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TEXTO FORMAÇÃO CONTINUADA E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL (1)

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Formação Continuada e Valorização Profissional

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Formação Continuada e Valorização Profissional

A formação continuada, articulada a formação inicial e ás condições de trabalho, salário e carreira, é uma das dimensões importantes para a concretização de uma política global para a formação e valorização profissional e são entendidas pelos educadores como um direito e dever dos professores e obrigação do estado.

Os princípios orientadores da valorização dos Profissionais da Educação descritos no artigo 67 da LDB sob a responsabilidade dos sistemas de ensino são o Piso Salarial Profissional, progressão funcional, condições adequadas de trabalho e aperfeiçoamento profissional continuado.

Nas políticas educacionais dos últimos anos a formação continuada deixou de fazer parte de uma política de valorização do magistério, como estabelece a LDB, para inserir-se invertidamente no quadro de responsabilização individual dos professores pelo fracasso da escola e da educação públicas, predominando a concepção de formação como direito do estado e dever dos professores.

A concepção de formação continuada desenvolvida exclusivamente no próprio local de trabalho, ao mesmo tempo em que toma o trabalho concreto como categoria de análise, provoca o reducionismo nas análises mais amplas e críticas desse trabalho em suas relações com a sociedade.

A formação continuada que traz em si imensas positividades de significação do trabalho docente e de novas formas para o trabalho pedagógico, ficou reduzida a programas de treinamento voltados principalmente para os aspectos técnicos e metodológicos do trabalho docente, na concepção do professor como um prático solucionador de problemas, reduzido ao saber fazer.

As novas demandas apresentadas à educação principalmente nas duas últimas décadas trouxeram a necessidade de ressignificação de funções não-docentes já existentes no interior das escolas assim como está propiciando o surgimento de novas funções numa perspectiva de todos os espaços escolares serem educativos; essas modificações de conceitos, veio acompanhada de um grande movimento para a profissionalização dos(as) funcionários(as) de escola, impulsionado sobretudo pela atuação sindical e aponta para a necessidade de ampliação de programas de formação continuada que venha abranger também os Profissionais da Educação não-docentes para a qualificação das atividades educativas nas instituições públicas de ensino, com especialidade o estado de Mato Grosso, precursor nas iniciativas de valorização profissional dos(as) funcionários(as) de escola no país, condição essa que também o desafia ao desenvolvimento de políticas de formação continuada que contemple também esse segmento de trabalhadores(as) da educação.

Uma nova política de valorização e profissionalização dos educadores deverá constituir-se fundada em referenciais com estímulo à qualificação profissional, a recuperação da dignidade profissional pela atribuição de salários justos e jornada única em uma única escola, a ênfase na formação continuada articulada com a construção coletiva do projeto político-pedagógico, permitindo ao educador tempo para o estudo para o trabalho coletivo e para a criação de novos projetos pedagógicos que envolvam os sujeitos da ação educativa na escola e na comunidade em que está inserida.

Referencial bibliográfico:Retrato da escola no BrasilCarlos Augusto Abicalil, Luiz Augusto Passos et alBrasília: s.d. , 2004.

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