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DA AUSÊNCIA Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. § 1 o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. § 2 o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos. § 3 o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. CONCEITO Ausente é aquele que, devido ao seu desaparecimento, é declarado tal por ato do juiz. Não basta a simples não-presença para configurar a ausência no sentido técnico. É essencial ainda a falta de notícias do ausente, de modo a existir dúvida sobre a existência, bem como a declaração judicial desse estado. Se pudéssemos lançar mão de uma fórmula, diríamos que: NÃO-PRESENÇA + FALTA DE NOTÍCIAS + DECISÃO JUDICIAL = AUSÊNCIA.

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Direito Civil

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DA AUSÊNCIA

Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver

notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba

administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do

Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.

Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o

ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o

mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.

Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações,

conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a

respeito dos tutores e curadores.

Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado

judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da

ausência, será o seu legítimo curador.

§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos

pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os

iniba de exercer o cargo.

§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.

§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do

curador.

CONCEITO

Ausente é aquele que, devido ao seu desaparecimento, é declarado tal por

ato do juiz. Não basta a simples não-presença para configurar a ausência no

sentido técnico. É essencial ainda a falta de notícias do ausente, de modo a

existir dúvida sobre a existência, bem como a declaração judicial desse estado.

Se pudéssemos lançar mão de uma fórmula, diríamos que: NÃO-PRESENÇA

+ FALTA DE NOTÍCIAS + DECISÃO JUDICIAL = AUSÊNCIA.

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CURADORIA

O curador do ausente administra o patrimônio dele, impedindo o perecimento

dos bens.

Art. 22, segunda parte: o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou

do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.

Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações,

conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a

respeito dos tutores e curadores.

SUCESSÃO PROVISÓRIA

Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele

deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os

interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a

sucessão.

Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram

interessados:

I - o cônjuge não separado judicialmente;

II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;

III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua

morte;

IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.

Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só

produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas,

logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver,

e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.

§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na

sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo

competente.

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§ 2o Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário

até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a

sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela

forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.

Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a

conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis

ou em títulos garantidos pela União.

Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente,

darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas

equivalentes aos quinhões respectivos.

§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a

garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe

deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado

pelo juiz, e que preste essa garantia.

§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a

sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar

na posse dos bens do ausente.

Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por

desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.

Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão

representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles

correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas.

Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório

do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este

couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses

frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o

representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz

competente.

Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi

voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos

frutos e rendimentos.

Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá,

justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos

do quinhão que lhe tocaria.

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Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do

falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em

favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.

Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de

estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos

sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas

assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.

ARRECADAÇÃO DE BENS DE AUSENTE – MODELO BÁSICO

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE

____________ – UF.

____________, brasileira, ____________, CPF nº ____________, residente e

domiciliada a Rua ____________, n° ___, bairro ____________, CEP ______-

___, na cidade de ____________, UF, por seu procurador ao fim assinado, nos

termos do incluso instrumento de mandato (Doc. 1), o qual recebe intimações a

Rua ____________, n° ___, sala ___, bairro ____________, CEP ______-___,

Fone/Fax: (__) ___-______, na cidade de ____________, UF, vem

respeitosamente a presença de V. Exª. requerer e expor o que segue:

Em __/__/___, o requerido, ___________, brasileiro, aposentado, com ___

anos de idade, residente à Rua ___________, nº ___, Bairro ___________

nesta cidade, ausentou-se de sua residência para _____________ e desde a

partida jamais deu notícia de seu paradeiro a quem quer que seja.

A requerente, sua vizinha e amiga íntima, acionou a autoridade policial de

____________, destino de sua viagem, que lhe deu resposta negativa,

conforme boletim de ocorrência em anexo (doc. 02).

Até a presente data ninguém conseguiu localizar o requerido e nem se teve

notícia.

O desaparecido deixou os seguintes bens:

1) _______________

2) _______________

3) _______________

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O requerido também deixou um testamento particular, no qual institui herdeiro

_____________, documento em anexo (doc. 03).

Porém o requerido não deixou procurador que lhe administre os bens, nem se

conhece nenhum parente em qualquer grau.

Isso Posto, requer, com espeque nos artigos 1.159 e 1.160 do Código de

Processo Civil:

Que V. Exª se digne em declarar a ausência de ___________________, e

determine a arrecadação dos seus bens, nomeando-lhe curador.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

____________, ___ de __________ de 20__.

____________

OAB/

SUCESSÃO DEFINITIVA

Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a

abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão

definitiva e o levantamento das cauções prestadas.

Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que

o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas

notícias dele.

Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da

sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele

ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-

rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados

houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.

Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente

não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens

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arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se

localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da

União, quando situados em território federal.

DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO DO AUSENTE

Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:

I - pela morte de um dos cônjuges;

II - pela nulidade ou anulação do casamento;

III - pela separação judicial;

IV - pelo divórcio.

§ 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou

pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao

ausente.

O art. 1.571, § 1º, permite a dissolução do casamento pela ausência do outro

cônjuge em decisão judicial transitada em julgado.

Art. 1.523. Não devem casar:

I -

II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido

anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da

sociedade conjugal;

O cônjuge do ausente pode optar entre pedir o divórcio para se casar

novamente ou esperar pela presunção de morte. O divórcio tem a

desvantagem de fazer o cônjuge perder o direito à sucessão, enquanto que a

decretação da ausência lhe dá a categoria de viúvo, tendo, portanto, direito

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sucessório, desde que obedecidas as regras do artigo 1829 do CC de 2002

que trata da ordem de vocação hereditária.

1- Em que momento se considera presumida a morte do ausente, para o

fim da dissolução do seu casamento?

Resposta: Com a conversão da sucessão provisória em definitiva que se

presume a morte do ausente, pelo que somente essa conversão é que dissolve

o casamento do ausente.

2- A sentença declaratória de ausência resulta a condição de viúvo ao

cônjuge do ausente?

Resposta: Nos termos do art. 9º, inciso IV, do Código Civil e do art. 94 da Lei

de Registros Públicos, deve ser registrada no Registro Civil, portanto presume-

se que o estado de viuvez seria uma conseqüência desse registro.

3- Seria uma viuvez “revogável”?

Resposta: Admitindo a lei o retorno do ausente até 10 anos depois da

conversão da sucessão provisória em definitiva, podendo ele reassumir seus

bens (art. 39), ou, mesmo depois dos 10 anos (embora sem reassumir seus

bens), naturalmente poderá o ausente reabilitar-se civilmente, deixando de ser

presumido morto, com o que poderá estará revogado o estado de viúvo do seu

cônjuge.

4- E se houver o retorno do ausente após o casamento de seu ex-cônjuge?

Qual o casamento que teria validade?

Prevê o Código Civil de 2002 que o primeiro casamento se dissolve pela

presunção de morte, equivalendo, portanto, ao divórcio, ou à morte real. Daí

seguiria a conseqüência de que, estando dissolvido o primeiro casamento,

válido ficaria o segundo. Mas deve-se discutir: a presunção de morte é uma

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presunção absoluta (juris et de jure)? Não seria antes uma presunção relativa

(juris tantum)? Não se pode negar o seu caráter de presunção relativa, já que o

ausente pode retornar e, em conseqüência, provar que não está morto

realmente. Sendo presunção relativa, desfaz-se com a prova de que não houve

morte real, ou seja, com o reaparecimento do ausente. Então, desfeita a

presunção, seria lógico se entender desfeita também a dissolução do

casamento. E a conseqüência disto seria desastrosa: o segundo casamento do

cônjuge do ausente foi feito em bigamia, sendo, portanto, nulo.

Em nenhum dos casos traz o novo diploma expressa solução para a eventual

hipótese de o presumido morto retornar, estando o ex-cônjuge já casado com

terceira pessoa.

PESSOA JURIDICA

CONCEITO

Pessoa jurídica é a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios, que visa à

consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de

direitos e obrigações."

ASPECTOS HISTÓRICOS

A personalidade jurídica, como sujeito de direito independente das pessoas

naturais dos sócios, encontra seus alicerces na Idade Média, mais

precisamente, com a necessidade da Igreja Católica proteger o seu patrimônio.

Na época, as terras eram divididas em feudos, de propriedade dos senhores

feudais, soberanos sobre o espaço geográfico e sobre o povo que nele residia.

Aos habitantes dessas terras não era permitida a aquisição de propriedades,

eis que tudo pertencia ao senhor feudal, a quem estavam vinculados por

juramento de fé e homenagem. Eram seus súditos. .

Nesse contexto, a Igreja Católica emergiu como a única entidade, além dos

senhores feudais e imperadores, a se tornar proprietária de terras, prédios,

tesouros e todo tipo de patrimônio, bem como seus membros não prestavam

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juramento de fidelidade ao senhor feudal, mas a Deus. COELHO diz que,

“naquele tempo, o direito canônico separava a Igreja, como corporação, de

seus membros (os clérigos), afirmando que aquela tem existência permanente,

que transcende a vida transitória dos padres e bispos”

Surgia, no oriente, uma religião que velozmente ganhava adeptos entre os

povos: o islamismo. A fim de garantir a hegemonia da Igreja Católica sobre

todas as religiões, os papas e muitos imperadores e senhores feudais

organizaram e financiaram cruzadas, que por muito tempo conquistaram

Jerusalém, uma terra considerada santa por três religiões: cristianismo,

islamismo e judaísmo. Os cavaleiros cruzados, em suas travessias pela costa

do Mar Mediterrâneo até o Oriente Médio, começaram a acumular

propriedades, concorrendo com a Igreja e com os soberanos, o que fez com

que a sua ordem fosse extinta pelos mesmos que a patrocinaram.

Apesar das represálias aos cruzados, estes conseguiram se firmar como

proprietários de tesouros e terras que extrapolavam os limites dos feudos,

iniciando uma era em que as conquistas particulares e os negócios tornavam

as pessoas naturais capazes de adquirirem propriedades. Tornavam-se, dessa

maneira, negociantes autônomos que tinham capacidade de ampliar seu

patrimônio por meio da iniciativa privada.

Surgiam, então, as corporações de ofício, verdadeiras associações de

profissionais que detinham segredos de suas profissões a fim de garantir sua

autonomia, o monopólio e a continuidade dos seus serviços, restringindo

qualquer possibilidade de concorrência.

Diferentemente da Igreja Católica, essas corporações se ligavam diretamente à

figura dos seus associados, que a representavam e contribuíam com bens

particulares para a sua composição.

No Brasil, a regulamentação das chamadas empresas e sociedades comerciais

se deu em 1850, com a Lei nº 556, intitulada Código Comercial.

Regulamentava a profissão do comerciante brasileiro e a sua atuação na

atividade mercantil em âmbito nacional ou internacional.

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DENOMINAÇÃO

Nome da empresa: o nome da empresa a identifica, assim como o nome de

alguém identifica essa pessoa. Há uma forma correta de escolher o nome de

empresas, porque isto ajuda as pessoas a saberem com que empresa estão

lidando.

Espécies diferentes de nome de empresa:

- firma ou razão social: é o nome dos sócios, pode trazer o nome de todos

(Silva, Santos e Soares S/C) ou apenas de um deles acrescido da palavra “e

companhia” (Silva & Cia.).

— denominação: quando se trata de empresa prestadora de serviços é comum

trazer o nome da atividade junto do nome dos sócios (Silva, Santos e

Soares Turismo S/C).

— nome de fantasia: nome de fantasia é aquele que geralmente é usado para

atrair a clientela, como estratégia de marketing, ex.: Coca-cola, McDonalds,

etc.

Assim, empresas de prestação de serviço tem de ser sociedade civil, abrevia-

se, ao final do nome como S/C.

NATUREZA JURÍDICA

Natureza jurídica ou tipo jurídico é uma classificação que discrimina o tipo de

organização contábil e a relação de uma pessoa jurídica com o sistema

de fiscalização econômica de um estado.

Tabela de Natureza Jurídica e Qualificação do Quadro de Sócios e

Administradores – FONTE

http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/cnpj/tabelas/NatJurQualificaS

ocioeAdm.htm

Page 11: Tgdc Iies - Nono Conteúdo

Qualificação

Empresa Pública

Administrador, Diretor ou Presidente

Sociedade de Economia Mista Conselheiro de Administração, Diretor ou Presidente

Sociedade Anônima Aberta Administrador, Conselheiro de Administração, Diretor ou Presidente

Sociedade Anônima Fechada Administrador, Conselheiro de Administração, Diretor ou Presidente

Sociedade Empresária Limitada

Administrador, Sócio, Sócio ou Acionista Incapaz ou Relativamente Incapaz (exceto menor), Sócio ou Acionista Menor (assistido/representado), Sócio Pessoa Jurídica Domiciliado no Exterior, Sócio Pessoa Física Residente ou Domiciliado no Exterior, Sócio-Administrador ou Cotas em Tesouraria

Sociedade Empresária em Nome Coletivo

Sócio, Sócio ou Acionista Incapaz ou Relativamente Incapaz (exceto menor), Sócio ou Acionista Menor (assistido/representado), Sócio Pessoa Física Residente ou Domiciliado no Exterior, Sócio-Administrador ou Cotas em Tesouraria

Sociedade Empresária em Comandita Simples

Administrador, Sócio Comanditado, Sócio Comanditário, Sócio Comanditado Residente no Exterior, Sócio Comanditário Pessoa Física Residente no Exterior, Sócio Comanditário Pessoa Jurídica Domiciliado no Exterior, Sócio Comanditário Incapaz ou Cotas em Tesouraria

Sociedade Empresária em Comandita ( não intervêm na gerência e cuja

responsabilidade não excede o capital subscrito.) por Ações

Administrador, Diretor ou Presidente

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Sociedade em Conta de Participação

Sócio Ostensivo

Cooperativa

Diretor ou Presidente

Consórcio de Sociedades

Administrador, Sociedade Consorciada ou Sócio Pessoa Jurídica Domiciliado no Exterior

Grupo de Sociedades Administrador, Sociedade Filiada ou Sócio Pessoa Jurídica Domiciliado no Exterior

Sociedade Simples Pura Administrador, Sócio ou Acionista Incapaz ou Relativamente Incapaz (exceto menor), Sócio ou Acionista Menor (assistido/representado), Sócio Pessoa Jurídica Domiciliado no Exterior, Sócio Pessoa Física Residente ou Domiciliado no Exterior, Sócio-Administrador, Sócio com Capital, Sócio sem Capital ou Cotas em Tesouraria

Sociedade Simples Limitada

Administrador, Sócio, Sócio ou Acionista Incapaz ou Relativamente Incapaz (exceto menor), Sócio ou Acionista Menor (assistido/representado), Sócio Pessoa Jurídica Domiciliado no Exterior, Sócio Pessoa Física Residente ou Domiciliado no Exterior, Sócio-Administrador ou Cotas em Tesouraria

Sociedade Simples em Nome Coletivo

Sócio, Sócio ou Acionista Incapaz ou Relativamente Incapaz (exceto menor), Sócio ou Acionista Menor (assistido/representado), Sócio Pessoa Física Residente ou Domiciliado no Exterior, Sócio-Administrador ou Cotas em Tesouraria

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Sociedade Simples em Comandita Simples

Administrador, Sócio Comanditado, Sócio Comanditário, Sócio Comanditado Residente no Exterior, Sócio Comanditário Pessoa Física Residente no Exterior, Sócio Comanditário Pessoa Jurídica Domiciliado no Exterior, Sócio Comanditário Incapaz ou Cotas em Tesouraria

Consórcio Simples Administrador, Sociedade Consorciada ou Sócio Pessoa Jurídica Domiciliado no Exterior

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Empresária)

Administrador, Titular Pessoa Física Residente ou Domiciliado no Brasil, Titular Pessoa Física Residente ou Domiciliado no Exterior, Titular Pessoa Física Incapaz ou Relativamente Incapaz (exceto menor) ou Titular Pessoa Física Menor (Assistido/Representado)

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Simples)

Administrador, Titular Pessoa Física Residente ou Domiciliado no Brasil, Titular Pessoa Física Residente ou Domiciliado no Exterior, Titular Pessoa Física Incapaz ou Relativamente Incapaz (exceto menor) ou Titular Pessoa Física Menor (Assistido/Representado)

Fundação Privada Administrador, Diretor, Presidente ou Fundador

Organização Religiosa Administrador, Diretor ou Presidente

Associação Privada Administrador, Diretor ou Presidente

Contribuinte Individual Produtor Rural

Classificação das pessoas jurídicas

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PRIVADO

PUBLICO – INTERNO E EXTERNO

As pessoas jurídicas classificam-se em pessoas de direito privado ou pessoas

de direito público, e, estas, entre de direito público interno e externo (art. 40).

“O que as distingue não é a origem dos recursos empregados em sua

constituição (públicos ou particulares), mas o regime jurídico a que se

submetem”

As pessoas jurídicas também são classificadas de acordo com o modo de

constituição: contratuais se o seu ato constitutivo for um contrato social, e

institucional, se for um estatuto.

Ainda, como unipessoais ou pluripessoais, de acordo com o número de

pessoas naturais que as constituem.

Ruy Cirne Lima apresenta a classificação em três formas estruturais da

personalidade jurídica: a corporação, a fundação e o estabelecimento público.

Corporação é a personificação de uma coletividade de pessoas; BLOCO

CARNAVAL

Fundação, a personificação de uma coletividade de bens; FKB

Estabelecimento público bens e pessoas, postos ao serviço de uma finalidade

pública determinada. São centros de competência instituídos para o

desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é

imputada à pessoa jurídica a que pertence. Também podem ser definidos como

unidades que congregam atribuições exercidas pelos agentes públicos que as

integram, com o objetivo de expressar a vontade do Estado.

Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello, órgãos públicos "são unidades

abstratas que sintetizam os vários círculos de atribuições do Estado".

“Órgão público é "uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos

agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do

Estado”. (Maria Sylvia Zanella Di Prieto);

PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO

As pessoas jurídicas de direito público caracterizam-se pela supremacia do

interesse público sobre o privado, e estão sob a tutela do Direito

Administrativo, suas regras e princípios. Porém, as pessoas jurídicas de direito

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público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que

couber, quanto ao seu funcionamento, pelo Código Civil (art. 41, parágrafo

único).

As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por

atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros,

ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por

parte destes, culpa ou dolo (art. 43 do CC e art. 37, § 6º da CF).

As pessoas jurídicas podem ser de direito público interno ou externo,

consoante o fato de estarem inseridas ou não na abrangência da soberania

nacional.

PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO INTERNO

São grupos que representam a organização política e algumas entidades que

visam realizar o fim público.

Entretanto, o melhor exemplo de pessoa jurídica de direito público interno

é o Estado, ou seja, sociedade politicamente organizada”.

São pessoas jurídicas de direito público interno a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Territórios, os Municípios, as autarquias (INSS, por exemplo) e

demais entidades de caráter público criadas por lei (art. 41 do CC). Ressalte-se

que, em face do pacto federativo nacional, as pessoas de direito público interno

possuem autonomia, mas são dependentes da federação no tocante à

soberania, que é a capacidade de autodeterminação.

Cada ente da federação, portanto é uma pessoa jurídica de direito público

interno, com autonomia político-administrativa. Seu âmbito de atuação

restringe-se ao território brasileiro, eis que, para assumir obrigações de caráter

internacional, necessita da supervisão e aprovação da federação.

PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO EXTERNO

As pessoas jurídicas de direito público externo são os Estados estrangeiros, as

comunidades internacionais e todas as pessoas regidas pelo Direito

Internacional Público (Santa Sé, ONU, OMC, Comunidade Européia etc.) (art.

42 do CC).

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PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO

As pessoas jurídicas são de direito privado quando regidas pelas normas do

Direito Privado, independentemente da procedência do capital que as

constituir. São pessoas jurídicas de direito privado as empresas públicas,

que possuem patrimônio e capital exclusivo da União, e a sociedade de

economia mista, criadas por lei para a exploração de atividade econômica

(art. 173, § 1º da CF).

As empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações

governamentais são denominadas pessoas jurídica estatais, e submetem-se ao

regime jurídico de direito privado.

“Seu estudo, de qualquer modo, é feito no âmbito do direito administrativo. O

direito privado ocupa-se das pessoas jurídicas constituídas exclusivamente por

recursos de particulares, cabendo ao direito civil o exame das associações,

fundações e sociedades simples, e ao direito comercial, o das sociedades

empresárias.

são pessoas jurídicas de direito privado as associações, as sociedades,

as fundações, as organizações religiosas e os partidos políticos (art. 44 do

CC). Embora exista a menção ao fato da Santa Sé ser caracterizada como

pessoa jurídica de direito público externo, não se pode confundí-la com as

organizações religiosas descritas no rol de pessoas jurídicas de direito privado.

A Igreja Católica, a Santa Sé, é pessoa jurídica de direito público por constituir

um país soberano, o Vaticano, que, como tal, difere-se substancialmente das

condições de caráter privado das demais organizações religiosas que

funcionam como uma modalidade de empresa.

A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a

inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando

necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no

registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo (art. 45 do CC).