Tetano Em Potros

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  • 8/4/2019 Tetano Em Potros

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    X JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSOJEPEX 2010UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro.

    ________________1. Primeiro Autor Discente do curso de Medicina Veterinria, Universidade Federal Rural de Pernambuco/UFRPE. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n,Dois Irmos. CEP 52171- 900 Recife-PE. E-mail: [email protected]

    2. Segundo Autor Professor Doutor Associado do Departamento de Medicina Veterinria da Universidade Federal Rural de Pernambuco/UFRPE. RuaDom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmos. CEP 52171-900, Recife-PE. E-mail: [email protected] 3. Terceiro Autor Medico Veterinrio residente do Ambulatrio do Departamento de Medicina Veterinria, rea de clnica da Universidade FederalRural de Pernambuco/UFRPE. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n. Dois Irmos. CEP 52171-900, Recife-PE4. Quarto Autor Mestrando em cincia Veterinria da Universidade Federal Rural de Pernambuco/UFRPE. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, DoisIrmos. CEP 52171-900, Recife-PE.5. Quinto Autor Discente do curso de Medicina Veterinria, Universidade Federal Rural de Pernambuco/UFRPE. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n,Dois Irmos. CEP 52171-900, Recife-PE.

    RELATO DE CASO: TTANO EM POTROA IMPORTNCIA DE MEDIDAS PROFILTICAS

    X JEPEX

    Millena Maria Monteiro1, Lcio Esmeraldo Honrio de Melo2, Rafael Jos da Silva3, Renan Henrique dos

    Santos Fagundes3

    , Artur Cezar de Carvalho Fernandes4

    , Francisco Jos de Almeida Leite Filho5

    , MayaraGomes Cavalcante5, Maria urea de Azevedo Nogueira5, Carlos Roberto de Gouveia Ribeiro Junior5, LucasElizio Rodrigues de Albuquerque5

    Introduo

    O ttano uma doena infecciosa que apresentaelevada mortalidade em todas as espcies de animaisdomsticos, causada pela toxina do Clostridium tetani.A txico-infeco produz clinicamente sinais dehiperestemia, tetania e convulses, descrito porThomassian [1]. Traumatismos em situao comotosquias, banhos, castraes, corte de caudas,

    vacinaes ou administrao de medicamentos comprodutos e seringas contaminadas, podem gerar surtosde ttano em um determinado rebanho, segundo Riet-Correa [2]

    Radostits [3] afirma que, em eqinos, a taxa demortalidade por ttano varia entre 50% e 100%, adepender da rea em que esses animais vivem.

    A vacinao com anatoxina ou o toxide tetnicodeve ser feita em todos os animais. O tempo decobertura conferido pela vacinao de pelo menosdois anos, podendo ser realizado um reforo em casosde procedimentos cirrgicos (previamente planejados).

    Os potros devem ser vacinados com a primeira dose dotoxide com 6 meses de idade. O toxide geralmente injetado por via subcutnea, porm a administraointramuscular produz menos reao inflamatria local,ressalta Thomassian [4].

    Um relato indicou que a maioria dos potros de guasimunizadas (82,9%) perdeu os anticorpos antitxicosespecficos adquiridos passivamente por volta dosquatro meses de vida. Para que sejam asseguradasconcentraes protetoras de anticorpos colostrais, asguas devem receber uma dose de reforo anual dotoxide administrada um a dois meses antes da dataprovvel do parto [4].

    importante para o potro receber o colostro logoaps o nascimento, pois contm anticorpos necessriospara proteo durante os primeiros meses devida. Esses anticorpos podem ser absorvidos pelo tratointestinal do animal por at 36 horas aps onascimento, mas a capacidade de absoro comea a

    diminuir drasticamente em 12 horas aps o nascimento.Este trabalho objetivou relatar o caso de um potro com

    ttano que foi atendido no Hospital Veterinrio daUniversidade Federal Rural de Pernambuco, bem comoalertar para a importncia da vacinao, de modo a evitaro aparecimento da doena, assim como do fornecimento docolostro para potros.

    Material e mtodosFoi atendido no Ambulatrio de Grandes Animais do

    Hospital Veterinrio (HOVET) da Universidade FederalRural de Pernambuco UFRPE, em agosto de 2010, umanimal da espcie eqina, fmea, sem raa definida(SRD), de aproximadamente um ano de idade, vindo dobairro da Vrzea, Pernambuco. Ento foi realizado oexame clnico segundo Feitosa [5].

    Na anamnese foram o proprietrio foi questionadoacerca do histrico do equino. Com isso nos foi informadoque o animal tinha contato com trs eqinosassintomticos, e sua alimentao era base de capim,

    rao e milho. Tambm foi relatado que a genitora dopotro, assim como o animal, no era devidamentevacinada.

    Durante o exame clinico o animal apresentava-sebastante debilitado, com rigidez da mandbula e membros,extenso de pescoo e cabea e adquirindo posio decavalete (Fig.1A). Com o corpo hipersensvel,apresentando espasmos espordicos, orelhas elevadas ergidas, cauda estendida (em bandeira``), mucosascongestas (Fig. 1B) e protruso da terceira plpebra. Oanimal apresentava ainda uma ferida perfurante na partemedial do membro posterior esquerdo (Fig. 1C). Foi feitoento o diagnstico clnico-epidemiolgico de ttano.

    Resultados

    O tratamento institudo para o ttano foi base de SoroAntitetnico (5000 UI/kg, intramuscular), Penicilina(30000 UI/kg, intramuscular, a cada 48horas), afim decombater o agente, e Acepran 1% (0,04 mg/kg,subcutnea), para tranqilizar o animal e aliviar os

    http://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.extension.org/pages/Colostrum&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhhjgyM7u9-VQ0Bp_kS-91T1TASX1whttp://translate.googleusercontent.com/translate_c?hl=pt-BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.extension.org/pages/Colostrum&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhhjgyM7u9-VQ0Bp_kS-91T1TASX1w
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    espasmos musculares, pois o animal fica mais sensvela aes externas (sons, luminosidades, etc.)

    Durante o perodo de internamento do animal noHOVET a ferida na parte medial do membro posterioresquerdo era limpa e desinfetada com gua oxigenada.

    Apesar do tratamento institudo, no foi observadamelhora clnica, e, aps 48h, o animal entrou embito.

    Discusso

    A vacinao dos potros essencial para o controledo ttano, visto que o tratamento aps a infecoinstalada difcil e problemtico, levando a prejuzoseconmicos. Atualmente, a maioria das vacinasoferece proteo limitada para os eqinos neonatosaltamente suscetveis. Assim, portanto se mostra maiseficiente a preveno atravs do manejo sanitrio

    adequado, bem como a eliminao de fatores deestresse que podem reduzir a resposta imunolgica doequino.

    Como forma de garantir a resposta do organismo,frente a uma possvel infeco precoce, em algunscasos administrada uma vacina de antitoxinatetnica ao nascer. Esta vacina menos eficiente que aimunidade do colostro, pois o sistema imunolgico dopotro no maduro o suficiente para metabolizar otoxide tetnico. Ento, de fundamental importnciaa administrao do colostro nas primeiras horas devida, sendo este, rico em anticorpos maternos,oferecendo-lhe imunidade passiva.

    O presente trabalho sugere a importncia daprofilaxia do ttano, responsvel por prejuzos nacriao desses animais, gerando perdas econmicasnas propriedades. Adicionalmente ressalta aimportncia da administrao do colostro nasprimeiras 24 horas de vida, o que oferece ao potro umamaior condio de resposta frente a possveis desafiosimunolgicos.

    AGRADECIMENTOSAgradeo a todos da Clnica de Grandes Animais da

    Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, aosmdicos veterinrios residentes Renan Henrique dosSantos Fagundes e, em especial, a Rafael Jos da Silva,

    aos funcionrios e aos demais estagirios da mesma. Atodas as pessoas que contriburam, mesmo queindiretamente, para a concluso do caso e para arealizao do trabalho.

    Referncias

    [1] THOMASIAN, ARMENEnfermidades dos Cavalos. Botucatu, SoPaulo: J. M. Varela, 1984. p.266-268.

    [2] RIET-CORREA, F.;RIET-CORREA, G.; SCHILD, A.L. 2002.Importncia do exame clinico para o diagnstico das enfermidades dosistema nervoso em ruminantes e eqdeos. Pesquisa VeterinriaBrasileira, Rio de Janeiro, vol.22, n.4, p.161-168.

    [3] RADOSTITS, O.M. et. al. Clinica Veterinria. Um Tratado deDoenas dos Bovinos, Ovinos, Sunos, Caprinos e Eqinos. 9ED. Rio

    de JaneiroGuanabara Koogan, 2000. p. 667, 668.[4] THOMASIAN, ARMEN Enfermidades dos Cavalos. 4ED. SoPaulo: Livraria Varela, 2005. p. 475.

    [5] FEITOSA, F. L. F.2004. Semiologia Veterinria: a arte dodiagnstico. Ed. ROCA. So Paulo. 50-53p

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    X JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSOJEPEX 2010UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro.

    Figura 1. Animal apresentando rigidez muscular generalizada dos membros, extenso do pescoo e cabea, adquirindo posiode cavalete, orelhas eretas e cauda estendida (A), mucosa ocular congesta (B) e ferida perfurante na parte medial domembro posterior esquerdo (C).