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1 Argo de opinião: “As duas maiores bandas de rock da história do mundo e da minha vida surpreenderam os crícos por 18 anos com criações espetaculares. E eu ve a sorte de ter uma caixa de discos em casa, só espe- rando para serem redescobertos.” Página 4 “Queens of The Stone Age” anuncia dois shows no Brasil em setembro, em São Paulo e Porto Alegre. Rio fica de fora. Julian Casablancas lança single e fala sobre álbum solo. Guitarrista do Queen divulga planos da banda para esse ano. 1ª Edição - Curiba, quinta-feira, 04/09/2014 Um dos grandes ícones da música brasileira no período ditatorial, Geraldo Vandré se tornou uma figura extremamente conhecida, inclusive de gerações mais avança- das. Seu sucesso se deve à canção “Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores”, de cunho extremamente críco. Ao voltar de um período de exílio, Vandré começou a renegar o próprio nome e se tornou uma essoa reclusa. Cabe a nós perguntar: o que aconteceu com uma figura de tanto presgio no cenário nacional? Página 3 A volta de Sir Paul McCartney O astro de rock voltou aos palcos após 2 meses fora por conta de uma virose. Estaria a saúde do ex-beatle debilitada em razão das constantes viagens em turnê? Página 3 Guns’n Roses em Curiba Em março deste ano, o Guns N’Roses esteve na capital paranaense para um show. No dia 30, um dia antes da apresentação, o The Wall esteve com Ron Bumblefoot e conseguiu uma entrevista exclusiva com o astro da banda comandada por Axl Rose. página 2. Bumblefoot e o líder do Guns ’n Roses, Axl Rose. (Divulgação) Jornal Musical 1ª edição do jornal musical dos alunos de jornalismo da 1MA Universidade Posivo Geraldo Vandré em fesval de 1968 (Foto: site O Globo) Também nesta edição: Curnhas Curiba recebe o Fesval das Cores em novembro desse ano. São Paulo também sediará o evento.

The Wall - 1ª Edição

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Page 1: The Wall - 1ª Edição

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Artigo de opinião: “As duas maiores bandas de rock da história do mundo e da minha vida surpreenderam os críticos por 18 anos com criações espetaculares. E eu tive a sorte de ter uma caixa de discos em casa, só espe-rando para serem redescobertos.” Página 4

“Queens of The Stone Age” anuncia dois shows no Brasil em setembro, em São Paulo e Porto Alegre. Rio fica de fora.

Julian Casablancas lança single e fala sobre álbum solo.

Guitarrista do Queen divulga planos da banda para esse ano.

1ª Edição - Curitiba, quinta-feira, 04/09/2014

Um dos grandes ícones da música brasileira no período ditatorial, Geraldo Vandré se tornou uma figura extremamente conhecida, inclusive de gerações mais avança-das. Seu sucesso se deve à canção “Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores”, de cunho extremamente crítico. Ao voltar de um período de exílio, Vandré começou a renegar o próprio nome e se tornou uma essoa reclusa. Cabe a nós perguntar: o que aconteceu com uma figura de tanto prestígio no cenário nacional?

Página 3

A volta de Sir Paul McCartney

O astro de rock voltou aos palcos após 2 meses fora por conta de uma virose. Estaria a saúde do ex-beatle debilitada em razão das constantes viagens em turnê? Página 3

Guns’n Roses em CuritibaEm março deste ano, o Guns N’Roses esteve na capital paranaense para um show. No dia 30, um dia antes da apresentação, o The Wall esteve com Ron Bumblefoot e conseguiu uma entrevista exclusiva com o astro da banda comandada por Axl Rose. página 2.

Bumblefoot e o líder do Guns ’n Roses, Axl Rose. (Divulgação)

Jornal Musical

1ª edição do jornal musical dos alunos de jornalismo da 1MA Universidade Positivo

Geraldo Vandré em festival de 1968 (Foto: site O Globo)

Também nesta edição:

Curtinhas

Curitiba recebe o Festival das Cores em novembro desse ano. São Paulo também sediará o evento.

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Geraldo Vandré no Festival Internacional da Canção, em 1968. (TV Humana)

The Wall

O que se passa com Sir Paul McCartney?Eduardo Vernizi

Depois de dar um susto nos fãs, ao ficar quase dois meses afastado e tendo adiado mais de 10 shows da turnê asiática e nos EUA, Sir Paul McCartney re-tomou a turnê americana e remarcou as datas can-celadas para outubro. Agora surge um boato de que o Ex-Beatle virá para o Brasil em novembro, se apre-sentar na Allianz Arena, do Palmeiras. Paul McCartney cancelou grande parte de sua turnê na Ásia em decorrência da virose que contraiu na sua chegada ao Japão. O Ex-Beatle tem como histó-rico de raríssimos cancelamentos de shows em sua carreira. Em sua nova turnê, Out There, iniciada no Brasil em maio do ano passado, o musico já percor-reu inúmeras cidades.Talvez o desgaste causado pelas viagens possa ter abalado a saúde do cantor e propiciado seu adoeci-mento. McCartney teria shows ainda em Tokio nos dias 18 e 19 de maio, outras duas apresentações es-tavam marcadas para 21 e 24 de maio em Tóquio e Osaka, respectivamente e depois em Seúl no dia 28 de maio. Essas medidas foram tomadas porque, se-gundo o assessor de imprensa do cantor, “A recupe-ração será completa e ele vai tirar uns dias de folga para se recompor”.Recentemente Paul divulgou um vídeo, no qual, agradece aos fãs pela preocupação e diz que já está pronto para mais rock, isso porque já está em óti-mas condições de saúde de novo. Todo o vídeo, cla-ro, foi gravado com o bom humor típico do musico, provando a todos que ele realmente está saudável outra vez e pronto para continuar sua turnê. Quem também se manifestou sobre a recuperação de Mc-

Paul McCartney em Belo Horizonte, na sua última passagem pelo Brasil. (Site Oficial)

Firmes e fortes

Na última semana, alguns rumores de que a ban-da norte-americana Guns N’ Roses iria se desfazer após o término da turnê no dia 7 de Junho tomaram conta de portais internacionais. Através da página da banda no Facebook, o líder e único integrante re-manescente da formação original, Axl Rose, negou veementemente os boatos.

“We will, we will...be back!”

Em entrevista a BBC do País de Gales, Brian May re-velou os planos do Queen de lançar uma coletânea com músicas gravadas na década de 1980 nunca re-veladas ao público, ainda com Freddie Mercury no vocal. A coleção tem o título provisório de “Queen Forever”.

You only live once

Julian Casablancas divulgou, nesta terça-feira, al-guns detalhes sobre seu projeto solo. Intitulado ”Tyranny”, o álbum será lançado em 23 de setem-bro.O vocalista dos Strokes conta com a parceria da ban-da The Voidz. O álbum poderá ser adquirido em um dispositivo USB em forma de isqueiro.

Curtinhas

Entrevista

Distribuindo autógrafos, sorrisos e simpatia, Bumblefoot cativa público amante de rockFrancisco Mateus e Matheus Gripp

Todos os adjetivos que caracterizam um astro de rock internacional não se aplicam ao guitarrista do Guns N’ Roses. Esbanjando simpatia e carisma, Ron Bumblefoot soube cativar o público presente no Bar Novo Hangar no último sábado do mês de Março (29). O projeto de Workshop/Meet N’Greet, ideali-zado pelo professor de baixo, violão e guitarra Breno Teixeira, quase não obteve êxito, mas, sem dúvida nenhuma, foi um grande sucesso. Dando autógrafos, respondendo perguntas e, claro, tocando muita gui-tarra, Ron deu um verdadeiro show no palco, encan-tando todos os presentes.

O Jornal The Wall conseguiu, com exclusividade, uma entrevista com Bumblefoot. Em cerca de trinta minutos, Ron respondeu a todas as perguntas, falan-do sempre de maneira pausada e mostrando tran-quilidade com relação ao Workshop/Meet N’Greet, que ainda iria acontecer. Não fugiu de nenhum ques-tionamento, mas não quis revelar projetos futuros da banda capitaneada por Axl Rose. Confira, a seguir, o resultado da entrevista:

The Wall: “Como é estar em uma banda como o Guns N’ Roses?“

Bumblefoot: “É como estar em uma montanha-rus-sa que saiu dos trilhos e está voando pelos ares, em todas as direções, se encontra com um tornado, e começa a girar dentro dele, como se um planeta es-tivesse dentro de outro planeta. É bem calmo, pra falar a verdade. É relaxante.”

TW: “E o que você pode dizer sobre a experiência de trabalhar com alguém do nível de Axl Rose?” Bumblefoot: “Para falar a verdade, é bem divertido trabalhar com ele. Nós subimos no palco, fazemos o que temos que fazer, que é proporcionar ao público diversão, e depois nós saímos para comer.” TW: “Você é co-guitarrista do Guns desde 2006, substituindo Buckethead. Como surgiu o convite de entrar para a banda?”

Bumblefoot: “O convite partiu do virtuoso Joe Sa-triani. Então nós começamos a conversar e, even-tualmente, quando o Guns tinha uma turnê progra-mada, nós nos encontramos em Nova York, tocamos mais ou menos 7 vezes e pegamos a estrada.“

TW: “Já são quase 8 anos de Guns N’ Roses. Qual foi o momento mais inesquecível durante estes anos?”

Bumblefoot: “Quase todos os momentos nestes últimos anos foram inesquecíveis. Mas duas coisas se destacaram das demais. Uma delas foi tocar na Madison Square Garden (Nova York) pela primeira vez, no local em que eu vi os meus primeiros shows de rock, então foi muito especial. Em Outubro de 2012, nós tocamos em um evento beneficiente da Escola Britânica. Não é algo que fazemos comumen-te em eventos beneficentes desse tipo, então tinha um propósito maior do que entretenimento em si. Isso é muito importante e faz parte do poder de ser músico, quando você consegue fazer algo além de música, em que você pode proporcionar não apenas inspiração, e sim fazer uma diferença concreta na vida de alguém, como em arrecadações. E o evento em questão foi incrível. Tive contato direto com as crianças, elas puderam tocar na minha guitarra, sen-tir aquele momento...foi muito bom. “TW: “Nós, que gostamos de música e vamos a shows, sabemos que os fãs da América do Sul são os mais empolgados. Qual é a sua impressão? Há uma boa recepção por parte deles?” Bumblefoot recebe fãs e jornalistas curitibanos. (Foto: Guiga

Trancozo)

Bumblefoot: “Com certeza. Quando nós entramos no palco, nós queremos que aquele momento seja como uma grande festa para todos. Na América do Sul, especialmente na Argentina e no Brasil, pude-mos notar que os fãs estão por toda parte, estão sempre entusiasmados, e nós acabamos entrando nesse espírito com eles. É ótimo e eu acho que é as-sim que deve ser. Nós estivemos aqui na turnê de 2010, viemos para o Rock in Rio 2011 e eu, junta-mente com Frank, o baterista, e Chris, o tecladista, estivemos aqui em 2012, na cidade de Florianópolis. Esta é, então, a minha quarta visita à América do Sul e ao Brasil, e eu adoro aqui.” TW: “Sobre este Workshop/Meet N’ Greet. Eu con-versei com o Breno Teixeira, idealizador do projeto, e ele já havia me passado algumas informações. Você pode explicar como surgiu a ideia?“

Bumblefoot: “Nós estávamos trocando e-mails há alguns meses, mas, pra ser franco, eu nem sabia em qual hotel eu iria ficar até dois dias atrás! É sempre assim, as informações só aparecem no último ins-tante, e eu pensei: “Já era, é muito tarde para fazer o Workshop”. Então eu resolvi bombardear o staff com perguntas, e consegui algumas informações. Pensei: “Será que conseguiremos fazer?”. E sim, nós conse-guimos! É muito difícil marcar coisas, especialmente quando estou em turnê com o Guns N’ Roses. Tudo muda a todo instante, e nós não conseguimos a in-formação até o último minuto. É assim que funciona, mas estou muito feliz que podemos estar realizando este evento.”

TW: “O idealizador do projeto é o Breno Teixeira, mas eu pude ver, na sua página do Facebook, que a ideia do Workshop se espalhou por outros esta-dos, como o Distrito Federal e São Paulo. Conte-nos como foi a experiência do mesmo evento em outras cidades.”

Bumblefoot: “Ah, foi ótimo fazer o mesmo evento nessas cidades. Eu já toquei por todos os lugares, por anos. Foi a primeira vez que fiz um Workshop e, sinceramente, achei muito espontâneo, como se nós estivéssemos todos reunidos em um grande en-contro. Eu não sei o que vai acontecer, o que vão me perguntar, então eu acho muito legal essa esponta-neidade. Espero que as pessoas gostem e se divir-tam.” TW: “Você pode nos contar quais são os planos para o futuro do Guns N’ Roses?“

Bumblefoot: “Eu não posso prever o futuro. Não que eu não tenha tentado. Já olhei na minha bola de cristal, e eu não consigo ver, parece que há uma nuvem ali. Eu realmente não sei. Não sei o que vai acontecer daqui para frente. Só sei que iremos fazer um show aqui, amanhã (30/03) à noite, estou muito ansioso para isto, e tenho certeza de que todos tere-mos um excelente show amanhã. Vai ser um ótimo show.“

O fim de uma caminhada

Francisco Mateus

A festa mais colorida do mundo vai receber uma versão paranaense. A experiência transcendente foi confirmada em Curitiba. A capital ficará colorida em novembro, e nesse dia os rótulos que dividem a so-ciedade serão esquecidos e por algumas horas sere-mos todos iguais.O Festival das Cores conhecido como Holi, é uma tradição milenar Hindu, que celebra o início da pri-mavera no hemisfério norte. O festival é realizado na Índia todos os anos entre fevereiro e março, que co-memora a chegada da Primavera. Neste dia, as pes-soas atiram tintas das mais diversas cores umas às outras, com muita bebida, comida e música. Além das cores, o evento conta com mais ativida-des. A versão moderna da celebração hindu conta com algumas atividades. Entre elas estão a música, aulas coletivas de Yoga, meditação e muitas outras atrações, que proporcionam alegria e muita positivi-dade. O ponto alto da festa ocorre com as “COLOR-BLAST’S”, uma explosão de cores, quando todos lan-çam ao alto o pó colorido, enchendo o ambiente de cor e alegria, criando um momento único e mágico na festa.O Holi no Brasil. A primeira cidade brasileira a rece-ber a tradição foi São Paulo, em setembro de 2013. Os paulista aproveitaram a festa, que foi totalmen-te gratuita, e atraiu milhares de pessoas. A primeira edição teve ajuda de financiamento coletivo para acontecer.Dessa vez a Happy Holi vai percorrer as principais cidades brasileiras. As datas serão anunciadas em breve em cada cidades. Até o momento algumas da-tas foram reveladas. Goiânia e Belém já receberam o evento em junho, Curitiba teve a confirmação, na capital paranaense vai ser em novembro, e São Pau-lo receberá o evento em outubro. A edição de São Paulo já tem dia confirmado, acon-tecerá dia 25 de outubro, atrações como Bhajans and Kirtans (Internacional Society for Krishna Cons-ciousness), Titiksava and Nam Rock (Mantra Rock) internacionais, e Bloco Kaya na Gandáia. E além dos shows, tem vai ter um evento onde músicos ama-dores, profissionais e entusiastas podem levar seus instrumentos e fazer um som, o evento é conhecido com Jam Session Verdi.

Festival das cores em CuritibaCleberton Mendes

A banda californiana Queens Of The Stone Age vem ao Brasil para dois shows no mês de setembro. As apresentações devem ocorrer no dia 25, no Espaço das Américas, em São Paulo, e no dia 27, no Pepsi Stage, em Porto Alegre. Os preços em São Paulo vão de R$ 125 a R$ 420 e na capital gaúcha, de R$ 50 a R$ 200; O grupo ainda fará shows na Argentina, Co-lômbia, Uruguai e Chile. A turnê mundial se baseia no último disco da ban-da: “...Like Clockwork”, lançado em 2013, é o sexto album de estúdio nos 18 anos da banda. Foi muito bem aclamado pela crítica e elogiado por grandes nomes da música internacional. O álbum teve a participação de grandes nomes como: Trent Reznor (Nine Inch Nails), Dave Grohl (Foo Fighters) e Elton John.A banda de stoner rock já esteve no Brasil outras três vezes, mas sempre em festivais, no Rock in Rio, em 2001, no SWU, em 2010 e no Lollapalooza em 2013, onde estrearam o single do novo disco: “My God is the Sun”.Sobre a turnê mundial, o líder Josh Homme afirma: “A única pressão que acontece entre nós é termos a certeza de que não será igual ao que já fizemos”.

QOTSA se apresenta no Brasil em setembroLeonardo Hasper

“Vem, vamos embora, que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer.” Com esse refrão, Geraldo Vandré fez a voz de uma geração e se imortalizou na MPB. Consagrado nos festivais de música com “Porta Estandarte”, “O Cavaleiro” e “Disparada”, mas teve a carreira artística interrompi-da por conta da ditadura militar.Em 1968, “Sabiá”, de Chico Buarque e Tom Jobim, concorria ao primeiro lugar com “Para Não Dizer Que Não Falei Das Flores (Caminhando)” de Geraldo Vandré no Festival Internacional da Canção. A músi-ca de Vandré já se mostrava favorita a vencer o fes-tival. No entanto, devido à letra de cunho político, os militares determinaram que “Caminhando” não poderia ganhar, dando o primeiro lugar a “Sabiá”. A reação do público foi de insatisfação, vaiando a mú-sica de Buarque e Jobim. Proibida de ser cantada ou reproduzida em todo o país, a canção logo saiu do festival e foi parar nas ruas, em meio às passeatas e manifestações contra a ditadura militar. Visto como um dos inimigos do regime pelos militares, após o decreto do AI-5, o cantor foi para o Chile e, de lá, para a Europa.Vandré volta ao Brasil em 1973, mas, junto a ele, muitos mistérios. Foi preso ao desembarcar no ae-roporto do Galeão no dia 18 de setembro, ficando incomunicável em uma unidade militar. Segundo dados da época, suas declarações feitas no exte-rior, consideradas ofensivas ao Brasil, foram um dos

motivos de sua prisão. Em seu retorno, o músico foi obrigado a gravar um depoimento para o Jornal Na-cional falando que apenas gravaria canções de amor, impensável para um compositor que era conhecido por escrever músicas políticas. Não se sabe se Geral-do foi torturado ou não, mas o que deixa a situação muito mais estranha é a sua aproximação com a FAB, a Força Aérea Brasileira.De acordo com um Prontuário do DOPS divulgado pelo Governo do Estado de São Paulo, Geraldo Van-dré era desde 1967 vigiado pelos militares, sendo acusado de se infiltrar na formação política da nação com suas músicas de esquerda. Porém, parece que seus atritos com as autoridades acabaram após seu retorno ao Brasil, um exemplo disso, é a música “Fa-biana”, composta em homenagem à FAB.Mas o que realmente aconteceu com Geraldo Van-dré? A pergunta foi respondida em uma entrevista à Globonews em 2010, nela ele diz que “Ficou fora dos acontecimentos” e que ainda se sente exilado, vivendo em um Brasil que não está aqui. Disse ainda, que o que existe hoje é cultura de massa, sem ter espaço para a cultura artística.É evidente que tentaram apagar Geraldo Vandré. Não restou nenhum registro cinematográfico ou te-levisivo do cantor, apenas suas músicas sobrevive-ram ao tempo. A repressão daquele tempo não só tirou sua voz, mas como também tirou sua essência. O resultado é um homem recluso que parece não ter

Cartney, foi o musico e ex-colega de banda de Paul, Ringo Starr. Ringo disse que falou com McCartney já quando ele estava hospitalizado no Japão, “Agora que ele saiu, está entrando em forma e se prepa-rando para voltar ao rock.”, foi o que ele contou ao Access Hollywood.Assistindo aos seus shows fica evidente que McCart-ney é um homem com um bom estado de saúde, to-

mais ligações com o passado.

davia, vale ressaltar que ele é um senhor de 71 anos e precisa se precaver porque, mesmo ele sendo um ex-Beatle, ele é humano e como tal, precisa se preca-ver contra os males naturais da idade. Assim sendo, todos esperam que Sir Paul McCartney continue nos palcos por mais alguns bons anos, surpreendendo a todos com o seu inesgotável talento artístico.

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Artigo de Opinião

Leonardo Mion

O The WallA música, através dos tempos, foi ganhando cada vez mais espaço e popularidade entre as pessoas. Pouco a pouco, gêneros dos mais diversos foram surgindo e agradando os mais variados tipos de pessoas e gostos.A primeira edição do “The Wall” está saindo do for-no. A proposta desse conjunto visa trazer ao público informações sobre o cenário universal da música. Está edição traz ao leitor informações que vão desde MPB, como Geraldo Vandré, ao rock internacional, todo tipo de cultura musical você encontrará nessa edição, além de uma entrevista com Ron Bumble-foot, o guitarrista de uma das maiores bandas do rock mundial, Guns N’ Roses.Cada vez mais o cenário musical se mostra diversifi-cado. Diferentes entre si, as pessoas possuem gostos dos mais variados possíveis. Como um jornal musi-cal, nossa ideia é agregar da melhor maneira possí-vel todo o tipo de informação do que acontece no mundo da música, desde projetos de novos álbuns até grandes entrevistas com artistas musicais, sem esquecer, obviamente, de lançamentos que possi-velmente venham a ocorrer.Já que a música é extremamente abrangente, torna--se impossível restringir o conteúdo do jornal a ape-nas um gênero musical. Como o grupo é diversifica-do, teremos vários artigos sobre rock e MPB, estilos musicais de maior preferência entre os integrantes. No entanto, não iremos deixar de lado outras ver-tentes da música, como o blues, rap e jazz, sempre que a situação e o momento exigirem matérias.Nossa missão não é apenas levar as notícias damúsica ao leitor, mas também compartilharo amor que sentimos por ela.

Editorial

Que seja eterno enquanto dure

Os Beatles nasceram nas mãos de John Winston Len-non e Paul McCartney, a dupla de letristas que mais marcou o século XX. Os quatro de Liverpool tiveram o maior publico num show de rock da sua década, sendo os primeiros a se apresentar em estádios a céu aberto. Participaram da primeira transmissão mundial via satélite, no lançamento ao vivo da musi-ca “All You Need is Love” em 1967, e em 1966 foram obrigados a parar de fazer shows por conta do abu-so das fãs e de não haver qualidade na acústica por conta dos inúmeros gritos quando subiam ao palco.O coração da banda batia ao rock antigo, do skiffle e do folk, feito com a tabua de lavar no lugar da bateria e uma corda amarrada a um cabo de vassoura para soar o grave do contrabaixo. E mesmo após anos de aprimoramento e composição de faixas mais com-plexas, sempre tiveram o mesmo espírito criativo e seus trabalhos são considerados obras-primas da década de 1960.A banda deu seu ultimo suspiro em 1970. Após a morte de seu empresário, Brian Epstein, em 1967, nunca se chegou a um consenso para escolher ou-tro, o que causou atrito entre Lennon e McCartney. Contados quatro anos sem se apresentar ao vivo e sofrendo com constantes discussões a respeito das gravações, assuntos financeiros e legais, quando os Beatles anunciaram seu fim à imprensa todos os quatro já trabalhavam em projetos solo.O Led Zeppelin surgiu em Londres em setembro de 1968. E como os Beatles trouxeram a ideia de colo-car as letras de musica na contracapa e no interior

do encarte, o Zeppelin, foi pioneira no hábito de não lançar singles em formato EP, viam seus álbuns como peças únicas, indivisíveis que deviam ser apreciados como um todo.O quarteto londrino foi formado por gênios que ex-cediam às expectativas a cada lançamento. Quatro músicos criativos e que de tão diferentes se comple-tavam e sinonimizavam harmonia. Quem não se encantasse com o modo com que Jimmy Page tocava sua a guitarra cheia de distorção e ao mesmo tempo impecável, não resistia à voz es-tridente de Robert Plant. Não há baixistas que não se lembrem de citar John Paul Jones e mesmo quem não sabe seus nomes entra no ritmo da bateria de John Bonham.É amplamente considerada uma das bandas de rock clássico mais bem sucedidas e influentes da história, estimam-se de 200 a 300 milhões de cópias vendi-das no mundo todo.No dia 4 de dezembro de 1980 a banda se partiu quando o baterista do Led Zeppelin, John Henry Bo-nham foi encontrado morto na casa de Jimmy Page, sufocado no próprio vomito enquanto dormia, após ingerir grandes quantidades de álcool na noite an-terior.A morte acidental de Bonham acabou com a ban-da que ensaiava seu 12º ano se apresentando para públicos recordes. Menos de uma semana após o ocorrido, no dia 8 de dezembro, a banda declarou seu fim, afirmando que o grupo nunca mais seria o mesmo, não poderiam seguir em frente sem John.Ainda hoje, Sir Paul McCartney carrega o legado dos Beatles e semeia o rock clássico e a beat music pelo

mundo, o cantor multi-instrumentalista tem mais de 3400 shows na carreira (dos quais, quatro tive o pri-vilégio de presenciar), mais de 50 álbuns incluindo shows e de estúdio, e já com 71 anos está em turnê mundial fazendo apresentações de quase 3 horas, cantando em media 38 sucessos de sua carreira com e sem os Beatles por show. McCartney faz questão de incluir sucessos de John Lennon, falecido em 1980, e de George Harrison, que foi vitima de câncer de pulmão e faleceu em 2001.Os membros do Led Zeppelin investiram em traba-lhos solo, produzindo música, editando e contribu-íram para faixas de outros artistas. A banda se reu-niu quatro vezes até o momento, a última em 2007, quem assumiu a bateria foi quem a herdou, Jason Bonham.Músicas que foram e continuam sendo temas de filmes, vidas e casais e mesmo após décadas ainda atingem pessoas de todas as idades.

Quem tem o sangue frio de ouvir o Led Zeppelin IV pela primeira vez e não ficar pasmo com Stairway to Heaven ou sorrir sem querer ao ouvir Going to California?Provavelmente quem ouvir uma musica vazando do estádio num show de Paul McCartney e não acabar ouvindo a discografia inteira.

As duas maiores bandas de rock da historia do mundo e da minha vida surpreenderam os críticos por 18 anos com criações espetaculares. E eu tive a sorte de ter uma caixa de discos em casa, só esperando para serem redescobertos.

Qualquer coisa, estamos aí!

Jornalistas

Francisco Mateus: redator-chefe, colunista.Matheus Gripp: colunista, repórter. Cleberton Mender: colunista, repórter.Leonardo Hasper: colunista.Leonardo Mion: articulista e colunista.Felippe Carneiro: repórter.

Diagramação: Leonardo Mion e Matheus Gripp

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