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entrevistapanorâmica ANOII - #09 - AGO 12 DIÁRIO DO TURISMO www.diariodoturismo.com.br APOIO: 09! ACESSO IRRESTRITO E UM “SIM” AO LIVRE CAMINHO PARA A INFORMAÇÃO DE QUALIDADE

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teste edicao numero 09

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entrevistapanorâmicaANOII - #09 - AGO 12

DIÁRIO DO TURISMOwww.diariodoturismo.com.br

APOIO:09!

ACESSO IRRESTRITO E UM “SIM”AO LIVRE CAMINHO PARA A

INFORMAÇÃO DE QUALIDADE

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Paulo R. von Atzingen - Editor

A criação, em setembro do ano passado, da revista digital Reportagem Panorâmica veio preencher um hiato que existia no trade, exatamente em suas plataformas digitais: entrevistas de personalidades do turismo, dando enfoque às suas ideias e não na interpretação editorial. Esse hiato ocorria, principalmente, porque as publicações impressas se agarravam, à época, na tábua de salvação da indústria do papel impresso, que desdenhava o mundo digital principalmente porque ele é econômico, dinâmico e brilha tanto quanto o verniz das capas de revistas de celulose.

Há uma falsa aceitação do digital no mundo conservador do papel. Mesmo com os exemplos trazidos do The New York Times, adotado aqui no Brasil pela Folha de São Paulo, e outros grandes jornais com a unificação das redações de impresso e on-line, o papel ainda é o motor econômico desses jornais. A cadeia produtiva gerada pelo papel, pela tinta, pelo maquinário, pela logística do transporte e da distribuição é imensa e, logicamente, gera emprego e renda que não podem ser ignorados.

Esse mesmo fluxograma se dá nos jornais do trade. As máquinas que foram criadas para alimentar um circulo virtuoso de jornalismo do entretenimento e de paisagens, hoje precisam de mais combustível para manter em funcionamento esse circulo, nem tanto virtuoso, mas com certeza, oneroso.

O acesso ao nosso conteúdo continua sendo irrestrito e não adotamos, como já fizeram alguns veículos, a cobrança por esse acesso (o paywall).

Nesta edição, apresentamos as entrevistas de Alberto Feitosa, secretário de Turismo de Pernambuco; Cláudio Pinheiro Guimarães, vice-presidente do Hopi Hari; Edison Gonçalves, presidente da Associação das Agências de Viagens de Pernambuco (Abav-PE) e Ariane Carvalho, representante de Bahamas no Brasil.

Dessa maneira, colocamos à disposição de nossos milhares de leitores, parceiros, colaboradores, amigos e até dos concorrentes impressos, conteúdo de qualidade, produção editorial de alto nível e uma postura de vanguarda em um tempo de grandes transformações.

ACESSO IRRESTRITO E UM “SIM” AO LIVRECAMINHO PARA A INFORMAÇÃO DE QUALIDADE

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09!

[01]

[02]

[03]

[04] CLÁUDIO GUIMARÃES,VICE-PRESIDENTE HOPI HARI

ARIANE CARVALHO,DA UTC

EDISON GONÇALVES,PRESIDENTE DA ABAV-PE

ALBERTO FEITOSA,SEC. DE PERNAMBUCO

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O ALTO NÍVEL DO ARTESANATO DE CARUARU É UM EXEMPLO PRÁTICO DA INTERIORIZAÇÃO DO TURISMO DE PERNAMBUCO

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DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

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DIÁRIO: É uma pergunta clichê, mas é importante sabermos, como o senhor analisa o turismo de Pernambuco, Recife mais especificamente, antes e depois da Copa do Mundo?ALBERTO FEITOSA: Eu acho que o grande resultado da Copa do Mundo é que antes haverá uma provocação, do Estado e das pessoas que fazem o negócio do turismo como um todo, da responsabilidade de você preparar o Estado de Pernambuco para receber o evento. E tudo isso sob o ponto de vista da qualificação da mão de obra, obras de mobilidade, de todo um contexto de amplitude que possa ter. Eu digo o seguinte, você vai fazer uma festa na sua casa e você vai prepará-la da melhor maneira, vai pintar, vai

arrumar, vai comprar móveis novos, de modo que você queira receber da melhor maneira possível as pessoas, e logicamente você está fazendo isso porque quer receber bem, mas também quer deixar uma boa imagem da sua casa para que as pessoas que estiveram lá falem bem de você e da sua casa; e é ai que vem o segundo momento que é o legado que a Copa do Mundo deixará. Na minha opinião, o mais importante, pois pudemos observar na África do Sul, é que aquele país cresceu, sob o ponto de vista do fluxo turístico pós-Copa, cerca de 26%. Isto significa um crescimento muito grande se você for comparar com o Brasil, que cresce 5,5% ao ano. Você compara o crescimento anual de 8% em

ALBERTO FEITOSA,SECRETÁRIO DE PERNAMBUCO

COM UM JEITO DE ANFITRIÃO QUE SENTE PRAZER EM RECEBER VISITA EM CASA, ALBERTO FEITOSA, SECRETÁRIO DE TURISMO DE PERNAMBUCO RECEBEU A REPORTAGEM DO DIÁRIO DO TURISMO EM SEU GABINETE, NA SEDE DO GOVERNO, NA CAPITAL RECIFE. PÓS-GRADUADO EM EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE NEGÓCIOS PELA UFRPE, FEITOSA TRANSMITIU, DURANTE A ENTREVISTA, TODA AQUELA ÁUREA CARACTERÍSTICA DE QUEM RESPIRA A TERRA PERNAMBUCANA DE FORMA INTENSA, VERDADEIRA: “O BRASILEIRO FINALMENTE TEVE A OPORTUNIDADE DE “LUXAR”, E DENTRO DISSO A POSSIBILIDADE DE VIAJAR, COISA QUE ATÉ ENTÃO NÃO ACONTECIA”, DISSE AO DT SE REFERINDO À ELEVAÇÃO DO PODER AQUISITIVO DA POPULAÇÃO, INCLUSIVE A DE SEU ESTADO.”O GRANDE LEGADO DA MINHA GESTÃO É A INTERIORIZAÇÃO, PORQUE A GENTE VIVE O MOMENTO EM QUE É PRECISO FOCAR NO TURISMO NACIONAL, ESSE MOMENTO QUE VIVE O BRASIL DE ESTABILIDADE ECONÔMICA”, RESPONDEU AO SER QUESTIONADO PELO EDITOR DO DT, JORNALISTA PAULO ATZINGEN, SOBRE A SUA MARCA COMO SECRETÁRIO DE TURISMO DE UM ESTADO TÃO RICO E DIVERSIFICADO CULTURALMENTE FALANDO. QUESTÕES RELACIONADAS A INVESTIMENTOS HOTELEIROS NO ESTADO DE PERNAMBUCO, VOOS CHARTERS, FLUXO DE TURISTAS EM TERRAS PERNAMBUCANAS E PROFISSIONALIZAÇÃO DO SETOR FORAM A TÔNICA DESTA ENTREVISTA. FEITOSA FOI DIRETOR DO CENTRO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CAS) – 1999 A 2001; SUPERINTENDENTE DO AEROPORTO INTERNACIONAL DOS GUARARAPES/GILBERTO FREYRE (2003 A 2006) E DEPUTADO ESTADUAL (2007 A 2010). ACOMPANHE A ENTREVISTA, COMPLETA, A SEGUIR:

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Pernambuco, e ai você imagina que um destino, por conta do advento da Copa do Mundo, possa crescer 26% no ano seguinte. Então são esses dois momentos, um é preparar, sob o ponto de vista do Estado, das pessoas que vivem do negócio do turismo como hotéis, restaurantes, transporte, etc, e o outro é o legado que vai ficar, tanto para a sociedade quanto para o destino turístico. O aeroporto internacional de Recife foi reformado e ampliado na gestão de Alberto Feitosa

DIÁRIO: Ainda Dentro deste mesmo assunto, Pernambuco utilizou as linhas de financiamento como o Pró-Copa?ALBERTO FEITOSA: Houve várias l inhas, vários programas de crédito, o governo federal, criou um comitê da Copa, que se replicou nos estados e e s p e c i a l m e n t e n a s cidades que vão sediar a Copa do Mundo; houve então o credenciamento para vários recursos. O nosso governador tem uma relação muito boa com o governo federal e tratou logo de agendar uma audiência para cuidar das coisas de Pernambuco de maneira s e p a r a d a , e a i credenciamos o Estado em uma série de recursos, desde obras de mobi l idade, obras de infraestrutura turística a qualificação de mão de o b r a , d i v e r s i f i c a n d o a s o p ç õ e s d e credenciamento, e para o que precisávamos de apoio, fomos buscar junto ao BID e ao BNDS.

DIÁRIO: O senhor pode enumerar algumas dessas obras?ALBERTO FEITOSA: Ao todo são quatro viadutos na Avenida Governador Magalhães, tem o corredor leste-oeste, o corredor norte-sul, e o ramal da Copa e, logicamente tem obras que são nos próprios estádios. Além disso, tem o Prodetur Nacional que está sendo feito em cima de obras de infraestrutura turística visando a Copa e o

Pronatec Copa, focado na qualificação de mão de obra, e o que eles estão chamando de Pronatec InConpany, focado nos profissionais que já estão empregados. DIÁRIO: Quanto à formação de pessoal, vocês tem a preocupação de profissionalizar, aperfeiçoar esses profissionais. Quais são as linhas de atuação do governo de Pernambuco?ALBERTO FEITOSA: O governador também foi muito feliz quando logo no início desse segundo mandato criou uma secretaria de emprego, qualificação e empreendedorismo. Esse

secretário tem assento nas reuniões do CECOPA, e ai existem recursos de fonte 102, ou seja, do g o v e r n o f e d e r a l e recursos também da fonte 101 – governo do E s t a d o – f a z e n d o qualificações. Então a orientação é a seguinte: naquilo que o sistema Pronatec, com o sistema S não atender o Estado vai suprir.

DIÁRIO: O senhor tem os números do fluxo de turistas nacionais e internacionais por ano no estado de Pernambuco?ALBERTO FEITOSA: Nós temos um fluxo de 4,5

milhões de turistas, e o de turistas estrangeiros gira em torno de 8% desse total. Segmentando os estrangeiros, na verdade existe uma variação devido a atual conjuntura econômica mundial, mas nesse ranking destacam-se os países com os quais temos voos diretos como os Estados Unidos, Itália, Portugal, Alemanha e Argentina, que no ano passado por conta desses voos charters (temos um voo direto da TAM, mas ele tem duas escalas: em São Paulo e Salvador, e a idéia é tirar pelo menos essa parada em Salvador) tivemos esse “plus” durante três meses com o voo de Córdoba. Então a Argentina subiu, mas desses cinco as posições variam muito pouco.

O FLUXO TURÍSTICO NA ÁFRICA DO SUL, PÓS COPA, CRESCEU CERCA DE 26%, O QUE SIGNIFICA UM

CRESCIMENTO MUITO GRANDE SE VOCÊ COMPARAR AO DO BRASIL, QUE É DE CERCA DE 5,5% AO ANO

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DIÁRIO: Agora uma pergunta quase pessoal, qual o legado que o senhor deixa, não como secretário e homem público, mas como cidadão pernambucano para o turismo?ALBERTO FEITOSA: Eu acho que um grande legado da minha gestão é a interiorização, porque a gente vive o momento em que é preciso focar no turismo nacional, esse momento que vive o Brasil de estabilidade econômica, a questão da empregabilidade, o aumento da renda dos brasileiros, e eu brinquei ainda hoje com esse termo: o brasileiro finalmente teve a oportunidade de “luxar”, e dentro disso a possibilidade de viajar, então vários pacotes foram desenvolvidos para brasileiros, coisa que até então não acontecia. Então o interior de São Paulo, de Minas Gerais, descobriu o Nordeste, descobriu Pernambuco, o Centro-Oeste com o novo voo descobriu Recife e a região metropolitana e os próprios pernambucanos começaram a querer viajar mais; e aí começamos a investir mais na interiorização, porque hoje, por incrível que pareça, é muito interessante o turista nacional, porque tivemos problema com a economia Argentina, com a Européia, com a dos Estados Unidos, então nessas crises é importante que tenhamos um segmento, um turista que vá equilibrar a nossa balança, e assim os turistas estrangeiros passam a ser um “plus”. Então o grande legado que eu vejo que fica da minha gestão nesse momento são duas coisas: a primeira é o grau de interação, de parceria com os órgãos públicos do turismo, as outras secretarias de municípios, e também com o trade, e a segunda é a interiorização do turismo, que ficava muito aqui na costa, próxima de Recife, apenas “sol e mar”. Nós avançamos divulgando a cultura pernambucana através do artesanato, da culinária,

levando Caruaru, levando o Sertão. E por que fizemos isso? Não foi só por achar que devíamos fazer, fizemos isso porque numa das pesquisas desenvolvidas pela Embratur na Copa do Mundo de 2010 ficou bem caracterizado que as pessoas quando vão à Copa do Mundo, não ficam apenas naquela cidade, chegando até a um raio de 200 quilômetros.

"ENTÃO O GRANDE LEGADO QUE EU VEJO QUE FICA DA MINHA GESTÃO SÃO DUAS COISAS: A PRIMEIRA É O GRAU DE INTERAÇÃO ENTRE OS ÓRGÃOS PÚBLICOS DE TURISMO, AS OUTRAS SECRETARIAS DE MUNICÍPIOS, O TRADE, E A SEGUNDA É A INTERIORIZAÇÃO DO TURISMO".

COMEÇAMOS AGORA UMA OPERAÇÃO

COM A COPA AIRLINES PARA

ATENDER TODA A AMÉRICA DO SUL,

AMÉRICA DO NORTE E CARIBE, COM 64

DESTINOS.

FEIRA DE ARTESANATO EM CARUARU

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SOFREMOS MUITO COM OS SITES DE COMPRA COLETIVA

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DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

2TANTO OS SITES DE COMPRA COLETIVA COMO AS COMPANHIAS AÉREAS QUE OFERECEM

TARIFAS DIFERENCIADAS EM SEUS PORTAIS SÃO OS GRANDES ENTRAVES PARA AS AGÊNCIAS

DE TURISMO DE PERNAMBUCO, SEGUNDO O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DAS AGÊNCIAS DE

VIAGENS DE PERNAMBUCO (ABAV-PE), EDISON ANGELO GONÇALVES. PARA ELE HÁ 'UMA

CONCORRÊNCIA DESLEAL DAS AÉREAS' . MAS NÃO É SÓ ISSO. GONÇALVES CRITICA TAMBÉM O

SEGMENTO HOTELEIRO QUE, SEGUNDO ELE, SEGUE OS MESMOS PASSOS DAS COMPANHIAS

AÉREAS, QUE VENDE DIRETAMENTE AO CONSUMIDOR, PASSANDO POR CIMA DO AGENTE DE

VIAGEM. ACOMPANHE ENTREVISTA CONCEDIDA AO REPÓRTER DO DIÁRIO, LUÍS ADORNO.

DIÁRIO – Quais são os desafios que os agentes de viagens enfrentam, hoje, em Pernambuco?EDISON GONÇALVES – O nosso principal desafio é combater a concorrência desleal com as companhias aéreas. A

nossa maior concorrência, hoje, é com as companhias aéreas, que em seus sites dão tarifas diferenciadas, fazendo com que o agente de viagens, para poder vender com a mesma tarifa, tem que colocar a sua comissão.

EDISON GONÇALVES,PRESIDENTE DA ABAV-PE

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DIÁRIO – Qual o potencial das agências de viagens do Estado, em relação a emissivo e receptivo?EDISON GONÇALVES – Hoje o internacional, o emissivo, é muito mais forte do que o nacional. No nacional, a gente vem sofrendo muito com os sites de compra coletiva; em muitos desses sites, os hotéis estão anunciando. Quando um hotel anuncia ali é porque ele pode fazer uma margem menor de repasse para esse site, automaticamente, o cliente deixa de ir a uma agência. Então, a agência perde muito com site de compra coletiva. Tanto a Abav Recife, como a Abav N a c i o n a l , t e m tentado se aproximar dos sites, tentado mostrar que eles não são especialistas em turismo. Eles ainda não entenderam que nós não temos hotéis próprios, não temos avião próprio, não temos trem próprio, tudo é terceirizado e c o m o t u d o é d e terceiros , nós só t e m o s a n o s s a comissão, que é 10% ou 15%. E quando você entra num site de compra coletiva, você tem que dar 50% abaixo de um pacote de venda ao público final. Isso é um dos maiores concorrentes, então o segmento que faz parte de uma composição de um pacote, que é a hotelaria, está cada vez mais se prostituindo. Estão fazendo o que as principais companhias aéreas estão fazendo hoje: vendendo direto. A campanha 'Valorize seu Agente de Viagens', 'Compre de uma Agência', deveria existir há 10 anos, o que não ocorreu por motivos políticos, agora que está sendo implantado. Então, a agência, o agente de viagens, está sendo cada vez mais massacrado por esses mecanismos.

DIÁRIO – Como tem sido a adesão de novas agências de viagens na Abav do Estado?EDISON GONÇALVES – A adesão é um processo que a gente vem desenvolvendo através de ações. Nós temos em Recife uma feira internacional que se chama MIT (Mostra Internacional de Turismo) que é sempre feita no primeiro semestre – neste ano foi realizada em junho e para o próximo ano será em abril – no nosso Centro de Convenções. Essa feira já está no calendário de Pernambuco. Essa é uma ação

em que se consegue manter os associados, o que não é fácil, porque eles sempre esperam que a Abav vai fazer alguma coisa e a Abav tem as suas limitações, não só a Abav Regional, como a Abav Nacional.

DIÁRIO – Mas qual o número de associados hoje?EDISON GONÇALVES – Hoje nós temos 125 associados. Uma das tarefas mais difíceis é quando você chega no topo de alguma coisa e se manter. Manter e s s e n ú m e r o d e associados é uma tarefa difícil, porque você colocar 125 num u n i v e r s o d e 2 0 0 a g ê n c i a s é u m a

porcentagem que hoje equivale a 80%.

DIÁRIO – Os cursos oferecidos pela Abav Nacional têm sido suficientes na prática?EDISON GONÇALVES – Olha, a Abav Nacional, ou a Abav Regional aqui de Recife, tem se empenhado. Nós vamos pegar uma carona muito boa agora na Copa, porque a Copa quer capacitar os pontos de chegada, ou seja, ela quer capacitar os agentes de viagens, quer capacitar o hoteleiro, ela quer capacitar o pessoal de aeroporto, o pessoal de táxi, restaurantes. De

O SEGMENTO QUE FAZ PARTE DE UMA COMPOSIÇÃO DE UM PACOTE ESTÁ CADA VEZ MAIS SE PROSTITUINDO. ESTÃO FAZENDO O QUE AS PRINCIPAIS COMPANHIAS AÉREAS ESTÃO FAZENDO HOJE: VENDENDO DIRETO.

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que maneira? Qualificando em idiomas, em cursos, então nós que fazemos parte desse contexto, que é o trade turístico, vamos ser beneficiados. Então, não só o que a Abav faz, o que a Iccabav faz, enfim. A gente vai ser beneficiado por essa proximidade com a Copa.

DIÁRIO – O que o senhor acha da Feira da Abav voltar a ser itinerante?EDISON GONÇALVES – Eu acredito que foi uma estratégia muito boa, porque o Rio de Janeiro já estava saturado. Pelo décimo ano da feira no Rio de Janeiro, já existia uma saturação, não existia motivação para o agente de viagens de lá. Ele ia ver o que lá? Ia ver as mesmas coisas, ia se deparar com as mesmas dificuldades de acesso, com as mesmas dificuldades de transporte, então, eu acho que quando se muda, cria uma nova expectativa. Eu acho que São Paulo é um eixo importantíssimo, o Rio de Janeiro também é muito importante, só que o Rio não precisa mais da Abav em si. O evento no Rio de Janeiro pra eles é tanto faz como tanto fez. O Rio de Janeiro por si só se vende. A hotelaria nunca se demonstrou interessada em dar uma tarifa especial para os agentes de viagens. Então essa mudança impacta o Rio de Janeiro, para ele saber que não está sozinho, e São Paulo motiva as pessoas voltarem a ver coisas diferentes. O fato dela voltar a ser itinerante é muito bom, porque faz

com que os governadores de cada Estado, montem seus incrementos: mobilizar vias de acesso, melhorar seu Centro de Convenções, melhorar a hotelaria, então quando o Estado tem interesse em atrair um evento como esse, automaticamente, a secretaria de Turismo e os órgãos competentes investem. Quando houve em Recife por três anos no intervalo de 20, a prefeitura investia, o governo investia, o Estado recebia pessoas a nível nacional e internacional, pra gente deixava um legado pós evento; por isso eu acho muito interessante que ela volte a ser itinerante. Será São Paulo, depois talvez Fortaleza, ou Brasília, Recife, outros Estados, isso motiva.

DIÁRIO – Você acha que Pernambuco tem infraestrutura para receber a Feira?EDISON GONÇALVES – Na logística que tem hoje, no patamar que chegou a Feira, ainda não. Não tem Recife, não tem Brasília. A grande maioria dos Estados não está capacitado para receber a Feira na dimensão que ela é no Rio de Janeiro. A dimensão que ela é no Rio é equivalente a de São Paulo, em termos de espaço físico e em termos de hospedagem. Nos outros Estados, eles vão se propor a fazer a mesma coisa, a partir do princípio que estão ampliando. Fortaleza talvez seja a bola da vez. Recife e Brasília não estão capacitados ainda.

O FATO DELA (FEIRA DAS

AMÉRICAS) VOLTAR A SER

ITINERANTE É MUITO BOM,

PORQUE FAZ COM QUE OS

GOVERNADORES DE CADA

ESTADO, MONTEM SEUS

INCREMENTOS: MOBILIZAR

VIAS DE ACESSO, MELHORAR

SEU CENTRO DE CONVENÇÕES,

MELHORAR A HOTELARIA.

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SALPICADO DE ILHAS PARADISÍACAS, BAHAMAS

RECEBEU NO ANO PASSADO 6.500 BRASILEIROS

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DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

3ARIANE CARVALHO,DA UTC

“UM PARAÍSO, PRATICAMENTE INSONDÁVEL PELO BRASILEIRO. SÃO 700

ILHAS, DESSAS, 36 SÃO HABITÁVEIS COM UMA POPULAÇÃO ACOLHEDORA,

AMIGA. O GOSTOSO É QUE CADA ILHA DAS BAHAMAS TEM UMA

PARTICULARIDADE”, DESTA MANEIRA APAIXONADA AO DESCREVER

BAHAMAS, ARIANE CARVALHO, DA UNIQUE TRAVEL COLLECTION (UTC),

PARCEIRA GRUPO BT BRANDS TOURISM NO BRASIL, ATENDEU A

REPORTAGEM DO DIÁRIO E CONCEDEU ESTA ENTREVISTA. ARIANE

CARVALHO FEZ SUA PRIMEIRA IMERSÃO NO TURISMO TRABALHANDO PARA

A AUSTRALIAN TOURIST COMMISSION NA ÉPOCA DAS OLIMPÍADAS EM 2000,

PERÍODO QUE REPRESENTOU A AUSTRÁLIA AQUI NO BRASIL. DEPOIS DESSA

EXPERIÊNCIA, VOLTOU PARA O MERCADO DE INTERCÂMBIO COMO

REPRESENTANTE DA GEOS INTERNATIONAL SCHOOLS, TAMBÉM COM FOCO

NA AUSTRÁLIA, ONDE FICOU NOVE ANOS. APÓS ESSAS INCURSÕES AUSTRAIS,

ARIANE ASSUMIU, JUNTAMENTE COM A SÓCIA CAROLINA MOKSHIN, A

REPRESENTAÇÃO DA UTC, EMPRESA PARCEIRA DO GRUPO BT,

REPRESENTANTE DA CONTA DE BAHAMAS PARA AMÉRICA LATINA.

ACOMPANHE ABAIXO A ENTREVISTA CONCEDIDA AO EDITOR DO DT,

JORNALISTA PAULO ATZINGEN.

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DIÁRIO - Ariane, fale um pouco sobre esse destino pouco conhecido pelo brasileiro que é Bahamas.ARIANE CARVALHO - Nós percebemos ao longo do tempo que Bahamas não é o primeiro destino quando você pensa no Caribe, queremos mudar isso; os brasileiros procuram Punta Cana, Curaçao, Aruba e Cancun até mesmo porque nesses destinos o espanhol é o idioma principal, e assim os brasileiros acabam se sentindo mais confortáveis. Bahamas é um pouco diferente, não é uma ilha, é um arquipélago. Tem cerca de 700 ilhas, uma população de 355 mil h a b i t a n t e s ; 6 4 aeroportos; então você percebe que é muito mais que uma ilha, são várias ilhas, um arquipélago. O idioma é o inglês então é um pouco diferente dos outros destinos por conta disso, o primordial é o inglês, a mão de direção é a d i r e i t a , c o m o n a Inglaterra.

DIÁRIO - Como você p r e t e n d e a g i t a r o mercado, como serão suas ações de promoção?ARIANE - Bahamas percebeu a importância do mercado latino-americano, não só o Brasil; então agora os olhos e os investimentos estão voltados para a América Latina. Já nesse primeiro semestre houve um crescimento de 17% do número de visitantes da América Latina e a tendência é aumentar ainda mais. Nós estamos com um planejamento de marketing de Bahamas para o próximo ano fiscal, então Bahamas vai voltar para a mídia, para a televisão e a nossa intenção é desmistificar o destino como um destino somente de luxo, um destino muito caro; durante muito tempo criou-se essa ideia de que Bahamas era um paraíso fiscal então fica aquela idéia de que é inacessível e, ao contrário, não é.

DIÁRIO – Dê mais exemplos...ARIANE - Por exemplo, se você considerar Nassau, que é a capital de Bahamas, existe acomodações para todos os perfis de turistas, tem o turista mais econômico e aquele top, luxo, aquela coisa única, então é isso que precisamos mostrar para o brasileiro, que temos todas as opções, que Bahamas é um lugar para todos: é família, é casal; lá é um destino onde acontecem centenas de casamentos, renovação de votos etc. Famílias com crianças de quatro e cinco anos também se divertem muito por conta dos atrativos voltados para o mundo aquático, mergulho com

golfinhos, é um contato realmente muito próximo, uma coisa muito gostosa e é isso que precisamos passar para os brasileiros agora.

D I Á R I O – Q u a n t o s brasileiros vão para as Bahamas atualmente?ARIANE - Atualmente são cerca 6.500 visitantes por ano, houve um aumento de 17% e agora vamos esperar o final do ano fiscal para conseguirmos avaliar.

NÓS PERCEBEMOS AO LONGO DO TEMPO QUE BAHAMAS NÃO É O PRIMEIRO DESTINO QUANDO VOCÊ PENSA NO CARIBE, QUEREMOS MUDAR ISSO.

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GLENDA JOHNSON, DIRETORA DO

MINISTÉRIO DO TURISMO DE BAHAMAS

PARA A AMÉRICA LATINA VEM PARA O

BRASIL EM AGOSTO E SE REUNIRÁ COM AS

COMPANHIAS AÉREAS

DIÁRIO – Como está a negociação com as companhias aéreas?ARIANE - É um desafio; essa questão exige um pouco mais de pessoas interferindo. O que eu posso dizer é que a Glenda Johnson que é a diretora do Ministério do Turismo de Bahamas para a América Latina vem no final de agosto e nós faremos reuniões com companhias aéreas, por enquanto esse é o nosso primeiro passo.

DIÁRIO - Atualmente há um voo por dia via Panamá, é isso?ARIANE - Sim, via Panamá com a Copa Airlines saindo de sete capitais brasileiras; existe a outra opção também porque Bahamas é muito vendida como extensão de Miami então tem a American Airlines, ou outra companhia aérea que opera via Miami, mas por enquanto, do Brasil, tem um voo pela Copa.

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DEZ ANOS FUTURO PRÓSPERO NOS PRÓXIMOS

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DIÁRIO DO TURISMOentrevistapanorâmica

4CLÁUDIO GUIMARÃES,VICE-PRESIDENTE DO HOPI HARI

EM ENTREVISTA EXCLUSIVA CONCEDIDA À REPÓRTER PRISCILA PARIZ, O

VICE-PRESIDENTE DO HOPI HARI, CLÁUDIO PINHEIRO GUIMARÃES,

ANUNCIA UMA NOVA ATRAÇÃO QUE PROMETE MUITO MAIS ADRENALINA

EM UM DOS MAIORES PARQUES TEMÁTICOS DA AMÉRICA LATINA. A NOVA

ÁREA 'OS SUPER HERÓIS DA LIGA DA JUSTIÇA', É FRUTO DA PARCERIA COM A

GIGANTE DO ENTRETENIMENTO WARNER BROS. ALÉM DISSO, GUIMARÃES

ANALISA O ACESSO DA CLASSE C AOS PARQUES INTERNACIONAIS COMO

SAUDÁVEL PARA A INDÚSTRIA DOS PARQUES BRASILEIROS. "O ACESSO DA

CLASSE C AO LAZER TAMBÉM BENEFICIOU O HOPI HARI E AS ATRAÇÕES

TURÍSTICAS BRASILEIRAS DE FORMA GERAL. O SETOR DE ENTRETENIMENTO

GOZA DE UM FUTURO PRÓSPERO NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS." LEIA A SEGUIR

A ENTREVISTA, NA ÍNTEGRA.

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DIÁRIO: O senhor poderia estimar o número de visitantes que o parque recebe durante o ano e quais são as épocas de maior demanda? Vocês chegam a sofrer com a sazonalidade?CLÁUDIO GUIMARÃES: O Hopi Hari é a atração turística paga mais visitada do Brasil. No entanto, o parque não divulga informações sobre visitação. Durante todo o ano, o Hopi Hari oferece cinco temporadas (Hopi Verão, Hopi Night, Férias Mágicas, Hora do Horror e Hopi Niver). As temporadas com maior volume de visitação são as Férias Mágicas e a Hora do Horror. Esta última estreia em 17 de agosto e segue até 28 de outubro. O Hopi Hari é um p a r q u e f a m í l i a . Nosso público alvo envolve todas as faixas etárias de crianças até idosos. N ó s r e c e b e m o s famílias jovens com crianças pequenas a t é i d o s o s q u e a c o m p a n h a m netos. Cerca de 25% dos visitantes são oriundos de outros e s t a d o s . N o s s a e x p e c t a t i v a é a u m e n t a r e s s e número para 40% nos próximos cinco anos. Quanto à sazonalidade, ela tem impacto na visitação do parque, contudo nossos eventos são criados para atrair diferentes tipos de visitantes. Com esta estratégia temos obtido sucesso.

DIÁRIO: A classe C sempre foi responsável por uma parte importante da demanda desse tipo de empreendimento; com o crescimento econômico essas pessoas começaram a investir em viagens internacionais, e Orlando é um dos destinos preferidos desse público. Como o senhor analisa essa situação? Isso afetou de alguma forma ao número de visitantes ou o faturamento do parque?

CLÁUDIO GUIMARÃES: Não, pelo contrário, este comportamento reforça o hábito de visitação a parques e é muito saudável para a indústria de parques. O acesso da classe C ao lazer também beneficiou o Hopi Hari e as atrações turísticas brasileiras de forma geral. O setor de entretenimento goza de um futuro próspero, nos próximos dez anos, embasado no crescimento de renda do brasileiro e nos eventos da Copa e das Olimpíadas, que devem posicionar o Brasil em um

outro patamar junto a o t u r i s m o internac ional . O H o p i H a r i compartilha deste o t i m i s m o e consistentemente vem se preparando para receber com encantamento e atrações de alta q u a l i d a d e e s t e público crescente. DIÁRIO: Como é o relacionamento do Hopi Hari com os agentes de viagem, já existem pontos de vendas próprios e as v e n d a s p e l a internet? Qual a porcentagem de vendas realizadas por agências hoje?C L Á U D I O GUIMARÃES: Temos

diversos tipos de parcerias, por exemplo, distribuidores de passaportes do Hopi Hari, operadoras e agências de viagens, além do nosso Call Center e o e-commerce. Cada tipo de parceria tem um investimento específico e, como consequência, um retorno. Ou seja, uma comissão proporcional ao investimento e comprometimento do parceiro.

DIÁRIO: Quais foram as últimas novidades do parque? Há previsão de implantação de novos brinquedos para o próximo ano?CLÁUDIO GUIMARÃES: Em março de 2011, a Warner Bros. Consumer Products (WBCP) e o

MESMO COM SAZONALIDADE, NOSSA EXPECTATIVA É AUMENTAR

EM 40% O FLUXO DE VISITANTES NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS.

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Hopi Hari firmaram um acordo de licenciamento inédito para conceder ao Hopi Hari os direitos de trazer algumas das maiores franquias do mundo para o Brasil. A parceria de longo prazo marcou a entrada da WBCP no mercado brasileiro de parques de diversões e traz os Looney Tunes e os heróis da Liga da Justiça da DC Comics para fãs de todas as idades em ambientes temáticos e atividades divertidas, bem como produtos e mercadorias totalmente n o v o s , i n s p i r a d o s p o r e s s e s p e r s o n a g e n s . A á r e a c h a m a d a "Pernalonga e sua Turma" foi inaugurada em janeiro deste ano, tematizada com os personagens que as famílias adoram, os Looney Tunes, incluindo Pernalonga, Patolino, Taz, Piu-Piu, Frajola e Patolino. Repleta de adrenalina, a região da “Liga da Justiça” terá os super-heróis, como Superman, Batman, Lanterna Verde, Mulher Maravilha, Aquaman e The Flash. A previsão é que a área seja inaugurada no próximo mês de outubro. Outra novidade que logo estará na grade de entretenimento do parque é uma nova montanha-russa, com 10 inversões.

OUTRA NOVIDADE, QUE LOGO ESTARÁ NA GRADE DE ENTRETENIMENTO DO PARQUE É UMA NOVA MONTANHA-RUSSA, COM 10 INVERSÕES.

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