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Territórios em conflito

A Tese intitulada “Territórios em conflito” tem como objeto de estudo a reflexão crítica, de dois processos sócio espaciais distintos e conflitivos, fundados na apropriação da terra: de um lado, a territorialização e a monopolização do território pelo capital, hegemônica e vinculada ao processo de acumulação do capital em escala nacional e internacional, compreendido como desigual e combinado/ contraditório; e, de outro lado, a resistência e recriação camponesa como territorialização alternativa; analisando o papel contraditório do Estado em face das territorialidades conflitantes, que traduzem espacialmente a luta de classes no campo. Ao se adotar a Geografia Crítica como referencial teórico-metodológico, compreende-se o espaço social, como “lócus das relações sociais de produção”, resultante de um processo de produção do espaço pela prática social e política das classes em confronto, por meio de seus movimentos sociais (olhar sociológico), ou movimentos sócios territoriais (olhar geográfico) em uma abordagem relacional da concepção de território, que enfatiza os processos geográficos de T-D-R; enquanto lutas sociais, como a versão geográfica da questão agrária. Objetivou-se analisar os processos empíricos que se desenrolaram historicamente na produção e transformação do espaço agrário do Alto Sertão Sergipano, sobretudo nas três últimas décadas. Defende-se nesta Tese duas ideias centrais: A conquista da terra por vários movimentos sócios territoriais, sobretudo o MST e a redistribuição fundiária massiva que marca a experiência de reforma agrária neste espaço geográfico, representou um ponto de inflexão na disputa territorial, revertendo o avanço do capital e propiciou a recampenização dos trabalhadores rurais sem terra, que constroem uma “área reformada”; e esta constitui o núcleo que cria a possibilidade de gestação de um abrangente e politicamente significativo território camponês na medida em que o MST promove alianças e esta política pública articula o campesinato tradicional com os novos assentados, possibilitando a esses segmentos sociais exigirem seu reconhecimento enquanto agentes econômicos e sujeitos políticos, que lutam pela redistribuição de riqueza, renda e poder na região.

Palavras – chave: territórios em conflito; movimentos sócio territoriais, reforma agrária, territórios alternativos, campesinato.