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TGI II - Caderno de Projeto

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Este caderno faz parte do registro da produção do trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, intitulado Centro de Convivência e Integração social: um espaço da cidade de Bauru.

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Este caderno faz parte do registro da produção do trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, intitulado Centro de Convivência e Integração social: um espaço da cidade de Bauru.

São Carlos 2012

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO Trabalho de Graduação Integrado II _2012

Professores da banca Prof. Drª. Lúcia Zanin Shimbo (CAP) Prof. Dr. Paulo Yassuhide Fujioka Prof. Me. Fábio Boretti Netto de Araújo Professores da CAP Prof. Dr. Francisco Sales T. Filho Prof. Dr. Joubert José Lancha Prof. Drª. Simone Helena T. Vizioli

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À Deus, por todos os ensinamentos e por me conceder tantos momentos de felicidade ao lado daqueles que amo. À minha família, especialmente aos meus pais, por toda a dedicação em proporcionar os melhores estudos e ao grande incentivo a sempre seguir meus sonhos. Ao Diego, por estar sempre presente, pelo imenso apoio e incentivo em todos os momentos e frente a todos os obstáculos. Aos meus amigos e amigas da Turma 08, que me ensinaram muito sobre amizade ao longo desses cinco anos juntos, foi um período cheio de histórias e ensinamentos que levarei para a vida toda. A todos os professores que tive a oportunidade de receber parte de seus conhecimentos e experiências, que muito contribuíram para o crescimento profissional e também pessoal de seus alunos. Em especial aos professores que estiveram diretamente ligados ao desenvolvimento deste trabalho: Lúcia Zanin Shimbo, Paulo Yassuhide Fujioka, João Marcos de Almeida Lopes e Cibele Saliba Rizek, pelas orientações, referências e apoio. Aos funcionários do Instituto de Arquitetura e Urbanismo e a todos aqueles que se dispuseram a passar informações para que a pesquisa deste projeto pudesse trazer a realidade e as necessidades nos âmbitos municipal e social.

Tudo é possível quando temos pessoas iluminadas e espíritos de luz ao nosso lado.

agradecimentos

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índice Introdução .................................................................................. 8 Pré-TGI .....................................................................................10 Referências ................................................................................13 Percepções ................................................................................17 Lugar .........................................................................................21 Levantamentos e Análises ..........................................................23 Programa ...................................................................................31 Processo ....................................................................................32 Projeto .......................................................................................44 Bibliografia ...............................................................................106

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A criação de um espaço público inserido numa área urbana consolidada. Uma arquitetura que capte o olhar do passante e convide-o àquele espaço, disponível para sua apropriação. Estes foram os princípios dos quais partiu este projeto. Com a ideia de modificar a paisagem cotidiana, temos uma área abandonada pelo poder público, um vazio urbano no centro da cidade de Bauru/SP. Partindo do estudo da cidade, dos espaços públicos presentes no dia-a-dia das pessoas, como praças e largos, a implantação deste projeto começa pela articulação de um percurso interno que conecta os edifícios e cria espaços que se abrem para a cidade. Um desvio da calçada leva o passante ao interior do projeto, cujos limites não estão definidos. A permeabilidade nos espaços “fechados” acontece no mesmo fluxo, sem barreiras físicas, e visualmente convida os olhos a passear pelas curvas, identificar abrigos, convidando ao estar. Foi realizado um estudo sobre a área e principalmente sobre as atividades sociais existentes na cidade e seu público. A população em situação de rua, necessitada de atividades que não sejam apenas assistencialistas, foi o foco principal para a criação desses espaços, principalmente no que diz respeito às áreas livres e às proporções das construções, que não se colocam como imponentes e rígidas, que podem provocar forte aversão a àqueles que buscam por ajuda, que já se sentem reprimidos frente às diversas imposições e preconceitos por parte da cidade.

introdução

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O programa parte da demanda da cidade por equipamentos sociais. Ao estudarmos as necessidades e a real efetividade de atividades que propõem uma “reintegração social”, que é imposta e exigente frente às diferentes realidades da população que pretende atender, o programa se revela bastante complexo. Os edifícios foram pensados de forma a não causar uma ruptura na paisagem, mas fazer parte dela. As coberturas curvas envolvem os espaços, mas não os fecha totalmente; a arquibancada e a escadaria fazem a conexão entre as duas cotas extremas do terreno; a da calçada do nível mais alto conforma um mirante; o desenho da vegetação não se limita às áreas não pavimentadas, mas que tem continuidade com aberturas no piso e conectam área construída e área verde; fazem um conjunto do projeto que compõe essa paisagem. O projeto se denomina Centro de Convivência, um local com atividades diversas em seu programa e que acomoda outras que possam ser adequadamente realizadas em seus espaços. Um programa que por si só parte de uma ideia de integração, seja nas atividades esportivas, cujo fundamento já é a relação interpessoal entre idades ou classes sociais, também o restaurante, que atende necessidades nutricionais dos que não podem pagar por uma refeição adequada, mas também àqueles que buscam um ambiente agradável e preocupado com o bem estar dos usuários, ou mesmo os cursos, que se conectam com as tecnologias e também com as artes em exposições ou dinâmicas para toda a sociedade.

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Texturas, cores e formas, movimento e materialidade, técnicas que melhor respondem às propostas do projeto. A relação usuário-arquitetura, a quebra da barreira entre produtor e receptor, a relação com o entorno e a inserção na paisagem urbana são algumas das diretrizes que considero fundamentais para um projeto arquitetônico.

Ao longo do curso e da pesquisa por referências arquitetônicas encontrei algumas que mais me cativaram a atenção: as ideias de Acayaba, o uso da madeira e seus encaixes precisos; também, as obras de Calatrava, com seus projetos cheios de movimento; e ainda as ideias de Sérgio Ferro, quanto ao uso de materiais locais e da participação dos trabalhadores na obra, que instigam a imaginar como seria essa colaboração e pensar sempre nas especificações de projeto de acordo com as necessidades e disponibilidades do local.

Pré-tgi

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referências Muitas foram as referências para este projeto. A pesquisa começou em 2011, com o início da investigação na disciplina de Pré-TGI, mas a busca por soluções arquitetônicas, teorias e críticas esteve presente ao longo de todo o trabalho. Algumas imagens a seguir são croquis feitos logo no início do ano, outros já partiam de uma busca mais focada na proposta do projeto. Algumas fotografias remetem não apenas a forma arquitetônica como referência, mas também as discussões teóricas que trazem seus autores.

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percepções Muitas pessoas em situação de rua, que por problemas financeiros, familiares, psicológicos, entre outros, citados pelas pesquisas sobre população de rua no Brasil, não têm uma residência, cotidianamente caminham pela cidade em busca de abrigo, refeições e apoio, vagam pelas ruas em busca de suas atividades diárias. Esse caminhar forma um percurso que se torna intrínseco a rotina da maioria dessa população. Partindo desse princípio do caminhar pela cidade e com o objetivo de atender e proporcionar atividades que atraiam essas pessoas ao convívio e à reinserção social trago para a minha intervenção uma escala que convide o passante àquele espaço. Busco elementos que compõem a paisagem da cidade, como praças e largos, repenso esses espaços, de forma que não seja intimidadora, que convide ao estar e que também estimule/convide às atividades internas aos edifícios, ao programa do projeto. Dessa maneira, este projeto visa a inserção de equipamentos que atendam pessoas em situação de rua, mas também toda a população de forma a integrar atividades e públicos de uma mesma sociedade.

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Bauru está localizada no interior do estado de São Paulo. A cidade conquistou importante desenvolvimento no auge do sistema ferroviário no Brasil, pois foi escolhida para abrigar um dos mais importantes entroncamentos ferroviários da América do Sul. Devido à decadência desse sistema de transporte, a estrada de ferro local foi desativada, o que gerou muito desemprego, desde aos trabalhadores ligados diretamente à ferrovia até aos que atendiam com serviços o grande fluxo de pessoas que passava por ali. Muitos edifícios perderam suas funções, o que resultou em lugares abandonados e que servem, atualmente, de abrigo à população em situação de rua e usuários de drogas.

lugar

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A partir do conceito da relação com o usuário e o objeto arquitetônico e sua inserção na paisagem cotidiana, com a preocupação de atender as solicitações e não afastar a população local, foi selecionada uma área próxima ao Centro e à antiga Estação Ferroviária, uma região apontada como de concentração da população de rua. O lote selecionado pertencia a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil da extinta Rede Ferroviária FederaL S/A, que com sua dissolução teve todos os bens transferidos para a União, com a orientação de sua apropriação e utilização para projetos sociais e de desenvolvimento local.

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A população em situação de rua está presente em Bauru, assim como na maioria das cidades brasileiras. Essa área será trabalhada com equipamentos que atendam não apenas aos moradores do bairro adjacente, mas também que, pela sua localização inserida no percurso diário de muitos moradores de rua, atinja também essa população, trazendo mais opções de atividades de convívio para a sociedade como um todo.

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Usos do solo

habitação comércio e serviços Institucional público

Levantamentos e análises

Hierarquia das vias

via estrutural vias arteriais

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Segundo o Censo realizado pelo IBGE em 2000, o levantamento mais próximo à área de projeto abriga 2963 pessoas, sendo 1371 homens e 1592 mulheres, ou seja, uma distribuição bastante equilibrada entre os sexos. Dentre essas 2963 pessoas, 2601 residem em casas, o que indica a quase homogeneidade pelos máximos 3 pavimentos da região. A coleta de lixo e abastecimento de água ocorre em 98% dos domicílios, reforçando a denominação dada pela prefeitura como “zona consolidada”. A composição da maioria das residências é de 2 ou 3 pessoas, mas existem casos com 10 ou mais pessoas num mesmo domicílio e ainda domicílio sem banheiro e com 5 pessoas residentes. A faixa de renda da região varia entre R$870,85 e R$1681,45, com renda per capta entre R$270,00 e R$600,00, ou seja, é uma região de baixa renda. O projeto busca responder a solicitação da cidade como um todo, quanto à programação voltada à população de rua e também atende à demanda dos bairros adjacentes, cuja disponibilidade de espaços de convívio e de atividades é deficitária.

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Dados - POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA em bauru Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua) • cerca de 25 pessoas são atendidas efetivamente • perfil: homens, entre 20 e 60 anos, baixa escolaridade, trabalho informal • atende também dependentes químicos

Albergue Noturno • atendimento à população em situação de rua e trecheiros • tentativa de atividades esportivas não foi efetiva pela falta de lugar • não atende pessoas sob efeito de drogas, são encaminhadas aos hospitais • serviços: banho, jantar, dormitório, café da manhã, encaminhamento ao Centro Pop

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intervenção albergue e centro pop

Já estão presentes na cidade alguns equipamentos voltados para o atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade. Com foco nos moradores de rua existem o Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua) e o Albergue Noturno, porém ainda há uma lacuna de atividades que promovam a reintegração social dessas pessoas e que as estimulem a buscar melhores condições de vida.

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fluxos intervenção albergue e centro pop

percursos

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programa Este projeto visa a inserção de equipamentos que atendam a população em situação de rua, do bairro, do centro, da cidade, de forma a integrar atividades e públicos de uma mesma sociedade. Com uma programação flexível e espaços que permitam diversos tipos de atividades existem três temas que são pontuados no projeto: alimentação, formação e esporte. O restaurante popular vem atender a demanda da cidade por um restaurante popular, visto que podemos observar a existência desse serviço em municípios com população inferior aos aproximadamente 340 mil habitantes de Bauru. Este equipamento se coloca à disposição de todos, pessoas em situação de rua, que não têm como pagar por uma refeição adequada, moradores do bairro ou trabalhadores do comércio e dos equipamentos institucionais próximos ao local. . Este é o principal espaço do projeto, cuja entrada se volta para o interior da quadra e conforma um grande espaço de convívio, encontro de pessoas e atividades diversas, desde a chegada para realizar as refeições ou assistir apresentações no palco ao ar livre. Os cursos propostos vão além da capacitação profissional para o mercado de trabalho da cidade, busca-se trazer um outro foco, o da preparação de pessoas para trabalhar com o atendimento social. Visto que o relacionamento interpessoal e principalmente a assistência social são questões de política pública, mas usualmente não há capacitação dos funcionários para realizar as atividades, existe então a demanda por esse tipo de orientação, que facilitará e tornará mais eficiente as atividades sociais. Outra atividade bastante atual e que pode receber um apoio das universidades da cidade, são os cursos de inclusão digital, principalmente as ligadas às novas mídias. O espaço pode ser utilizado de diversas maneiras, cursos em grupos menores ou palestras abertas a todos. As atividades esportivas vêm para atender à demanda por lazer e esporte da cidade. Tendo o princípio de atividade de integração por definição, o esporte vem como uma opção de atividade para a população em situação de rua, que muitas vezes fica concentrado e sem atividades no Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua) ou mesmo nas ruas de forma que não auxilie no estado psicológico de muitos que estão nessa situação. Assim como a disposição dos espaços para atividades do bairro e aulas diversas, em quadra e em salas, para crianças, adultos e idosos. 31

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processo

Este trabalho foi desenvolvido ao longo do ano de 2012. Neste período existiram diferentes fases de projeto que foram apresentadas a bancas para discussão e interlocução a fim de orientar e melhorar os diversos pontos do projeto. Estudos, levantamentos, análises e desenhos deram origem a um processo que nos ajuda a entender as posturas adotadas e decisões tomadas para sua versão final. A seguir algumas imagens que ilustram alguns momentos interessantes, de pontos nodais e discussões que aprimoraram este projeto.

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Maquetes de Estudos – apresentação “Projetos” _maio 2012

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Estudo de Implantação – TGI I _maio/junho 2012

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Estudo de Implantação – apresentação Banca TGI I _junho 2012

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Maquete Física – apresentação Banca TGI I _junho 2012

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Maquetes Eletrônicas – apresentação Banca TGI I _junho 2012

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Estudo de Implantação – apresentação Banca Interlocução TGI II _outubro 2012

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Estudo de Implantação – apresentação Banca Interlocução TGI II _outubro 2012

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Maquete de Estudos – apresentação Banca Interlocução TGI II _outubro 2012

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projeto O desenho da implantação deste projeto foi um objeto de estudo ao longo de todo o seu desenvolvimento. Desde o início esteve presente a ideia de projetar para a cidade um lugar que seja reconhecido e utilizado pela população. Através de linhas sinuosas a pavimentação da calçada permeia o interior da quadra, traz a rua para dentro do projeto, baseado nas discussões e propostas do SESC Pompéia, no qual a ideia da rua, do espaço público, convida à apropriação e uso daquele espaço. Os edifícios criam novos espaços entre si através da continuidade das áreas com e sem cobertura.

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Restaurante

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A área esportiva é abrigada por uma cobertura curva, que assim como nas outras duas coberturas em arco do projeto (refeitório e edifício de cursos), é formada por duas vigas de madeira laminada colada curvas e, neste caso, com vão de 37,5 metros. Essas duas vigas estão associadas a outras duas vigas de travamento e pilares curvos posicionados a cada 5,75 metros formam a base para a estrutura lamelar da cobertura. Esse tipo de estrutura, conformada por lamelas com comprimento de 1,5 metros, espessura de 0,40 e altura de 0,30 metros, caracteriza-se por vencer grandes vãos com baixo peso estrutural, isso traz uma leveza ao desenho e a todo o conjunto do projeto. Sob essa grande cobertura, que não fecha o equipamento, mas pelo contrário, o insere na paisagem e permite a melhoria das condições de conforto de todo o espaço, se organizam os ambientes que darão suporte às práticas esportivas: vestiários, banheiros, sala para professores, lanchonete, salas de aula, quadra e guarda-volumes. Para a organização desse conjunto o ponto de partida foi a quadra poliesportiva, rebaixada 1 metro com relação ao nível dos outros ambientes com o qual cria uma relação a partir da arquibancada que a envolve e permite o acesso por todos os lados. Os ambientes fechados deste equipamento estão organizados de acordo com a facilidade e acesso e seus usos, se alinham a quadra em duas dimensões e formam também uma barreira contra a insolação da fachada oeste, ajudando a proteger a quadra nos horários de maior incidência solar. Nos ambientes fechados que estão sob a cobertura curva, tanto nesta área esportiva, como no edifício dos cursos e nos banheiros do restaurante, é utilizada na laje uma técnica desenvolvida pela ITA Construtora, que alia barrotes de madeira a uma camada de concreto e possibilita uma resposta adequada e segue a linguagem deste projeto. A estrutura dos edifícios, com vigas de madeira laminada colada, se associam, através de uma chapa metálica dobrada, aos barrotes, também de madeira, com espaçamento em torno de 50cm, que apoiam uma placa cimentícia e é finalizada com uma capa de concreto.

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O projeto do edifício que abriga o restaurante foi desenvolvido a partir da leitura do Roteiro de Implantação para Restaurantes Populares. Foi realizado também um estudo nos restaurantes populares da cidade de São Carlos, no restaurante educativo do SESI Bauru e no restaurante universitário da USP-São Carlos, cujos dados foram essenciais para o dimensionamento e melhores disposições dos ambientes de apoio e serviços. A orientação desde equipamento na implantação é paralela à avenida. A entrada do refeitório está voltada para o interior do conjunto e as entradas de serviços, para carga de suprimentos e retirada de lixo, com acesso facilitado, próximas à rua. O desenho deste equipamento parte de dois elementos que estruturam um restaurante: o refeitório e a cozinha. São dois volumes que se unem e compõe um espaço que atende às necessidades dos funcionários e acolhe os usuários. As áreas de armazenamento, recepção, preparo e serviços se organizam num bloco que reflete em sua forma cúbica, térrea e com estrutura em pré-moldado de concreto a hierarquização do espaço interno, que visa a melhor dinâmica e distribuição das funções que serão exercidas para o preparo das refeições. O teto verde é incorporado à única laje plana que não está sob uma cobertura curva e rompe com a rigidez da composição de sua base conversando novamente com a continuidade do projeto.

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O edifício que abriga salas para cursos e a administração do Centro de Convivência se configura pela cobertura curva que envolve este conjunto e faz a conexão entre as cotas mais extremas do projeto. Neste espaço existem quatro elementos que se unem e formam o equipamento: a grande cobertura curva, que abriga atividades num espaço aberto, porém coberto; o térreo, com salas fechadas que abrigam as secretarias, os apoios administrativos e os banheiros, estes que também servem de apoio às atividades que acontecerão na arquibancada central do projeto; o mezanino, com duas salas fechadas para reuniões em grupos e aulas com apoio de computadores e uma área aberta com mobiliários que possibilitam a conformação do espaço de diversas maneiras e dão suporte as diferentes atividades que podem acontecer ali; e o mirante, uma extensão da calçada no nível mais alto do terreno e, que a partir dele, dá acesso por uma escadaria ou um elevador aos outros ambientes deste equipamento e a todo o conjunto do projeto. As salas de aula foram pensadas como espaços mais reservados, mas que através das portas de vidro pivotantes podem ser totalmente abertas e integrar o espaço do mezanino, expandindo a capacidade de adequação do espaço as diversas atividades que possam ocorrer. Como fechamento das coberturas curvas, nos três edifícios, é utilizada uma manta de poliéster com PVC, que se acomoda perfeitamente à curvatura da estrutura e encontra nela os elementos ideais para sua fixação e compões um elemento que dá leveza ao conjunto. A manta traz ainda, com sua característica de certa translucidez, a possibilidade de iluminação que dará outra plasticidade no visual noturno do projeto.

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áreas

Restaurante

Uso Qtde Área (m²) Total (m²)

Administração 1 16,4 16,4

Banheiros 2 21,8 43,6

Bilheteria 1 4,7 4,7

Câmara Fria 2 5,7 11,4

Carga / Descarga 1 24,3 24,3

Cozinha 1 71,6 71,6

Depósito de caixas 1 4,7 4,7

Depósito limpeza 1 7,5 7,5

Depósito Lixo 1 4,8 4,8

Despensa Seca 1 29,7 29,7

Devolução / Higienização 1 10,5 10,5

Distribuição 1 14 14

Nutricionista 1 13,2 13,2

Pré-preparo 2 48,5 97

Refeitório (280 lugares) 1 574 574

Sala Formação 1 49,2 49,2

Vestiários 2 29,6 59,2

Total 21 1035,8

Cursos

Uso Qtde Área (m²) Total (m²)

Banheiro F 2 22 44

Banheiro Funcionários 1 11,6 11,6

Depósitos 1 22 22

Mezanino 1 243,2 243,2

Sala de Computadores 1 47 47

Sala de Estudos 1 23 23

Sala de Reuniões 1 13,8 13,8

Secretaria / Adinistração 1 53 53

Total 9 457,6

Esportes

Uso Qtde Área (m²) Total (m²)

Banheiro F 1 16 16

Banheiro Funcionário 1 5,2 5,2

Banheiro M 1 22 22

Gusrda-volumes 1 22 22

Lanchonete 1 20,6 20,6

Multi-uso 2 47 94

Sala de Reuniões 1 17,4 17,4

Vestiário 2 45 90

Total 10 287,2

Terreno

Área total (m²) 10726,2

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bibliografia • BRASIL, Secretaria Nacional de Assistência Social – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. Brasília, 2009.

• BRASIL, Secretaria Nacional de Renda e Cidadania e Secretaria Nacional de Assistência Social – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS. Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua – Centro Pop. SUAS e População em Situação de Rua – volume 3. Gráfica e Editora Brasil LTD. Brasília, 2011.

• BRASIL, Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Texto publicado no Diário Oficial da União em 25 de novembro de 2009.

• BRASIL, Secretaria Nacional de Assistência Social – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Restaurantes Populares – roteiro de implantação 2007.

• DE LUCCA, Daniel. A rua em movimento – experiências urbanas e jogos sociais em torno da população de rua. 241f. Dissertação – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo. 2007.

• FERREIRA, Nubia dos Santos Saad. Estruturas Lamelares de Madeira para Cobertura. Dissertação – Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. São Carlos. 1999.

• FREITAS, Anderson e HEREÑU, Pablo. Solano Benítez. Editora da Cidade. São Paulo. 2012. • JACQUES, Paola Berenstein. Corpografias Urbanas. In: Vitruvius, Arquitextos. 2008.

• META Instituto de Pesquisa de Opinião, Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação e Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua. Sumário Executivo. Abril, 2008.

• MOLEMA, Jan. Jan Duiker. 2º Edição. Gustavo Gili. 1996.

• NEUFER, Peter e NEFF, Ludwig. Casa. Apartamento. Jardim – projetar com conhecimento, construir corretamente. Barcelona. Editora Gustavo Gili. 1999.

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• PALLASMAA, Juhani. Los ojos de la piel: la arquitectura y los sentidos. Barcelona : Editorial Gustavo Gili. 2010.

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