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TESTE DE EFICIÊNCIA DAS BASES CARRAPATICIDAS Renata Mendes Tavares Resumo: Os transtornos causados por carrapatos estão entre os mais importantes problemas em sistemas de produção de bovinos, mas apesar dos progressos alcançados pelos programas de controle, isto tem levado ao desenvolvimento de cepas resistentes a vários grupos químicos. Avaliou-se por meio de teste de campo a susceptibilidade do Boophilus microplus a sete carrapaticidas contendo os seguintes princípios ativos: Diclorvos, Amitraz, Cipermetrina, Clorpirifós, Piretróide e Organofosfato.Os banhos carrapaticidas foram realizados em bezerros leiteiros da região sul do Estado de Minas Gerais, na cidade de Poço Fundo. Diante dos resultados, verificou-se que o organofosforato apresentou, uma melhor ação carrapaticida, mas ainda se observando sinais de resistência. 1. Introdução : O Boophilus microplus é da família Ixodidae que acarretam grandes prejuízos econômicos para a pecuária e se distribuem por toda extensão do Brasil . O B. microplus é um carrapato com ampla distribuição mundial, estando presente na faixa contida entre os paralelos 32° N e 32° S. O carrapato bovino tem destacada importância nos países da América Latina, África e Oceania. No Brasil, esse carrapato foi introduzido com o gado trazido pelos primeiros colonizadores e atualmente encontra- se distribuído em quase todos os estados. A resistência do carrapato dos bovinos, Boophilus microplus, aos carrapaticidas disponíveis no mercado do Brasil tem sido motivo de preocupação por parte dos produtores e pessoal técnico relacionado ao controle deste ectoparasito. Há regiões em que não existem mais produtos capazes de controlar eficientemente as populações de carrapatos. Considerando a necessidade de conservação da eficiência dos poucos grupos de produtos carrapaticidas disponíveis, e o conhecimento de que quanto mais cedo reconhecidos os genes resistentes numa população de carrapatos, maiores serão as chances de

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TESTE DE EFICIÊNCIA DAS BASES CARRAPATICIDAS

Renata Mendes Tavares Resumo: Os transtornos causados por carrapatos estão entre os mais importantes problemas em sistemas de produção de bovinos, mas apesar dos progressos alcançados pelos programas de controle, isto tem levado ao desenvolvimento de cepas resistentes a vários grupos químicos. Avaliou-se por meio de teste de campo a susceptibilidade do Boophilus microplus a sete carrapaticidas contendo os seguintes princípios ativos: Diclorvos, Amitraz, Cipermetrina, Clorpirifós, Piretróide e Organofosfato.Os banhos carrapaticidas foram realizados em bezerros leiteiros da região sul do Estado de Minas Gerais, na cidade de Poço Fundo. Diante dos resultados, verificou-se que o organofosforato apresentou, uma melhor ação carrapaticida, mas ainda se observando sinais de resistência.

1. Introdução :

O Boophilus microplus é da família Ixodidae que acarretam grandes

prejuízos econômicos para a pecuária e se distribuem por toda extensão do Brasil . O B. microplus é um carrapato com ampla distribuição mundial, estando presente na faixa contida entre os paralelos 32° N e 32° S. O carrapato bovino tem destacada importância nos países da América Latina, África e Oceania. No Brasil, esse carrapato foi introduzido com o gado trazido pelos primeiros colonizadores e atualmente encontra-se distribuído em quase todos os estados.

A resistência do carrapato dos bovinos, Boophilus microplus, aos carrapaticidas disponíveis no mercado do Brasil tem sido motivo de preocupação por parte dos produtores e pessoal técnico relacionado ao controle deste ectoparasito. Há regiões em que não existem mais produtos capazes de controlar eficientemente as populações de carrapatos. Considerando a necessidade de conservação da eficiência dos poucos grupos de produtos carrapaticidas disponíveis, e o conhecimento de que quanto mais cedo reconhecidos os genes resistentes numa população de carrapatos, maiores serão as chances de erradicá-los. Para tanto, é necessário proceder a um monitoramento contínuo da utilização dos produtos e de suas eficiências, no sentido de que sejam encontradas alternativas técnicas de manejo das resistências já estabelecidas e das em estabelecimento.

2. Revisão de literatura2.1 O carrapato e sua introdução no Brasil

No Brasil, sua introdução parece ter-se dado pela vinda de animais comprados do Chile, no início do século XVIII, via estado do Rio Grande do Sul, estando, atualmente, distribuído por todo o país (Gonzales, 1995). Os carrapatos mais comuns no Brasil são:

Carrapato-de-boi (Boophilus microplus) que transmite ao gado a doença "Tristeza Bovina".

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Carrapato-de-cavalo ou Carrapato Estrela (Amblyomma cajennense) é o que mais comumente parasita o homem. Também infesta mamíferos domésticos e silvestres e aves. Em sua forma adulta, ele é conhecido como carrapato estrela. Fica grande, do tamanho de um feijão verde, ou até maior. A sua forma larval, o micuim, está nos pastos no período de março a julho. Este tipo de micuim, que pode ficar até 24 meses sem se alimentar, esperando um hospedeiro, no homem causa terrível coceira e inflamação que pode durar mais de um mes.

Carrapato-de-galinha (Argas miniatus), que transmite aos galináceos a bouba, doença infecciosa semelhante à sífilis.

Carrapato-vermelho-do-cão (Rhipicephalus sanguineus), típico de cães e gatos. Os adultos preferem instalar-se na pele, entre o coxim plantar e as orelhas do cão. Sobem pelas cercas, muros, e espalham-se pelo canil, casa, etc. É de difícil controle.

2.2 Danos ao hospedeiro

Pode causar danos de:

Natureza espoliativa - Quando extrai grande quantidade de sangue, quer pela sua quantidade, como pelo nível de infestação.

Ação tóxica - Causada pela saliva dos carrapatos, que para sugarem sangue por assim dizer injetam sua própria saliva no ponto em que introduzem seu aparelho sugador, para impedir a coagulação do sangue de suas vítimas, e essa saliva muitas vezes pode causar ação não apenas irritante como também tóxica ou alérgica;

Ação patogênica - Referente quanto à possibilidade que existe de se encontrarem infectados por diversos agentes causadores de enfermidades, tais como vírus, riquetzias, etc.como consequência transmitirem ao picar diversas moléstias, como a febre maculosa entre tantas.

2.3PREJUÍZOS CAUSADOS PELA INFESTAÇÃO DECARRAPATOSO carrapato é um ectoparasita hematófago, cujo prejuízo aos bovinos

geralmente é causado pelas teleóginas. A fêmea ingere de 0,5 a 3,0 ml desangue em toda a sua vida. O macho não se alimenta, porém outras formasimaturas o fazem, na sua maioria, de líquidos linfáticos. Com isso, o animalperde peso, produz menos leite e o enfraquecimento é generalizado, o queleva à pré-disposição a doenças (Gonzales, 1975; Furlong, 1993).Em uma revisão bibliográfica feita por Furlong (1993) sobre os prejuízoscausados pelos carrapatos aos bovinos, foram citados os seguintesaspectos:

· o desconforto (irritação) provocado pelos parasitos não permite que osbovinos pastem normalmente, diminuindo a taxa diária de conversão doalimento em carne e/ou leite. A inoculação da saliva do carrapato na peledos bovinos desencadeia uma reação alérgica, com liberação de grande

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quantidade de histamina, principal responsável pela irritação (Tatchell,1987 citado por Furlong, 1993);

· a espoliação constante a que são submetidos os bovinos parasitados, segundoGonzales (1975, citado por Furlong, 1993), varia de 0,5 a 3 ml aquantidade de sangue ingerido por uma teleógina (fêmea ingurgitada).

· as lesões da pele que, além de serem prejudiciais às indústrias de couro,com repercussão no preço final do produto, são portas de entrada debactérias e larvas-de-mosca (berne e miíase) (Couro, 1984 citado porFurlong, 1993);

· a transmissão dos agentes do complexo “tristeza parasitária”, que causamdoença com elevado grau de morbidez, sem contudo prejudicar o carrapatono seu desenvolvimento, pelo menos no que concerne à Babesia spp(Guglielmone et al., 1989 citado por Furlong, 1993).

2.4 Métodos de controle

2.4.1 Controle fora do hospedeiro

Ainda que pouco utilizado, o controle do carrapato fora do animal pode ser realizado por meio de rotação de pastejo, introdução de espécies de gramíneas com poder de repelência e ou ação letal ao carrapato, alteração de microclima, implantação de lavouras, uso de agentes biológicos etc.

A rotação de pastejo consiste na retirada dos animais da pastagem, até que todas ou a maioria das larvas sejam eliminadas por causas naturais. Em Mato Grosso do Sul, um bom descanso seria em torno de 40 dias na primavera/verão e, 60 dias, no outono/inverno.

Algumas espécies de forrageiras têm influência na sobrevivência das larvas nas pastagens, porque, em função da forma de crescimento e características específicas de cada uma, há formação de um microambiente, que resulta em repelência ou morte das larvas. Dentre estas, destacam-se o capim-gordura, o andropógon, o capim-elefante, os estilosantes (Stylosanthes spp.).

A implantação de lavoura, com o objetivo de recuperação de pastagens, é uma prática que indiretamente auxilia o controle do carrapato, pela ausência de animais na área.

No passado, a queima de pastagens era uma alternativa para o controle do parasito, entretanto, sabe-se hoje sobre os malefícios dessa prática à fauna e flora, assim como a aplicação de acaricidas nas pastagens, sendo, portanto, práticas não recomendadas, e até mesmo antieconômicas.

A utilização de agentes biológicos é uma alternativa em estudo ainda não disponível no mercado.

2.4.2 Controle sobre o hospedeiro

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A utilização da resistência natural do bovino ao carrapato tem por base as raças resistentes, o cruzamento entre raças e a seleção entre e dentro de raças. Assim, o produtor, ao explorar raças taurinas, pode selecionar a mais resistente e/ou os animais mais resistentes dentro da mesma raça.

Os produtos carrapaticidas constituem uma opção que melhor resultado oferece ao produtor no combate ao carrapato. A escolha e o uso correto, tanto nas concentrações e na dose por animal, quanto na freqüência de aplicação, assim como a mudança de produto quando necessária, são fatores preponderantes para a obtenção de resultados esperados. Historicamente, tem-se verificado o desenvolvimento de populações de carrapatos após algum tempo de uso da maioria dos carrapaticidas lançados no mercado.

Vários são os grupos químicos de carrapaticidas, hoje disponíveis, como os organofosforados, as formamidinas, os piretróides e as avermectinas.

A aplicação desses produtos é feita por meio de pulverização, imersão, dorsal (pour-on e spot-on) ou injetável, no caso das avermectinas. Cada método apresenta suas vantagens e desvantagens e a escolha depende da região geográfica, tipo de criação, manejo, número de animais, entre outros fatores. Para cada produto, devem-se respeitar as recomendações do fabricante, como a concentração, a dose por animal, a carência para o abate e ordenha.

Em quaisquer dos métodos a serem empregados é de fundamental importância o período residual do produto, para a determinação dos intervalos de aplicações. Por exemplo, recomendam-se aplicações com intervalos de catorze a 21 dias para os produtos convencionais (piretróides).

A correta forma de combate ao carrapato maximiza os lucros do produtor, bem como das cadeias produtivas da carne, do leite e do couro.

2.5 Dinâmica populacionalNa figura 1 temos uma dinâmica da incidência de carrapatos em diversos

períodos do ano, e observamos q coletamos nossas amostras nos períodos de menor incidência. Os carrapatos precisam de condições específicas para o seu correto desenvolvimento, principalmente de temperatura, umidade e horas de intensidade de luz. À medida que aumentam as horas de luz e a temperatura, a atividade dos carrapatos aumenta. Conseqüentemente, a época mais favorável para o aumento das infestações por carrapatos pode estender-se desde a Primavera até o Outono.

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Parasitologistas em todo mundo vêm se preocupando em descrever a atual situação das regiões com carrapatos resistentes, pois uma vez surgido o problema , a amplitude de sua distribuição só tende a aumentar devido , ou pela disseminação de linhagens resistentes originais , ou pela contínua pressão dos compostos químicos que originaram os primeiros focos.

O ciclo de vida do carrapato é composto por quatro estágios: ovo, larva, ninfa e adulto. As fêmeas alimentam-se sempre de sangue, enquanto os machos raramente o fazem. O cruzamento entre o macho e a fêmea ocorre na superfície da pele do hospedeiro. A fêmea necessita se alimentar de sangue para uma boa maturação dos ovos. A fêmea ingurgitada cai no solo e põe entre 3.000 a 5.000 ovos em locais altos.

A principal forma de controle ainda são os banhos carrapaticidas, porém o crescente surgimento de populações deste carrapato resistentes aos acaricidas disponíveis no mercado e o aparecimento de resíduos químicos em alimentos de origem animal demandam o desenvolvimento de abordagens alternativas de controle, como o uso de vacinas.

2.6 Resistência de carrapatos a carrapaticidas

A resistência caracteriza-se por ser um processo de seleção genética em que alguns carrapatos de uma população sobrevivem após exposição continuada a uma família ou grupo químico carrapaticida. Estes carrapatos sobreviventes conseguem se reproduzir, aumentando a população formada por seus descendentes, chegando a um ponto em que toda a população é resistente. Os mecanismos de desenvolvimento da resistência são vários, e alguns muito complexos.

É importante saber que a resistência é um processo que ocorrerá mais cedo ou mais tarde, para qualquer família ou grupo químico carrapaticida utilizado com freqüência, e que, uma vez instalada, é irreversível. Entretanto, podem ser implementados alguns procedimentos relacionados ao manejo do carrapaticida, como por exemplo a sua utilização “o mais corretamente possível” (preparo a

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aplicação correta da solução carrapaticida), e “no menor número de vezes” (atuação estratégica com base na biologia do carrapato), no sentido de retardar ao máximo o estabelecimento de resistência na população de carrapatos.

3.Material e Método :

O objetivo no presente trabalho é avaliar o grau de sensibilidade de linhagem de B. microplus , ocorrentes na região de Poço Fundo , M.G. , frente a alguns compostos carrapaticidas mais comumente utilizados na região

3.1 Escolha dos animaisForam utilizadas 14 bezerras com alta incidência de teleógenas de

Boophilus microplus, da Fazenda Santa Edwirges, localizado em Poço Fundo , na região Sul de Minas Gerais.

As bezerras em questão estavam com aproximadamente os mesmos números de carrapatos, e foi escolhida uma parte do corpo para ser feito o banho e a contagem dos mesmos.

Pela contagem foi escolhidos o pescoço e barbela, onde a infestação era maior, contendo em cada animal cerca de 40 carrapatos na parte do corpo em questão.

Obtendo-se então 80 carrapatos p cada base carrapaticida. Os carrapatos contados consistiam de indivíduos grandes e repletos de

sangue, que são as conhecidas popularmente na região como “mamonas” ou “jabuticabas”. O banho se deu no início da manhã, quando os animais encontram-se mais intensamente infestados por carrapatos com estas características.

3.2 Banho carrapaticidasNa propriedade não havia sido ministrada nenhum banho carrapaticida há

aproximadamente 30 dias ( sendo que o carrapaticida normalmente utilizado na Fazenda Santa Edwirges era o Triatox , Amitraz) .As bezerras foram separadas em grupos de 2 animais , sendo 1 grupo controle , o qual foi banhado com água e os 6 grupos restantes foram banhados com as seguintes bases :

- Grupo 1 = Controle- Grupo 2 = Butox ( Piretróide )- Grupo 3 = Neguvon ( Organofosforado )- Grupo 4 = Triatox ( Amitraz )- Grupo 5 = Ectoplus ( Diclorvos )- Grupo 6 = Cypermil ( Cipermitrina )- Grupo 7 = Colosso (Clorpirifós)- Grupo 8 = Barrage (Cipermetrina)

O banho foi dado após a diluição das bases carrapaticidas, com ajuda de bombas costais, e concentrando as soluções no pescoço e barbela, porém todo o animal foi banhado.

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Após feito o banho, cada grupo foi colocado em locais diferentes para não haver contato, foram presos nos cochos por correntes.

Diluições : Butox 10 ml do produto / 10 litros de água . Neguvon 80 g do produto / 20 litros de água . Triatox 20 ml do produto / 10 litros de água . Ectoplus 10 ml do produto / 4 litros de água . Cypermil 20 ml do produto / 20 litros de água .

Colosso 25 ml do produto / 20 litros de água Barrage 10 ml do produto / 10 litros de água

Anotou – se as quantidades de carrapatos q estavam nos animais, e após o banho foi feita uma observação de 2 vezes ao dia, sempre nos períodos mais frescos, de manha as sete horas e no final da tarde ás dezessete horas, chegando ao final com 6 observações, nos três dias de experimento. Feita contagem dos carrapatos q estava ainda no animal.

O teste de campo foi feito segundo Carlos º Cordovés Céspedes que escreveu o livro “Carrapato: Controle e Erradicação”.

4. Resultados e Discussão:

4.1 Resistência as bases carrapaticidas:Foi verificado resistência á todos os carrapaticidas, somente o Neguvon,

que obteve uma eficiência superior a 70%. De acordo com as Lojas agropecuárias da cidade em questão, o

carrapaticida que obteve menor resultado é o mais utilizado pela população, o Triatox, (Amitraz). O produto amitraz é o mais usado e a maioria das fazendas usam o método de pulverização na aplicação dos carrapaticidas.Causando assim realmente uma resistência dos Boophilus microplus, nesta região.

No quadro 1 estão representados as observações, de doze em doze horas e a contagem feita das teleóginas que permaneceram nos animais.

Número de teleóginas que permaneceram nos animaisObservações(horas) 0 12 24 36 48 60 72

Carrapaticidas:              Barrage 80 78 69 63 50 44 37Triatox 80 80 78 75 65 50 46Butox 80 79 69 55 53 49 40

Neguvon 80 73 69 52 43 35 19Cypermil 80 73 69 54 50 45 41Colosso 80 71 65 59 47 33 29

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Controle 80 78 78 77 77 77 76

Número de Boophilus microplus que cairam dos animais:Carrapaticidas: Eficiência:

Barrage 43 53%Triatox 34 42%Butox 40 50%

Neguvon 61 76%Cypermil 39 48%Colosso 51 63%Controle 4 5%

No quadro 2 observamos os carrapatos q caíram e a eficiência de de cada carrapaticida, de acordo com o teste de campo.

Para avaliar a eficiência do acaricida utilizou-se os índices recomendados pelo Ministério da Agricultura (BRASIL, 1990) que considera eficaz quando a eficiência do carrapaticida é igual ou superior a 95%.

Por tanto nenhum dos carrapaticidas obteve ação satisfatória.

Os resultados apresentados são preliminares, oriundos de um estudo sobre a resistência a drogas carrapaticidas na região sul de Minas Gerais.

Conclusão :

1 - No presente experimento demonstrou - se que o carrapaticida utilizado na Fazenda Santa Edwirges , Triatox não obteve qualquer efeito sobre as teleógenas 2 - Nenhuma base utilizada atingiu eficiência esperada , sendo que o Neguvon e o Colosso apresentaram os melhores resultados em relação aos outros carrapaticidas. 3 - Todas as amostras apresentam um grau de resistência a cada carrapaticida empregado

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4 - Através do experimento realizado , ainda não é possível afirmar que as demais bases utilizadas não são eficazes contra B. microplus ou mesmo que há uma resistência .

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