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Teste seus conhecimentos – artigo 1.787 – Márcia Pelissari

TESTE SEUS CONHECIMENTOS

CÓDIGO CIVIL – ART. 1.788

1) Morrendo a pessoa sem deixar testamento, como será transmitida a sua herança?

2) Quando o autor da herança, embora deixe testamento, não relaciona nele todos os seus bens. Como será feita a partilha da parte não contemplada no testamento?

3) Pode a sucessão ser, ao mesmo tempo, legítima e testamentária?

4) O direito romano admitia a sucessão simultânea?

5) Qual a crítica doutrinária feita a parte final do art. 1788 que diz (...) se o testamento caducar ou for julgado NULO. Explique.

6) O que é rompimento do testamento?

7) Quando ocorre caducidade do testamento?

RESPOSTAS

1) A herança será transmitida aos herdeiros necessários ou legítimos.

2) A partilha da parte não descrita no testamento será feita entre os herdeiros necessários.

3) Sim, nesta hipótese ocorrerá a sucessão simultânea.

4) Não era admitida a coexistência, no direito romano, das duas espécies de sucessão — nemno pro parte testatus et pm parte tntestatus decedere potesi (ninguém pode falecer em parte com testamento e em parte intestado). Se o testador, por exemplo, tivesse nomeado um herdeiro para a metade dos seus bens, a outra metade não iria caber aos herdeiros legítimos do testador, mas ao próprio herdeiro instituído no testamento (Inst., Liv. 2. Tít. XIV, § 59).

5) A crítica feita, dentre outros, por Clóvis Beliváqua, é que onde se lê, no art. 1788 NULO, em verdade quer se dizer INVÁLIDO, aduz o aludido doutrinador ser a redação censurável por discrepar da técnica jurídica, e por não dar ao pensamento da lei toda a extensão necessária, pois, o vocábulo nulo quer dizer NULO e ANULÁVEL. Em face disto o Dep. Ricardo Fiúza propôs a seguinte redação para o art. 1788 “Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar romper-se, ou for inválido”.

6) Ocorre rompimento do testamento quando descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou, se esse descendente sobreviver ao testador (art.

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1.973), ou se o testamento foi feito na ignorância de existirem outros herdeiros necessários (art. 1.974).

7) Ocorre caducidade quando o testamento, embora válido, perde sua eficácia em virtude de um fato superveniente, por exemplo, se o herdeiro nomeado falecer antes do testador, ou se for incapaz ou for excluído, ou se renunciar (art. 1.971); se a instituição estava subordinada a uma condição e esta não se verificou; se o testador não morrer na viagem, nem nos noventa dias subseqüentes ao seu desembarque, onde possa fazer outro testamento, no caso dos testamentos marítimo e aeronáutico (art. 1.891), ou se o testador estiver, depois defeito o testamento militar, noventa dias seguidos, em lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo se o testamento apresentar as solenidades prescritas no parágrafo único do art. 1.894 (art. 1.895).

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