TESTE INTERMÉDIO DE CIÊNCIAS

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RESUMOS TESTE INTERMDIO DE CINCIAS 2011/20127 Ano............................................................................................................................................ 1 8 Ano.......................................................................................................................................... 17 9 ano .......................................................................................................................................... 28

7 AnoTERRA NO ESPAO 1. Terra um planeta com vida IntroduoUniverso tudo o que existe, um conjunto de milhares de milhes de Galxias Formadas por gases, poeiras, milhares de milhes de estrelas e outros corpos celestes Onde podem existir Sistemas Planetrios (constitudos por estrelas e outros astros) Via Lctea galxia de aspeto leitoso e forma espiral, qual pertence o Sistema Solar o Possui uma estrela (Sol), oito planetas principais, vrios planetas secundrios, asteroides, cometas, meteoros, gases e poeiras

Planetas Principais giram diretamente volta da estrela Telricos Terra: 3 Planeta mais prximo do Sol nico conhecido com vida e gua lquida na superfcie Temperatura mdia de 15 Mais prximos do Sol Massas pequenas e rochosos Poucos satlites e sem anis Mercrio, Vnus, Terra, Marte Gigantes gasosos Mais afastados do Sol Massas grandes e gasosos Muitos satlites e com anis Jpiter, Saturno, rano, Neptuno

Planetas Secundrios giram diretamente volta do planeta principal Cintura de Asteroides Formada por milhes de asteroides de pequenas dimenses, entre as rbitas de Marte e Jpiter. Formam-se devido no formao de um planeta Cometas rochas pequenas (e gelo), que orbitam em torno do Sol e se evaporam ao aproximar-se dele. A cauda projetada pelo vento solar e tm origem fora da rbita de Pluto

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1.1. Condies da Terra que permitem a existncia de vida

Condies que permitem a existncia de vida: A distncia da Terra em relao ao Sol a ideal para permitir que a energia solar proporcione luz e calor ao planeta, necessrios vida A existncia de um planeta com crosta slida que resultou essencialmente da erupo de vulces que expeliram para a superfcie matria do seu exterior A existncia de gua nos seus trs estados e de uma atmosfera rica em O2 a partir da qual se formou a camada de ozono, que protege a Terra dos nocivos raios ultravioleta

Citologia cincia que estuda a estrutura e funo da clula Teoria Celular: A clula a unidade bsica da estrutura e funo de todos os seres vivos (todos os organismos so constitudos por clulas, nas quais se desenvolvem os processos vitais)2 de 45

Todas as clulas provm de clulas pr-existentes Clula - unidade de reproduo, desenvolvimento e hereditariedade dos seres vivos

Os seres vivos podem classificar-se em: Unicelulares constitudos por uma s clula Pluricelulares constitudos por vrias clulas com funes especficas e diversas

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1.2 A Terra como um sistemaBiodiversidade enorme quantidade e variabilidade de formas vivas na Terra Ecossistema conjunto dos seres vivos que habitam uma rea, o meio envolvente e a interdependncia estabelecida os eles e entre si e o meio. A sua distribuio est relacionada com fatores como temperatura e precipitao Ex: Tundra, Savana

A Terra e os seus subsistemas

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2. Cincia, Tecnologia, Sociedade, Ambiente 2.1. Cincia produto da atividade humanaAo longo da histria, o conceito de Cincia tem evoludo, manifestando-se tambm o seu Dinamismo e desenvolvendo-se a Tecnologia. Cincia Objetivo de interpretar o ambiente e os fenmenos que nos rodeiam de uma forma dinmica, usando a tecnologia Tecnologia - Mquinas que facilitam a vida, construdos aplicando-se conhecimento cientfico Modelos do Universo Teoria Geocntrica Proposta inicialmente por Aristteles Defendida e adotada por Cludio Ptolomeu Baseado em dados de observao disponvel (movimentos aparentes do sol, lua e outros astros) Usando a viso humana - sem recursos tecnolgicos Aceite durante 14 sculos, por estar de acordo com o que era defendido pela igreja Afirmava que a Terra era fixa e centro do Universo, girando todos os outros astros sua volta Teoria Heliocntrica Defendida por Nicolau Coprnico Baseado em clculos matemticos e observao dos astros com lentes rudimentares - recurso tecnolgico Defendida por Galileu Usando um telescpio rudimentar por ele produzido influncia da tecnologia Contrariado pela igreja, obrigado pela Inquisio a renegar as suas descobertas Afirmava que o Sol era o centro do Universo, girando todos os outros astros sua volta

Cincia e Tecnologia Instrumentos de Pesquisa Espacial Satlites artificiais veculos colocados em rbita volta da Terra, permitem a investigao espacial, telecomunicaes, meteorologia, luta contra a poluio, navegao e estudo de recursos terrestres e marinhos. Sondas espaciais Naves interplanetrias no tripuladas que enviam para a Terra informaes Telescpios espaciais ou terrestres instrumentos de observao astronmica. Vaivns espaciais Naves tripuladas reutilizveis que permitem o transporte de astronautas, satlites, sondas e outros instrumentos para experincias. Estaes espaciais laboratrios orbitais que permitem a vida de seres humanos, enquanto procedem a investigaes. Vantagens do avano tecnolgico: Desenvolvimento de instrumentos que facilitam estudos cientficos e de mquinas/materiais que facilitam a vida Transportes mais rpidos e seguros Comunicao mais rpida e fcil Descobertas cientficas na medicina e sade Desvantagens do avano tecnolgico: Desenvolvimento de armas mais mortferas Aumento da poluio terrestre e orbital Acidentes nas viagens espaciais

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TERRA EM TRANSFORMAO 1. A Terra conta a sua histria 1.1. Os fsseis e a sua importncia para a reconstituio da histria da TerraPaleontologia cincia que estuda os fsseis. Fsseis restos de seres vivos (ossos, dentes, conchas, folhas) que viveram h muitos anos, ou vestgios da sua atividade (ovos, pegadas, excrementos) que ficaram preservados em rochas. Fossilizao - conjunto de fenmenos fsicos e qumicos que permitem a formao dos fsseis Uma vez que a maior parte dos sedimentos se acumula no mar ou em lagos, os fsseis de seres vivos marinhos so os mais abundantes Fssil de um peixe 2 O peixe morre e o corpo fica no fundo do mar, depositando-se sobre ele sedimentos que o enterram 3 As partes moles decompem-se, permitindo gua penetrar no esqueleto que resiste

4 O organismo vai sendo coberto por novas camadas de sedimentos e os minerais depositados pela gua substituem as espinhas 5 As camadas de sedimentos transformam-se em rocha 6 Aps milhares/milhes de anos, torna-se um fssil

Condies necessrias formao de um fssil Os organismos devem possuir partes duras (conchas, ossos, sementes, trocos) Devem estar protegidos do contacto com o ar, gua e animais que os possam ingerir Os sedimentos depositados devem ser finos e impermeveis Processos de fossilizao: Tipo de fossilizao Descrio Conservao/Mumificao Preservao das partes duras e moles do ser vivo Mineralizao Substituio das partes do ser vivo por minerais Moldagem Forma/parte do corpo do ser marcada nas rochas Marcas Vestgios da atividade dos seres vivos

Exemplos Inseto em mbar, mamute no gelo Troncos de rvore petrificados Moldes interno e externo de trilobites Pegadas, ovos, excrementos

Tipos de fsseis De Idade ampla distribuio geogrfica e curto tempo de durao. Atravs de um fssil de idade numa rocha, podemos concluir qual a idade dessa rocha ou a idade de determinados terrenos, mesmo que estejam situados em regies diferentes

De Fcies permitem-nos concluir o tipo de ambiente no passado da regio onde se encontra. As Amonites, animal marinho extinto h M.a., so um exemplo destes fsseis. Quando se encontra um fssil de amonite numa zona afastada do mar pode concluir-se que essa zona foi um ambiente marinho6 de 45

Fsseis Vivos correspondem a organismos que, existindo na atualidade, esto presentes no registo fssil desde h muito tempo. Os fsseis vivos quase no apresentam alteraes morfolgicas relativamente aos respetivos fsseis, mostrando que mantiveram uma boa adaptao aos diversos ambientes que a Terra atravessou.

1.2. Grandes etapas da histria da TerraEstrato Camada de rocha sedimentar formada na superfcie terrestre.

Os estratos depositam-se em camadas sucessivas formando colunas estratigrficas (A). Horizontalidade dos Estratos a deposio de sedimentos ocorre em camadas ou estratos horizontais (B) que assim permanecem, a menos que sofram a ao de foras que os deformem (C), como o caso de uma falha (D) ou de uma dobra (E).

Sobreposio de Estratos caso no haja perturbaes, a deposio implica que cada estrato seja mais antigo que aquele que o recobre (F). Princpio da Continuidade dos Estratos um estrato contnuo tem a mesma idade em todos os seus pontos (H).

Datao Relativa realizada por comparao, neste caso de uns estratos em relao a outros.

A interpretao da disposio dos estratos possibilita a datao das rochas e permite datar os acontecimentos geolgicos associados formao desses estratos (A). Os fsseis encontrados nesses estratos ajudam na datao relativa do terreno - os materiais que formam os estratos foram depositados ao mesmo tempo que os restos de seres vivos que originaram os fsseis, por isso tero aproximadamente a mesma idade (B). O fssil 1 tem a

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mesma idade do estrato Z e o fssil 2 a mesma idade do estrato X. Por exemplo, se um mesmo fssil de idade aparecer em estratos diferentes, conclui-se que eles tm idade aproximada (C).

Datao absoluta Para se obter a idade absoluta das rochas necessrio usar clculos e aparelhos que medem a radioatividade de certos minerais. O processo tambm conhecido como Geocronologia e a escala de tempo usada o milho de anos (M.a.)

Eras geolgicas Tempo geolgico dividido em unidades (Eras e Perodos) que possuem um significado em termos de evoluo da Terra. Divide-se em quatro eras. Era unidade de tempo correspondente maior diviso do tempo geolgico. Perodo diviso de uma Era (Ex: Era Mesozoica - 3 perodos: Trisico, Jurssico e Cretcico) O incio e fim das Eras marcado por vrios acontecimentos geolgicos, como o aparecimento e as extines de espcies em massa, as transgresses e regresses marinhas. Transgresso marinha mar avana sobre a linha de costa. Regresso marinha quando o mar volta a recuar.

Eras Geolgicas Pr-Cmbrica a mais antiga, caracterizada pelos fsseis Estromatlitos (pilares construdos por antigas bactrias) h cerca de 3800 M.a.

Paleozoica caracterizada por grande n de animais aquticos (destacam-se as trilobites, desaparecendo no final da Era) e incio da colonizao terrestre.

Mesozoica grande diversidade de vida (dinossauros, 1s mamferos, aves e plantas com flor). Terminou com a extino dos Dinossauros e Amonites.

Cenozoica grande n de mamferos, aves, plantas com flor e invertebrados, conhecidos ainda hoje. Os Homindeos surgiram nos ltimos 2 M.a. desta Era.8 de 45

2. Dinmica interna da Terra 2.1. Deriva dos continentes e tectnica de placasTeoria da Deriva Continental apresentada por Wegener, na qual os continentes estiveram unidos, formando um (Pangeia), rodeado por um oceano (Pantalassa). Este supercontinente fragmentou-se e os blocos resultantes (Laursia/Gondwana) originaram os continentes atuais. Argumentos: Morfolgicos costas dos continentes encaixam Paleoclimticos Vestgios de glaciares ou carvo em regies com climas onde no usual a sua existncia Geolgicos rochas idnticas com idade igual em continentes afastados por oceanos Paleontolgicos Fsseis dos mesmos seres em continentes separados por oceanos Para Wegener, o mecanismo capaz de gerar a fora que deslocou os continentes foram o movimento de rotao da Terra e o movimento das mars, o que no foi aceite na poca. Teoria da Tectnica de Placas baseou-se na de Wegener, aps o aumento dos conhecimentos sobre a estrutura interna da terra e morfologia dos fundos ocenicos. Segundo esta teoria, a litosfera est dividida em placas tectnicas ou litosfricas que se movimentam, sendo esta a causa da deriva dos continentes. Placas litosfricas constitudas por crusta terrestre e parte do manto superior (camada mais externa e slida da Terra), flutuam sobre um manto quente e semifluido Astenosfera Nos fundos ocenicos possvel distinguir grandes cadeias montanhosas submarinas (Dorsais Mdio-Ocenicas) que dividem o oceano quase ao meio No centro destas dorsais existe uma abertura profunda (Rifte) por onde o magma (material rochoso fundido do resto do manto superior) ascende superfcie (1) Em alguns oceanos encontram-se Fossas Ocenicas, onde mergulha a placa ocenica mais prxima das margens continentais que mais antiga do que a que se est a formar ao nvel do rifte. A crusta ocenica formada ao nvel dos riftes da dorsal ocenica e nas fossas destruda

Rifte e Fossa Ocenica constituem limites das placas litosfricas. Os riftes correspondem a zonas de acreo ou expanso da litosfera e as fossas a zonas de subduco ou destruio. Quando o magma sado do rifte atinge a superfcie, arrefece e empurra as placas de cada lado da dorsal em sentidos opostos, em direo aos continentes. (2) O rifte um limite divergente ( ), associando-se a atividade ssmica e vulcnica9 de 45

Formando-se novo fundo ocenico, o mais antigo mergulha e funde-se na fossa ocenica, dando-se a destruio da placa ocenica. (3) A fossa ocenica um limite convergente ( ), associando-se formao de cadeias montanhosas, grande atividade ssmica e alguma atividade vulcnica Cadeias montanhosas recentes esto no limite entre placas continentais e ocenicas, como resultado da coliso dessas placas Cadeias montanhosas no interior dos continentes resultam da coliso de 2 placas continentais

Zonas onde 2 placas litosfricas deslizam horizontalmente uma em relao outra tm limites transformantes, no havendo formao/destruio de litosfera, causando sismos. Este movimento ocorre continuamente, porque devido ao calor interno da Terra geram-se no manto correntes de conveco que fazem deslocar as placas litosfricas Existem cerca de 7 grandes placas litosfricas e vrias mais pequenas

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2.2. Ocorrncia de falhas e dobrasO movimento das placas provoca deformaes nas rochas e conduz ao aparecimento de: Dobras deformaes irreversveis e permanentes originadas por foras compressivas em rochas com comportamento dctil (malevel) ( ) o Verticais o Inclinadas o Deitadas Falhas deformaes originadas por foras compressivas ou distensivas em rochas com comportamento frgil (duro porque se parte facilmente) ( ) o Normais o Inversas o Desligamentos

3. Consequncias da dinmica interna da Terra 3.1. Atividade vulcnica: riscos e benefciosOs testemunhos que evidenciam a dinmica interna da Terra so os vulces e os sismos, cuja distribuio geogrfica coincide, normalmente, com os limites das placas tectnicas Oceano Pacfico Faixa mediterrnica Oceano Atlntico Vulco elevao de terreno caracterizada pela apresentao de erupes vulcnicas, atravs das quais os materiais do interior da Terra so lanados para a superfcie.

Caldeiras na parte superior de um vulco formam-se depresses maiores do que as crateras, que correspondem ao abatimento da parte central do vulco, aps sucessivas erupes em que grande quantidade de magma expelido, ficando um vazio na cmara magmtica. Etapas: Durante a erupo, a cmara magmtica liberta o material que sai para o exterior ficando vazia

Com a sada do magma para o exterior, o cone vulcnico fica sem suporte e colapsa Com a acumulao de gua nesses locais, origina-se uma lagoa

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Erupes fissurais no esto associadas a um cone vulcnico, sendo os materiais expelidos atravs de fissuras existentes na crosta, formando escoadas dos dois lados da mesma. Ao longo da fissura podem ocorrer pequenos cones vulcnicos alinhados.

Vantagens Solos frteis, bons para a agricultura Explorao de materiais valiosos (ouro, ferro, enxofre, diamantes) Atrao turstica (paisagem, vegetao) Produo de energia eltrica (converso de energia geotrmica) Utilizao para fins medicinais

Desvantagens Catstrofes naturais, com perdas de vidas e alteraes climticas (efeito de estufa, chuvas cidas)

3.2. Atividade ssmica: riscos e proteo das populaesSismos movimentos bruscos da crosta terrestre, provocados pela rutura e deslocao das rochas, sujeitas a tenses existentes no interior da Terra Rplica abalo normalmente de pequena intensidade, que se segue ao sismo principal Abalo premonitrio pequeno abalo que precede o sismo principal Maremoto grande vaga que se forma quando o epicentro do sismo no fundo do oceano Tsunami onda gigantesca associada aos maremotos e que se propaga a grande distncia Hipocentro (foco) regio do interior da Terra onde se origina o sismo12 de 45

Epicentro ponto da superfcie terrestre, situado na vertical e mais prximo do hipocentro Ondas ssmicas manifestaes de energia que se propagam em todas as direes, acabando por atingir a superfcie da Terra Sismgrafos aparelhos que registam as ondas ssmicas Sismograma registo em grfico da propagao das ondas ssmicas Isossistas linhas que unem pontos com igual intensidade ssmica, em torno do epicentro

Escalas para avaliar os sismos Escala de Mercalli de intensidade que se baseia no relato de testemunhas e observao dos estragos (12 graus) Escala de Richter de magnitude que se baseia na avaliao da magnitude de um sismo, que corresponde energia libertada durante um sismo. determinada com base na interpretao de sismogramas (aberta, at agora mximo de 9 graus)

Os sismos so impossveis de prever, por isso a aplicao de medidas preventivas importante para diminuir os efeitos destas catstrofes Construes antisssmicas Pndulo anti tremuras Barreiras anti tsunami Rede de deteo de tsunamis

4. Estrutura interna da Terra 4.1. Contributo da cincia/tecnologia para o estudo da estrutura interna da Terra

4.2. Modelos propostosExistem 2 modelos da estrutura interna da terra: modelo qumico e modelo fsico.

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Modelo qumico baseia-se na composio qumica dos materiais que constituem o interior da Terra. Considera a Terra dividida nas zonas (do exterior para o interior): Crusta Terrestre com cerca de 5 a 70 Km de profundidade o Crusta Continental (20-70 Km), constituda por granito o Crusta Ocenica (5-10 Km), constituda por basalto Manto a seguir crusta e vai at 2900 Km de profundidade o Manto superior camada externa com muito rgida at 700km o Astenosfera o Manto inferior camada inferior do manto muito rgida Ncleo a partir dos 2900 Km at cerca de 6400 Km de profundidade, constitudo por ferro e nquel

Modelo fsico: baseia-se nas propriedades fsicas dos materiais que constituem o interior da Terra. Considera a Terra dividida nas zonas (do exterior para o interior): Litosfera crusta e parte superior do manto (pode ir at 200 Km de profundidade), uma camada slida e rgida Astenosfera parte do resto do manto superior, menos rgida que a litosfera, parcialmente lquida e moldvel ( sobre esta camada que a litosfera fragmentada nas suas vrias placas se move) Mesosfera desde a base da astenosfera at 2900Km, camada slida/rgida Endosfera externa uma parte do ncleo (de 2900 a 5170 Km) e uma camada lquida Endosfera interna na zona mais central da Terra (5170-6400 km), camada slida e rgida

5. Dinmica externa da Terra 5.1. Rochas, testemunhos da atividade da Terra+

5.2. Rochas magmticas, sedimentares e metamrficas: gnese e constituio; ciclo das rochasClassificao das rochas quanto formao Magmticas resultam do arrefecimento e solidificao do magma o Rochas vulcnicas processo rpido Ex: basalto Textura afantica (hemicristalina) cristais pouco ou nada visveis o Rochas plutnicas arrefecimento lento e em profundidade Ex: granito Textura fanertica (holocristalina) cristais visveis Textura vtrea sem cristais

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Sedimentares resultam da acumulao de materiais resultantes de outras rochas, em desagregao qumica ou fsica o Fases Eroso ao de agentes erosivos (gua, vento, gelo) Transporte ao de agentes de transporte (mar, rios, seres vivos) Sedimentao acumulao dos materiais transportados, formando uma sucesso de camadas chamadas estratos Diagnese os sedimentos depositados alteram-se por reaes qumicas e ao da presso e ligam-se atravs de cimento o Detrticas formam-se por acumulao de partculas slidas de diferentes dimenses, resultantes da alterao e desagregao das rochas pr-existentes No coerentes partculas soltas Coerentes partculas ligadas entre si o Qumicas (de precipitao) resultam de processos que causam a precipitao de substncias dissolvidas na gua o Biognicas resultam da acumulao de materiais provenientes de seres vivos

Metamrficas resultam de rochas pr-existentes sujeitas a condies de temperatura e presso elevadas que contribuem para a transformao dos minerais e textura das rochas pr-existentes. A disposio e orientao dos minerais altera-se, os minerais podem recristalizar, formando vrios planos que lhe conferem xistosidade

Minerais substncias homogneas e cristalinas, de composio qumica bem definida, formadas sem a interveno do Homem, que constituem as rochas Caractersticas Brilho Cor Dureza Clivagem Cor do trao ou risca Reao com os cidos

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O ciclo das rochas

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5.3. Paisagens geolgicasPaisagens geolgicas paisagens naturais que resultaram de diferentes processos geolgicos. Portugal Zonas Norte/interior rochas magmticas e metamrficas Paisagens magmticas Granticas Afloramento superfcie em caos de blocos Baslticas Cones vulcnicos Caldeiras Formaes baslticas Orlas Ocidental e Meridional, bacias do Tejo e Sado rochas sedimentares Arquiplagos rochas magmticas vulcnicas

Paisagens sedimentares Dunas Chamins-de-fada Formaes crsicas

Paisagens metamrficas No centro das cadeias montanhosas

8 AnoSUSTENTABILIDADE NA TERRA 1. Ecossistemas IntroduoBioma um dos grandes ecossistemas da Terra, caracterizado pelas condies de clima e solo,17 de 45

que determinam um tipo particular de vegetao e, consequentemente, os tipos de animais e de outros seres vivos que nele se desenvolvem. Ex: tundra, floresta de conferas, savana

1.1. Interaes seres vivos ambienteEcossistema conjunto de seres vivos que habita uma rea, o meio envolvente e a interdependncia estabelecida entre si e entre eles e o meio. Bitopo conjunto de fatores abiticos existentes num determinado ecossistema. Comunidade bitica conjunto de todos os seres vivos que vivem num mesmo local e poca. Espcie seres vivos semelhantes que se cruzam entre si e originam descendncia frtil. Populao Conjunto de indivduos da mesma espcie que vivem num mesmo local e poca. Habitat lugar especfico onde uma espcie pode ser encontrada dentro do ecossistema. Componentes de um ecossistema Fatores abiticos condies do meio fsico e qumico (fatores ambientais, no vivos) que influenciam os seres vivos, no seu desenvolvimento, adaptao e reproduo Fatores biticos fatores ocasionados pela presena de seres vivos ou suas relaes

Fatores abiticos Todas as variaes quanto distribuio dos seres vivos nos seus ambientes so provocadas por caractersticas ambientais, como: do Clima: luz, temperatura, humidade, vento, presso atmosfrica do Solo: teor em sais minerais, gua, oxignio da gua: salinidade, temperatura, profundidade, teor em oxignio, luz

a) Fatores climticos Luz Tem influncia nas plantas e animais, condicionando a sua distribuio. Fatores que influenciam a intensidade luminosa: altitude, latitude, exposio do relevo, nebulosidade, cobertura vegetal, estaes do ano e horas do dia.18 de 45

Influncia da luz nas plantas Manifesta-se por 4 aspetos: Fotossntese realizada pelas plantas com clorofila, usando energia luminosa, H2O, CO2 e substncias minerais e transformando-as na sua matria orgnica (Ex: acares) e O2 - transformam energia luminosa em qumica (alimentar) Morfologia ou aspeto influenciado pela quantidade de luz que as plantas preferem (Ex: arbustos e rvores que crescem isolados tm tronco curto e com ramificao abundantes; se crescerem juntos tm troncos mais esguios e ramagem terminal) o Plantas de luz ou helifilas plantas que atingem o seu crescimento mximo quando tm grande luminosidade (Ex: rvores, papoilas, trigo e girassol) o Plantas de sombra, umbrfilas, esquifilas atingem o seu crescimento mximo em zonas sombrias ou com pouca luz (Ex: fetos, musgos, violetas) Reproduo Manifesta-se pelo processo de florao, sendo o fator responsvel o fotoperodo (N de horas de luz dirias) o Plantas de dias curtos florescem quando o perodo de luz inferior a 12 horas (Ex.: Morangueiro, Crisntemo, Dlia e Aafro bravo) o Plantas de dias longos florescem quando o perodo de luz superior a 12 horas (Ex.: Milho, Alface, Espinafre e Trevo) o Plantas indiferentes Florescem em perodos de luz variveis (Ex.: Malmequer, Buganvlia, Tomate e Sardinheira) Tropismos Movimentos dos seres vivos em relao a estmulos ambientais, designando-se por fototropismo o movimento em relao luz o Fototropismo Positivo o movimento efetuado em direo luz (Ex.: Girassol e as partes areas das plantas, como o caule, as folhas e as flores) o Fototropismo Negativo o movimento efetuado em sentido contrrio ao da luz (Ex.: As razes subterrneas das plantas)

Influncia da luz nos animais Manifesta-se pelos seguintes aspetos: Hbitos de vida permitem classificar os animais em: o Animais diurnos ativos quando h luz (Ex: Galinhas, guia, veado, gaivota) o Animais noturnos ativos quando no h luz (Ex: Minhocas, morcegos) Fotoperodo n de horas de luz por dia que influencia o comportamento animal: o Espcies lucfilas necessitam de muita luz (Ex.: Borboletas, Caracol) o Espcies lucfugas preferem locais sombrios ou escuros (Ex: Minhoca) o Devido necessidade de luz diria, os animais apresentam certas adaptaes: Mimetismo capacidade de mudar de aspeto conforme o meio (Ex: Camaleo) Despigmentao falta de cor na pele, para se confundir com o meio. (Ex: Camaro)19 de 45

Fototatismo - deslocao numa certa direo, por aproximao ou afastamento da luz Positivo desloca-se em direo luz (Ex: borboleta) Negativo desloca-se em sentido contrrio ao da luz (Ex: morcego)

Reproduo relacionada com o fotoperodo, pode influenciar a desova de animais, podendo ser explorado com vantagem pelos exploradores dos viveiros de trutas, p. ex.

Temperatura um dos que mais fortemente influencia a atividade dos seres vivos Cada populao sobrevive entre certos limites de temperatura - amplitude trmica de existncia - no existindo acima de um determinado valor -temperatura mxima -, nem abaixo de outro - temperatura mnima. Para cada espcie existe uma temperatura tima para a realizao das suas atividades vitais. Seres euritrmicos tm grande amplitude trmica de existncia (Ex: lobos) Seres estenotrmicos tm pequena amplitude trmica de existncia (Ex: lagartixas) Seres homeotrmicos tm adaptaes que lhes permitem manter a sua temperatura Seres poiquilotrmicos variam a temperatura corporal de acordo com a ambiental

Todas as espcies possuem intervalos de temperatura de sobrevivncia, sendo possvel definir para cada espcie os seguintes intervalos: Temperatura letal superior acima da qual os seres vivos no sobrevivem Temperatura letal inferior abaixo do qual os seres vivos no sobrevivem Temperatura tima em que o desenvolvimento dos seres vivos se processa com maior intensidade

As espcies estenotrmicas, para sobreviverem a condies adversas de temperatura, tm determinadas adaptaes, como o desenvolvimento de pelos muito compridos e camadas de gordura sob a pele, migrando, ou ento atravs da hibernao ou estivao. Migrao Deslocao cclica de certos animais para outros locais, para fugirem s baixas temperaturas, onde podem encontrar alimento mais facilmente (Ex: Cegonhas) Hibernao estado de sono profundo, em que as atividades vitais so reduzidas ao mnimo, quando as temperaturas so baixas - menor ritmo cardaco, respiratrio, consumo de oxignio e temperatura corporal (Ex: Urso, esquilo, ourio-caixeiro) Estivao estado de dormncia em que entram determinados animais, durante um perodo em que a temperatura muito elevada (Ex: Crocodilo, caracol)20 de 45

As espcies vegetais estenotrmicas para sobreviverem a condies adversas de temperatura, reagem de modo variado, podendo perder as folhas (Plantas vivazes de folha caduca) ou ento perdendo toda a parte area e desenvolvendo estruturas subterrneas, como sementes (Plantas anuais), rizomas, tubrculos ou ainda bolbos (Plantas bienais).

Humidade quantidade de vapor de gua existente na atmosfera num dado momento. A gua o composto mais abundante na matria viva, desempenhando um papel importante na distribuio dos seres vivos. Consoante as necessidades hdricas, os seres vivos podem ser classificados do seguinte modo: Hidrfilos vivem permanentemente na gua - seres aquticos (Ex: peixes) Higrfilos vivem em locais extremamente hmidos (Ex: caracis, bichos-de-conta) Mesfilos vivem com necessidades moderadas de gua, suportando alternncia de estao seca e estao hmida (Ex: Maioria dos animais e vegetais terrestres) Xerfilos vivem em locais secos, onde h falta de humidade (Ex: Catos, camelos)

Influncia da humidade nas plantas - Manifesta-se por: Razes longas, para captarem gua de eventuais lenis de gua Razes superficiais para captarem a pouca gua da chuva Caules carnudos para acumular gua Folhas reduzidas a espinhos, para evitarem as perdas de gua

Influncia da humidade nos animais - Manifesta-se por: Reduo da transpirao Diminuio da produo de urina Animais pequenos escondem-se debaixo da areia/rochas e procuram alimento noite Animais armazenam gua sob a forma de gordura, chegando a 2 meses sem beber. Depois, so capazes de ingerir, de uma s vez, cerca de 100 l de gua (Ex: camelo)

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1.2. Fluxo de energia e ciclo de matriaSeres autotrficos capazes de produzir a sua prpria matria orgnica, a partir de matria mineral, H2O e CO2 e utilizando a luz solar como fonte de energia (Ex: plantas, algas e bactrias fotossintticas) Seres heterotrficos obtm matria orgnica e energia, alimentando-se de outros seres vivos

Cadeia Alimentar sequncia de organismos interligados por relaes de alimentao Na origem de todas as cadeias alimentares est um produtor que, ao servir de alimento a um animal herbvoro, inicia a cadeia e com ela os processos de transferncia de energia e de circulao de matria. Nvel trfico - Cada ser vivo ocupa uma determinada posio, de acordo com a fonte principal de alimento Produtores seres que produzem o seu prprio alimento Consumidores Primrios organismos que se alimentam dos produtores, so heterotrficos e geralmente herbvoros Consumidores Secundrios alimentam-se dos herbvoros, sendo representados por carnvoros Consumidores Tercirios carnvoros maiores que se alimentam de carnvoros menores Decompositores finalizam a cadeia alimentar, so micro-organismos representados por bactrias e fungos que decompem a matria orgnica, transformando-a em inorgnica. So importantes, pois realizam a reciclagem da matria, devolvendo os elementos qumicos ao ambiente Teias Alimentares conjuntos de cadeias alimentares num ecossistema que se interligam

Fluxo de Energia e de matria todo ser vivo necessita de energia, que gasta em: Respirao, reproduo, movimentos Excrees Num ecossistema o fluxo de matria mantm-se constante ao longo da cadeia alimentar, enquanto que o fluxo de energia diminui. por isso que quanto maior ou mais complexa for a cadeia ou teia alimentar, maior a fragilidade do ecossistema. A energia flui unidireccionalmente ao longo do ecossistema e renovada pela luz solar.22 de 45

A matria orgnica precisa ser reciclada e nesse processo participam os seres vivos. Em qualquer ciclo existe a retirada da substncia de sua fonte, uso por seres vivos e devoluo para a sua fonte. Os mais importantes ciclos da matria so o da gua, carbono e azoto.

O Ciclo da gua

Sucesso ecolgica Sucesso Ecolgica processo de colonizao, no qual as comunidades vo substituindo uma comunidade inicial, simples, at uma comunidade mais complexa, duradoura e estvel Sucesso primria inicia-se numa rea anteriormente estril, como o caso das ilhas vulcnicas, da areia das dunas, de rochas nuas ou de um lago recm-formado Sucesso secundria devido a catstrofes naturais, uma comunidade pode ser destruda ou parcialmente aniquilada. Uma nova comunidade pode surgir e evoluir a Comunidade pioneira comunidade simples que substituda por vrias comunidades mais complexas, at instalao de uma completamente adaptada ao ambiente do local Comunidade clmax ltima a instalar-se, comunidade mais exigente e complexa

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1.3. Perturbaes no equilbrio dos ecossistemasNa Terra do-se fenmenos de origem diversa que podem pr em perigo, ou mesmo destruir, a estrutura e funcionamento dos ecossistemas naturais como vidas humanas e bens materiais. Esses fenmenos, por vezes com consequncias dramticas, podem ocorrer por ao de: Causas naturais (catstrofes) Interveno humana

Catstrofes naturais qualquer acidente que ocorra sem interveno direta do Homem e que coloque em perigo a existncia de vida Sismos e Vulces manifestaes da atividade interna da Terra que, em pouco tempo, podem alterar profundamente os ecossistemas, modificando paisagens, arrasando cidades, vilas, aldeias e provocando a morte de milhares de pessoas o Medidas de proteo das populaes Respeito pelas regras internacionais a cumprir antes, durante e aps um sismo Meios eficazes de preveno Tempestades perturbaes com origem na atmosfera que se manifestam por chuva ou neve e vento com intensidades variveis. Por vezes, as tempestades atingem grandes propores sob a forma de tufes, tornados e furaces Inundaes acumulaes de grandes quantidades de gua em locais onde habitualmente no existe, acabando por provocar graves danos em bens e pessoas o Medidas de Proteo das populaes: Construo de diques e barragens Aumentar a vegetao nas Evitar construo excessiva margens dos rios Secas longos perodos em que no chove, caractersticas naturais de alguns ecossistemas o Medidas de Proteo das populaes: Gesto dos recursos locais, promovendo a regenerao da flora existente Incndios quando tm origem natural so provocados por descargas eltricas de trovoada e combustes espontneas, afetando todo o ecossistema o Medidas de Proteo das populaes: No plantar em zonas de grande declive Privilegiar espcies resistentes ao fogo Construir pequenos reservatrios de gua, tais como pequenas barragens Manter os acessos desimpedidos e livres de mato nas suas bermas Deixar um espao de 50 m em redor das construes livre do que seja combustvel24 de 45

Catstrofes provocadas pela ao Humana qualquer acidente que ocorra devido interveno direta do Homem e que coloque em perigo a existncia de vida. Guerra Terrorismo Poluio Poluio contaminao do meio ambiente pela sociedade Fonte de poluio o que liberta para o ambiente substncias prejudiciais aos seres vivos utilizao dos combustveis fsseis agricultura intensiva indstria modo de vida urbano veculos automveis Poluente qualquer material ou substncia que, atingindo determinada concentrao, afeta o meio ambiente Poluio da gua alterao das suas propriedades fsicas, qumicas ou biolgicas, com prejuzo para a sade das populaes e o equilbrio dos ecossistemas Causas: Acumulao de lixos e detritos junto de fontes, poos e cursos de gua Emisso sem tratamento de esgotos domsticos nos cursos de gua e mares Lanamento de resduos industriais nas guas Fertilizantes e pesticidas usados na agricultura, que acabam por ser arrastados pelas guas de

infiltrao nos aquferos Lavagem clandestina de petroleiros em alto-mar Acidentes com petroleiros Resduos Nucleares radioativos depositados no fundo do mar Emisso de gua a elevadas temperaturas em rios e ribeiros por parte da indstria

Poluio Atmosfrica contaminao do ar por substncias capazes de causar danos aos seres vivos e materiais diversos Consequncias: Doenas respiratrias Aumento do efeito de estufa fenmeno resultante Efeito de estufa Causas: CO2 proveniente de combustveis fosseis, incndios, desflorestao CFC, metano e xidos de azoto provenientes das atividades humanas Grande concentrao das populaes em centros urbanos

da reteno do calor refletido pela superfcie terrestre, sob a forma de raios infravermelhos

Consequncias: Perda de biodiversidade Aumento das reas de deserto Subida do nvel dos oceanos Alteraes climatricas

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Chuvas cidas resultam da dissoluo de poluentes atmosfricos, derivados do dixido de enxofre e xidos de azoto, nas nuvens e gotas de chuvas. Estes gases reagem com a gua, originando cido sulfrico e ntrico Causas: dixido de enxofre (SO2) e xidos de azoto (NO2) provenientes de atividades humanas (centrais eltricas, transportes rodovirios, .) Consequncias: Perdas da produtividade agrcola devido acidificao do solo Morte de plantas e animais Danos em edifcios e monumentos

Buraco na Camada de Ozono a camada de ozono situa-se na estratosfera e funciona como um filtro, impedindo que as radiaes UV do Sol atinjam a superfcie da Terra Causas: compostos de cloro artificiais os CFC (clorofluorcarbonetos) Consequncias: seres humanos e outros animais, com problemas de sade variados, tais como problemas de viso e cancros de pele diminuio da produtividade agrcola devido inibio do crescimento de espcies vegetais

Desflorestao destruio das florestas causada pela agricultura, monoculturas florestais, abertura de estradas, explorao de minrios e fogos As florestas so fundamentais na manuteno do equilbrio dinmico do nosso planeta suportam a biodiversidade regularizam os cursos de gua evitam a eroso do solo mantm a qualidade do ar contribuem para o armazenamento de equilibram o efeito de estufa gua no solo

2. Gesto sustentvel dos recursos 2.1. Recursos naturais utilizao e consequnciasDesde sempre o Homem precisou de tirar da Natureza recursos indispensveis sua sobrevivncia. O avano da cincia e tecnologia permitiu-lhe uma melhor qualidade de vida. Mas, com a sua interveno, tm-se dado profundas alteraes no equilbrio dos ecossistemas. necessrio fazer uma gesto sustentvel dos recursos que a Natureza nos d e defender aquilo que ainda existe para garantirmos o direito a uma vida saudvel e produtiva. Recursos Naturais o que existe na Natureza e serve para satisfazer a necessidade do Homem Recursos Minerais concentraes de rochas e minerais que constituem a crusta terrestre Quando a sua explorao rentvel para o Homem, designam-se jazidas minerais Os recursos minerais classificam-se em metlicos e no metlicos.

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possvel extra-los da crusta terrestre atravs da atividade mineira. o Consequncias da utilizao dos Recursos Minerais A explorao mineira a causadora de poluio ambiental, alterando profundamente a paisagem da regio onde est inserida A extrao dos recursos minerais do subsolo deve ser feita em equilbrio com a Natureza, de forma a salvaguardar o meio ambiente para as geraes futuras

Recursos Biolgicos conjunto de materiais e energia que o Homem pode obter a partir de outros seres vivos o Estes so explorados na: Agricultura Pesca Caa Florestas (essencialmente para Pecuria a fabricar papel) o Consequncias da utilizao dos recursos biolgicos Os recursos biolgicos so considerados inesgotveis, pois possvel a sua renovao. Mas a sua sobre-explorao pode levar sua exausto A perda da biodiversidade a sua principal consequncia

Recursos Hdricos quantidade de gua superficial e subterrnea disposio do Homem. A gua doce do planeta utilizada no consumo domstico, agricultura e atividades industriais. o Consequncias da utilizao dos recursos hdricos A gua, apesar de ser considerada como um recurso natural renovvel, pode vir a ser considerado como um recurso limitado Quanto maior o consumo de gua, maiores so os riscos da sua qualidade diminuir

Recursos Energticos englobam uma grande variedade de fontes de energia que podem dividir-se em renovveis e no renovveis o Energias Renovveis alternativa aos combustveis fsseis, pois so uma fonte de energia inesgotvel Hidroeltrica Elica Biomassa Solar Geotrmica Mars o Energias No Renovveis A descoberta dos combustveis fsseis (carvo, petrleo e gs natural), alterou os padres de vida das sociedades humanas

Na Natureza, os combustveis fsseis formam-se na ausncia de oxignio a partir da decomposio de restos orgnicos, sujeitos a elevadas presso e temperaturas. Os Combustveis fsseis so a matria-prima para uma srie de materiais do nosso quotidiano o Consequncias da utilizao excessiva dos combustveis fsseis Os combustveis fsseis disponveis no so um recurso inesgotvel. A velocidade de consumo destes recursos vertiginosa, quando comparada com o tempo que27 de 45

leva a sua formao. Devido a isso, o crescimento exponencial da sua explorao e consumo leva, invariavelmente, a situaes bastantes graves Alm disso, o impacte provocado pela utilizao destes combustveis na Natureza provoca situaes muito preocupantes para o bem-estar da Vida na Terra

2.2. Proteo e conservao da naturezaResduos quaisquer substncias ou objetos de que o detentor se desfaz Industriais Agrcolas Hospitalares Slidos urbanos Tratamento dos resduos Lixeiras Aterros sanitrios unidades de incenerao

centrais de compostagem ETARs

Preservao e conservao da Natureza e Biodiversidade Em Portugal, existem diversas reas protegidas cuja classificao tem em conta as caractersticas da fauna, flora e geologia da regio sendo assim designadas por: Parque Nacional Parque Natural Reserva Natural Paisagem Protegida Monumento Natural

2.3. Riscos das inovaes cientficas e tecnolgicas para o indivduo, a sociedade e o ambienteAs inovaes cientficas e tecnolgicas melhoraram a qualidade de vida das populaes. Nas sociedades industrializadas, o progresso contribui para a poluio e o aumento de doenas que lhes esto associadas.

9 anoVIVER MELHOR NA TERRA 1. Sade individual e comunitria 1.1. Indicadores do estado de sade de uma populaoSade bem-estar fsico, mental e social, no apenas a ausncia de doenas/enfermidades28 de 45

Qualidade de vida sade e satisfao das necessidades bsicas (alimentao, habitao, higiene) e bem-estar connosco, com os outros e com o ambiente Esperana de vida (saudvel) n de anos que um ser humano tem probabilidade de viver (de forma saudvel), no momento do nascimento Indicadores do estado de sade valores (taxas ou percentagens) calculados em relao a uma populao, permitindo fazer uma avaliao estatstica sobre o seu estado de sade

Indicadores do estado de sade de uma populao 1. Taxa de mortalidade infantil (TMI) Medidas de preveno/promoo: Vacinao Assistncia mdica Higiene Alimentao

2. Percentagem de doenas cardiovasculares Medidas de preveno/promoo: Alimentao equilibrada Exerccio fsico Evitar o stress 3. Percentagem de gravidezes na adolescncia Medidas de preveno/promoo: Planeamento familiar Contracetivos Abstinncia sexual No consumir lcool, tabaco e drogas Rastreios (colesterol) Vigilncia mdica

4. Taxa de doenas infeciosas (TDI) Medidas de preveno/promoo: Vigilncia mdica Vacinao (para a SIDA no h) Mxima higiene

5. Percentagem de diabticos tipo II Medidas de preveno/promoo:

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O organismo no produz insulina, logo no degrada o acar (glicose) do sangue Alimentao equilibrada

Exerccio fsico Vigilncia mdica

6. Percentagem de obesos Medidas de preveno/promoo: Alimentao equilibrada Exerccio fsico Vigilncia mdica

1.2. Medidas de ao para a promoo da sadePromoo para a sade - processo atravs do qual indivduos/comunidades se tornam capazes de aumentar o controlo sobre os determinantes de sade, desenvolvendo a sua prpria Determinantes da sade fatores que a beneficiam e, quando esto ausentes, criam situaes de doena ou prejudicam a qualidade de vida Medidas de ao: Vida equilibrada Exerccio fsico Alimentao equilibrada Zonas verdes Combate poluio Combate violncia

2. Transmisso de vida 2.1. Bases morfolgicas e fisiolgicas da reproduoPuberdade perodo em que se desenvolvem os caracteres sexuais secundrios e durante o qual os rgos sexuais sofrem a maturao tornando possvel a reproduo (10 - 16 anos) Caracteres sexuais secundrios Raparigas Seios desenvolvidos Pelos na pbis e axilas Ancas arredondadas Menstruao Acne Rapazes rgos sexuais desenvolvidos Pelos na pbis, face e axilas Voz grossa Ombros largos Primeiras ejaculaes Acne

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Sistema reprodutor masculino Gnadas: Testculos produo de espermatozoides e hormonas (testosterona)

Vias genitais: Epiddimos armazenamento e maturao dos espermatozoides Canais deferentes conduo dos espermatozoides e receo do lquido seminal Uretra conduo da urina e esperma para o exterior

Glndulas anexas: Prstata secrees facilitadoras do movimento dos espermatozoides (lquido prosttico) Vesculas seminais secrees energticas para nutrio dos espermatozoides (lquido seminal)

rgos genitais externos: Pnis rgo sexual: expulso de urina ou esperma

Como se formam os espermatozoides A formao de espermatozoides (espermatognese) tem incio na puberdade e contnua ao longo da vida do homem Nos testculos encontram-se os tubos seminferos, onde se encontram as clulas germinativas, que originam os espermatozoides. Depois de formados, os espermatozoides passam para os epiddimos, onde terminam a maturao

Constituio do espermatozoide Cabea: Ncleo contm material gentico (23 cromossomas) Acrossoma na parte interior da cabea dos espermatozoides. a 1 parte do espermatozoide a penetrar no vulo. Contm enzimas.

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Pea intermdia: Fornece energia cauda

Cauda: Flagelo filamentos finos e compridos, capazes de movimento vibratrio, usado na locomoo e alimentao

Regulao hormonal masculina

Sistema reprodutor feminino Gnadas: (1) Ovrios produo de ovcitos II e hormonas (estrognios e progesterona)

Vias genitais: (2) Trompas de Falpio conduo dos vulos ao tero/local de fecundao (3) tero alojamento e desenvolvimento do beb at ao nascimento (4) Vagina receo dos espermatozoides durante a cpula

rgos genitais externos: (5) Vulva o Lbios (pequenos e grandes) proteo do conjunto o Cltoris sensibilidade sexual o Orifcio genital sada do fluxo menstrual e do beb no parto

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o

Orifcio urinrio expulso de urina

Como se formam os ovcitos II Nos ovrios, localizam-se os folculos, que contm uma clula no interior que originar o ovcito Mensal e alternadamente em casa ovrio, um dos folculos amadurece (oognese), a parede do ovrio rompida e liberta-se o ovcito II, ocorrendo a ovulao

Ciclo sexual feminino Ciclo ovrico Tem a durao mdia de 28 dias. Divide-se em: Fase folicular alguns folculos entram em desenvolvimento, mas apenas um conclui a maturao, originando o ovcito II 14 Dias Ovulao o folculo maduro rompe e expulsa o ovcito II para a Trompa de Falpio (14 dia) Fase lutenica formao, evoluo e regresso do corpo amarelo, que resulta do que resta do folculo (produz progesterona e alguns estrognios)

Ciclo uterino Fase menstrual hemorragia resultante da rutura dos vasos sanguneos e descamao do endomtrio, originando um corrimento sanguneo com fragmentos de tecido da mucosa/do prprio ovcito. Ocorre pela degenerao do corpo amarelo, que deixa de produzir progesterona e estrognios 5 Dias Fase proliferativa/reparativa consiste na regenerao e vascularizao do endomtrio e no desenvolvimento das glndulas. Ocorre entre o 5 e o 14 dia do ciclo. O crescimento do endomtrio estimulado pelo estrognio 9 Dias Fase secretora/progestativa consiste no desenvolvimento total das glndulas que comeam a produzir muco rico em glicognio (alimentao do embrio), estimulado

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pela ao conjunta dos estrognios e da progesterona. A parede uterina atinge o mximo de espessura 14 Dias

Importncia do ciclo sexual Permite que, normalmente, um nico ovcito II seja libertado dos ovrios em casa ms, para que um nico embrio se desenvolva Produz um endomtrio suficientemente espesso e rico em nutrientes. De forma a proporcionar as condies adequadas a uma eventual gravidez

Funes das hormonas ovricas Crescimento dos rgos sexuais Aparecimento e desenvolvimento dos carateres sexuais secundrios Produo de ovcitos II

Regulao hormonal feminina Hormonas ovricas: Estrognios: Produzidos na fase folicular Mxima concentrao antes da ovulao Induz a proliferao do endomtrio Progesterona: Produzida pelo corpo amarelo Mxima concentrao na fase lutenica Induz a complexificao das glndulas uterinas e a sua secreo

A descida simultnea da concentrao das duas hormonas provoca a desagregao do endomtrio fase menstrual

Hormonas produzidas no complexo hipotlamo-hipfise: FSH atua nos ovrios para que produzam estrognios, responsveis pela fase folicular LH atua nos ovrios, para que o corpo amarelo produza progesterona, responsvel pela fase lutenica

Fecundao Fecundao fuso do ncleo do espermatozoide com o do ovcito II, originando o ovo/zigoto34 de 45

Nidao quando o embrio se implanta na parede do tero, entre o 5 e 7 dia de gestao Placenta rgo que permite o desenvolvimento do embrio, estabelecendo uma relao entre a mo e o feto Cordo umbilical canal que permite a passagem de nutrientes e oxignio para o feto e produtos de excreo e dixido de carbono para a me

Durante as relaes sexuais, o esperma libertado na vagina da mulher, mas apenas alguns espermatozoides alcanam as trompas de Falpio e s um atravessa a membrana do ovcito II. Em seguida, ocorre uma reao qumica que provoca o espessamento da membrana, impedindo a entrada de mais espermatozoides FECUNDAO Da fecundao resulta o ovo/zigoto, a 1 clula do novo ser. Esta clula comea a dividir-se enquanto avana pela trompa at ao tero. Cerca de uma semana aps a fecundao, o embrio implanta-se no endomtrio NIDAO Com a nidao o ciclo sexual interrompido, a parede do tero continua a ser estimulada pelas hormonas ovricas, para se manter espessa. Posteriormente forma-se a placenta.

Mtodos contracetivos Contraceo mtodos que permitem a um casal ter relaes sexuais com menor risco de gravidez Mtodos contracetivos: Naturais consistem em calcular o perodo frtil, evitando que ocorra a fecundao Mtodo do calendrio (de Ogino) Mtodo da temperatura Mtodo do muco cervical (de Billings)

No naturais impedem a gravidez atravs de dispositivos locais, medicamentos com hormonas sexuais sintticas ou interveno cirrgica Barreira: o Preservativo o Diafragma Hormonais: o o o Plula combinada/miniplula Contracetivos injetveis Adesivo o o Implante subcutneo Anel vaginal

o o

Espermicidas DIU

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Cirrgicos: o Vasectomia

o

Laqueao das Trompas

Doenas sexualmente transmissveis doenas infeciosas transmitidas, essencialmente, atravs de relaes sexuais SIDA Herpes genital Hepatite B

2.2. Noes bsicas de hereditariedadeLocalizao do material gentico

Caractersticas do ADN Estrutura em dupla hlice 2 Cadeias de sequncias de nucletidos Cada nucletido possui: o Um acar (desoxirribose) o Um grupo fosfato o Uma das bases azotadas: Timina (T), Adenina (A), Guanina (G), Citosina (C) As bases azotadas emparelham T-A e C-G

Caracteres hereditrios caractersticas transmitidas de gerao em gerao Hereditariedade ramo da biologia que se dedica ao estudo dos mecanismos da transmisso dos caracteres hereditrios Herana biolgica conjunto de caracteres comuns que permitem distinguir das restantes espcies, p. x., o ser humano pertence espcie Homo sapiens sapiens pois possuiu um conjunto de caractersticas distintas da espcie Tipos de caractersticas: Hereditrias transmitem-se de gerao em gerao atravs da reproduo (integram o material biolgico) Ex: cor do cabelo, dos olhos, grupo sanguneo Adquiridas influenciadas pelo meio em que o individuo se desenvolve (no se transmitem descendncia) Ex: musculatura de um culturista

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Caritipo conjunto de cromossomas de uma clula, que pelo seu n, forma e tamanho caracteriza uma espcie constitudo por 23 pares de cromossomas (46 cromossomas) Tem os pares dos cromossomas numerados do 1 ao 23 O caritipo da mulher 46, XX ou 44 + XX O caritipo do homem 46, XY ou 44 + XY

Cromossomas autossomas cromossomas idnticos no homem e na mulher (22 pares) Cromossomas homlogos pares de cromossomas com genes para a mesma caracterstica Cromossomas sexuais determinam o sexo do indivduo no 23 par do caritipo

Gene segmento do ADN que determina uma caracterstica Genoma conjunto de todos os genes de um organismo Alelo genes que codificam para a mesma caracterstica, por exemplo: C codifica para a cor castanha dos olhos Homozigtico se o par de alelos forem iguais Heterozigtico se o par de alelo forem diferentes Gentipo informao gentica que um indivduo possui para um determinado carcter Fentipo forma como o gentipo se manifesta no indivduo, Ex: olhos castanhos

rvores genealgicas e xadrez mendeliano

1) Refere os indivduos que possuem genes diferentes para a cor dos olhos o Heterozigticos Antnio, Clara, Teresa e Carolina 1) Explica a razo da Ins ter olhos azuis o Herdou o alelo para a cor azul da me e do pai 2) Calcula a possibilidade da Teresa ter um filho de olhos azuis com um homem de olhos azuis

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c c

C Cc Cc

c cc cc

Gentipo: 50% homozigtico recessivo (cc) 50% heterozigtico (Cc) Fentipo: 50% olhos azuis 50% olhos castanhos

Conhecimento cientfico O conhecimento cientfico e a tecnologia desenvolvidos na rea da Gentica tm sido usados em diferentes setores na sociedade Produo de alimentos Procedimentos mdicos Produo de medicamentos Planeamento familiar

3. Organismo humano em equilbrio 3.1. Sistema neuro-hormonalConstituintes do sistema nervoso - Sistema nervoso central (SNC) Encfalo localiza-se no interior do crnio, ligado medula espinal Crebro o Controla Linguagem falada rgos dos sentidos o

constitudo por 2 hemisfrios cerebrais, ligados entre si por um feixe de fibras nervosas, o corpo caloso Zona superficial crtex cerebral, apresenta muitas circunvolues, o que permite que tenha uma grande extenso, ocupando apenas o volume da caixa craniana. A localizam-se as reas primrias (motora, visual) e de associao (funes mentais superiores imaginao)

Movimentos voluntrios e involuntrios Raciocnio e imaginao

Cerebelo o Controla Coordenao dos movimentos Bolbo raquidiano o Controla Digesto Ritmo cardaco e respiratrio

Equilbrio do corpo

Presso sangunea

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Medula espinal situa-se na continuao do bolbo raquidiano, protegida pela coluna vertebral

Sistema nervoso perifrico (SNP) Sistema nervoso somtico coordena as funes que nos relacionam com o meio externo (movimentos voluntrios) Sistema nervoso autnomo coordena as funes da vida autnoma (digesto, respirao, etc.)

Sistema nervoso perifrico Nervos cranianos partem do encfalo e dirigem-se para as diferentes partes da cabea (para os rgos dos sentidos) Nervos raquidianos partem da espinal medula e ramificam-se para todo o corpo Gnglios pequenos agregados do corpo celular das clulas nervosas, fora do SNC

Neurnios

- Funo Recebem, transmitem e respondem s mensagens que lhes chegam (influxos nervosos) o Trajeto do influxo nervoso as dendrites ou o corpo celular recebem os sinais e o axnio transmite-os a outras clulas Sinapse zona de contacto de um neurnio com o outro ou de um neurnio com uma clula muscular Neurotransmissor substncia qumica que transporta o sinal do neurnio emissor s clulas recetoras o Classificao quanto funo Neurnio sensitivo conduz os impulsos nervosos dos rgos recetores (Ex: pele) para o sistema nervoso central Neurnio associativo encontra-se no sistema nervoso central e faz a ligao entre os neurnios sensitivos e motores, processado e coordenando a informao Neurnio motor conduz os impulsos do sistema nervoso central para os rgos efetores (Ex: msculos e glndulas)

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Funcionamento do sistema nervoso Estmulos fatores que obrigam o organismo a reagir (Ex: luz, temperatura, substncias qumicas) o Os recetores de estmulos podem ser Externos rgos dos sentidos (olhos, ouvidos, nariz, lngua, pele) Internos encontram-se no interior do organismo, por exemplo, o hipotlamo, controlando a fome, sede, temperatura, etc.

Os recetores so excitados por estmulos e enviam a mensagem (influxo nervoso) por nervos sensitivos ao centro nervoso (encfalo/espinal medula). Este transforma o influxo em sensao e pode enviar uma resposta atravs de nervos motores a um rgo efetor, isto , um rgo que executa a ordem vinda do centro nervoso

Atos voluntrios e involuntrios Ato voluntrio resposta a um estmulo que resulta de uma tomada de deciso pensada e refletida: depende da nossa vontade, consciente Ato involuntrio/reflexo resposta automtica e inconsciente do organismo a uma dado estmulo: no depende da nossa vontade Inatos nascem connosco, todos agimos da mesma forma (Ex: suco, preenso, contrao das pupilas) Condicionados obtm-se pela aprendizagem, intervindo o encfalo para memorizar a experincia (Ex: travagem de um veculo em emergncia, produo de saliva perante a viso de um alimento)

O sistema nervoso autnomo constitudo pelos sistemas simptico e parassimptico, que tm funes opostas e complementares.

Atividade do sistema nervosoconsciente inconsciente

ATOS VOLUNTRIOS

ATOS INVOLUNTRIOS

Centro de resposta

Centro de resposta

encfalo

espinal medula

Constituio do sistema endcrino Constitudo por glndulas endcrinas que produzem e lanam hormonas no sangue

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o

Hormonas lquidos designados mensageiros qumicos, que lanados no sangue vo atuar sobre determinados rgos ou clulas-alvo

Hipotlamo controla a hipfise, o ritmo cardaco, digesto, defecao, estado sentimental, sede, fome, excitao sexual Hipfise glndula mestra, produz diversas hormonas, entre elas a do crescimento. Algumas controlam outras glndulas e outras atuam diretamente sobre rgos Tiroide produz hormonas, especialmente tiroxina, responsvel pelo crescimento Pncreas produz insulina e glucagon, que regulam a quantidade de acar no sangue Ovrios segregam estrognios e progesterona que controlam o ciclo sexual e caracteres sexuais secundrios Testculos segregam testosterona que controla os caracteres sexuais secundrios Suprarrenais produzem diversas hormonas, entre as quais a adrenalina, cuja produo estimulada pela atividade do sistema simptico

3.2. Sistema cardiorrespiratrioSangue: - Plasma (frao lquida) gua Protenas transporte de substncias, defesa do organismo e coagulao do sangue Elementos celulares o Hemcias, glbulos vermelhos ou eritrcitos Transporte de oxignio e dixido de carbono o Leuccitos ou glbulos brancos Imunidade do organismo por processos de fagocitose e diapedese Fagocitose envolver e destruir partculas estranhas Diapedese capacidade de mudar de forma, o que lhe permite abandonar os capilares sanguneos o Plaquetas coagulao do sangue

Funes do sangue Regulao da temperatura corporal Imunidade (defesa do organismo contra agentes estranhos) Transporte de nutrientes, gases, hormonas, enzimas e substncias txicas resultantes do metabolismo celular Coagulao em caso de hemorragia41 de 45

Linfa Forma-se a partir dos componentes do sangue (plasma e glbulos brancos), que atravessam as paredes dos capilares sanguneos para os espaos intersticiais Constituda por plasma e leuccitos, pode ser o Circulante linfa que circula dentro dos vasos linfticos o Intersticial abandonou os capilares e encontra-se nos interstcios

Funo Imunidade (defesa do organismo), uma vez que a existem leuccitos e anticorpos Transporte de substncias, como gua, algumas protenas e cidos gordos Regulao do meio interno, pela remoo da gua em excesso e protenas existentes no fluido intersticial que rodeia as clulas

Tipos de vasos sanguneos Artrias de paredes espessas com tecido muscular e elstico. Tm como funo o transporte do sangue, sob presso, do corao a todo o organismo Arterolas vasos de pequenas dimenses e menor calibre que resultam das ramificaes das artrias Capilares vasos microscpios, com paredes muito finas e constitudas por uma s camada de clulas (endotlio), fazem a ligao entre artrias e veias. Tm como funo permitir o intercmbio de diversas substncias entre o sangue e as clulas Vnulas vasos de pequenas dimenses que resultam da juno dos capilares Veias vasos semelhantes a artrias, mas de menor espessura e maior calibre. Conduzem o sangue de todas as partes do corpo ao corao e tm vlvulas venosas: funo de impedir o refluxo do sangue, circulando num s sentido, o do corao

Morfologia do corao

Fases do ciclo cardaco - Sstole auricular Corresponde ao movimento em que ocorre a contrao da parede das aurculas, fazendo passar o sangue para os ventrculos o Vlvulas auriculoventriculares abertas42 de 45

o o

Vlvulas semilunares fechadas Dura 0,1 s

-Sstole ventricular Corresponde contrao dos ventrculos, forando o sangue a sair do corao pela artria pulmonar, no ventrculo direito, e pela artria aorta, no ventrculo esquerdo o Vlvulas auriculoventriculares fechadas (1 rudo) o Vlvulas semilunares abertas o Dura 0,3 s

- Distole geral Corresponde ao perodo de relaxamento, em que o sangue entra nas aurculas o Vlvulas auriculoventriculares fechadas o Vlvulas semilunares fechadas (2 rudo) o Dura 0,4 s

Ritmo cardaco n de ciclos cardacos por minuto Presso sangunea presso exercida pelo sangue sobre a parede dos vasos sanguneos

Circulao sangunea Circulao pulmonar ou pequena circulao - responsvel pela reoxigenao do sangue e irrigao dos pulmes o Inicia-se com sangue venoso (rico em CO2), que sai do ventrculo direito, atravs da artria pulmonar, que se ramifica em duas, uma para cada pulmo o O sangue circula dentro dos pulmes em vasos sanguneos, at atingir os capilares, que contactam diretamente com os alvolos pulmonares o As trocas gasosas entre os alvolos e os capilares permitem que o sangue venoso se transforme em sangue arterial o O sangue arterial regressa pelas vnulas, que se renem formando veias pulmonares. De cada pulmo emergem 2, que terminam na aurcula esquerda o Da aurcula esquerda, o sangue passa para o ventrculo esquerdo

Circulao sistmica ou grande circulao responsvel pela irrigao sangunea a todo o organismo, exceo dos pulmes o Inicia-se com sangue arterial, do ventrculo esquerdo para a artria aorta o A artria aorta ramifica-se, levando o sangue a todo o organismo

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o

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O sangue passa para a rede de capilares, que permitem que o O2 e nutrientes passem do sangue para as clulas e que o CO2 e outros produtos de excreo passem na direo oposta. O sangue arterial transforma-se em venoso Dos capilares, o sangue passa para as vnulas, juntando-se para formar veias A veia cava superior recolhe o sangue venoso da cabea/membros superiores A veia cava inferior transporta o sangue do resto do organismo As duas veias lanam o sangue venoso na aurcula direita

Sistema respiratrio Sistema respiratrio tem como funes a troca e transporte de oxignio do ar para a corrente sangunea e a eliminao de dixido de carbono da corrente sangunea para o ar Pulmes rgos elsticos e esponjosos com muitos alvolos pulmonares, divididos em lobos pulmonares (2 no esquerdo e 3 no direito) o Pleura membrana dupla que reveste e protege os pulmes, com 2 folhetos visceral (reveste os pulmes) e parietal (reveste a cavidade torcica) o Diafragma - msculo largo e fino que separa a cavidade torcica da abdominal Vias respiratrias funo de humidificar, filtrar e aquecer o ar inspirado o Fossas nasais duas cavidades que comunicam com o exterior pelos orifcios nasais, revestidas por clulas secretoras de muco e clulas ciliadas o Faringe tubo muscular, permite a passagem de ar para a laringe o Laringe canal formado por estruturas cartilagneas unidas por ligamentos e msculos, que serve de comunicao entre a faringe e a traqueia o Traqueia estrutura tubular constituda por anis cartilagneos e msculos, revestida por uma mucosa com clulas secretoras de muco e clulas ciliadas o Brnquios canais formados por anis cartilagneos revestidos com uma membrana mucosa com clulas secretoras e ciliadas. Os brnquios primrios, ao penetrarem nos pulmes, do origem a 2 brnquios no pulmo direito e 3 no esquerdo, que se ramificam constituindo a rvore brnquica o Bronquolos tubos finos com dilataes na extremidade (sacos alveolares), que possuem um revestimento interno semelhante ao dos brnquios Sacos alveolares constitudos por cmaras esfricas onde ocorrem as trocas gasosas, os alvolos pulmonares paredes delgadas, com uma camada de clulas e muito irrigados

Funcionamento dos pulmes A renovao do ar alveolar assegurada pela ventilao pulmonar

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Inspirao fase ativa, durante a qual o ar entra nos pulmes Contrao do diafragma e msculos intercostais O diafragma baixa, o esterno projetada; as costelas movem-se para fora e para cima Aumenta o volume da caixa torcica Os pulmes dilatam e aumentar de volume A presso intrapulmonar diminui, ficando menor que a atmosfrica O ar entra nos pulmes

Expirao fase passiva, durante a qual o ar expulso para o exterior Relaxamento do diafragma e msculos intercostais O diafragma, esterno e costelas regressam posio inicial Diminui o volume da caixa torcica Os pulmes diminuem de volume A presso intrapulmonar aumenta, ficando maior que a atmosfrica O ar sai dos pulmes para o exterior

Ciclo respiratrio conjunto de uma inspirao seguida de uma expirao Trocas gasosas Hematose pulmonar trocas gasosas que ocorrem nos pulmes e nvel alveolar Na inspirao, os alvolos pulmonares tm elevada presso de O2 e baixa de CO2 Nos capilares sanguneos, a presso de CO2 elevada e a de O2 baixa Por deslocao dos gases de onde a presso alta para onde a presso baixa, o O2 passa dos alvolos pulmonares para o sangue e o CO2 em sentido contrrio

Hematose celular trocas gasosas ao nvel das clulas As clulas apresentam elevada presso de CO2 e baixa de O2 Nos capilares sanguneos, a presso de CO2 baixa e a de O2 elevada O O2 difunde-se dos capilares para as clulas e o CO2 em sentido contrrio

3.5.

Opes que interferem no equilbrio do organismoOs hbitos de vida prejudiciais ao organismo provocam a rutura do seu equilbrio e conduzem ao aparecimento de doenas Os transtornos alimentares, tabagismo, alcoolismo e drogas so comportamentos que pem em risco a sade do indivduo o O alcoolismo uma doena provocada pelo consumo excessivo de lcool o O tabagismo refere-se ao consumo abusivo de tabaco o Uso abusivo de diversas drogas pode levar situao de toxicodependncia Os transtornos alimentares resultam de uma incorreta dieta alimentar ou perturbaes de carter psquico Exerccio fsico, higiene e alimentao equilibrada so opes de vida saudvel A alimentao saudvel consiste na ingesto de alimentos necessrios ao metabolismo celular de cada indivduo, privilegiando-se variedade e complementaridade e depende de vrios fatores (sexo, idade, profisso)45 de 45