40
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA PRISCILA TAVARES PESSOA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NA INDÚSTRIA CERVEJEIRA UM ESTUDO DE CASO Fortaleza CE 2011

TFC 2011 Pessoa

Embed Size (px)

DESCRIPTION

TFC 2011 Pessoa

Citation preview

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICA PRISCILA TAVARES PESSOA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NA INDSTRIA CERVEJEIRA UM ESTUDO DE CASO Fortaleza CE 20111 PRISCILA TAVARES PESSOA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NA INDSTRIA CERVEJEIRA UM ESTUDO DE CASO MonografiasubmetidaCoordenaodo CursodeGraduaoemEngenhariaQumica, daUniversidadeFederaldoCear,como requisitoparcialparaobtenodograude Bacharel em Engenharia Qumica. rea de concentrao: Engenharia Ambiental Orientador: Prof. Dr. Joo Jos Hiluy Filho FORTALEZA 2011 3 A Deus por dar-me persistncia Aos meus pais pelo carinho Aos meus amigos pelas infinitas horas de estudo Ao Miguelzinho pelo apoio incondicional 4 But the grass is always greener on the other side The neighbour's got a new car that you wanna drive And when time is running out you wanna stay alive We all live under the same sky We all will live we all will die There is no wrong, there is no right The circle only has one side Msica Side - por Travis 5 RESUMO Aquestoambientalestnofocodaatenodetodasociedade,namedidaemqueso mostradososdiversosimpactosdecorridosdaexploraoedamutilizaodosrecursos naturais.Asindstrias,quesovistascomoosprincipaisagentescausadoresdessa degradao,passaramadaratenoespecialaestacausadevidospressesdomercado consumidoredaspolticasambientaiscadavezmaisrgidas.Dessaforma,elaspassarama investir em processos que possuem como um de seus pilares a sustentabilidade ambiental. O presentetrabalho,umestudodecasoreal,mostrarcomoessasustentabilidadepodeser aplicadaemumaindstriacervejeirautilizandocomorefernciaasmedidasjtomadaspela Companhia de Bebidas das Amricas Ambev e a economia que foi gerada pelas atividades aplicadas.Asvertentesfocadasso:gua,energia,gsdeefeitoestufaCO2, reaproveitamentodesubprodutosereciclagemderesduos.Parabuscarosresultados almejadosaAmbevfezmudanasemseuprocessodeproduoseguindooSistemade Gesto Ambiental e estabeleceu metas de ecoeficincia para todas as suas unidades. Palavras-chave: Sustentabilidade Ambiental, Cerveja, Ambev 6 ABSTRACT Theenvironmentalissueisinthefocusofthewholesociety,astheimpactsofmisuseof naturalresourcesbecomevisible.Industries,whichareseenasthemajoragentsof degradation,begantogivespecialattentiontothismatterduetothepressureimposedby consumers and the laws. In this work we will understand how sustainability can be applied in breweries,bystudyingtheactionsoftheAmericas'BeverageCompany-Ambevandthe economicalgainprovidedbytheseactivities.Therelevantquestionsare:water,energy, greenhouse gas, reusing and recycling waste products. To get the desired results Ambev made changesintheproductionprocessfollowingtheEnvironmentalManagementSystemand established eco-efficiency targets for all its units. Keywords: Environmental Sustainability, beer, AmBev 7 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1- Consumo per capta de cerveja .....................................................................p.13 FIGURA 2- Participao no Mercado ..............................................................................p.14 FIGURA 3- Fluxograma do processo de produo de cerveja ........................................p.17 FIGURA 4- Fluxograma do processo cervejeiro e seus principais resduos ....................p.21 FIGURA 5- Tratamento inicial da gua ...........................................................................p.24 FIGURA 6- Distribuio do consumo de gua ................................................................p.25 FIGURA 7- Processo de Pasteurizao ............................................................................p.26 FIGURA 8- Fluxograma do tratamento na ETE ..............................................................p.27 FIGURA 9- Reduo no consumo de gua ......................................................................p.28 FIGURA 10- Comparao entre os consumos de gua de cervejarias ..............................p.29 FIGURA 11- Produo de CO2 por hectolitro de cerveja ..................................................p.31 FIGURA 12- Matriz energtica atual da Ambev ................................................................ p.32 FIGURA 13- Consumo de energia em MJ/hL de cerveja ..................................................p.33 FIGURA 14- Receita gerada a partir do reaproveitamento de resduos .............................. p.35 8 LISTA DE TABELAS TABELA 1 Caractersticas das cervejas ...........................................................................p.11 TABELA 2 Produo de cerveja no Brasil .......................................................................p.12 TABELA 3 Principais parmetros para gua cervejeira ...................................................p.23 9 SUMRIO 1. INTRODUO ...............................................................................................................p.10 1.1- Histria da cerveja ............................................................................................... p.10 1.2- Mercado ............................................................................................................... p.12 1.3- Sustentabilidade.................................................................................................... p.14 1.4- Ambev .................................................................................................................. p.15 2. PROCESSO DE PRODUO DE CERVEJA .............................................................p.17 2.1- Obteno do malte ..............................................................................................p.18 2.2- Preparao do mosto ............................................................................................ p.18 2.3- Fermentao ........................................................................................................p.20 2.4- Processamento da cerveja ...................................................................................p.20 2.5- Envase .................................................................................................................. p.21 3. ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... p.22 3.1- gua ..................................................................................................................... p.22 3.2- Energia ................................................................................................................. p.30 3.3- Gerenciamento de resduos slidos ...................................................................... p.34 4. CONCLUSES E PERSPECTIVAS ............................................................................... p.36 5. REFERNCIAS ................................................................................................................ p.37 10 1.INTRODUO 1.1 Histria da Cerveja Aorigemdasprimeirasbebidasalcolicasincerta,masprovavelmentetenham sido feitas de cevada, tmaras, uvas ou mel, sendo a cerveja uma das bebidas alcolicas mais antigas do mundo1. Acervejatoantigaquantoopo,poiseraobtidaapartirdafermentaode cereaiscomocevadaetrigo.Erafeitaporpadeirosdevidonaturezadamatria-prima utilizada: gros de cereais e leveduras. A cevada era deixada de molho at germinar e, ento, moda grosseiramente e moldada em bolos aos quais se adicionava a levedura. Os bolos, aps parcialmenteassadosedesfeitos,eramcolocadosemjarrascomguaedeixadosfermentar. Esta cerveja rstica ainda fabricada no Egito com o nome de Bouza1. Emgeralascervejassofeitascomgua,cevadamaltada(outroscereaiscomo trigo, arroz, milho, aveia e centeio tambm so utilizados) e lpulo, fermentados por levedura. Aguacorrespondeaaproximadamente90%nacomposiodacerveja2.Aguautilizada nasatuaiscervejariaspassaporumprocessodepreparao,queatransformaemgua cervejeira. Essa tecnologia, aliada a rgidos controles de qualidade, fazem com que o lquido usadoemqualquerfbricasejaigual.Antigamente,aorigemdessaguaeassuas caractersticastinhamumefeitoimportantenaqualidadedacerveja,influenciando,por exemplo,oseusabor.Muitosestilosdecervejaforaminfluenciadosouatmesmo determinados pelas caractersticas da gua da regio1. A introduo do lpulo foi relativamente recentena sua composio. Acredita-se quetenhasidointroduzidoapenashpoucascentenasdeanos.Usa-seaflordolpulopara acrescentarumgostoamargoqueequilibraadouradomalteepossuiumefeitoantibitico moderadoquefavoreceaatividadedaleveduradecervejaemrelaoaorganismosmenos desejadosduranteafermentao1.Asleveduras,nesseprocesso,metabolizamosacares extrados dos cereais, produzindo muitos compostos, incluindo o lcool e dixido de carbono. Dezenas de estirpes de fermentos naturais ou cultivados so usados pelos cervejeiros, sendo, 11 deummodogeral,sortidosportrsgneros:aleoudefermentaoalta,lageroudebaixa fermentao, e leveduras selvagens1. As cervejas costumam ter entre 4 % a 5 % de teor alcolico, ainda que este possa variarconsideravelmenteconformeoestiloeocervejeiro.Existemcervejascomteores alcolicos que variam desde 2 % at mais de 20 %3. Abaixo,naTabela1,soapresentadosalgunstiposdecervejaesuas caractersticas: Tabela 1- Caractersticas da Cerveja CERVEJAORIGEMCOLORAO TEOR ALCOLICO FERMENTAO Pilsen Repblica Checa claramdiobaixa DortmunderAlemanhaclaramdiobaixa StoutInglaterraescuraaltogeralmente baixa PorterInglaterraescuraaltoalta ou baixa WeissbierAlemanhaclaramdioalta MnchenAlemanhaescuramdiobaixa BockAlemanhaescuraaltobaixa MalzbierAlemanhaescurabaixobaixa AleInglaterra clara e avermelhada mdio ou altoalta IceCanadclaraalto- Fonte: Sindicerv Neste trabalho o foco de estudo a cerveja Pilsen, pois o gnero de cerveja mais consumido em todo o mundo3. 12 1.2 Mercado A produo brasileira de cerveja em 2010 foi deaproximadamente 13 bilhes de litros,oqueresultouemumcrescimentode18%emrelaoa2009.Comesseresultadoo Brasil se tornou o terceiro maior mercado de cerveja do mundo, atrs apenas da China,com uma produo de cerca de 40 bilhes de litros, e dos Estados Unidos, cuja produo est em torno de 35 bilhes de litros3. A Tabela 2 mostra a produo de cerveja no Brasil. Tabela 2 Produo de cerveja no Brasil Ms Cerveja (106 litros) 20102011 Janeiro1.1171.188 Fevereiro9971.089 Maro1.0241.068 Abril938963 Maio964997 Junho967849 Julho972968 Agosto9851.060 Setembro1.0591.137 Outubro1.217 Novembro1.216 Dezembro1.384 Total12.8399.319 Fonte: SICOBE Sistema de Controle de Produo de Bebidas De acordo com dados do Sindicerv (2010), a cerveja mais consumida no Brasil dotipoPilsen,quepossuicoloraomaisclara,baixafermentaoeteoralcolico.O mercadonacionaldeconsumodecervejaemgeraldepblicojovemcombaixopoderde compra; 70 % do consumo total de cerveja realizado pelas classes C, D, e E 4. Vemos pela Figura 1 o da evoluo do consumo per capita de cerveja nos anos de 2000 a 2010. 13 Figura 1- Consumo per capita brasileiroFonte: Relatrio Anual Ambev Acervejapodesercaracterizadacomoumprodutodeconsumosazonal,que possuivariaesdedemandadevidoaalteraesclimticas,narendaenopoderdecompra dos consumidores. A distribuio e a produo de cerveja no Brasil so realizadas de maneira atpica,poisalgumasregiesconsomemmaisqueoutras,tendovariaesinclusivenas marcas de preferncia. Em geralconstata-se queconformeaumentaa populao, oconsumo de cerveja aumenta, oscilando ainda de acordo com o poder aquisitivo da populao. AindstriacervejeirabrasileiraumoligoplioondeasempresasAmbev, Schincariol,HeinekenBrasileNovaPetrpolisdetm98,2%domercadocervejeiro5.A Figura 2 mostra a diviso de mercado das principais cervejarias atuantes no Brasil. 49,850,34846,847,64954,55657,45965,3404550556065702000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011Consumo per capita brasileiro (Litros/Ano) Noestudodecaso Cervejaria Ambev que visam 1.3 Sustentabilidade Asquestesambientaistornaramsociedadequebuscamaneirasdeobterumdesenvolvimentosustentvel.Comissoempresascomearamadesenvolverprojetosesistemasdecontrolevisandoseu desenvolvimentoaliadoaproteodomeioambiente,procurandosemprecompensaros impactosambientaiscausadospeloprocesso.Apartirdessedesenvolvimento,muitos processostornaram-semaiseficazes,almdereduzirem de resduos txicos.7 Para se alcanar o desenvolvimento sustentvel as empresas utilizam instrumentos degestocomumapolticaproativa,planejamentoprviodepossveisdaatuao de seus responsveis.11%11%Figura 2 Participao no Mercado Fonte: Nielsen 02/2011* VejaNoestudodecasoabordadonestetrabalhosoanalisadasasaestomadaspela Ambev que visam sustentabilidade. Asquestesambientaistornaram-seobjetodepreocupaoporgrandeparteda sociedadequebuscamaneirasdeobterumdesenvolvimentosustentvel.Comissoempresascomearamadesenvolverprojetosesistemasdecontrolevisandoseu desenvolvimentoaliadoaproteodomeioambiente,procurandosemprecompensaros impactosambientaiscausadospeloprocesso.Apartirdessedesenvolvimento,muitos semaiseficazes,almdereduziremoconsumode Para se alcanar o desenvolvimento sustentvel as empresas utilizam instrumentos degestocomumapolticaproativa,planejamentoprviodepossveisdaatuao de seus responsveis. 68%11%8%2%Participao no MercadoAmbevSchincariolNova PetrpolisHeineken BrasilOutras Cervejarias14 * Veja Seo Economia maro asaestomadaspela seobjetodepreocupaoporgrandeparteda sociedadequebuscamaneirasdeobterumdesenvolvimentosustentvel.Comisso,mais empresascomearamadesenvolverprojetosesistemasdecontrolevisandoseu desenvolvimentoaliadoaproteodomeioambiente,procurandosemprecompensaros impactosambientaiscausadospeloprocesso.Apartirdessedesenvolvimento,muitos oconsumodeinsumoseaemisso Para se alcanar o desenvolvimento sustentvel as empresas utilizam instrumentos degestocomumapolticaproativa,planejamentoprviodepossveisdanosambientaise AmbevSchincariolNova PetrpolisHeineken BrasilOutras Cervejarias15 DeacordocomaISO140006,umSistemadeGestoAmbiental(SGA) compreendeapartedosistemadegestoglobalqueincluiestruturaorganizacional, atividadesdeplanejamento,responsabilidades,prticas,procedimentos,processoserecursos para desenvolver, programar, atingir, analisar criticamente e manter a poltica ambiental. OSGAtrazcomovantagensparaaempresa:reduodoscustosdeproduo; aumentodaeficinciaecompetitividade;diminuiodosriscosdeacidentesambientais; melhoriadascondiesdesadeedeseguranadotrabalhador;melhoriadasuaimagem junto aos parceiros (clientes, scios, fornecedores, empregados) alm de outros benefcios. 7 NoSGAdeumaindstriacervejeira,dentreosaspectosambientaisque necessitamdeateno,osprincipaisso:qualidadedagua,poisoseuprincipalinsumo, tanto na fabricao do produto, quanto nas diversas etapas de limpeza existentes no processo; energia,etapasdeaquecimentoeresfriamento;geraoderejeitosprodutoresidual proveniente das linhas de produo ou de envase e resduos deembalagem (vidro, alumnio, papel e plstico).8 Neste trabalho, descrito o processo produtivo da cerveja, mostrando suas etapas, matrias-primas e sadas de produtos, efluentes e resduos. Em seguida, realizado um estudo decasonaAmbevparaavaliarasaesquejsopraticadasnaempresaeosimpactos gerados pelas mesmas. 1.4 Ambev No ano 2000, duas das maiores e mais tradicionais indstrias cervejeiras do Brasil se uniram para dar origem Ambev - Americas' Beverage Company. Atualmente, a Ambev a quarta maior cervejaria do mundo, lder do mercado latino-americano ecom operaes em 14pasesnocontinenteamericano.Emseuportflioencontram-sealgumasdasprincipais marcasdecervejadomercado,entreelas,Skol(aterceiramaisconsumidanomundo), Brahma, Antarctica,Quilmes e Bohemia. Os produtos so distribudos em aproximadamente doismilhesdepontosdevendametadedelesnoBrasil,almdeseramaior engarrafadora da PepsiCo no mundo.9 16 NoBrasilaAmbevpossui33fbricas,5centrosdeexcelncia,62centrosde distribuiodeseusprodutosemantmcercade32milfuncionrios.Em2010,houveum crescimento de 6,7 % com uma produo de 120,7 milhes de hectolitros.7 AAmbevumadas20empresascommelhoresprticasambientaisdopas, segundoaediodoPrmiopocaEmpresaVerde-2010.Foramavaliadasasestratgias ambientaisde120empresaseessasanlisesforamfocadasnasaesvoltadasparaas mudanasclimticas.Questescomo:impactonabiodiversidade,usodematrias-primas renovveis,consumoconscientedagua,destinaodosresduos,eficinciaenergticae inovao no desenvolvimento de processos e produtos foram considerados. Em2010,foiinvestidoR$44milhesemprogramasdepreservaodomeio ambiente.Essesprogramasenvolvemamanutenodosrecursosnaturais,reciclagemde subprodutos e resduos e reduo das emisses de carbono, de consumo de gua, entre outros. Paragarantirqueessasaessejamtomadas,cadaunidadefabriltemmetasclarasde ecoeficincia:reduziroconsumodegua,gastarmenosenergia,diminuiraemissode poluentes, aumentar o ndice de reciclagem dos resduos e garantir o tratamento dos efluentes; so alguns exemplos. 2.PROCESSO DE PRODUO DE CERVEJA Acervejaobtidaatravsdaconsideradaafermentaodacevada fermentaoaprincipaletapadoprocessocervejeiroesua precedentes,comoporexemplo, realizadosprocessosdetratamentoda (sabor,odor,textura)desejadasnoprodutofinal. simplificado da produo de cerveja.Figura 3 Asetapasdeproduoqueserodescritasaseguir,sogeneralizadasparauma indstriacervejeira.AsinformaesforamobtidasdoGuiadeProduomaisLimpasrieCervejaseRefrigerantesdaCompanhiadeTecnologiadeSaneamentoAmbiental CETESB.10 PROCESSO DE PRODUO DE CERVEJA obtidaatravsdafermentaodecereaisconsideradaafermentaodacevadaqueconverteemlcoolosacaresfermentaoaprincipaletapadoprocessocervejeiroesuaeficincia comoporexemplo,opreparodasmatrias-primas.Apsafermentaosorealizadosprocessosdetratamentodacerveja,paraconferirascaractersticas textura)desejadasnoprodutofinal.Abaixomostrado ficado da produo de cerveja. Figura 3 Fluxograma do processo de produo de cervejaAsetapasdeproduoqueserodescritasaseguir,sogeneralizadasparauma indstriacervejeira.AsinformaesforamobtidasdoGuiadeProduomaisLimpasrieCervejaseRefrigerantesdaCompanhiadeTecnologiadeSaneamentoAmbiental Obteno do MaltePreparao do MostoFermentaoProcessamento da CervejaEnvase17 nestetrabalhoser osacarespresentes.A eficinciadependedeetapas primas.Apsafermentaoso conferirascaractersticasorganolpticas mostradoumfluxograma Fluxograma do processo de produo de cerveja Asetapasdeproduoqueserodescritasaseguir,sogeneralizadasparauma indstriacervejeira.AsinformaesforamobtidasdoGuiadeProduomaisLimpasrie CervejaseRefrigerantesdaCompanhiadeTecnologiadeSaneamentoAmbiental 18 2.1 Obteno do malte Asprincipaisetapasdeobtenodomaltesoalimpezaeseleodegros,a embebio, germinao e a secagem do malte. A Ambev possui quatro unidades de maltaria: duasnoUruguai,umanoBrasileoutranaArgentina.Amaltariabrasileirasesituaem Navegantes RS, e produz cerca de 10.000 toneladas por ms de malte Pilsen9. A primeira etapa do processo de obteno do malte consiste na limpeza dos gros paraaremoodeimpurezasseguidadeumaseleodeacordocomotamanhoparaa obteno de um malte homogneo. Depoisdeselecionadososgrossoarmazenadosemsilos,eenviadosaos tanquesdeembebio,ondeacevadarecebeguaatqueosgrosatinjamumteorde umidadede45%emrelaoaoseupesosobcondiescontroladasdetemperaturae quantidade de oxignio. Neste ambiente, os gros de cevada saem de seu estado de latncia e crescem devido a absoro de gua. Este o comeando da germinao da semente. Osgrossomantidosemcondiescontroladasdetemperaturaeumidadeat que brotem as radculas (pequenas formaes embrionrias da futura raiz da planta). Quando isso ocorre retirado o excesso de gua dos gros por meio de peneiras e a cevada germinada enviada para fornos de secagem, onde se interrompe o processo de germinao por injeo devaporaumatemperaturaentre45Ce50C.Numasegundafase,aindanosfornosde secagem,promove-seacaramelizaodosgros,transformando-osnomalte.Estaetapa ocorreemtemperaturasquevariamde80Ca120C,eomalteresultantepossuiuma umidade remanescente em torno de 5 %. Em alguns processos o malte ainda torrado em um processo semelhante torrefao do caf. 2.2 Preparao do mosto Omostopodeserdefinidocomoumasoluoaquosadeacares.Ouseja,o substratoqueserfornecidosbactriasparaafermentao.Sendoassim,logosepercebe que uma cerveja de qualidade est diretamente ligada preparao do mosto. 19 O malte colocadoemmoinhos de martelo oude rolos para romper a casca dos gros e assim expor o amido do gro maltado. Durante este processo, aspiradores captam o p gerado pelo atrito entre as sementes, enviando-o para um filtro de mangas. Apenasumapequenapartedomaltetrituradosolvelemgua,tornando-se necessria uma preparao qumica, denominada de macerao.A macerao um processo desenvolvido em via mida, onde os gros de malte modos so misturados gua aquecida, de modo a ativar a ao de enzimas presentes no gro. Elas quebram substncias complexas e insolveis em outras menores, mais simples, e solveis em gua. Deve-se ressaltar que em funo de caractersticas como sabor, cor, aspecto ou at mesmocustofinanceiro,muitasvezesutiliza-seoutrafontedeacaralmdomaltede cevada,chamadadeadjunto.Osadjuntosmaiscomunssoosdemilho,arrozetrigo,e diferenciam-se da cevada por no serem maltados. Aps o preparo, o mosto resfriado e ento filtrado para remoo de resduos dos grosdemalteeadjunto.Estafiltraorealizadapormeiodepeneirasqueutilizamcomo elementosfiltrantesasprpriascascasdomaltepresentesnomosto,ea parteslidaretida chamadadebagaodemalte.Aquece-seofiltradoparinativarasenzimas,coagulare precipitarasprotenas,concentrareesterilizaromosto.nestafasetambmquese adicionamosaditivosqueproporcionamcaractersticasorganolpticastpicasdecadatipoe marca de cerveja. Podem existir partculas no mosto, provenientes de protenas coaguladas, resduos remanescentesdebagaooudeoutrasfontes,queirocomprometeraqualidadeda fermentao, dando origem a steres, alcois de maior cadeia molecular ou outras substncias indesejveis.Porisso,torna-seimprescindvelefetuaraclarificao,retiradadessas substnciasindesejveis,domostoantesdafermentao.Aformamaisutilizadada clarificaosubmeteromostoaumprocessodedecantaoatravsdecentrfugaso resduoretiradochamadotrubgrosso.Apsserclarificado,omostoresfriadoatuma temperatura tima, que ir variar dependendo do tipo de levedura que ser utilizada, e ento aerado com ar estril. 20 2.3 Fermentao Apsapreparaodomosto,pode-sedarincioafermentao,processocentral da indstria cervejeira. A fermentao dividida em duas etapas: a primeira aerbia, quando as leveduras se reproduzem, aumentando de quantidade de 2 a 6 vezes; a segunda anaerbia, quandoaslevedurasrealizamafermentaopropriamentedita,convertendoosacares presentes no mosto em CO2 e lcool.Oprocessodefermentaolentoedurade6a9dias,ondeaofinalobtm-se, almdomostofermentado,umagrandequantidadedeCO2,queapsumprocessode purificao enviado para a etapa de carbonatao da cerveja, e um excesso de levedos, que sotransportadosparatratamentoeestocagem,sendoumapartereutilizadoemnovas bateladas de fermentao, e outra vendidos para a indstria de alimentos. 2.4 Processamento da cerveja Apsafermentaoobtm-seachamadacervejaverde,quejpossuidiversas caractersticas da cerveja que ser comercializada. Ao final da fermentao existe uma grande quantidade de microorganismos e substncias indesejveis misturados cerveja. Para separ-los,promove-seamaturao,processoondemantm-seacervejaemdescansonasdornas baixas temperaturas, durante um perodo de 15 a 60 dias. Alm de promover a separao dos levedos da cerveja, esta etapa permite a ocorrncia de algumas reaes qumicas que auxiliam no processo de estabilizao do produto final. Nointuitoderemoverimpurezasqueaindanosedecantarameproporcionara limpidezfinaldoproduto,procede-seaumaetapadefiltraodacervejaapsamaturao. Pararealizarafiltraopode-secontarcomdiversostiposdemeiofiltrante,sendoosmais comunsosfiltrosdevelasverticaisouplacashorizontaiseousodeterradiatomceacomo elementoauxiliarafiltrao.Porfimsoadicionadosagentesestabilizantes,corantesou acar para o acerto final do paladar do produto. O resduo slido gerado nesta etapa a torta de filtrao denominada trub fino, de alto contedo nitrogenado. OteordeCO2atenderasnecessidadesdoproduto.Destaforma,reatravsdainjeodogsgeradonafermentao. nitrognio,parafavoreceraformaodeespuma. enviada para dornas especficas, de 2.5 Envase A cerveja proveniente da filtrao encaminhada para oem garrafas de vidro, latas de alumnio, provenientesdaquebradegarrafas, derramamentosdecerveja.pasteurizao,sendoentoesteprocesso,sendochamadadeprateleira. Aps o envase e a pasteurizao, segueparatransporte.OfluxogramadaFigura4 mostrando os principais resduos produzidos no mesmo.Figura 4 - Fluxo2existentenacervejaaofinaldoprocessonosuficientepara necessidadesdoproduto.Destaforma,realiza-seumaetapadecarbonataodogsgeradonafermentao.Eventualmente nitrognio,parafavoreceraformaodeespuma.Apsacarbonatao,acervejapronta enviada para dornas especficas, de modo a garantir o sabor e o teor de COA cerveja proveniente da filtrao encaminhada para o processo de envasamento latas de alumnio, ou barris. Nesta etapa so gerados resduos provenientesdaquebradegarrafas,latasamassadaseefluentesprovenientesdeeventuais derramamentosdecerveja.Abebidaenvasadaemgarrafaselatasenviadaparaa entodenominadacerveja.Abebidacolocadaembarrsendochamadadechope,sendoportandoumprodutocomAps o envase e a pasteurizao, segue-se a rotulagem das garrafas e a embalagem fluxogramadaFigura4apresentaoprocessodefabrmostrando os principais resduos produzidos no mesmo. Fluxograma do processo cervejeiro e seus principais resduosFonte: Srie Produo mais Limpa Cerveja e Refrigerantes 21 existentenacervejaaofinaldoprocessonosuficientepara seumaetapadecarbonatao, ventualmenteaindainjetadogs Apsacarbonatao,acervejapronta ntir o sabor e o teor de CO2 at o envase. processo de envasamento so gerados resduos de vidro amassadaseefluentesprovenientesdeeventuais bebidaenvasadaemgarrafaselatasenviadaparaa embarrisnopassapor produtocommenorvidade se a rotulagem das garrafas e a embalagem oprocessodefabricaodacerveja, principais resduos Cerveja e Refrigerantes - CETESB 22 3. ESTUDO DE CASO Umestudodecasorealaquidescrito,mostrandoquepossveldiminuiros resduosgeradostornandooprocessomaiseficiente.Oenfoqueprincipalsernagua, utilizada principalmentecomo matria-prima, utilidade e em limpeza; energia; embalagens e subprodutos.ACervejariaabordadanesseestudodecasoaAmbev,masnoumafbrica particular, o que tornaria um estudo de caso muito pontual. Sero fornecidas informaes de todasasunidadesemgerale,quandonecessrio,algumasinformaesrelevantesdeaes tomadas em uma determinada unidade fabril. 3.1 gua Osetorcervejeirotemcomoumdeseusprincipaisinsumosaguaque representade90-95%empesodacervejaportanto,essamatriaprimadeveteralta qualidade, isenta de substncias nocivas sade humana e que prejudiquem as atividades das enzimasedaleveduracervejeira.Osprincipaisparmetrosdaguadacervejariaso: aparncia, sabor, odor, pH, matria orgnica, slidos dissolvidos, dureza (em especial devido a presena de Ca2+ e Mg2+), alcalinidade, sulfato, cloreto, nitrato e CO2 livre.11 NaTabela3encontram-seessesprincipaisparmetroseseusvaloresmximos aceitos para gua que ser utilizada na fabricao de cerveja Pilsen. 23 Tabela 3 Principais parmetros para gua cervejeira Parmetro Valor Mximo Permitido11,12 Comentrios pH6,5 8,0 Cada etapa tem um pH timo. Podem-se citar como exemplo a maltao, que deve estar com o pH em torno de 7; fermentao, pH menor que 5; clorao, pH menor que 8. No incio do tratamento da gua ela pode ser corrigida com NaOH ou HCl. Matria Orgnica 0 0,8 mg O2/L Haver mais microorganismos nocivos sade humana ou que afetem a qualidade da cerveja produzida quando houver maiores concentraes de matria orgnica. Slidos Dissolvidos 50 150 mg/L Esse parmetro influencia diretamente no sabor e odor, podendo inclusive alterar a aparncia da cerveja. Dureza Total: 18 79mg CaCO3/L Quanto menor a dureza da gua, menor ser sua concentrao de sais. Baixas concentraes de sais so indicadas para produo de cervejas Pilsen. Manter esses parmetros baixos aumenta a vida til da Unidade de Produo, pois se evita, por exemplo, incrustaes. 5 22 mg Ca2+/L 1 6 mg Mg2+/L Alcalinidade16,11 mg CaCO3/L Importante para a definio da dosagem de agentes floculantes. Sulfato1 30 mg SO4/LEsses dois parmetros influenciam diretamente no sabor e no odor da cerveja produzida.Cloreto1 20 mg Cl-/L NitratoAusente Nitrato pode ser nocivo sade, pois ao ser convertido em Nitrito se torna um potencial agente carcinognico. CO2 livre0,5 5 mg CO2/L Diretamente relacionado com a alcalinidade e o pH da gua. Quanto maior a concentrao de CO2, menor ser o pH da gua e maior ser a concentrao de Bicarbonatos (que influenciam na alcalinidade da gua). Com o objetivo de diminuir os gastos, a gua consumida na Indstria Cervejeira captadadefontesprximas dentrodoslimitesfsico-qumicoseorganolpticosestabelecidosnasseguintesetapas:adiodeprodutosqumicos,floculao,decantao,filtraoe desinfeco. InicialmentecorrigidoopHdaguahidrxidodesdiooucidoclordrico. floculante(porexemplo,sulfatodealumniofloculanteaglutinarassubstnciasemsuspensonagua,quesero subseqentes. Apsafloculaopartculasporsedmentaoresduosslidos.Aguatratadasegueparaumfiltrode partculasmenoreseemseguidadesinfectadapelaaodecloro,oudixidodecloro,em tanquesdecontato.Apsessetratamentoguaestprontaparaserutilizadanoprocessode fabricao. Como j citado, a indstria cervejeira capta gua de fontes naturais prximas, naplanta da Ambev localizada no Municpio de AquirazAlmdoscuidadosnotratamentodaguadeentradanoprocessohemisso da gua residual, pois parte dela Com o objetivo de diminuir os gastos, a gua consumida na Indstria Cervejeira captadadefontesprximasfbricaetratadaparagarantirquesuaspropriedadesestejam qumicoseorganolpticosestabelecidos.Essetratamentonasseguintesetapas:adiodeprodutosqumicos,floculao,decantao,filtraoe InicialmentecorrigidoopHdagua.Esseprocessosedatravsda cidoclordrico.Esseparmetrodefineaquantidadedeagente (porexemplo,sulfatodealumnio)utilizadoemseguida.ubstnciasemsuspensonagua,quesero oaguapassaporumprocessodedecantaopararemoveras porsedmentao.Essesslidossoseparadoseenviados resduosslidos.Aguatratadasegueparaumfiltrodeareiaondesoremovidasas partculasmenoreseemseguidadesinfectadapelaaodecloro,oudixidodecloro,em tanquesdecontato.Apsessetratamentoguaestprontaparaserutilizadanoprocessode Figura 5 Tratamento inicial da gua. omo j citado, a indstria cervejeira capta gua de fontes naturais prximas, naada no Municpio de Aquiraz-CE a gua retirada lmdoscuidadosnotratamentodaguadeentradanoprocessoh, pois parte dela enviada para o Rio Pacoti. 24 Com o objetivo de diminuir os gastos, a gua consumida na Indstria Cervejeira paragarantirquesuaspropriedadesestejam .Essetratamentoconsiste nasseguintesetapas:adiodeprodutosqumicos,floculao,decantao,filtraoe sseprocessosedatravsdaadiode defineaquantidadedeagente utilizadoemseguida.Afunodoagente ubstnciasemsuspensonagua,queseroremovidasnasetapas aguapassaporumprocessodedecantaopararemoveras paraumdepsitode areiaondesoremovidasas partculasmenoreseemseguidadesinfectadapelaaodecloro,oudixidodecloro,em tanquesdecontato.Apsessetratamentoguaestprontaparaserutilizadanoprocessode omo j citado, a indstria cervejeira capta gua de fontes naturais prximas, na retirada do Aude Gavio. lmdoscuidadosnotratamentodaguadeentradanoprocessohumgranderigorna Aguausadaoperaesdefermentao.Dessaformaconsiderveis de carga orgnica e slidos em suspenso.Oconsumodeguavariaprincipalmente embalagem utilizada (retornveis ou descartveis), tecnologia de pasteutecnolgico da planta. Emgeral,oconsumo litrodebebida13. Umestudo distribuio do consumo de gua AtravsdaFigura6gua,agindoprincipalmentenasetapasdelimpeza,resfriamentoepossveisperdascomo:vazamentosouexistnciadeumfluxomuito equipamentos. Na Ambev, uma das vazo para o controle de fluxo dos equipamenmanuteno peridica dos mesmos prevenindoOutramedidaadotadafomais eficientes. Nesse processo feitretirados os rtulos e a sujidade aparente)11%Aguausadacomomatria-prima,emdiversasetapasdelimpezae operaesdefermentao.Dessaformagrandeavazodeefluentesgerados,comvalores considerveis de carga orgnica e slidos em suspenso. Oconsumodeguavariaprincipalmentedevidoaosseguintesfatores:tipode embalagem utilizada (retornveis ou descartveis), tecnologia de pasteuoconsumodeguanumacervejariavariade4e10UmestudorealizadoemumacervejariadaHolandamostraaseguinte do consumo de gua14: Figura 6 - Distribuio do consumo de gua Figura6observa-sediversasoportunidadesdeotimizaodousoda agindoprincipalmentenasetapasdelimpeza,resfriamentoepossveisperdasexistnciadeumfluxomuitomaiorqueonecessrioparaos Na Ambev, uma das primeiras medidas adotadas foi a instalao de medidores de de fluxo dos equipamentos. Junto a isso foi implantado um sistema de manuteno peridica dos mesmos prevenindo a existncia de vazamentos.Outramedidaadotadafoiautilizaodeequipamentosdelavagemdegarrafas ocesso feita primeiramente uma pr-lavagem das garrafas retirados os rtulos e a sujidade aparente), depois as garrafas so introduzidas no equipamento 44%20%11%25%Limpeza e desinfecoMostoResfriamentoOutros fins e perdas25 diversasetapasdelimpezaeem grandeavazodeefluentesgerados,comvalores osseguintesfatores:tipode embalagem utilizada (retornveis ou descartveis), tecnologia de pasteurizao, idade e nvel e4e10litrosdeguapor daHolandamostraaseguinte deotimizaodousoda agindoprincipalmentenasetapasdelimpeza,resfriamentoepossveisperdas,tais maiorqueonecessrioparaos das foi a instalao de medidores de unto a isso foi implantado um sistema de a existncia de vazamentos. equipamentosdelavagemdegarrafas lavagem das garrafas (onde so rrafas so introduzidas no equipamento Limpeza e desinfecoResfriamentoOutros fins e perdas sendolavadasporumasoluode microorganismos,emumatemperaturaentre40gualimpatemperaturaambiente,esteefluente garrafas.Paradiminuirogastodeguanessaequipamento.Aguautilizadaevitar desperdcios durante paradas. Visando ainda um maior reaproveitamento da gua desse processo, esta utilizada para a lavagem de engradados.Outraetapaqueutilizagrandequantidadedeguaequipamento utilizado um tanquesadiferentestemperaturasfornecendoO sistema utilizado anteriormente era um sistema aberto onde a gua de areutilizada,somentelevadaparaaETEaquecidapassaportrocadoresdecalorparareaproveitaraenergiaexistenteevoltaparao processo como gua de resfriamento, com isso conseguede gua no equipamento sendo necessrio repor apenas pequenas perdas devido a respingos e evaporao. Por ser uma indstria alimentcianecessitamdevriasoperaesdelimpezaemseusequipamentoseficinciadestaslimpezadeterminadosciclosemetapassubseqentes.umasoluodehidrxidodesdioparaprevenirmicroorganismos,emumatemperaturaentre40Ce70C.Depoisfeitooenxge gualimpatemperaturaambiente,esteefluentegeradoutilizadonaprParadiminuirogastodeguanessaetapa,existemcontrolguautilizadaaspergidaesoutilizadasvlvulasdotipofevitar desperdcios durante paradas. Visando ainda um maior reaproveitamento da gua desse utilizada para a lavagem de engradados. queutilizagrandequantidadedeguaapaequipamento utilizado um pasteurizador tipo tnel, onde os vasilhames passam tanquesadiferentestemperaturasfornecendoassimumaquecimentoeresfriamentogradual. O sistema utilizado anteriormente era um sistema aberto onde a gua de alevadaparaaETE.Optou-seporumsistemafechadoondeagua aquecidapassaportrocadoresdecalorparareaproveitaraenergiaexistenteevoltaparao resfriamento, com isso consegue-se reduzir cercno equipamento sendo necessrio repor apenas pequenas perdas devido a respingos e Figura 7 Processo de Pasteurizao ser uma indstria alimentcia e trabalhar com microorganismosoperaesdelimpezaemseusequipamentos.limpezas,feitooreaproveitamentodassoluesutilizadasememetapassubseqentes.Porexemplo,pode-seutilizar 26 preveniraproliferaode C.Depoisfeitooenxgecom utilizadonapr-lavagemdas etapa,existemcontroladoresdevazono vlvulasdotipofalha-fechapara evitar desperdcios durante paradas. Visando ainda um maior reaproveitamento da gua desse apasteurizao.O rizador tipo tnel, onde os vasilhames passam por diversos assimumaquecimentoeresfriamentogradual. O sistema utilizado anteriormente era um sistema aberto onde a gua de aquecimento no era seporumsistemafechadoondeagua aquecidapassaportrocadoresdecalorparareaproveitaraenergiaexistenteevoltaparao cerca de 80 % do insumo no equipamento sendo necessrio repor apenas pequenas perdas devido a respingos e trabalhar com microorganismos, as cervejarias .Visandomelhorara feitooreaproveitamentodassoluesutilizadasem seutilizarumaguade enxge no preparo de solues de limpeza lavagens. A gua que no reaproveitada no processo e a gua proveniente das limpezas levadaETE.Acomposiodessresinas, celulose, amido, lcool etlico, gs carbnico, cidos, gorduras, bactrias, resduos de cervejaeetc.Portodaaindstriaexisteumsistemadeescoamentodaguaparaposterior tratamento. O tratamento dado ao efluente Figura 8 InicialmenteofluxodestinadoETEtemseusslidosgrosseirosremovidosao passar por um sistema de grades. seguintes,ascanalizaes residuaisprovenientesdosistemadegradesenacaixadeareiasoretidasassubstncias inertes.15 Apspassarportodoessesistemadelimpezainicial,oefluente caixa de gordura. Oprincpio de funcionamento aresduosqueflotamnaturalmente.aderidos em peas e na rede de tratamento do efluente.no preparo de solues de limpeza que ser aproveitada em etapas seguintes de A gua que no reaproveitada no processo e a gua proveniente das limpezas Acomposiodesseefluentebastantecomplexa:hacares,prresinas, celulose, amido, lcool etlico, gs carbnico, cidos, gorduras, bactrias, resduos de Portodaaindstriaexisteumsistemadeescoamentodaguaparaposterior tratamento. O tratamento dado ao efluente segue no fluxograma mostrado na Figura 8Figura 8 Fluxograma do tratamento na ETE. Fonte: Estao de Tratamento de Efluentes em uma Indstria CervejeiraInicialmenteofluxodestinadoETEtemseusslidosgrosseirosremovidosao passar por um sistema de grades. Nessa etapa, o principal objetivo proteger os equipamentosseguintes,ascanalizaeseevitarobstrues.Aspeneirasremovemosslidosgrosseiros residuaisprovenientesdosistemadegradesenacaixadeareiasoretidasassubstncias Apspassarportodoessesistemadelimpezainicial,oefluente caixa de gordura. Oprincpio de funcionamento a diferena de densidade entre a gua e os resduosqueflotamnaturalmente.Essaetapatemporobjetivoevitarqueresduosfiaderidos em peas e na rede de tratamento do efluente. 27 etapas seguintes de pr-A gua que no reaproveitada no processo e a gua proveniente das limpezas bastantecomplexa:hacares,protenas, resinas, celulose, amido, lcool etlico, gs carbnico, cidos, gorduras, bactrias, resduos de Portodaaindstriaexisteumsistemadeescoamentodaguaparaposterior mostrado na Figura 8: Estao de Tratamento de Efluentes em uma Indstria Cervejeira InicialmenteofluxodestinadoETEtemseusslidosgrosseirosremovidosao Nessa etapa, o principal objetivo proteger os equipamentos Aspeneirasremovemosslidosgrosseiros residuaisprovenientesdosistemadegradesenacaixadeareiasoretidasassubstncias Apspassarportodoessesistemadelimpezainicial,oefluentedestinado diferena de densidade entre a gua e os Essaetapatemporobjetivoevitarqueresduosfiquem NoTanquedeEqualizaofeitaumacorreodaspropriedadesqumicasdo efluente.OprincipalparmetroaserajustadoopH,poiseleinfluenciadiretamentena quantidade de agente coagulanteEm seguida, h a sedimentao da maior parte desse material coagulado e o lodo recolhidonofundodosdecantadoresmateriaisinsolveis,metaispesadosematerialorgnicodedifcil parmetrosdoefluenteestiveremdentrodoslimitesaceitveiscontrrio,oefluentepassaporumfiltrobiolgicodegranulometriagrosseiraondepartedo lodoorgnicoficaretidoedepoishutilizadooUASB(UpflowAnaerobicSludgeBlanketascendente.importantedestacarquenaAmbevaguaquefoitratadanaETEaindapode serutilizadaparajardinagemeparalimpezadochodefbrica.utilizada nas fbricas passa por um sistema de tratamento de efluentes.Asaesdescritasaplicadasdesde2002etrouxeeconomizadoaproximadamente1,comparamosaosdadosiniciaisde gua, o que seria suficiente para abastecer uma cidade de 450Na Figura 9 mostrada a evoluo na reduo do consumo de 2002 2003 20045,364,884,37NoTanquedeEqualizaofeitaumacorreodaspropriedadesqumicasdo efluente.OprincipalparmetroaserajustadoopH,poiseleinfluenciadiretamentena quantidade de agente coagulante a ser utilizado.Em seguida, h a sedimentao da maior parte desse material coagulado e o lodo recolhidonofundodosdecantadores(nessaetapaharemoodepoluentesinorgnicos, materiaisinsolveis,metaispesadosematerialorgnicodedifcilbiodegradao).parmetrosdoefluenteestiveremdentrodoslimitesaceitveis25,aguaestefluentepassaporumfiltrobiolgicodegranulometriagrosseiraondepartedo orgnicoficaretidoedepoishotratamentoembiodigestoresUpflowAnaerobicSludgeBlanket),umreatoranaerbiodefluxo importantedestacarquenaAmbevaguaquefoitratadanaETEaindapode serutilizadaparajardinagemeparalimpezadochodefbrica.Atualmente100%dagua utilizada nas fbricas passa por um sistema de tratamento de efluentes. Asaesdescritasanteriormenteparadiminuiodoconsumodegua2002etrouxeramumareduode27,2%.Somentaproximadamente1,5Ldeguaparacadalitrodecervejaproduzidadadosiniciaisdeimplantaodemedidasparaareduodoconsumode o que seria suficiente para abastecer uma cidade de 450 mil habitantes durante um ms.a evoluo na reduo do consumo de gua. Figura 9 Reduo no consumo de gua. Fonte: Relatrio Anual Ambev2004 2005 2006 2007 2008 20094,374,214,34,194,113,9hL de gua/ hL de CervejaConsumo de gua28 NoTanquedeEqualizaofeitaumacorreodaspropriedadesqumicasdo efluente.OprincipalparmetroaserajustadoopH,poiseleinfluenciadiretamentena Em seguida, h a sedimentao da maior parte desse material coagulado e o lodo (nessaetapaharemoodepoluentesinorgnicos, biodegradao).Seos ,aguaestartratada,caso efluentepassaporumfiltrobiolgicodegranulometriagrosseiraondepartedo ntoembiodigestores.Obiodigestormais ),umreatoranaerbiodefluxo importantedestacarquenaAmbevaguaquefoitratadanaETEaindapode Atualmente100%dagua anteriormenteparadiminuiodoconsumodeguasforam omenteem2009foi paracadalitrodecervejaproduzida,quando implantaodemedidasparaareduodoconsumode mil habitantes durante um ms. Fonte: Relatrio Anual Ambev Consumo de gua Emcomparaoseguinte consumo de gua em cada uma delasFigura 10 PelaFigura10 ganho significativo na reduo do consumo da guamundial. OcompromissoassumidopelaAmbevdereduziresseconsumopara3,5guaatoanode2012.AlgumasplantasCamaari-BA, que consome 3,3objetivo,foicriadoumconcursoondetodasasunidadesapresentamnovaspropostasde reduodoconsumodegua,alresultados de acordo com as metas d 3,9 3,83Emcomparaocomasoutrascervejariasdemaiorrelevncianacional,temoso seguinte consumo de gua em cada uma delas em 2010: Comparao entre os consumos de gua de Cervejariasobserva-seasaestomadaspelaAmbevtrouxeramdefatoum ganho significativo na reduo do consumo da gua ao compararmos com a mdia nacional e OcompromissoassumidopelaAmbevdereduziresseconsumopara3,5guaatoanode2012.Algumasplantasjatingiramessameta,comoporexemplo,ade BA, que consome 3,3 L e a de Braslia, 3,2 L. Para incentivar oobjetivo,foicriadoumconcursoondetodasasunidadesapresentamnovaspropostasde reduodoconsumodegua,almdissoasunidadesfabrisconcorremaprmiospor as metas de ecoeficincia estabelecidas. 5,054,54,326,0hL de gua/hL de Cerveja29 comasoutrascervejariasdemaiorrelevncianacional,temoso Comparao entre os consumos de gua de Cervejarias aestomadaspelaAmbevtrouxeramdefatoum compararmos com a mdia nacional e OcompromissoassumidopelaAmbevdereduziresseconsumopara3,5Lde jatingiramessameta,comoporexemplo,ade ara incentivar o cumprimento desse objetivo,foicriadoumconcursoondetodasasunidadesapresentamnovaspropostasde mdissoasunidadesfabrisconcorremaprmiospor AmbevNova SchinHeinekenNova PetrpolisMdia NacionalMdia Mundial30 3.2 Energia Asduasprincipaisformasdeconsumodeenergiaemindstriascervejeirasso emcalordeprocesso(especialmenteemvapor)eemenergiaeltrica.Oconsumomdio aproximadode110MJ/hLdecervejaproduzida.Problemasdeinstalaoouineficincias podem fazer com que esse consumo energtico seja dobrado para o mesmo volume de cerveja produzida.Abaixaeficinciasedprincipalmentedevidoausnciadesistemasde recuperao de energia (trocadores de calor, por exemplo), falta de controladores de processo, perdas em tubulaes e falta de isolamento trmico. As etapas que utilizam energia de forma mais intensa so: no preparo e fervura do mosto,nalimpezaedesinfeco,napasteurizaoenoenvase.importantedestacarque bombas,compressores,ventiladoreseiluminaotambmpodemterumconsumo significativo de energia. A fervura do mosto o processo que mais consome energia em uma cervejaria. A principalperdanessaetapaocorrequandohaevaporaodomesmo,poisaoevaporaro material carrega consigo energia em forma de calor que poderia ser utilizada. Portanto, se essa emissodevaportiversuaenergiaaproveitadaemprocessosdeaquecimento(tantode correntesdeguaquantodoprpriopr-aquecimentodomosto),haverumasignificante economia de energia. Aguautilizadacomofluidorefrigerantenopodeserenviadadiretamente ETE, pois sua temperatura mdia de aproximadamente de 60 C, isso significaria a perda do calorqueestagregadoaofluido.Almdasmedidasdereutilizaestomadas,vistasna Seo3.1gua,tambmnoseriaconvenienteresfriaressefluidoantesdereaproveit-lo (mesmoqueapenasaguardssemosoresfriamentonatural).Umavezqueessagua condensada, a exemplo do vapor emitido na fervura do mosto, est pr-aquecida, ela tambm podeserutilizadaemprocessosquerequeremcalor(comoporexemplo:preparodomosto, limpeza de garrafas e pasteurizao). Conformecitadoanteriormente,bombas,compressores,ventiladoresemotores eltricosemgeralpodemterumconsumosignificativodeenergia.Aprincipalmedida tomadaparaevitarperdasautilizaodeequipamentosmaiseficientesatravsda substituio dos mesmos por equivalentes com tecnologia mais recente. Outrasmedidassimples que trocadelmpadasincandescentesporfluoredurabilidade), instalao de detectores de presena onde no preciso iluminao ininterruptaeprocedercomlimpezasperidicasdetelhastranslcidasparahaverummelhor aproveitamento da luminosidade naturalDesde 2003 a Ambev comeou a utilizar fontes de energia renovvel para reduzir autilizaodecombustveisfsseisediversificarsuamatrizenergtica.cascalho, madeira triturada de eucalipto, pinus de reflorestamento, casca de coco de casca de arroz so utilizadas como fontes dependendo de onde a unidade se situaEssadiversificaonamatrizenergticajresponsvelporgeraenergiacalorficaconsumidapelasunidadesdeproduo.Almdoganhoenergticodiminuiodaemissodegasesresponsveispeloefeitoestufa,poisparaseobteruma toneladadevaporcomqueimadeleosoemitidos2,4detoneladasdeCOcomautilizaodabiomassaemitido0,1toneladasdeCOemisso, em kg, de gases de efeito estufa por hectolitro de cerveja produzidaFigura 11 2004 20058,98erdasautilizaodeequipamentosmaiseficientesatravsda substituio dos mesmos por equivalentes com tecnologia mais recente. Outrasmedidassimples queacarretaramemeconomiadeenergiaeltricaforamtrocadelmpadasincandescentesporfluorescentes(quetmummenorconsumoemaior durabilidade), instalao de detectores de presena onde no preciso iluminao ininterruptaeprocedercomlimpezasperidicasdetelhastranslcidasparahaverummelhor aproveitamento da luminosidade natural. Desde 2003 a Ambev comeou a utilizar fontes de energia renovvel para reduzir autilizaodecombustveisfsseisediversificarsuamatrizenergtica.cascalho, madeira triturada de eucalipto, pinus de reflorestamento, casca de coco de so utilizadas como fontes dependendo de onde a unidade se situaEssadiversificaonamatrizenergticajresponsvelporgeraenergiacalorficaconsumidapelasunidadesdeproduo.Almdoganhoenergticoinuiodaemissodegasesresponsveispeloefeitoestufa,poisparaseobteruma toneladadevaporcomqueimadeleosoemitidos2,4detoneladasdeCObiomassaemitido0,1toneladasdeCO216.Na de gases de efeito estufa por hectolitro de cerveja produzidaFigura 11 Produo de CO2 por hectolitro de cerveja Fonte: Relatrio Anual Ambev2005 2006 2007 2008 20096,936,656,385,765,37Produo de CO231 erdasautilizaodeequipamentosmaiseficientesatravsda substituio dos mesmos por equivalentes com tecnologia mais recente.economiadeenergiaeltricaforam: scentes(quetmummenorconsumoemaior durabilidade), instalao de detectores de presena onde no preciso iluminao ininterrupta eprocedercomlimpezasperidicasdetelhastranslcidasparahaverummelhor Desde 2003 a Ambev comeou a utilizar fontes de energia renovvel para reduzir autilizaodecombustveisfsseisediversificarsuamatrizenergtica.Matriascomo cascalho, madeira triturada de eucalipto, pinus de reflorestamento, casca de coco de babau e so utilizadas como fontes dependendo de onde a unidade se situa. Essadiversificaonamatrizenergticajresponsvelporgerar29%da energiacalorficaconsumidapelasunidadesdeproduo.Almdoganhoenergticoha inuiodaemissodegasesresponsveispeloefeitoestufa,poisparaseobteruma toneladadevaporcomqueimadeleosoemitidos2,4detoneladasdeCO2,enquantoque NaFigura11temosa de gases de efeito estufa por hectolitro de cerveja produzida na Ambev. Fonte: Relatrio Anual Ambev CO2 Comogrfico emissodeCO2desde2004. utilizandoabiomassacomoenergiacalorfica,comissoaAmbevfoiaprimeiraempresade bebidasdoBrasilafazerpartedoMecanismodeDesenvolvimentoLimpoquepreva reduode188miltoneladasdeCOcombustvel utilizado nas caldeiras por biomassa. substituioafilialdeViamodecrditodecarbonocertificadopelaONU.mostra a atual matriz energtica da Ambev.Figura 12 UmainiciativadesucessodaAmbevocampanha de economia de energia que educa e conscientiza os funcionrios sobre o consumo racionaldeenergia.Essacampanhapromovidaemtodasasreasdasfbricaseem2009 gerou uma economia de R$A melhora na eficifluidos aquecidos e as campanhas de conscientizao foram responsveis pela diminuio do consumodeenergianaproduodecerveja(almdosoutrosganhosambientaiscitados ComogrficodaFigura11,vemosquefoipossvelumareduode40%na desde2004.AAmbevpossui37unidadesfabriseoitodelasfuncionam utilizandoabiomassacomoenergiacalorfica,comissoaAmbevfoiaprimeiraempresade bebidasdoBrasilafazerpartedoMecanismodeDesenvolvimentoLimpoquepreva de188miltoneladasdeCO2emseteanospormeiodasubstituiodoleo combustvel utilizado nas caldeiras por biomassa. O caso de maior sucesso afilialdeViamo-RS,quepossibilitouaentradadaCompanhianosnegciosdecrditodecarbonocertificadopelaONU.Abaixo,naFigura12,temosumgrficoque mostra a atual matriz energtica da Ambev. Figura 12 Matriz energtica atual da Ambev Fonte: Relatrio Anual AmbevUmainiciativadesucessodaAmbevoEnergySavingDaycampanha de economia de energia que educa e conscientiza os funcionrios sobre o consumo racionaldeenergia.Essacampanhapromovidaemtodasasreasdasfbricaseem2009 gerou uma economia de R$ 4,6 milhes A melhora na eficinciade seus equipamentos, o reaproveitamento energtico de fluidos aquecidos e as campanhas de conscientizao foram responsveis pela diminuio do consumodeenergianaproduodecerveja(almdosoutrosganhosambientaiscitados 51%29%20%Matriz energtica32 ,vemosquefoipossvelumareduode40%na AAmbevpossui37unidadesfabriseoitodelasfuncionam utilizandoabiomassacomoenergiacalorfica,comissoaAmbevfoiaprimeiraempresade bebidasdoBrasilafazerpartedoMecanismodeDesenvolvimentoLimpoquepreva emseteanospormeiodasubstituiodoleo O caso de maior sucesso desse processo de quepossibilitouaentradadaCompanhianosnegcios naFigura12,temosumgrficoque Fonte: Relatrio Anual Ambev SavingDay,queuma campanha de economia de energia que educa e conscientiza os funcionrios sobre o consumo racionaldeenergia.Essacampanhapromovidaemtodasasreasdasfbricaseem2009 nciade seus equipamentos, o reaproveitamento energtico de fluidos aquecidos e as campanhas de conscientizao foram responsveis pela diminuio do consumodeenergianaproduodecerveja(almdosoutrosganhosambientaiscitados Gs NaturalBiomassa leo PBF anteriormente).Ogrficoseguintehectolitro de cerveja produzida (MJ/hL)Figura 1 Uma das medidas adotadas para a reduo do consumo de energiadeumaplataformadevirtualdesktopcenter nico, fora daAmbev.queosistemagastaemmdia10descartedelixoeletrnico(estimativasdaAmbevmostramqueentre2002e2010foram evitados o descarte de 15 mil computadores).EntreasinovaesparaeconomizarMSB(MultipleStepBoilincozimentofoipossvelumareduonataxadeevaporaoduranteafervuradiminuindooconsumodeenergiacalorficamtodo contribuiu para uma economia de R$ 2AoobservarmosaFigura13,percebeconsumodeenergiaparaaproduodecerveja,essareduonofoitoexpressivaquanto 2003113,8ficoseguinte,Figura13,ilustraessadiminuioemMegajoulespor hectolitro de cerveja produzida (MJ/hL). Figura 13 Consumo de energia em MJ / hL de cerveja Fonte: Relatrio Anual AmbevUma das medidas adotadas para a reduo do consumo de energiadeumaplataformadevirtualdesktop,ondeasinformaessoarmazenadasemum nico, fora daAmbev. Com isso foi possvel uma reduo no consumo de energia, j queosistemagastaemmdia10%daenergiaconsumidaporumcomputadornormal,ede descartedelixoeletrnico(estimativasdaAmbevmostramqueentre2002e2010foram evitados o descarte de 15 mil computadores). Entreasinovaesparaeconomizarenergia,houveaimplantaodoprocesso (MultipleStepBoiling),duranteaproduodacerveja.Comaalteraodacurvade umareduonataxadeevaporaoduranteafervuradiminuindooconsumodeenergiacalorficanasfbricas,semalteraroprodutofinal.O ra uma economia de R$ 2 milhes no consumo de energia em 2008.AoobservarmosaFigura13,percebe-sequehouveumareduode8consumodeenergiaparaaproduodecerveja,essareduonofoitoexpressivaquanto 2004 2005 2006 2007108,7109,1107,8104,7Consumo de energia33 ilustraessadiminuioemMegajoulespor Fonte: Relatrio Anual Ambev Uma das medidas adotadas para a reduo do consumo de energia foi a utilizao ondeasinformaessoarmazenadasemumdata ossvel uma reduo no consumo de energia, j computadornormal,ede descartedelixoeletrnico(estimativasdaAmbevmostramqueentre2002e2010foram aimplantaodoprocesso Comaalteraodacurvade umareduonataxadeevaporaoduranteafervuradomosto, nasfbricas,semalteraroprodutofinal.O milhes no consumo de energia em 2008. ouveumareduode8%no consumodeenergiaparaaproduodecerveja,essareduonofoitoexpressivaquanto Energia34 aosganhosobtidosnaguaeproduodeCO2,pormfoiiniciadoumprocessodemaior controle relativo ao consumo de energia ecombustveis, buscando gerarmelhores resultados deecoeficincia.Comareduoalcanada,houvedentreoutrosfatoresaeconomiacomo gastodeenergiaeltricaedageraodeCO2(devidoageraodeenergiaeltrica proveniente de termoeltricas). Assim como a gua, existem metas de reduo e de produo do CO2 em todas as unidades. 3.3 Gerenciamento de resduos slidos Os resduos de embalagens na indstria cervejeira so geridos por um sistema de coletaseletivaereciclagem.Osresduossooriundosprincipalmentedasreasdeenvase, armazenamento e dos escritrios presentes na unidade fabril. Cerca de 90 % do volume vendido da Ambev de cervejaretornvel, portantoa maior parte dos resduos provenientes do envase e armazenamento composto por vidro, que um material inerte e de difcil decomposio. Alm do vidro, embalagens PET e de alumnio soencontradascomoresduos.Em2009,aproximadamente99%dessesresduosforam reciclados.AAmbevapia42gruposdecatadoresdematerialreciclvel,mantmuma parceriacomaONGEcomarapendiepatrocinaoProgramaReciclagemSolidriaqueentre 2007 e 2008 coletou mais de 2,5 mil toneladas de material reciclvel. Outroresduoquereaproveitadonaprpriacadeiaprodutivaapolpados rtulosprovenientedasetapasdelimpeza.Apolpaprensadaretirandoassimoexcessode gua que est rica em lcalis, devido a etapa de limpeza. O material j seco utilizado como matria-prima em fbricas de papel e papelo, e a gua retirada reutilizada na neutralizao dos efluentes na estao de tratamento. Os resduos orgnicos advindos dos processos de filtrao durante a fabricao da cerveja(trubfino,trubgrossoebagaodemalteverFigura4Fluxogramadoprocesso cervejeiroeseusprincipaisresduos)soconsideradossubprodutosesovendidoscomo complemento nutritivo para compor a rao animal. Olodoproveniencomoumsubproduto.Umapartereaproveitadaparaumnovociclodoprocessode biodigestoeoutra,apssecagem,aproveitadacomoadubotratamentosemelhanteolevedo,poisumaparcelareutilizadaparanovasbateladasde produodecerveja,enquantoaoutravendidacomomatriaalimentcia. Tambm reutilizada no processo aterradiattratamento trmico, pois ao ser utilizada na filtrao e clarificao da cerveja seus poros ficam preenchidos com material orgnico.Abaixo,naFigura1lucrogeradopelomesmo.Podereaproveitamento,conseguiumaior gerao de subprodutos e a uma maior agregao de valor. Figura 14 200698,1%59,3 miOlodoprovenientedosprocessosdedecantaodaETEtambmencarado comoumsubproduto.Umapartereaproveitadaparaumnovociclodoprocessode biodigestoeoutra,apssecagem,aproveitadacomoadubo.Outrosubprodutoquetem tratamentosemelhanteolevedo,poisumaparcelareutilizadaparanovasbateladasde produodecerveja,enquantoaoutravendidacomomatria-primaparaaindstria Tambm reutilizada no processo aterradiatomcea, para tanto realizado um tratamento trmico, pois ao ser utilizada na filtrao e clarificao da cerveja seus poros ficam preenchidos com material orgnico. Abaixo,naFigura14,temososresultadosdereaproveitamentoderesduoseo opelomesmo.Pode-senotarqueapesardeapresentar reaproveitamento,conseguiu-segerarumaumentonareceita.Issosedeveaofatodeuma maior gerao de subprodutos e a uma maior agregao de valor. Figura 14 Receita gerada a partir do reaproveito de resduosFonte: Relatrio Anual Ambev2007 2008 200998,2% 98,2% 98,2%66,8 mi72,6 mi78,8 mi% ReaproveitadaLucro Gerado35 tedosprocessosdedecantaodaETEtambmencarado comoumsubproduto.Umapartereaproveitadaparaumnovociclodoprocessode Outrosubprodutoquetem tratamentosemelhanteolevedo,poisumaparcelareutilizadaparanovasbateladasde primaparaaindstria omcea, para tanto realizado um tratamento trmico, pois ao ser utilizada na filtrao e clarificao da cerveja seus poros ficam ,temososresultadosdereaproveitamentoderesduoseo ummesmondicede areceita.Issosedeveaofatodeuma artir do reaproveito de resduos Fonte: Relatrio Anual Ambev % ReaproveitadaLucro Gerado36 4. CONCLUSES E PERSPECTIVAS Oestudorealizadotevecomomotivaomostrarquepossvelfazer modificaesnoprocessobuscandoasustentabilidadeeconseqentementetendocomo resultados:umaotimizaodoprocessoeumganhodereceita,queanteriormenteestava sendo desperdiada devido a vcios no processo. Para tanto foram vistos resduos gerados que poderiam ser reinseridos no processo produtivo melhorando a eficincia, como por exemplo a gua. E outros foram tomados como subprodutos gerando uma receita extra, como a torta de filtrado (trub fino e grosso e o bagao do malte), e ainda foram vistos resduos que poderiam terumamenoremisso,gerandoassimmenorimpactoambiental,ocasoapresentadono trabalho foi o CO2. A Companhia cujas aes foram analisadas, obteve resultados significativos que a fizeramganharprmiosdereconhecimentoeportantotomadacomoreferncianoquesito ambientalnosetorcervejeiro.ApesardograudereconhecimentoobtidoaAmbevpossui estratgias de aumento do crescimento sustentvel. Para a obteno de um maior ndice desse crescimentoforamcriadasmetasambientaispara2012,juntamentecomumplanodeao associado s medidas que j foram implantadas. Asperspectivasde2012sodereduziroconsumodeguaem11%tendo, portanto 3,5 litros de gua por litro de cerveja, reduzir em 10 % a emisso de CO2, e aumentar o reaproveitamento de resduos. Com isso percebe-se que a Ambev mostra-se empenhada em construirresultadosslidosqueculminemcomavisodaempresaque:Seramelhor empresa de bebidas do mundo em um mundo melhor. 37 5. REFERNCIAS 1: MORADO, R; Larousse da cerveja; Ed. Larousse, 2009. 2: . Acessos em Setembro de 2011. 3: Site do SindiCerv. . Acessos em Setembro de 2011. 4: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica -IBGE. Relatrio IBGE 2009. Brasil, 2009. 5- Revista VEJA SEO ECONOMIA; Brasil, mar. 2011. 6- International Organization for Standardization - ISO International Management Standards 14000; Genebra Sua; 1993. 7BONISSONI,R.GestoeSustentabilidadeAmbiental:EstudodeCasoemuma Fbrica de Bebida Energtica. Universidade Federal de Santa Catarina, 2008. 8: Ambev Relatrio Anual 2010. Brasil, 2010. 9: Site da Ambev. < http://www.ambev.com.br/pt-br>. Acessos de Setembro a Novembro de 2011. 10:GuiadeproduomaislimpasrieCervejaseRefrigerantes.Companhiade Tecnologia de Saneamento Ambiental CETESB; So Paulo; 2005. 38 11: . Acessos em Novembro de 2011. 12: . Acessos em Novembro de 2011. 13:ENVIRONMENTCANADA;Technicalpollutionpreventionguideforbreweryand winery operations in the Lower Frasier Basin; Environment Canada; Vancouver; 1997. 14:UNITEDNATIONSENVIRONMENTPROGRAMME/INDUSTRYAND ENVIRONMENT; Environmental management in the brewing industry; UNEP Technical Report Series n33; UNEP; Paris; 1996. 15-Sousa,I.;Hugo,P;EstaodeTratamentodeEfluentesemumaIndstria Cervejeira; Universidade Federal de Pernambuco; Jun. 2010. 16: Ambev Relatrio de Sustentabilidade - Ambev 2008. Brasil, 2008. 17: Ambev Relatrio de Sustentabilidade - Ambev 2009. Brasil, 2009. 18: Schincariol Relatrio de Sustentabilidade Nova Schin 2010. Brasil, 2010. 19: Acessos em Novembro de 2011. 20: < http://www.cervejaitaipava.com.br/> Acessos em Novembro de 2011. 21: Ambev Gesto Ambiental Ecoeficiente - Ambev . Brasil, 2007. 39 22:BERENHAUSER,A.;FabricaodeCervejaseRefrigerantesTratamentode Efluentes; 1999. 23:GOMES,D.M.;LogsticadeDistribuioReversaeSustentabilidadeAmbientalna Ambev; Universidade Federal da Paraba; Joo Pessoa; 2009. 24: MELO,A. C.; MOURA, E.; ANSELMO,G.; MESQUITA, M.; AQUINO, M.; COSTA, R.;NormasparaApresentaodeTrabalhosAcadmicosdaUniversidadeFederaldo Cear; Universidade Federal do Cear; Fortaleza; 2007. 25: A Superintendncia Estadual do Meio Ambiente SEMACE Portaria n154, de 22 de Julho de 2002 (DOE 01.10.2002).