42
- Ordenação Feminina - uma perspectiva complementarista Rev. Ewerton B. Tokashiki Igreja Presbiteriana do Brasil última revisão 27/10/2013 Porto Velho

Texto Ordenação Feminina - TOKASHIKI

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Uma análise sobre os argumentos para a ordenação feminina.

Citation preview

A ordenao feminina

PAGE 19

- Ordenao Feminina -uma perspectiva complementaristaRev. Ewerton B. Tokashiki

Igreja Presbiteriana do Brasilltima reviso 27/10/2013Porto VelhoIntroduoA questoPorque no ordenamos mulheres para o exerccio dos ofcios de liderana? Esta uma questo que precisa ser respondida. A nossa posio deve ser livre das acusaes de machismo, obscurantismo e de que somos alienados s mudanas sociais da ps-modernidade. Pelo menos trs argumentos gerais so usados pelos que advogam a ordenao feminina:

1. As mulheres maioria nas igrejas, por que devem ser lideradas por uma liderana minoritria de homens?2. notrio que as mulheres cada vez mais participam em funes de liderana na sociedade, por que no nas igrejas?3. As denominaes protestantes histricas esto ordenando mulheres. Sabemos que denominaes com abertura ao liberalismo teolgico como a Igreja Metodista do Brasil, a Igreja Evanglica de Confisso Luterana e a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil tm ordenado mulheres. Ultimamente a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e a Conveno Batista Brasileira ordenam mulheres ao cargo de pastor.Diante desta presso, primeiramente precisamos nos perguntar qual deve ser o critrio para decidirmos, ou no, ordenar as nossas irms. Deve ser a presso social, onde a opinio pblica encontra-se seduzida pelo movimento feminista, em moldes de igualdade, seno superioridade aos homens? Seria o critrio do pragmatismo, reconhecendo que muitas mulheres tm assumido a responsabilidade de liderar, mesmo sem ordenao, enquanto os homens so omissos em seus deveres na famlia, na igreja e na sociedade? Ou, ainda deveramos considerar as estatsticas que apresentam mudanas quanto ao nmero de denominaes que tm ordenado mulheres?Uma trplice respostaPara responder esta fatdica pergunta necessrio extrairmos a nossa concluso a partir de trs fontes:

1. O testemunho da histria da Igreja crist. Os cristos em perodos consecutivos ou espordicos ordenaram mulheres? Perguntas como, quando, por que e quem certamente esclarecer a ocorrncia da prtica e possibilitar uma avaliao da prtica da ordenao feminina no desenvolver dos sculos. Quando a tradio preserva a verdade e a sua prtica, ela deve ser honrada (1 Co 11:2-3). Logo, a ausente tradio de se ordenar mulheres tem que ter uma explicao, alm da acusao simplista das feministas de que a Igreja sempre foi androcntrica!2. A interpretao exegtica de textos bblicos que oferecem alguma possibilidade para a ordenao de mulheres na liderana como um princpio regulador. H evidncias a partir do texto bblico que a comunidade crist do primeiro sculo possua uma liderana feminina, ou que isto era prescrito como normativo, ou devemos considerar como um assunto aberto?3. A formulao teolgica sistematizada a partir do ensino geral das Escrituras acerca do princpio de autoridade, e da relao do homem e da mulher, e suas implicaes. A atual incluso feminina na liderana e nos ofcios deve ser interpretada como um desdobramento e progresso da eclesiologia reformada, ou como uma corrupo doutrinria?Este no um assunto fcil de ser discutido por vrios fatores. Primeiro, por causa da tenso que existe entre aqueles que so a favor e contra. Segundo, a complexidade do assunto. Terceiro, as implicaes prticas so intensas. Por isso, este assunto deve ser estudado com um fiel temor autoridade das Escrituras Sagradas, um senso crtico na abordagem dos argumentos que sejam a favor ou contra a ordenao feminina, tendo como alvo final a verdade, e evitando partidarismo defendido, mas visando o bem comum da Igreja de Cristo.

ndice

1. Um exame histrico da ordenao feminina

Os Pais da Igreja

A opinio dos reformadores

A posio dos Puritanos

O movimento feminista

A posio do Conselho Mundial de Igrejas

A orientao da Aliana Mundial das Igrejas Reformadas

As ltimas dcadas do sculo XX

2. Um exame exegtico da ordenao feminina

Avaliando a hermenutica feminista

Adotando uma hermenutica conservadora

Mulheres exercendo autoridade no Antigo Testamento

A ausncia de mulheres em At 6:1-6

O servio de Febe em Rm 16:1-2

A igualdade espiritual em Gl 3:28

O silncio das mulheres em 1 Co 14:33-35

A mesma exigncia das mulheres em 1 Tm 3:11

O propsito do critrio das vivas em 1 Tm 5:9-10

3. Um exame teolgico da ordenao feminina

Uma abordagem teolgica do igualitarismo

Uma abordagem teolgica do diferencialismo

A doutrina da ordenao na perspectiva reformada

4. Questes prticas da ordenao femininaA ordenao femininauma perspectiva reformada1. Um exame histrico da ordenao feminina

A breve anlise histrica verificar se houve mulheres exercendo reconhecidamente a liderana ordenada como liderana desde o sculo I. Iniciando com os escritos no-cannicos do primeiro sculo esta anlise se estender at ao movimento feminista cristo, descrevendo como ocorreu o processo de incluso de mulheres na liderana crist. A herana literria dos escritores e documentos da igreja o testemunho quanto prtica da ordenao de sua liderana.Os Pais da Igreja

Vide* excursus on the Deaconesses of the Early Church in: Nicene and Post-Nicene Fathers, vol. 14, p. 41.Martin Dreher, A Igreja no Imprio Romano, vol. 1, pgs. 38-46

A Didaqu (escrito entre 80-90 d.C.)

Este pequeno livro foi o primeiro manual de preparao para batismo e instruo na f da comunidade crist. Ele contm princpios e ordenanas simples para moral crist, falsos lderes, heresias, orientaes litrgicas e de ordem eclesistica. Quanto liderana da igreja local ele prescreve aos seus leitores que escolham para vocs bispos e diconos dignos do Senhor. Eles devem ser homens mansos, desprendidos do dinheiro, verazes e provados, porque eles tambm exercem para vocs o ministrio dos profetas e dos mestres. No instrudo a ordenao de mulheres na liderana das igrejas locais, mas preceito que sejam homens.A carta de Clemente de Roma aos Corntios (95-96 d.C.)

Esta uma longa carta, escrita com vrias menes aos escritos do apstolo Paulo, reforada com admoestaes morais e com o objetivo de restabelecer a paz e a concrdia na comunidade crist de Corinto. Alm da rebeldia caracterstica dos membros da comunidade, parece que a igreja de Corinto possua uma liderana masculina fraca, pelo fato de anos antes Paulo indagar se no h, porventura, nem ao menos um sbio entre vs, que possa julgar no meio da irmandade? (1 Co 6:5, ARA).

repreendendo a igreja de Corinto a submeter-se aos seus lderes que Clemente de Roma orienta acerca da disciplina comunitria. Nas referncias aos lderes da igreja, Clemente no menciona mulheres. Por exemplo, quando interpreta alegoricamente, o texto de Is 60:17, como uma predio da existncia de bispos [supervisores] e diconos na Igreja da nova Aliana, ele escreve que os apstolos

pregavam pelos campos e cidades, e a produziam suas primcias, provando-as pelo Esprito, a fim de instituir com elas bispos e diconos dos futuros fiis. Isso no era algo novo: desde h muito tempo, a Escritura falava dos bispos e dos diconos. Com efeito, em algum lugar est escrito: estabelecerei seus bispos na justia e seus diconos na f.

Em toda a sua carta Clemente no cogita da existncia, nem da possibilidade de se ter uma liderana feminina ordenada naquela regio.

As cartas de Incio de Antioquia (110 d.C.)

As comunidades crists que receberam as cartas de Incio estavam sendo exortadas a manterem-se na unidade do ensino cristo. Todas as cartas possuem um esquema comum: 1) uma saudao inicial; 2) elogio das qualidades da igreja local; 3) recomendaes contra as heresias; 4) a necessidade de manter-se na unidade sob a liderana crist ordenada; 5) uma saudao final, acompanhado com pedidos de orao.Em suas cartas, quando Incio fala do bispo, ele o difere dos demais presbteros. Todavia, possvel que esteja usando o termo bispo como aquele que preside dentre os demais presbteros, e no sugerindo uma estrutura episcopal de governo na igreja. O dicono no menos importante na exortao de Incio. Mas, para o nosso objetivo deve se notar que quando h a meno de nomes dos lderes no corpo das cartas, no aparecem mulheres. Segue algumas citaes das cartas de Incio quanto liderana das igrejas.1. Carta aos Efsios preciso glorificar de todos os modos a Jesus Cristo, que vos glorificou, a fim de que, reunidos na mesma obedincia, submetidos ao bispo e ao presbtero, sejais santificados em todas as coisas.

2. Carta aos MagnsiosTive a honra de vos ver na pessoa de Damas, vosso bispo digno de Deus, e na pessoa de vossos dignos presbteros Basso e Apolnio, como tambm do dicono Zotion, meu companheiro de servio, de cuja presena espero sempre usufruir.

...estejais dispostos a fazer todas as coisas na concrdia de Deus, sob a presidncia do bispo, que ocupa o lugar de Deus, dos presbteros, que representam o colgio dos apstolos, e dos diconos, que so muitos caros para mim, aos quais foi confiado o servio de Jesus Cristo, que antes dos sculos estava junto do Pai e por fim se manifestou.

Assim, como o Senhor nada fez, nem por si mesmo nem por meio de seus apstolos, sem o Pai, com o qual ele um, tambm vs no faais nada sem o bispo e os presbteros.

3. Carta aos Tralianos

Da mesma forma, todos respeitem os diconos como a Jesus Cristo, e tambm ao bispo, que imagem do Pai, e os presbteros como assemblia dos apstolos.4. Carta aos Filadelfienses...sobretudo, se os seus fiis permanecerem unidos com o bispo, com os presbteros e os diconos que esto com ele, estabelecidos conforme o pensamento de Jesus Cristo....

Permanecei unidos ao bispo, ao presbitrio e aos diconos (...). No faais nada sem o bispo, guardai vosso corpo como templo de Deus, amai a unio, fugi das divises, sede imitadores de Jesus Cristo, como ele tambm o do seu Pai.

5. Carta aos Esmirniotas

Segui o bispo, como Jesus Cristo segue ao Pai, e ao presbitrio como aos apstolos; respeitai os diconos como lei de Deus.

6. Carta a PolicarpoAtendei ao bispo, para que Deus vos atenda. Ofereo minha vida para os que submetem ao bispo, aos presbteros e aos diconos.

A carta de Plnio o jovem a Trajano (113 d.C.)

A carta de Plnio o jovem ao imperador romano Trajano tornou alvo de citao dos exegetas, telogos e historiadores por causa da sua meno a duas mulheres que foram presas por causa da f crist. Segundo alguns estudiosos esta carta seria uma evidncia documental de que existiram diaconisas na Igreja Crist no perodo do sculo II.Gaius Plinius Caecilius Secundus, conhecido como Plnio o jovem, foi governador da Bitnia, no era cristo, mas adquiriu fama pelos julgamentos imparciais de funcionrios e militares, e outros acusados de delitos polticos. Nesta carta ele explica como examinava o testemunho dos cristos nos interrogatrios. Ao relatar ao imperador romano Trajano sobre duas mulheres, escreve que julguei ser mais importante descobrir o que havia de verdade nessas declaraes atravs da tortura a duas moas, chamadas diaconisas, mas nada achei seno superstio baixa e extravagante.

A traduo adotada por Bettenson no exata com o original latino que declara: ex duabus ancillis quae ministrae dicebantur (de duas escravas a quem chamam de servas). Ele adota uma traduo equvoca para a expresso latina duabus ancillis (duas escravas) preferindo verter por duas moas, o que no se justifica, pois, o termo no se refere idade das mulheres, mas ao seu status social.Mesmo insinuando a possibilidade de que estas duas mulheres fossem diaconisas, Bettenson esclarece que neste caso, aqui temos a ltima meno s diaconisas at o quarto sculo, momento em que elas reconquistaram certa importncia no Oriente. O que podemos concluir que estas mulheres exerciam alguma atividade especial na igreja, mas, no temos nenhuma informao especfica na carta de Plnio de que funo era. necessrio lembrar que Plnio menciona estas duas mulheres, a partir de informaes que lhe foram passadas, pois conforme ele mesmo declara neste relatrio nunca presenciei nenhum julgamento de cristos. O seu testemunho de algum que no conhecia a f e organizao crist de fonte autorizada, e o seu relato apenas circunstancial, e no uma descrio de um exame pessoal de fontes fidedignas.A carta de Policarpo aos Filipenses (115 d.C.)

Ele exorta aos jovens que preciso que eles se abstenham de todas essas coisas [pecaminosas], e estejam submissos aos presbteros e aos diconos, como a Deus e a Cristo. Os diconos so colocados em merecida honra ao lado dos presbteros.

Policarpo no indica mulheres no exerccio de nenhum destes ofcios. Entretanto, ele anteriormente menciona as vivas, que como o apstolo Paulo, requer que sejam dedicadas no servio da Igreja. Ele prescreve que estas vivas deveriam viver como sbias na f do Senhor e intercedam sem cessar por todos. Fiquem afastadas de toda calnia, maledicncia, falso testemunho, amor ao dinheiro, e qualquer mal. A instruo de Paulo no tencionava coloca-las numa posio de liderana, mas numa ocupao til para que no ficassem ociosas, enquanto eram amparadas pelo cuidado de toda a igreja. Parece que Policarpo segue a mesma tradio.A apologia de Justino de Roma (150 d.C.)

Justino escreve uma apologia ao imperador Tito lio Adriano Antonino Pio Csar Augusto, em favor dos cristos que estavam sendo perseguidos injustamente. Em sua argumentao, ele descreve a liturgia das reunies crists em seus dias, ele menciona que os que entre ns se chamam ministros ou diconos do a cada um dos presentes parte do po, do vinho e da gua sobre os quais se pronunciou a ao de graas e os levam aos ausentes. Em outro lugar ele repete vem depois a distribuio e participao feita a cada um dos alimentos consagrados pela ao de graas e seu envio aos ausentes pelos diconos.ciou a a os quais se pronuarte do pcristente

A carta de Zeferino aos bispos da Siclia (201 d.C.)

Zeferino, bispo de Roma, instrui os bispos da Siclia que quanto ordenao de presbteros e levitas, seja solenemente realizada numa ocasio adequado, e na presena de muitas testemunhas; e, neste dever investigue e instrua homens, que possam se alegrar intensamente pela sua comunho e auxlio. Zeferino usa o termo levitas como sinnimo para diconos, e de forma explcita declara que estes lderes deveriam ser homens, no mencionando a participao de mulheres na liderana da igreja.O conclio de Neocesaria (315 d.C.)O conclio reuniu-se em Neocesaria, uma cidade do Ponto, este foi o primeiro Conclio Ecumnico de Nicia. Adotou os 15 cnons para o estabelecimento da organizao e ordenao eclesistica. O cnon XV deste conclio era que os diconos devem ser em nmero de sete, de acordo com o cnon, se a cidade for grande. Acerca disto podereis ser persuadidos como est no Livro de Atos. No somente o nmero sete, mas que deveriam ser sete homens escolhidos para o diaconato na igreja local.O conclio Niceno (325 d.C.)

O ensino dos Apstolos (250-300 d.C.)

A Constituio dos Santos Apstolos (381 d.C.)

Este documento regulamenta o ofcio de diaconisa.O historiador batista A.H. Newman, que favorvel ordenao feminina, observa sem fundamentada evidncia que aparentemente reconhecidas no Novo Testamento, [as diaconisas] reaparecem nas igrejas neste perodo [sculo IV]. As suas funes eram orar, e ministrar aos religiosos e necessidades circunstanciais das mulheres. Elas eram rigorosamente excludas do servio do altar. necessrio fazer algumas observaes nesta declarao de Newman. O fato das vivas serem rigorosamente excludas do servio do altar, indica que elas eram assistentes nas necessidades da igreja, e no lderes. O historiador interpreta que as diaconisas reaparecem nas igrejas neste perodo. Todavia, no h evidncia histrica que explique esta lacuna de ausncia na ordenao de diaconisas entre o primeiro e o incio do quarto sculo.Quando observamos o reaparecimento das diaconisas do sculo IV podemos concluir que a sua origem vem da ordem das vivas que Paulo menciona em 1 Tm 5:9-12. Como muitas prticas se corromperam e cristalizaram com o decorrer dos sculos, possvel que o mesmo tenha ocorrido com as verdadeiras vivas. A liderana assumiu uma hierarquia no governo da Igreja e nas funes litrgicas. O surgimento de bispos, aclitos, diaconisas, subdiconos, leitores e confessores evidenciam a criao de ofcios e funes estranhos liderana existente no Novo Testamento. mais provvel que o ofcio de diaconisas nunca existiu entre a liderana da Igreja primitiva vindo a estabelecer-se apenas no incio do quarto sculo.

O conclio de Calcednia (451 d.C.)

Pesando o legado dos Pais da IgrejaA opinio dos reformadoressermo de Calvino sobre 1 Corntios 11"Agora, ele oferece outro argumento: que 'o homem no foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem.' [v.9] Quando ns brincamos com o orgulho de algum ns dizemos: 'Ele pensa que o mundo foi feito para o seu desfrute;e o que faz dele maior do que todos; e o que ns lhe devemos? Ns falamos assim em nossa conversao cotidiana. Considere ainda agora, se as mulheres no perdem o juzo e a razo quando elas querem governar sobre os homens. Em uma palavra, loucura. Sendo assim, os homens so feitos para as mulheres? verdade que hoje os homens so como que canais atravs dos quais Deus faz com que sua graa flua para as mulheres. Sendo assim, de onde toda a produo e todas as artes e cincias provm? De onde o trabalho vem? De onde todas as coisas mais excelentes e mais estimadas vm? Tenha por certo, isso tudo vem do lado do homem. Assim Deus est satisfeito de que os homens supram as mulheres como a experincia o mostra. O apstolo Paulo ainda tem um olho aqui no incio da criao, onde foi dito de que no era bom para o homem que estivesse s, e de que ele precisava de algum perto que estivesse sempre pronto para ajud-lo. Desde que Deus estava pensando no homem, certamente se segue que a mulher apenas uma ajudadora [accessory]. E por qu? Porque ela foi criada somente por causa do homem, e ela deve, portanto, dirigir toda a sua vida a ele. Ela deve confessar: Eu no deveria estar sem orientao aqui, sem saber o meu propsito e lugar. Em vez disso, eu sou obrigada por Deus, se eu estiver casada, a servir ao meu marido e render a ele honra e reverncia. E, se eu no estiver casada, eu estou obrigada a andar em sobriedade e modstia, reconhecendo que os homens esto em alta conta, e de que eles devem governar e que a mulher que no se preocupar com isto esquece a lei da natureza e perverte o que deveria ser observado como mandamento de Deus. Isto , ento, o lugar ao qual o apstolo Paulo traz de volta as mulheres. (Men, Women, and Order in the Church: Three Sermons by John Calvin. Dallas: Presbyterian Heritage Publications, 1992, p. 35.)H dois anos John Knox perguntou-me, numa conversa particular, o que eu pensava acerca do governo por parte de mulheres. Candidamente respondi que, como fosse um desvio da ordem original e prpria da natureza, essa prtica deveria ser includa na lista de punies no menos do que a escravido -, consequentemente da queda do homem; porm que ocasionalmente, havia mulheres to dotadas, que as singulares e boas qualidades que nelas se destacam, tornavam evidente o fato de que elas foram levantadas por autoridade divina; ou que Deus, por tais exemplos, tenha determinado condenar a inatividade dos homens, ou para melhor revelao de sua glria". (Calvino e sua Influncia no Mundo Ocidental, p. 237)

"Se porventura algum desafiar esta disposio, citando o caso de Dbora e de outras mulheres sobre quem lemos que Deus, em determinado tempo, as designou para governar o povo, a resposta bvia que os atos extraordinrios de Deus no anulam as regras ordinrias, s quais ele quer que nos sujeitemos. (Calvino, As Pastorais, So Paulo, Paracletos, 1998, (1Tm 2.11,12), pp. 73,74).

Minha resposta que no h absurdo algum no fato de um homem mandar e ser mandado ao mesmo tempo em relaes distintas. Mas isso no se aplica no caso das mulheres que, por natureza (isto , pela lei ordinria de Deus), nascem para a obedincia, porquanto todos os homens sbios sempre rejeitaram [gunaikokratia], a saber, o governo feminino, como sendo uma desnatural monstruosidade. E assim, para uma mulher usurpar o direito de ensinar seria o mesmo que confundir a terra e o cu. por isso que ele lhes ordena a permanecerem dentro dos limites de sua condio feminina. (Calvino, As Pastorais, So Paulo, Paracletos, 1998, (1Tm 2.11,12), pp. 73,74).

"Considere ainda agora, se as mulheres no perdem o juzo e a razo quando elas querem governar sobre os homens. Em uma palavra, loucura. Sendo assim, os homens so feitos para as mulheres? verdade que hoje os homens so como que canais atravs dos quais Deus faz com que sua graa flua para as mulheres. Sendo assim, de onde toda a produo e todas as artes e cincias provm? De onde o trabalho vem? De onde todas as coisas mais excelentes e mais estimadas vm? Tenha por certo, isso tudo vem do lado do homem. Assim Deus est satisfeito de que os homens supram as mulheres como a experincia o mostra. (Men, Women, and Order in the Church: Three Sermons by John Calvin. Dallas: Presbyterian Heritage Publications, 1992, p. 35.)A posio dos Puritanos

Apesar de Elizabeth no concordar com a doutrina calvinista, por causa do contexto poltico em que viveu, teve que aceit-la.O seu reinado dependeu de homens como o conselheiro William Cecil, do auxlio de holandeses, huguenotes e dos escoceses calvinistas, embora odiasse o lder da Reforma escocesa, John Knox. O pai do presbiterianismo escocs escreveu um livro chamado The First Trumpet Blast Against the Monstrous Regiment of Women fazendo uma meno da sua opinio a respeito do reinado de Elizabeth e Mary Stuart. O professor A.F. Mitchell declarou que o que Froude disse de Knox tambm pode ser expresso no mesmo sentido dos seus irmos puritanos na Inglaterra: que eles salvaram o trono de Elizabeth e garantiram o triunfo do Protestantismo ingls, apesar dela e de todos os seus caprichos e crueldades contra eles.

O movimento feministaAs razes do movimento se encontram entre mulheres crists! Ao contrrio do que muitos pensam no foi o secularismo que fomentou o surgimento do movimento feminista, mas as mulheres crists. Em 1837, Sarah Grimk declarou que acredito que o dever solene de toda mulher examinar as Escrituras por conta prpria, com a ajuda do Esprito Santo, e no ser governada pelas opinies de homens ou grupos de homens. A segunda parte de sua afirmao desencadeou uma mentalidade igualitarista, que mais tarde resultaria em oposio liderana masculina.Durante os dois grandes Despertamentos que ocorreram nos Estados Unidos da Amrica ocorreu a feminizao do Cristianismo.

Numa crtica ao movimento feminista, B.B. Warfield analisa um dos seus pressupostos e, declara que

talvez, devesse acrescentar um esclarecimento do ltimo ponto para que se faa a diferena entre Paulo e o movimento feminista de hoje [1919], que est arraigado numa diferena fundamental em suas perspectivas em relao constituio da raa humana. Para Paulo, a raa humana composta de famlias, e todos os diversos organismos inclusive a igreja esto compostos de famlias, unidos por este, ou outro vnculo. Portanto, a relao dos sexos na famlia continua na igreja. Para o movimento feminista a raa humana composta de indivduos; uma mulher simplesmente outro individuo comparado ao homem, e no podemos considerar nenhum motivo para que existam diferenas ao tratar os dois. Se no podemos ignorar a grande diferena fundamental e natural dos sexos, e destruir a grande unidade social fundamental da famlia a favor do individualismo, parece no existir razo para que devamos eliminar as diferenas estabelecidas por Paulo entre os sexos na igreja; exceto, se supor-se, a autoridade de Paulo. Em tudo isto, finalmente, retornamos a autoridade dos apstolos, como os fundadores da igreja.

O movimento ecumnico e a ordenao feminina

A posio do Conselho Mundial de Igrejas

O Conselho Mundial de Igrejas (World Concil Churches [WCC]) a principal organizao ecumnica crist em nvel internacional, fundada em 1948, em Amsterdam, Holanda. Com sede em Genebra, Sua, o CMI congrega mais de 340 denominaes em sua membresia. Segundo as suas estimativas, estas denominaes representam mais de 400 milhes de membros presentes em mais de 120 pases.Esta organizao tem incentivado as igrejas-membros do conclio para que ordenem mulheres nos ofcios eclesisticos. Em seu documento intitulado de F e Constituio - Batismo, Eucaristia, Ministrio declara quealgumas Igrejas ordenam homens e mulheres, outras no ordenam seno homens. Diferenas nessa questo criam obstculos no que respeita ao reconhecimento mtuo dos ministrios. Mas estes obstculos no devem ser considerados como impedimentos decisivos a outros esforos que tenham em vista o mtuo reconhecimento. A abertura recproca comporta a possibilidade de o Esprito falar a uma Igreja atravs dos esclarecimentos de uma outra. As consideraes ecumnicas deveriam, pois, animar e no refrear o esforo para encarar de frente este problema.

A orientao da Aliana Mundial das Igrejas Reformadas

A Aliana Mundial das Igrejas Reformadas foi criada em 1970 (World Alliance of Reformed Churches [WARC]) uma comunidade de aproximadamente 75 milhes de cristos de tradio reformada procedentes de 216 igrejas em 107 pases. Este conclio tem trabalhado para que as igrejas-membros ordenem mulheres, adotando uma postura teologicamente igualitarista. Num discurso orientado pela Teologia da Feminista, o seu site declara explicitamente quea funo do Departamento [de colaborao entre mulheres e homens] ajudar as igrejas membros a escutarem de novo o testemunho bblico sobre a comunidade (kononia) e a colaborao, erradicar o sexismo na teologia e a prxis e promover a sensibilizao em matria de gnero, reconhecer os dons e talentos das mulheres para o ministrio e as funes da direo, e trabalhar pela renovao e a transformao da igreja e da sociedade enquanto lutamos para suprimir os obstculos que continuam dividindo as mulheres dos homens.

A Igreja Presbiteriana do Brasil at 2006 participou como igreja-membro da AMIR. Entretanto, a IPB rompeu laos com a AMIR por esta adotar uma hermenutica, teologia e prtica ecumnica pluralista estranha Escritura Sagrada. A tradio reformada da AMIR esvaziou-se de sua convico histrica reformada. A AMIR e o CMI compartilham da mesma aceitao de pluralidade teolgica. Qualquer interpretao, postura, ou prtica que no coadune com os cnones da ps-modernidade teolgica destas confraternidades rejeitada como intolerante e no fraterna. Todavia, no podemos em nome do amor sacrificar a verdade.Uma nova conscincia no sculo XX

Mark A. Noll fala de uma nova conscincia histrica que demonstra estender-se alm das questes de gnero. Ele menciona trs exemplos que ilustram esta conscincia. Primeiro, est o surgimento de uma nova literatura histrico que descreve a importncia do engajamento de mulheres na obra missionrio.Deve-se perguntar se a participao das mulheres, e agora, a conscincia histrica de sua contribuio lhes motivo para oferecer-lhes a ordenao?Preparando-se para o sculo XXI

Na metade do sculo XX as igrejas histricas comearam a ordenar mulheres.Os luteranos na Sucia iniciaram a prtica em 1958, e os alemes tambm seguiram o exemplo. A Igreja Reformada e a Igreja da Esccia [presbiteriana] ordenaram a partir da dcada de 60. Recentemente aderiram ordenao feminina os batistas e os metodistas na Gr-Bretanha e Austrlia. A Igreja Anglicana do Canad, na dcada de 1970, e a Episcopal da Amrica em 1991, nomearam mulheres como episcopisas.

No Brasil, as igrejas histricas como a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil 1985, os metodistas (IMB), os luteranos confessionais (IECLB), os presbiterianos independentes (IPIB) nas ltimas trs dcadas passaram a ordenar mulheres no ministrio diaconato e mais recentemente presbteras e pastoras. A ordem de pastores batistas da Igreja Batista (CBB) decidiu em Janeiro de 2014 pela ordenao de pastoras.2. Um exame exegtico da ordenao feminina

A autoridade final da Igreja a Escritura. Logo, necessrio que se submeta Escritura, e dela se extraia o ensino de como a Palavra de Deus prescreve aqueles que devero participar no exerccio dos ofcios da Igreja de Cristo. Entretanto, no podemos pensar que todos lero a Escritura sem preconceitos teolgicos, e que chegaro s mesmas concluses. Existem diferentes perspectivas hermenuticas, mas ser analisada apenas aquela que est comprometida com uma interpretao em favor da ordenao de mulheres nos ofcios da Igreja.A hermenutica feministaO primeiro obstculo do caminho praticamente impossvel a tentativa de se realizar uma anlise abrangente da Teologia Feminista. Algumas questes geram expressivas dificuldades para se avaliar o movimento sem cometer injustias. Eis algumas dificuldades: 1. Cada teloga expe a sua prpria verso desta teologia.No s divergncias de contexto denominacional, mas de perspectiva teolgica. Cada escritora tem o seu compromisso teolgico orientado pelo seu contexto social e experincia de opresso.2. A articulista Helen Schngel-Straumann nota que nem todas as telogas feministas adotam a mesma perspectiva em relao interpretao da Bblia. Ela declara que em relao Bblia

Carolyn Osiek (em Collins 93s) distingue cinco atitudes: 1. A de uma rejeio total da Bblia, de que exemplo a obra de Mary Daly. 2. A de uma interpretao leal, que v a Bblia como revelao/palavra de Deus e que no admite dvida a este respeito. Uma 3 abordagem a que ela denomina de revisionista. Nela criticado unicamente o enfoque androcntrico, voltando a ser prestigiadas as tradies feministas esquecidas. Como exemplo desta linha a autora menciona Phyllis Trible. A 4 abordagem descrita como sublimacionista, onde os preconceitos ideolgicos (como o de que o feminino seria superior ao masculino) desempenham um papel importante e onde predominam as interpretaes simblicas-isoladas de que qualquer contexto poltico-social. Como 5 abordagem, que ela v como a mais importante em nossos dias, Osiek descreve a interpretao da Bblia segundo a teologia feminista da libertao, a que associa os nomes de Rosemary Radford, Letty M. Russell e Elisabeth Schssler Fiorenza. No espao lingstico alemo no se pode deixar de mencionar aqui Luise Schottroff.

Edificando sobre a areia movedia

A abordagem exegtica no-conservadora mais comum e militante em favor da ordenao feminina a da Teologia Feminista. Ela um ramo dentro da conhecida Teologia da Libertao, entretanto, em vez de ser usada para uma interpretao em favor dos pobres, a aplicao dos princpios da libertao quanto mulher, como desfavorecida num ambiente predominantemente de domnio masculino. A interpretao feminista das Escrituras tem o seu ponto de partida num dos seus pressupostos bsicos: a teologia deve fundamentar-se sobre a anlise da realidade sociopoltica da mulher. Ela no comea com o texto da Escritura, mas com o contexto social da mulher, como sendo oprimida numa sociedade, pressupostamente machista. Rosemary R. Ruether delineia as bases da hermenutica feministaquando falamos da experincia das mulheres como uma chave hermenutica (ou teoria da interpretao), estamos nos referindo exatamente quela experincia que ocorre, quando as mulheres criticamente se tornam conscientes das experincias falsificantes e alienantes impostas a elas, como mulheres, atravs de uma cultura dominada por homens. A experincia das mulheres , desta forma, em si um evento da graa, uma introduo do poder libertador que procede do que est alm do contexto cultural patriarcal, que as permite criticar e resistir a essas interpretaes androcntricas sobre quem e o que elas so.

A adoo do pressuposto subjetivo da opresso essencial na interpretao das Escrituras. A teologia feminista se prope denunciar todos os textos e tradies que perpetuam as estruturas e ideologias patriarcais consideradas opressivas. Loren Wilkinson observa que a teloga feminista Elizabeth Schssller Fiorenza, por exemplo, em Bread, Not Stones, argumenta que as mulheres devem tomar como ponto de partida a definio da sua situao de opresso, e depois abrir a sua Bblia, a fim de descobrir o meio de alcanar a libertao.

Alm da opresso, outro pressuposto da Teologia Feminista que a experincia feminina possui determina o resultado e a ao teolgica. Christine Schaumberger observa que

o que novo e especificamente feminista no , pois, o realce sobre a categoria teolgica da experincia, mas sim o concentrar-se no perceber e no refletir as experincias femininas. Experincias femininas o ponto de partida da teologia feminista, e a medida para a crtica, o engajamento e o compromisso, para a criatividade re-visionria.

Entretanto, Schaumberger no define o que ela quer dizer teologicamente com experincia (do alemo erfahrung) dificultando a anlise da sua tese. Na nova hermenutica a interpretao e sistematizao do ensino no algo extrado das Escrituras, mas da experincia subjetiva do intrprete que impe sobre o texto sagrado a sua opinio. Robert H. Stein conclui que em razo disso, h leituras ou interpretaes marxistas, feministas, liberais, igualitrias, evanglicas ou arminianas do mesmo texto. Ou seja, para esta corrente os vrios significados legtimos podem ser extrados mediante a concepo de cada intrprete.A premissa de Schaumberger despreza que o fator determinante do significado do texto o seu autor. Augustus Nicodemus observa que as hermenuticas feministas so uma variedade de reader response, baseados nos conceitos de Gadamer. Discordando dela, e unindo aos intrpretes que adotam o mtodo gramtico-histrico, afirmo que a passagem significa aquilo que o autor original, com consciente inteno, quis dizer ao redigir o texto. A formulao no depende da experincia de gnero do intrprete, mas da precisa exegese do texto em sua estrutura gramatical, o seu contexto histrico e sistematizao das informaes extradas a partir das Escrituras. Em outras, precisamos perguntar: o que o texto quer dizer, e no, o que o leitor quer que ele diga!Este subjetivismo uma caracterstica das novas hermenuticas que surgiram no sculo XX. Moiss Silva observa que se h algo diferente na hermenutica contempornea justamente a nfase que ela d subjetividade e relatividade da interpretao.A hermenutica feminista no uma exceo entre as novas hermenuticas que surgiram neste perodo.Colocando as armas sobre a mesa

Ao iniciar o nosso tratamento do assunto precisamos identificar alguns pressupostos. Se a Escritura deve ser usada como referncia de autoridade para se decidir alguma questo, ento, a autoridade da Escritura deve ser aceita integralmente, e no apenas onde for conveniente. O que a Escritura diz, Deus diz, porque ela a Palavra de Deus. A inspirao e a doutrina da inerrncia das Escrituras Sagradas so aceitos numa perspectiva conservadora.

A exegese dos textos bblicos adota uma perspectiva em que a Escritura a revelada Palavra de Deus, e nica fonte de autoridade para a f e prtica. O texto significa aquilo que o seu autor teve a inteno de comunicar proposicionalmente. A historicidade das narrativas bblicas. O mtodo hermenutico adotado nesta obra o gramtico-histrico.

Uma avaliao da proposta igualitarista

No se pode desprezar os telogos igualitarista rotulando-os como teologicamente liberais, neo-ortodoxos ou feministas. Existem muitos estudiosos que so favorveis ordenao feminina, e que so cristos fiis autoridade da Escritura, mantendo-se nas fileiras do protestantismo histrico conservador. Por exemplo, o livro organizado por Bonnidell Clouse e Robert G. Clouse com o ttulo de MULHERES NO MINISTRIO Quatro opinies sobre o papel da mulher na igreja, publicado pela Editora Mundo Cristo, tem a participao de dois autores que defendem a participao da mulher no ministrio ordenado da igreja, sendo eles renomados autores evanglicos de orientao conservadora.Adotando uma hermenutica complementaristaMas qual a relao que Deus estabeleceu para o homem e a mulher? Podemos resumir didaticamente esta relao em quatro proposies:

1. Homens e mulheres so iguais em valor diante de Deus.

2. Homens e mulheres tm diferentes papis no lar, na igreja e na sociedade.

3. Homens e mulheres tm funes complementares.

4. Homens em tudo tm a primazia de autoridade.

Mulheres exercendo autoridade no Antigo Testamento

...A ausncia de mulheres em At 6:1-6

Era prescritivo que fossem somente homens?

Se a necessidade era das vivas no seria mais conveniente que fossem escolhidas mulheres para que dessem assistncia a estas mulheres?

O servio de Febe em Rm 16:1-2Este um texto que alguns comentaristas sugerem que uma mulher tenha sido uma diaconisa na comunidade crist do sculo I. A recomendao que Paulo faz de Febe tem gerado controvrsia na interpretao que espcie de funo que ela exercia na igreja de Cencria. Por que motivo apresent-la igreja de Roma? John Murray observa que ela era uma mulher que realizara eminentes servios igreja, e a recomendao tinha de ser proporcional ao seu carter e devoo.

Mas ela era uma oficial?No h motivo para que se chegue a concluso de que Febe ocupasse um ofcio de diaconato. Por exemplo, F. Godet em sua argumentao baseia-se em algumas premissas no provadas:

1. O fato dos primeiros sete diconos serem todos eles homens, no significa que isto era uma prescrio impedindo que mulheres tambm exercessem o ofcio.2. As vivas mencionadas em 1 Tm 5:3ss inevitavelmente eram oficiais eclesisticos, e que Febe seria participante deste grupo.3. A meno s servas na carta de Plnio como evidncia de que no sculo II existiam diaconisas.Pondo provaKenneth S. Wuest sugere que o termo grego diakonos uma palavra que poderia ser usada tanto para o gnero masculino como feminino.Mas, a questo central neste texto se o substantivo deveria ser traduzido como diaconisa, ou poderia se optar por serva?Ou seja, o seu uso em Rm 16:1 tcnico, referindo-se a um oficial feminino na comunidade crist do sculo I, ou Paulo est usando o substantivo apenas para mencionar o compromisso que Febe tinha de servir na sua igreja de origem?O substantivo grego usado por Paulo como um termo tcnico que descreve um ofcio? Neste texto isto no pode ser provado. Um pouco antes ele declara pois eu lhes digo que Cristo se tornou servo [diakonon] dos que so da circunciso, por amor verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos patriarcas (Rm 15:8, NVI). No podemos ignorar que o termo diakonon usado para descrever parte da obra de Cristo, sem atribuir-lhe um ofcio que somente seria institudo aps Pentecostes.

William Hendriksen sugere que o servio de Febe seria a hospitalidade na cidade de Cencria.Como h um jogo de palavras do apstolo Paulo nos versos 1 e 2, a ideia seria de que pelo fato dela ter se dedicado ser uma zelosa hospedeira em sua casa, agora os cristos romanos deveriam recebe-la com o mesmo cuidado.A igualdade espiritual em Gl 3:28

D.A. Carson, A exegese e suas falcias, p. 90-91As profetisas de Corinto exerciam liderana 1 Corntios 11:2-16??Thomas R. Schnreiner afirma que mesmo quando uma mulher ao dirigir a um homem, enquanto profetiza, ela no tem a mesma autoridade que um homem. Ele levanta o questionamento

qual a preocupao de Paulo em 1 Corntios 11:2-16? Sua preocupao que as mulheres que profetizam o faam com o adorno apropriado. Por que ele est preocupado a respeito de como se adornam? O adorno apropriado mostra que uma mulher submissa liderana masculina at mesmo enquanto profetiza. O seu adorno indica se o homem ou no o cabea, ou seja, a autoridade.

O silncio das mulheres em 1 Co 14:33-35

D.A. Carson, A exegese e suas falcias, p. 36-38O textoonde Paulo exige o silncio das mulheres na igreja de Corinto envolve o contexto que explica e regula o uso do dom de profecia no culto.

Mas o que as mulheres da igreja de Corinto no poderiam falar? Augustus Nicodemus Lopes sugere a seguinte interpretao

Paulo tem em mente um tipo de fala pelas mulheres nas igrejas que implique em uma posio de autoridade eclesistica sobre os homens crentes. Elas podiam falar nos cultos, mas no de forma a parecer insubmissas, cf. v.34b. No contexto imediato Paulo fala do julgamento dos profetas no culto (v. 29), o que envolveria certamente questionamentos, e mesmo a correo dos profetas por parte da igreja reunida. Paulo est possivelmente proibindo que as mulheres questionem ou ensinem os profetas (certamente haveria homens entre eles) em pblico. Se elas tivessem dvidas quanto ao que foi dito por um ou mais profetas, as casadas entre elas deveriam esclarec-las em casa, com os maridos (se crentes, naturalmente), cf. vs.35.

Paulo estava realmente ordenando um silncio absoluto para as irms da igreja de Corinto? Elas deveriam entrar caladas e sarem mudas da participao do culto? Deveriam compor um auditrio passivo e silencioso? Em que sentido elas poderiam participar do culto?

O preceito do silncio era exclusivo as mulheres casadas, ou a todas as mulheres? A opinio de James Dunn que a severa instruo, provavelmente, no era dirigida a todas as mulheres, mas s esposas. Em outras palavras, o homem seria autoridade somente sobre a sua mulher, e no sobre todas as mulheres. Esta concluso de Dunn contextualmente infundada, pois, Paulo no est simplesmente fazendo prescries acerca da vida no lar, mas estipulando princpios litrgicos e do governo para a Igreja de Deus.

O preceito do silncio era apenas circunstancial, ou para todas as pocas? Poderamos fazer a mesma pergunta da seguinte forma, o mandamento do silncio era somente para a igreja de Corinto, ou para todas as igrejas? Deve ser discutido sobre a pontuao do verso 33 diz como em todas as igrejas dos santos. O mandamento do apstolo no era situacional. A afirmao de conformidade com a lei (14:34b) aponta para um preceito que havia sido padronizado para o correto relacionamento entre o homem e a mulher. A palavra lei aqui usada por Paulo no signifique todo o ensino do Antigo Testamento. Mas, provvel que ele estivesse pensando, por causa do contexto, [especificamente na ordenana do governo do homem sobre a mulher. Em 1 Co 11:3 Paulo declara que quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabea de todo homem, e o homem, o cabea da mulher, e Deus, o cabea de Cristo. Fazendo eco a ratificao que Deus fez para Ado e Eva aps a Queda, quando disse o teu desejo ser para o teu marido, e ele te governar (Gn 3:16b). A unidade da Igreja no permitia que a igreja de Corinto se rebelasse contra uma prtica estabelecida (14:33b). A igreja de Corinto no poderia se insurgir contra a autoridade apostlica de Paulo (14:36-38). Augustus Nicodemus Lopes observa que Paulo est estabelecendo um princpio permanente para as igrejas, e no apenas fazendo jurisprudncia teolgica local.

No conceito Paulino homem e mulher recebem privilgios em igualdade, mas continuam exercendo diferentes funes. Herman Ridderbos comenta que a comunho com Cristo no anula a distino natural entre a mulher e o homem, nem termina com a posio de liderana do homem no que diz respeito a mulher.

A mesma exigncia das mulheres em 1 Tm 3:11

Esta passagem tem recebido trs interpretaes.

1. Elas eram as esposas dos diconos

Joo Calvino comentando esta passagem declara que sua referncia aqui s esposas tanto dos bispos quanto dos diconos, pois elas devem ser auxiliadoras de seus esposos no desempenho de seus ofcios, coisa que s podem fazem se o seu comportamento for superior ao das demais esposas.

Porque no mencionar as esposas dos presbteros?2. Elas eram as diaconisas

Alguns comentaristas aceitam que esta passagem se refira s diaconisas. Representando esta opinio J.N.D. Kelly argumenta que

o advrbio semelhantemente (da mesma sorte), repetido do v. 8, nos leva a esperar uma nova categoria de oficiais, assim como a lista de qualidades paralelas, embora no sejam idnticas, tambm nos leva a esperar. Por estas razes, provvel que a traduo diaconisas seja correta. A ausncia do artigo, se influi, um ponto ao seu favor. Mulheres est sendo usado quase adjetivamente diconos que so mulheres, diconos mulheres.

A exegese de Kelly pressupe que Paulo est se referindo s diaconisas, e a sua interpretao se estabelece como sendo inevitvel. A sua argumentao se limita a refutar a interpretao de que o texto se refira s esposas dos diconos. muito provvel que de fato, o apstolo no esteja se referindo apenas s esposas dos diconos, pois ele poderia deixar de incluir as esposas dos presbteros. Mas, assumir que o substantivo mulheres est exercendo uma funo adjetiva neste contexto, introduzir no texto um pressuposto gramatical que o autor no expressou.

O erro no considerar a opo de que Paulo pudesse estar se referindo no a uma nova categoria de oficiais, mas a uma classe de mulheres [verdadeiramente vivas, 1 Tm 5:9] que auxiliavamos oficiais, e tinham uma influncia sobre as solteiras e jovens esposas. Estas vivas eram designadas pela liderana da igreja para aconselh-las, e por isto necessitariam de ter um padro de vida exemplar (respeitveis, no maldizentes, temperantes e fiis em tudo) dentro da comunidade crist.3. Elas eram as verdadeiramente vivasWilliam Hendriksen observa que

a explicao mais simples do modo como Paulo, sem haver ainda terminado a exposio dos requisitos para o ofcio de dicono, interpe uma poucas observaes sobre as mulheres, que ele considera essas mulheres como assistentes dos diconos, socorrendo os pobres e necessitados, etc. Essas so mulheres que prestam um servio auxiliar, desenvolvendo ministrios para os quais as mulheres se acham melhor adaptadas. Aqui novamente nos referimos a nossa explicao de 1 Timteo 5:9.

O propsito do critrio das vivas em 1 Tm 5:9-10

3. Uma reflexo teolgica da ordenao feminina

O princpio da autoridade masculina

Deus usa para em Sua auto-revelao uma terminologia predominantemente masculina. Esta constatao no pode ser ignorada. John M. Frame escrevendo sobre a linguagem masculina usada para descrever Deusna Escritura o principal nome de Deus Senhor, que indica a sua liderana nas alianas, entre si e as suas criaturas. Na Escritura, a relao na comunidade da aliana tipicamente uma prerrogativa masculina. Reis, sacerdotes e profetas so sempre homens. Autoridade na igreja concedida aos presbteros (1 Co 14:35; 1 Tm 2:11-15). O marido a cabea da aliana formada pelo casamento. Um desvio para a figura feminina de Deus poderia certamente diluir a slida nfase sobre a autoridade pactual que centralizada na doutrina de Deus. Esta no seria a nica razo, pois, como tenho indicado no captulo 2, algumas telogas feministas, incluindo Johnson, atualmente se ope a idia do senhorio de Deus.

O termo cabea como metfora de autoridaddeO uso do termo cabea para indica a autoridade do homem sobre a mulher.

A submisso feminina uma maldio ps-Queda?

Carolyn Mahaney, As sete virtudes da mulher crist, pgs. 204...Ado foi criado para liderar. A submisso no faz parte da maldio, mas ela ratificada por causa da desordem causada pelo pecado, que toda a raa inevitavelmente herda. O fato de Deus cri-lo primeiro (Gn 2:4-8); de coloc-lo para reger toda a criao (Gn 2:15-17, 19-20); a sua esposa foi tirada dele, sendo sua dependente (Gn 2:21-22); e ao nome-la (Gn 2:23) indicam a sua primazia.

A beleza da submissoA submisso uma beno que muitas mulheres nestes tempos ps-modernos rejeitam. A sociedade cada vez mais competitiva tem estimulado os casais a entrar nesta louca avalanche de medio de foras, em vez de buscar uma vivncia complementadora.O tema submisso como papel feminino considerado descontextualizado, seno antiquado, para mente feminina do sculo XXI. O movimento feminista, que tem afetado parte da Igreja, dita as regras do que politicamente correto na sociedade, constrangendo os cristos a afrouxarem a sua postura. Apesar dos cnones ps-modernos irem contra a Palavra de Deus, devemos manter firme, a nossa convico de que a Escritura Sagrada a nossa nica regra de f e prtica. O princpio bblico determina uma relao onde o homem deve exercer a sua liderana no lar e na sociedade. Mas, para conferirmos se estamos falando a mesma linguagem quando usamos a palavra submisso vamos esclarecer que:

1. No significa que a mulher seja inferior ao homem. notrio que h muitas mulheres mais capazes do que os homens. Existe um grande nmero de mulheres que so mais inteligentes, dinmicas, organizadas e etc. Todavia, as suas virtudes e dons devem ser usados para potencializar as virtudes dos maridos e estimular a sua liderana.2. No significa que a mulher deva anular a prpria maneira de pensar. Se ela fizer isto, estar sendo insubmissa pela omisso do seu papel como auxiliadora.

3. No significa que as mulheres devam desistir de influenciar os homens. Muitas vezes, ns maridos estamos errados, mesmo que sinceramente errados, a companheira no pode omitir a sua opinio, nem desistir de se esforar em demonstrar no que a liderana do marido poder prejudicar toda a famlia.

4. No significa que elas devam render-se a toda exigncia dos homens. A mulher no um objeto do seu esposo, pelo contrrio, Deus a criou em igualdade de valor, e deve-se respeitar as suas opinies, necessidades, anseios, sentimentos e limitaes. Homens so pecadores e as mulheres no podem ceder a todos os caprichos masculinos. Eles necessitam aprender a exercer domnio prprio, mortificar o seu orgulho e todos os demais impulsos e hormnios.Mas, o que significa submisso? Submisso aceitar a liderana masculina, auxiliando-o, e respeitando a sua autoridade em todas as esferas da sociedade. A autoridade que pertence ao homem no imposta mulher, mas deve ser conquistada pelo exerccio responsvel dos seus deveres. As quatro principais responsabilidades masculinas para que a mulher possa sentir segurana em seguir e submeter-se a ele so:1. Liderana. O homem deve ser algum que tem iniciativa, firme deciso, coragem e envolvimento no processo que lidera.

2. Protetor. A esposa necessita sentir-se confiante que o seu marido se esforar para prover segurana, tendo boas intenes na liderana do lar.3. Amoroso. A submisso est no corao da mulher, e pelo corao que o marido atra e lidera a sua companheira. O amor masculino o fator que far com que a esposa sinta prazer em ser submissa.

4. Provedor. neste ponto que algumas esposas tm encontrado dificuldade em ser submissas aos seus maridos. Quando o homem se acomoda, e desiste de ser o provedor do seu lar, a mulher por necessidade da circunstncia no se omite. Todavia, as esposas em vez de assumirem este papel devem exigir dos seus esposos o exerccio da sua responsabilidade.

O casal para que consiga viver a harmonia liderana e submisso precisa:

1. Fortalecer um clima de compatibilidade no casamento.

2. Viver a prtica da mutualidade entre os cnjuges.

3. Manter o sentimento de cumplicidade do lar.4. Cada cumprir com fidelidade o seu papel dentro do lar.Mulheres tm ministrios na igreja

Alguns conceitos necessitam ser esclarecidos:1. O termo ministrio no Novo Testamento de amplo significado. Mesmo um exame superficial na ocorrncia deste termo grego servir [diakoneo] nos induzir a concluir que, num sentido amplo, qualquer atividade que um crente faa para ajudar na obra da Igreja um ministrio.

2. As mulheres tm dons e devem exerc-los nos diferentes servios [diakonion] (1 Co 12:4-5).3. As mulheres no devem exercem o seu dom anulando a liderana masculina.

4. O ministrio feminino na igreja complementar liderana masculina.A doutrina da ordenao4. Questes prticas da ordenao feminina

As mulheres so prejudicadas no convvio da igreja por no serem ordenadas?

Existe vocao pastoral para as irms que tm o dom pastoral?

As mulheres poderiam estudar em seminrios teolgicos?

Como seria o convvio das mulheres ordenadas que se tornarem membros da Igreja Presbiteriana do Brasil?Referncia bibliogrfica

Autores contra a ordenao feminina. Augustus Nicodemus Lopes, Ordenao Feminina: O Que o Novo Testamento Tem a Dizer? In: Fides Reformata vol. II, nmero 1, jan-jun 1997.. John W. Robbins, ed., The Church Effeminate (Unicoi, The Trinity Foundation, 2001).

. John Piper & Wayne Grudem, eds., Recovering Biblical Manhood & Womanhood: A Response to Evangelical Feminism (Wheaton, IL, Crossway Books, 1991).. C.C. Ryrie, The Role of Women in the Church ().Chicago, Moody Press, 1970).. Mark L. Strauss, Distorting Scripture? (Illinois, InterVarsity Press, 1998).

. W.E. Best, Hombre y Mujer la verdad biblica (Houston, W.E. Best Book Missionary Trust, 1994).

. Brian Edwards, ed., Homens, Mulheres e Autoridade (So Paulo, PES, 2007).

. Wayne Grudem, Evangelical Feminism A new path to Liberalism? (Wheaton, Crossway Books, 2006).

Wayne Grudem, Countering the claims of Evangelical Feminism (Colorado Springs, Multnomah Publishers, 2006).

J. Ligon Duncan III & Susan Hunt, Womens Ministry in the Local Church (Wheaton, Crossway Books, 2006).

Autores a favor da ordenao feminina. Elizabeth Gossmann, et al., orgs., Dicionrio de Teologia Feminista (Petrpolis, Editora Vozes, 1997).. Craig S. Keener, Paul, Women & Wives (Peabody, Hendrickson Publishers, 1992).. Elizabeth A. Johnson, Aquela que (Petrpolis, Editora Vozes, 1995).. Elizabeth A. Johnson, She Who Is (New York, Crossroad Publishing, 1996).. Izes Calheiros B. Silva, Vestida para o Ministrio (So Paulo, Editora Vida, 2001).. Loren Cunningham & David J. Hamilton, Por que no elas? (Belo Horizonte, Editora Betnia, 2004).Obras de referncia. Bonidell Clouse, et al., eds., Mulheres no Ministrio (So Paulo, Editora Mundo Cristo, 1996).. W.E. Vine, The Collected Writings of W.E. Vine (Nashville, Thomas Nelson Publishers, 1996), vol. 4, pgs. 325-341.. Everett F. Harrison, Introduccin al Nuevo Testamento (Grand Rapids, TELL, 1980). Patrstica (So Paulo, Editora Paulus, 1995), vol. 1.. Henry Bettenson, Documentos da Igreja Crist (So Paulo, ASTE, 2001), p. 30.

. Justino de Roma, I e II Apologia in: Patrstica (So Paulo, Editora Paulus, 1995), vol. 3.. Ante-Nicene Fathers (Peabody, Hendriksen Publishers, 1994) vol. 8.

A.H. Newman, A Manual of Church History, vol. 1.

. F e Constituio do Conselho Mundial de Igrejas - Batismo, Eucaristia, Ministrio (So Paulo, CONIC, KOINONIA, ASTE, 3 ed., 2001).

. Robert G. Clouse, et al., dois reinos (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2003).

. Alberto Fernando Roldn, Para que serve a teologia? (Curitiba, Editora Descoberta, 2000).

. Elmer Dyck, ed., Ouvindo a Deus (So Paulo, Shedd Publicaes, 2001).

. Walter C. Kaiser, Jr. & Moiss Silva, Introduo Hermenutica Bblica (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2002), p. 233.

. Robert H. Stein, Guia Bsico para a Interpretao da Bblia (Rios de Janeiro, CPAD, 1999).

. Walter C. Kaiser, Jr. & Moiss Silva, Introduo Hermenutica Bblica (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2002).

. F. L. Godet, Commentary on the Epistle to the Romans (Grand Rapids, Zondervan Publishing House, 1956).

. Brbara Friberg e Timothy Friberg, O Novo Testamento Grego Analtico (So Paulo, Edies Vida Nova, 1987).

. William D. Mounce, The Analitical Lexicon to the Greek New Testament (Grand Rapids, Zondervan Publishing House, 1993).

. Kenneth S. Wuest, Romans in the Greek New Testament (Grand Rapids, Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1956).

. John Murray, Romanos Comentrio Bblico Fiel (So Jos dos Campos, Editora Fiel, 2003).

. Gordon Fee, Primera Epistola a los Corntios (Grand Rapids, Nueva Creacin, 1994)

. James D.G. Dunn, A Teologia do Apstolo Paulo (So Paulo, Editora Paulus, 2003).

. Simon Kistemaker, 1 Corintios (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2004).. Herman Ridderbos, El Pensamiento del Apstol Pablo (Grand Rapids, Libros Desafo, 2000).

. Joo Calvino, Pastorais: 1 Timteo, 2 Timteo e Filemon (So Paulo, Editora Paracletos, 1998).

. W. Robertson Nicoll, ed., The Expositors Greek Testament (Grand Rapids, Wm.B. Eerdmans Publishing Co., 1961.

. J.N.D. Kelly, I e II Timteo e Tito introduo e comentrio (So Paulo, Edies Vida Nova, 1986).

. Gordon D. Fee, Novo Comentrio Bblico Contemporneo 1&2 Timteo, Tito (So Paulo, Editora Vida, 1994), p. 99.

. William Hendriksen, 1 Timteo, 2 Timteo e Tito (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2001).

. John Frame, The Doctrine of God (Phillipsburg, P&R Publishing, 2002).. D.A. Carson, A exegese e suas falcias (So Paulo, Edies Vida Nova, 1992).Sites

www.newadvent.org www.warc.ch www.oikoumene.orgwww.monergism.comwww.monergismo.comwww.reformedonline.com www.cbmw.org www.fpcr.org Gordon J. Spykman declara que a tradio o sangue da teologia. Separada da tradio a teologia como uma flor cortada que sem suas razes e sem o solo, que murchar na mo. Uma teologia s nunca nasce do novo. Ao honrar a s tradio assegura-se a continuidade teolgica com o passado. Ao mesmo tempo que a tradio cria a possibilidade de abrir novas portas para o futuro in: (Jenison, Teologia Refomacional, 1994), pg. 5.

Didaqu in: Patrstica, vol. 1, p. 358.

Aceitando que Paulo tenha escrito 1 Corntios na data de 55-56 d.C., os cristos daquela igreja preservaram quase os mesmos problemas que o apstolo havia reprovado. Everett F. Harrison, Introduccin al Nuevo Testamento (Grand Rapids, TELL, 1980), p. 287.

Clemente Romano, Primeira Carta de Clemente aos Corntios in: Patrstica (So Paulo, Editora Paulus, 1995), vol. 1, pp. 50-65.

O texto usado por Clemente a verso Septuginta, e no o original hebraico.

Clemente Romano, Primeira Carta de Clemente aos Corntios in: Patrstica, (So Paulo, Editora Paulus, 1993), vol. 1, p. 53.

Carta aos Efsios, in: Patrstica, vol. 1, p. 82.

Carta aos Magnsios, in: Patrstica, vol. 1, p. 91.

Carta aos Magnsios, in: Patrstica, vol. 1, p. 92.

Carta aos Magnsios, in: Patrstica, vol. 1, p. 93.

Carta aos Filadelfienses, in: Patrstica, vol. 1, p. 109.

Carta aos Filadesfienses, in: Patrstica, vol. 1, p. 112.

Carta aos Esmirniotas, in: Patrstica, vol. 1, p. 118.

Carta a Policarpo, in: Patrstica, vol. 1, p. 123.

Henry Bettenson, Documentos da Igreja Crist (So Paulo, ASTE, 2001), p. 30.

Henry Bettenson, Documentos da Igreja Crist, p. 30, vide nota de roda-p 9.

Henry Bettenson, Documentos da Igreja Crist, p. 28.

Policarpo de Esmirna in: Patrstica, vol. 1, p. 142.

Policarpo aos Filipenses in: Patrstica, vol 1, p. 141. Veja 1 Tm 5:5-12 sobre as verdadeiras vivas. Neste perodo os Pais da Igreja chamavam estas vivas de virgens, por exemplo, Incio encerrando a carta aos Esmirniotas declara que sado as famlias de meus irmos, com suas mulheres e filhos e as virgens chamadas vivas. Carta aos Esmirniotas in: Patrstica, vol. 1, p. 120.

Justino de Roma, I e II Apologia in: Patrstica (So Paulo, Editora Paulus, 1995), vol. 3, pp.82-83.

Ante-Nicene Fathers (Peabody, Hendriksen Publishers, 1994) vol. 8, pp. 611-612.

Para se ter acesso ao texto do conclio veja em HYPERLINK "http://www.newadvent.org/fathers/3803.htm" http://www.newadvent.org/fathers/3803.htm consultado 07/03/20.

No Livro VIII, 20. HYPERLINK "http://www.piney.com/DocAposConstitu3.html" www.piney.com/DocAposConstitu3.html consultado em 24/09/2007.

A.H. Newman, A Manual of Church History (Philadelphia, The American Baptist Publication Society, 1953), vol. 1, pgs. 293-294.

A.M. Renwick, The Story of the Church, pg. 136.

Franceses calvinistas.

A Primeira Trombeta Soa Contra o Monstruoso Governo das Mulheres.

A.F. Mitchell, Westminster Assembly, p. 44 citado por A.M. Renwick, The Story of the Church, pg. 136.

Citado por Nancy Pearcey, Verdade Absoluta (Rio de Janeiro, CPAD, 2006), pg. 364.

Nancy Pearcey, Verdade Absoluta, pgs. 373-375.

B.B. Warfield, Paul on Women speaking in Church in: John W. Robbins, ed., The Church Effeminate (Unicoi, The Trinity Foundation, 2001), p. 215.

O site oficial da CMI HYPERLINK "http://www.oikoumene.org/es/home.html" http://www.oikoumene.org/es/home.html .

F e Constituio do Conselho Mundial de Igrejas - Batismo, Eucaristia, Ministrio (So Paulo, CONIC, KOINONIA, ASTE, 3.ed., 2001), p. 67.

Extrado de HYPERLINK "http://www.warc.ch/dp/index-s.html" http://www.warc.ch/dp/index-s.html em: 21/03/2007.

Mark A. Noll, Momentos Decisivos na Histria do Cristianismo (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2000), pgs. 320-323.

Robert G. Clouse, et al., dois reinos (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2003), pp. 576-577.

HYPERLINK "http://www.swbrazil.anglican.org/catedral/20_anos_ord_fem.htm" http://www.swbrazil.anglican.org/catedral/20_anos_ord_fem.htm .

As telogas mais expressivas do movimento subscreveram que no pretendemos oferecer uma dogmtica feminista unificada, e esperamos que tal coisa nunca venha a existir. Tambm no nos foi possvel, nem foi pretenso nossa, chegar a uma perfeita homogeneidade dos diferentes artigos in: Elisabeth Gssmann, et.al., orgs., Dicionrio de Teologia Feminista (Rio de Janeiro, Editora Vozes, 1997), pgs. 10-11.

Helen Schngel-Straumann, Bblia in: Elizabeth Gossmann et al., orgs., Dicionrio de Teologia Feminista (Petrpolis, Editora Vozes, 1997), pp. 210-214.

Rosemary R. Ruether, Feminist Interpretation: A Method of Correlation, in: Feminist Interpretation of the Bible, ed. Letty M. Russel (Philadelphia, Westminster Press, 1985), pg. 114.

Loren Wilkinson, A Hermenutica e a Reao Ps-Moderna Contra a Verdade in: Elmer Dyck, ed., Ouvindo a Deus (So Paulo, Shedd Publicaes, 2001), p. 160.

Christine Schaumberger, Experincia in: Elizabeth Gossmann et al., orgs., Dicionrio de Teologia Feminista (Petrpolis, Editora Vozes, 1997), p. 183.

Robert H. Stein, Guia Bsico para a Interpretao da Bblia (Rios de Janeiro, CPAD, 1999), p. 23.

Augustus Nicodemus Lopes, A Bblia e seus intrpretes (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2004), pg. 232.

Moiss Silva, Vises Contemporneas da Interpretao Bblica in: Walter C. Kaiser, Jr. & Moiss Silva, Introduo Hermenutica Bblica (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2002), p. 233.

Norman L. Geisler, org., A Inerrncia da Bblia (So Paulo, Editora Vida, 2003).

Quem deseja conhecer em teoria e prtica o mtodo gramtico-histrico consulte Walter C. Kaiser, Jr. & Moiss Silva, Introduo Hermenutica Bblica (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2002).

John Murray, Romanos Comentrio Bblico Fiel (So Jos dos Campos, Editora Fiel, 2003), p. 588.

F. Godet, Commentary on the Epistle to the Romans (Grand Rapids, Zondervan Publishing House, 1956), p. 488.

Kenneth S. Wuest, Romans in the Greek New Testament (Grand Rapids, Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1956), p. 257.

A traduo da ARA no acurada. A NVI oferece a seguinte traduo Recomendo-lhes nossa irm Febe, serva da igreja em Cencria. Brbara Friberg e Timothy Friberg optam pelo substantivo in: O Novo Testamento Grego Analtico (So Paulo, Edies Vida Nova, 1987), p. 508. Adota a mesma opinio William D. Mounce, The Analitical Lexicon to the Greek New Testament (Grand Rapids, Zondervan Publishing House, 1993), p. 138.

Guilhermo Hendriksen, Romanos Comentrio del Nuevo Testamento (Grand Rapids, Libros Desafio, 1994), pgs. 557-558.

Thomas R. Schreiner, Mulheres no Ministrio da Igreja, pg. 93.

No ignoro o problema textual da passagem. Todavia, como no o propsito deste artigo discutir manuscritologia, simplesmente assumirei a legitimidade do texto de 1 Co 14:33-35 como sendo original. Embora Gordon Fee negue que esta passagem pertena autoria de Paulo, afirmando ser um acrscimo posterior, no h evidncias suficientes para sustentar tal opinio. Gordon Fee, Primera Epistola a los Corntios (Grand Rapids, Nueva Creacin, 1994), pp. 791-798. Para James D.G. Dunn a negao da originalidade da passagem motivada mais por uma questo hermenutica do que por evidncia textual; vide, James D.G. Dunn, A Teologia do Apstolo Paulo (So Paulo, Editora Paulus, 2003), p. 664. Para maiores detalhes indico um criterioso estudo sobre o assunto em D. A. Carson, Silent in the Churches, in: John Piper, Wayne Grudem, eds., Recovering Biblical Manhood & Womanhood: A Response to Evangelical Feminism (Wheaton, IL, Crossway Books, 1991), pp. 141-145. Infelizmente a traduo publicada deste livro em portugus pela Editora Fiel omite este importante captulo! Vide tambm, Augustus Nicodemus Lopes, Ordenao Feminina: O Que o Novo Testamento Tem a Dizer? in:Fides Reformata vol. II, nmero 1, jan-jun 1997, p. 74. Vide tambm, Simon Kistemaker, 1 Corintios (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2004), pp. 710-711.

Augustus Nicodemus Lopes, Ordenao Feminina: O Que o Novo Testamento Tem a Dizer? In: Fides Reformata vol. II, nmero 1, jan-jun 1997, p. 75.

James D.G. Dunn, A Teologia do Apstolo Paulo, p. 667.

A submisso no faz parte da maldio, mas ela ratificada por causa da desordem causada pelo pecado no relacionamento de nossos primeiros pais, e que toda a raa inevitavelmente herda. Ado foi criado para liderar. O fato de Deus cri-lo primeiro (Gn 2:4-8); de coloc-lo para reger toda a criao (Gn 2:15-17, 19-20); a sua esposa foi tirada dele, sendo sua dependente (Gn 2:21-22); e ao nome-la (Gn 2:23).

Augustus Nicodemus Lopes, Ordenao Feminina: O Que o Novo Testamento Tem a Dizer? In: Fides Reformata vol. II, nmero 1, jan-jun 1997, p. 76.

Herman Ridderbos, El Pensamiento del Apstol Pablo (Grand Rapids, Libros Desafo, 2000), p. 596.

Joo Calvino, Pastorais: 1 Timteo, 2 Timteo e Filemon (So Paulo, Editora Paracletos, 1998), p. 94.

Newport J.D. White sugere que elas realizavam para as mulheres da Igreja primitiva o mesmo tipo de ministrao que os diconos faziam para os homens in: Newport J.D. White, The First and Second Epistles to Timothy and The Epistle to Titus in: W. Robertson Nicoll, ed., THE EXOSITORS GREEK TESTAMENT (Grand Rapids, Wm.B. Eerdmans Publishing Co., 1961), p. 115. Entretanto, White comete um erro de anacronismo, pois, no h evidncia histria, nem textual, de que de fato, mulheres tenham sido diaconisas desde o primeiro sculo, como ocorreu a partir do sculo III e IV.

J.N.D. Kelly, I e II Timteo e Tito introduo e comentrio (So Paulo, Edies Vida Nova, 1986), p. 85.

Embora, Gordon D. Fee no afirme que estas mulheres sejam a classe de vivas descritas posteriormente na epstola por Paulo (1 Tm 5:5-10), ele mais cauteloso que J.N.D. Kelly ao sugerir que uma vez que no havia no grego nenhuma palavra para diaconisa (melhor, ajudadora feminina, conforme GNB), provvel, que aqui a palavra mulheres tivesse sido entendida com o significado de mulheres que serviam igreja em algum cargo. in: Gordon D. Fee, Novo Comentrio Bblico Contemporneo 1&2 Timteo, Tito (So Paulo, Editora Vida, 1994), p. 99.

William Hendriksen, 1 Timteo, 2 Timteo e Tito (So Paulo, Editora Cultura Crist, 2001), p. 169.

John Frame, The Doctrine of God, p. 384-385.

D.A. Carson, A exegese e suas falcias (So Paulo, Edies Vida Nova, 1992), p. 35

Thomas R. Schreiner, Mulheres no Ministrio da Igreja in: Homem e Mulher seu papel bblico no lar, na igreja e na sociedade, orgs, John Piper & W. Grudem, (So Jos dos Campos, Editora Fiel, 1996), pg. 86.