

execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental.

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Item correto

e) órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente

CONAMA, com o fim de assistir e propor ao Conselho Superior do Meio

Ambiente CSMA, diretrizes e políticas governamentais para o meio ambiente

e os recursos naturais e deliberar sobre normas e padrões compatíveis à sadia qualidade de vida.

O Conama delibera de acordo com as suas competências, e não de acordo

com a sadia qualidade de vida.

RESPOSTA D

5 - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006

Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. O zoneamento ecológico-

econômico, regulamentado pelo Decreto Federal Nº 4.297/2002, é considerado, segundo o inciso II do artigo 9º da Lei n.º 6.938/1981, um

__________________ da Política Nacional do Meio Ambiente.

(A) instrumento

(B) objetivo

(C) princípio (D) órgão

(E) complemento SOLUÇÃO

Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:

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I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;

II - o zoneamento ambiental; (Regulamento)

III - a avaliação de impactos ambientais;

IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;

V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)

VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;

VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental;

IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.

X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)

XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)

RESPOSTA A

6- Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006

Sobre a Política Nacional de Meio Ambiente analise as afirmativas a seguir:

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I - foi criada pela lei 6.938 de 31 de agosto de 1981.

II - estabelece competências do Conselho Nacional do Meio Ambiente,

CONAMA.

III - estabelece o Sistema Nacional do Meio Ambiente.

Estão corretas as afirmativas:

A. apenas I;

B. apenas II;

C. apenas III;

D. apenas I e III;

E. I, II e III.

SOLUÇÃO

Como já víamos acima, todas estão correta

RESPOSTA E

7 - SANEPAR – PR - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006

De acordo com a Lei no 6938/81, são instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, EXCETO:

A. o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.

B. o estabelecimento de padrões de potabilidade da água.

C.o zoneamento ambiental.

D. a avaliação de impactos ambientais.

E. o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente

poluidoras.

SOLUÇÃO

Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;

II - o zoneamento ambiental;

III - a avaliação de impactos ambientais;

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IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;

V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;

VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental;

IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.

X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;

XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzí-las, quando inexistentes;

XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais.

XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros.

RESPOSTA B

8- ELETRONORTE - assistente de Meio Ambiente - (NCE) – 2006

Estabelece a Política e o Sistema Nacional do Meio Ambiente a Lei nº:

A. 10.650, de 16/04/2003;

B. 10.410, de 11/01/2002;

C. 9.985, de 18/07/2000;

D. 9.605, de 12/02/1998;

E. 6.938, de 31/08/1981.

SOLUÇÃO

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126

Tranquila, a lei que institui a política nacional do meio ambiente é a lei

6938/ 81

RESPOSTA E

9 - ELETRONORTE - assistente de Meio Ambiente - (NCE) – 2006

O instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei n° 6.938/1981)

responsável pela organização, integração, compartilhamento, acesso e

disponibilização da informação ambiental no âmbito do Sistema Nacional de

Meio Ambiente - SISNAMA, de acordo com a lógica nacional da gestão ambiental descentralizada entre as três esferas de governo, é o/a:

A. Sistema Brasileiro de Informações em Educação Ambiental - SIBEA;

B. Comissão Nacional de Biodiversidade - CONABIO;

C. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA;

D. Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA;

E. Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH.

SOLUÇÃO

O Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (SINIMA) é

um dos instrumentos da Política Nacional da Meio Ambiente, previsto no

inciso VII do artigo 9º da Lei nº 6.938/81. O referido sistema é considerado

pela Política de Informação do MMA como a plataforma conceitual baseada

na integração e compartilhamento de informações entre os diversos sistemas

existentes ou a construir no âmbito do SISNAMA(Lei n. 6.938/81), conforme

Portaria nº 160 de 19 de maio de 2009.

O Sinima é o instrumento responsável pela gestão da informação no

âmbito do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), de acordo com a

lógica da gestão ambiental compartilhada entre as três esferas de governo,

tendo como forma de atuação três eixos estruturantes:

Eixo 1 - Desenvolvimento de ferramentas de acesso à informação;

Eixo 2 - Integração de bancos de dados e sistemas de informação. Esses

dois eixos são interligados e tratam de ferramentas de geoprocessamento,

em consonância com diretrizes estabelecidas pelo Governo Eletrônico - E-

gov, que permitem a composição de mapas interativos com informações

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provenientes de diferentes temáticas e sistemas de informação. São

desenvolvidos com o apoio da Coordenação Geral de Tecnologia da

Informação e Informática - CGTI do MMA;

Eixo 3 - Fortalecimento do processo de produção, sistematização e análise

de estatísticas e indicadores relacionados com as atribuições do MMA. Este é

o eixo estratégico do SINIMA cuja função precípua é fortalecer o processo de

produção, sistematização e análise de estatísticas e indicadores ambientais;

recomendar e definir a sistematização de um conjunto básico de indicadores

e estabelecer uma agenda com instituições que produzem informação

ambiental; propiciar avaliações integradas sobre o meio ambiente e a

sociedade.

Com propósito de melhor encaminhar os trabalhos relativos a indicadores

do Eixo Três, foi criado um Grupo de Trabalho sobre Indicadores - GT de

Indicadores.

RESPOSTA D

10 - Secretaria de Defesa - PE - Delegado de Polícia (CESPE) - 2016

O órgão consultivo e deliberativo responsável pelo SISNAMA e pelo SNUC é

o:

A.Ministério do Meio Ambiente.

B.Conselho Nacional do Meio Ambiente.

C.Instituto Chico Mendes.

D.IBAMA.

E.Conselho de Governo.

SOLUÇÃO

Órgão criado em 1982 pela Lei n º 6.938/81 – que estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente -, o Conselho Nacional do Meio Ambiente

(CONAMA) é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do

Meio Ambiente - SISNAMA. Em outras palavras, o CONAMA existe para

assessorar, estudar e propor ao Governo, as linhas de direção que devem

tomar as políticas governamentais para a exploração e preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Além disso, também cabe ao

órgão, dentro de sua competência, criar normas e determinar padrões

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compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial

à sadia qualidade de vida.

RESPOSTA B

11 - Suframa/AM - Assistente Social- CESPE – 2014

Com base na legislação acerca do meio ambiente, julgue os itens a seguir.

Um dos princípios da Política Nacional do Meio Ambiente estabelecida em

1981 é a educação ambiental em todos os níveis de ensino, incluindo a

educação para a comunidade, com o objetivo de capacitar os indivíduos

para participação ativa na defesa do meio ambiente.

C.Certo

E.Errado

SOLUÇÃO

A educação ambiental surge no Brasil antes da sua institucionalização

pelo governo federal, quando, no início dos anos 70, ocorre a emergência

dos movimentos ambientalistas, os quais se unem às lutas pelas liberdades

democráticas. Nos seus primórdios a educação ambiental se manifesta

através da ação isolada de professores, estudantes, escolas, organizações

da sociedade civil, prefeituras municipais e governos estaduais. As atividades

educacionais estavam relacionadas às ações voltadas, principalmente, à

recuperação e conservação do meio ambiente. Em 1981, com a criação da

Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), a educação ambiental será

prevista para acontecer em todos os níveis de ensino, incluindo a educação

da comunidade, com o objetivo de capacitar para a participação ativa na

defesa do meio ambiente (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2005).

Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a

preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,

visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico,

aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida

humana, atendidos os seguintes princípios (6938/81):

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X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a

educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na

defesa do meio ambiente.

RESPOSTA CERTO

12 - Suframa/AM – Engenheiro Florestal – CESPE – 2014

No que se refere aos instrumentos de gestão ambiental, julgue os itens

subsequentes. As políticas ambientais brasileiras têm evoluído, sobretudo

em aspectos legais e institucionais, para uma tendência centralizadora dos

instrumentos de gestão.

Certo

Errado

SOLUÇÃO

A descentralização, como parte da implementação da Política Nacional de Meio ambiente, tem ocorrido de forma fragmentada, descontínua e seletiva, ao

longo das duas últimas década do século XX. Nesse período, os estados e municípios brasileiros experimentaram diferentes graus de descentralização,

tornando-se necessárias ações coordenadas pelo governo central. A

vulnerabilidade institucional de vários estados e municípios, atrelada ao baixo

capital social, são fatores relevantes a serem considerados na formulação de uma política ambiental efetiva. Então, o item está errado pois, citou

centralização que no texto acima afirma o contrário.

RESPOSTA ERRADO

13 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014

Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos

seus instrumentos. O objetivo do zoneamento ecológico-econômico consiste

em identificar, na superfície terrestre, zonas ambientais homogêneas, ou

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130

com características semelhantes, nas quais possam ser implementados

planos, programas, projetos, metas e diretrizes de planejamento ambiental.

Certo

Errado

SOLUÇÃO

O ZEE tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento sustentável a partir da compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a proteção

ambiental. Para tanto, parte do diagnóstico dos meios físico,

socioeconômico e jurídico-institucional e do estabelecimento de cenários

exploratórios para a proposição de diretrizes legais e programáticas para cada unidade territorial identificada, estabelecendo, inclusive, ações

voltadas à mitigação ou correção de impactos ambientais danosos

porventura ocorridos.

RESPOSTA CERTO

14 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014

Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos

seus instrumentos. O uso do instrumento de organização do território

denominado zoneamento ecológico-econômico, que estabelece medidas e

padrões de proteção ambiental, é facultativo na implantação de planos, obras

e atividades públicas e privadas.

C.Certo

E.Errado

SOLUÇÃO

Tal como exposto no decreto federal nº 4.297/2002: Art. 2º O ZEE, instrumento de organização do território a ser

obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades

públicas e privadas, estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do

solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento

sustentável e a melhoria das condições de vida da população.

RESPOSTA ERRADO

15 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014

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Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos

seus instrumentos. A construção, a instalação, a ampliação e o

funcionamento de estabelecimentos e de atividades que utilizem recursos

ambientais e sejam efetiva ou potencialmente poluidores devem

obrigatoriamente ser precedidos de licenciamento ambiental.

Certo

Errado

SOLUÇÃO

Art. 1º - Para efeito desta Resolução (RESOLUÇÃO Nº 237 , DE 19 DE

dezembro DE 1997) são adotadas as seguintes definições:

I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão

ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a

operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas

que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,

considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas

aplicáveis ao caso.

RESPOSTA CERTO

16 - Venda Nova dos imigrantes – ES – fiscal meio ambiente - 2016

Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas, de acordo com

os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente.

( ) Visar a compatibilização do desenvolvimento econômico social com a

preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.

( ) Definir áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao

equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do

Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

( ) Estabelecer critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas

relativas ao uso e manejo de recursos ambientais.

( ) Desenvolver pesquisas e tecnologias nacionais orientadas para o uso

racional de recursos ambientais.

( ) Visar a difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação

de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública

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132

sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio

ecológico.

( ) Preservar e restaurar os recursos ambientais com vistas à sua utilização

racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do

equilíbrio ecológico propício à vida.

( ) Impor, ao poluidor e ao predador, a obrigação de recuperar e/ou indenizar

os danos causados e, ao usuário, a contribuição pela utilização de recursos

ambientais com fins econômicos.

A sequência está correta em

A.V, V, V, V, V, V, V.

B.V, V, F, V, V, F, V.

C.F, F, V, V, V, V, V.

D.V, V, F, V, V, V, V

SOLUÇÃO

Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;

II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios;

III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;

IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;

V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;

VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas á sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;

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133

VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.

Observando este artigo, podemos concluir:

RESPOSTA A

17 - Secretaria de Defesa - PE - Delegado de Polícia - CESPE - 2016

órgão consultivo e deliberativo responsável pelo SISNAMA e pelo SNUC é o

A. Ministério do Meio Ambiente.

B. Conselho Nacional do Meio Ambiente.

C. Instituto Chico Mendes.

D. IBAMA.

E. Conselho de Governo.

SOLUÇÃO

A – MMA é órgão central.

B – CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo.

C e D – ICMBio e Ibama são órgãos executores.

E – Conselho de Governo é órgão superior.

RESPOSTA B

18 - MPE – RO – Promotor de justiça – CESPE 2013

Considerando as disposições da Lei que regula a Política Nacional do Meio

Ambiente (Lei n.º 6.938/1981) e as normas emitidas pelo Conselho Nacional

do Meio Ambiente, assinale a opção correta.

A. Tendo sido concedido o licenciamento ambiental quando da instalação de

estabelecimento potencialmente poluidor, dispensa-se novo licenciamento

para a ampliação do estabelecimento.

B. Ainda que verifique que o empreendimento não causará significativa

degradação do meio ambiente, o órgão ambiental competente deverá

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134

solicitar a apresentação do projeto a fim de subsidiar a decisão final sobre o

licenciamento ambiental.

C. Na análise técnica dos impactos ambientais de um empreendimento objeto

do estudo de impacto ambiental, é facultativa a inclusão dos impactos

positivos, mas obrigatória a dos impactos negativos, temporários e

permanentes.

D. No procedimento de licenciamento ambiental, para o atendimento da

obrigação legal de publicidade, os pedidos de licenciamento, sua renovação

e respectiva concessão devem ser publicados em jornal oficial, bem como

em periódico regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico

de comunicação mantido pelo órgão ambiental licenciador.

E. O referido Conselho, mediante representação dos órgãos do Sistema

Nacional do Meio Ambiente, pode autorizar a conversão da multa simples em

serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio

ambiente.

SOLUÇÃO

Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de

estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou

potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar

degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento

ambiental. (Redação dada pela Lei Complementar nº 140, de 2011)

§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva

concessão serão publicados no jornal oficial, bem como em periódico regional

ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico de comunicação

mantido pelo órgão ambiental competente.

RESPOSTA D

19 - Liquigás – Engenheiro Junior – cesgranrio - 2014

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135

De acordo com a Lei nº 6.938/1981 e suas alterações, os órgãos e entidades

da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios,

bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela

proteção e pela melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema

Nacional do Meio Ambiente – Sisnama. Na estrutura do Sisnama, o Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – Ibama é um órgão

A.executor

B.consultivo

C.central

D.deliberativo

E.superior

SOLUÇÃO

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis, mais conhecido pelo acrônimo IBAMA, criado pela Lei nº 7.735

de 22 de fevereiro de 1989, é uma autarquia federal vinculada ao Ministério

do Meio Ambiente (MMA). É o órgão executivo responsável pela execução

da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), instituída pela lei nº 6.938,

de 31 de agosto de 1981, e desenvolve diversas atividades para

a preservação e conservação do patrimônio natural, exercendo o controle e

a fiscalização sobre o uso dos recursos naturais (água, flora, fauna, solo,

etc). Também cabe a ele conceder licenças

ambientais para empreendimentos de sua competência.

RESPOSTA A

20 - Financiadora de estudos e projetos – analista – cesgranrio - 2014

Um dos instrumentos para a realização da Política Nacional do Meio

Ambiente, nos termos da Lei Federal nº 6.938/81, é considerado de natureza

econômica.

Um desses instrumentos em questão é a

A. servidão ambiental

B. instituição de reserva legal

C. avaliação de impacto ambiental

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136

D. constituição de espaço protegido

E. criação de cadastro técnico

SOLUÇÃO

Trata-se de inovação advinda com a Lei 11.284/06 que acrescentou o

artigo 9º-A à Lei 6.938/81, que trata da Política Nacional do Meio Ambiente.

A servidão ambiental é dos instrumentos da política nacional do meio

ambiente e consiste na renúncia voluntária do proprietário rural ao direito de

uso, exploração ou supressão dos recursos naturais existentes em sua

propriedade.

Art. 9º-A. Mediante anuência do órgão ambiental competente, o proprietário

rural pode instituir servidão ambiental , pela qual voluntariamente renuncia,

em caráter permanente ou temporário, total ou parcialmente, a direito de

uso, exploração ou supressão de recursos naturais existentes na

propriedade . (sem grifos no original).

1º A servidão ambiental não se aplica às áreas de preservação permanente

e de reserva legal.

2º A limitação ao uso ou exploração da vegetação da área sob servidão

instituída em relação aos recursos florestais deve ser, no mínimo, a mesma

estabelecida para a reserva legal.

3º A servidão ambiental deve ser averbada no registro de imóveis

competente.

4º Na hipótese de compensação de reserva legal, a servidão deve ser

averbada na matrícula de todos os imóveis envolvidos.

5º É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a alteração

da destinação da área, nos casos de transmissão do imóvel a qualquer título,

de desmembramento ou de retificação dos limites da propriedade.

RESPOSTA A

21 - Procuradoria Geral – PGE/MT – FCC – 2011

De acordo com a Lei Federal no 6.938/81, a política nacional do meio

ambiente tem como objetivos

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137

A. promover a adoção de práticas adequadas de conservação e uso racional

dos combustíveis e de preservação do meio ambiente.

B. assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de

água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos.

C. a utilização racional e adequada dos recursos hídricos, incluindo o

transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável.

D. a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem

natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

E. a preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua

utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a

manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida.

SOLUÇÃO

De acordo com art. 4º da lei 6939/81 temos os objetivos:

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138

RESPOSTA E

22 - CESPE MPESE Promotor de Justiça - 2010

A PNMA foi estabelecida em 1981 mediante a edição da Lei n.º 6.938/1981,

que criou o SISNAMA. O objetivo dessa lei é o estabelecimento de padrões

que tornem possível o desenvolvimento sustentável, por meio de

mecanismos e instrumentos para maior proteção do ambiente. A respeito

desse assunto e considerando o disposto na lei, assinale a opção correta.

a) O SISNAMA congrega os órgãos e as instituições ambientais da União, dos

estados e dos municípios; o DF não compõe esse sistema.

b) Poluição e poluidor são conceitos doutrinários não definidos na lei da

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Art. 4º A Política Nacional do Meio Ambiente visará

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio

ambiente e do equilíbrio ecológico;

II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos

Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios;

III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e

manejo de recursos ambientais;

IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais orientadas para o uso racional de recursos

ambientais;

V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações

ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade

ambiental e do equilíbrio ecológico;

VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas á sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a

manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;

VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos

causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.

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139

PNMA.

c) É objetivo da PNMA a compatibilização do desenvolvimento econômico-

social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio

ecológico.

d) O SISNAMA possui dois órgãos superiores e cinco órgãos locais.

e) Órgãos municipais estão impedidos de elaborar normas ambientais.

SOLUÇÃO

Art. 2º da lei 6938/81. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo

a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à

vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento

sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da

dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios

RESPOSTA C

CODIGO FLORESTAL

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140

23 - MPESC PROMOTOR DE JUSTIÇA – CESPE - 2016

De acordo com a Lei n. 12.651/12, será admitido o cômputo da Reserva

Legal do imóvel no cálculo do percentual da Área de Preservação

Permanente, desde que: o benefício previsto neste artigo não implique a

conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; a área a ser

computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme

comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; o

proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro

Ambiental Rural (CAR), nos termos da referida Lei.

Errado

Certo

SOLUÇÃO

DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE RESERVA LEGAL

1. Todo imóvel rural deve manter área de 20% com cobertura de

vegetação nativa, a título de Reserva Legal

EXCEÇÃO À REGRA AMAZONIA LEGAL - Art. 12. Todo imóvel rural deve

manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal,

sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação

Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à

área do imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta Lei:(Redação

dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

I - LOCALIZADO NA AMAZÔNIA LEGAL:

a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas;

b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado;

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141

c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais;

II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por

cento).

2. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no

cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que (Art. 15, Lei

12.651/12):

I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas

áreas para o uso alternativo do solo;

II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de

recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual

integrante do Sisnama;

III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no

Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei.

3. O cômputo da APP aplica-se a todas as modalidades de cumprimento da

Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição e a

compensação. (Art. 15, §3º, Lei 12.651/12).

4. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em

consideração os seguintes estudos e critérios (Art. 14, Lei 12.651/12):

I - o plano de bacia hidrográfica;

II - o Zoneamento Ecológico-Econômico;

III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com

Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com

outra área legalmente protegida;

IV - as áreas de maior importância para a conservação da

biodiversidade

V - as áreas de maior fragilidade ambiental.

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142

VOLTANDO PARA QUESTÃO.

No inicio da questão diz assim:

De acordo com a Lei n. 12.651/12, será admitido o cômputo da Reserva

Legal do imóvel no cálculo do percentual da Área de Preservação

Permanente, desde que...

Este e o erro da questão ele INVERTEU A ORDEM: reserva legal por área de

preservação permanente. pode acreditar!!!

O CORRETO CONFORME A LEI.

Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente

no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que:

Diferença:

Área de Preservação Permanente – de acordo com o art 3º da Lei n.

12.651/2012, Área de Preservação Permanente é uma área protegida,

coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar

os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,

facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-

estar das populações humanas.

Reserva Legal - Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse

rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso

econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,

auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover

a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna

silvestre e da flora nativa;

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

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143

I - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima,

Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo

13° S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44° W,

do Estado do Maranhão;

II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida,

coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar

os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,

facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-

estar das populações humanas;

III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou

posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o

uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,

auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover

a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna

silvestre e da flora nativa;

RESPOSTA ERRADA

24 - MPESC 2016 MPESC PROMOTOR DE JUSTIÇA

Sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a Lei n. 12.651/12 estabelece que

a inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente, no

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis), que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou

possuidor rural, entre outras questões, a identificação do proprietário ou

possuidor rural e a comprovação da propriedade ou posse.

o CERTO

o ERRADO SOLUÇÃO

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144

A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita,

preferencialmente, no órgão ambiental municipal ou estadual e será

exigido do proprietário ou possuidor rural:

identificação do proprietário ou possuidor rural;

comprovação da propriedade ou posse rural;

identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo

com indicações das coordenadas geográficas, com pelo menos

um ponto de amarração do perímetro do imóvel, e com

informações da localização dos remanescentes de vegetação

nativa, das Áreas de Preservação Permanente– APPs , das Áreas

de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, caso exista, da

localização da Reserva Legal.

Então o cadastramento não vai ser feito no IBAMA, E SIM EM órgão

ambiental municipal ou estadual.

RESPOSTA ERRADO

25 - MPESC - PROMOTOR DE JUSTIÇA VESPERTINA - CESPE - 2016

Segundo a Lei n. 12.651/12, considera-se Área de Preservação Permanente,

em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei, as faixas marginais

de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os

efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:

trinta metros, para os cursos d’água de menos de dez metros de largura;

sessenta metros, para os cursos d’água que tenham de dez a cinquenta

metros de largura.

o CERTO o ERRADO

SOLUÇÃO

A questão trocou os números observe a questão novamente:

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145

Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os

efeitos desta Lei, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural

perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do

leito regular, em largura mínima de:

trinta metros, para os cursos d’água de menos de dez metros de

largura (CORRETO ); sessenta metros, para os cursos d’água que

tenham de dez a cinquenta metros de largura (NÃO!!! ERRADO, É DE 50

METROS).

VAMOS FIXAR ESTAS MEDIDAS, VAMOS NA LEI..

Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais

ou urbanas, para os efeitos desta Lei:

I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular,

em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez)

metros de largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez)

a 50 (cinquenta) metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50

(cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200

(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura

superior a 600 (seiscentos) metros;

VAMOS ESQUEMATIZAR:

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146

LARGURA DO CURSO D’ÁGUA (m) FAIXA DE APP (m)

Até 10 30

Entre 10 e 50 50

Entre 50 e 200 100

Entre 200 e 600 200

Superior a 600 600

APP – ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura

mínima de:

LOCALIZAÇÃO ÁREA DA SUPERFICIE DO ESPELHO D’AGUA (ha)

FAIXA MARGINAL DE APP (m)

Zonas Rurais Até 20 50

Acima de 20 100

Zonas Urbanas independente 30

III - as áreas no entorno dos reservatórios d'água artificiais, decorrentes de

barramento ou represamento de cursos d'água naturais, conforme abaixo:

Para abastecimento público e geração de energia elétrica

Não destinando a abastecimento público ou geração de energia

elétrica

Faixa marginal de APP Definido pelo licenciamento - Área rural: mínimo 30 e máximo de

100 metros:

Definido pelo licenciamento

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147

-Área urbana: mínimo 15 e máximo de

30 metros

IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d'água perenes,

qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50

metros;

V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°,

equivalente a 100% na linha de maior declive;

VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de

mangues;....

RESPOSTA ERRADO

26 - FUNDEP - TJ-MG - Juiz- 2014

Sobre a Área de Reserva Legal, assinale a alternativa CORRETA.

a) O registro da Reserva Legal no CAR (Cadastro Ambiental Rural) desobriga

a averbação no Cartório de Registro de Imóveis.

b) A Reserva Legal também se aplica aos empreendimentos de

abastecimento público de água e tratamento de esgoto, bem como às áreas

adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de

capacidade de rodovias e ferrovias.

c) As áreas de maior fragilidade ambiental não devem ser consideradas para

a localização da área de Reserva Legal no imóvel rural.

d) A Reserva Legal não poderá ser instituída em regime de condomínio entre

propriedades rurais.

SOLUÇÃO

Vamos analisar cada alternativa:

A) O REGISTRO DA RESERVA LEGAL NO CAR (CADASTRO AMBIENTAL

RURAL) DESOBRIGA A AVERBAÇÃO NO CARTÓRIO DE REGISTRO DE

IMÓVEIS.

Art 18 - § 4o - O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação

no Cartório de Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a data

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148

da publicação desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor

rural que desejar fazer a averbação terá direito à gratuidade deste

ato. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012).

Já achamos o nosso gabarito

B) A RESERVA LEGAL TAMBÉM SE APLICA AOS EMPREENDIMENTOS DE

ABASTECIMENTO PÚBLICO DE ÁGUA E TRATAMENTO DE ESGOTO, BEM

COMO ÀS ÁREAS ADQUIRIDAS OU DESAPROPRIADAS COM O OBJETIVO

DE IMPLANTAÇÃO E AMPLIAÇÃO DE CAPACIDADE DE RODOVIAS E

FERROVIAS.

Não será exigida reserva legal

1. Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de

esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal (Art. 12, §6º, Lei

12.651/12);

2. Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou

desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para

exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem

empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam

instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica (Art. 12,

§7º, Lei 12.651/12);

3. Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou

desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade de

rodovias e ferrovias (Art. 12, §8º, Lei 12.651/12);

Letra b incorreta

C) AS ÁREAS DE MAIOR FRAGILIDADE AMBIENTAL NÃO DEVEM SER

CONSIDERADAS PARA A LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE RESERVA LEGAL NO

IMÓVEL RURAL.

A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em

consideração os seguintes estudos e critérios (Art. 14 Lei nº 12.727, de

2012):

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149

o plano de bacia hidrográfica;

o Zoneamento Ecológico-Econômico;

a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com

Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou

com outra área legalmente protegida;

as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade;

e

AS ÁREAS DE MAIOR FRAGILIDADE AMBIENTAL.

D) A RESERVA LEGAL NÃO PODERÁ SER INSTITUÍDA EM REGIME DE

CONDOMÍNIO ENTRE PROPRIEDADES RURAIS.

Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou

coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12

em relação a cada imóvel ( Lei nº 12.727, de 2012).

Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal

poderá ser agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.

Letra c errada, pelo fato de que pode ser instituída por condomínio

RESPOSTA A

A Lei Estadual n. 14.675/09 e a Lei n. 12.651/12 dispõem que a área de

Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente por

meio de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), sendo permitida a

alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou

de desmembramento, com as exceções previstas nas apontadas Leis.

o Errado

o Certo

SOLUÇÃO

De acordo com Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada

no órgão ambiental competente por meio de inscrição no CAR de que

27 - MPESC Promotor de Justiça Vespertina - 2016

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150

trata o art. 29, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos

de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com as

exceções previstas nesta Lei.

RESPOSTA ERRADO

28 - FUNDATEC - BRDE ANALISTA DE PROJETOS ENGENHARIA - 2015

O novo código florestal pouco alterou, em termos gerais e estruturais, o que

já existia, pois a lei aprovada em 2012 permitiu tão somente ajustes pontuais

para adequação da situação de fato à situação de direito pretendida pela

legislação ambiental. Analise as seguintes assertivas relacionadas ao código

citado:

I. As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas exclusivamente no

entorno de recursos hídricos, cujo manejo segue um regramento específico.

II. Reserva legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse

rural, delimitada com a função de assegurar o uso econômico, de modo

sustentável, dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e

a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da

biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna silvestre e da flora

nativa.

III. O Cadastro Ambiental Rural deve possuir não só o perímetro dos imóveis

georreferenciados, mas também a delimitação geográfica das áreas do

interior das propriedades, cujo acompanhamento e fiscalização poderão

passar a ser feitos por imagens de satélite.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas I e II.

d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

SOLUÇÃO

Vamos analisar cada item:

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151

I. As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas

exclusivamente no entorno de recursos hídricos, cujo manejo segue um

regramento específico.

As atividades humanas, o crescimento demográfico e econômico

causam pressões ao meio ambiente, degradando-o. Desta forma,

objetivando proteger o meio ambiente e os recursos naturais existentes nas

propriedades, o legislador instituiu no ordenamento jurídico, entre outros,

uma área especialmente protegida, onde é proibido construir, plantar ou

explorar atividade econômica, ainda que seja para assentar famílias

assistidas por programas de colonização e reforma agrária.

Somente órgãos ambientais podem abrir exceção à restrição e

autorizar o uso e até o desmatamento de área de preservação permanente

rural ou urbana mas, para fazê-lo, devem comprovar as hipóteses de

utilidade pública, interesse social do empreendimento ou baixo impacto

ambiental (Art. 8o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área

de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade

pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta

Lei.).

As APPs se destinam a proteger solos e, principalmente, as matas

ciliares. Este tipo de vegetação cumpre a função de proteger os rios e

reservatórios de assoreamentos, evitar transformações negativas nos leitos,

garantir o abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida

aquática.

Item certinho para fazer qualquer manejo nas APP tem que ter autorização

e demonstrar interesse social e baixo impacto ambiental

II. Reserva legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou

posse rural, delimitada com a função de assegurar o uso econômico, de

modo sustentável, dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a

conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna

silvestre e da flora nativa.

item correto,

III. O Cadastro Ambiental Rural deve possuir não só o perímetro dos

imóveis georreferenciados, mas também a delimitação geográfica das áreas do interior das propriedades, cujo acompanhamento e fiscalização

poderão passar a ser feitos por imagens de satélite.

item correto

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152

RESPOSTA E

29 - PGE-PI - 2014 - Procurador do Estado

Acerca das áreas de proteção permanente (APPs), assinale a opção correta.

a) Nos casos de regularização fundiária de interesse social em APP cujo

licenciamento ambiental seja de competência do Estado, este também é

competente para promover o licenciamento urbanístico do empreendimento.

b) A incidência de limitações administrativas sobre áreas localizadas em APPs

ensejam, via de regra, indenização por desapropriação indireta.

c) Nas APPs, são proibidos a realização de qualquer atividade humana e o

acesso de animais.

d) As matas ciliares existentes em APAs estão excluídas das APPs.

e) De acordo com o novo Código Florestal, são consideradas APPs as áreas

protegidas, previstas na lei, cobertas ou não por vegetação nativa.

SOLUÇÃO

Segundo o atual Código Florestal, Lei nº12.651/12:

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

(...)

II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não

por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos

hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o

fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das

populações humanas;

Áreas de preservação permanente (APP), assim como as Unidades de

Conservação, visam atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um

"meio ambiente ecologicamente equilibrado", conforme assegurado no art.

225 da Constituição. No entanto, seus enfoques são diversos: enquanto as

UCs estabelecem o uso sustentável ou indireto de áreas preservadas, as APPs

são áreas naturais intocáveis, com rígidos limites de exploração, ou seja, não

é permitida a exploração econômica direta.

RESPOSTA E

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30 - UFPR 2015 COPEL Técnico Florestal

O Diário Oficial da União publicou a Lei Federal nº 12.651/12, que dispõe

sobre o novo Código Florestal, revogando expressamente o código até então

vigente (Lei Federal 4.771/65). Com base na nova lei, “áreas rurais

consolidadas" são áreas:

a) ocupadas antes de 2008 com atividades agrossilvipastoris.

b) destinadas para a pecuária.

c) de uma propriedade rural consolidadas após 2012.

d) de preservação para o cultivo comercial de espécies arbóreas especiais.

e) com declive e destinadas à produção de madeira.

SOLUÇÃO

De acordo com o Código Florestal, Lei nº 12.651/12, área rural consolidada

é “área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho

de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoaris,

admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio” (art. 3º, IV). Em

outras palavras, área rural consolidada é aquela que, até 22/07/2008, teve

sua vegetação natural modificada pela ação do homem. É preciso também

que tenha edificações, benfeitorias e atividades agrícolas, silvícolas e

pastoris.

RESPOSTA A

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LISTA DE QUESTÕES

LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS

1 - Presidente Prudente - SP 2016 - Engenheiro Florestal - VUNESP

É um princípio contemplado na Política Nacional do Meio Ambiente

A - A participação do Brasil no Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente.

B - A educação ambiental em todos os níveis de ensino.

C - A intervenção nos municípios em assuntos ligados ao meio ambiente.

D. O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.

E - O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente

poluidoras.

2 - Presidente Prudente - SP 2016 - Engenheiro Florestal - VUNESP

A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivos a preservação,

melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando

assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos

interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana,

atendidos os seguintes princípios:

A. ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando

o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente

assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.

B. privatização do uso do solo, do subsolo e da água, protegendo as áreas

ameaçadas de degradação e recuperando as áreas degradadas.

C. fiscalização do uso dos recursos ambientais, controle e zoneamento das

atividades potencial ou efetivamente poluidoras, abertura de licitação para

empresas privadas na exploração dos recursos ambientais renováveis.

D. proteção dos ecossistemas de interface com países fronteiriços, visando à

preservação de áreas representativas da biota ecótona.

E. incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o amplo

uso, com a preocupação mínima da proteção dos recursos ambientais.

LEI 6938 DE 1981

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3 - SANEPAR – PR - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006

Segundo a Lei 6.938/1981, o órgão consultivo e deliberativo do Sistema

Nacional do Meio Ambiente, que tem a finalidade de assessorar, estudar e

propor, ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para

o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua

competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente

ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida é o

(A) Ministério do Meio Ambiente (MMA).

(B) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(IBAMA).

(C) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

(D) Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

(E) Conselho de Governo

4 - VUNESP 2013 CETESB Advogado

O Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA, previsto na Lei n.º 6.938/81, é estruturado, dentre outros, pelo(s) seguinte(s) órgão(s):

a) órgão central: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais

Renováveis IBAMA, com a finalidade de coordenar, executar e fazer executar,

como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente.

b) órgãos subseccionais: os órgãos ou entidades integrantes da

administração federal direta e indireta, bem como as Fundações instituídas

pelo Poder Público, cujas atividades estejam associadas às de proteção da qualidade ambiental.

c) órgão superior: o Conselho Superior do Meio Ambiente CSMA, com a

função de assessorar o Presidente da República e Governadores Estaduais na

formulação de diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.

d) órgãos seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades

capazes de provocar a degradação ambiental.

e) órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente

CONAMA, com o fim de assistir e propor ao Conselho Superior do Meio Ambiente CSMA, diretrizes e políticas governamentais para o meio ambiente

e os recursos naturais e deliberar sobre normas e padrões compatíveis à

sadia qualidade de vida.

5 - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006

Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. O zoneamento ecológico-

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156

econômico, regulamentado pelo Decreto Federal Nº 4.297/2002, é

considerado, segundo o inciso II do artigo 9º da Lei n.º 6.938/1981, um

__________________ da Política Nacional do Meio Ambiente. (A) instrumento

(B) objetivo

(C) princípio

(D) órgão (E) complemento

6- Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006

Sobre a Política Nacional de Meio Ambiente analise as afirmativas a seguir:

I - foi criada pela lei 6.938 de 31 de agosto de 1981.

II - estabelece competências do Conselho Nacional do Meio Ambiente,

CONAMA.

III - estabelece o Sistema Nacional do Meio Ambiente.

Estão corretas as afirmativas:

A. apenas I;

B. apenas II;

C. apenas III;

D. apenas I e III;

E. I, II e III.

7 - SANEPAR – PR - Engenheiro - Área Sanitária - UFPR- 2006

De acordo com a Lei no 6938/81, são instrumentos da Política Nacional do

Meio Ambiente, EXCETO:

A. o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental.

B. o estabelecimento de padrões de potabilidade da água.

C.o zoneamento ambiental.

D. a avaliação de impactos ambientais.

E. o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente

poluidoras.

8- ELETRONORTE - assistente de Meio Ambiente - (NCE) – 2006

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Estabelece a Política e o Sistema Nacional do Meio Ambiente a Lei nº:

A. 10.650, de 16/04/2003;

B. 10.410, de 11/01/2002;

C. 9.985, de 18/07/2000;

D. 9.605, de 12/02/1998;

E. 6.938, de 31/08/1981.

9 - ELETRONORTE - assistente de Meio Ambiente - (NCE) – 2006

O instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei n° 6.938/1981)

responsável pela organização, integração, compartilhamento, acesso e disponibilização da informação ambiental no âmbito do Sistema Nacional de

Meio Ambiente - SISNAMA, de acordo com a lógica nacional da gestão

ambiental descentralizada entre as três esferas de governo, é o/a:

A. Sistema Brasileiro de Informações em Educação Ambiental - SIBEA;

B. Comissão Nacional de Biodiversidade - CONABIO;

C. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA;

D. Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA;

E. Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH.

10 - Secretaria de Defesa - PE - Delegado de Polícia (CESPE) - 2016

O órgão consultivo e deliberativo responsável pelo SISNAMA e pelo SNUC é

o:

A.Ministério do Meio Ambiente.

B.Conselho Nacional do Meio Ambiente.

C.Instituto Chico Mendes.

D.IBAMA.

E.Conselho de Governo.

11 - Suframa/AM - Assistente Social- CESPE – 2014

Com base na legislação acerca do meio ambiente, julgue os itens a seguir.

Um dos princípios da Política Nacional do Meio Ambiente estabelecida em

1981 é a educação ambiental em todos os níveis de ensino, incluindo a

educação para a comunidade, com o objetivo de capacitar os indivíduos

para participação ativa na defesa do meio ambiente.

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C.Certo

E.Errado

12 - Suframa/AM – Engenheiro Florestal – CESPE – 2014

No que se refere aos instrumentos de gestão ambiental, julgue os itens

subsequentes. As políticas ambientais brasileiras têm evoluído, sobretudo

em aspectos legais e institucionais, para uma tendência centralizadora dos

instrumentos de gestão.

Certo

Errado

13 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014

Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos

seus instrumentos. O objetivo do zoneamento ecológico-econômico consiste

em identificar, na superfície terrestre, zonas ambientais homogêneas, ou

com características semelhantes, nas quais possam ser implementados

planos, programas, projetos, metas e diretrizes de planejamento ambiental.

Certo

Errado

14 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014

Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos

seus instrumentos. O uso do instrumento de organização do território

denominado zoneamento ecológico-econômico, que estabelece medidas e

padrões de proteção ambiental, é facultativo na implantação de planos, obras

e atividades públicas e privadas.

C.Certo

E.Errado

15 - Caixa econômica Federal– Agronomia – CESPE – 2014

Julgue os itens seguintes, acerca da Política Nacional do Meio Ambiente e dos

seus instrumentos. A construção, a instalação, a ampliação e o

funcionamento de estabelecimentos e de atividades que utilizem recursos

ambientais e sejam efetiva ou potencialmente poluidores devem

obrigatoriamente ser precedidos de licenciamento ambiental.

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Certo

Errado

16 - Venda Nova dos imigrantes – ES – fiscal meio ambiente - 2016

Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas, de acordo com

os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente.

( ) Visar a compatibilização do desenvolvimento econômico social com a

preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.

( ) Definir áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao

equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do

Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

( ) Estabelecer critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas

relativas ao uso e manejo de recursos ambientais.

( ) Desenvolver pesquisas e tecnologias nacionais orientadas para o uso

racional de recursos ambientais.

( ) Visar a difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação

de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública

sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio

ecológico.

( ) Preservar e restaurar os recursos ambientais com vistas à sua utilização

racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do

equilíbrio ecológico propício à vida.

( ) Impor, ao poluidor e ao predador, a obrigação de recuperar e/ou indenizar

os danos causados e, ao usuário, a contribuição pela utilização de recursos

ambientais com fins econômicos.

A sequência está correta em

A.V, V, V, V, V, V, V.

B.V, V, F, V, V, F, V.

C.F, F, V, V, V, V, V.

D.V, V, F, V, V, V, V

17 - Secretaria de Defesa - PE - Delegado de Polícia - CESPE - 2016

órgão consultivo e deliberativo responsável pelo SISNAMA e pelo SNUC é o

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A. Ministério do Meio Ambiente.

B. Conselho Nacional do Meio Ambiente.

C. Instituto Chico Mendes.

D. IBAMA.

E. Conselho de Governo.

18 - MPE – RO – Promotor de justiça – CESPE 2013

Considerando as disposições da Lei que regula a Política Nacional do Meio

Ambiente (Lei n.º 6.938/1981) e as normas emitidas pelo Conselho Nacional

do Meio Ambiente, assinale a opção correta.

A. Tendo sido concedido o licenciamento ambiental quando da instalação de

estabelecimento potencialmente poluidor, dispensa-se novo licenciamento

para a ampliação do estabelecimento.

B. Ainda que verifique que o empreendimento não causará significativa

degradação do meio ambiente, o órgão ambiental competente deverá

solicitar a apresentação do projeto a fim de subsidiar a decisão final sobre o

licenciamento ambiental.

C. Na análise técnica dos impactos ambientais de um empreendimento objeto

do estudo de impacto ambiental, é facultativa a inclusão dos impactos

positivos, mas obrigatória a dos impactos negativos, temporários e

permanentes.

D. No procedimento de licenciamento ambiental, para o atendimento da

obrigação legal de publicidade, os pedidos de licenciamento, sua renovação

e respectiva concessão devem ser publicados em jornal oficial, bem como

em periódico regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico

de comunicação mantido pelo órgão ambiental licenciador.

E. O referido Conselho, mediante representação dos órgãos do Sistema

Nacional do Meio Ambiente, pode autorizar a conversão da multa simples em

serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio

ambiente.

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19 - Liquigás – Engenheiro Junior – cesgranrio - 2014

De acordo com a Lei nº 6.938/1981 e suas alterações, os órgãos e entidades

da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios,

bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela

proteção e pela melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema

Nacional do Meio Ambiente – Sisnama. Na estrutura do Sisnama, o Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis – Ibama é um órgão

A.executor

B.consultivo

C.central

D.deliberativo

E.superior

20 - Financiadora de estudos e projetos – analista – cesgranrio - 2014

Um dos instrumentos para a realização da Política Nacional do Meio

Ambiente, nos termos da Lei Federal nº 6.938/81, é considerado de natureza

econômica.

Um desses instrumentos em questão é a

A. servidão ambiental

B. instituição de reserva legal

C. avaliação de impacto ambiental

D. constituição de espaço protegido

E. criação de cadastro técnico

21 - Procuradoria Geral – PGE/MT – FCC – 2011

De acordo com a Lei Federal no 6.938/81, a política nacional do meio

ambiente tem como objetivos

A. promover a adoção de práticas adequadas de conservação e uso racional

dos combustíveis e de preservação do meio ambiente.

B. assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de

água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos.

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162

C. a utilização racional e adequada dos recursos hídricos, incluindo o

transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável.

D. a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem

natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

E. a preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua

utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a

manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida.

22 - CESPE MPESE Promotor de Justiça - 2010

A PNMA foi estabelecida em 1981 mediante a edição da Lei n.º 6.938/1981,

que criou o SISNAMA. O objetivo dessa lei é o estabelecimento de padrões

que tornem possível o desenvolvimento sustentável, por meio de

mecanismos e instrumentos para maior proteção do ambiente. A respeito

desse assunto e considerando o disposto na lei, assinale a opção correta.

a) O SISNAMA congrega os órgãos e as instituições ambientais da União, dos

estados e dos municípios; o DF não compõe esse sistema.

b) Poluição e poluidor são conceitos doutrinários não definidos na lei da

PNMA.

c) É objetivo da PNMA a compatibilização do desenvolvimento econômico-

social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio

ecológico.

d) O SISNAMA possui dois órgãos superiores e cinco órgãos locais.

e) Órgãos municipais estão impedidos de elaborar normas ambientais.

CODIGO FLORESTAL

23 - MPESC PROMOTOR DE JUSTIÇA – CESPE - 2016

De acordo com a Lei n. 12.651/12, será admitido o cômputo da Reserva

Legal do imóvel no cálculo do percentual da Área de Preservação

Permanente, desde que: o benefício previsto neste artigo não implique a

conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; a área a ser

computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme

comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; o

proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro

Ambiental Rural (CAR), nos termos da referida Lei.

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Errado

Certo

24 - MPESC 2016 MPESC PROMOTOR DE JUSTIÇA

Sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a Lei n. 12.651/12 estabelece que

a inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente, no

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis), que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou

possuidor rural, entre outras questões, a identificação do proprietário ou

possuidor rural e a comprovação da propriedade ou posse.

o CERTO

o ERRADO

25 - MPESC - PROMOTOR DE JUSTIÇA VESPERTINA - CESPE - 2016

Segundo a Lei n. 12.651/12, considera-se Área de Preservação Permanente,

em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei, as faixas marginais

de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os

efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:

trinta metros, para os cursos d’água de menos de dez metros de largura;

sessenta metros, para os cursos d’água que tenham de dez a cinquenta

metros de largura.

o CERTO o ERRADO

26 - FUNDEP - TJ-MG - Juiz- 2014

Sobre a Área de Reserva Legal, assinale a alternativa CORRETA.

a) O registro da Reserva Legal no CAR (Cadastro Ambiental Rural) desobriga

a averbação no Cartório de Registro de Imóveis.

b) A Reserva Legal também se aplica aos empreendimentos de

abastecimento público de água e tratamento de esgoto, bem como às áreas

adquiridas ou desapropriadas com o objetivo de implantação e ampliação de

capacidade de rodovias e ferrovias.

c) As áreas de maior fragilidade ambiental não devem ser consideradas para

a localização da área de Reserva Legal no imóvel rural.

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d) A Reserva Legal não poderá ser instituída em regime de condomínio entre

propriedades rurais.

A Lei Estadual n. 14.675/09 e a Lei n. 12.651/12 dispõem que a área de

Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente por

meio de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), sendo permitida a

alteração de sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou

de desmembramento, com as exceções previstas nas apontadas Leis.

o Errado

o Certo

28 - FUNDATEC - BRDE ANALISTA DE PROJETOS ENGENHARIA - 2015

O novo código florestal pouco alterou, em termos gerais e estruturais, o que

já existia, pois a lei aprovada em 2012 permitiu tão somente ajustes pontuais

para adequação da situação de fato à situação de direito pretendida pela

legislação ambiental. Analise as seguintes assertivas relacionadas ao código

citado:

I. As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas exclusivamente no

entorno de recursos hídricos, cujo manejo segue um regramento específico.

II. Reserva legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse

rural, delimitada com a função de assegurar o uso econômico, de modo

sustentável, dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e

a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da

biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna silvestre e da flora

nativa.

III. O Cadastro Ambiental Rural deve possuir não só o perímetro dos imóveis

georreferenciados, mas também a delimitação geográfica das áreas do

interior das propriedades, cujo acompanhamento e fiscalização poderão

passar a ser feitos por imagens de satélite.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas I e II.

27 - MPESC Promotor de Justiça Vespertina - 2016

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d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

29 - PGE-PI - 2014 - Procurador do Estado

Acerca das áreas de proteção permanente (APPs), assinale a opção correta.

a) Nos casos de regularização fundiária de interesse social em APP cujo

licenciamento ambiental seja de competência do Estado, este também é

competente para promover o licenciamento urbanístico do empreendimento.

b) A incidência de limitações administrativas sobre áreas localizadas em APPs

ensejam, via de regra, indenização por desapropriação indireta.

c) Nas APPs, são proibidos a realização de qualquer atividade humana e o

acesso de animais.

d) As matas ciliares existentes em APAs estão excluídas das APPs.

e) De acordo com o novo Código Florestal, são consideradas APPs as áreas

protegidas, previstas na lei, cobertas ou não por vegetação nativa.

30 - UFPR 2015 COPEL Técnico Florestal

O Diário Oficial da União publicou a Lei Federal nº 12.651/12, que dispõe

sobre o novo Código Florestal, revogando expressamente o código até então

vigente (Lei Federal 4.771/65). Com base na nova lei, “áreas rurais

consolidadas" são áreas:

a) ocupadas antes de 2008 com atividades agrossilvipastoris.

b) destinadas para a pecuária.

c) de uma propriedade rural consolidadas após 2012.

d) de preservação para o cultivo comercial de espécies arbóreas especiais.

e) com declive e destinadas à produção de madeira.

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GABARITO

1 - B 2 - A 3 - D 4 – D

5 - A 6 - E 7 - B 8 – E

9 - D 10 - B 11 - CERTO 12 - ERRADO

13 - CERTO 14 - ERRADA 15 - CERTA 16 – CERTA

17 - B 18 - D 19 - A 20 - A

21 - E 22 - C 23 - ERRADA 24 - ERRADA

25 - ERRADA 26 - A 27 - ERRADA 28 - E

29 - E 30 - A

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Novo código florestal-sistema FAEP

Oliveira, Karla Auricélia Fernandes.

A cidadania no estado de direito ambiental: da proposta universalista ao reconhecimento das diferenças/ Karla Auricélia Fernandes de Oliveira, 2012.

119f:

http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/sistema-nacional-de-ucs-snuc.

Acessado em 25/02/2017

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm. Acessado em

25/03/2017

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm.

Acessado em 03/03/2017

http://abccam.com.br/site/livro-novo-codigo-florestal-brasileiro-ilustrado-

e-de-facil-entendimento/ acessado em 03/03/2017

BIBIOGRAFIA:

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BIBLIOGRAFIA

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