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Faculdade Magister São Paulo, Junho 2005 TESTE DO DESENHO DA FAMÍLIA 1

Teste Do Desenho Da Família[1]

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Psicologia

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Page 1: Teste Do Desenho Da Família[1]

Faculdade Magister São Paulo, Junho 2005

Autor - Louis CormanPopulação a que se destina - crianças a par t i r de 5 anos, adolescentes.

Material-Lápis e papel

TESTE DO DESENHO DA FAMÍLIA

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Instruções : pede-se ao sujeito que desenhe uma família de sua invenção. O autor acredita que

esta ordem favorece a liberdade de projeção e permite melhor exploração da personalidade

profunda. Uma vez executado o desenho, procede-se ao seguinte inquérito:

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Paciente: ________________________________________

Desenho da Família

Dia _____/_______/2006 Início: __________ Término ___________

1. Onde estão?

2. O que fazem aí?

3. Diga-me o nome de todas as pessoas, começando pela primeira que você desenhou.

4. Sexo, idade e papel na família de cada personagem.

5. Qual é a melhor pessoa nessa família? Por quê?

6. Qual é a pior pessoa nessa família? Por quê?

7. Qual é a pessoa mais feliz? Por quê?

8. Qual é a pessoa menos feliz? Por quê?

9. Quem você prefere nessa família?

10, Uma das crianças se comportou normal. Qual? Que castigo teria?

11. Vão passear numa festa bonita. Não podem ir todos. Quem fica?

12 , Se você fizesse parte desta família ( fazendo de conta ) , quem você seria? Por quê?

13. Que outra pessoa gostaria de ser ?

14. Você gostou do seu desenho?

15. Você mudaria alguma coisa nele?

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CAP. 5 - OS COFLITOS DA ALMA INFANTIL EXPLORADOS PELO DESENHO DA FAMÍLIA

A - Os Conflitos de Inva li dade Fraterna

a) Reações :manifestamente agressivo

b) Reações: agressivas indiretas.

1. Eliminação do rival2. Desenho só com uma c r iança3. Desenho sem criança4. Desvalorização do rival

c)As reações agressivas assumidas por um animal

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d) as reações depressivas

1. Eliminação de si mesmo2. Desvalorização de si mesmo

e) A reação regressiva e a identificação com um bebê

f) Conclusões

O que observamos, ( . . . ) , freqüentemente não é o conflito, mas as reações que este produz, na criança, as quais, em um conflito determinado, diferem segundo os casos.O interesse do desenho da família reside precisamente nisto: ao permitir-nos apreciar a situação que uma criança se atribui no meio dos seus, a índole das reações que mantém “no coração” com seus irmão e irmãs e com seus pais, em muitos casos nos permite tocar com o dedo as motivações profundas de sua conduta, muito especialmente quando esta é patológica.

a) R e ações manifestadamente agressivas

E totalmente excepcional que a criança expresse seus conflitos fraternos no desenho sob a forma de trocar, de golpes ou diversos maus tratos, ou na forma de ternas dramáticos. Em todos caso é infinitamente menos freqüente que em outros testes projetivos , e isso se deve ( . . . ) a que o su j e i to enquanto cria por si menino os personagens de b e u desenho e suas ações recíprocas, sente sua responsabilidade comprometida muito mais diretamente ( . . . ) ocorre com freqüência que durante a ent revis ta ou interrogatório posterior a criança acuse a um de seus e irmã ou irmãs representados no desenho de não ser bom , de bater-lhe ou, ao contrario, acuse o personagem que o representa de batei- nos demais.

b) Reações agressivas indiretas

Tal caso é mais freqüente. A. censura do ego, que impe de qualquer expressão de agressividade declarada, obriga essa tendência a manifestar-se de forma indireta, freqüentemente pela eliminação do rival.

1- Eliminação do Rival,

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É o grau mais intenso dessa desvalorização. Quando a existência de um irmão ou irmã, do qual se está ciumento, causa. angústia a uma criança, esta se vê obrigada a negar a existência de seu rival , isto é, a não fazê-lo figurar no seu desenho da família .Há outro procedimento mais seguro para eliminar a um rival, quando este nasceu depois: voltar à idade em que o outro ainda não havia nascido.

2. O desenho com só uma criança

Da representação com só uma criança podemos deduzir que, em primeiro lugar, o sujeito deve ter sofrido muito especialmente pela presença de seus rivais, s e j a por seu caráter susceptível e ciumento, seja como conseqüência das peculiares condições de vida no lar ( . . . ) . Em segundo lugar, podemos inferir que carece de uma maturidade , uma vez que suporta mal as . Inevitáveis frustrações da vida em uma família numerosa, não f o i capaz de conceber uma transação e, por conseguinte, emprega o muito infantil mecanismo de defesa da negação, rechaçando simplesmente o que o molesta.

3. O desenho sem criança

É mais especial que certos sujeitos só figurem em seu desenho só o casal de pais ( . ..)

É conveniente (....) interpretar o desenho de forma projetiva, e pensar que o sujeito projeta assim seu próprio desejo de não ter .filhos. Por suposto, ele se identifica com um dos pais , mais freqüentemente com o de seu sexo, e projeta nele seu egoísmo de criança em querer ser filho único.

4. Desvalorização do rival

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( . . . ) Apenas a criança chega ao princípio da realidade, o que se produz juntamente com a constituição de um super-ego que controla as tendências, semelhante eliminação do rival não pode ocorrer sem uma viva angústia por culpa. Então a rivalidade fraterna se expressa de .forma mais, moderada, com uma desvalorização e uma depreciação do rival .

c) As reações agressivas assumidas por um animal

Sabe-se ,especialmente pelo estudo do sonhos ,que a simbolização é um modo primitivo de pensamento racional quando existe regressão.

Isto se deve, como já dissemos, a que o nível projetivo do desenho da família se situa em uma zona de conflito em que a tomada de consciência é muito viva e onde conseqüentemente , as censuras atuam poderosamente .

d) As Reações Depressivas

1. Eliminação de si mes mo

É excepcional que essa eliminação se j a completa.

2. Desvalorização de si mesmo

e ) A Reação Regressiva e a Identificação com um bebê

Nosso estudo demonstra que essa defesa por regressão se emprega com freqüência (35 em 800). Esta reação regressiva se observa em todas as idades , dos 6 aos 15.

B – Os conflitos edipianos

A maioria de nossas crianças representam aos personagens vestidos e não já nus . O contrario, em geral, é indício de imaturidade e até de deficiência intelectual.

Em forma um tanto esquemática, pode-se dizer que o apeg o à mãe_é conservador e regressivo , pois a mãe representa para a criança, em qualquer idade, proteção, segurança, amor e ali me nto ,e mais adiante, se exigências essenciais da vida se acham ameaçadas, o sujei to, ainda que seja adulto, tende a voltar para trás, para a mãe protetora. Ao contrário, o apego ao pai é progressivo , enquanto o pai representa na família o elemento dinâmico que obriga avançar, a progredir.

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a ) Situação edipiana

1. Identificação com o pai do mesmo sexo

Desenhados primeiro.1/3 responde que se identifica com ele.

2. Aproximação do pai do sexo oposto

b) A Rivalidade Edipiana

1.Ciúmes do casal

2.Desvalorização do pai do mesmo sexo

3 .Eliminação, do p ai do _ mesmo se x o

4 .Agressividade com o pai do mesmo sexo

5.Agressividade simbolizada, por um animal

c) O Complexo de Édipo

Então para prevenir-se mais contra o reaparecimento no cenário do reprimido, o eu desenvolve no consciente os sentimentos chamados formações reativas do eu.

1.Inibição

(personagens rígidos, separados uns dos outros,bem alinhados segundo a ordem. hierárquica das idades).

2.Relação à distância

Pode-se pensar, por tanto, em um transtorno edipiano toda vez que o desenho uma relação distanciada .

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3 . Isolamento

Barreiras que separam os personagens.

d ) O Conflito Edipiano às Avessas

Por formação reativa – sentimentos exatamente contrários aos sentimentos primitivos .

1. O amor para com o pai do sexo oposto é substituído por indiferença ou hostilidade .2. A rivalidade agressiva a respeito do próprio sexo é substituída por afeto terno.3. Há com freqüência, ao mesmo tempo, um ressentimento ao próprio sexo que

pode conduzir a uma identificação com o sexo oposto.Isso não conduz, (...), a uma inversão completa da situação normal, mas ao que se

denomina uma situação ambivalente , na qual o sujeito vacila entre sentimentos opostos. Na produção (problema edipiano) intervêm duas ordens de fatores. Por um lado, traumatismos afe t ivos relacionados com osconflitos que impediram sua evolução normal. Por outro, fatores estruturados relacionados com a bissexualidade de todos os seres ; quando em um menino ou em uma menina existe, em grande medida , um componente estrutural do outro sexo, concebe-se facilmente que isso possa favorecer uma inversão do conflito de Édipo,inclusivesem a intervenção de um trauma psíquico importante .

Cormam (prática e forma sistemática no Centro Médico Pedagógico de Nantes) elaborou método especial de execução e interpretação.

O teste do desenho de uma família é de - execução e interpretação rápidas (uns 30 minutos), - quase sempre é bem acolhido pela criança e pelo adolescente, - pode ser realizado a partir dos 5 ou' 6 anos - só requer mesa, papel o lápis.

... Aplicamos a este t e. s te o método especialmente que elabora mos para o teste PN o que chamamos : Método das Preferências -Identificações .

- consiste em convidar o sujeito a expressar suas preferências o aversões a respeito dos diferentes personagens representados e- identificar-se ( escolher o personagem que desejaria ser )

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( substitui a interpretação do psicólogo, sempre mais ou menos duvidosa , pela interpretação pessoal do sujeito que faz o teste e que, em definitivo, é quem se encontra em melhores condições para saber o que seu teste quer expressar) .

F.Minkowska opõe dois tipos: sensorial e racional segundo o aspecto formal do desenho.

- No se nsorial : a feitura a (realização) do desenho não é precisa, mas os detalhes se acham ligados uns aos outros por um dinamismo vivo.

- No racional : ao contrário, a realização e muito precisa: cada ser, cada obje to , estão desenhados com rigor e freqüentemente com simetria, mas cada um isolado, imóvel, sem laço de união com os demais .

Ritmo do traçado

É freqüentemente que o sujeito repita em um personagem, ou de um personagem para outro, os mesmos traços simétricos (por exemplo, tracinhos ou pontos). Essa tendência à r e petição rítmica, que pode chegar a uma verdadeira estereotipia é o contrário do desenho livre executado ao arbítrio da imaginação; significa precisamente que o sujeito perdeu uma parte da sua espontaneidade, -que vive_ dominado pelo regulado (reglado). Em certos casos muito acentuados, isso pode guiar -nos para o diagnóstico de uma neurose ou, quando menos, de uma estrutura de caráter obsessivo,

Destaquemos com sentido igual, a prolixidade -levada até à minuciosidade com a qual alguns sujeitos executara seu desenho.

...Recomendamos prudência na interpretação do simbolismo do espaço, pois adquire sua verdadeira significação quando se corrobora por meio de outros elementos.

Por outro lado deve-se sempre recordar que os setores brancos aqueles que não há desenho, não são por isso setores vazios sobre os quais não haja nada a dizer : são zona de proibição que se deverão interpreta.r conseqüentemente.Os que limitam seu desenho à metade esquerda da folha, não só são sujeitos que "regressam", mas sujeitos antes os quais se fecharam as portas do futuro, porvir, e por isso tiveram de retroceder .

Deve-se observar também, enquanto o sujeito desenha, se sua figura se constrói da esquerda para a direita, o que constitui o movimento progressivo natural, ou da direita para a es querda um movimento regressivo, De vê-a e ver antes se é um ca nhoto.

Observemos de passagem que.e quando um sujeito com dominância direita representa personagens de perfil, geralmente, os f a z olha:r para a esquerda, enquanto que, quando a mão esquerda de_ senha, os

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perfis olham para a direita (de acordo com Zazzo). Mas isso não é constante e há muitas excessões para que se o tenha por regra.O tipo sensorial é, para nós, espontâneo, muito vital e dentro do grupo familiar, principalmente sensível ao ambiente, ao movimento e ao calor dos laços, Observar-se-á, igualmente, a importância das linhas curvas que também expressam o dinamismo da vida.

No tipo racional. ( . . . ) a espontaneidade foi inibida, ao menos em parte, por cenouras, o que deu lugar a uma regra de certo rigor, chegando à reprodução estereotipada e rítmica de personagens de escasso movimento, isolados u ns dos outros, mas com freqüência desenhados com um cuidado extremo do detalhe preciso. A. q u i, as linhas retas e os ângulos predominam sobre as curvas.

( . . . ) dever-se-á pensar sempre na intensidade crescente das formações reativas do ego depois da idade de 8 ou 9 anos, freqüências às exigências da adaptação escolar.( . . . ) A criança pode projetar suas diversas tendências nos diferentes personagens de seu desenho da família e, quanto mais distinta se j a a família representado da família real do sujeito, mais legítimo é pensar que D. mecanismo de projeção está atuando .Ao identificações serão , então, múltiplas, haverá no 1ª plano (término) uma identificação de realidade, se o sujeito se representou a si mesmo. Em 2ª lugar, a identificação do desejo ou de tendência., pela qual o sujei to se projeta no personagem ou personagens que satisfazem melhor essa tendência; por exemplo, será o pai, para poder mandar; ou a mãe, para ter filhos; ou o irmão maior, para ser independente e fase r o que quiser; ou o menor para ser mimado.

Em 3ª lugar, existe a identificação de defesa, geralmente com o poderoso que simboliza o super-ego, por exemplo, se o sujei to põe em cena a um mau que representa sua própria agressividade, poderá se identificar com o pai ou a mãe ou a polícia que mata ao mau.

1.Regras de Interpretação

- prática prolongada

- intuição

No plano da projeção Antes de tudo se deverá interpretar sempre no plano su perficial. Para isso no irá comparar o desenho de uma família com a composição da família real. Por exemplo, se falta alguém convém perguntar se essa personagem se acho ausente de maneira habitual, e, inclusive , se morreu. Quando um membro da família se acha colocado a certa distancia dos demais, ou se acha desvalorizado de uma ou de outra forma, é também possível que seus vínculos reais com os outros sejam frouxos, por exemplo, em caso de ausências freqüentes.

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Convergência de indícios

Em segundo lugar deve-se recordar sempre que um t e s te projetivo comumente fornece só probabilidades. Permite-nos formular lar uma ou várias hipóteses sobre a personalidade do sujei to estudado, hipóteses que devemos demonstrar depois Conseguiremos isso de duas mane iras:

1º. Realizando outros testes de personalidade,

2º Referendo-nos continuamente à Clínica. Não convém, a não ser para fins de pura investigação científica, realizar interpretações cegas. As amostras (mueatras) só têm valor se as refere aos fa tos clínicos e, especialmente aos transtornos patológicos pelos quais se nos consulta.

Convém especialmente dizer aqui que o teste projetivo só raramente traz um critério que permite distinguir ,o estado normal e o estado anormal. As mesmas tendências instintivas, as mesmas censuras e os mesmos conflitos podem observar-se tanto em sujeitos bem adaptados como nos desadaptados .

( . . . ) demos a entender que o aspecto criador do desenho de uma família tendia a acentuar muito especialmente a defesa por meio de valorização e desvalorização.

Valorização do Personagem Principal

(considera mais importante, ao qual admira, inveja o temo e também, muito freqüentemente, como assinalou Maurice Poro aquele com o qual se identifica, conscientemente ou não).

1. O personagem valorizado é desenhado primeiramente, porque a criança pensa .........................................dá maior atenção.2. Na segunda maioria dos casos ocupa o 1º lugar à esquerda da página, visto que o desenho geralmente se constrói da esquerda para a direita, sobretudo quando se tem dominância lateral direita.

3. Destaca-se pelo seu tamanho maior que o de outros personagens , guardando as proporções,

4. O desenho desse personagem é executado com maior eu.cuidado. Seus traços são mais acabados. Não falta nenhum detalhe ( . . . )

5. Por outro lado excede em complementos, coisas agregadas, enfeites na roupa, chapéu, bengala (bas tão) , guarda-chuva, cachimbo (pipa), bolsa na mão, etc.

6. Também pode se destacar por sua colocação junto a um poderoso; por exemplo,uma criança ao lado de: um dos pais, o preferido ou temido, ou talvez pegando sua mão.

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7. Acontece que ocupa uma posição central (no sentido figurado do termo), e os olhares dos outros convergem para ele.8. É destacado também nas respostas dadas ao interrogatório.9.Freqüentemente é uma personificação do sujeito autor do teste, seja que a criança declare abertamente seu desejo de identificar-se com ele, se ja que a intervenção da defesa do ego a impeça disso, apesar de que vários indícios convergentes nos permitam adivinhar que a criança se identifica inconscientemente com ele.

Desvalorização

Negação - supressão simples

Também acontece que falte o próprio sujeito, o que significa que em sua situação atual de sexo e idade não se acha a gosto e deseja ser um outro. Não se pode pensar, com efeito, que uma criança possa aceitar não fazer parte da família e deve-se admitir que, salvo raras exceções, se representou com os traços de outro personagem c u j o lugar queria ocupar, Devemos pois, descobrir com quem se identificou a criança.As vezes a escotomização se produz a respeito de uma parte de um personagem, omitindo-se, como ocorre comumente, os braços ou detalhes do rosto (... )

Quando a desvalorização de um personagem não se manifesta pela ausência se manifesta pela ausência pode expressar-se de muitas maneiras. O personagem desvalorizado aparece:

1. Representado com um desenho menor que os outros e dando a s proporções.

2. Colocado por último, com freqüência na margem da página,como se não se tivesse pensado no princípio em reservar-lhe um lugar.

3. Colocado muito longe dos outros ou também abaixo.

4 . Não t ão de senha do como os outros, ou sem detalhes importantes .5. Sem nome, enquanto os outros o tem.6. Muito raramente é identificado com o sujeito que desenha o teste .

Relação à Distancia

A dificuldade que o sujeito encontra para estabelecer boas relações com outras pessoas da família pode se manifestar em seu desenho por uma efetiva separação: o que o represento se encontra longe de outro personagem ou de todos os outros.

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Há também casos na verdade raros, mas observamos alguns notáveis em que a separação está indicada mais claramente por meio de um traço que divide as diferentes partes do desenho.

Símbolos Animais

Não é estranho que o sujeito faça presentes em seus desenhos, animais domésticos ou selvagens.Dever-se-á pensar sempre que podem ser símbolos de tendências inconfessáveis que o sujeito não se atreve a assumir abertamente. O animal doméstico pode simbolizar o ócio junto do lar ou as tendências orais passivas, O animal selvagem simboliza freqüentemente, as tendências agressivas da. criança, cuja violência é tal que necessitam ser cobertas com uma máscara. Haverá que pensar nela muito especialmente quando o sujeito está ausente do desenho, por haver-se projetado totalmente em seu animal do identificação.

Por último, não é estranho, tão pouco, que os animaizinhos sejam símbolos de irmãos e irmãs c u j a importância se quer reduzir; sua representação em forma de animais significa que não são postos em plano de igualdade com as pessoas.

Corno a simbolizarão animal permite à criança expressar livremente suas tendências, deduz-se em certos casos, se obterá uma projeção melhor .indicando-lhe que "desenha uma família de animais". Temo-lo feito principalmente nos casos em que a inibição , frente ao teste do desenho de uma família, era muito intenso ( . . . )

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