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TESES ESPECÍFICAS - PÁGINA 2 · 1.2 Situação Nacional Esta comunicação, é uma proposta para subsi-diar à discussão sobre a definição plena da Biblio-teca Escolar, na Rede

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TESES ESPECÍFICAS - PÁGINA 2

Teses Específicas do 14º Congresso do Sepe

Índice

Pág. 3 – Tese 1: Biblioteca Escolar e nossas exclusões diárias. Que cidadania é esta?

Pág. 5 – Tese 2: A Arte que queremos na escola. Buscar a contradição dos governos na concepção de

formação é tarefa também do Sepe

Pág. 8 – Tese 3: Organizando a base, na luta, por uma educação de qualidade e uma sociedade mais justa

Pág. 11 – Tese 4: O Sepe e Saúde Pública

Pág. 13 – Tese 5: Somos Profissionais de Educação Infantil, estamos juntas, somos de luta!

Pág. 15 – Tese 6: Frente de Oposição pela Base Sepe

Pág. 17 – Tese 7: Basta de opressão! Racismo, machismo e homofobia não rimam com educação!

Pág. 20 – Tese 8: Como enfrentar a violação de direitos e a ação jurídica do sindicato

Pág. 21 – Tese 9: O Sepe precisa melhorar seu estatuto

Pág. 23 – Tese 10: em defesa de um novo departamento jurídico para o Sepe

Pág. 25 – Tese 11: A velha guarda da educação exige respeito!

Pág. 29 – Tese 12: Cultura revolucionária e pedagogia transformadora

Pág. 31 – Tese 14: A luta das mulheres, negros (as) e aposentados (as) em defesa da Educação pública e não sexista

Pág. 33 – Tese 15: Todos nós, educadores, somos Importantes na história da educação

Pág. 35 – Tese 16: Funcionários de escolas

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TESES ESPECÍFICAS - PÁGINA 3

Tese 1BIBLIOTECA ESCOLAR E NOSSAS EXCLUSÕES DIÁRIAS. QUE CIDADANIA É ESTA?

A Proposta do “Projeto de Leitura da SEEDUC”, ora se institui: ”sala de leitura”, titulação pedagógica atribuída aos primeiros embriões de leitura, natural ao exercício do ensino fundamental

1.1.Biblioteca EscolarIntegrada à comunidade escolar, se posiciona

como o coração pulsante da Escola, de onde par-tem os instrumentos que favorecem à prática pe-dagógica do professor.

Deixa de ser um complemento secundário de trabalho, sustentando os recursos para as deci-sões curriculares, que disponibiliza aos alunos um ambiente de formação e desenvolvimento com à leitura, oferecendo aos professores material bi-bliográfico e virtualizado à implementação do seu trabalho.

1.2 Situação NacionalEsta comunicação, é uma proposta para subsi-

diar à discussão sobre a definição plena da Biblio-teca Escolar, na Rede Estadual/Rede Municipal de Educação, percebendo sua implementação defini-tiva, enquanto Plano de Educação Pública, prece-dendo de condições para o exercício do trabalho qualificado.

A Sansão da Lei 12.244/10 busca universalizar no Brasil, à garantia da instituição da Biblioteca Es-colar no seja Rede Pública, seja na Rede Privada.

Esta Lei, atende uma antiga reinvindicação dos Movimentos Educacionais, e Bibliotecários, que atentam para a abertura de uma discussão cole-tiva, cobrando do poder público à resolução dos mesmos, referenciando à necessidade de legiti-mação social com a Rede Estadual/Municipal, que devem gerir à implantação deste Plano de Educa-ção, e que se consolidará com interação de todas as cadeias envolvidas.

2. A Implantação equivocada da SEEDUC

O Desenvolvimento do “Projeto de Leitura da SEEDUC”, exclui à possibilidade da Biblioteca Esco-lar, e nega à existência dos Bibliotecários e de seus auxiliares ,acentuando o

empoderamento com o com o mercado edito-rial, em função do desenvolvimento de crédito, e financiamento das editoras distribuidoras de livro, que reforça à desorientação conceitual: Escola/Biblioteca/Livro/Leitura.

com o mercado editorial, em função do desenvolvimen-to de crédito, e financiamento das editoras distribuidoras de livro, que reforça à desorienta-ção conceitual: Escola/Biblio-teca/Livro/Leitura.

Percebe-se à necessidade inadiável de uma reavaliação extensa e radical de pressu-postos. Exige-se uma política pública de estruturação no quadro da BE na Rede Estadual/Municipal, e a im-plementação destes laboratórios pedagógicos, de forma garantir o livro e instrumentar à leitura, e toda acepção do pensamento que efetua a escrita.

Entra em pauta emergencial, um diálago com o Estado/Município, apontando alterações de base com o pensamento político pedagógico, concen-trado na educação : Uma Biblioteca padrão em cada escola.

É Solicitado o estabelecimento de metas claras de política de leitura, e uma “Coordenação de Bi-blioteca Escolar”, sob gestão do Bibliotecário, e do Professor, e que atenda orientações com a escola.

A Proposta do “Projeto de Leitura da SEEDUC”, ora se institui: ”sala de leitura”, titulação pedagó-gica atribuída aos primeiros embriões de leitura, natural ao exercício do ensino fundamental. Ora referencia Biblioteca, não instituindo os pres-supostos teóricos para sua habilitação, se afir-mando na conceituação de “Biblioteca Pública”,

descredenciando acervos específicos da BE, e a assis-tência imediata ao corpo da escola, formalizando este credenciamento em seu es-copo.

Cabe a SEEDUC/SME o exame de suas políticas com a demanda do Séc. XXI, onde a BE se restaura enquanto laboratório peda-gógico, e integrada ao am-biente escolar, custodiada por profissionais com habi-litação específica.

3. Balanço & RupturasBiblioteca Escolar, é resistência.Ressurge na contrapartida da cultura oficial

com a Educação Pública.Entra em pauta o aspecto delicado da perda,

incorporada como “natural”, colocando em xeque à eficácia de um trabalho contínuo, situado pela mudança constante de rotinas dos gabinetes pú-blico.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) no artigo XIX, esclarece que todo ser hu-mano possui direito de receber e transmitir in-

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formação, mas no exercício social, possuem seus direitos violados.

Quando abordamos nossas exclusões sociais, falamos dos sem terra, dos famintos, dos salários miseráveis, dos sem livro, da falta de programas educativos honestos com os filhos de trabalhado-res humilde.

Não superamos nossos problemas histórico adquiridos pós escravidão, e estamos passando para uma cultura de acesso e armazenamento dos recursos informacionais digitais, sem ter passado pela experiência da cultura do usos efetivo da Bi-blioteca. O conhecimento que circula no apren-dizado, ainda concentra no livro, condições de oferta de ensino, e não fomos promovidos com a perspectiva de uma política pública de Biblioteca & Leitura, notadamente na área da Educação Pú-blica com a Rede Estadual/Municipal.

Quando consideramos o passado recente, con-sideramos às mudanças especificada da BE, na passagem de um tempo antigo. Seu equilíbrio e restabelecimento, e a pro-posta gradativa que dissipa energias antagônica, em busca de sua afirmação no exercício pedagógico.

Ser leitor, é consequ-ência de seu meio social, daquele orientado por objetivos na Biblioteca da Escola. Distinguimos os processos de conhecimen-to próprio da vida escolar, tendo à leitura seu lugar primordial, no conjunto de informações socializada à produção: Escola, Bibliote-ca, Livro, Leitura, trazendo à superfície o caráter políti-co social do desenvolvimento humano construído pelo professor, e das práticas Biblioteconômicas, acenando com a urgência de superação aos mol-des impreciso da SEEDUC/SME.

4.Organização da baseA Educação concebida como à mínima neces-

sária, impossibilita à classe trabalhadora de portar exigências. Assim, os profissionais Bibliotecários, convoca os Professores da Rede Estadual /Muni-cipal para o “Movimento Biblioteca Escolar: Ne-nhum direito a menos”, e sua legitimação e inclu-são na escola pública.

Que não seja mais uma lei esquecida, um des-caso consentido. Exige-se o posicionamento de uma política incorporada à escola.

5.Plano de ação“Luta contra toda forma de exclusão”.O Conceito de cidadania contemporâneo está

relacionado com ações que desenvolvam igualda-de de oportunidade , garantia da democratização dos bens culturais e materiais produzidos pelo homem na sociedade, que são configurados como previlégio de classe & poder. Sabedores que o de-senvolvimento tecnológico instituído, é decifrado

por leitura e escrita, e que constitui uma ferramenta usual na vida social, e tam-bém um meio de trabalho, de organização e intervenção social, pessoal e de cultura, e solidificação integral no mundo da escrita.

É indispensável , o ques-tionamento de nossas ex-clusões diárias: o direito à leitura, o domínio da escrita, o conhecimento da diversi-dade de suportes de leitura, sedimentada pela política global de informação.

Que sejam pautadas algu-mas exclusões humana, não

registrada enquanto falta de de noção cidadã, a inexistência de uma política pública efetiva, com responsabilidade política do Estado, no pensa-mento com informática na Biblioteca da Escola.

Que não seja mais um silêncio consentido.

5.1 Defesa do serviço público, e do direito dos servidores.

Outro tema nevrálgico, é a visão ambígua dos servidores com função em Biblioteca. Se Bi-bliotecário, se auxiliar de Biblioteca, ou outras contradições...e uma interpretação duvidosa.

A Ausência de uma política pública, viabilizam ações punitiva ao quadro funcional: Sua divisão categórica entre o exercício administrativo, ou a prática pedagógica intensificadora da temática es-tudada na sala de aula, sob à perspectiva do Pro-jeto Político da Escola.

Este divisor, sugere revisão das diferenças estruturais que orientam relações pedagógicas e administrativas, e a formação necessária para exercer suas diferenciações profissionais: Na sala de aula, o professor. Na Biblioteca, o Bibliotecá-rio (graduado). Determina – se orientação quan-to à revisão do Gestor Bibliotecário, do adicional de qualificação pós-graduação, do recebimento do vale cultura, da garantia oficial do recesso de Julho.

Neste confronto de concepções, denunciamos o utilitarismo do Estado , que estabilizam profis-sionais ausentes do exercício funcional, dos car-gos de confiança de diretoria de escola, da fun-ção dupla que corrobam dados para SEEDUC, e toda forma de interesses individuais.

Convocamos:Implementação da Biblioteca Escolar.Concurso para Bibliotecário.Concurso para auxiliar.Parceria com as universidades para formação

de estagiários: Professor, Bibliotecário.Didática da BE: Intervenção da grade curricu-

lar de formação do professor, quanto à extensão mediadora com a BE.

Cecília dos Santos Monteiro – bibliotecária no Colégio Estadual Ignácio Azevedo do Amaral

Movimento Educadores em Luta - Construin-do a Central Sindical e Popular Conlutas

Não superamos nossos problemas históricos adquiridos pós escravidão, e estamos passando para uma cultura de acesso e armazenamento dos recursos informacionais digitais, sem ter passado pela experiência da cultura do uso efetivo da Biblioteca

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Tese 2A ARTE QUE QUEREMOS NA ESCOLABuscar a contradição dos governos na concepção de formação é tarefa também do SEPE

Nós queremos “a independência da arte para a revolução e a revolução para a libertação definitiva da arte!”. Essas são as palavras finais

do famoso Manifesto da FIARI, 1938.

Estamos vivendo um mo-mento ímpar na história de lutas da educação no Esta-do do Rio de Janeiro. Não somente motivados pelo levante de Junho, mas pe-las décadas de desrespeito aos direitos, as escolas se movimentam e vão para as ruas dizer NÃO às políticas ditatoriais de Sergio Cabral/Risolia e Eduardo Paes/Clau-dia Costin.

Nas recentes manifestações e greves na edu-cação temos visto uma participação intensa dos professores de Arte que estão em seu conjunto

paralisando suas atividades, trazendo propostas de atividades diferenciadas/criativas e até mesmo se incorporando as direções deste movimento. Esse fenômeno se deve a dois fatores: O primeiro é que não temos uma organização/associação forte, atuante e presente e o segundo é que encontra-mos por parte do poder público (em especial as Secretarias de Educação) total descompromisso e desrespeito no que se refere ao ensino da Arte no Rio de Janeiro.

A luta pela autonomia pedagógica, pela apro-priação e preservação da identidade de cada Unidade Escolar na elaboração de seus projetos específicos e coletivos nos faz neste momento congressual do SEPE/RJ trazer para o debate algu-mas questões relativas aos docentes da “antiga”

disciplina Educação Artística, que desde a LDB 9394/96 passou a se chamar ARTE e foi subdividida nas lingua-gens: Dança, Teatro, Música e Artes Visuais.

Na Rede Estadual o des-respeito é aviltante quanto as diferenças das linguagens artísticas, e já começa no concurso que a SEEDUC or-ganiza. O concurso é aberto

para as distintas disciplinas (artes visuais e tea-tro, por exemplo) e na prova o/a professor/a é obrigado/a a responder questões específicas que não se relacionam com sua formação.

Inúmeros recursos são impetrados, porém a SEEDUC simplesmente ignora, pois o que interes-sa para a secretaria é um professor que ocupe, de qualquer maneira, o vazio existente na grade curricular de Arte.

Seguindo esta mesma linha, quando o profes-sor chega à escola a sua formação novamente é secundarizada e uma professora de artes cênicas, por exemplo, TEM que trabalhar com artes visuais e música. Tal fato ocorre porque a própria secretaria legitima a POLIVALÊNCIA em seu currículo cha-mado “mínimo”, bem como não realiza concurso para suprir a carência de professores, de forma objetiva e direcionada. Ainda encontramos em muitas escolas direções e colegas de outras disci-plinas esperando um Professor de Arte que faça o mural ou os ensaios para as festas comemorativas do ano letivo.

O absurdo não para aí, as Hora/Aula ou Tem-pos de Arte no Ensino Médio da Rede Estadual só atende ao 2º ano. Para os 1º e 3º ano a disciplina não existe e a Secretaria não apresenta justificativa para tal situação. Concluímos que a SEEDUC não cumpre a LDB 9394/96 já que ela determina que o ensino da arte deve constituir componente curri-cular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. Como sabemos que a educação básica compreende a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, só podemos con-cluir que a formação cultural e artística de nossos alunos não é prioridade para o governo Cabral.

Nós queremos “a independência da arte para a revolução e a revolução para a libertação definitiva da arte!”. Essas são as palavras finais do famoso Manifesto da FIARI, 1938.

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Na Rede Municipal do Rio é um pouco diferente, pois a formação do professor, no concurso, é res-peitada. Porém, encontramos, também, direções avaliando que professores de Artes Cênicas deve-riam realizar mais trabalhos plásticos.

Quanto à grade curricular, da Educação Infantil ao 5º ano a grade possui um (1) tempo de aula por semana. O que massacra pedagogicamente o trabalho do professor e desqualifica as atividades oferecidas para os alunos.

2012, com a chamada de novos professores de Artes Visuais, Artes Cênicas e Música para atender as turmas da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental da Rede de Ensino Municipal do Rio, acreditávamos que a Prefeitura estava finalmente implementando o ensino de Arte em todos os segmentos das escolas no município cumprindo o que determina a LDB. Mas, logo percebemos que a medida se restringia a cumprir a legislação em vigor sobre a obrigatoriedade de o professor (neste caso, o PII, o qual trabalha da EI ao 5º) ter 1/3 da sua carga horária para planejamento. Todos os professores – antigos e novos - foram obrigados a cumprir a carga horária de um (1) tempo semanal por turma no segmento do EI ao 5º ano. Ou seja, um professor de Arte, hoje na rede Municipal do Rio, com uma matricula pode ter até 12 turmas e os que têm duas matrículas, até 24 turmas, caso atenda apenas este segmento. Resultado: professores extremamente cansados, estressados e de-sestimulados.

Ainda para cumprir outra Lei que obriga o ensino da Música a Secretária de Educa-ção orientou colocar esta disciplina para atender o 6º ano. Mais uma decisão tomada sem a consulta aos principais interessados – professores e alunos. Neste caso a decisão foi revertida, pois não havia nem mesmo o número suficiente de professores para atender as turmas, nem tampouco foi apre-sentada uma explicação plausível para o 6º ano ter música e os outros anos não.

Para fechar o ano de 2012, a SME, intentou aca-bar com as Unidades de Extensão, onde se incluem os Núcleos de Arte e Clubes Escolares. Núcleos de Arte que realizam há quase duas décadas trabalhos de desenvolvimento do conhecimento em Arte e da produção artística. A mobilização dos profes-sores pais e alunos destes núcleos fez com que a Secretaria voltasse atrás. Mesmo assim, todos os Pólos de Educação para o Trabalho e alguns Clubes Escolares foram fechados.

Agora, em 2013, é inaugurado o Museu de Arte do Rio, o MAR em conjunto com a Escola do Olhar, a qual dentre seus objetivos encontra-se: ‘promo-ver o diálogo do museu com a escola’, segunda a Secretária de Educação.

Logo na inauguração a direção do Museu separa um dia para os professores e outro para autorida-des e artistas, numa clara demonstração de que a importância dada para arte e para educação ficará só na preocupação com a fachada dos prédios – o prédio da escola e do museu tem a mesma altura para que a arte não se sobreponha a educação.

O espaço - MAR nasce com uma proposta muse-ológica inovadora, segundo sua Organização Social administradora, de propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, a fim de conjugar arte e edu-cação a partir do programa curatorial que norteia a instituição. Ainda foi informado aos professores que por meio da Escola do Olhar, o MAR irá atuar de maneira integrada, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, na formação continuada dos professores das escolas da Prefeitura do Rio e no recebimento de alunos.

Segundo a Fundação que dividiu com a Prefei-tura do Rio a reforma e construção dos prédios

“O Museu surge com o compromisso de unir as pontas de uma cidade que renasce, a partir de seu eixo central, e se dedicar a pensar em nossa formação e história.”. E aí nos per-guntamos: que formação e que história?! Já que nos é imputado uma forma de educar para atingir metas

determinadas pelos governos e de premiação apenas para estas metas alcançadas.

Para os governos Cabral e Paes que tratam como disciplinas prioritárias: Língua Portuguesa e Matemática e que não estimulam uma educação integradora de ideias de forma horizontal, preci-samos dar um BASTA!

A escola necessita viver a cidade, na cidade. E, nós profissionais da educação que temos a Arte como ferramenta de trabalho também temos a possibilidade de tornar possível esta vivência.

No Brasil, vivemos o período que antecede o que o MEC estabeleceu, todas as escolas deverão tornar-se de horário integral ao longo dos próximos anos. A opinião pública concorda e nós também concordamos, porém não deveríamos ser os prota-gonistas na elaboração deste projeto? Colocar em prática a Educação Integral nas Unidades Escolares

não é somente oferecer oficinas de Mais Educação e similares.

Se a escola é um espaço, isolado, fragmentado, voltado para disciplina, com uma hierarquia absur-da, com pouco espaço para o corpo, a movimen-tação, o lúdico e que, portanto não desperta mais o interesse de nossos meninos e meninas, como esse aluno vai aprender algo sobre arte, cidadania, ética, estética, por exemplo?

A escola não vai à cidade, a nossa escola carioca e fluminense (com raras exceções) não frequenta os museus (todos com excelentes setores edu-cativos), não frequenta os parques, as praias, as praças. Estão nos propondo que nossos meninos e meninas fiquem isolados entre quatro paredes, em um modelo de escola fragmentada e passiva? Não queremos isso!

Os governos deveriam antes de tudo oferecer o transporte para levarmos nossas crianças para a rua, para as exposições, para os espetáculos e para os museus.

Nem o Estado, nem a Prefeitura do Rio disponi-biliza ônibus para as escolas nem oferecem verba suficiente para este fim. Então, cabe aqui uma per-gunta: como os alunos do subúrbio, da zona oeste, da zona norte, de municípios distantes irão fazer as visitas tão necessárias para o seu aprendizado?

Diante de tudo que o professor de Arte na es-cola vivencia isso é uma contradição com o que foi propagandeado pela, então Secretária de Educação do Município do Rio na inauguração do MAR, por exemplo!

Queremos dialogar com a arte e o museu; que-remos dialogar com a arte urbana das ruas e nas ruas; com a arte contemporânea e popular.

É preciso que todas as escolas tenham salas específicas de teatro, dança, artes visuais e mú-sica, ter pelo menos dois (2) tempos de aula com cada turma e essencialmente que todas as escolas tenham condições de visitar, não somente o MAR, mas todas as exposições que estejam nos planeja-mentos pedagógicos de todas as escolas das Redes Municipal e Estadual.

Queremos exigir dos Governos Cabral e Paes que exercitem seu OLHAR para todas as escolas, OUÇAM sua comunidade e RESPEITEM cada espa-ço escolar incentivando a produção artística em cada unidade; que a prefeitura do rio expanda a proposta dos núcleos de Arte (que são apenas 10 unidades neste momento) para que tenhamos uma sociedade voltada para a fruição e que realmente dialogue com a Arte. Precisamos criar não uma escola, que seja exceção ao resto da rede pública e sim uma rede que seja excepcional na formação de nossos estudantes.

Para os governos Cabral e Paes que

tratam como disciplinas prioritárias:

Língua Portuguesa e Matemática e

que não estimulam uma educação

integradora de ideias de forma

horizontal, precisamos dar um BASTA!

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TESES ESPECÍFICAS - PÁGINA 7

Sinalizamos que a conjuntura é propícia ao retorno das lutas, e que estas apresentem pautas mais específicas, a partir das necessidades do dia a dia das escolas, onde o espaço sindical reconheça as questões discutidas pelo pedagógico.

NOSSA DEFESA É:- Pelo fim da polivalência do professor de ARTE;- Por sala ambiente para todas as linguagens

artísticas e em todas as unidades escolares;

- Cumpra-se a LDB com aulas de ARTE para todas as séries do Ensino básico ao Médio;

- Professor de ARTE não é organizador de festa, recreador ou decorador de Escola;

- Instrumentalização das aulas de ARTE de acor-do com as necessidades especificas;

- Currículos separados para cada linguagem artística;

- Realização de concursos públicos periódicos para ingresso de professores de ARTE na carreira

do magistério, nas redes municipais e estadual de ensino;

Com o objetivo de aprofundar estas questões sobre o ensino da arte, entre as professoras e professores de Arte das escolas do Rio, diferentes entidades envolvidas na questão, bem como os cursos de Licenciatura, o SEPE deverá organizar encontros locais, com vista para um “Encontro Es-tadual: O ensino de Arte que queremos na escola pública do Rio de Janeiro”, onde apontaremos o rumo deste debate para os governos.

Ana Alvarenga – Núcleo de Arte CopacabanaAna Lucia Gonçalves Paraíso Borges – Daniela Abreu - EMDione Lins – EM República Argentina Kate Lane – Ginásio Experimental de ArtesMarcela Gaio - E. M. Professora Leocádia Torres

Marcia Schieck Chaves Lopes - EM Almirante Barroso, NA Copacabana e CIEP 301Maria Beatriz Lugão Rios – CIEP Pablo NerudaPatrícia Cavalcanti – EM BerlimPablo das Oliveiras – Núcleo de Arte Albert Enstein

Rafael Adórjan – Ciep Dr Antoine M. FilhoRicardo Pereira - EM Professora Leila Mehl/CE Lara VillelaRosana Pinto Rosane Carvalho – EM Estácio de SáSandra Miguel da Silva. CIEP e Brizolão 306 Deputado David Quinderê

ASSINAM ESSA TESE

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TESES ESPECÍFICAS - PÁGINA 8

Tese 3ORGANIZANDO A BASE, NA LUTA, POR UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE E UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA

“A educação é a principal ferramenta de mudançaem qualquer sociedade.

Um povo educado, é conseqüentemente,um povo próspero e feliz!”

I- INTRODUÇÃOSe o Sepe tem na sua estrutura núcleos e re-

gionais, porque não falar um pouco da história,da ação e da luta deste espaço do SEPE. Os núcleos e regionais, que tem como tarefa principal organizar e mobilizar a categoria na luta pelos seus direitos, por uma educação pública de qualidade e uma sociedade mais justa..

Os núcleos e Regionais apesar de terem au-tonomia na sua organização devem respeitar e encaminhar as deliberações estatutárias e dos conselhos deliberativos, assembleias,conferências , congressos que são instâncias deliberativas do sindicato..

Os núcleos e regionais tem como base de sua receita o repasse mensal do Sepe , sendo que os núcleos contam também com a contribuição de seus filiados da rede municipal. Os núcleos que tem um número pequeno de escolas e ou filiados recebem mensalmente do Sepe central um repasse mínimo no valor de dois mil reais, para despesas básicas como : aluguel da sede, luz, água, IPTU ,

funcionária (para atendimento à categoria e auxilar a direção ) e também outras despesas necessárias para atendimento e mobilização da categoria.

Nesta tese buscamos mostrar a atuação do núcleo Sepe-núcleo Mangaratiba no período de 2009 a 2013.

II-SEPE – NÚCLEO MANGARATIBA Localizado no distrito de Muriqui , município

de Mangaratiba , Região da Costa verde/RJ.O Município de Mangaratiba começa sua histó-

ria no século XVI ,ocasião da desapropriação das capitanias hereditárias, sua economia foi pautada no escoamento do ouro, café passando por um decline econômico no período de 1892 a 1914, restabelecendo-se com a construção da estrada de ferro central do Brasil , pela exportação de banana e construção de residências de veraneio, que aumentam com a construção da Rodovia Rio- Santos (1970).

No final dos anos 70 , inicia-se um novo momen-to no país ,os trabalhadores se organizam na luta e os professores se organizam em todo o país . No

Rio de Janeiro é criado o nosso sindicato, que de SEP EM CEP O CEPE VIRA SEPE

Mangaratiba ,tem sua história de luta , desde as primeiras mobilizações da categoria (1977/1978).

Com o processo de Municipalização a rede estadual que contava com aproximadamente 30 escolas , foi a cada ano sendo reduzida , ficando a rede com apenas 2 unidades escolares: CE Montebelo Bondim e CE João Paulo II ( localizadas em Muri-qui e Praia do Saco). Os alunos do ensino médio residentes em Conceição de Jacarei e nas ilhas pas-saram a ter maiores dificuldades para chegarem a escola, pois contavam apenas com ensino noturno nas escolas municipalizadas: Caetano de Oliveira ( Itacuruçá ) e Herminia ( C. Jacareí) que tiveram turmas de ensino médio até 2010. A direção do Sepe- Mangaratiba lutou contra a municipalização das escolas, mas foi vencida pelo poder.

Em 2009 o Sepe- Núcleo Mangaratiba através de itinerâncias as escolas tomam conhecimento da situação e em 2010 encaminha ofício para a Secretaria Estadual de educação relatando a si-tuação e informa da necessidade de escola para ensino médio em Itacuruça e conceição de Jacareí. Terminamos 2013 com a boa notícia , teremos mais duas escolas com ensino médio em Mangaratiba em janeiro de 2014, que funcionarão nos prédios das escolas municipais com aulas noturnas.

O núcleo tinha mais uma batalha. Organizar a luta da rede municipal, resgatar a confiança da categoria, esclarecer que o Sepe não era o Sindi-

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cato do funcionalismo público e sim o Sindicato estadual dos profissionais da educação que tem como principio a defesa dos direitos do trabalhador ( professores e funcionários da educação) e dar continuidade a luta e organização da rede Estadual.

III- E VEIO JUNHO DE 2013O Brasil despertou de sua condição adormeci-

da e movimentos começaram a ser formados por todos os cantos da terrinha. O marco inicial foi a indignação de R$ 0,20 no aumento das passagens em São Paulo. A partir daí ocorreu uma explosão de sentimentos, indignações, indagações, mani-festações e exigências para que acontecessem mudanças urgentes.

Mas será que esses movimentos só ocorreram agora? Historicamente sabemos que não! Mas com a facilidade da internet e das redes sociais eles ganharam nova cara e oportunidade de comuni-cação em tempo real. O poder que a internet deu aos movimentos foi muito grande, pois em poucos dias ou horas, grupos eram formados e organizados para realizarem as manifestações.

É claro que em um momento histórico como esse os professores não poderiam deixar de participar. E mais uma vez fomos para as ruas! Fomos para as ruas não somente para participar do movimento, mas para falar e mostrar para os nossos governantes que a EDUCAÇÃO merece respeito! Que a EDU-CAÇÃO ainda precisa de ajustes, ainda precisa ser valorizada, com melhores condições salariais e de trabalho. Fomos para as ruas para mostrar também que Leis ainda não são totalmente cumpridas por todo o Brasil, pois temos escolas caindo aos peda-ços. Alunos em idade escolar sem estudar, crianças sem creches e poucas escolas de educação infantil. Professores trabalhando em condições desumanas e por tudo que ainda não foi realizado para se alcançar uma EDUCAÇÃO de qualidade

Aqui no município é um pouco complicado, pois muitos ou a maioria dos profissionais da educação são contratados, e por isso, têm medo de serem despedidos. Começamos com um grupo pequeno e que foi aumentando aos poucos, mas após uma retaliação do governo que aplicou uma falta aos participantes que estavam em uma assembleia, o grupo diminuiu novamente, mas a luta não parou.

As assembleias que desde agosto aconteciam na praça, continuaram e no dia 15 de outubro Mangaratiba festejou , “ Parabéns aos que lutam “ , com um ato na praça.

Ao final do ano , conseguimos um pequeno avanço, o prefeito recebe a comissão de negocia-ção formada pela direção do Sepe e representante de base e negocia reajuste salarial, data base e concurso público , tira da pauta eleições para diretores de escola. Retira a falta dada aos profis-sionais da educação que aderiram ao movimento. deu um reajuste salarial de 3% para o conjunto

do funcionalismo e mais 3% para os professores junto com a data-base. Também conseguimos o reconhecimento do SEPE como representante dos profissionais da educação da rede municipal, pois o governo entendia que o sindicato do funciona-lismos era o representante de todos.

2013 foi um ano de muito aprendizado e refle-xão para o povo e governantes, pois de um lado mostramos estar insatisfeitos com os rumos das políticas públicas, serviços e dos políticos e do outro lado, os políticos viram a necessidade de mostrarem que não estão ali só para agirem em benefício próprio, que se não agirem de forma mais íntegra, o povo vai se revoltar novamente.

IV- Educação de MangaratibaEspera-se que a educação resolva sozinha, os

problemas sociais do país. No entanto, é preciso primeiro melhorar a formação dos docentes, visto que o desenvolvimento dos profissionais da educação implica no desenvolvimento dos alunos e da escola.

Refletindo sobre a afirmativa acima, percebe-mos que a Educação no Município de Mangaratiba está a quem, embora os números do IDEB 2011 mostre o contrário,do que se espera de uma edu-cação pública de qualidade.

Fato este que perpassa principalmente pela valorização do profissional da educação problema que destacamos como de grande seriedade pela inexistência de qualquer horizontalidade neste sentido.

A Educação no Município de Mangaratiba, apresenta baixa qualidade motivada indiscutivel-mente, pelo número exarcebado de: contratações de profissionais sem concurso público.

As contratações são realizadas tendo como único critério : “ QI “ ou seja quem indica ?

O que contribue para que se tenha profissional contratado de baixa qualificação ou nenhuma para o cargo, Criando assim a “Política do medo”. São 11 anos ininterruptos sem concurso público, mudança anual de direção de escola sem priorizar o Projeto Político Pedagógico implementado.

As direções de unidades escolares, são indica-das sem critérios de qualificação para a função com mudanças quase que anualmente,ficando a merce das relações políticas.

A diferença salarial dos profissionais em exer-cício no mesmo cargo, apesar dos professores e o funcionalismo terem plano de cargo e salário, apresentam uma discrepância imensa entre os profissionais da educação efetivos e contratados.

Quando em audiências, reuniões, conversas, com o executivo e legislativo, o Sepe -Mangaratiba questionava o grande número de profissionais da educação contratados,a justificativa era de que os contratos davam maiores oportunidades aos

moradores do Município enquanto que o Concurso público traria maior número de profissionais de outras localidades.

É muito claro para a categoria e o sindicato que as contratações , privatizações não só na Educação mas também dos demais setores favorecem a po-lítica eleitoreira dos Municípios e Estados, estas criam a política do agradecimento, do medo,da insegurança, da instabilidade profissional e emo-cional.

A rede estadual, um eterno problema. A luta do Sepe vem desde o governo Chagas Freitas pas-sando por Moreira Franco, Leonel Brizola, Marcelo Alencar, Garotinho, Rosinha e chegando a Sérgio Cabral , a cada governo a categoria dizia este não poderá ser pior. Mas a maldade de cada um era grande, a meta era uma só não se preocupar com uma educação de qualidade para a classe traba-lhadora. Brizola chega com um projeto politico pedagógico para nenhum educador botar defei-to, pois parecia ser um projeto que viria atender a classe trabalhadora, mas no decorrer de seus mandatos foi deixando a Educação em segundo plano, a luta foi grande, o Sepe fez a assembléia histórica no Maracanãzinho.e a categoria até hoje lembra daquele momento, daquela vitória. Mas a luta continua e as bombas e corridas da polícia dos governos Chagas Freitas e Moreira Franco é reprisada ,com superação de maldades e desres-peito ,no governo Cabral..

São 36 anos de luta Porém com o processo de Municipalização das escolas, os núcleos do Sepe passam a ter uma nova luta,pois os governantes tratam a educação como mercadoria, não valori-zam os profissionais da educação.

Mangaratiba passa por um processo de desca-so e desrespeito. O Colégio Estadual Montebello Bondim há anos necessita de uma grande reforma , mas não acontece, quando chove as aulas precisam ser suspensas pois não só chove nas salas de aula como paredes dão choque, Um colégio foi extinto em Conceição de Jacareí , e o prédio derrubado , onde funcionava uma escola estadual , hoje é um estacionamento de uma empresa privada de turismo e os alunos do ensino médio residentes em Conceição de Jacareí e nas ilhas passaram a ter maiores dificuldades para chegarem a escola,

V- VAMOS DAR UMA OLHADINHA NO ARTIGO 67 DA LDB

De acordo com a LDB - Lei nº 9.394 de para o trabalho.20 de Dezembro de 1996, em seu Art. 67, podemos verificar:

Art. 67.Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, asse-gurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:

I- ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

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II- aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;

III- piso salarial profissional;IV- progressão funcional baseada na titulação

ou habilitação, e na avaliação do desempenho;V- período reservado a estudos, planejamento

e avaliação, incluído na carga de trabalho;VI- condições adequadas de trabalho.§ 1o -A experiência docente é pré-requisito

para o exercício profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino.(Renumerado pela Lei nº 11.301, de 2006)

§ 2o- Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8o do art. 201 da Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exerci-das por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assesso-ramento pedagógico. (Incluído pela Lei nº 11.301, de 2006)

§ 3o -A União prestará assistência técnica aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na elaboração de concursos públicos para provimento de cargos dos profissionais da educação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013).

VI- A CATEGORIA E O SINDICATO O Sepe tem hoje em Mangaratiba uma

categoria desanimada, descrente, pois com o processo de municipalização houve um grande afastamento do sindicato com os professores da rede estadual que passaram a trabalhar nas es-colas municipalizadas e conseqüentemente com os profissionais da educação da rede Municipal, vinculados através do imposto sindical ao Sindi-cato do Funcionalismo público (SISPMUM). Para a categoria o sindicato fazia negociações com o prefeito , não se preocupando com os seus desejos

necessidades e direitos . Quando em 2009 o Sepe chega as escolas municipais é muito mal recebido pois era para alguns “o sindicato pelego” e para outros um sindicato que representava a rede Es-tadual. Atualmente o núcleo tem filiados das redes estadual e Municipal , sendo o maior número de filiados da rede estadual (ativos e aposentados )

Iniciamos 2010 uma campanha de filiação, onde a rede Municipal de forma tímida começa a integrar-se terminamos o ano de 2013 , com um numero mais expressivo de filiações. Entendemos ter sido fruto da campanha salarial e a mobilização da categoria pela pauta de revindicações e postura de luta do Sepe.

A categoria cobra do Núcleo; o desconto em folha que já foi concedido pelo Secretário de ad-ministração, desde maio de 2013 e o Sepe central ainda não encaminhou ao núcleo a documentação solicitada.; atendimento quinzenal no núcleo pelo jurídico do Sepe , em 2013 contamos com a pre-sença da advogada, num curto período; Eleição de diretores de escolas e concurso público para professores e funcionários da educação ; audiên-cia pública na Camara para discutir as verbas da educação e participação do Sepe no Conselho mu-nicipal de educação dentre outros pontos também estabelecidos no plano de lutas de 2013 .

Em 2010 os professores conseguem que seja aprovado na camara um reajuste de 48,6 % , fruto da organização dos educadores no interior da escola e os funcionários ficam sem reajuste até no-vembro 2011. O Sepe- Mangaratiba faz campanha salarial em 2011/2012 , mas sem conseguir avan-çar nas negociações com a Prefeitura e o apoio do legislativo . Em 2013 os profissionais da educação do município, assumem a campanha junto com o Sepe deliberam estado de greve à partir de 15 de agosto , decidem paralisar suas atividades varias vezes , para forçar o governo municipal a negociar com o Sepe – Núcleo Mangaratiba.

O prefeito Evandro Bertino Capixaba , os Secretários de Educação , Administração e o pro-curador do município recebem a direção do Sepe

e representante de base no dia 7 de outubro , anunciam a criação de uma comissão especial de trabalho formada por representantes do executivo para realizar estudos sobre viabilidade econômica e impacto na folha de pagamentos da Prefeitura e marca audiência para trinta dias depois, quando os representantes do Executivo municipal, se pro-nunciaram sobre o reajuste salarial de 20% reivin-dicado pelos profissionais da educação municipal , data-base a partir de janeiro de 2014 e concurso público para Educação no segundo semestre do próximo ano

O reajuste salarial aprovado na camara de 3% para o conjunto do funcionalismo e de mais 3% para os professores, a serem pagos em 2014., quando as perdas salariais já chegam aproxima-damente a 20%

A luta continua , queremos uma educação pública de qualidade, melhores condições de trabalho, salários digno

VII- O SEPE -CENTRAL E OS NÚCLEOS Apesar de toda organização do sindicato ser

pautada pelo estatuto, deliberações de assem-bléias, conselhos deliberativos, conferencias e resoluções congressuais, percebemos não haver uma igualdade de tratamento para núcleos e re-gionais, muitas das vezes motivada pelas posições políticas de grupos , correntes sindicais e partidos políticos. Entendemos que O Sepe é um sindicato combativo ,que tem uma direção colegiada, com diferentes tendencias. O que nos preocupa não é a disputa das forças políticas ,mas sim quando estas não priorizam as bandeiras do sindicato e sim dos partidos políticos e tendencias ,na busca da dominação do sindicato. Esperamos que o XIV congresso propicie aos delegados uma discussão que leve ao crescimento politico e melhor organi-zação do SEPE. Que as questões estatutárias sejam discutidas reformuladas visando maior integração e participação dos Núcleos. Queremos um sindi-cato que se fortaleça na base, pois o Sepe somos nós , nossa força nossa voz.

Direção do Sepe- núcleo Mangaratiba e militantes de base

ASSINAM E APÓIAM ESSA TESE

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Tese 4O SEPE E A SAÚDE PÚBLICA

O artigo 196o da Constituição Federal re-lata: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso uni-versal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” Nos deparamos com uma grave situação de cala-midade pública: falta uma saúde pública de qualidade que atenda a nossa população. O que nos resta? Sofrer, morrer nas eternas filas do SUS ou gastar o que não te-mos para pagar um Pla-no de Saúde privado. O que fazer? Somarmos forças para derrotarmos o “dragão da misé-ria” com a coisa pública. Como? Lutando. Os sistemas públicos de saúde passam por uma das maiores crises de todos os tempos. Faltam profissionais, remédios, espaços hospitalares dignos, enfim, políticas de saúde pública que atendam aos verdadeiros anseios de nossa po-pulação de pessoas trabalhadoras, lutadoras, sofredoras. Nossa população sonha com uma saúde pública que a valoriza. Medidas palia-tivas dos governos não resolvem a raiz maior do problema da saúde pública brasileira. É preciso que aconteça uma verdadeira revisão do conceito de Saúde Pública em nosso país para que a partir daí possamos construir ver-dadeiras políticas de transformação radical da legislação vigente, o que, acreditamos, pode-rá fazer acontecer a garantia de direitos para nossa população. Outros fatores, como a cor-rupção e a falta de conscientização da própria população brasileira, colaboram diretamente

para o fracasso da saúde pública no Brasil.(1) ONG’s de Saúde: Precisamos avaliar se

as ONG’S de saúde são realmente importan-tes na construção de uma política de saúde pública de qualidade para o cidadão brasilei-ro. Elas são avanços ou retrocessos?

(2) Cooperativas de Saúde: Até quando va-mos assistir passivos ao desmantelamento, pelos governos, da saúde pública com a con-

tratação de cooperati-vas de saúde?

(3) Planos de Saúde: Temos que nos posicio-nar contra os Planos de Saúde. Somos a favor de uma saúde pública gratuita e de excelente

qualidade para nossa população.(4) Estratégia de Saúde da Família: Precisa-

mos avaliar profundamente a importância de programas como estes dentro de uma Saúde Pública que propomos seja de qualidade para todas as pessoas. O conjunto de nossa catego-ria precisa ser provocado para lutarmos com todas as nossas forças por ações afirmativas que tirem das “macas dos hospitais que ficam em corredores sombrios” nossa população que paga altíssimos impostos e não recebe nenhum “fruto” destas despesas.

(5) SUS (Sistema Único de Saúde): O artigo 198o da Constituição Federal relata: “As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e consti-tuem um sistema único, organizado de acor-do com as seguintes diretrizes: (I) descentra-lização, com direção única em cada esfera de governo; (II) atendimento integral, com priori-dade para as atividades preventivas, sem pre-

juízo dos serviços assistenciais.” Relata ainda o artigo em seu parágrafo único: “O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da segu-ridade social, da União, dos Estados, do Distri-to Federal e dos Municípios, além de outras fontes.” O artigo 200o da Constituição Federal relata: “Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: (I) controlar e fiscalizar procedimentos, produ-tos e substancias de interesses para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderi-vados e outros insumos; (II) executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; (III) ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; (IV) participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento bási-co; (V) incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; (VI) fiscalizar e inspecionar alimentos, compreen-dido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo huma-no; (VII) participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substancias e produtos psicoativos, tóxi-cos e radioativos.”. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado para atender a grande massa da população brasileira que busca uma saúde pública que resolva seus problemas de saúde. Entretanto, o que vemos: Um total descaso dos governos sobre matéria tão importante e decisiva. Hospitais, unidades mistas, postos de saúde e outros espaços públicos de saúde, agonizam em “leitos de mortes”. Pouco se des-tina de verbas públicas para a saúde pública. Faltam profissionais para atenderem as classes

: “Falta fiscalização séria na aplicação dos recursos que a saúde recebe dos cofres públicos”

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populares. Os hospitais, as clínicas e outros se-tores de saúde privada se apresentam como opções para solucionar tais e tais problemas que os governos não conseguem resolver. O poder aquisitivo de uma grande parcela da po-pulação é baixo diante dos valores que a saúde privada cobra. O SUS está quebrado. A saúde pública está dilacerada. Faltam investimentos sérios para o setor de saúde. Falta fiscalização séria na aplicação dos recursos que a saúde recebe dos cofres públicos. Para aonde estão indo os impostos que pagamos? O povo está morrendo nas portas e nos leitos dos setores de saúde pública. Até quando iremos assistir passivos, uma grande, enorme, parte de nos-sa população passando por tamanha via sacra de miséria, agonia e dor? OLHO: “Falta fisca-lização séria na aplicação dos recursos que a saúde recebe dos cofres públicos” O artigo 197o da Constituição Federal relata: “São de relevância pública as ações e servi-ços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.” O artigo 30o da Constituição Federal relata: “Compe-te aos Municípios: [...] (VII) prestar, com co-operação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população.” Leis precisam ser realmente apli-cadas. O legislativo e a classe trabalhadora organizada precisam acompanhar de perto a aplicação das legislações relacionadas com a matéria da saúde pública. Uma CPI da saúde pública em todas as esferas de governos pode ser uma pista de como descobrirmos, de fato, o nome do vírus que está matando o sistema público de saúde. Fóruns realmente represen-tativos precisam ser abertos para aprofundar o caso da saúde pública. Medidas eficazes pre-cisam ser tomadas para transformar esta rea-lidade de morte em realidade de vida e vida plena com dignidade humana. Quem é o gran-de agente para esta transformação? Cada um

de nós. A organização é o caminho para uma vitória. Caminho que deve estar comprome-tido com mudanças profundas das estruturas que aí estão. Precisamos dizer um sonoro NÃO a privatização da saúde pública. Devemos lu-tar pela consolidação do SUS - Sistema Único de Saúde, com ampliação da rede pública de atendimento e atenção à saúde, garantindo a universalidade, gratuidade e qualidade para todos de acordo com a Constituição Fede-ral. A classe trabalhadora organizada precisa fiscalizar, também, as ações da ANS (Agência Nacional de Saúde) e verificar se ela está aten-dendo, com clareza, aos objetivos para qual foi criada. É de fundamental importância que fortaleçamos os Conselhos Municipais de Saú-de, com uma ampla participação da classe tra-balhadora organizada, pois são instrumentos

como estes que cobram dos governos uma maior transparência nas ações relacionadas com a saúde pública.

(6) Aplicação dos re-cursos públicos: Para onde vão os impostos que pagamos diariamente aos governos para serem revertidos em melhorias para nossa gente? É uma questão que temos a obrigação moral de debater em todos os nossos espaços de discussões. Altos salários enriquecendo as contas, os bolsos, de poucos seriam mui-to bem avindos para aquele homem e aquela mulher que não tem R$ 0,01 para comprar um comprimido.

O SEPE e o profissional da educação pública

Nosso Sindicato precisa aprofundar mui-to as discussões com relação a este tema tão importante: A busca de uma saúde pública de qualidade para o profissional da educação pública. Precisamos, enquanto categoria or-ganizada, sairmos dos braços de uma saúde privada e entrarmos na luta, por exemplo, da melhoria do IASERJ. Sabemos que o tema é di-fícil, delicado, entretanto, sabemos, também, que este tema precisa entrar nas rodas de dis-cussões e não ser superficialmente citado em

nossos calores de lutadores aguerridos. O que impede que nossa categoria discuta tão im-portante tese da saúde pública versus saúde privada?

Secretaria de saúde do SEPE

O que temosUm SEPE que não discute de maneira con-

tundente a raiz do problema da saúde. Um SEPE que mantém convênios com a saúde privada. Um SEPE que tem uma Secretaria de Saúde parada. Um SEPE que não busca a ca-tegoria para traçar um plano estratégico para solucionar os grandes problemas tocantes à saúde do servidor público. Um SEPE que ao longo de sua história pouco fez, ou nada fez, para combater o avanço da privatização da saúde pública no Estado e nos municípios do Rio de Janeiro. Um SEPE que de certa forma colaborou para o sucateamento de nossa Saú-de Pública quando se omitiu de forma mais afirmativa. O SEPE deveria sair mais do campo das idéias e da burocracia dos papéis e levan-tar uma bandeira pela transformação radical do estado de precariedade pelo qual passa nossa SAÚDE no Estado do Rio de Janeiro e em nossos Municípios.

O que precisamosDe um SEPE que defenda a manutenção

e ampliação da rede pública saúde, gratuita e igualitária em direitos, em dignidade, para nossa população sofrida. De um SEPE que de-fenda diretamente os interesses profissionais dos servidores de sua categoria. De um SEPE que ouça a base da maioria dos filiados antes de partir para ações mais contundentes junto aos governos. De um SEPE que rompa o con-vênio com planos de saúde privados que con-trariam a defesa deste Sindicato por uma saú-de pública e gratuita para todos. De um SEPE que olhe para o IASERJ. De um SEPE compro-metido com a manutenção das bandeiras his-tóricas conquistadas pela classe trabalhadora ao longo dos séculos. De um SEPE que acom-panhe o legislativo municipal, estadual e fe-deral, na aquisição e aplicação dos recursos destinados à saúde pública.

Um SEPE que tem uma Secretaria de Saúde decorativa

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO (MTE)

ASSINA ESSA TESE

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Tese 5SOMOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL, ESTAMOS JUNTAS, SOMOS DE LUTA!TESE ESPECÍFICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

1.1 – Dilma usa o tema da Educação Infantil para iludir a classe trabalhadora!

O Brasil assiste no final do séc. XX um movimento de transformação no conjunto da classe trabalhadora desde a década 70 devido à expansão econômica/industrialização/urbanização. Com isso, aconteceu um grande aumento da mulher no mercado de trabalho ascendendo a problemática de serviços correlacionados a Educação Infantil. Baseado nessas demandas, Comunidades Eclesiais de Base e Movi-mentos Feministas entraram na batalha por creches. Entretanto, vários estudos sobre a Educação Infantil aponta a necessidade desta etapa da educação para o desenvolvimento cognitivo da criança, desta forma a Educação Infantil sai do lugar de assistencialismo para se consolidar como educação passando a ser um dever do Estado e retirando das costas da mulher o educar/cuidar. O ponto mais elevado da discussão foi assegurado na Constituição de 1988 e na LDB de 1996 a Educação Infantil de 0 a 5 anos na educação básica, e sob a Lei 12.796 se torna obrigatório a partir dos 4 anos. Para se garantir as creches é preciso que o Estado assegure este direito da mulher e da crian-ça. Contudo, o governo se torna omisso quando faz rearranjos orçamentários descumprindo o seu dever como acontece no governo federal de Dilma Roussef/PT. Das promessas deste governo de entregar 6.427 creches nem a metade foi construída e, em 2013 pas-sou a meta para 8.685 para 2014. Mas, seriam neces-sárias 70 mil unidades para que todas as crianças de 0 a 3 anos fossem atendidas. Segundo o Anuário da Educação Básica de 2013 somente 22,95% crianças de 0 a 3 têm acesso a creches. Desta porcentagem, 25,5% são crianças brancas e amarelas e 20,5% crian-ças negras. Para o Pnad (2011) 1 milhão de crianças

de 4 a 5 anos estão fora de sala de aula. A estimativa do déficit de vagas em creche segundo o relatório do Banco Mundial é de 1,8 milhões de crianças de 0 à 3 anos. Os critérios para tal desigualdade na Educação In-fantil é baseada pelos critérios da renda familiar, de cor ou regiões. Sendo assim, o acesso varia de acordo com a classe social, deixando também a mu-lher trabalhadora e a mulher negra a mercê do governo. É importante dizer que os muni-cípios não vêm garantindo o número de vagas de acordo com as demandas e, que as profissionais da Educação Infantil não são reconhecidas como cargo do magistério. Reconhecer estas profissionais é incluí-las no Estatuto e Plano de Carreira do magisté-rio pelo fato das semelhanças nas atribuições estão corroboradas pela LDB 9394/96. As profissionais de creche devem se unir com as mulheres trabalhadoras que precisam urgentemente dos serviços públicos de creches visto que, as lutas devem ser articuladas contra o machismo e o poder público que promove total ausência da Educação Infantil.

1.2 – A luta pela Educação Infantil continuaO surgimento das creches no Rio de Janeiro acon-

teceu por volta dos anos 80, sob responsabilidade da Secretaria de Assistência Social. O objetivo era liberar força de trabalho feminino para o mercado. Foi no III Plano Setorial de Educação, Cultura e Desporto da década de 1980 que a educação pré-escolar foi oficializada. Questionamentos sobre a função assis-tencial e compensatória dessa primeira fase escolar foram duramente levantados e debatidos. Em várias cidades, trabalhadoras das creches eram terceiriza-das, contratadas por OS’s, sem formação necessária e seus direitos trabalhistas desrespeitados. As creches

não tinham o espaço físico adequado, nem recursos materiais e humanos o que não se diferencia de hoje. Foram muitas as lutas para garantir concurso público para profissionais atuarem nas creches, assim surge uma nova categoria. As creches passaram a ser de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação, com o Decreto nº 20.525 de 2001, sugerindo uma mudança de qualidade

no atendimento, desde a formação dos profissio-nais, que devem pertencer ao quadro de servidores municipais, provenientes de concurso público, até o repasse de recursos que garantam o atendimento ne-cessário. Desde então, o município demonstra que ficou evidente o reconhecimento a importância do atendimento à infância no foco das políticas públicas. A inserção das mulheres no trabalho da creche nos mostra uma tradição que a educação de crianças pequenas fica ao encargo das mulheres, o que se aproxima da ideia da maternidade e caracteriza o preconceito à presença masculina em tal instituição atuando como profissional. Desta forma, fica caracte-rizado que a tarefa educativa é feminino. A formação dos profissionais da Educação Infantil e sua atuação são diferenciadas através da dicotomia do assisten-cial com o pedagógico, pois a ligação cuidar e educar se misturam na educação. Esta questão dicotômica, diverge em diferentes propostas de trabalho confor-me KUHLMANN JUNIOR (1998) fala. Por conta do paralelo em questão, a Educação Infantil em vários municípios do Rio de Janeiro aparecem neste reflexo ambíguo. A constatação é feita quando o governo como estratégia de reduzir gastos não utiliza uma nomenclatura unificada para tal profissional. Em alguns locais a desvalorização é tão grande que sur-

O surgimento das creches no Rio de Janeiro aconteceu por volta dos anos 80, sob responsabilidade da Secretaria de Assistência Social. O objetivo era liberar força de trabalho feminino para o mercado

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giram os Agentes Auxiliares de Creche, Estimuladores Materno-Infantil, Agente Infantil, Pajens entre outros sem contar que os Professores de Educação Infantil tem seus salários também diferenciados dos docen-tes das demais séries subsequentes. Na maioria das creches, não existem professo-res, levando as profissionais de educação Infantil a cumprirem dupla função, pois são ao mes-mo tempo auxiliares e profes-sores regentes, recebendo a metade do salário referente às responsabilidades.

1.3 – A Educação Infantil é mais uma vítima da crise eco-nômica

A primeira infância, que compreende os cinco primei-ros anos de vida, traz consigo a responsabilidade de formar diversos aspectos do ser hu-mano. Neste sentido, o espaço escolar é um dos mais impor-tantes ambientes para que este desenvolvimento aconteça de maneira integral. A fim de garantir esta formação na primeira infância, é importante repensar o cur-rículo da Educação Infantil para além dos conceitos didático-pedagógicos; incluindo a discussão sobre as diversidades étnicas, culturais e de gênero, no sentido de valorizar, respeitar e combater toda for-ma de machismo, homofobia, racismo, ou qualquer outro tipo de violência e preconceito, a partir das brincadeiras, jogos e práticas educativas cotidia-nas. Permanece o caráter mais assistencialista do que educativo quando percebe-se que ainda é um depósito de crianças, fruto de uma visão capitalis-ta, em detrimento à construção do conhecimento cognitivo/social. Nesse caso, a proposta inicial é que atendimento à crianças de 0 a 3 anos tenha caráter educativo, sendo dever do Estado e um direito constitucional oferecer creches e pré-escolas que promovam o acolhimento, segurança, confiança e posteriormente promover o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo, e social da criança. Entendemos que para a realização de práticas educativas de qualidade em creches públicas é fundamental que seja dispostos recursos materiais pedagógicos e de higiene, alimentação adequada, espaço físico ade-quado estimulante de aprendizado um quantitativo ideal de funcionários para cada turma de berçários e maternais, a valorização de profissionais e a for-mação continuada.

1.4- Por uma verdadeira inclusão na Educação Infantil

A Educação infantil é uma etapa importante para

qualquer indivíduo em formação, pois ao longo do processo educativo será possível seu sucesso nos outros segmentos de ensino fundamental, ensino médio e nível superior. Consequentemen-te podemos encontrar crianças que apresentam

obstáculos no processo de ensino- aprendizagem, ne-cessitando atendimento e professores especializados em instituições públicas. A constituição de 1988 esta-belece: “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras forma de discriminação” (art3º inciso IV). No artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante, como dever do Estado, a oferta do aten-dimento educacional es-

pecializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). Entretanto, temos uma visão da realidade totalmente diferente nas creches e pré- escolar do Município do Rio de Janeiro. O atendi-mento apresenta falhas e ausência pois, não existem profissionais especializados o que caracteriza a falta de investimentos para uma educação inclusiva. Em muitos casos, as instituições neste período não asseguram currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender as crianças com necessidades específicas, sejam elas físicas, psicológicas ou mentais. É importante salientar que a oferta de educação especial é um dever constitucional do Estado. De um modo geral, a educação inclusiva tem sua importância na medida que todas as crianças deficientes possam participar ativamente na vida em sociedade, sem discriminação e preconceitos e de forma igualitária. Neste processo a classe trabalhadora deve de forma democrática, escolher a melhor forma de educação, se preferem a inclusão de seus filhos em creches e escolas públicas ou um atendimento especializado adequado para atender as necessidades e desejos de suas crianças.

1.5- Queremos uma Educação Infantil Pública, Gratuita e de Qualidade

Uma das evidências do descaso com a Educação Infantil é o ataque que o município do Rio de Janeiro fez através do PIC (Programa da Primeira Infância), projeto de caráter puramente assistencialista que ga-rante a permanência das crianças que não consegui-ram vagas na creche somente aos sábados, negando

o período de adaptação. O quantitativo de crianças em relação ao quantitativo de profissionais é outro problema. Em 2014 a Prefeitura do Rio diminuiu profissionais em relação ao quantitativo de crianças; sem contar a falta de PEI’s, lembrando que existe um banco de espera para os AEI’s. É importante ressal-tarmos o excesso de crianças em berçários/salas de aula por isso: queremos a redução para 15 crianças por turma visto que com 25 crianças fica impossível realmente aplicar uma educação de qualidade. Com relação profissional/criança, 1 profissional para 3 crianças de berçário, 1 profissional para cada 4 crian-ças de M1, 1 profissional para 7 crianças para M2 e 8 crianças por profissional para pré-escola. Desde que todas as profissionais que estão dentro de sala de aula sejam reconhecidas como Magistério no Plano de Carreira Unificado, por tempo e formação. Salas de aula/berçários com climatização. Para as turmas de 4 e 5 anos, há uma tentativa de aceleração do processo de alfabetização com salas com mais de 25 crianças. A prefeitura do Rio de Janeiro enviou para as turmas de 4 e 5 anos, no ano de 2013, cadernos de apoio pedagógico contendo exercícios com nível de dificuldade completamente inadequado para a faixa etária, o que desrespeita uma importante eta-pa do desenvolvimento e retira o direito à infância. Esta iniciativa faz parte de uma política neoliberal que destrói a educação pública gratuita, laica e de qualidade e prioriza índices e metas, atribuindo um caráter mercadológico ao universo educacional repassando investimentos para a iniciativa privada. Diante dessas constatações, defendemos o repúdio aos cadernos pedagógicos na primeira infância! Pela autonomia pedagógica! Pela garantia do direito à infância e pelo aprendizado através de atividades lúdicas, jogos e brincadeiras, respeitando-se cada etapa de construção do conhecimento. O atendi-mento à Educação Infantil para os filhos da classe trabalhadora em horário integral independe dos responsáveis estarem no mercado de trabalho, pois o Estado é o verdadeiro responsável pela formação do educando, devendo retirar das costas da mulher o encargo de educar e cuidar. Importante ressaltar que a carga horária integral deve estar diretamente relacionada à formação integral da criança. Para as turmas de 4 e 5 anos, na prefeitura do Rio de Janeiro, foram retiradas disciplinas importantes para esta formação, o que reduz também o tempo destinado às atividades extraclasse do Professor. O planejamento das atividades para as turmas de E.I. é uma etapa muito importante, que vai nortear toda a prática pedagógica. Porém, as atuais políticas edu-cacionais ainda não garantem o tempo destinado ao planejamento das aulas. Pelo retorno das disciplinas de Artes, Sala de Leitura e Língua Estrangeira. Pela inclusão da Música como disciplina obrigatória nas turmas de Educação Infantil.

Defendemos o repúdio aos cadernos pedagógicos na primeira infância! Pela autonomia pedagógica! Pela garantia do direito à infância e pelo aprendizado através de atividades lúdicas, jogos e brincadeiras, respeitando-se cada etapa de construção do conhecimento

Movimento Educadores em Luta Construindo a Central Sindical e Popular Conlutas

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Tese 6TESE ESPECÍFICA FRENTE DE OPOSIÇÃO PELA BASE SEPE- RJ

A Frente de Oposição pela Base apresenta sua contribuição ao Congresso do Sepe, definindo-se em oposição aos governos Dilma, Cabral e Paes. A política de ajuste fiscal, arrocho salarial, privatiza-ções, sucateamento dos serviços públicos da saú-de e da educação destes governos, provocaram amplas mobilizações que resultaram nas jornadas de junho de 2013. Estes protestos colocaram em cheque os governos que reprimiram violentamen-te para tentar frear a mobilização. O ano 2014 ini-ciou-se com muitas lutas e greves de diversas ca-tegorias, protestos populares contra as remoções e marchas reivindicando as pautas pendentes de junho, a exemplo dos atos contra o aumento das passagens.

Os absurdos gastos jogados nas obras da Copa, beneficiando os empreiteiros amigos dos gover-nos e financiadores de suas campanhas eleitorais, provoca indignação na população e está sendo o motor para a organização de novas lutas. O go-verno está montando um aparato repressivo para impedir os protestos, acompa-nhado de leis que criminalizam manifestantes.

Nossa categoria lutou com força em 2013, agora tem que ser parte das lutas que se anunciam 2014. A Frente de Oposição pela Base defende a unidade dos trabalhadores, movimentos sociais do cam-po e das cidades nas lutas em defesa de direitos e contra a privatização e mercantilização dos serviços públicos e da vida, e contra a criminalização dos movimentos sociais.

AVALIAÇÃO DAS GREVESAs duas últimas greves,

que mobilizaram as maiores redes de ensino do estado do RJ (rede municipal e estadual do RJ),

evidenciaram bem os limites da atual maioria da direção do SEPE na condução do movimento, expressos principalmente na falta de capacida-de para dialogar com a base da categoria e seus anseios, e com as novas formas de luta e organi-zação produzidas no interior da classe. Episódios desastrosos, envolvendo atritos entre a direção e a base, ocorreram nas duas greves. Posturas autoritárias de membros da direção chegaram a comprometer a condução de assembléias e atos. Em casos extremos, até as deliberações da cate-goria foram desconsideradas pela própria direção. O fim traumático das greves provoca distin-tas reflexões. A “maioria da direção” busca justifi-car o injustificável e não se exime em criminalizar aqueles que a criticam. Tenta desesperadamente construir em torno de si uma redoma de proteção sob a alegação de que a entidade está ameaçada por grupos de autonomistas, anarquistas e “vân-dalos”. Mas o que não conseguem escamotear

é a desconfiança que se acentuou no conjunto da categoria após o desfecho negativo das greves, com a assinatura do acordo de rendição no STF, associado a um histórico de desmo-bilização e afastamento da base.

As jornadas de junho trouxeram ventos de mu-dança na conjuntura nacio-nal e nossas greves estão inscritas nesse processo. Faltou à direção do Sepe uma postura classista, uma vez que o bloco majori-tário optou por defender sistematicamente políticas

recuadas e de conciliação com os governos, en-quanto a base exigia o enfrentamento e avanço

da luta. Mas ainda assim, o vigor das nossas gre-ves trouxe para o campo da luta uma renovação avassaladora. Toda essa energia é sem dúvida indispensável frente aos imensos desafios com os quais nos confrontamos nas redes públicas de ensino e que se expressam, principalmente, na luta contra a implementação de um modelo de “gestão empresarial” na educação pública, com adoção, por distintos governos, de políticas públi-cas para a área calcadas na produtividade (metas, índices e avaliações externas) e na meritocracia (remunerações variáveis, certificação). Derrotar esse projeto é fundamental para reafirmamos o espaço escolar como um espaço privilegiado de socialização de um modelo de educação crí-tico e emancipador para a classe trabalhadora. Desse modo, em nossa opinião, defender o SEPE hoje pressupõe impedir a criminalização e a tentativa de afastar das instâncias do sindicato os novos militantes, é não temer “o novo” e estar sintonizado com a categoria e com suas múltiplas orientações e necessidades. Significa também re-pudiar práticas que possam privilegiar os acordos de tendências em detrimento da participação e representação direta da base da categoria em suas instâncias e fóruns. É preciso incentivar a re-novação dos nossos quadros dirigentes, reafirman-do a autonomia e independência do SEPE frente a interesses de partidos, organizações e governos. Defender o SEPE é honrar a história de luta e a natureza classista e combativa da nossa entida-de. Mas, acima de tudo, é fundamental apostar na unificação das lutas e das redes contra a intensi-ficação do projeto neoliberal, que mercantiliza e precariza a educação pública e a nossa carreira.

Plano de lutas- Lutar pela desburocratização do SEPE em to-

das as suas instâncias; - Fim da meritocracia;- Combate a Precarização do trabalho - dupla-

-função, polivalência e terceirizações;

A Frente de Oposição pela Base defende a unidade dos trabalhadores, movimentossociais do campo e das cidades nas lutas em defesa de direitos e contra a privatização e mercantilização dos serviços públicos e da vida, e contra a criminalização dos movimentos sociais

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- Contra o plano de metas;- Defesa de um plano de carreira unificado; - Fim da avaliação externa. A avaliação do tra-

balho deve ser interna, debatida pela comunidade escolar;

- Reajuste salarial anual com database e reposi-ção integral das perdas;

- Turmas com limites de alunos (Educação In-fantil- nas creches: 1 profissional a cada 3 bebês para os berçários, além das classes de Educação Infantil ter no mínimo dois Auxiliares de Cre-che em sala além do PEI; Educação Infantil Escolar: limite de 15 alunos por turma; En-sino Fundamental: li-mite de 20 alunos por turma; Ensino Médio limite de 25 alunos por turma;

- Construir a luta de forma unificada contra os governos, mas não apenas como retórica. Isso deve ocorrer atra-vés de assembléias unificadas entre as diferentes redes municipais e a rede estadual;

- 01 matrícula , 01 escola! Nenhuma disciplina com menos de 02 tempos;

- Melhores condições de trabalho, investindo e aumentando os recursos humanos e infra-estru-tura para as escolas (biblioteca, laboratórios, etc);

- Criação de Comitês permanentes de mobiliza-

ção com toda a comunidade escolar, para realizar atividades mensais nas escolas como assembléias, debates, seminários e atividades culturais e artís-ticas garantindo a gestão democrática nas escolas;

- Fomentar a realização de eleições para repre-sentantes de escolas, que integrarão o conselho de representantes e elegerão os delegados sindi-cais com mandatos. A figura do delegado sindical é fundamental em nossa perspectiva e o estatuto do SEPE prevê sua existência. Esses representan-

tes de escola devem fomentar a realização de assembléias per-manentes nas suas unidades de ensino;

- O SEPE deve fomentar a construção dos Grêmios Estu-dantis nas escolas;

- Conceber um projeto de Educação para as escolas, pro-posto e elaborado pelo SEPE RJ e pela base da categoria, prece-dido de conferências e um con-gresso de educação;

- Lutar por 50% da carga ho-rária docente para Planejamen-to e atividades fora da sala de

aula;- Contra o fechamento das escolas e turmas;- Eleições livres nas escolas e gestão democrá-

tica em todas as redes.- Relatório periódico do licenciado sindical

guardado no Sepe Central e nos núcleos e com acesso livre à categoria;

- Publicização do Estatuto Atualizado;

- Aumentar a participação dos funcionários e pessoal de apoio. Os núcleos devem produzir ma-teriais e debates nas escolas cujo foco seja fomen-tar a participação destes;

- Contra os megaeventos e a criminalização dos movimentos sociais;

- Contra o Plano Nacional da Educação – PNE que caracteriza que dinheiro público podem ser indistintamente aplicado na educação pública e educação privada, incentivando as parcerias pú-blico-privadas;

- Contra a mercantilização do ensino;- Defesa do concurso público;- Defesa de uma postura classista;Mudanças no estatuto- Instituir no estatuto a formação de um co-

mando de greve que deve funcionar durante o movimento paredista;

- Criar um fundo de greve do SEPE-RJ com transmissão automática de 10% da receita do sindicato para o uso exclusivo na ajuda financeira dos trabalhadores que sofrerem corte de ponto em função do movimento. Esse fundo é indepen-dente do atual fundo de reserva estabelecido no estatuto;

- Mudar o número de assinaturas para eleição de representantes para um representante para cada 20 profissionais de educação na unidade de ensino;

- Adaptar o Conselho Fiscal do SEPE dando uma fun-ção ativa exigindo uma postura mais rígida.

- Cedidos para mandato parlamentar ou para governos não poderão ser eleitos para nenhum cargo em instâncias do sindicato.

-Fim do delegado nato.

Adolpho FerreiraLuciano da Silva BarbozaRicardo de Oliveira BarrosEduardo MoraesRaphael MotaMarília TrajtenbergJorge Cezar GomesWíria AlcântaraJorge WillianAntônio PedroJonathan MendonçaDaniele PinheiroHenrique MonneratAndré Damasceno

Criar um fundo de greve do SEPE-RJ com transmissão automática de 10% da receita dosindicato para o uso exclusivo na ajuda financeira dos trabalhadores que sofrerem corte de ponto em função do movimento

Assinam a tese específica da Frente de Oposição pela Base:Fernanda MouraRegina AlbuquerqueReginaldo CostaRegina MesquitaMarta GuedesPedro GuilhermeVivian FragaBárbara SinedinoVárvara (Niterói)Leandro GalindoCláudia ReisAmanda CezarLorena GouvêaLuis Cesar Nunes

Guilherme MoreiraThiago Felipe LaurindoGeovano dos Santos FonsecaFrancisco C. Guedes NetoThalita BittencourtFelipe(Petrópolis)Wallace BertoMayco RodriguesWinnie FreitasRafael ChavesMariana VieiraAugusto RosaEduardo MarianiBruno Almeida

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Tese 7BASTA DE OPRESSÃO! RACISMO, MACHISMO E HOMOFOBIA NÃO RIMAM COM EDUCAÇÃO!

Definimos a opressão como o aproveitamento de desigualdades para pôr em desvantagem e submeter um grupo social com base em diferenças raciais, sexuais, nacionais, e de outro tipo. A explo-ração é a apropriação dos frutos do trabalho cole-tivo por uma minoria. A opressão é a apropriação dos frutos do trabalho coletivo por uma maioria. A opressão é sempre utilizada pela classe dominante para submeter a classe social exploradora e justi-ficar essa exploração. É exatamente esse conceito que explica porque os negros - setor oprimido pelo capitalismo - seja a parcela da classe trabalhadora mais explorada.

O racismo, o machismo e a homofobia são as ideologias que sustentam as opressões de raça, gênero e sexualidade. Elas não surgiram com o capitalismo, surgiram muito antes. Porém este utiliza esta ideologia para oprimir e dividir a classe trabalhadora.

E, no contexto de uma crise econômica de su-perprodução, como a que está em curso, a saída dos governos e patrões tem sido um aumento significativo do ritmo de trabalho, flexibilização de direitos e rebaixamento de salários, inclusive, apoiando-se nas ideologias que separam nossa classe para explorar ainda mais os setores opri-midos, entre eles: imigrantes, mulheres, homos-sexuais, negros.

Crescem também as ideologias criadas e es-timuladas pelos governos. É comum ouvirmos que não existe mais machismo, que as mulheres agora estão em todos os espaços e que, por isso este acabou ou diminuiu. É certo que hoje o maior órgão gestor do capitalismo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) é gerenciado por uma mulher. Ou que um negro tenha chegado à presidência dos EUA. Porém, isso não mudou as condições estrutu-

rais de vida das trabalhadoras que continuam com salários inferiores aos homens, morrendo todos os dias vítimas da violência machista e ainda continu-am sendo o setor que menos tem acesso a direitos e ao emprego formal. O arrocho salarial e a ação de polícias e milícias, que extermina jovens negros na periferia.

MULHERES e EDUCAÇÃO: A crise da educação recai, sobretudo nas mulheres

Nos primórdios da hu-manidade existiram muitas sociedades que tinham as mulheres em seu comando. Hoje sabe-se que mui-tos dos avanços que tivemos, como por exemplo a agricultura, devem-se às mulheres que estavam à frente de suas culturas. Com o surgimento da propriedade privada a mulher assumiu ao longo da história uma nova posição. Passa a ser considera-da uma propriedade, sendo confinada ao espaço doméstico.

Hoje fala-se muito sobre a emancipação da mulher, suas conquistas, como a inserção no mercado de trabalho, sua maior participação em chefias e presidências. É importante lembrar que vários direitos, como o do voto foram fruto de muita luta das mulheres trabalhadoras. Mas mes-mo estas conquistas estão mais ligadas à posição social da mulher do que à questão do “gênero”, pois as mulheres trabalhadoras ainda sofrem com as opressões do machismo, dos baixos salários, falta de creche, carga tripla de trabalho, questões relativas à sua saúde, entre outras.

As professoras e funcionárias sofrem com os baixos salários, a violência e a extensa jornada

de trabalho. É importante ressaltar que boa parte destas profissionais são negras, ou seja, sofrem duplamente com o racismo e o machismo.

À medida em que se avança nas séries/anos da educação básica, aumenta a presença de homens na categoria e paralela-mente há aumento de salários. Quando se chega na educação superior e mesmo em cursinhos, a presença dos homens é massiva e a categoria recebe os melhores salários.

Na maioria das vezes as mu-lheres não predominam nestes

cargos pela falta de tempo para se dedicar aos estudos devido à sua dupla, tripla jornada, ou mesmo quando conseguem (em muitos casos de forma heroica) sofrem com o preconceito pelo simples fato de ser mulher, já que para a classe dominante seu trabalho é pautado na afetividade e não no conhecimento acumulado, já que isso é “exclusividade para os homens”.

Na educação infantil e no segmento de 1ª a 4ª, a associação do trabalho com a afetividade, como um dom para educar, é constante. Somos chamadas de tias, não professoras. A presença feminina é majoritária, no entanto é o setor que ganha menos, trabalha mais e tem menos tempo de planejamento. Há uma “desprofissionalização” destas educadoras. Como se não precisassem de tempo para planejar as aulas, como se fosse um “dom natural” ensinarem, como se não necessi-tassem de licenças para estudos. Para esse setor, a luta por melhores salários e pela garantia de um terço de planejamento é fundamental.

No cotidiano do nosso trabalho, lidamos co-

Nos primórdios da humanidade existiram muitas sociedades que tinham as mulheres em seu comando

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tidianamente com as filhas dos trabalhadores. A realidade da escola é atravessada pela situação da mulher na sociedade.

A responsabilização da escola e da família pela educação das crianças e jovens esmaga nossa ca-tegoria dia a dia, e recai sobre as mulheres, tanto as educadoras, quanto das famílias de nossos alunos. Isto ocorre pela negligência dos governos, e aumenta com a inserção cada vez maior da edu-cação na esfera do neoliberalismo e dos planos do FMI. A LDB aprovada em 1996 põe a educação como responsabilidade da família lado a lado com o Estado. A privatização e precarização andam lado a lado. Cresceu a iniciativa privada, enquanto (e porque) se destrói a educação pública.

A escola tem formado mão de obra barata e analfabetos funcionais. Trabalhamos em condições precárias e somos pressionados em nosso traba-lho a sermos quase que disciplinadores. Ficamos felizes quando saímos mais cedo da escola. A alienação nos embrutece e faz perder o sentido do que fazemos.

Infelizmente, parte de nossa categoria culpa os alunos, “que não querem nada”, “que não têm limites” e as famílias dos alunos, que “não estão nem aí”. É comum botar a culpa nas mães, que “deixam os filhos fazerem o que querem”, ou então que “só estão preocupadas com a frequência dos filhos, para continuarem a ganhar o bolsa família, ou o bolsa escola”.

Acontece que as mães acusadas, a maioria ne-gras, em boa parte tiveram que deixar os estudos, pela necessidade de trabalhar, por gravidez no período escolar, etc., tendo então dificuldades em acompanhar a vida escolar dos filhos. Fora isso, muitas passam o dia todo traba-lhando, sem ver os filhos, e esperam que a escola dê conta de sua formação.

A escola pressiona os professores, e estes se res-ponsabilizam sobre o pro-cesso, chegando à frustra-ção. Sabendo que não dão conta do que nos é imposto. Pensam como diz Amanda Gurgel: “não posso, não tenho condições!”. A partir deste cenário, vêm as metas, o assédio moral e as doenças, como a depressão, hipertensão, Burnout, síndrome do pânico.

Violência nas escolas é violência contra as mulheres!

A violência nas escolas é uma violência contra a mulher, uma vez que são maioria da categoria de profissionais de educação. O baixo salário é violência, agressão verbal é violência. Assédio moral é violência. Trabalho precarizado e falta de

estabilidade no emprego é violência! A ideologia de que um homem forte deve con-

trolar totalmente a mulher para ter um atestado de masculinidade precisa ser combatida! Isso justifica várias agressões a mulheres no espaço escolar e na sociedade. Os alunos e outros homens que agridem professoras e funcionárias seguem esses exemplos presentes nas músicas, piadas, filmes, jornais, etc. Esse tipo de violência machista também atinge os homens na escola, família e em outros espaços da sociedade. É preciso mostrar que o machismo não vai torná-los poderosos como os burgueses.

A violência está ao entorno da escola, princi-palmente nos bairros mais populosos, pobres e periféricos. Muitas de nossas alunas sofrem ou presenciam a violência machista em suas casas, na rua, nos meios de transporte. Ao lado de nossas reivindicações contra a violência, devemos exigir dos governos estaduais e das prefeituras, progra-mas e campanhas contra a violência machista nos bairros e nas escolas.

Por isso defendemos: - Abaixo o assédio moral nas escolas! Assédio

moral é crime previsto em lei. Punição a quem o pratica!

- O fim da meritocracia (avaliação, bonificação e certificação)!

- Por materiais didáticos que apresentem, com linguagem inclusiva, a história das mulhere- Par-ticipação do SEPE na campanha contra a violência chamada pelo Movimento Mulheres em Luta da CSP-CONLUTAS;

- Licença maternidade de seis meses já para to-das, rumo a um ano para todas as profissionais de

educação, sem isenção fiscal;- Fim das leis que restrin-

gem as faltas e licenças mé-dicas;

- Creche pública, em perío-do integral, gratuita

- Que as campanhas sala-riais expressem as demandas das mulheres;

- Funcionamento das se-cretarias de gênero do SEPE Central, núcleos e regionais;

- Campanha específica de filiação direcionada às mu-lheres;

- Creche nas assembléias e demais atividades do SEPE para garantir a partici-pação das mulheres;

Chega de Racismo nas escolas! Ultimamente testemunhamos através da Mídia

e das redes sociais que o racismo no Brasil vem tomando proporções e rumos assombrosos. A sociedade não está conseguindo mais sustentar o mito da democracia racial. As desigualdades de direitos entre negros e brancos e o preconceito

contra a população negra e parda, principalmente contra os jovens pobres das periferias está cada vez mais evidente.O genocídio do povo negro é uma triste realidade. Aqui no Rio de Janeiro a opressão à população negra se faz presente com as UPPs, nas comunidades carentes, nas últimas desapro-priações em nome FIFA para a Copa 2014, nas péssimas condições de trabalho, nos salários mais rebaixados, nas condições insalubres de moradia e na falta de hospitais e atendimento de qualidade.

Na educação não é diferente. Na sua visão ne-oliberal, o Estado opressor, excludente e racista, através de seus projetos e parcerias com a iniciativa privada, oferece uma educação mínima aos alunos da rede pública, em sua maioria negros, pardos e pobres, oferecendo-lhes péssimas condições de ensino, currículos reduzidos, falta de professores, falta de materiais didáticos e escolas com espaços físicos em péssimas condições.

Por outro lado, os livros didáticos na maioria das vezes possui uma visão eurocêntrica, reforçando o estereótipo negativo do povo negro, pois a sua organização não prima pela construção do conhe-cimento a respeito da História e Cultura dos povos africanos. Neste sentido, é fundamental a lei 1639, que inclui no currículo oficial da educação básica, das redes públicas e privadas a obrigatoriedade do estudo da História e Cultura Afro-brasileira.

Uma professora negra, militante da APEOESP foi chamada de “macaca” pela diretora da escola. Os seus diplomas de licenciatura e o concurso não foram suficientes para impor respeito. Foi agredida por uma diretora que resolveu imitar as “sinhazi-nhas”. Sua luta e militância foi o que garantiu a sua humanização e dignidade.

O SEPE como sindicato de luta deve levantar a bandeira contra qualquer tipo de opressão à classe trabalhadora. E no mais, se solidarizar com todos os movimentos sociais, apoiando e se fazendo pre-sente ativamente nas lutas contra as desigualdades e o racimo nos município, no estado e no país.

Basta de homofobia nas escolas!No contexto do início da onda de protestos de

junho, foi desferido o maior ataque aos LGBT´s brasileiros. Uma questão já superada há 20 anos pelo movimento LGBT organizado retrocedeu.

Em relação aos LGBT´s, o Governo do PT é lamentável. Começa com a cooptação dos movi-mentos organizados que passaram da luta reivin-dicatória para a institucionalização em ONG´s ou gabinetes de Governo petista. O projeto Brasil Sem Homofobia nunca saiu do papel e as Conferências LGBTs serviram para legitimar todo o processo de burocratização o qual o movimento entrou.

Para Dilma, restou o péssimo balanço de Lula e mais: garantir que os interesses da bancada fundamentalista religiosa, homofóbica, ruralista e de direita fossem atendidos. Antes de se eleger, publicou a “Carta ao Povo de Deus”, se compro-

A violência está no entorno da escola, principalmente nos bairros mais populosos, pobres e periféricos. Muitas de nossas alunas sofrem ou presenciam a violência machista em suas casas, na rua, nos meios de transporte

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metendo a não aprovar questões que envolvam os direitos das mulheres e dos LGBTs, como União Civil entre casais do mesmo sexo e a legalização do aborto. Em negociata com essa bancada, vetou o kit anti-homofobia que, embora construído em par-ceria com o movimento, teve um gasto de R$ 800 mil (referência da fonte) para sua elaboração. Dilma trocou aquela que poderia ter sido a primeira medida concreta contra a homofobia, pela preservação de um de seus Ministros corruptos – Palocci.

Além disso, a presidente silenciou frente a todas as iniciativas do poder judiciá-rio em garantir direitos aos LGBT´s. A união estável e o recente casamento civil não mereceram sequer um posi-cionamento público do Poder Executivo. E para coroar os 10 anos de governo do PT, abre mão da Comissão de Direitos Humanos, entregando-a ao Deputado homofóbico Marco Feliciano, que acaba de aprovar um projeto que patologiza a homossexualidade.

Muitas trabalhadoras e trabalhadores acre-ditam que com Dilma podem mudar a situação, mas a experiência de 2 anos e meio de Governo demonstra que não basta ser mulher, é preciso ter um programa contra a opressão e que defenda a classe. O PT optou por governar para os banqueiros e empresários, atendendo a interesses que não podem ser conciliados os dos trabalhadores. Por

isso, Dilma não representa as mulheres, os negros e tampouco os LGBT´s trabalhadores.

Os LGBT´s da classe trabalhadora brasileira vivem um momento de muita contradição. Nunca se falou tanto sobre as questões políticas que envolvem os LGBTs. Aparecemos no último censo, podemos

casar no civil e até nos meios de comunicação há um recorde de per-sonagens gays, ainda que de forma distorcida. Além disso, podemos ver homossexuais em diversos espaços de trabalho. Ao passo que essa conjuntura salta aos nossos olhos, percebemos ainda que o problema da opressão é gigante no interior da nossa classe. Há uma presença sig-nificativa de LGBT´s em serviços pre-carizados (sem garantia de direitos trabalhistas), como telemarketing, serviços de limpeza, cabeleireiros, no comércio, etc. Travestis e transe-xuais seguem sendo marginalizadas, coisa que obriga muitas delas a re-correrem à prostituição.

A inserção de LGBT´s no mundo do trabalho é mediada pelos processos de reestruturação pro-dutiva e vem acompanhada de precarização das condições de trabalho que afeta toda a classe. Muitas vezes, a orientação sexual é motivo para assédio moral e sexual. Faltam estudos mais pre-cisos para comprovar, mas percebe-se que muitos LGBT´s estão localizadas nos setores menos remu-nerados e são parte significativa da mão de obra terceirizada, assim como acontece com os negros e com as mulheres.

A inserção de LGBT´s no mundo do trabalho é mediada pelos processos de reestruturação produtiva e vem acompanhada de precarização das condições de trabalho que afeta toda a classe

O capitalismo se apoia no machismo, no racis-mo e na homofobia para pagar menores salários e com isso regular o valor global da mão de obra. Também por isso, a unidade da classe trabalhado-ra, entre homens e mulheres, negros e brancos, heterossexuais e LGBT´s, é uma necessidade. A realidade nos impõe desafios à organização do mo-vimento sindical e popular em defesa dos direitos de toda a classe trabalhadora. É preciso incorpo-rar as demandas dos LGBT´s às demandas gerais da classe trabalhadora, no movimento sindical e popular. É preciso, além do combate cotidiano à homofobia, que os LGBTs da nossa classe ocupem seu lugar nas nossas organizações.

Por isso reivindicamos:Revogação do veto ao kit anti-homofobia, com

revisão do material pelos trabalhadores e traba-lhadoras da educação, sindicatos da educação, entidades estudantis e movimento LGBT, incluindo também que os professores sejam capacitados para fazer o debate.

Por um sistema educacional público que contemple a sexualidade humana em toda a sua diversidade, e que garanta o livre e seguro desen-volvimento da sexualidade.

Exigir a transversalidade acerca da identidade de gênero e orientação sexual na grade curricular das escolas e nos cursos de formação de professo-res, levando em conta a diversidade sexual.

Cotas para travestis e transexuais nas universi-dades e em concursos públicos.

Pela imediata implementação de políticas públicas que garantam acesso e permanência de travestis e transexuais nas escolas e universidades.

Movimento Educadores em LutaConstruindo a Central Sindical e Popular Conlutas

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Tese 8CONTRIBUIÇÃO AO XIV CONGRESSO ORDINÁRIO DO SEPE: COMO ENFRENTAR A VIOLAÇÃO DE DIREITOS E A AÇÃO JURÍDICA DO SINDICATO

O SEPE com o avanço das lutas e a diversidade dos ataques aos direitos dos Profissionais de Educação, carece de uma urgente adaptação de seus quadros notadamente na área jurídica, para melhor esclarecer e defender os profissionais.

Temos que esclarecer os profis-sionais sobre seus direitos, e bus-car o atendimento imediato das demandas, pois muitos servidores acabam reféns dos atos adminis-trativos inconstitucionais, dispen-sas ilegais, prisões estapafúrdias, assédios morais e até sexuais, por entender que a Administração publica age na legalidade.

Os atuais governos no Rio de Janeiro, seguidamente atacam direitos con-quistados ao longo dos anos, ignoram a voz das manifestações e avançam no projeto retrógrado de criminalização dos movimentos sociais e grevistas.

O que assistimos a cada manifestação de pro-testo dos profissionais de Educação é o aumento da truculência e a judicialização da política, con-jugada a uma paulatina e cronometrada violação de direitos.

Tramita no Congresso a regulamentação do direito de greve, todavia com os deputados que lá se encontram e os fatos recentes, o projeto deve ter um acompanhamento constante e eficaz, para evitar que tal regulamentação seja divorciada da democracia. Temos que monitorar para que a Lei de

greve se traduza em um instrumento que garanta a livre manifestação.

Ao longo dos anos constatamos a violação de direitos e garantias fundamentais previs-tos na Constituição Federal. No caso do Rio de Janeiro temos uma orquestração maquiavélica de des-cumprimento de leis e um descaso total com a transparên-cia, a ampla defesa, o devido processo legal e o mais grave; a interpretação da

legislação vigente conforme a sua conveniência.Temos vários exemplos de violações, a saber,

apenas para ilustrar:• Profissionais que participaram de greve na

rede estadual tiveram a aplicação de código de falta não justificada (código 30), mesmo quando existe o código de greve (código 61);

• Professora que se acidentou no trabalho ao adentrar o banheiro dos professores e uma bomba (colocada por aluno) explodir causando-lhe surdez, teve que buscar o Judiciário para ver o direito de ter o encaminhamento correto de acidentada;

• Na rede Municipal, profissionais que realizam função de cozinheira são admitidas com denomi-nação diferente apenas para burlar a lei quanto ao

piso salarial correto;• Profissionais que declaradamente estavam

em greve se viram pressionados por telefone ou por carta a justificarem suas faltas, sob pena de abertura de inquérito administrativo.

• Profissionais com GLPs foram desligados ou tiveram negado a vaga, com a justificativa de con-duta inadequada, qual seja: postura reivindicatória ou participação em greve;

O que vivemos no chão da escola só encontra similaridade com o período da ditadura, além de todos os assédios morais e sexuais, violência, decretos ilegais, circulares inconstitucionais, am-biente de trabalho insalubre e clara violação à dignidade humana no que se refere à climatização e meritocracia, aponta para um enfrentamento descentralizado do setor jurídico, que possibilite resposta imediata aos ataques e iniba o gestores com condutas como as descritas acima.

Nossa proposta é que o Congresso aprove:• A descentralização do atendimento Jurídico

para que os filiados tenham nas Regionais (e nos Núcleos que ainda não possuam esse atendimento) a resposta imediata a suas demandas;

• A mobilização da categoria para o debate e pres-são visando que a regulamentação do direito de greve atenda aos anseios dos Profissionais de Educação;

• Cartilha dos direitos do servidor indicativa dos meios de defesa no caso de violação;

• Que no período de greve sejam mantidos plan-tonistas no SEPE para atendimento de emergências;

ASSINAM ESSA CONTRIBUIÇÃOPatrícia de Souza Lima Santos (Reg V), Marco

Túlio (Reg III), Claudio Monteiro (Reg V), Izabel Cristina (Reg III), Vicente (São João de Meriti), Lucivânia (São João de Meriti), Carlos ‘Arafat’ (Reg

IV), Robson Garcia (Reg I), Eduardo Henrique (Reg IV), Luis Augusto (Reg VII), Afonso Celso (Reg I)

O que assistimos a cada manifestação de protesto dos profissionais de Educação é o aumento da truculência e a judicialização da política, conjugada a uma paulatina e cronometrada violação de direito

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Tese 9O SEPE PRECISA MELHORAR SEU ESTATUTO

Nosso sindicato precisa avançar na discussão da questão da reforma de nosso estatuto. Várias questões precisam ser mudadas no nosso estatuto. Apresentamos algumas inclusões e outras transfor-mações que poderão ser realizadas.

(1) Os núcleos SEPE poderão criar Comissões especiais, a critério da Assembleia Local e/ou de suas Direções, para contribuírem com a luta de nosso sindicato.

(2) Inclusão na Estrutura Organizativa do SEPE/RJ do Conselho de Ética. As competências do Con-selho de Ética serão definidas pela Conferência Estadual, e este será eleito bienalmente, no mês de junho, nos anos em que não haja pleitos elei-torais do SEPE.

(3) Participação, com direito a voz e voto, de to-dos os membros das Direções Locais e de todos os filiados e de todas as filiadas quites, no Congresso e na Conferência Estadual do SEPE.

(4) O Conselho Deliberativo da rede estadual será constituído por duas Representações, de cada vinte escolas e/ou creches, eleito em Assembléia Geral e por todos os membros da Coordenação Estadual, titulares e suplentes.

(5) O Conselho Delibe-rativo da rede municipal é constituído por três Re-presentantes de cada cinco escolas e/ou creches, eleito em Assembléia Geral e por todos os membros da Coordenação Municipal, titulares e suplentes.

(6) Os Conselhos Deliberativos serão compostos por, no mínimo, cinqüenta por cento mais um de professores / professoras, e cinquenta por cento mais um de funcionários / funcionárias.

(7) A renovação dos Conselhos Deliberativos acontecerá, anualmente, no mês de abril.

(8) O Conselho Fiscal será eleito juntamente

com a Coordenação Estadual e será composto por dez conselheiros / conselheiras, sendo cinco funcionários / funcionárias e cinco professores / professoras, e poderá aprovar ou reprovar as Prestações de Contas do SEPE/RJ e locais.

(9) Os Coordenadores do SEPE serão eleitos em processo eleitoral, e será considerada eleita à chapa que obtiver a maioria dos votos válidos, tanto para a Coordenação Estadual quanto nos municípios.

(10) Inclusão na Coordenação Estadual de: (a) duas pessoas para coordenar o Programas de Saú-de Individual e Coletiva do Servidor / da Servidora em Educação, cujas funções serão definidas em seu Regimento Interno.

(11) São condições necessárias para o reconhe-cimento político de um Núcleo Municipal: (a) re-presentação no Conselho Deliberativo Estadual; (b) endereço oficial de funcionamento; (c) filiação ao SEPE de, no mínimo, cinco por cento profissionais

de educação das escolas e/ou creches públicas localizadas no município.

(12) O Estado do Rio de Janeiro será dividido nas seguintes regiões: I - Baía da Ilha Grande; II - Baixadas Litorâneas; III - Centro-Sul Fluminense; IV - Médio Paraíba; V - Metropolitana; VI - Noroeste Fluminense;

VII - Norte Fluminense; VIII – Serrana. (13) Todos os núcleos do SEPE poderão con-

tratar 1 advogado / 1 advogada para suprir as demandas que o SEPE/RJ não puder suprir.

(14) A Cidade do Rio de Janeiro será dividida nas seguintes regiões: I - Zona Sul; II - Centro; III - Zona Oeste; IV - Zona Norte.

(15) Com relação as Representações de Esco-las e Creches: a eleição acontecerá anualmente; cada unidade escolar e/ou creche elegerá em Assembleia Geral os Representantes / as Repre-

sentantes, das Escolas e Creches, obedecendo à seguinte proporção: I - a unidade escolar e/ou creche com até dez servidores / servidoras, elegerá um Representante / uma Representante; II - a unidade escolar e/ou creche com mais de dez servidores / servidoras, elegerá um Representante / uma Representante, para cada dez servidores / servidoras; III - a unidade escolar e/ou creche com fração superior a seis servidores / servidoras ele-gerá um Representante / uma Representante; IV - a unidade escolar e/ou creche com mais de um Representante / uma Representante deverá fazer a distribuição por turno.

(16) Todos os Coordenadores efetivos / todas as Coordenadoras efetivas da Coordenação Estadual com matrícula na rede pública de ensino estadual e/ou municipais, têm direito à licença sindical.

(17) O SEPE/RJ contratará, provisoriamente, um especialista / uma especialista em Biblioteca e/ou Arquivo para revitalizar a Sala de Memória.

(18) Todos os Núcleos do SEPE deverão enviar publicações e outros materiais que contribuam para o enriquecimento da Sala de Memória do SEPE/RJ.

(19) O SEPE/RJ e locais manterão, mensalmente, um Fundo de Reserva para custear despesas extra-ordinárias, como nas eventuais greves.

(20) Serão elaborados concursos públicos de provas e títulos para o preenchimento das vagas do SEPE/RJ e locais. Os critérios para a elaboração da prova serão discutidos e deliberados na Confe-rência Estadual.

(21) Todo CERTIFICADO de cursos de formação e atualização emitidos pelo SEPE/RJ terá CARGA HORÁRIA especificada.

(22) O filiado / a filiada terá uma carteirinha, não digital, padronizada comprovando sua filiação ao SEPE.

(23) O conjunto das direções do SEPE discutirá a elaboração e a efetivação do Regimento Interno do SEPE.

(24) O SEPE/RJ e locais deverão funcionar

“a Cidade do Rio de Janeiro será dividida nas seguintes regiões: I - Zona Sul; II - Centro; III - Zona Oeste; IV - Zona Norte”

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nos turnos da manhã, tarde e noite, para melhor acolher a riquezas de horários disponíveis pela categoria dos filiados / das filiadas.

(25) Toda movimentação financeira do SEPE central e locais será processada única e exclusiva-mente por meio de cheque.

(26) Os recursos financeiros do SEPE central e locais serão utilizados para a manutenção das lutas dos trabalhadores da educação pública dentro das esferas Estadual e dos Municípios, no Estado do Rio de Janeiro, e não poderão ser utilizados para ajudar ou colaborar com pessoas, grupos ou outros que não estejam envolvidos diretamente com as nossas lutas congressuais e estatutárias.

ASSINA ESTA TESEMOVIMENTO DOS TRABALHADORES

EM EDUCAÇÃO ( MTE )

(27) O SEPERJ e locais fará, ao final de cada ges-tão, uma Auditoria em suas contas e os resultados obtidos serão divulgados a categoria de filiados / filiadas.

(28) As greves precisam ser realizadas como fruto de uma discussão ampla.

(29) As assembleias das campanhas salariais de nosso sindicato deverão ter no mínimo 2% dos filiados em primeira chamada e 1%em segunda chamada.

(30) O SEPE/RJ e locais precisam investir tam-bém em outros instrumentos de pressão e controle sobre as políticas governamentais: I - plebiscitos temáticos; II - momentos de avaliação das políticas educacionais; III - participar de todos os conselhos

que temos direito; IV - utilizar melhor a mídia. (31) As assembleias da categoria deverão ter

no mínimo 20% dos filiados / filiadas em primeira chamada e 10% em segunda chamada. As as-sembleias que não obtiverem o quórum mínimo deverá ser convocada outra até se completar a exigência de quórum mínimo. Todas as votações deverão obedecer o percentual do quórum para que tenham validade.

(32) O SEPE/RJ acionará o Ministério Público sempre que os direitos de nossa categoria forem violados. Todas as Moções aprovadas nos Con-gressos e nas Conferências serão encaminhadas, imediatamente, aos seus destinatários.

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Tese 10EM DEFESA DE UM NOVO DEPARTAMENTO JURÍDICO PARA O SEPE

“O SEPE/RJ tem por finalidades: I - reunir e con-gregar os professores, funcionários administrativos, orientadores e supervisores, ativos e aposentados, enfim, os profissionais de educação das redes pú-blicas de educação Estadual e Municipais do Estado do Rio de Janeiro; II - defender diretamente os in-teresses profissionais dos servidores constantes do inciso” (ESTATUTO DO SEPE-RJ, ARTIGO 2)

O Departamento Jurídico do SEPE-RJ está ca-minhando a passos lentos. Lentos tendo em vista que a própria justiça “é lenta”. Estamos assistindo os esforços do Conselho Nacional de Justiça no sentido de fazer mutirões para “fazer andar” uma demanda enorme de processos que “adormecem nas gavetas dos magistrados”. “Gavetas” estas que já não são, em quase todas as ci-dades brasileiras, suficientes para suportar “tanta papela-da”. Cidadãos e cidadãs que aguardam por uma resposta simples da justiça, como por exemplo, “furto/roubo” de um alimento de um super-mercado por “alguém que tem fome” e cujo caso foi parar nos tribunais. É lamentável, entretanto, assim caminha a justiça no Brasil. O DJ do SEPE-RJ não é diferente dos “tri-bunais brasileiros”. Temos homens e mulheres de boa vontade. Profissionais com ótima qualificação, entretanto, a morosidade de suas ações, como a própria justiça “é morosa”, atrapalha o sucesso de nossas ações políticas enquanto sindicato consti-tuído para servir a categoria de nossos filiados da educação pública escolar. No mais, temos divergên-cias na própria direção do SEPE-RJ como relação ao trabalho profissional de profissional A ou B. O fato é que estes, de uma maneira ou de outra, foram

INDICADOS por um grupo ou outro que trabalha para este sindicato de nossa categoria, o que, acreditamos, possa “engessar” as ações deste ou desta profissional por causa da ação X ou Y ferir as “ideias” de tal grupo político sindical. E com todas estas misérias, quem perde são os nossos filiados. Filiados estes que podem ter que esperar anos e anos para que um pedido, estatutária e congres-sualmente de direito seu, seja encaminhado aos tribunais para uma decisão da justiça brasileira. As duas citações abaixo, do próprio DJ do SEPE-RJ, Re-latório do DJ/SEPE-RJ, entregue para a Direção no ano de 2003, com o tema “Diagnóstico e proposta de reestruturação organizacional do Departamento Jurídico do SEPE – novembro / 1997” são exem-

plos do que foi relatado até aqui.

(1) “Tendo em vista o SEPE representar uma parcela não pequena do funcionalismo público – segmento social que pela própria natureza e cultura do Estado é continuamen-te tensionado por rela-ções extremamente auto-

ritárias e arbitrárias – pode-se considerar baixa a atual demanda. Há certamente um grande número de demandas na categoria, ficando como questão saber se existe interesse político em estimulá-las e, dentre elas, quais convém ao SEPE impulsionar. Embora a demanda presente também não possa ser considerada elevada em relação ao número de profissionais do DJ, não é pequeno o grau de exigência dos advogados, dada a extensão da base do SEPE, a dispersão da demanda e a multiplicidade de legislações e atos administrativos. Além disso, já se registra uma tendência a um crescimento da demanda no interior do Estado, ao lado de uma

possível expansão também na área trabalhista. Os problemas organizativos identificados no acom-panhamento das demandas também não podem passar ao largo. Desse modo, qualquer política que vise a estimular demandas, seja na base da categoria seja junto às direções municipais, ou simplesmente encaminhar aquelas previstas pela direção estadual, não poderá vir desacompanhada de uma proposta de reeestruturação do DJ.”

(2) “Internamente, o departamento não dispõe, como realçado no diagnóstico, de um procedimen-to específico e sistemático para o atendimento e acompanhamento das demandas encaminhadas pelas direções, estadual e municipais, tampouco de uma instância de coordenação, fatores que so-mados possibilitariam um tratamento privilegiado e mais político dessas demandas.”

Atualmente o quadro funcional do DJ do SEPE--RJ é formado por 10 (dez) profissionais. Cada profissional recebe um salário mensal razoável em virtude de outras categorias profissionais fora de nosso sindicato. Alguns profissionais do direito, fora do SEPE-RJ, recebem honorários insignifican-tes para o valor profissional que estes “carregam em seus ombros”. As direções do SEPE-RJ, em muitos casos, são “omissas” na função eletiva junto ao DJ.

Nos núcleos e nas regionais a situação fica mais crítica. Temos muitos “braços do SEPE-RJ” espalha-dos por todo o Estado do RJ. Estes não estão su-portando as demandas legais que a categoria, por direito, “São princípios organizativos do SEPE/RJ: I - defesa de um sindicalismo amplo, democrático, de base e unitário” ESTATUTO DO SEPE-RJ, ARTIGO 3), apresentam no sindicato local. E o que temos na realidade: FALTA de um profissional do direito de plantão para atender as demandas IMEDIATA-MENTE, sem burocracias desnecessárias.

“Aquele que procura a justiça o faz geralmente

“As diretores de Assuntos Jurídicos compete: (...) IV - coordenar o funcionamento do Departamento Jurídico” (ESTATUTO DO SEPE-RJ, ARTIGO 47)

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com grande expectativa de ver ali seu problema resolvido; guarda, porém, em geral, desconfiança quanto à advocacia gratuita, pública ou sindical.” (Relatório do DJ/SEPE-RJ, entregue para a Direção no ano de 2003, com o tema “Diagnóstico e pro-posta de reestruturação organizacional do Depar-tamento Jurídico do SEPE – novembro / 1997”)

Por questões políticas de nossos grupos que trabalham neste sindicato, temos um “tipo de pe-neira” que, em tese, privilegia que apoia os tais gru-pos A ou B. E isto é ruim para o desenvolvimento de uma “política sindical saudável” realmente “de resultados”.

Outras duas citações, do próprio DJ do SEPE-RJ, Rela-tório do DJ/SEPE-RJ, entregue para a Direção no ano de 2003, com o tema “Diagnóstico e proposta de reestruturação or-ganizacional do Departamento Jurídico do SEPE – novembro / 1997” são exemplos do que foi relatado até aqui.

(1) “Considerando a impor-tância da estrutura municipali-zada para a sustentação política do SEPE, pode-se dizer que essas direções são mal assistidas pelo DJ, e que esta é a principal deficiência a se equacionar. Não se trata, no entanto, de um problema isolado cuja responsabilidade possa ser atribuída exclusi-vamente ao departamento jurídico. Ao contrário, verifica-se um cruzamento de fatores envolvendo o funcionamento interno de DJ e sua relação com a direção estadual, a organização das municipais e, muito provavelmente, a própria estrutura sindical.”

(2) “Na maior parte das direções municipais, é perceptível, no trato das questões jurídicas, um insuficiente grau de organização, que se expressa na inexistência de um responsável junto ao de-partamento, na ausência de uma rotina para o atendimento à categoria e em uma relação pouco sistemática com o DJ para o intercâmbio dessa demanda individual. Em que pese a acentuada heterogeneidade entre as diferenças municipais, há indicativos de que mesmo suas demandas

específicas sejam pouco trabalhadas politicamen-te antes de ingressarem no departamento. Com características gerais, pode-se apontar, em to-dos os níveis de direção, a informalidade, a assis-tematicidade e a falta de planejmento.”

Nosso sindicato é formado por homens e mulheres de bem. Traba-lhadores e trabalhadoras que saem de suas resi-dências para “ganhar o

pão” e alimentarem suas famílias. Não podemos brincar de “fazer sindicalismo”.

“I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição” (CONS-TITUIÇÃO FEDERAL, ARTIGO 5º)

Em nossa tese propomos, não apenas critica-mos, que o nosso Departamento Jurídico real-mente funcione para atender TODAS as demandas de nossa categoria, em TODOS OS CANTOS deste Estado do RJ. Não podemos ter apenas “atendi-

mentos especiais, localizados”. Não podemos ter atendimentos INSUFICIENTES, “temporários”.

“(...) LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são asse-gurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes” (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ARTIGO 5º)

Defendemos a contratação, imediata, de es-critórios de advocacia. A seleção dos escritórios precisa ser amplamente debatida com o conjunto da Diretoria Executiva do SEPE-RJ e dos SEPE’s locais, em fórum congressual e estatutariamente convocado, para tal tema.

“A codificação do Direito Civil, herança liberal, trouxe consigo o dogma da completude no cam-po do Direito Privado (o Código tem as respostas para todas as questões, se não está codificado não pode ser decodificado e não pertence ao mundo jurídico), cuja influência ainda não foi de todo aniquilada.” (ROMEU FELIPE BACELLAR FILHO: Doutor em Direito do Estado. Professor Titular de Direito Administrativo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Professor da Universidade Federal do Paraná. DIREITO PÚBLI-CO X DIREITO PRIVADO)

“Mas sendo inegável a importância dos princí-pios gerais do direito, independente da corrente jurídica que se adote, parece-nos acertado que entre as funções possíveis e imagináveis, talvez nos dias atuais, em que o direito privado precisa ser repensado, principalmente após a Constitui-ção Federal de 1988, os princípios surgem como elemento integrador do ordenamento jurídico.” (Sergio Gabriel. Os princípios gerais de Direito Pri-vado e o princípio da dignidade da pessoa humana no Direito das Obrigações)

ASSINA ESTA TESEMOVIMENTO DOS TRABALHADORES

EM EDUCAÇÃO ( MTE )

“É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: (...) III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas” (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ARTIGO 8º)

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Tese 11A VELHA GUARDA DA EDUCAÇÃO EXIGE RESPEITO

INTRODUÇÃO “ Nos países capitalistas onde foi implantado o

modelo neoliberal, a vida do trabalhador tornou--se muito mais difícil, com a supressão do estado do bem estar social, vários direitos fundamentais foram suprimidos ou precarizados. A saúde, edu-cação, transporte ,tudo fica cada vez mais difícil. A propaganda mentirosa de que a previdência é de-ficitária. Todo ano sobram milhões que vão para o pagamento dos juros da dívida externa. ...A verba de milhões para propaganda dos governos fede-ral, estaduais e municipais é uma vergonha, usan-do o trabalhador, enquanto nos hospitais faltam os profissionais de saúde, medicamentos e aparelhos essenciais quebrados .Essa situação vexatória é além de desumana é cruel.”

(Sebastião José e Silva)

Nos seus 27 anos de luta organizada, os aposen-tados têm historicamente a luta pela garantia da Paridade com Integralida-de. Esta luta que se iniciou no SEPE/RJ no ano de 1986, com dez ilustres Professoras Aposentadas crescendo através da organização como se fosse um bloco carnavalesco de rua. A cada assembleia, idas à Câmara, à ALERJ, Secretarias de Educação e marchas ao Palácio, chegava mais uma, mais um... Professor, Professora, Funcionários, Aposentados e Aposentáveis, assim como as Pensionistas.

Em 1986, quando é instituída a greve, os vinte e cinco mil professores reunidos no Maracanãzi-

nho conquistaram um plano de carreira, que ficou na história como um marco na luta do SEPE: os aposentados não foram contemplados. Em razão da exclusão, as companheiras aposentadas e a di-reção do Sepe ampliaram a luta e conseguiram em 1987: a almejada paridade. Desse trabalho parti-ciparam efetivamente as professoras: Aparecida, Célia Lobato, Cecília, Daise Calazans, Divanila, Luzia,Vilma, Olgarita, Terezinha Joppert e Terezi-nha.

Até os dias de hoje, a luta pela paridade conti-nua através da Secretaria e coletivos de aposenta-dos organizados no Sepe central, núcleos e regio-

nais.As mudanças propostas pelos governos Estadual e Municipais estão sempre trazendo ameaças e inseguranças ao aposentado bem como a toda a categoria, sejam através dos abonos,das gratifica-ções de desempenho , mudanças nos planos de cargos e salários e outras artimanhas. Os profissio-nais da ativa começam a perceber

e preocupar-se com este processo na sua apo-sentadoria. O coletivo de aposentados reúne-se semanalmente no Sepe/Rj para discutir, estudar leis, organizar os coletivos nos núcleos e regionais , encontros de lideranças e estaduais. Se fôsse-mos registrar nomes dos companheiros/as que participam teríamos uma lista com centenas, mas deixamos registrados nomes dos que atuaram no coletivo reunindo-se às terças feiras, no Sepe central, trazendo reflexões e entusiasmo para a luta, dos quais hoje lembramos com saudade , in

memoriam: Alixe Brantes, ,Julio , Inaura Correa e Silva , Sebastião José e Silva , Não podemos deixar de registrar ass pioneiras que em 1979, ano em que o Sepe sofre intervenção da ditadura ficando fechado até 1984 (atuando na clandestinidade)deixando uma inestimável contribuição à causa do aposentado.. Deixaram além das conquistas, respeito e abriram espaço para outros seguidores. Estas companheiras são:Alaiks, Blandina, Cilene, Iara, Jurema, Luzia, Marina, Mercedes, Myriam Rosadas e Myrna,

Plano de carreira – Esta é uma questão que vem se arrolando a décadas, sendo uma luta dos Profissionais da Educação em todo o Brasil, no-tadamente todas as Regiões Brasileiras, desde a mais rica à mais pobre economicamente, já que economizar com educação ou até desviar verbas destinadas a ela é uma prática antiga nos diferen-tes níveis de governo, seja federal, estadual ou municipal.

O Sepe – Como Entidade representativa dos trabalhadores tem como um dos pontos de luta a conquista de um Plano de Carreira Unificado, buscando favorecer professores e funcionários na sua caminhada profissional e financeira.

Atualmente, é notória a desvalorização social do Profissional da Educação, e o salário revela isso. O contracheque é a maior prova da desvalo-rização com o Educador seja

Professor ou funcionário administrativo. ORGANIZAÇÃO DA SECRETARIA E O PLANO DE LUTA DOS APOSENTADOS Os Encontros Estaduais são realizados anual-

Nos seus 27 anos de luta organizada, os aposentados têm historicamente a luta pela garantia da Paridade com Integralidade

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mente tendo como meta a integração dos aposen-tados, direções dos núcleos e regionais, organiza-ção dos coletivo e lideranças.

A principal tarefa nos Encontros estaduais de aposentados é formular o plano de luta,pois este é o instrumento que dá as diretrizes para a organi-zação da secretaria..

Foram realizados 36 Encontros Estaduais de aposentados, onde participam centenas de apo-sentados de vários núcleos e regionais..

Em 2013 , a Secretaria e coletivos deram prioridade à integração dos aposentados na Luta do conjunto dos trabalhadores da Educação. Em 2014, as lideranças de aposentados encaminham que seja realizado em Novembro, o 37º Encontro. Os aposentados, lutam pelas questões específicas estando sempre nas atividades gerais do Sepe: as-sembleias, atos, reunião da direção, cursos, semi-nários, congressos e conselhos deliberativos mes-mo sem direito a voto.

A JORNADA DE JUNHOÈ mais um marco na história do Sepe.A catego-

ria se mobiliza não apenas em defesa de seus direitos ,mas integrando-se ao mo-vimento da sociedade, que tem como mote a luta con-tra os 20 centavos. Tomam as ruas e as praças em vá-rios cantos do Brasil.

A cidade do Rio de Janei-ro é o palco de grandes ma-nifestações .Profissionais da educação entram em gre-ve levando mais de 20 mil educadores à luta. Com a intransigência dos governos e parlamentares, profissio-nais da educação ocupam a Câmara de vereadores fazem acampamento em frente à Câmara e ALERJ, enfrentando bombas de efeito moral, gás de pi-menta para garantir, negociar o Plano de Carreira e melhores condições de trabalho.

O Sepe iniciou 2013 com “ o bloco na rua” ,em busca de negociações com os governos estadual e municipais que não tiveram interesse em negociar a pauta de reivindicações , ocasionando um perío-do longo de paralisações e greve, levando a cida-de a cenas de violência, ações truculentas, prisões e morte de manifestantes e trabalhadores. Em 2014 o movimento de rua continua, e a violência também. O triste é que os trabalhadores sempre levam a culpa, ficando como atores principais da violência.

O ESTATUTO E SUAS MUDANÇAS

O Estatuto de uma instituição não deve ser visto como mera “carta de intenções”, sendo lem-brado segundo as circunstâncias, ou pior, aplicado conforme as conveniências dos fatos.

Ao contrário, deve ser cumprido de acordo com os próprios termos – sem versões ou inter-pretações de seus preceitos.

Por tudo isso,uma reforma estatutária deve ser resultado de ampla e profunda análise e avaliação, visando a instrumentalizar e organizar a institui-ção, conforme seus objetivos e fins.

No caso de um sindicato, como o do Sepe, sua evidente especificidade enquanto organização complexa deve estar retratada no texto estatutá-rio de modo a servir como parâmetro de estrutura e funcionamento, evitando-se ambiguidades, con-flitos e omissões nos seus artigos e demais ele-mentos de sua composição.

Neste sentido, o Coletivo de Aposentados/as do Sepe/RJ vem por meio desta tese contribuir para a atualização e aprimoramento do atual esta-tuto, que há muito carece de revisão.

Entendemos que o foco principal desta refor-ma estatutária deve ser o fortalecimento do Sepe/RJ e a renovação das praticas sindicais, com vista a avan-çar na luta e nas conquistas históricas dos profissionais da educação deste estado.

A RELAÇÃO DO SEPE COM OS APOSENTADOS

Para além dos pontos polêmicos que,certamente irão polarizar os debates do atual congresso,está dentre eles uma questão há muito debatida pelos coletivos de

aposentados e suas lideranças: a representação de aposentados no sindicato.

Não se trata de privilegiar um grupo em detri-mento de outros. Não queremos criar uma corren-te ou tendência de aposentados. Ao contrario, o que estamos pleiteando é a correção de uma certa falta de equidade quanto à pretensão de exercício militante de tão significativa parcela dos profissio-nais de educação, que há 27 anos integram a luta deste sindicato.

As vagas para a Secretaria de Aposentados cos-tumam ficar para o fim das opções ou, segundo o jargão Sindical, para o final da “ puladinha”.No sentido de superação deste quadro e cooperação com o Sindicato ,propomos algumas sugestões:

* A Secretaria de aposentados deve, priorita-riamente, ser composta por profissionais aposen-tados, professores e funcionários administrativos.

* que as chapas tenham na sua estrutura a se-cretaria de aposentados na última eleição obser-vamos que na maioria das chapas não constavam Secretaria de aposentados, ficando maioria dos núcleos e regionais sem organização dos coletivos para as demandas dos aposentados.

* Em todos os locais onde o Sepe estiver cons-tituído, deve-se manter ou estimular a criação de coletivos de aposentados.

* Assim como são eleitos os representantes de escolas,na proporção de um representante para dez eleitores, e organizados em conselhos de re-presentantes de escolas, nos núcleos e regionais, os aposentados devem se constituir em conselhos locais de aposentados, sendo eleitos três repre-sentantes junto ao Conselho Deliberativo do Sepe central, segundo a mesma proporção dos repre-sentantes de escolas.

A CENTRAL SINDICAL E CNTE. Entendemos que qualquer iniciativa pela filia-

ção do SEPE a uma Central Sindical deva ser an-tecedida por ampla e profunda discussão com a categoria e não apenas entre vanguardas.

Quanto o retorno ou não à CNTE (Confedera-ção Nacional dos Trabalhadores em Educação), não é de grande polemica para os aposentados, porém para preservar as matizes que permeiam este coletivo também propomos que seja decidi-do em plebiscito.

ANÁLISE DOS CONVÊNIOS COM PLANOS DE SAÚDEA saúde do trabalhador tem sido assunto cons-

tante em nosso sindicato. Porém sabemos que saúde e educação não são levadas a sério pelos governos estadual e Municipais. Os Planos de saúde tomaram o espaço, como se fossem viáveis a todos os trabalhadores. Na Educação, professo-res tentaram se manter em alguns planos, mas a idade acabava o eliminando.

Os funcionários públicos, do Município do Rio de Janeiro, se viram obrigados a optarem por pla-nos de saúde, quando lhes foi tirado o direito ao atendimento de qualidade do IASERJ. Os da rede estadual vivem com o fantasma.... do desmonte desta instituição e a eles é oferecido um plano de saúde onde o governo não assume se quer o des-conto em folha.

- Concordamos que a Saúde Pública de quali-dade para todos os brasileiros é prioridade, mas chegar a tal patamar levará um longo tempo e de-vemos nos preocupar com aqueles que tem ur-gência de atendimento. O que fazer com os que, no interior do Estado, são precariamente atendi-dos, quando são, pela crítica situação da Saúde em seus municípios? Sabemos de casos, que cres-cem a cada dia, de companheiros desassistidos,

Para além dos pontos polêmicos que irão polarizar os debates do atual congresso, está dentre eles uma questão há muito debatida pelos coletivos de aposentados e suas lideranças: a representação de aposentados no sindicato

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enfrentando situações graves.. Na busca de soluções encaminharam ao SEPE

a questão. O resultado foi o convênio com a UNI-MED e anos depois com a CABERJ. A questão da Saúde vai além do que é próprio do meio sindical, ou seja das questões relativas aos interesses de uma categoria profissional e das lutas mais amplas e gerais de uma sociedade. Tratam-se de vidas hu-manas, às centenas, aos milhares, que dependem de tratamento médico e não conseguem um bom atendimento nos serviços hospitalares públicos. Queremos destacar a questão de companheiros que ficam doentes e que necessitam de serem acolhidos por familiares e amigos ou abandonados a seu próprio destino. Por isso, o Coletivo de Apo-sentados não se exclui de participar e contribuir com este difícil debate, entendemos que à direção do Sepe e em especial a Secretaria de Saúde e Di-reitos Humanos, deveria atualizar seus relatórios para melhor esclarecimento a todos sobre a real situação dos planos e a me-lhor posição a se tomar, co-letivamente,. Entendemos que se faz necessária uma conferência de Saúde para que estes assuntos possam ser estudados,

PROPOSTAS DO COLETI-VO:

1. Conferencia de Saúde para que se debata:SUS – IASERJ – SEPE/UNIMED RIO e CABERJ e Plano de Saúde oferecidos pelo Esta-do e município do rio de janeiro

2- Lutar pela eleição de diretores da Escola coma participação da comunidade Escolar.

3-Organizar a luta da categoria em defesa de pisos salariais dignos e contra a política de bônus, gratificações , prêmios e contratos tem-porários oferecidos pelo governo ou terceiriza-dos

4- Organizar a luta para a conquista do plano de carreira unificado da categoria.

5-Informatização dos dados do SEPE para que se possa interagir com os Aposentados(as). Tal medida propiciará também maior segurança e confiança na guarda de documentos.

6. Presença de aposentados nos fóruns do SEPE, nos Movimentos Sociais, nos Encontros e nas Audiências com os Parlamentares e Gestores Públicos.

7. Deve ser garantido ao Aposentado e a seus representantes prioridade na apresentação de informes e propostas na pauta das reuniões de Direção, Conselho Deliberativo e outras, respei-tando assim, o Estatuto do Idoso;

8. Garantia do cronograma anual aprovado

pelo Coletivo de Aposentados;9. Manter a orgaização do espaço físico ade-

quado para as atividades dos Aposentados e ou-tras Secretarias (salas, arquivos, computadores);

10-. Estimular a criação de Secretarias de Apo-sentados e Coletivos em Núcleos e Regionais;

11. Atualização da listagem dos aposentados para a eleição e também para o envio de corres-pondência.

12-Campanha de conscientização na redução dos gastos com a energia, a água e reciclagem do lixo (coleta seletiva)

13- Um jornal de bom nível, que garanta o flu-xo permanente de informações com os aposenta-dos da educação (enviado para a residência).

14. Dar estrutura financeira de sustentação para a organização e manutenção para os coleti-vos de Aposentados para maior e melhor funcio-namento das Secretarias de Aposentados, SEPE/RJ, Núcleos e Regionais.

15. Promover debates, seminários, sobre as ques-tões dos movimentos so-ciais; Raciais Sem Terra, Sem Teto, Indígenas, Quilombo-las, Economia Solidária, etc) ?

16. Organizar espa-ço para acolher os e as aposentados(as) da educa-ção que necessitarem ser acolhidos pelo SEPE por es-tarem solitários ou não ter

como se cuidar sozinhos (Retiro dos Profissionais da Educação).

17. lutar junto aos governos para que agili-zem os pagamentos das ações ganhas juridica-mente, priorizando as relativas aos aposentados da educação ( ações 164/50, Retroativa do nova Escola e Banerj )

18. Encaminhar junto aos Parlamentares e Go-vernantes Estadual e Municipal pela manutenção da paridade com integralidade.

19- Realizar ampla e profunda discussão com a categoria e não apenas com a vanguarda para decidir em Plebiscito as seguintes questões: *Sua filiação à uma Central Sindical e retorno ou não à CNTE.

20- Estabelecer um permanente resgate das lutas e conquistas dos companheiros/as do co-letivo e secretaria de aposentados e dos demais que contribuíram na construção deste sindicato.

Mudanças Estatutárias:Capitulo I Art 2º - I – ( adendo) : Reunir e congregar os pro-

fessores, funcionários administrativos, orien-

tadores , supervisores (ativos e aposentados) e PENSIONISTAS DA EDUCAÇÃO, enfim, os profissionais da educação das redes públicas de educação estadual e municipais do Estado do Rio de Janeiro e seus referidos pensionis-tas.

II - Emenda modificativa: Defender di-reta e prioritariamente interesses profissio-nais dos servidores constantes do inciso I XI- (Adendo) –Devem implementar o que estabe-lecem este artigo em seus incisos.

Capítulo II Art.4 ( adendo) : Têm direito a ser sócios

do SepeRJ todos os professores, funcionários administrativos,orietadores e supervisores ( ativos e aposetados) e PENSIONISTAS DA EDUCAÇÃO das redes estadua e municipais de todo o estado do Rio de Janeiro

Capítulo IIIArt. 32 – (Emenda modificativa) § 2º Os con-

selheiros de base ativos e aposentados eleitos nos núcleos municipais e regionais da capital terão mandato de dois anos.

Artigo 35 – (Adendo) Os conselheiros de base ativos serão eleitos nos conselhos de re-presentantes de Escola e aposentados em As-sembleias convocadas para este fim e Secre-taria de Aposentados, Núcleos e Regionais que tenham o Coletivo de Aposentados organizados. §1º (Adendo) O município ou Regional da Capital que organizar o Conselho de Repre-sentantes das Escolas terá direito a 3 (três) conselheiros de base ativos e o mesmo quan-titativo para os conselheiros aposentados. §3º (Adendo) os conselheiros de base ativos e aposentados terão mandato 2 anos..

III (Emenda modificativa) Recolher e enca-minhar as secretarias específicas toda documen-tação pertinente a essas questões para análise e encaminhamentos.

Parágrafo – VI (Adendo) A Secretaria de apo-sentados deve prioritariamente ser composta, por profissionais aposentados, professores e funcio-nários administrativos.

Capítulo IV Art. 58 ( Adendo ) §1º- A Diretoria dos núcleos

municipais e das regionais da capital será com-posta no mínimo de 5(cinco) membros efetivos e 5(cinco) suplentes, de acordo com a proporcionali-dade.

Art. 59 – (Adendo ) §ÚNICO - Os Núcle-os e Regionais terão conta bancária em nome da instituição, assinada pelos diretores da coordenação geral e secretaria de finan-ças dos Núcleos e Regionais, poderão utilizar o CNPJ do SEPE/RJ ou ter o seu CNPJ próprio. Capítulo V

Queremos destacar a questão de companheiros que ficam doentes e que necessitam seracolhidos por familiares e amigos ou abandonados a seu próprio destino

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Art 63- (Adendo) :§ 7º - as chapas só poderão apresentar nas nominatas o nome de um partici-pante concorrente no máximo em dois espaços, considerando, Núcleos e Regionais.

Capítulo VIII Art.83 – (Emenda modificativa) Fica definida

uma contribuição de 04%(quatro por cento) da renda financeira bruta do SEPE/RJ para a recons-trução do movimento sindical. Esse percentual

será investido conforme deliberação dos conse-lhos deliberativos e/ou orçamentários.

Art. 84 – (Adendo) Será feito o reordena-mento das Regionais com base em 200 Esco-las e sua regulamentação se dará em Conselho Deliberativo Unificado a ser convocado pela Direção Estadual do SEPE/RJ, no mesmo ano do congresso.

Esta tese tem por objetivo contribuir com as

reflexões e encaminhamentos dos congressistas e encaminhar propostas elaboradas pelos apo-sentados. Foi utilizado como documento nortea-dor a tese geral apresentada pelos aposentados no XIII Congresso em 2011. Por isto podemos afir-mar que esta tese apesar de ser asinada por um pequeno grupo retrata o pensamento da maiora dos aposentados que militam no Sepe central , núcleos e regionais

Alice Atanazio - Regional IV Daizir Madalena Coutinho – Reg. Laurita Rodrigues Dantas - Regional III Maria Gorete R. do Nascimento - Reg. IX Maria O. da Penha- Sec.Aposentados Maria Regina Francisco ( Regional II )Solange P. de Andrade – coletivo Apos.Vera L, de Freitas S. - Reg IX e. Mangaratiba

Assinam esta TESE Companheiros (as) dos Coletivos de Aposentados

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Tese 12CULTURA REVOLUCIONÁRIA E PEDAGOGIA TRANSFORMADORA

O ponto de partida dessa reflexão é a neces-sidade de retomarmos paradigmas esquecidos, recuperarmos conceitos adulterados e restabele-cermos práticas abandonadas. Enfim, retomarmos os elementos cruciais que davam aos trabalhadores a sua Identidade de Classe. Sendo esse Congresso for-mado por Profissionais da Educação, em um momento que a “Esquerda” sofreu uma “amnésia” precisamos recordar um ícone da Edu-cação: Paulo Freire.

A proposta que assu-mimos tem o objetivo de abordar a questão de forma “dialética”, assim como o au-tor destacado desenvolveu o seu trabalho. Portanto, não queremos restringir a discussão aos limites da “Es-cola”, pois o que queremos debater é uma pedagogia de vida e de militância. A “alfa-betização” que acreditamos é aquela que possibilita a “leitura do mundo em que vivemos”, potencializando a implementação de uma práxis que transforme tanto o sujeito, como a realidade em que ele esta inserido. Assim, o que pretendemos é uma metodologia que altere o modo de ser do educador e do educando de tal forma que eles se tornem educadores-educandos e educandos-educadores.

O objetivo é a transformação dos agentes e do contexto de forma simultânea. Por isso precisamos ROMPER COM A LÓGICA EDUCACIONAL CAPITALIS-

TA, onde o princípio fundamental é a acumulação de dados e de informações para manter o poder da desigualdade. Em contraponto, a mudança que pretendemos é a de postura, onde todos sejam, ao mesmo tempo, sujeitos e objetos do processo.

Uma Educação Dialética, onde uma Pedagogia Revo-lucionária seja o modo de se alterar as relações esta-belecidas, rompendo com estruturas que legitimam o Status Quo. Onde a auto-ridade é estabelecida pelo reconhecimento de uma relação recíproca de respei-to e, não pela imposição de mecanismos de dominação.

È uma proposição que retoma, também, as ques-tões apresentadas pelos participantes da chamada “Escola de Frankfurt” onde a Cultura Revolucionária não poderia ter os prin-cípios, meios e métodos que reproduzem ou manti-vessem o status quo. Logo

nossa proposta é uma “Dialética Plena”, onde os ditos “Socialista” não utilizem os métodos e formas de dominação burguesas. Afinal, o Socialismo, tem como característica ser a con-tradição do Capitalismo, onde sua finalidade é a superação das estruturas sociais burguesas e não a sua “reestruturação com aparência socia-lista”. `Por isso o propósito que buscamos é a reestruturação da Classe Trabalhadora onde o hegemonismo desejado seja a Hegemonia de

Classe e não a prática de um grupo pretensamen-te vanguardista buscando apenas hegemonizar outros grupos.

Enfim a dinâmica que desejamos é aquela onde o sindicato seja representado pelo militante e o dirigente seja o militante que toma para si a responsabilidade de coordenador de uma cole-tividade tendo a “paixão necessária” para não se burocratizar. A isso nós chamamos de “Ética Revolucionária”, cujo fundamento não é o mora-lismo mas sim uma ideologia que expresse na sua conduta adequada que possibilite o nosso projeto político socialmente transformador. Logo precisa-mos ter a capacidade de superação da alienação que nos leva ao estranhamento competitivo com os outros. Pois, se não tivermos identidade com os nossos companheiros será impossível superarmos as diferenças circunstanciais para enfrentarmos os nossos reais adversários de classe.

Um dos setores mais importantes para resguar-dar e protagonizar essa defesa de uma verdadeira “revolução ética” nas nossas relações militantes esta no nosso grupo de aposentadas/os. A experi-ência de muitas vidas militantes pode ser associada ao entusiasmo da juventude na reconstrução da identificação das verdadeiras adversidades na luta classista. Assim sendo, tendo em vista a preservação da nossa identidade ideológica e memória comba-tiva, temos que ter uma nova perspectiva para a Secretaria de Aposentados. Assim essa secretaria passa a ter a responsabilidade de ajudar a manter nossa consciência histórica, bem como recordar o sentido e significado do nosso lema: O SEPE SOMOS NÓS, NOSSA FORÇA E NOSSA VOZ! Os objetivos e o texto desta tese específica são apoiados pela mili-tância da Insurgência Sindical do SEPE/RJ que conta com a participação orgânica do autor.

GUARACI ANTUNES

ASSINA ESTA TESE

Logo precisamos ter a capacidade de superação da alienação que nos leva ao estranhamento competitivo com os outros. Pois, se não tivermos identidade com os nossos companheiros será impossível superamos as diferenças circunstanciais para enfrentarmos os nossos reais adversários de classe

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Tese 13VALORIZAÇÃO E FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

A formação e atualização tornam-se necessárias e urgentes para o professor e a professora, pois as informações chegam com enorme velocidade e a cada momento com o avanço das novas tecnologias e das novas descobertas cientificas, cor-rendo o risco de nossas informações tornarem-se obsoletas.

O que temos visto e que os governos investem pouco ou quase nada (tendo em vista os nossos salários e o pouco número de universidades fe-derais e estaduais e as mesmas com cursos que tem pouco a oferecer). Estes mesmos governos usam as mídias para fazem propaganda alardean-

do que está tudo bem na educação mostrando a imagem de professores e professoras e alunos e

alunas felizes. Na verdade a nossa categoria agoniza acuada.

Os cursos, palestras e outros meios de forma-ção e de atualização dos

professores e das professoras, oferecidos pelos governos, pouco acrescentam na nossa formação continuada (gastam muito dinheiro ou usam para justificar a verba recebida). A qualidade destes tipos de formação e capacitação está compro-metida, pois muitas vezes faltam incentivos reais

e os professores trabalham além da sua carga horária de trabalho.

Corremos o risco de entrarmos em sala de aula e os alunos e as alunas estarem com mais informa-ções do que nós.

Princípios para uma boa formação e atualização do professor e da professora:

- Formação acadêmica, completa, consciente e atualizada, e não apenas superficial. Investimentos na ampliação da oferta de cursos nas universidades com vistas à ampliação dos níveis de formação do professor e da professora.

-Criação de bibliotecas e salas de leitura volta-das para a formação do professor e da professora.

ASSINA ESTA TESEEDNETE MENDONÇA

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO ( MTE )

Na verdade a nossa categoria agoniza acuada

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Tese 14CONTRIBUIÇÃO AO XIV CONGRESSO ORDINÁRIO DO SEPE: A LUTA DAS MULHERES, NEGROS (AS) E APOSENTADOS (AS) EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E NÃO SEXISTA

Contribuição ao XIV Congresso Ordinário do Sepe: A luta das mulheres, negros (as) e aposen-tados (as) em defesa da educação pública e não sexista

Políticas de combate ao racismo: Em 2003, o presidente Lula assinou a lei

10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da His-tória e Cultura afro-brasileira nas escolas, e criou a SEPPIR que ganhou em seguida status de minis-tério. Em 2005 e 2008, respectivamente, ocorre-ram a 1ª e 2ª Conferência Nacional de promoção da Igualdade Racial. Em 2010 tivemos aprovação do Es-tatuto da Igualdade Racial, que trouxe como avanço, o fato do Estado brasileiro re-conhecer em sua legislação a presença do quadro da desigualdade racial no país.

Em 2012, já no governo Dilma, é assinada a Lei das cotas para ingresso nas Instituições de Ensino Fe-derais, e em 2013 é realizada a 3ª Conferência que aprovou uma série de proposições de políticas para o Estado brasileiro. Sem sombra de dúvida, estas medidas demonstram avanços na luta pela igualdade racial em nosso país.

No entanto, os resultados ainda são bem lentos. Muito ainda precisa ser feito nas áre-as da educação, da saúde da população negra, do respeito às religiões de matriz africana, do

mercado de trabalho e na segurança dos jovens negros para que este quadro se altere de forma substancial.

Neste sentido, é fundamental que o SEPE se empenhe nesta agenda política pela promoção da igualdade racial, se fazendo mais presente nas lutas pela implementação da Lei 10.639/03, nas lutas pela certificação das terras quilombolas, na defesa do feriado do dia 20 de novembro e na de-fesa da implementação das políticas afirmativas

nas diversas áreas citadas.Violência contra a mu-

lherO predomínio das mu-

lheres entre os (as) traba-lhadores (as) em educação é incontestável e o quadro de violência também se faz sentir dentro do ambiente escolar.

Resolver as questões re-lacionadas a gênero é pre-

missa fundamental para que as mulheres e meni-nas tenham direito a uma vida livre de discrimina-ção, violência e pobreza.

Portanto é importante e fundamental que o SEPE fortaleça a participe de campanhas em nível nacional em defesa dos direitos de participação da mulher na política, de campanhas contra o quadro assustador de violência cometida contra as mulheres e que atue para que esse tema este-ja sempre presente nos programas de formação

da Entidade e nas UEs.

O Sindicato dos Profissionais de Educação pre-cisa incentivar a participação das mulheres, pro-fessoras e funcionárias na luta da categoria e na organização do sindicato. Por isso propomos:

• Que as direções do Sepe Central, Núcleos e Regionais tenham no mínimo 50% + 1 de mu-lheres;

• As chapas precisam ter no mínimo 50% + 1 para concorrer ao Sepe Central, Núcleos e Re-gionais.

Por uma cultura Não Sexista nas práticas educacionais. Não podemos negar que este mundo se baseia

num modelo de sujeito: masculino, branco, hete-rossexual. Este padrão origina em nosso cotidiano inúmeros preconceitos. Nossas atitudes tendem a seguir o mesmo padrão, Mulheres e homens re-cebem uma educação diferenciada, somos educa-das e educados, muitas vezes, a partir de valores que concebem o homem e a mulher como desi-guais. É preciso pensar mecanismos que busquem construir uma educação que promova a igualda-de entre homens e mulheres e que implemente ideias e valores que não reforcem os estereótipos, as desigualdades e preconceitos.

O SEPE Central, suas regionais e Núcleos tem que contribuir para a mudança dessa cultura tem que ter o compromisso de promover debates das questões de gênero nos aspectos pedagógicos

Não podemos negar que este mundo se baseia num modelo de sujeito: masculino, branco, heterossexual. Este padrão origina em nosso cotidiano inúmeros preconceitos

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e institucionais sobre EDUCAÇÃO NÃO SEXISTA, promovendo uma cultura de inclusão, auxiliando sua categoria para a transformação e a apropria-ção de práticas igualitárias.

Por isso propomos;• Formação continuada no SEPE Central,

regionais e Núcleos sobre novas práticas de edu-cação igualitária;

• Encontro das secretarias do SEPE onde se

tenha um planejamento ao combate ao racismo, sexismo, lesbofobia e homofobia;

• Sepe itinerante - Minicursos nas escolas para a formação da categoria com temas de in-clusão;

• Que o SEPE introduza em seu calendário de luta o dia 21 de junho – Dia Educação Não Sexista;

Aposentados

Para que o nosso Sindicato organize os traba-lhadores (as) aposentados (as) de forma a garan-tir efetivamente sua participação nas lutas, é ne-cessário permanecer firme na luta em defesa da paridade e isonomia entre aposentados e ativos nas políticas de valorização dos trabalhadores em educação, bem como incentivar políticas pú-blicas que garantam a qualidade de vida para a população idosa brasileira.

Clarice Freitas (Barra Mansa), Marco Túlio (Reg III), Claudio Monteiro (Reg V), Izabel Cristina (Reg III), Lucivânia (São João de Meriti), Vicente (São João de Meriti).

ASSINAM ESSA CONTRIBUIÇÃO

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Tese 15TODOS NÓS, EDUCADORES, SOMOS IMPORTANTES NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

“Nós podemos tudo, nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será”Gonzaguinha

A Construção Socialista (CS) vem, cada dia mais, mostrar sua participação na luta pela unidade. Entendemos que a educação é a base do conheci-mento e do desenvolvimento da sociedade. Nossa política vem denunciar todas as formas de opressão ao tra-balhador e, por este motivo, temos que nos organizar no local de trabalho, fortalecen-do também o nosso sindicato (SEPE). Em 2012 tivemos o Encontro Estadual de Funcio-nários onde núcleos e regio-nais participaram e saímos com uma bandeira de luta unificada contra os Governos Federal, Estadual e Muni-cipal. Em Janeiro de 2013, tivemos um grande ataque do governo estadual contra os funcionários da rede (as remoções), justamente usando a terceirização como solução para a falta de concurso, doenças causadas pela sobrecarga, falta de condições de trabalho etc.

Defendemos, também, que a unificação dos profissionais de educação só será efetiva se as carreiras forem unificadas. Os exemplos de pla-nos de carreira unificados de Valença, Petrópolis, Cachoeira de Macacu e Mesquita mostraram na prática a importância da unificação das lutas e no fortalecimento do sindicato.

No entanto, carreira e jornada devem fazer parte da mesma lógica. Neste sentido, uma das nossas principais bandeiras é a jornada de 30 horas semanais para os não docentes.

A luta do nosso sindicato para organizar o conjunto dos trabalhadores em educação de for-ma unificada tem sido estratégica e fundamental

para a educação de qualidade e no enfrentamento contra os governos.

Desde o processo de unificação, há 27 anos, a nossa luta se fortaleceu e o setor de funcionários passou a ocupar um espaço importante junto à vanguarda mais combativa da categoria, sendo cada vez maior a atuação desses profissionais nas direções de núcleos e regionais que compõem o

nosso sindicato.Com relação à formação

educacional a situação dos não docentes da educação básica continua caótica, pois não interessa aos governos que estes profissionais sejam considerados educadores na prática e, por isso, apostam na terceirização. O governo federal apresentou como paliativo o Pro-Funcionário que é um pro-grama de formação à distância para servidores que possuem ou estejam cursando o ensino médio. Porém, como tal curso depende da boa vontade dos

governos, este programa naufragou. A luta do nosso sindicato para organizar o

conjunto dos trabalhadores em educação de for-ma unificada tem sido estratégica e fundamental para a educação de qualidade e no enfrentamento contra os governos.

Para além do contexto cotidiano da escola e considerando a luta histórica dos trabalhadores da educação, mais uma vez vamos encontrar o desafio da inclusão dos funcionários escolares como agentes sociais na construção de uma escola democrática e de qualidade. A sua afirmação edu-cativa está ligada a processos lentos e graduais de profissionalização, conquistados a duras penas e nascido da convicção militante dos sindicatos dos profissionais da educação.

Com a unificação das associações e sindicatos de professores iniciados na década de noventa

os funcionários ocupam um papel estratégico na definição desta nova categoria que surge do chão da escola. É um novo objetivo a desafiar a despro-fissionalização, a terceirização, a invisibilidade a que estão relegados os funcionários.

Esta condição afetou enormemente os funcio-nários. Pois além de não ter acesso a carreira, este setor historicamente ficou durante muito tempo impedido de participar das ações sindicais, das campanhas salariais e completamente fora das carreiras da educação.

O sepe foi pioneiro na defesa de um novo conceito destes profissionais: SOMOS TODOS EDUCADORES!

No entanto, face a dura realidade o sindicato teve enormes dificuldades de organizar este setor. Porém, temos alguns exemplos concretos onde a experiência dos funcionários de escola avançou. Isto aconteceu em alguns municipios onde os pla-nos de carreira se unificaram: Valença,Macacu,Petrópolis,Mesquita entre outros.

O grande desafio deste Congresso é aprovar e colocar em prática Resoluções que possam ser adotadas no dia a dia, dentro das unidades escolres em defesa destes profionais da educação.

Portanto, entendemos que este não é um debate menor. A unificação entre professores e funcionários tem que de fato estar para além do sindicato. Tem que acontecer nas campanhas sala-riais. E nas relações intra escolares. Somente assim poderemos avançar e pode fazer valer a consigna: SOMOS TODOS EDUCADORES!

Se a carreira tem de ser unificada, exigimos que no processo de gestão democrática os não docen-tes possam se candidatar a direções de creches, centros de educação infantil e escolas, pois não é só nos momentos de campanhas e greves que estes devam ser chamados para as lutas

Os ataques culminaram em 2013, em duas grandes greves históricas: as Redes Estadual e Municipal do Rio, onde, além dos ataques que sofremos diariamente nas unidades Escolares, também tivemos enfrentamento com os policiais

A luta do nosso sindicato para organizar o conjunto dos trabalhadores em educação de forma unificada tem sido estratégica e fundamental para a educação de qualidade e no enfrentamento contra os governos

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contra os profissionais da educação. O caso foi até Brasília, onde mais uma vez a Justiça utilizou seu poder a favor dos go-vernos e com a intenção maior de fragmentar o Sindicato que representa a categoria, uma vez que NÃO compactuamos com as absurdas atuações desses governantes.

Nós, Funcionários Administrativos, que nos organizamos na Construção Socialista, não somos contra os trabalhadores terceiri-zados, mas sim contra a terceirização, pois esta impede que se realize concursos, desviando as verbas da Educação para as empresas pri-vadas. Precisamos ter uma política para os terceirizados, pois são trabalhadores que so-frem intensa exploração, assim como também combater esta prática que os governos usam

para desvalorizar o serviço público. Da mesma forma, entendemos que é preciso uma maior

participação de funcionários na direção do SEPE com direi-tos iguais, sem discriminação e sem assédio. Direito aos encontros anuais de funcioná-rios da rede, concretizando a unificação. Precisamos atentar também para a importância dos Encontros Regionais que podem alavancar uma orga-nicidade desse segmento da categoria na construção de um Sindicato mais fortalecido, através também de Formação Política, Seminários, etc. Nes-se contexto de organicidade, é preciso atentar ainda para a volta da gestão de quatro (4) diretores na Secretaria de Funcionários, tendo em vista

a crescente demanda devido aos sucessivos ataques dos governos e a necessidade de um acompanhamento estadual da luta.

Nossa proposta de resoluções para o Congresso:

• Concurso público;• Plano de carreira unificado;• Carga horária de 30 horas semanais;• Nomenclatura de cozinheira escolar para

as merendeiras;• Acréscimo do termo escolar para todos os

demais cargos administrativos;• Valorização e qualificação dos profissio-

nais;• Salário digno (três e meio salários mínimos

como proposta histórica, contra a política de abo-nos e gratificações);

• Condições de trabalho dignas (contra a insalubridade);

• Formação Política;• Quatro Diretores na Secretaria de Funcio-

nários do Sepe-RJPor fim, esta tese homenageia Profissionais da

Educação Não Docentes que ao longo de sua trajetória profissional contribuíram decisiva e cotidianamente na construção de nosso sindicato, como Paulo Romão, Carlos Medeiros e todos aqueles que pereceram e/ou ainda perecem em função das duríssimas e penosas condições de trabalho nas unidades educacionais do Estado do Rio de Janeiro, seja nas redes municipais ou na rede estadual.

Nós, Funcionários Administrativos, que nos organizamos na Construção Socialista, não somos contra os trabalhadores terceirizados, mas sim contra a terceirização, pois esta impede que se realizem concursos, desviando as verbas da Educação para as empresas privadas

Telma Luzemi de Paula Souza, Luiz Carlos de Souza Dias, Claudete Neves Bernardo, Maria Fran-celina Fragoso da Silva, Joana D´Arc Gomes Cris-tovam, Viviane dos Santos, Mônica Afonso, João Batista, Mário Sérgio Martins, Iraci Bernardo da Silva, Camila Guarini, Luciana Leoni, Amanda Aze-vedo, Chico da Serra, Dulcinea Lima Pereira,Valdir Vicente, Itala Freire Lima, Kesia Berly de Oliveira Silva, Lidia Batista Moraes da Costa, Lidia Correia de Souza Gomes, Lucia C. Sant Anna de Lima, Lu-ciana Lima de Andrade, Andrea Costa, Marcilene Marins Machado, Maria H. Da Paixao dos Santos,

ASSINAM ESTA TESEMarilia Domingos de Souza, Monica de O. Santos de Souza, Monica Gomes Dias, Monica Valeria Affonso Sampaio, Patricia Silva Miranda Souza, Renato Ferraz Costa, Rita Bolzan Nascimento, Vi-vianne A. Da Silva Santos, Alexandre Belizario da Silva, Armindo Pereira Caetano, Caren de O. Pisete Sardou, Carina Silva de Toledo, Cezar A. Sales Uchoa Junior, Douglas C. Medeiros Kodos, Eliane de J. B. De O. Almeida, Isabel Costa dos Santos, Jacy Luz Vieira, Lilian Fernandes de Oliveira Luis Filipe de Souza da Costa, Lucyrene de A. Farinazzo, Mauro Edi G. De O. Junior, Orlando Santana Filho, Rodri-

go Melo Batista, Rosane Carvalho da Silva, Ana Paula Ribeiro dos Santos, Brigida Mariani, Carlos Alberto de Souza Rocha, Cidnea F. Moreira Duar-te Silva, Denise Baroni da Silva, Deonil Menezes Filho, Elizete S. Da Silva Albervaz, Francisca Maria de Sousa, Elisabete Baptista, Alessandra Regina Oliveira, Wesley Sperandio, Silvia Labriol, Luci Ana Sarpi, Luciana Rodrigues Vania Soares, Carlos Joney, Jorge Luiz Ferreira Fernandes, Lucianne Nascimento, Amanda Nobre, Katia Reis, Rosimeri Silva, Rosângela Wickbold, Elisete Lima, Simone Patusco, Leila Maria Santos

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Tese 16FUNCIONÁRIOS DE ESCOLAS:GOVERNO APLICA OS PLANOS DE DESTRUIÇÃO DO SETOR COMO PARTE DA EDUCAÇÃO COM DESRESPEITO A DIREITOS RUMO A TERCEIRIZAÇÃO

Em janeiro de 2013 vimos a luta de todos os funcionários da Rede Estadual, que foram retira-dos de suas escolas e trocados pelos terceirizados, não é que somos contra os trabalhadores mais sim a terceirização, pois serviço público trabalhador concursados. Hoje muitos funcionários concursa-dos da rede estadual foram extintos. Os Governos apostam nessa categoria (terceirizados) em seu benefício, ganhando encima desses trabalhado-res e quando não precisa mais demite, essa é a política dos Governos que estão no poder hoje. Sobre a Rede Municipal que entrou em uma Greve Histórica, as merendeiras foram a protagonista de muitas escolas, estas bravas companheiras deram o passo à frente deixando as escolas sem a refeição e com isso muitos alunos não iam para a escola e seguindo seus exemplos muitos outros profissionais se juntavam a luta. A luta dessas trabalhadores foi e será para serem reconhecida como cozinheiras escolar. Mais sabemos que a política nefasta desses governos é bem maior, o objetivos é atacar todos os funcionários e tam-bém os professores com a terceirização, tirando suas responsabilidades pelo adoecimento desses trabalhadores pela falta de condição de trabalho, falta de estrutura física para o trabalhador de-sempenhar suas funções, falta de concursos etc. A verdade é que os Governos querem tirar suas responsabilidades nas questões de saúde do tra-balhador e nós como queremos transformar este pais precisamos pensar e repensar em maneiras de levar estes Governos a responsabilidades, nunca se viu uma Educação com tantos trabalhadores doente, quando um profissional que prestou um

concurso e obrigado por motivo de doença ficar desviado de suas atribuições dentro do seu local de trabalho, com a denominação de READAPTADO é muito triste. Fora que tem Vereador surfando na onda da extinção dos funcionários mudando as nomenclatura para que não se tenha concurso para as devidas categorias levando as mesmas em extinção. Os ataques são muitos.

É necessário combater a destruição do setor rumo a efetivação, garantia do plano de carreira, enquadramento por formação, respeito as funções etc.

Ano passado vimos a luta contra as remoções arbitrárias de funcionários na rede estadual, esse ano estamos vendo o não pagamento dos inspeto-res de alunos. Nas redes municipais o desrespeito aos funcionários é uma constante. É fundamental reafirmar a organização de funcionários em suas funções. Funcionários de escolas são educadores. Suas relações com a comunidades são funda-mentais dentro de uma escola. Esse serviço exige estabilidade no emprego, plano de carreira, en-quadramento por formação, por tempo de serviço. Dentro de uma escola todos os profissionais devem ter os mesmos direitos marcado por um plano de carreira. As escolhas de horário, dias devem ser feitas respeitando o tempo de serviço e formação. Direitos de terceirizados e estatutários também. O governo criou a terceirização para dividir nossa luta.

Terceirização concretiza o fim dos direitos tra-balhistas, desrespeita o direito à estabilidade no emprego. É a precarização do trabalho. Inicia-se

desta forma a colocação dos trabalhadores no patamar do século XIX

Nesse tipo de trabalho reina falta de supervi-são e fiscalização, descumprimento de plano de carreira, acidentes de trabalho, assédio moral, atrasos constantes de salários, descumprimento de jornada de trabalho, não pagamento de horas extras. É uma política estratégica para as futuras relações de trabalho no capitalismo que atinge professores e funcionários de escolas tanto no setor público quanto no setor privado. Estamos vivenciando tudo isso.

O argumento da terceirização no setor privado é a redução de custos. No setor público é o desvio de verbas públicas para o setor privado além de provocar divisão e inviabilidade da luta contra a privatização.

A terceirização nas escolas não está completa graças a luta dos profissionais da educação.

No Paraná houve greve de funcionários (APP) em defesa do plano de carreira. Eles defendiam concurso e contra as demissões dos terceirizados. Na APEOESP São Paulo houve a defesa da efetiva-ção dos professores contratados que é a maioria da categoria. No Rio de Janeiro conseguimos der-rotar a terceirização dos professores, porque os governos fizeram muitos concursos com poucas vagas e muitos concursados na fila de espera. Nesse caso foi correta a campanha pela chamada dos concursados. Assim conseguimos vitórias na justiça impedindo terceirizações.

Falta dar resposta para funcionários. Ao con-trário dos professores, o governo espertamente

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não abriu concurso desde 1993 no RJ! Foi fazendo terceirizações, sem resposta do sindicato. Hoje os funcionários terceirizados são esmagadora maioria em funcionários. Os estatutários em franca minoria principalmente na rede estadual. O governo não os reconhece funcionários como profissionais de edu-cação! Só pedir concurso é defender o desemprego dos terceirizados e a divisão dos funcionários. Isso é contrário ao nosso programa. Numa greve os funcionários estatutários estariam vendidos, pois os terceirizados agem como potenciais fura –greve do governo. Os terceirizados não são culpados, são vítimas e lutam em nível internacional e nacional. Devemos incorporá-los e filia-los em nossas enti-dades.

Ignorar os terceirizados ou tratá-los como mas-sa de manobra de políticos é na prática uma forma de negar a defesa da estabilidade no emprego.

O governo explora os terceirizados e os es-tatutários a serviço das firmas. É fundamental a unidade da classe para combater a semiescravidão e a privatização. A defesa da efetivação dos tercei-rizados vai trazê-los numa luta contra o governo e as firmas. Assim a gente acaba com a terceirização enfraquece a ideologia da meritocracia e junta gente para fortalecer a defesa da estabilidade no emprego, A mobilização por concursos futuros contra a privatização da escola pública. Não dá para conviver com semiescravidão em uma escola pública.

Quem luta por concurso público é quem está trabalhando com estabilidade, ou quem espera para ser chamado, mesmo assim sem o mesmo empenho de quem está efetivo.

A luta dos terceirizados da USP foi fantástica. Rendeu um manifesto com juristas, intelectuais de peso pela efetivação, pois aplicaram o programa de transição.

Estamos fazendo isso com os animadores culturais no RJ. É preciso defender a estabi-lidade no emprego para todos. É fazer a luta pelo fim da terceirização, precarização do tra-balho, pela estabilidade no emprego contra a privatização em defesa de uma escola pública de qualidade.

Movimento Educadores em LutaConstruindo a Central Sindical e

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