Teste 2 Idade Média

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  • 8/17/2019 Teste 2 Idade Média

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    DGE STEDireção-Geral dos Estabelecimentos

    EscolaresDireção de Serviços da Região Centro

    A GRUPAMENTO DE ESCOLAS DE M IRANDA DO CORVO

    ANO LETIVO2015/2016 - EB 2.3 C/SEC. JOSÉFALCÃOFICHA DEAVALIAÇAO – HISTÓRIAA

    Lê e observa com atenção os documentos e figuras apresentados. Integra nas tuas respostas a informação recolhida. Utiliza vocabulário/conceitos específicos da disciplina. Redige de forma clara e concisa. Escreve sem rasuras e com caneta azul ou preta

    GRUPO I

    1. Explicite, a partir do documento 1, três das características do poder senhorial de Egas Moniz.

    2. Compare, partindo dos documentos 1 e 2, um senhorio com um concelho quanto a três dosaspetos em que se opõem.

    DOC 1 – Composição do senhorio de Egas Moniz (?-1146), aiode D. Afonso Henriques

    DOC. 2 – A instituição do concelho da Guarda (1199)

    Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo Ámen. Esta é […] que encomendei eu, D. Sancho [I]. A vós povoadores da cidade da Guarda […] a terça parte de vossoconcelho faça fossado1 e as outras duas partes fiquem na vossacidade. E da terça parte que deve fazer fossado aquele que afor pague fossadeira. […] Cavaleiros da Guarda e mulheres viúvasnão deem pousada senão por mando do juiz. […] Damos a vós foro2 que o cavaleiro [vilão] da Guarda esteja por infanção de todoreino em juízo3 e em juramento […]. O peão da Guarda esteja porcavaleiro vilão de todas as nossas terras, e em juízo e em juram[…]. Homens que das terras saírem com crime ou com mulher alheiaa fazerem-se vassalos de algum homem da Guarda sejam livquites e defesos pelo foro da Guarda. […] Quem homem da Guardapenhorar, e antes não pedir direito no vosso concelho, pague a40 soldos […] Homem doutra terra que cavaleiro da Guardadescavalgar pague 40 soldos. […] Homens da Guarda não deem emtodo o nosso reino portagem. […] Feita foi esta carta em Coimbra, cinco dias antes das calenddezembro [...]

    Em Portugaliae Monumenta Historica, Le1 Expedição militar em território inimigo.2 Lei ou regulamento.3 Em tribunal.

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    DOC. 3 – Planta do Concelho da Guarda

    A partir de Adriano Vasco Rodrigues, 1984 ‒ Monografia Artística da Guarda e A. H. de Oliveira Marques, Iria Gonçalves e Amélia Aguiar, 1990 ‒ Atlas dasCidades Medievais

    3. Desenvolva, a partir dos documentos2 e 3, o seguinte tema:

    O país u rban o e c on celhio no reino de

    Por tu gal, d uran te a épo ca m ediev al

    A sua resposta deve abordar, pelaordem que entender, três aspetos de

    cada um dos seguintes tópicos de

    referência:

    fatores da afirmação das vilas ecidades concelhias;

    funcionamento dos poderesconcelhios;

    organização do espaço citadino.

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    Grupo II

    1. Identifique, com base no documento 3, a opção correta para cada uma das seguintes afirmações:

    1. O rei D. Fernando quando afirma: “Foram juntos os infantes, nossos irmãos, e bispos e abades* e prelados* econdes* e priores* e mestres das Ordens das Cavalarias e ricos-homens e filhos dalgo e outrossim muitos e muibons cidadãos das cidades e vilas do nosso Senhorio” está a referir -se…

    (A) a uma reunião festiva com alguns dos representantes dos grupos sociais do reino para comemorinício do seu reinado, de forma a conhecer as queixas que tinham para apresentar.

    (B) a uma reunião para a qual convocou todos os grupos sociais do reino, designada Cortes, a fim d consultar sobre assuntos da governação e da justiça e receber queixas dos povos.

    (C) a uma reunião com alguns dos representantes dos grupos sociais do reino designada cúria régia pdecidir, em conjunto e através de votação, sobre assuntos de natureza legislativa, judicial e governativa

    (D) a uma reunião em que foram presentes todos os grupos sociais do reino e em que tinham asseapenas a família do rei, o clero e a alta nobreza para votarem diversas decisões e apelos de natureza judlegislativa.

    2. Ao pedir “para nos dizerem se recebiam alguns agravamentos* de nós e de nossos oficiais* ou de outrospoderosos, para os mandarmos corrigir com direito e justiça, e lhes fazermos mercê”, …

    (A) o rei D. Fernando usa uma estratégia para reforçar o seu poder, procurando aliar-se aorepresentantes do concelho para controlar os abusos e usurpações dos funcionários.

    (B) o rei D. Fernando usa uma estratégia para dividir o seu poder, dando mais poder aos representando concelho para controlar os abusos e usurpações dos privilegiados.

    (C) o rei D. Fernando usa uma estratégia para reforçar o poder do concelho, para controlar os abususurpações dos privilegiados e assegurar uma aliança com o povo.

    (D) o rei D. Fernando usa uma estratégia para enfraquecer o poder dos privilegiados, dando mais paos representantes do concelho para controlar os abusos e usurpações.

    DOC. 3 – Capítulos dos agravos apresentados pelos povos nas Cortes de Lisboa, com as respostas do rei

    D. Fernando, 1371

    Em nome de Deus, Amen. Ano de 1371, na mui Nobre Cidade e Lisboa. Nós, D. Fernando, pela graça de Deus ReAlgarve,[…] desejando que cada um viva seguro e regrado honestamente como deve, com direto e justiça, para isto fCortes na sobredita cidade[…]. Foram juntos os infantes, nossos irmãos, e bispos e abades* e prelados*bispos e condes* e priores* e mestresdas Ordens das Cavalarias e ricos-homens e filhos dalgo*fidalgos e outrossim muitos e mui bons cidadãos*homens-bons das cidades e vilas donosso Senhorio*reinoos quais mandámos vir a estas Cortes para ter mos acordo e conselho com eles […] e resolver em que maneira sepodia corrigir e melhorar o estado e regimento*governo dos ditos Reinos […]. E outrossim para nos dizerem se recebiam algagravamentos*ofensas de nós e de nossos oficiais*funcionários ou de outros poderosos, para os mandarmos corrigir com direito e justifazermos mercê […]. Os quais nos disseram e deram em escrito aquelas cousas que entenderamque se deviam fazer […]. Dizem no 13.ºartigo que os grandes da nossa terra, cavaleiros e fidalgos e corregedores […] mandam comprar grandes mercadorias. E as mandvender e regatar*comprar ou vender por miúdo o que não pertence a tais pessoas fazer. E que por esta razão tiram o mantimento a muitanossa terra, assim a mercadores como a outras pessoas porque não são tão poderosas. E com receio deles, não as ousamque sabem que são para estes grandes homens. E pediam-nos que fosse nossa mercê que lhes defendêssemos que daqui em diante […] não vendessem tais mercadorias, pois que a eles não cumpre nem pertence a seus estados *posição social. A este artigo respondemos edizemos que contra direto é tais pessoas venderem tais mercadorias e usarem de tais atos que a eles não pertencem. E pque o não façam daqui em diante, salvo se o comprarem para seu mantimento. […]

    In Silva Marques,Descobrimentos Portugueses, Documentos para a sua história , IAC, Lisboa, 1944.

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    3. D. Fernando afirma que mandou “vir a estas Cortes para termos acordo e conselho com eles (…) e resolver emque maneira se podia corrigir e melhorar o estado e regimento e governo dos ditos Reinos ”, o que significa ….

    (A) que as Cortes tinham uma função consultiva, deliberativa e legislativa em ligação com o exercípoder do rei.

    (B) que as Cortes tinham uma função consultiva, deliberativa, legislativa partilhando o poderrepresentantes senhoriais com o rei.

    (C) que as Cortes tinham uma função apenas consultiva e de audição das apelações e agravamentosqueixas que o rei podia ter em conta no exercício do seu poder.

    (D) que as Cortes tinham uma função consultiva e deliberativa, juntamente com os representantessociedade, dando origem ao exercício do poder descentralizado e democrático do rei.

    4. Uma das queixas apresentadas foi a de que “os grandes da nossa terra, cavaleiros e fidalgos* e corregedores(…) mandam comprar grandes mercadorias. E as mandam vender e regatar o que não pertence a tais pessoasfazer ”, o que revela …

    (A) que os representantes dos concelhos estavam satisfeitos, pois os privilegiados estavam a trabalapesar disso não respeitaros privilégios dos “grandes” que não podiam exercer ofícios vis.

    (B) que os representantes dos concelhos estavam descontentes, pois os privilegiados estavam intrometer-se nas atividades reservadas ao povo, o que era contra a ordem social e os privilégios“grandes” que não podiam exercer ofícios vis.

    (C) que os representantes dos concelhos estavam a duvidar de que os privilegiados pudessem intromse nas atividades mercantis, o que eracontra a ordem social e os privilégios dos “grandes” que não podiamtrabalhar.

    (D) que os representantes dos concelhos estavam descontentes, pois o rei apoiava os privilegiados estavam a intrometer-se nas atividades mercantis, pois tal significava que a ordem social e os privilég“grandes”deviam ser alterados.

    Bom Trabalho!

    Questão I-1 I-2 I-3 II-1 TotalCotação 50 60 70 20 200