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, 13 de junho de 2014 ICMBio em foco Edição 324 - Ano 8 - 12 de dezembro de 2014 Lançada nova edição da revista Ornithologia, periódico científico do Cemave. Pág. 21 Disat apresenta diagnóstico socieconômico do extrativismo em Unidades de Conservação Pág. 6 Terras públicas federais na Amazônia Legal são destinadas à conservação ambiental Instituto Chico Mendes participou da entrega de terras federais realizada pelo Programa Terra Legal Amazônia, do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Pág. 2 ICMBio participa do Congresso Mundial de Parques, em Sidney, na Austrália. Pág. 12 Unidades do Rio de Janeiro realizam operação de fiscalização durante defeso do caranguejo uçá. Pág. 26 a

Terras públicas federais na Amazônia Legal são destinadas à conservação ambiental · 2014-12-12 · para a criação de UCs. Nós só temos razão para comemorar”, afirmou

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1Sexta-feira, 13 de junho de 2014 Edição 298

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ICMBioem foco

ICMBioem foco

Edição 324 - Ano 8 - 12 de dezembro de 2014

Lançada nova edição da revista Ornithologia, periódico científico do Cemave. Pág. 21

Disat apresenta diagnóstico socieconômico do extrativismo em Unidades de Conservação Pág. 6

Terras públicas federais na Amazônia Legal são destinadas à conservação ambientalInstituto Chico Mendes participou da entrega de terras federais realizada pelo Programa Terra Legal Amazônia, do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Pág. 2

ICMBio participa do Congresso Mundial de Parques, em Sidney, na Austrália. Pág. 12

Unidades do Rio de Janeiro realizam operação de fiscalização durante defeso do caranguejo uçá. Pág. 26

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Evento oficializa destinação de terras federais

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participou da entrega de terras federais para a refor-ma agrária e a conservação do meio ambiente, na última terça-feira (9). O ato faz parte do Programa Terra Legal Amazônia, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que tem como objetivo a regularização de áreas e imóveis que estão em terras públicas federais, desde que não sejam reservas indíge-nas, Unidades de Conservação (UCs), florestas públicas, áreas da Marinha e reservadas à administração militar.

“O ICMBio é o principal beneficiário deste ato. Já são mais de 5 milhões de hectares repassados ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), e boa parte dessas áreas serão destinadas certamente para a criação de UCs. Nós só temos razão para comemorar”, afirmou o presidente do ICMBio, Roberto Vizentin.

Na ocasião, foram destinados 2,5 milhões de hectares para os estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocan-tins. Do total, 1 milhão de hectares serão para regularizar Unidades de Conservação de Rondônia. Outros seis mil hectares serão repassados ao Instituto Nacional de Coloni-zação e Reforma Agrária (Incra), para a reforma agrária dos municípios de Anapu e de Pacajá, no Pará. Além disso, o MDA destinará 1,48 milhão de hectares ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a conservação ambiental no Pará, Amazonas, Acre, Rondônia e Tocantins.

“Nunca se conheceu a Amazônia tão profundamente como se está conhecendo agora por esse trabalho conjunto, que está sendo feito e coordenado pelo MDA, pela equipe do Terra Le-gal, pelos órgãos do governo federal e governo estadual”, afir-mou o presidente do Incra, Carlos Guedes, que representou o ministro do MDA, Miguel Rossetto.

Representando a ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, o secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani falou sobre os resultados do programa: “Essa iniciativa tem um significa-do muito especial, porque significa responsabilização. Significa

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que nós temos que cuidar das áreas que estão sendo destina-das, mas significa também que nós estamos sendo capazes de trabalhar em conjunto. Todo esse trabalho relacionado à terra, no Brasil, sempre foi cercado de muita suspeita e desconfiança. Fico impressionado como o Terra Legal tem se desenvolvido de forma tão interessante”.

Criado em 2009, o programa é coordenado pelo MDA e execu-tado em parceria com o Incra na região da Amazônia legal. O Terra Legal promove redução do desmatamento e aumento da produtividade dos agricultores familiares, uma vez que ao rece-ber o título de propriedade do terreno, o dono se compromete a cumprir os requisitos legais, como a manutenção da área de pre-servação permanente ou o reflorestamento da área desmatada.

Também participaram do evento Sérgio Lopes, secretário ex-traordinário de regularização fundiária na Amazônia Legal do MDA; Cassandra Maroni Nunes, secretária do patrimônio da União; Flávio Chiarelli, presidente da Fundação Nacional do Índio; Elizete Lionel, superintendente de integração do Estado de Rondônia em Brasília, representando o governador Con-fúcio Moura; e Johaness Eck, subchefe adjunto de análises e acompanhamento de políticas governamentais da Casa Civil da Presidência da República.

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A Câmara Técnica do Programa Terra Legal simplifica a destinação de terras federais do MDA para órgãos do governo federal ou para os estados e, desta forma, contribui para combater o desmatamento, com a ampliação da presença estatal na região. Ao mesmo tempo, a iniciativa garante a gestão mais eficiente das terras federais na Amazônia Legal.

Composta pela Secretaria de Regularização Fundiária da Amazônia Legal do MDA, que executa o programa Terra Legal, Incra, Instituto Chico Mendes (ICMBio), Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Secretaria de Patrimônio da União (SPU), Fundação Nacional do Índio (Funai) e os estados da Amazônia Legal, a Câmara analisa a situação das glebas federais na Amazônia Legal, identificando seus ocupantes e possíveis usos da terra.

Também são convidados às reuniões da Câmara o Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), para coo-peração técnica; o Conselho de Defesa Nacional (CDN), para encaminhamentos sobre áreas de fronteira; e o Ministério de Minas e Energia (MME).

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Foram destinados 2,5 milhões de hectares para os estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins

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ICMBio debate fortalecimento da gestão socioambiental

A Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Ter-ritorial (Disat) promoveu nesta quinta-feira (11) uma apre-sentação sobre gestão socioambiental nas Unidades de Con-servação (UCs) federais. O evento mostrou às lideranças comunitárias, gestores, coordenadores regionais e demais autoridades da área ambiental novas ferramentas desenvol-vidas para aprimorar a gestão das UCs.

“Esse sistema que vocês apresentaram hoje conecta tudo e todos. As comunidades estão cada vez mais reunidas, os con-selhos cada vez mais fortes e as lideranças estão se entenden-do. Isso tudo tem trazido mais reconhecimento do ICMBio perante a sociedade”, declarou Vizentin.

A gestão socioambiental é uma das áreas de atuação do Instituto Chico Mendes e ajuda na criação, implementação e gestão das UCs e dos Centros de Pesquisa e Conservação. O objetivo é in-tegrar as unidades e os Centros com a sociedade no contexto na-cional, estadual e regional, promovendo o diálogo e instituciona-lizando um conjunto de políticas relacionadas à gestão territorial, conservação e desenvolvimento socioambiental. “Tudo isso com fundamento nos princípios da educação ambiental”, completou o presidente do Instituto.

NOVA INSTRUçãO NORMATIVA E GUIA DOS

CONSELhEIROS

Durante o evento, foi apresentada uma nova Instrução Norma-tiva (IN) sobre os conselhos das Unidades de Conservação e lançado um guia para gestores e conselheiros, com o objetivo de aprimorar a formação, funcionamento e avaliação dos conselhos, assim como esclarecer e facilitar o entendimento da nova IN. O material foi organizado e elaborado pela Disat com apoio de diversos servidores que atuam na área.

A Instrução Normativa nº 9/2014 unifica as orientações insti-

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tucionais e imprime diretrizes para a formação, funcionamento e modificação na composição dos conselhos gestores, além de revogar a IN nº 2/2007 e a IN n° 11/2010, que disciplinavam os conselhos deliberativos e consultivos.

“Esta IN traz uma nova forma de criação de conselhos, que pas-sará a ser feita por setores do Poder Público e da sociedade civil, não mais por instituições. O ato de criação dos conselhos seguirá sob a atribuição do presidente do ICMBio, com a publicação de portaria no Diário Oficial da União. Já o quantitativo e o rol de instituições que representam os setores passarão a ser defini-dos pelo Conselho e enviados pela chefia da UC para homolo-gação da Coordenação Regional (CR) competente”, informou o diretor da Disat, João Arnaldo Novaes.

Agora, as coordenações regionais passam a ter a atribuição de emitir a portaria de modificação na composição dos con-selhos quando houver a necessidade de inclusão ou exclu-são de um ou mais setores representados. “A composição estabelecida por setores e as portarias de conselho terão um tempo de vigência mais amplo, diminuindo a burocratiza-ção e o número excessivo de processos administrativos que tramitam atualmente entre as UCs e a sede. Além disso, esse novo arranjo trará mais autonomia para os conselhos gesto-res, fortalecendo o papel das coordenações regionais nessa agenda”, salientou Novaes.

Outra inovação trazida pela nova IN é a priorização feita sobre o Plano de Ação, instrumento de planejamento do Conselho que deve conter as atividades a serem executadas, parcerias e respon-sáveis pela execução das atividades, cronograma de execução, indicação de recursos financeiros e forma de monitoramento e avaliação. “A Coordenação-geral de Gestão Socioambiental pas-sará a acompanhar a elaboração e o resultado da avaliação desse documento, com o objetivo de sistematizar informações e qua-lificar as orientações institucionais sobre o tema”, informa o co-ordenador geral Daniel de Castro, coordenador-geral de Gestão Socioambiental (CGSAM/Disat)

os projetos de educação ambiental que vem sendo realizado nas UCs. O intuito é estimular novos projetos e compartilhar com outros gesto-res o que é desenvolvido em cada área protegida e a expectativa é que em um futuro próximo haja um registro semelhante ao SIT.

Um dos projetos apresentados como exemplo e que faz parte do mapa é o Asas do Jalapão, cujo público são os docentes que atuam em mu-nicípios que têm interface com UCs na região do Jalapão, em Tocan-tins. A iniciativa prevê a formação continuada de professores por meio de módulos, e os docentes têm a missão de desenvolver projetos com temas ambientais junto aos alunos. Nesse contexto, o grande desafio do Asas é despertar nos professores o sentimento de pertencimento, participação e responsabilidade com o meio ambiente.

CRIAçãO DE NOVOS CONSELhOS GESTORES

O presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, fechou o evento assi-nando novas portarias para criação dos conselhos gestores de três UCs: a Área de Relevante Interesse Ecológico da Mata de Santa Ge-negra, o Parque Nacional Nascentes do Rio Parnaíba e a Floresta Nacional do Bom Futuro.

Salvador da Cruz Filho, presidente da Associação de Pequenos e Mé-dios Produtores de Rio Pardo e representante do conselho da Floresta de Bom Futuro, comemorou a assinatura das portarias e afirmou que já enfrentou diversos conflitos territoriais.

“Tenho acompanhado a Floresta Nacional desde seu início e sempre tivemos um trabalho muito intenso em relação aos conflitos. Com a criação desse conselho, a gente espera uma aproximação com o chefe da UC e também com o ICMBio. Também espero que a gente possa aproximar a comunidade e escolher a melhor forma de como vamos tratar aquela área daqui pra frente”, finalizou Filho.

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Com a publicação da IN, a CGSAM continuará com a atribuição de analisar e tramitar junto à presidência do Instituto os processos de cria-ção dos novos Conselhos. Além disso, de acordo com Carlos Felipe Abirached, coordenador de Gestão Participativa, “a Coordenação po-derá exercer melhor o seu papel ao direcionar esforços e estratégias para acompanhar, monitorar e avaliar a efetividade dos Conselhos ins-tituídos, visando atuar sobre os aspectos qualitativos da agenda”.

A instrução normativa pode ser acessada em http://migre.me/nsjSa. Já o Guia do Conselheiro estará disponível a partir de terça-feira em http://migre.me/nsmwm.

SISTEMA DE INFORMAçõES SOBRE INTERFACES

TERRITORIAIS

No evento também foi anunciado o Sistema de Informações sobre Interfaces Territoriais (SIT), que reúne dados registrados sobre as re-lações, conflituosas ou não, com comunidades (quilombolas, indíge-nas, populações tradicionais e agricultores familiares) encontrados em Unidades de Conservação. “há uma expectativa muito grande sobre o desenvolvimento desse sistema. Um dos obstáculos que temos enfren-tado para tomada de decisão e gestão de áreas protegidas é ter gestão com informação. Ter tudo isso integrado, sistematizado e comparti-lhado permite fazer a gestão cada vez melhor”, afirmou João Arnaldo.

Por meio de um formulário preenchido por gestores de UCs e coorde-nadores regionais, as informações foram analisadas e compiladas no sistema, no intuito de que todos os servidores tenham acesso e dessa forma consigam interagir com a sede a respeito das interfaces. Segundo Daniel de Castro, “o sistema vai possibilitar que a sede e os servidores possam monitorar o conflito daquela Unidade, assim como as CRs. A ideia do sistema é que eles conversem com outros sistemas do Governo Federal para que a gente tenha um histórico de acompanhamento de todas essas interfaces”.

Na oportunidade, também foi lançado o Mapa de Ações em Educação Ambiental para Conservação da Biodiversidade, sistema que registra

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Disat apresenta cadastramento de famílias extrativistas

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodi-versidade (ICMBio) promoveu na quarta-feira (10) uma apresentação sobre o cadastramento de famílias extrati-vistas e o diagnóstico socieconômico do extrativismo em Unidades de Conservação de (UCs) de uso sustentável. O evento aconteceu no auditório do ICMBio, em Brasília, e foi realizado pela Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial (Disat).

O objetivo foi aprimorar as ações desenvolvidas pela Co-ordenação-geral de Populações Tradicionais (CGPT), prio-rizando as ações estratégicas nas Reservas Extrativistas, Reservas de Desenvolvimento Sustentável e Florestas Na-cionais com populações tradicionais reconhecidas. Ao todo, 77 UCs foram cadastradas e cerca de 65 mil famílias de co-

munidades tradicionais vivem nessas regiões.

“A gente espera começar, no início do ano que vem, esse mesmo processo nas novas quatro UCs que acabaram de ser criadas. O trabalho de cadastramento já existia, o que nós fizemos foi otimizar a estratégia para avançar no tempo e no espaço. A sistematização, através de um meio eletrônico, aproveita essa ida a campo para fazer o diagnóstico socieco-nômico, que não estava previsto, na complexidade que ele tem”, afirmou o diretor da Disat, João Arnaldo Novaes.

O reconhecimento das famílias beneficiárias e o diagnós-tico socieconômico do extrativismo permitem analisar a realidade das comunidades e desenvolver políticas públi-cas que supram as necessidades de cada uma dessas famí-lias. Por meio da coleta de dados é possível, por exemplo, promover a inclusão dessas pessoas em programas so-ciais, como o Bolsa Família, o Bolsa Verde e os crédi-tos e investimentos do Programa Nacional de Reforma Agrária. “Além de impulsionar o incremento imediato na renda das famílias em situação de extrema pobreza, o Programa Bolsa Verde articula diversas ações integradas à emancipação socioeconômica das famílias beneficiárias das UCs”, destacou Novaes.

Em 2013, foi iniciada uma nova estratégia para a realização e finalização do cadastramento de famílias. Como resul-tado parcial do cadastramento, 45 UCs participaram e 38 mil famílias responderam aos questionários em campo. Já as informações para os diagnósticos socioprodutivos foram levantadas em 18 UCs.

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sobre o manejo pesqueiro integrado na APA e, dessa manei-ra, subsidiar a oficina.

Na oportunidade, foram apresentados os trabalhos desen-volvidos na APA Costa dos Corais nos últimos 15 anos. Fa-biano P. Ribeiro, analista ambiental do Cepene e secretário da Rede MangueMar em Pernambuco, falou sobre o con-ceito e o papel da Rede, que é composta por vários atores sociais e pesquisadores, dentre os quais o próprio Centro de Pesquisa. O analista ambiental Eduardo Almeida também fez uma breve apresentação da APA Costa dos Corais e seu Plano de Manejo, enfocando o zoneamento da UC e todos os pontos relevantes à atividade pesqueira.

Foram estabelecidas, na oficina, as estratégias para realiza-ção do Seminário, previsto para maio de 2015, bem como o cronograma de atividades. Ainda em 2014, deverão ocorrer reuniões preparatórias nos municípios da APA. O objetivo será apresentar aos pescadores o que é a Área de Proteção Ambiental, seu Plano de Manejo, zoneamento, ações relati-vas ao setor e a programação do 1º Seminário sobre Pesca Artesanal da APA Costa dos Corais.

A articulação entre Cepene, APA e Rede MangueMar tem como objetivo promover a formação de capital social das comunidades pesqueiras artesanais inseridas em Unidades de Conservação, para empoderamento dessas comunidades nos conselhos gestores, além de promover práticas de pesca mais sustentáveis e condizentes com a atividade numa Uni-dade de Conservação marinha.

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiver-sidade Marinha do Nordeste (Cepene), a Área de Proteção Ambiental (APA) das Costa dos Corais (AL/PE) e a Rede MangueMar em Pernambusco iniciaram uma discussão so-bre a pesca artesanal na Unidade de Conservação (UC). A oficina foi realizada em novembro, com o objetivo de pla-nejar o 1° Seminário da Pesca Artesanal da APA, previsto para março de 2015.

Também foi realizado o 3º Encontro do Fórum sobre Con-servação da Biodiversidade Marinha do Nordeste, com os professores Mauro Maida e Beatrice Ferreira Padovani, do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O objetivo foi iniciar as discussões

Cepene e APA Costa dos Corais discutem pesca artesanal

Participantes discutiram a pesca artesanal na APA Costa dos Corais

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Como resultado parcial do cadastramento, 45 UCs participaram e 38 mil famílias responderam aos questionários em campo

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Tamar completa 35 anos

Cerca de mil pessoas participaram das comemorações dos 35 anos do Projeto Tamar no último fim de semana, na Praia do Forte (BA) e em Aracaju (SE). Para celebrar a data, fo-ram realizadas diversas atividades culturais e de lazer para turistas e visitantes. O Projeto Tamar é fruto da cooperação entre o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tar-tarugas Marinhas (Tamar) e a Fundação Pró-Tamar.

Na ocasião, uma tartaruga-de-pente saiu para desovar em frente à sede do Tamar na Praia do Forte, durante o dia, o que chamou a atenção do coordenador nacional do Cen-tro, João Carlos Thome. “Este é um fato raro de acontecer porque a espécie tem hábitos noturnos e essa tartaruga saiu para desovar com vários turistas por perto e com luz do sol ainda”, destacou Thome.

Nas noites dos dias 6 e 7, foram realizados shows e eventos culturais com músicos parceiros do movimento TAMARE-AR, que leva na música a sensibilização da sociedade para a conservação da natureza. Estiveram presentes o guitarrista

americano Stanley Jordan, o baixista mineiro Dudu Lima, o baiano Luciano Calazans, os cantores Armandinho e Ivete Sangalo, entre outros artistas.

Representantes dos parceiros governamentais e empresas apoiadoras do projeto, como a Petrobras, que é patrocina-dora oficial desde os primeiros anos de trabalho do Tamar, também participaram das festividades.

Em 1979, no Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), foi aprovado pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), junto com o decreto de criação da Reserva Biológica (Rebio) Atol das Rocas, o primeiro orçamento para o Proje-to Tartarugas Marinhas, que viria a se tornar anos mais tarde no Projeto Tamar. Entre 1980 e 1982, foram promovidos diversos estudos em toda a cos-ta brasileira, identificando os locais de ocorrência dessas espécies e os desafios que seriam enfrentados para conservá-las e recuperá-las.

Ainda no ano de 1982, foram implementadas as pri-meiras bases do Tamar em Pirambu (SE), Regência (ES) e Praia do Forte (BA). “Esses 35 anos foram comemorados pelo Tamar em todos os lugares do Brasil em que temos atuação. São três décadas de atividades voltadas para a recuperação de espécies de tartarugas marinhas de vida longa, que levam até 30 anos até chegarem na fase adulta. Os primeiros filhotes soltos em 1980 estão retornando agora para recolonizar nossas praias”, comemorou o coordena-dor nacional do Tamar.

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Entre os resultados alcançados, as cooperativas e associa-ções de colhedores conquistaram ainda maior autonomia e melhores ganhos para os colhedores por meio da elimina-ção dos atravessadores na relação de venda direta para a em-presa. Outro avanço conquistado foi a organização e gestão financeira das entidades dos colhedores, que proporcionou uma negociação de preço justo para o produto.

Para o fortalecimento das ações desenvolvidas pelo projeto, foi proposta a criação de uma articulação interestadual de colhedores de jaborandi para o reconhecimento da ativida-de. A recomendação pode auxiliar no alcance da garantia de direitos e o acesso a políticas públicas destinadas às popula-ções extrativistas em todo o país.

Participaram do encontro representantes dos ministérios do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrá-rio, que trouxeram informações a respeito dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA), Nacional de Alimen-tação Escolar (Pnae) e Garantia de Preços Mínimos da Sociobiodiversidade; Assistência Técnica para Populações Tradicionais; Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) e a Produção Agroecológica Integrada e Sustentável.

O evento foi organizado pela agência de cooperação alemã GIZ, que presta assessoria às organizações de colhedores e contou com o apoio das empresas Vale, Boehringeir Inge-lhein (de farmacologia) e Vegeflora (que refina o produto); do Instituto Chico Mendes e do Instituto Floravida.

Aconteceu entre os dias 9 e 11 de dezembro o I Encontro Na-cional de Colhedores de Jaborandi na Floresta Nacional de Ca-rajás (PA). O objetivo foi apresentar aos extrativistas as políticas e programas do governo federal para os produtos da sociobiodi-versidade, socializar as experiências de manejo, analisar o impacto ambiental da atividade e negociação do preço, além de discutir os avanços, conquistas e desafios dos colhedores.

Mais de 80 extrativistas dos estados do Piauí, Maranhão e do Pará participaram do evento. A avaliação do encontro é de que houve um grande avanço na forma de manejo do jaborandi, o que garante a preservação da espécie, que está na lista de amea-çadas de extinção. A planta tem grande importância medicinal, pois é utilizada para a extração da pilocarpina, utilizada na pro-dução de um colírio para o tratamento de glaucoma.

Floresta Nacional de Carajás sedia encontro de colhedores de jaborandi

Extrativistas receberam informações sobre as políticas e programas do governo federal para os produtos da sociobiodiversidade

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Base do CNPT no Acre fecha ano com balanço positivo

Nos dias 12 e 13 de novembro, no município de Jordão, a Base Avançada do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradi-cionais (CNPT) em Rio Branco (Acre) participou da reunião do Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista (Resex) do Alto Tarauacá. Na oportunidade, foram apresentados os resul-tados das pesquisas desenvolvidas na Unidade de Conservação (UC) ao longo dos últimos três anos.

A equipe do CNPT também participou de reunião do Con-selho da Resex do Cazumbá-Iracema, com o mesmo obje-tivo. Com isso, a Base Avançada do Centro fecha o quarto

ano de existência com balanço positivo de suas atividades e conquistas. Criado com o objetivo de realizar pesquisa cien-tífica em manejo e conservação de ambientes e territórios utilizados por povos e comunidades tradicionais em apoio às Unidades de Conservação federais, uma série de pesqui-sas vem sendo realizadas sobre as temáticas “Caça de Sub-sistência”; “Etnoconhecimento Zooterápico” e “Manejo Participativo de Tracajá”. O entorno da Resex Chico Men-des e as Florestas Nacionais do Macauã e do São Francisco também já foram objeto de estudo.

“há muito que se comemorar, foram anos de muito trabalho, desafios e conquistas até conseguir estruturar esta Unidade descentralizada do Instituto Chico Mendes na capital do Acre. Temos um quadro reduzido de servidores, mas que sempre perseguiu a missão de produzir conhecimentos relacionados a sociobiodiversidade em apoio à gestão dessas Unidades”, afir-mou a responsável pela base, Rosenil de Oliveira.

Foram sete projetos aprovados em editais de pesquisas, sen-do seis executados na íntegra; participação em oito eventos científicos nacionais e cinco estaduais, com produção de sete resumos científicos; duas orientações de pós-graduação; três participações em banca de conclusão de curso; mais de 15 palestras proferidas; além de outras contribuições ao Insti-tuto em diversas temáticas.

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palestras que abordaram temas como A Reserva Biológica do Jaru e sua Perspectiva no Desenvolvimento de Pesqui-sas Científicas; Bioecologia de Plagioscion squamosissimus (Perciformes, Scianidae) na Bacia do Rio Machado em Ron-dônia e Programa LBA - Uma síntese dos estudos realiza-dos na Rebio Jaru.

Durante este ano, sete pesquisas foram desenvolvidas na Unidade e contribuíram para o conhecimento da área. A proposta da equipe é fomentar a pesquisa e realizar o semi-nário todos os anos, divulgando a Rebio Jaru, consolidando novas e antigas parcerias e promovendo atividades que con-tribuam no cumprimento dos objetivos da UC.

A Reserva Biológica (Rebio) do Jaru (RO) realizou no dia 27 de novembro, no auditório do Centro Universitário Lu-terano de Ji-Paraná, o III Seminário de Pesquisa da Rebio Jaru. O evento reuniu cerca de 100 participantes, entre aca-dêmicos e docentes das universidades e centros de pesquisa da região, representantes de instituições da área ambiental e parceiros da Unidade de Conservação (UC).

O objetivo foi divulgar as pesquisas científicas realizadas na unidade e, consequentemente, atrair novos projetos de pes-quisa e estudos. Durante o seminário, foram ministradas

Reserva Biológica do Jaru realiza seminário de pesquisa

Pesquisas realizadas na Rebio contribuem para o conhecimento da área da Unidade

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Base do CNPT no Acre realizou uma série de ações nas UCs do estado

Torre de pesquisa do projeto LBA

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Servidores do Instituto Chico Mendes que participaram ao evento

Em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), o ICMBio organizou ainda um evento paralelo, “side event”, que contou com o apoio da Fundação Moore e da agên-cia de cooperação alemã GIZ. O objetivo foi apresentar a iniciativa intitulada “Práticas Inovadoras”, cuja finalidade é conhecer, registrar e compartilhar as práticas inovadoras desenvolvidas pelos gestores das Unidades de Conservação (UCs) federais.

A PROMESSA DE SyDNEy

As discussões e grupos de trabalho do Congresso Mundial de Parques resultaram em um documento final, denomina-do “A Promessa de Sydney”, que define uma agenda com recomendações de diversos atores (ONGs, lideranças co-munitárias e indígenas, setor privado, academia e governos). A ideia central do documento é que o desenvolvimento hu-mano possa acontecer cada vez mais em harmonia com a conservação da natureza e dos modos de vida tradicionais.

Entre outros compromissos, os países signatários prome-tem intensificar a proteção de paisagens, zonas úmidas e marinhas; apoiar áreas conservadas por povos indígenas, comunidades locais e entidades privadas; investir em solu-ções que ajudem a impedir a perda da biodiversidade; redu-zir o risco e impacto dos desastres; melhorar a segurança alimentar e hídrica; responder à mudança climática e inspi-rar as pessoas para que experimentem a maravilha da natu-reza através de áreas protegidas.

Além disso, os países também assumiram compromissos específicos para conservar seus ecossistemas. A anfitriã Austrália, por exemplo, se comprometeu a investir AU$ 14 milhões na defesa de espécies ameaças em parques nacio-nais e na área marinha, enquanto o Brasil prometeu prote-ger 5% de sua área costeiro-marinha e consolidar a proteção de 60 milhões de hectares da Amazônia até 2020.

Os resultados do Congresso foram apresentados em uma carta redigida pelos servidores do ICMBio, que pode ser acessada em http://migre.me/np2hO.

ICMBio participa do Congresso Mundial de Parques na Austrália

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversida-de (ICMBio) participou do Congresso Mundial de Parques, realizado em Sydney, Austrália, entre 12 e 19 de novembro. O evento ocorre a cada dez anos e reúne especialistas de todo o mundo para discutir a situação das áreas protegidas ao redor do planeta, além de definir uma agenda voltada para a conservação dessas regiões na próxima década.

Promovido desde 1962 pela União Internacional pela Con-servação da Natureza (UICN), o Congresso Mundial de Parques é o único fórum global dedicado às áreas protegi-das, como parques nacionais, reservas extrativistas e terras indígenas. Este ano, cerca de 170 países enviaram represen-tantes ao evento, que reuniu mais de 6 mil participantes.

Tendo em vista que, em um mundo com população de 7 bilhões de pessoas, é cada vez mais necessária a inserção do

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ser humano na gestão e no dia a dia das áreas protegidas, o Congresso optou pelo tema “Parques, pessoas e plane-ta, inspirando soluções” como fio condutor do debate em 2014. Durante o evento, muitas apresentações destacaram a importância da conservação da natureza enquanto estra-tégia de valorização e desenvolvimento local, promovendo o envolvimento da sociedade e o sentido de pertencimento.

“Ficou evidente que casos bem sucedidos de conservação são aqueles que envolvem parcerias dos mais diversos tipos, sejam elas de gestão territorial integrada, gestão compar-tilhada, cogestão com comunidades locais, programas de voluntariado, articulações com o setor privado, universida-des, ONGs, dentre outros”, avaliou a assessora da Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação (Disat), Tatiana Rehder, que in-tegrou o grupo do ICMBio presente no Congresso.

ExPERIêNCIA BRASILEIRA

De acordo com os servidores do Instituto Chico Mendes que compareceram ao evento, a dimensão do sistema bra-sileiro de áreas protegidas e a imensa diversidade de nossos ecossistemas geram uma expectativa mundial em relação à participação do Brasil no fórum.

Segundo eles, a experiência brasileira encontra-se avançada em vários aspectos que mereceram ser compartilhados: a extensão do sistema de áreas protegidas, a diversidade de categorias que potencializa uma gestão territorial mais com-plexa, o arcabouço legal, algumas experiências de financia-mento e de gestão (como o Programa Áreas Protegidas da Amazônia – Arpa) e o investimento continuado em capa-citação a partir da consolidação da Academia Nacional da Biodiversidade (Acadebio).

“Por outro lado, ainda precisamos avançar nas estratégias de comunicação e divulgação das áreas protegidas, na utilização de novas tecnologias para auxiliar a gestão, a fiscalização e o monitoramento, bem como na efetivação da participação social no processo de gestão”, pontuou Tatiana Rehder.

Congresso Mundial de Parques foi realizado de 12 a 19 de novembro

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A Divisão de Monitoramento e Informações (DMIF/CG-PRO) disponibilizou na intranet, no formato shape e kmz, os polígonos de desmatamento preliminar 2014 nas Unidades de Conservação (UCs), medidos pelo Projeto de Monitora-mento do Desflorestamento na Amazônia (PRODES).

O PRODES registra como desmatamento as áreas supe-riores a 6,25 hectares que tenham sofrido o corte raso, que é a remoção completa da cobertura florestal. Para gerar essa primeira estimativa, o Instituto Nacional de Pesqui-sas Espaciais (Inpe) analisou 89 imagens nas regiões onde foram registradas aproximadamente 93% do desmatamen-to no período anterior (agosto/2012 a julho/2013), con-forme a imagem ao lado.

Até o momento, foram registrados 14.679,27 hectares des-matados em 2014. No ano de 2013, em relação ao mesmo período, foram mapeados 18.398,8 hectares (PRODES Pre-liminar). O resultado consolidado deve ser apresentado até

Dados do PRODES Preliminar 2014 já estão disponíveis na Intranet

o próximo semestre e pode variar para mais ou para menos 10% do valor estimado.

Com a disponibilização dos dados PRODES Preliminar 2013, a DMIF espera contribuir para ações de proteção nas UCs. Além disso, busca, também, com a colaboração das UCs, diferenciar os desmatamentos legais e ilegais e, para isso, disponibiliza a tabela de apuração dos alertas, que deve ser preenchida pela Unidade e retornada à DMIF.

Os polígonos de desmatamento PRODES Preliminar 2014 po-dem ser baixados pela intranet, fomato shape ou kmz, ou aces-sados pelo servidor de mapas do ICMBio. A DMIF também se coloca à disposição dos gestores das Unidades de Conservação e equipes de campo para auxiliar na elaboração de mapas-guia e para manifestações técnicas em processos administrativos acerca do uso de geotecnologias. Para isso, basta encaminhar a solicitação para [email protected].

“Planejamento em recreação”, “Tipos de concessão em ou-tros países”, “Contratos e negociações em concessão”, “Par-cerias com universidades”, “Mensurando a capacidade para novos usos e monitorando impactos” e “Gerenciando a rela-ção com as operadoras” são algumas das conferências previs-tas na programação do evento.

Segundo Nogueira, as palestras e debates têm como objeti-vos principais refletir sobre as concessões e o uso público nas UCs federais, aprimorar o atual protocolo de monitoramen-to dos contratos de concessão e capacitar os servidores do ICMBio para lidar com essas questões. “O Serviço Flores-tal dos Estados Unidos é uma instituição com mais de 100 anos de existência e os problemas que enfrentamos hoje são muito parecidos com os que eles já enfrentaram. Com este workshop, podemos aprender com a experiência deles e mi-nimizar possíveis erros”, destacou o coordenador.

Para a representante dos Programas Internacionais do Ser-viço Florestal norte-americano, Michelle Zweede, a parceria entre a USAID e o governo brasileiro tem gerado bons re-sultados. “Nos Estados Unidos, são 77 milhões de hectares de florestas nacionais e 30 mil funcionários. Temos muitas experiências para compartilhar”, afirmou. Ainda de acordo com Michelle, o Brasil tem avançado em treinamentos e ca-pacitações para seus servidores ambientais.

Por outro lado, como o processo de aprendizagem é uma via de mão dupla, também serão compartilhados aspectos positi-vos do trabalho desenvolvido aqui. “Os Estados Unidos podem aprender bastante com a experiência brasileira no que se refere às comunidades tradicionais, que cumprem um papel muito im-portante na gestão das áreas protegidas”, concluiu Zweede.

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Oficina discute concessões e uso público nas Unidades de Conservação

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Termina hoje (12) o “Workshop de Concessões e Usos Espe-ciais”, promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conser-vação da Biodiversidade (ICMBio) em parceria com o Servi-ço Florestal norte-americano e com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). O evento teve início na terça-feira (9), no centro de visitantes do Parque Nacional de Brasília.

De acordo com o coordenador da Divisão de Serviços de Apoio à Visitação do ICMBio, Jorge Nogueira, cerca de 35 servidores, entre analistas ambientais e gestores de Unida-des de Conservação (UCs) de diversas partes do Brasil, es-tão reunidos na capital federal para participar do workshop. As oficinas são ministradas pelos convidados estrangeiros, sendo quatro instrutores e uma representante dos Programas Internacionais do Serviço Florestal dos Estados Unidos.

Cerca de 35 gestores e analistas ambientais de UCs participaram do workshop

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“O curso era um sonho antigo dos extrativistas das duas Reservas, que agora se tornou realidade e motivo de or-gulho para as famílias que lutaram pela criação das UCs e buscam políticas públicas nas áreas de educação, saúde e moradia”, afirmou Rosi Batista, chefe da Resex. Ela desta-cou a importância da formação dos jovens profissionais, a maioria deles da Resex do Médio Juruá, para a melhoraria das técnicas das atividades extrativistas, visando as ações de geração de renda e a qualidade de vida das populações, além de colaborar na gestão das Unidades de Conservação e organizações sociais.

Os jovens extrativistas também tiveram a oportunidade de participar de um curso de 80 horas para elaboração de Planos de Negócios. Com as duas capacitações, eles agora estão ap-tos a colaborarem na assistência técnica, que é o maior garga-lo na região. “Em nome da turma agradeço o apoio de cada instituição que fez parte dessa história, dos amigos e amigas que nos apoiaram, torceram por nós e embarcaram na aven-tura de buscar conhecimento, aprendizado para compreender melhor a vida”, ressaltou Jose Maic, um dos jovens capacita-dos e morador da comunidade São Raimundo.

A iniciativa foi realizada pela Fundação Amazonas Susten-tável (FAS) e teve como responsável técnico pedagógico o Centro de Educação Tecnológico do Amazonas (Cetam). O curso contou ainda com o apoio de diversas instituições, en-tre elas Instituto Chico Mendes, Centro Estadual de Unida-des de Conservação do Amazonas (CEUC), Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC), Prefeitura de Carauari, Natura, Coca Cola e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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Jovens extrativistas do Médio Juruá participam de capacitação

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Pesquisa realizada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA) foi pre-miada no dia 2 de dezembro, durante a xVI Reunião de Trabalho de Especialistas em Mamíferos Aquáticos da América do Sul, realizada em Cartagena de Índias, na Co-lômbia. A pesquisa “Estimativa populacional e distribui-ção de peixes-bois marinhos Trichechus manatus (SIRE-NIA: TRIChEChIDAE) na Bacia Potiguar, Brasil” foi selecionada entre as três pesquisas mais relevantes para a conservação dos sirênios na América Latina.

A pesquisa foi realizada no âmbito do Projeto de Monitora-mento de Sirênios na Bacia Potiguar e teve como objetivo realizar a estimativa populacional de peixes-bois por meio de sobrevoo. Foram percorridos 3.543km em um avião bimotor. As avistagens foram mais frequentes em áreas com até 5 m de profundidade, possivelmente porque áreas mais rasas sejam mais apropriadas para a alimentação e devido à sua proximi-dade com fontes de água doce. A abundância de peixes-boi na Bacia Potiguar foi estimada em 193 indivíduos, indicando uma densidade relativamente baixa para essa região.

A equipe responsável pelo planejamento, coleta e análise de dados foi composta pelos pesquisadores Iran Normande, Fábia Luna e Patrícia Savaget, do CMA; Cristine Negrão e Amanda Vasconcelos, da Associação de Pesquisa e Preserva-ção de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis); Flávio Lima e Iraê Terra, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN); e Alexandre Zerbini da National Oceanic and At-

CMA recebe prêmio em congresso internacional

mospheric Administration (NOOA) e Instituto Aqualie.

O comitê julgador do Simpósio de Estudos e Conservação de Sirênios na América Latina – composto pelos renomados pesquisadores John Reynolds (EUA), Benjamin Morales (México) e Lorenzo von Fersen (Alemanha) – premiou o tra-balho por julgar que ele contribuiu de forma significativa com a conservação dos peixes-bois na América Latina.

O projeto de monitoramento foi coordenado pelo CMA, executado em conjunto com a Aquasis e a UERN e gerido financeiramente pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Ele foi viabilizado por meio de uma condicionante ambiental exigida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), durante o licen-ciamento para exploração pela Petrobras de dois blocos de petróleo na Bacia Potuguar (RN/CE).

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Jovens da Reserva Extrativista (Resex) do Médio Juruá (AM) receberam recentemente o diploma de técnicos de Produção Sustentável em Unidades de Conservação. O evento ocorreu no Núcleo de Conservação e Apoio ao Empreendedorismo Sustentável – Padre João Derickx, localizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari.

Um total de 45 jovens extrativistas, incluindo moradores da RDS, participaram, durante o curso, de disciplinas fundamentais para a sua formação, incluindo Noções de Organização Social e Cultura Amazônica, Sistemas Agroecológicos de Produção Agrof lorestal, Matemática Aplicada ao Terceiro Setor, Fundamentos de Gestão do Terceiro Setor, Gestão Empreendedora de Projetos de Sustentabilidade., Metodologia para Elaboração de Pro-jetos Técnicos, Sustentabilidade e Serviços Ambientais e Certificação de Produtos Agrof lorestais.

Jovens extrativistas receberam diploma de técnicos de Produção Sustentável em Unidades de Conservação

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Estimativa populacional de peixes-bois, realizada por equipe do CMA, foi selecionada entre as três pesquisas mais relevantes

para a conservação dos sirênios na América Latina

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18 19Sexta-feira, 13 de junho de 2014 Edição 298

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Os primeiros colocados receberam um vale para uma visita

embarcada pela APA de Guapi-Mirim; os segundos coloca-

dos, entradas para a sede do Parque Nacional da Serra dos

Órgãos; e os terceiros colocados, entradas para a sub-sede

de Guapimirim do mesmo Parque.

Durante todo o dia os presentes puderam passear pelos es-

tandes de entidades e produtores locais e também contemplar

uma exposição de fotos dos irmãos Melo. A festa foi encerra-

da com todos os presentes cantando um belo “parabéns pra

você” para a APA de Guapi-Mirim e desejando mais muitos

anos de existência e conservação do último grande remanes-

cente de manguezais da Baía da Guanabara.

conta do palhaço Carambola, que durante todo o dia rea-lizou atividades e divertiu as crianças presentes no even-to. Ao final da pausa para o almoço, música boa para ani-mar a tarde, com show acústico da artista Jaquie Livino.

No período da tarde as atividades tiveram continuidade, dessa vez com visita guiada ao minhocário, viveiro de mudas e semeadura de mudas. Muitos participantes se detiveram por um longo tempo no minhocário, intriga-dos com a qualidade da terra cuja matéria-prima eram so-mente as cascas de legumes do almoço dos funcionários e folhas caídas das árvores.

Durante o evento, também foi realizada a premiação dos concursos de desenho (educação fundamental 1), redação (educação fundamental 2 e ensino médio) e fotografia.

19www.icmbio.gov.br18 ICMBioem foco

Edição 324Sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Nem a chuva que caiu sobre a sede da Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim (RJ) foi capaz de desanimar os 200 convidados que compareceram à comemoração de 30 anos da Unidade de Conservação (UC), realizada em 15 de novembro. O dia permaneceu cinza, chuvoso, mas ainda assim especial e muito animado para todos os presentes que participaram da festa e de suas atividades.

A mesa de abertura do evento contou com Maurício Muniz, chefe da APA; Klinton Senra, chefe da Esta-ção Ecológica da Guanabara e chefe substituto da APA; Marcia hirota, diretora da SOS Mata Atlântica; e Ca-mila Takahashi, coordenadora do Funda Guanabara. Na oportunidade, foram ressaltados a importância da APA de Guapi-Mirim e o trabalho que vem sendo desenvolvi-do ao longo do tempo, com resultados concretos.

Durante todo o dia, uma série de atividades foram reali-zadas. O plantio de mudas contou com aproximadamen-te 120 pessoas e foi realizado na margem esquerda do rio Guapi-Mirim. O terreno era usado para pasto até 2010,

Comemoração marca aniversário de 30 anos da APA de Guapi-Mirim

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Evento apresentou programação variada, com a participação de cerca de 200 convidados

quando começaram ações voluntárias para recuperação da área. Muitas árvores já têm mais de 4 metros e enche-ram de orgulho aos que estiveram em eventos anteriores. O objetivo dessa vez foi adensar e ampliar a área, tendo sido plantadas 330 mudas.

A retirada de lixo das margens do rio Guapimirim foi realizada por 20 pessoas, utilizando cinco barcos. Nessa ação simbólica, o intuito não era a quantidade de lixo retirada, mas sim discutir com os participantes a questão da disposição inadequada de resíduos sólidos. Ainda as-sim, foram coletados cerca de 70 quilos de material em aproximadamente uma hora. O material foi triado e os recicláveis foram encaminhados para uma cooperativa local de catadores – CooperAção Bongaba.

Os participantes da atividade de observação de aves fo-ram conduzidos embarcados até uma área de transição entre mata firme e manguezal. Os observadores de aves e fotógrafos amadores Daniel e Gabriel Melo conduziram a atividade de forma voluntária, que atingiu o limite es-tipulado de 25 pessoas. Já a recreação infantil ficou por

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20 21Sexta-feira, 13 de junho de 2014 Edição 298www.icmbio.gov.br20 ICMBioem foco

A Reserva Biológica (Rebio) de Santa Isabel (SE) realizou uma oficina para formação do seu Conselho Consultivo, que vai contribuir com a implantação de ações destinadas à pre-servação da Unidade de Conservação (UC). O evento acon-teceu no dia 27 de novembro e reuniu representantes de 34 instituições públicas e da sociedade civil organizada que têm atuação na Rebio.

Será papel do Conselho Consultivo participar efetivamente da gestão da UC, tratando de questões ambientais, sociais, econômicas e culturais, prevenindo problemas e indicando soluções. O chefe da Rebio de Santa Isabel, Paulo Faiad, destaca que com os conselheiros a sociedade passa a ter voz efetiva na gestão da UC. “Após a publicação da portaria de criação e posse dos conselheiros, caminharemos para a capa-citação e preparação do grupo para que tenhamos uma ges-tão efetivamente participativa”, explica.

A oficina foi aberta com um breve histórico sobre os obje-tivos da Reserva Biológica, seus desafios e suas potenciali-dades, apresentados por Paulo Faiad. Em seguida, a analista ambiental Luciana Viana destacou a importância da forma-ção do Conselho Consultivo para a Unidade, que completou 26 anos de sua criação. Depois, os participantes passaram a compor grupos para traçar conexões entre instituições e ações desenvolvidas na Rebio e seu entorno imediato, coor-denado pelo analista ambiental Paulo Cezar Bastos.

O evento contou ainda com a participação da analista am-biental da Coordenação Regional 6 (CR6) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Cláu-dia Cunha, que atuou na moderação e na aplicação de ferra-mentas participativas, permitindo que a indicação dos con-

Rebio Santa Isabel realiza oficina para formação do Conselho Consultivo

selheiros ocorresse com a cooperação efetiva dos presentes. “A oficina representou um momento de grande importância para a Rebio, por reunir diferentes instituições, de diferentes segmentos da sociedade, para pensar a Reserva Biológica de Santa Isabel em um contexto regional, representando mais um passo na inserção da sociedade na gestão daquela Unida-de”, explicou Cláudia.

A chefia da UC já encaminhou os ofícios às instituições indi-cadas para que informem se aceitam ser conselheiras e indi-quem titular e o suplente. O próximo passo é a publicação da portaria no Diário Oficial da União.

Para a realização da oficina, a Rebio de Santa Isabel contou com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Tabuleiros Costeiros, da professora de Pirambu (SE) Jucileide Tavares, da Coordenação de Gestão Participa-tiva e da CR6 do ICMBio.

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21Edição 324Sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

critos submetidos”, ressaltou a analista ambiental Patrícia Serafini. Para ter acesso a esta edição da revista, bem como aos números anteriores e informações sobre como subme-ter novos artigos, basta acessar o link http://cemave.net/ornithologia/index.php/ornithologia.

Já está disponível para o público interessado a nova edição da Revista Ornithologia, periódico científico do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave). Neste volume, estão reunidos ar-tigos e pesquisas sobre sítios reprodutivos, novas ocor-rências, dormitórios e alimentação da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari).

Esta edição também traz registro e implicações sobre a ocorrência de pica-pau-do-parnaíba (Celeus obrieni) e dados sobre aves recebidas pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Minas Gerais. A revista Or-nithologia oferece acesso livre ao seu conteúdo, disponibi-lizando o conhecimento científico com intuito de subsidiar a gestão e conservação de aves no Brasil.

“A publicação somente foi possível com o apoio do grupo de especialistas que revisam voluntariamente os manus-

Cemave publica nova edição da revista Ornithologia

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Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) com colar de monitoramento

Participantes durante a oficina para formação do Conselho Consultivo da Rebio Santa Isabel

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22 23Sexta-feira, 13 de junho de 2014 Edição 298www.icmbio.gov.br22 ICMBioem foco

23Edição 324Sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Os gestores da Floresta Nacional (Flona) de Nísia Floresta (RN) e pesquisadores da Universidade Federal do Rio Gran-de Do Norte (UFRN) realizaram um minicurso sobre rép-teis e anfíbios aos moradores que residem próximo à Uni-dade de Conservação (UC). O curso, que aconteceu no dia 28 de novembro, apresentou os resultados preliminares do levantamento de répteis e anfíbios da Flona, que se encontra em andamento, e ofereceu aos participantes uma capacitação básica sobre esses animais no intuito de aproximar a popula-ção das atividades desenvolvidas na UC.

Devido ao crescimento urbano, a chefe da Flona, Patrícia Macedo, explica que este tipo de ação ajuda na preservação

Minicurso sobre répteis e anfíbios é realizado na Floresta Nacional de Nísia Floresta

da biodiversidade local. “Próximo à Flona estão construin-do vários condomínios residenciais. Estamos realizando diversas atividades de educação ambiental para as pessoas conhecerem e valorizarem a unidade”, reforça Patrícia.

O minicurso foi ministrado pelo pesquisador Willianilson Pessoa e teve colaboração do professor doutor Adrian Gar-da, ambos do Departamento de Botânica e Zoologia da UFRN. Participaram do evento 50 pessoas, entre membros do Conselho Consultivo da UC, professores de escolas da região e moradores do entorno da Flona.

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“A ação foi muito bem avaliada por nós, do ICMBio, pelo Ibama e pela Polícia Militar Ambiental. O resultado do tra-balho antes, durante e depois, ou seja, planejamento, exe-cução e avaliação da operação, foi bastante positivo. Mos-trou que se não houver presença dos órgãos competentes no entorno, fica complicado coibir os ilícitos ambientais dentro do Parque”, finalizou Nascimento.

A operação de fiscalização compreendeu toda a parte capixaba da Unidade de Conservação e chegou aos mu-nicípios Dores do Rio Preto, Divino de São Lourenço, Ibitirama, Irupi e Iuna.

O Parque Nacional do Caparaó (MG/ES) promoveu em novembro uma operação de fiscalização para combater crimes ambientais dentro e no entorno da Unidade de Conservação (UC). A ação, que aconteceu entre os dias 14 e 17, foi realizada pela primeira vez de forma integra-da com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Militar Ambiental do Espírito Santo.

“É a consolidação de uma parceria que aumenta a presença dos órgãos ambientais dentro do nosso Parque e nas regiões que ficam no nosso entorno. Essa ação foi desenhada para acontecer de forma integrada, algo que não acontecia há muito tempo. Com o trabalho em equipe, cada instituição desenvolveu suas competências, que são distintas, porém complementares com sucesso”, comemorou Anderson de Oliveira Nascimento, chefe do Parque Nacional.

A fiscalização teve foco estratégico na caça, extração de palmito, captura e cativeiro irregular de aves e constru-ções ilegais em áreas de proteção permanentes. Durante os três dias de operação, foram apreendidas 30 aves sil-vestres, fechados dois criadouros ilegais e apreendidas quatro armas de caça.

Parque Nacional combate crimes ambientais

Conselheiros, professores e moradores do entorno da Flona participaram da capacitação

Servidores do ICMBio, Ibama e Polícia Militar Ambiental participaram da operação

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24 25Sexta-feira, 13 de junho de 2014 Edição 298

Servidores podem contribuir para Avaliação das Necessidades de Capacitação

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25Edição 324Sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

visitação não bateu o recorde dos anos anteriores.

“O Parque Nacional da Serra dos Órgãos vem se destacando na região como um espaço para a realização de turismo de aventu-ra, e diversos projetos vem sendo desenvolvidos para que essa posição seja consolidada, como os Caminhos da Serra do Mar e Embaixadores do PARNASO”, destacou Leandro.

Serra dos Órgãos registra recorde de visitação

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ) completou 75 anos de existência em novembro e em 2014 já registrou número recor-de de visitação. Procurado por uma enorme gama de visitantes, a Unidade de Conservação (UC) recebe pessoas do mundo inteiro, com público que varia desde crianças e pessoas com dificuldade para se locomover até escaladores dos mais experientes.

O Parque tem um forte apelo de visitação no inverno, pois a épo-ca do ano é propícia à prática do montanhismo. Entretanto, o auge da visitação é durante os meses de dezembro a fevereiro, período das férias de verão, quando os moradores, principalmen-te do entorno, vem à Unidade para se refrescar nos belos poços, cachoeiras e na piscina natural da sede de Teresópolis.

Segundo Leandro Goulart, chefe da UC, a visitação tem aumen-tado gradualmente no decorrer dos anos. Até outubro, a visitação já tinha superado em mais 45 mil o antigo recorde, que foi de 137.972 visitantes no ano de 2012. O mês de janeiro foi o que mais se destacou dentre os outros, quando a quantidade de visi-tantes foi quase sete vezes maior em relação ao mesmo período do ano passado. De todos os meses, julho foi o único no qual a

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Visitantes na Travessia Petrópolis-Teresópolis, um dos principais atrativos da parte alta do Parque

do Instituto Chico mendes e também de instituições ex-ternas, mesmo que o convidado não utilize o Expresso Livre. Na sala, até 18 participantes podem se comunicar por áudio, vídeo e chat, além de ser possível comparti-lhar arquivos ou até mesmo a visão da tela de um com-putador com uma apresentação de slides.

“Com a capilaridade da nossa instituição, esta é uma funcionalidade que contribui para a comunicação en-tre os diversos setores e as unidades descentralizadas. Esperamos, com o novo serviço de correio eletrônico, contribuir para o f luxo de informações do Instituto Chico Mendes”, destacou Carlos Lacerda, coordenador de Tecnologia da Informação (Cotec/Diplan).

A Cotec realizará na próxima segunda-feira (15), às 14h30, uma nova palestra para apresentar novamente as funcio-nalidades do ExpressoV3, oportunidade de os usuários es-clarecem as dúvidas que surgiram na primeira semana de uso da ferramenta. O evento será transmitido ao vivo pelo endereço http://assiste.icmbio.gov.br.

Já está em funcionamento desde segunda-feira (8) o Ex-pressoV3, novo serviço de correio eletrônico do Ins-tituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversida-de (ICMBio). Nesta terceira versão do Expresso Livre estão disponíveis uma série de funcionalidades, todas divulgadas passo a passo no tutorial, que pode ser aces-sado em http://migre.me/nooy0.

E-mail criptografado, criação de f iltros, chat, webcon-ferência, criação de eventos e envio de convite aos par-ticipantes são algumas das novidades apresentadas no serviço. Além disso, o espaço para armazenamento das mensagens aumentou. Agora, a Caixa de Entrada tem 1GB e o Arquivo Remoto, 5GB. Com isso, não será mais possível real izar redirecionamentos para prove-dores de e-mail particulares.

Uma das novidades apresentadas pelo ExpressoV3 é a web conferência. A funcionalidade permite o envio de convite para participação a servidores e colaboradores

Expresso V3 entra no ar

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Curtas

27Edição 324Sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Unidades de Boa Nova formam Conselho Consultivo

Com o intuito de consolidar as Unidades de Conser-vação federais situadas no município de Boa Nova (BA) e promover o envolvimento, a representativida-de e a efetividade da participação de diferentes seg-mentos sociais da região, o Refugio de Vida Silvestre e o Parque Nacional de Boa Nova (BA) realizaram no dia 3 de dezembro a reunião de formação do Con-selho Consultivo das duas Unidades de Conservação (UCs). Após intenso trabalho de mobilização junto aos órgãos governamentais e entidades da sociedade civil organizada, participaram da reunião 19 repre-sentações de diversos setores. Com esse importante passo, as UCs buscam a integração com diferentes ór-gãos para promover a melhoria da qualidade de vida na região, bem como a valorização e integração de diferentes formas de saber, especialmente os saberes,

práticas e conhecimentos das populações tradicio-nais e principalmente buscar a legitimidade das representações e a equidade de condições de par-ticipação.

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Participaram da reunião 19 representações de diversos setores

Segundo Zuth Coelho, analista ambiental e coordenador do Núcleo de Logística e Proteção, “normalmente os carangue-jos são extraídos de dentro das Unidades de Conservação e encaminhados para as feiras mais próximas nos municípios ou às vezes para pontos estratégicos, como margens de ro-dovias federais e comércios locais.

A APA de Guapi-mirim vem desenvolvendo, há vários anos, um intenso trabalho de sensibilização no período que an-tecede o defeso da espécie. Durante o defeso os catadores de caranguejo recebem um auxílio governamental de um salário-mínimo para não capturarem animais dessa espécie. A fiscalização ocorre para assegurar ao máximo que os pes-cadores respeitem esse período.

Guapimirim realiza ações de fiscalização durante período de defeso do caranguejo uçá

Nos dias 29 e 30 de novembro, a Área de Proteção Ambien-tal (APA) de Guapi-Mirim e a Estação Ecológica (Esec) da Guanabara (RJ) coordenaram uma operação de fiscalização referente ao defeso do caranguejo uçá (Ucides cordatus). Na região Sudeste, o defeso da espécie ocorre de outubro a de-zembro, sendo que nesse último mês a proibição é somente para as fêmeas. Nesse período são proibidos pesca, comer-cialização, manutenção em cativeiro, transporte, industriali-zação, armazenamento e beneficiamento do animal.

Em conjunto com o Comando de Polícia Ambiental do Rio de Janeiro e secretarias municipais de Itaboraí, foram rea-lizadas ações em vários pontos de comércio dessa espécie. Paralelamente, a Secretaria de Meio Ambiente de Niterói realizou ações no município. Como resultado, mais de 3700 animais foram apreendidos. Desses, apenas 1,5% não resis-tiu até ser novamente solto na APA de Guapi-Mirim.

Nas cidades da porção leste da Baía de Guanabara, o ca-ranguejo uçá, que é bastante apreciado pela população, é oriundo sobretudo da APA de Guapi-Mirim, Unidade de Conservação que abrange o maior remanescente de man-guezal do estado. “O uçá depende do manguezal e o man-guezal depende do uçá. Esse caranguejo promove aeração do substrato e também acelera a ciclagem de nutrientes, pois ele corta as folhas das árvores para se alimentar. Muitos pe-daços pequenos caem e são ingeridos por outras espécies ou decompostos mais rápidos que uma folha inteira”, informa Mauricio Muniz, chefe da APA.

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Caranguejos apreendidos em ações de fiscalização

Curso sobre Manifestação para o Licenciamento Ambiental

O Instituto Chico Mendes está realizando, entre os dias 8 a 12 de dezembro, o Curso sobre Manifesta-ção para o Licenciamento, no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cep-ta), em Pirassununga (SP). O evento de capacitação tem como objetivo fornecer subsídios para a análise do licenciamento ambiental, abordando conceitos e a base legal, bem como os procedimentos da matéria ambiental que compete ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O curso, de 48 horas/aula, divide-se em quatro módulos: Ges-tão Ambiental Pública, O Processo de Licenciamento Ambiental, Procedimentos para Manifestação do Ins-

tituto Chico Mendes nos Processos de Licencia-mento Ambiental e parte prática (estudos de caso).

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Curso busca fornecer subsídios para análise do licenciamento ambiental

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Curtas

29Edição 324Sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Deu no DOU

As composições dos Conselhos das Florestas Nacionais de Ritápolis (MG) e de Brasília (DF), da Reserva Extrativista de Cassurubá e dos Parques Nacionais do Caparaó (MG/ES) e do Iguaçu (PR) foram modificadas. As portarias estão disponíves em http://migre.me/

nocvn. Já as Reservas Extrativistas de Cururupu (MA) e Chocoaré Mato-Grosso (PA) tiveram aprovado o Perfil da Família Beneficiária. Os documentos podem ser acessados em http://migre.me/nocxf e http://migre.me/noczT.

CMA participa de simpósio sobre conservação de animais aquáticos

Equipe técnica do Centro Nacional de Pesquisa e Con-servação de Mamíferos Aquáticos (CMA) participou, em 28 de novembro, do Simpósio Internacional de Medici-na Veterinária de Conservação de Animais Aquáticos (SIMEVECA), realizado pela Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa), no Centro de Convenções de Pernambuco. Na ocasião, Fernanda Löffer, coordenadora substituta do CMA; Iara Sommer, analista ambiental do Centro; e Augusto Boa-viagem, médico veterinário do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do CMA, ministraram palestras para estudantes, professores e profissionais da área de veterinária. “A participação do CMA em um evento como este nos permite divulgar nossas atividades com

foco nas espécies ameaçadas, além de despertar o interesse para oportunidades de trabalhos com con-servação de mamíferos aquáticos, visando preencher lacunas do conhecimento”, comentou Iara.

Ace

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CMA

Equipe técnica do CMA

Servidores participam de curso sobre o Siape

Novos analistas e técnicos administrativos da Coor-denação-geral de Gestão de Pessoas (CGGP) partici-param em novembro dos cursos SIAPE Cadastro e SIAPE Folha de Pagamento, ministrados pelos mul-tiplicadores Raimundo Gutemberg Fonseca da Rocha e Marcílio Rodrigues Martins, respectivamente. Com carga horária de 40 horas cada curso, a capacitação exigiu bastante disposição das turmas em aprender mais sobre as funcionalidades dos sistemas e seus co-mandos, e assim obter melhor capacitação na utiliza-ção destas importantes ferramentas. Como nem todos os servidores que usam o Sistema Integrado de Ad-ministração de Recursos humanos (Siape) puderam ser inclusos nesta oportunidade, novas turmas estão previstas para o primeiro semestre de 2015. Também participaram dos cursos, realizado na sede do Institu-

to Chico Mendes, servidores da Fundação Nacio-nal do Índio (Funai) e do Departamento de Polícia Federal (DPF). A capacitação foi promovida pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio do seu Programa Multiplicadores, e pela Divisão de Educação Corporativa da CGGP.

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ilo F

rede

rico

Analistas e técnicos participaram do curso, que tem novas turmas previstas em 2015Flona Araripe-Apodi renova Conselho

Dia 5 de dezembro, no Centro de Visitantes da Floresta Nacional (Flona) do Araripe-Apodi (CE), aconteceram as eleições gerais para renovação do Conselho Consultivo da Unidade de Conservação (UC). Em um clima de tranquilidade, foram eleitos para o biênio 2015-2016 representantes de órgãos públicos, organizações não governamentais, movimentos sociais e comunidades do entorno da UC. O chefe da Flona,

Willian Brito, faz uma avaliação positiva da eleição: “Foi um processo bonito, transparente, empolgante, com três votações para superar os empates. O processo foi bem divulgado na imprensa, de forma que quem quis pode tomar parte. A Flona ganhou um Conselho legítimo e representativo, com 19 membros, que encontrará muito trabalho pela frente”.

Espécies Ameaçadas

O Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Tubarões e Raias Marinhos Ameaçados de Extinção foi aprovado e seu Grupo de Assessoramento Técnico para

acompanhar sua implementação e realizar a monitoria foi instituído. As portarias podem ser acessadas em http://migre.me/nocGp e http://migre.me/nocF6.

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30 31Sexta-feira, 13 de junho de 2014 Edição 298 3130 3130

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT)

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Fotos: Zig Koch

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ICMBio em FocoRevista eletrônica semanal

Editores

Gustavo Frasão Caldas - jornalistaIvanna Costa Brito Fotógrafo da DCOM

Leonardo Milano

Projeto Gráfico

Eduardo Giovani Guimarães

Diagramação

Narayanne Miranda

Supervisor

João Freire

Colaboraram nesta edição

Danilo Fredericdo – CGGP; Equipe DMIF; Fabiano Pimentel Ribeiro – Cepene; Fernanda Oliveto – Coimp; Johan Silva Pereira – RVS de Boa Nova; Iara Sommer – CMA; Iran Campello Normande – CMA; Juliana Cristina Fukuda – APA de Guapi-mirim; Lorene Cunha – DCOM; Marcus Vinicius Mendonça – Flona de Carajás; Nana Brasil – DCOM; Nara Souto – Comunicação Nordeste; Osmar Barreto Borges – Parna de Boa Nova; Rafael Guimarães – APA de Guapi-mirim; Rosenil de Oliveira – CNPT; Rosi Batista – Resex do Médio Juruá.

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