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 acinas O que é vacina?  As vacinas podem ser produzidas a partir de organismos enfraquecidos, mortos ou alguns de seus derivados, com a finalidade de estimular o corpo a se defender contra os organismos (vírus e bactérias) que provocam doenças, podendo ser aplicadas por meio de injeção ou por via oral (pela boca). Quando a pessoa é vacinada, seu corpo detecta a substância da vacina e produz uma defesa, osanticorpos.  Esses anticorpos permanecem no organismo e evitam que a doença ocorra no futuro. Isso se chama imunidade.   As primeiras vacinas foram descobertas há mais de duzentos anos. Atualmente, técnicas modernas são utilizadas para preparar as vacinas em laboratórios. Vacinação de rotina  A vacinação de rotina consiste no atendimento da população no dia-a-dia da unidade de saúde. O traba lho rotineiro proporciona o acompanhamento da cobertura vacinal por indivíduo, realizando a busca de faltosos quando necessário. É Importante ressaltar alguns conceitos básicos sobre imunização: Vacina é o mecanismo usado para controlar algumas doenças infecto-contagiosa. Consiste na inoculação de um antígeno na corrente sanguínea de uma pessoa, visando à produção de anticorpos.  A pessoa vacinada é aquela que recebeu uma dose da vacina, independentemente de ter recebido o esquema completo.  A pessoa imune é aquela que possui anticorpos protetores específicos contra determinado agente infeccioso. Essa imunidade pode ser adquirida naturalmente (pela doença) ou artificialmente (pela imunização adquirida por meio da vacinação). Imunidade é a capacidade de o sistema imunológico reconhecer substâncias estranhas e promover uma resposta contra elas (micro-organismo responsável por uma doença infecciosa específica ou sobre suas toxinas).  As ações de vacinação são coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e têm o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenças imunopreveníveis no território brasileiro. O Programa foi criado em 1973, regulamentado no ano de 1975 pela Lei nº 6.259, de 30/10/1975, e pelo Decreto nº 78.231, de 30/12/1976, representando um instrumento destinado à proteção da população brasileira contra doenças que podem ser evitadas com o uso de imunobiológicos, incluindo as vacinas. Atualmente, o PNI preconiza a vacinação para a família e, além da imunização de crianças, oferece também a vacinação para adolescentes, adultos, idosos, povos indígenas e populações com necessidades especiais. O Programa coordena e define normas e procedimentos técnicos e científicos articulados às secretarias de estado e estas com as secretarias municipais, mediante ações estratégicas sistemáticas de vacinação da população, com base na vigilância epidemiológica de doenças imunopreveníveis e inovações tecnológicas da área. Também tem o papel de adquirir, conservar e distribuir os imunobiológicos que integram os calendários de vacinação do PNI nas aproximadamente 34 mil salas de vacina em todo o país.  As ações de vacinação contribuíram, de forma significativa, para manter a erradicação do ciclo urbano da fe bre amarela e da erradicação da varíola no Brasil. Outro resultado de destaque é a ausência de registros da paralisia infantil há 22 anos e do sarampo, há dez anos.

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Vacinas

O que vacina?As vacinas podem ser produzidas a partir de organismos enfraquecidos, mortos ou alguns de seus derivados, com a finalidade de estimular o corpo a se defender contra os organismos (vrus e bactrias) que provocam doenas, podendo ser aplicadas por meio de injeo ou por via oral (pela boca).Quando a pessoa vacinada, seu corpo detecta a substncia da vacina e produz uma defesa, osanticorpos.Esses anticorpos permanecem no organismo e evitam que a doena ocorra no futuro. Isso se chamaimunidade.As primeiras vacinas foram descobertas h mais de duzentos anos. Atualmente, tcnicas modernas so utilizadas para preparar as vacinas em laboratrios.Vacinao de rotinaA vacinao de rotina consiste no atendimento da populao no dia-a-dia da unidade de sade. O trabalho rotineiro proporciona o acompanhamento da cobertura vacinal por indivduo, realizando a busca de faltosos quando necessrio. Importante ressaltar alguns conceitos bsicos sobre imunizao:

Vacina o mecanismo usado para controlar algumas doenas infecto-contagiosa. Consiste na inoculao de um antgeno na corrente sangunea de uma pessoa, visando produo de anticorpos.

Apessoa vacinada aquela que recebeu uma dose da vacina, independentemente de ter recebido o esquema completo.

Apessoa imune aquela que possui anticorpos protetores especficos contra determinado agente infeccioso. Essa imunidade pode ser adquirida naturalmente (pela doena) ou artificialmente (pela imunizao adquirida por meio da vacinao).

Imunidade a capacidade de o sistema imunolgico reconhecer substncias estranhas e promover uma resposta contra elas (micro-organismo responsvel por uma doena infecciosa especfica ou sobre suas toxinas).

As aes de vacinao so coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizaes (PNI) da Secretaria de Vigilncia em Sade do Ministrio da Sade e tm o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenas imunoprevenveis no territrio brasileiro.O Programa foi criado em 1973, regulamentado no ano de 1975 pela Lei n 6.259, de 30/10/1975, e pelo Decreto n 78.231, de 30/12/1976, representando um instrumento destinado proteo da populao brasileira contra doenas que podem ser evitadas com o uso de imunobiolgicos, incluindo as vacinas. Atualmente, o PNI preconiza a vacinao para a famlia e, alm da imunizao de crianas, oferece tambm a vacinao para adolescentes, adultos, idosos, povos indgenas e populaes com necessidades especiais.

O Programa coordena e define normas e procedimentos tcnicos e cientficos articulados s secretarias de estado e estas com as secretarias municipais, mediante aes estratgicas sistemticas de vacinao da populao, com base na vigilncia epidemiolgica de doenas imunoprevenveis e inovaes tecnolgicas da rea. Tambm tem o papel de adquirir, conservar e distribuir os imunobiolgicos que integram os calendrios de vacinao do PNI nas aproximadamente 34 mil salas de vacina em todo o pas.

As aes de vacinao contriburam, de forma significativa, para manter a erradicao do ciclo urbano da febre amarela e da erradicao da varola no Brasil. Outro resultado de destaque a ausncia de registros da paralisia infantil h 22 anos e do sarampo, h dez anos.

O PNI do Ministrio da Sade, em consonncia com a Constituio da Repblica Federativa do Brasil e a Lei Orgnica da Sade, proporciona o acesso equnime aos imunobiolgicos especiais aos grupos portadores de imunodeficincias congnitas ou adquiridas e seus comunicantes, usurios com histria associada a evento adverso ps-vacinao e profilaxia pr e ps-exposio a determinados agravos. Esto disponibilizados nos 42 Centros de Referncia para Imunobiolgicos Especiais (Crie) das 27 unidades federadas.Encontram-se em discusso as recomendaes de vacinas para viajantes nacionais e internacionais.

Vacinao no Brasil - Histrico1804- Instituda a primeira vacinao no Pas - contra a varola.1808- Criao da primeira organizao nacional de sade pblica no Brasil. E, em 27 de fevereiro, foi criado o cargo de Provedor-Mor de Sade da Corte e do Estado do Brasil, embrio do Servio de Sade dos Portos, com delegados nos estados.1885- Introduo da primeira gerao da vacina antirrbica.1889- Um surto de peste bubnica se propaga no porto de Santos, levando o governo a adquirir a Fazenda Butantan para instalar um laboratrio de produo de soro antipestoso, vinculado ao Instituto Bacteriolgico (hoje Instituto Adolpho Lutz).1897- Primeira gerao da vacina contra a peste.1904- Instituiu-se a Reforma Oswaldo Cruz, que criou o Servio de Profilaxia da Febre Amarela e a Inspetoria de Isolamento e Desinfeco, com a responsabilidade de combate malria e peste no Rio de Janeiro (Decreto Legislativo n 1.151, de 5/1/1904).- Edio do decreto da obrigatoriedade da vacinao e da revacinao contra a varola, em toda a Repblica (Decreto n 1.261, de 31/10/1904).1907- Criao do Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos (atual Instituto Oswaldo Cruz), onde foram estabelecidas normas e estratgias para o controle dos mosquitos vetores da febre amarela (Decreto n 1.802, de 12/12/1907).- A febre amarela estava erradicada do Rio de Janeiro. Em setembro de 1907, no IV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, Oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro.1937- Produo e introduo da vacina contra a febre amarela.1950- No incio da dcada, implantao do toxide tetnico (TT) e da vacina DTP, em alguns estados.1961- Primeira campanha de vacinao com a vacina poliomielite, projeto experimental em Petrpolis/RJ e Santo Andr/SP.1962- Primeira campanha nacional contra a varola.1967- Introduo da vacina contra o sarampo para crianas de oito meses a quatro anos de idade.1968- Inicia-se a vacinao com a vacina BCG.1970- Registros oficiais do Ministrio da Sade sobre casos de doenas prevenveis por vacinao:

11.545casos de poliomielite1.771casos de varola10.496casos de difteria81.014casos de coqueluche109.125casos de sarampo111.945casos de tuberculose

1971- Ocorrncia, no Brasil, do ltimo caso de varola.1973- Criado o Programa Nacional de Imunizaes PNI.1975- Instituio do Programa Nacional de Imunizaes (PNI) e do Sistema Nacional de Vigilncia Epidemiolgica (Lei n 6.259).1976- Regulamentao do PNI por meio do Decreto n 78.231, de 30/12/1976.1977- Institudo pela Portaria n 452 o primeiro Calendrio Bsico e o Carto de Vacinas com as vacinas obrigatrias para os menores de um ano de idade.1989- Implantao gradativa da vacina contra hepatite B inicialmente na rea do Purus - Boca do Acre e Labra.1992a2002- Implantao gradativa, nos estados, da vacina dupla (sarampo e rubola) ou trplice viral (sarampo, caxumba e rubola).1996- Redefinio das estratgias de vacinao contra hepatite B em menores de um ano de idade, em todo o pas, e ampliao da faixa etria para 15 anos na Amaznia Legal, SC, ES, PR e DF.1999- Realizada, em abril, a 1 Campanha de Vacinao do Idoso (a partir dos 65 anos de idade) com a vacina contra influenza.Substituio da vacina TT pela dupla tipo adulto (difteria e ttano) no calendrio bsico para a faixa etria de sete anos e mais2000- Mudana na faixa etria da Campanha de Vacinao do idoso (maiores de 60 anos de idade).2002- Introduo da vacina tetravalente (HIB + DTP) para os menores de um ano.2003- Atualizao do calendrio de vacinao para a faixa etria de 12 meses a 11 anos de idade.2004- institudo o Calendrio Bsico de Vacinao pela Portaria n 597.2004- Campanha de Vacinao de Seguimento contra Sarampo Caxumba e Rubola para crianas de 12 meses a quatro anos, na qual foram vacinadas 12.777.709 crianas, 92.80% de cobertura vacinal.2006- Incluso da vacina contra o rotavrus humano para os menores de seis meses de idade.::.Livro dos 30 anos do Programa Nacional de Imunizaes

2008- Campanha nacional de vacinao contra rubola, com 68 milhes de adolescentes, jovens e adultos vacinados.2009- A Organizao Mundial da Sade informa, em 11 de junho, que a pandemia da influenza A (H1N1) 2009 passou fase 6: disseminao da infeco entre humanos, no mbito comunitrio, ocorrendo em diferentes regies do mundo e oficializando a pandemia de influenza com o vrus A.2010- No perodo de 8 de maro a 2 de junho, realizao da Estratgia de Vacinao Contra o Vrus Influenza Pandmica A (H1N1) 2009, dirigida a crianas de seis meses a menores de cinco anos, trabalhadores de sade, gestantes, indivduos com co-morbidades, adultos saudveis na faixa etria de 20 a 39 anos de idade, com mais de 89,6 milhes de brasileiros vacinados.- Incluso das vacinas contra infeces pneumoccicas vacina pneumoccica 10 valente no ms de maro, e da vacina conjugada meningoccica C no calendrio de vacinao, a partir do ms de setembro.2011- A vacinao contra a influenza foi ampliada para as crianas na faixa etria de seis meses a menores de dois anos, gestantes, trabalhadores de sade das unidades bsicas que fazem atendimento para a influenza e povos indgenas, alm dos idosos com 60 anos e mais de idade.- Ampliao da vacina contra hepatite B para a faixa etria entre 20 e 24 anos de idade.

Eventos Adversos Ps-Vacinao

A vacinao segura constitui componente prioritrio do Programa Nacional de Imunizaes do Ministrio da Sade do Brasil, o qual procura garantir a utilizao de vacinas de qualidade; aplicar, rigorosamente, as boas prticas de imunizao; monitorar os eventos adversos ps-vacinao (EAPV) que, por ventura, possam ocorrer; alm de fortalecer alianas com os meios de comunicao com mensagens claras sobre as estratgias, prioridades e segurana da vacinao.

Entende-se por evento adverso ps-vacinao (EAPV) qualquer ocorrncia clnica indesejvel em indivduo que tenha recebido algum imunobiolgico. Um evento que est temporalmente associado ao uso de uma vacina nem sempre tem relao causal com a vacina administrada. Esses eventos podem ser relacionados composio da vacina, aos indivduos vacinados, tcnica usada em sua administrao ou a coincidncias com outros agravos.

A partir da sua localizao, os eventos adversos podem ser locais ou sistmicos e, de acordo com sua intensidade, podem ser leves, moderados ou severos (graves). De acordo com o Manual de Vigilncia Epidemiolgica de Eventos Adversos Ps-Vacinao, considerado evento adverso grave aquele que:

Necessite de hospitalizao por pelo menos 24 horas;Gere incapacidade significativa ou persistente (sequela);Resulte em anomalias congnitas;Cause ameaa vida (necessidade de interveno imediata para evitar o bito), ouLeve ao bito.

Sistema Nacional de Vigilncia de Eventos Adversos Ps-VacinaoO Sistema Nacional de Vigilncia dos Eventos Adversos Ps-Vacinao, implantado nacionalmente, dispe dos seguintes instrumentos:

Formulrio prprio de investigao/notificao;Manual de vigilncia com informaes sobre os principais eventos associados s vacinas utilizadas na rede pblica e instrues sobre a conduta a ser adotada frente ocorrncia destes agravos;Sistema informatizado SI-EAPV (Sistema de Informao de Eventos Adversos Ps-Vacinao).Calendrio Bsico de VacinaoAPortaria n 3318 de 28 de outubro de 2010, do Ministrio da Sade, institui em todo territrio nacional, oCalendrio Bsico de Vacinao da Criana, oCalendrio do Adolescentee oCalendrio do Adulto e Idoso, no mbito doPrograma Nacional de Imunizao, visando o controle, a eliminao e aerradicaode doenas imunoprevenveis (prevenveis por vacina).OCalendrio Bsico de Vacinaobrasileiro corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritrio sade pblica do pas. Atualmente, constitudo por12 vacinas recomendadas populao, desde o nascimento at a terceira idade e distribudosgratuitamente nos postos de vacinao da rede pblica.Durante asCampanhas Anuais de Vacinaoso disponibilizadas, ainda, as vacinas contra influenza e pneumonia, aos idosos com 60 anos ou mais.::Calendrio Bsico de Vacinao da Criana

(1) vacina BCG:Administrar o mais precoce possvel, preferencialmente aps o nascimento. Nos prematuros com menos de 36 semanas administrar a vacina aps completar 1 (um) ms de vida e atingir 2 Kg. Administrar uma dose em crianas menores de cinco anos de idade (4 anos 11meses e 29 dias) sem cicatriz vacinal. Contatosintradomicliares de portadores de hansenase menores de 1 (um) ano de idade, comprovadamente vacinados, no necessitam da administrao de outra dose de BCG. Contatos de portadores de hansenase com mais de 1 (um) ano de idade, sem cicatriz - administrar uma dose. Contatos comprovadamente vacinados com a primeira dose - administrar outra dose de BCG. Manter o intervalo mnimo de seis meses entre as doses da vacina. Contatos com duas doses no administrar nenhuma dose adicional. Na incerteza da existncia de cicatriz vacinal ao exame dos contatosintradomiciliares de portadores de hansenase, aplicar uma dose, independentemente da idade. Para criana HIV positiva a vacina deve ser administrada ao nascimento ou o mais precocemente possvel. Para as crianas que chegam aos servios ainda no vacinadas, a vacina est contra-indicada na existncia de sinais e sintomas de imunodeficincia, no se indica a revacinao de rotina. Para os portadores de HIV (positivo) a vacina est contra indicada em qualquer situao.

(2)vacina hepatite B (recombinante):Administrar preferencialmente nas primeiras 12 horas de nascimento, ou na primeira visita ao servio de sade. Nos prematuros, menores de 36 semanas de gestao ou em recm-nascidos termo de baixo peso (menor de 2 Kg), seguir esquema de quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida. Na preveno da transmisso vertical em recm-nascidos (RN) de mes portadoras da hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIG), disponvel nos Centros de Referncia para Imunobiolgicos Especiais - CRIE, nas primeiras 12 horas ou no mximo at sete dias aps o nascimento. A vacina e a HBIG administrar em locais anatmicos diferentes. A amamentao no traz riscos adicionais ao RN que tenha recebido a primeira dose da vacina e a imunoglobulina.

(3)vacina adsorvida difteria, ttano,pertussiseHaemophilus influenzaeb (conjugada):Administrar aos 2, 4 e 6 meses de idade. Intervalo entre as doses de 60 dias e, mnimo de 30 dias. A vacina adsorvida difteria, ttano e pertussis DTP so indicados dois reforos. O primeiro reforo administrar aos 15 meses de idade e o segundo reforo aos 4 (quatro) anos. Importante: a idade mxima para administrar esta vacina aos 6 anos 11meses e 29 dias. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situao vacinal dos comunicantes. Para os no vacinados menores de 1 ano iniciar esquema com DTP+ Hib; no vacinados na faixa etria entre 1 a 6 anos, iniciar esquema com DTP. Para os comunicantes menores de 1 ano com vacinao incompleta, deve-se completar o esquema com DTP + Hib; crianas na faixa etria de 1 a 6 anos com vacinao incompleta, completar esquema com DTP. Crianas comunicantes que tomaram a ltima dose h mais de cinco anos e que tenham 7 anos ou mais devem antecipar o reforo com dT.

(4)vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada):Administrar trs doses (2, 4 e 6 meses). Manter o intervalo entre as doses de 60 dias e, mnimo de 30 dias. Administrar o reforo aos 15 meses de idade. Considerar para o reforo o intervalo mnimo de 6 meses aps a ltima dose.

(5)vacina oral rotavrus humano G1P1 [8] (atenuada):Administrar duas doses seguindo rigorosamente os limites de faixa etria:primeira dose: 1 ms e 15 dias a 3 meses e 7 dias.segunda dose: 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias.O intervalo mnimo preconizado entre a primeira e a segunda dose de 30 dias. Nenhuma criana poder receber a segunda dose sem ter recebido a primeira. Se a criana regurgitar, cuspir ou vomitar aps a vacinao no repetir a dose.

(6)vacina pneumoccica 10 (conjugada):No primeiro semestre de vida, administrar 3 (trs) doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo entre as doses de 60 dias e, mnimo de 30 dias. Fazer um reforo, preferencialmente, entre 12 e 15 meses de idade, considerando o intervalo mnimo de seis meses aps a 3 dose. Crianas de 7-11 meses de idade: o esquema de vacinao consiste em duas doses com intervalo de pelo menos 1 (um) ms entre as doses. O reforo recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses, com intervalo de pelo menos 2 meses.

(7)vacina meningoccica C (conjugada):Administrar duas doses aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo entre as doses de 60 dias, e mnimo de 30 dias. O reforo recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses de idade.

(8)vacina febre amarela (atenuada):Administrar aos 9 (nove) meses de idade. Durante surtos, antecipar a idade para 6 (seis) meses. Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes reas com recomendao da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amap, Par, Rondnia, Roraima, Tocantins, Maranho, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municpios dos estados do Piau, Bahia, So Paulo, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informaes sobre os municpios destes estados, buscar as Unidades de Sade dos mesmos. No momento da vacinao considerar a situao epidemiolgica da doena. Para os viajantes que se deslocarem para os paises em situao epidemiolgica de risco, buscar informaes sobre administrao da vacina nas embaixadas dos respectivos pases a que se destinam ou na Secretaria de Vigilncia em Sade do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar reforo, a cada dez anos aps a data da ltima dose.(9)vacina sarampo, caxumba e rubola:Administrar duas doses. A primeira dose aos 12 meses de idade e a segunda dose deve ser administrada aos 4 (quatro) anos de idade. Em situao de circulao viral, antecipar a administrao de vacina para os 6 (seis) meses de idade, porm deve ser mantido o esquema vacinal de duas doses e a idade preconizada no calendrio. Considerar o intervalo mnimo de 30 dias entre as doses.

::Calendrio de Vacinao do AdolescenteOrientaes importantes para a vacinao do adolescente

(1) vacina hepatite B (recombinante):Administrar em adolescentes no vacinados ou sem comprovante de vacinao anterior, seguindo o esquema de trs doses (0, 1 e 6) com intervalo de um ms entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Aqueles com esquema incompleto, completar o esquema. A vacina indicada para gestantes no vacinadas e que apresentem sorologia negativa para o vrus da hepatite B a aps o primeiro trimestre de gestao.

(2) vacina adsorvida difteria e ttano - dT (Dupla tipo adulto):Adolescente sem vacinao anteriormente ou sem comprovao de trs doses da vacina, seguir o esquema de trs doses. O intervalo entre as doses de 60 dias e no mnimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (trs) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforo, a cada dez anos aps a data da ltima dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforo sendo a ltima dose administrada h mais de 5 (cinco) anos. A mesma deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da data provvel do parto. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situao vacinal dos comunicantes. Para os no vacinados, iniciar esquema de trs doses. Nos comunicantes com esquema de vacinao incompleto, este dever completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a ltima dose h mais de 5 (cinco) anos, deve-se antecipar o reforo.

(3)vacina febre amarela (atenuada):Indicada 1 (uma) dose aos residentes ou viajantes para as seguintes reas com recomendao da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amap, Par, Rondnia, Roraima, Tocantins, Maranho, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municpios dos estados do Piau, Bahia, So Paulo, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informaes sobre os municpios destes estados, buscar as Unidades de Sade dos mesmos. No momento da vacinao considerar a situao epidemiolgica da doena. Para os viajantes que se deslocarem para os pases em situao epidemiolgica de risco, buscar informaes sobre administrao da vacina nas embaixadas dos respectivos pases a que se destinam ou na Secretaria de Vigilncia em Sade do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforo, a cada dez anos aps a data da ltima dose.Precauo: A vacina contra indicada para gestante e mulheres que estejam amamentando. Nestes casos buscar orientao mdica do risco epidemiolgico e da indicao da vacina.

(4) vacina sarampo, caxumba e rubola SCR:considerar vacinado o adolescente que comprovar o esquema de duas doses. Em caso de apresentar comprovao de apenas uma dose, administrar a segunda dose. O intervalo entre as doses de 30 dias.

::Calendrio de Vacinao do Adulto e do Idoso

Orientaes importantes para a vacinao do adulto e idoso.

(1) vacina hepatite B (recombinante):oferecer aos grupos vulnerveis no vacinados ou sem comprovao de vacinao anterior, a saber: Gestantes, aps o primeiro trimestre de gestao; trabalhadores da sade; bombeiros, policiais militares, civis e rodovirios; caminhoneiros, carcereiros de delegacia e de penitenciarias; coletores de lixo hospitalar e domiciliar; agentes funerrios, comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue; homens e mulheres que mantm relaes sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM); lsbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, (LGBT); pessoas reclusas (presdios, hospitais psiquitricos, instituies de menores, foras armadas, dentre outras); manicures, pedicures e podlogos; populaes de assentamentos e acampamentos; potenciais receptores de mltiplas transfuses de sangue ou politransfundido; profissionais do sexo/prostitutas; usurios de drogas injetveis, inalveis e pipadas; portadores de DST.A vacina esta disponvel nos Centros de Referncia para Imunobiolgicos Especiais (CRIE) para as pessoas imunodeprimidas e portadores de deficincia imunognica ou adquirida, conforme indicao mdica.

(2) vacina adsorvida difteria e ttano - dT (Dupla tipo adulto):Adultos e idosos no vacinados ou sem comprovao de trs doses da vacina, seguir o esquema de trs doses. O intervalo entre as doses de 60 (sessenta) dias e no mnimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (trs) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforo, dez anos aps a data da ltima dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforo sendo a ltima dose administrada a mais de cinco (5) anos. A mesma deve ser administrada no mnimo 20 dias antes da data provvel do parto. Diante de um acaso suspeito de difteria, avaliar a situao vacinal dos comunicantes. Para os no vacinados, iniciar esquema com trs doses. Nos comunicantes com esquema incompleto de vacinao, este deve ser completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a ltima dose h mais de 5 anos, deve-se antecipar o reforo.

(3) vacina febre amarela (atenuada):Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes reas com recomendao da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amap, Par, Rondnia, Roraima, Tocantins, Maranho, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municpios dos estados do Piau, Bahia, So Paulo, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informaes sobre os municpios destes estados, buscar as Unidades de Sade dos mesmos. No momento da vacinao considerar a situao epidemiolgica da doena. Para os viajantes que se deslocarem para os pases em situao epidemiolgica de risco, buscar informaes sobre administrao da vacina nas embaixadas dos respectivos pases a que se destinam ou na Secretaria de Vigilncia em Sade do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforo, a cada dez anos aps a data da ltima dose.Precauo:A vacina contra indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, nos casos de risco de contrair o vrus buscar orientao mdica. A aplicao da vacina para pessoas a partir de 60 anos depende da avaliao do risco da doena e benefcio da vacina.

(4) vacina sarampo, caxumba e rubola SCR:Administrar 1 (uma) dose em mulheres de 20 (vinte) a 49 (quarenta e nove) anos de idade e em homens de 20 (vinte) a 39 (trinta e nove) anos de idade que no apresentarem comprovao vacinal.

(5) vacina influenza sazonal (fracionada, inativada):Oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinao do Idoso.

(6)vacina pneumoccica 23-valente (polissacardica):Administrar 1 (uma) dose durante a Campanha Nacional de Vacinao do Idoso, nos indivduos de 60 anos e mais que vivem em instituies fechadas como: casas geritricas, hospitais, asilos, casas de repouso, com apenas 1 (um) reforo 5 (cinco) anos aps a dose inicial.

:: Calendrio de Vacinao da Populao Indgenahttp://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1448As aes de vacinao so coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizaes (PNI) da Secretaria de Vigilncia em Sade do Ministrio da Sade que tem o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenas imunoprevenveis no territrio brasileiro.A vacinao a maneira mais eficaz de evitar diversas doenas imunopreveniveis, como varola (erradicada), poliomielite (paralisia infantil), sarampo, tuberculose, rubola, gripe, hepatite B, febre amarela, entre outras.A vacinao a maneira mais eficaz de se evitar diversas doenas imunoprevenveis, como varola (erradicada), poliomielite (paralisia infantil), sarampo, tuberculose, rubola, gripe, hepatite B e febre amarela, entre outras.

Centros de Referncia de Imunobiolgicos EspeciaisOs Centros de Referncia para Imunobiolgicos Especiais CRIE, foram implantados de forma gradativa no ano de 1993. No ano de 2002 todas as 27 Unidades Federativas do Brasil j contavam com ao menos uma unidade de vacinao dos CRIE. A Portaria n 48, de 28 de julho de 2004, institui as diretrizes gerais para o funcionamento dos CRIE. Estes possuem os objetivos de:- facilitar o acesso da populao, em especial dos portadores de imunodeficincia congnita ou adquirida e de outras condies especiais de morbidade ou exposio a situaes de risco, aos imunobiolgicos especiais para preveno das doenas que so objeto do Programa Nacional de Imunizaes - PNI; e- garantir os mecanismos necessrios para investigao, acompanhamento e elucidao dos casos de eventos adversos graves e/ou inusitados associados temporalmente s aplicaes de imunobiolgicos.As indicaes para os imunobiolgicos especiais esto normatizadas no Manual dos Centros de Referncia de Imunobiolgicos Especiais CRIE, do Ministrio da Sade MS, 3 edio, 2006.-- Como proceder para obter os imunobiolgicos do CRIE1.Ser atendido por mdico, na rede pblica de atendimento sade ou na rede particular de atendimento (consultrio particular, clnicas particulares ou hospitais particulares).

2.O mdico responsvel pelo assistncia ao paciente dever elaborar um pequeno relatrio, contendo o diagnstico da doena (CID), e breve histrico da patologia, no seu prprio receiturio mdico.

3.Com o relatrio em mos, assim como exames como os de laboratrio, raios X e outros, dirija-se a unidade do CRIE mais prxima de sua residncia para consulta e administrao das vacinas conforme as indicaes do Manual dos Centros de Referncia de Imunobiolgicos Especiais CRIE. Vacinao de Viajante

Essa discusso aborda a experincia das atividades de vigilncia sanitria no mbito de portos, aeroportos e fronteiras, bem como a experincia em epidemiologia e controle de doenas, cujo princpio bsico o conhecimento da sade coletiva. Para o estabelecimento de uma poltica dirigida sade dos viajantes dever ser levado em considerao o conhecimento epidemiolgico e ter como suporte ou instrumento essencial a informao, com base na orientao e recomendao voltada para a promoo, preveno e proteo da sade dos viajantes.

As vacinas recomendadas para o viajante devem ser definidas com base nas informaes obtidas durante a consulta mdica. Portanto deve ser definido:

Definir o perfil:idade, doenas crnicas e imunodeficincia podem levar a riscos especficos e, portanto, a necessidades de vacinas especficas, assim como contraindic-las.Apurar o tipo de atividade:define os riscos inerentes atividade e os riscos especficos: ttano, raiva, febre tifide, entre outros.Conhecer o destino:a situao epidemiolgica (doenas endmicas, surtos ou epidemias) do local definir as vacinas especficas (obrigatrias ou no) a recomendar.Levantar o histrico vacinal: o adulto deve estar em dia com as vacinas do Calendrio de Vacinao

Classificao das vacinas:As vacinas para viajantes podem ser classificadas em trs categorias: de rotina, obrigatrias para viajantes (exigidas por determinao legal) e recomendadas em situaes especficas.Vacinas de rotina:aquelas includas nos calendrios bsicos de vacinao, indicadas de rotina independente de viagens, para crianas, adolescentes e adultos. O especialista em medicina do viajante deve aproveitar o momento da consulta para orientar a atualizao do calendrio.Vacinas obrigatrias para viajantes:so aquelas exigidas por determinao legal pelos governos dos pases de destino. Nessa categoria est a vacina contra a febre amarela, em tempos recentes, a imunizao contra meningococo com vacina quadrivalente ou bivalente para os que se dirigem Arbia Saudita.Vacinas recomendadas em situaes especficas:so aquelas recomendadas devido s caractersticas do viajante, do local a ser visitado, ou ambos. Incluem-se nesse grupo as vacinas contra hepatite A, febre tifide, raiva, encefalite japonesa e diarria do viajante. Algumas so recomendadas de rotina, mas merecem ateno especial frente ao risco aumentado de exposio durante os deslocamentos.

VACINAS DE ROTINA:

CALENDRIO DO PNI E DA SBIM

dT ou dTpa

Hepatite A e B

HPV

Influenza

Pneumoccica(situaes especiais, crianas < 5 anos e idosos)

Trplice Viral

Varicela(para quem no tem histrico da doena)

VACINAS RECOMENDADAS DE ACORDOCOM OS RISCOS LOCAIS:

CALENDRIO DO PNI E DA SBIM

Diarria do viajante

Encefalite Japonesa

Febre Tifide

Hepatites A e B

Influenza

Meningoccica A e C, W135, Y

Meningoccica A e C

Poliomielite

Raiva

Trplice Viral (MMR)

Febre amarela

VACINAS OBRIGATRIAS

CALENDRIO DO PNI E DA SBIM

Febre amarela

Meningoccica A Arbia Saudita

OBSERVAO IMPORTANTE:Pessoas em viagem de estudo ou trabalho podem estar sujeitas ao cumprimento do calendrio bsico do pas de destino. Por isso, importante consultar as embaixadas, consulados e demais organismos internacionais

REFERNCIA BIBLIOGRFICA: GUIA DE VACINAO DO VIAJANTE BRASILEIRO EDIO DE 2009, SBIM;AUTORIA:

REVISO BIBLIOGRFICA REALIZADA POR:ENFERMEIRA ROSEVANE RODRIGUES DE LUCENA COREN DF 176706Revisado por: Dra. Marta de Ftima Rodrigues da Cunha Guidacci-CRM: 7.600-DF

Vacinao em reas de fronteiraA vacinao em reas de fronteira outra ao a merecer ateno especial da CGPNI, em funo das caractersticas do territrio brasileiro em que 11 UF fazem limite com 10 pases da Amrica do Sul, excetuando-se Chile e Equador. So 15,7 mil quilmetros de extenso terrestre, com intensa movimentao de populaes. O trabalho vem sendo desenvolvido com o objetivo de aprofundar a articulao e a ao integrada, contribuindo para organizar e fortalecer os servios locais no campo da vigilncia em sade, preveno e controle de doenas. De forma mais especfica, em funo da Campanha Nacional de Vacinao contra Rubola, foram implementadas aes nos pontos de fronteira para garantir a vacinao de cerca de um milho de pessoas, destacando-se as seguintes iniciativas:a)definio de estimativas populacionais (populao flutuante) com maior probabilidade de no estar vacinada contra a rubola;b)elaborao de plano de vacinao integrado nos municpios de fronteira, contemplando pontos formais e informais de acesso;c)operacionalizao da vacinao da populao em trnsito identificada nos municpios de fronteira;d)agendamento de reunies interfronteiras;e)monitoramento rpido de cobertura vacinal em municpios fronteirios.

FEBRE AMARELAVacina a forma mais eficaz de prevenir febre amarelaA febre amarela uma antropozoonose, provocada por um arbovrus, e apresenta dois ciclos epidemiolgicos distintos: um urbano e outro silvestre. A doena, em ambos os ciclos, se apresenta clinicamente da mesma forma, diferindo apenas quanto ao vetor, ao ambiente de transmisso e ao hospedeiro. Trata-se de uma doena sazonal, com maior registro de casos entre os meses de janeiro e abril, com ciclos que ocorrem em mdia a cada cinco a sete anos.

A vacinao a forma mais eficaz de se prevenir contra este agravo. Os calendrios de vacinao do Ministrio da Sade recomendam que a vacina seja administrada a partir dos nove meses de idade. Uma nova dose deve ser administrada a cada dez anos, a partir da ltima dose.No perodo de 2000 a 2009, observou-se uma expanso da circulao viral em reas antes silenciosas h vrias dcadas. No ano de 2008, ento, delimitou-se duas reas para orientar as estratgias de imunizao:

1.rea Com Recomendao de Vacinao (ACRV), correspondendo quelas anteriormente denominadas endmica e de transio, com a incluso do sul de Minas Gerais, at ento considerada rea indene de risco potencial;2.rea Sem Recomendao de Vacinao (ASRV), correspondendo, basicamente, s reas indenes, incluindo o sul da Bahia e o norte do Esprito Santo, que antes eram consideradas reas indenes de risco potencial. Isto , integram a ACRV todos os estados das regies Norte e Centro-Oeste do Brasil, os estados de Minas Gerais e Maranho e parte dos estados do Piau, Bahia, So Paulo, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Clique aqui para consultar a lista com todos os municpios que fazem parte da ACRV

Clique aqui para ver o mapa de reas com e sem recomendao de vacina contra febre amarela

Toda a populao residente na ACRV deve ser vacinada. Os viajantes da ASRV que se deslocam para a ACRV e/ou pases endmicos para a doena devem ser vacinados at dez dias antes da data da viagem.

Dois tipos de eventos adversos merecem ateno especial:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pos-vacinacao.pdf

Eventos adversos decorrentes de depresso imunolgica: podem ocorrer em pacientes com deficincia imunolgica primria, isto , com deficincias congnitas da imunidade, que so doenas raras, ou secundrias, decorrentes de doenas ou tratamentos que comprometem a imunidade, como leucemia, linfoma, etc. O risco de complicaes se manifesta nas vacinas vivas, como a vacina contra sarampo, caxumba e rubola, poliomielite, tuberculose etc. No caso das vacinas no-vivas, como a trplice bacteriana, contra difteria, ttano e coqueluche, o risco da resposta imunolgica no se processar adequadamente, continuando o receptor da vacina suscetvel s doenas contra as quais se vacinou. Deve-se levar em conta que as deficincias imunolgicas podem ter diversos graus de gravidade, acarretando riscos insignificantes ou importantes aps a aplicao de vacinas vivas. Em muitas dessas situaes justifica-se utiliz-las, pois o risco da doena maior do que o da vacina.Em outras situaes, pode-se substituir a vacina viva por uma no-viva, como no caso da vacina contra a poliomielite.

Eventos adversos por reaes de hipersensibilidade: esto ligados s chamadas reaes de hipersensibilidade, descritas por Gell e Coombs:

Reaes de tipo I, anafilticas, mediadas por IgE, mais freqentes em indivduos alrgicos. Podem ocorrer aps qualquer vacina ou soro, especialmente os de origem no-humana (eqina). Elas podem ser relacionadas a determinadas substncias presentes nas vacinas, como:

Resduos de linhas celulares ou embries em que se cultivam os vrusvacinais;

Substncias utilizadas nos meios de cultura;

Outras substncias, agregadas durante a preparao e purificao da vacina (por exemplo, antibiticos, conservantes, estabilizantes ou adjuvantes).

Reaes de tipo II, ligadas formao de anticorpos que se fixam a clulas do organismo, levando sua destruio por ao do complemento e por linfcitos que se fixam aos anticorpos provocando destruio celular. Esse mecanismo provavelmente est envolvido na destruio da bainha de mielina dos nervos que pode ocorrer aps certas vacinas virais vivas ou aps vacina anti-rbica preparada em tecido nervoso, ocasionando doenas como a encefalomielite ps-infecciosa aguda ou Sndrome de Guillain Barr.

Reaes de tipo III, provocadas pela formao de complexos imunes, que levam vasculite e necrose tecidual no stio da aplicao, como pode ocorrer aps nmero exagerado de doses de vacinas contra difteria e ttano (fenmeno de Arthus), ou generalizadas, como na doena do soro.

Reaes de tipo IV, chamadas de hipersensibilidade tardia, que envolvem a imunidade celular, com linfcitos T citotxicos direcionados contra clulas do prprio corpo, como ocorre na sndrome de Guillain Barr e,provavelmente, tambm na encefalomielite ps-infecciosa aguda. As reaes tambm podem ser localizadas, como em indivduos que apresentam reaes cutneas neomicina e ao timerosal, usados como conservantes em vrias vacinas.Para a ocorrncia da maioria dessas reaes de hipersensibilidade deve haver fatores individuais de suscetibilidade, que torna o indivduo predisposto sua ocorrncia.A diminuio das reaes ou complicaes ps-vacinais deve ser preocupao permanente e objeto de estudo de todos os responsveis pelas imunizaes, em todos os nveis. Novas vacinas, menos reatognicas ou mais seguras, esto em desenvolvimento ou j aprovadas. A incorporao das mesmas rotina das vacinaes deve ser feita criteriosamente, levando-se em conta a avaliao de custo-benefcio, a eficcia e a eficincia, o potencial de obter coberturas vacinais amplas, a necessidade de garantir o abastecimento regular etc.

Definio de caso de Evento Adverso Ps-Vacinao (EAPV)Qualquer ocorrncia clnica indesejvel em indivduo que tenha recebido algum imunobiolgico. Um evento que est temporalmente associado ao uso da vacina, nem sempre tem relao causal com ela. A grande maioria dos eventos so locais e sistmicos leves, por isso as aes de vigilncia so voltadas para os eventos moderados e graves. Em rarssimas situaes, o bito pode ser em decorrncia da vacinao. O objetivo da vigilncia epidemiolgica de bitos primordialmente afastar causas coincidentes indevidamente atribudas s vacinas. Por exemplo, a sndrome da morte sbita infantil, que no tem qualquer relao com vacinao, podendo ocorrer no mesmo perodo de aplicao de vrios imunobiolgicos do calendrio bsico de vacinao da criana. Entretanto, vrios estudos mostraram que as imunizaes no aumentam o risco de morte sbita.Os eventos podem ser classificados quanto intensidade em: grave, moderado e leve.Evento grave Hospitalizao por pelo menos 24 horas; Disfuno ou incapacidade significativa e/ou persistente (seqela); Evento que resulte em anomalia congnita; Risco de morte (necessidade de interveno imediata para evitar o bito); bito.Evento moderado Quando necessita de avaliao mdica e exames complementares e/ou tratamento mdico, no se incluindo na categoria grave.Evento leve Quando no necessita de exames complementares e tratamento mdico.

Todos os eventos adversos conhecidos definidos como de importncia para a Vigilncia dos Eventos Adversos Ps-Vacinao listados abaixo devem ser notificados.

*Todo bito de causa definida ou no, cujos primeiros sintomas do quadro que levou ao bito iniciaram at 15 dias depois da aplicao de uma vacina. (Exceto BCG, cujo tempo pode ser mais longo). Os procedimentos relacionados investigao devem obedecer s recomendaes gerais de acordo com a suspeita clnica e existe uma sugesto de roteiro em documento complementar.**Todo evento grave, moderado (conforme definio acima) e/ou inusitado no relacionado na lista, cuja causa no seja definida, deve ser notificado ao servio de Vigilncia de EAPV.Imunizao dos povos indgenasA Organizao Mundial da Sade (OMS), ao tratar da questo indgena, destaca que o status da sade da populao indgena difere, significativamente, do encontrado na populao no-indgena, em todos os pases do mundo, e, comprometida com esta populao, tem devotado especial ateno proteo e promoo do direito sade dos indgenas.

- - Confira a Portaria n. 1.946,de 19 de julho de 2010 - Institui, em todo o territrio nacional, o Calendrio de Vacinao para os Povos Indgenas.

Os povos indgenas apresentam um perfil diferenciado de sade, com grave quadro de iniqidade, se comparado com a populao no indgena. Apesar da escassez dos dados sobre suas condies de sade, sabido que possuem taxas de mortalidade e morbidade trs a quatro vezes maiores que as encontradas na populao em geral, restando poucas dvidas sobre a considervel condio de vulnerabilidade em que se encontram.

Diante desse quadro, a adoo de aes de imunizao demonstra ser prioritria e essencial reduo do risco de adoecer e morrer deste pblico.

No Brasil, apesar das dificuldades de operacionalizao das aes de imunizao nas reas indgenas, principalmente nas localidades de difcil acesso geogrfico, dados demonstram um aumento progressivo das coberturas vacinais neste grupo(ver Grfico 1).

Apesar dos avanos, h desafios a serem superados. Um deles a manuteno de boas coberturas entre os menores de um ano. A dificuldade de acesso de determinados povos reduz o nmero de contato com os servios de sade, o que ocasiona acumulo de vacinas e dificuldade em colocar o carto em dia, em uma nica visita, fazendo com que a maioria das crianas indgenas complete seus esquemas vacinais depois de completar um ano de idade.