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Theodoro Ratisbonne, pois no próximo dia 28 de novembro ...webservicos.sion.org.br/archivespage/wp-content/uploads/IN-SION... · oferecemos uma boa leitura que apresenta um resumo

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Estimados confrades e amigos de Sion. Estamos já no mês de novembro e seguimos nosso caminho refletindo sobre nossos Fundadores. Especialmente nesse mês dedicamos nossa atenção ao Pe. Theodoro Ratisbonne, pois no próximo dia 28 de novembro celebraremos os 215 anos do Nascimento do Pe. Theodoro. É uma bela oportunidade para voltarmos nossos olhos para o Notre Père e sentir vibrar em seu coração a alegria de ser Sion. Para nos ajudar o Ir. Cristovão nos oferece uma bela reflexão sobre o Simbolismo do nome e a espiritualidade. Também oferecemos uma boa leitura que apresenta um resumo da atuação e das esperanças do Pe. Theodoro para Sion. Também apresentamos uma interessante carta que o Pe. Theodoro enviou para o Pe. Maria Afonso em 1851 relatando sua viagem à Cidade Eterna e sua visita à Igreja da Aparição. A Congregação de Sion também se alegra com os 90 anos de vida do Ir. Pierre Lenhardt. Por esta ocasião aconteceu em Paris, no dia 11, uma tarde de estudos com mais de uma centena de pessoas para homenagear o Ir. Pierre e refletir sobre sua obra acadêmica. No Brasil também nos alegramos com o Centro Cristão de Estudos Judaicos pela publicação de mais um livro da Coleção Judaísmo e Cristianismo, trata-se de uma obra sobre o Pai Nosso. Boa leitura a todos!

IN SION FIRMATA SUM

Novembro de 2017

O SIMBOLISMO DO NOME E A ESPIRITUALIDADE

Um nome é um signo sonoro que representa a identidade de uma pessoa. A escrita é a representação da linguagem falada, a qual, por sua vez, significa realidades objetivas específicas. E assim como uma palavra qualquer representa apenas a essência da coisa em questão, não levando em conta as suas formas acidentais, do mesmo modo um nome próprio representa ou significa a essência de uma pessoa, o que chamamos de “identidade”, desconsiderando os seus atributos temporais. Por isso, o nome é um elemento essencial na trama das relações interpessoais e no contexto do amadurecimento espiritual.

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9 de Novembro

Dia de São Theodoro

Um primeiro fato é que o meu nome é um instrumento mais usado pelos outros do que por mim mesmo. O meu nome é o embaixador da minha pessoa, da minha identidade, na mente alheia. E o nome do outro, por sua vez, é o seu embaixador na minha mente. Quando pronunciamos o nome de alguém, consciente ou inconscientemente, representamo-nos a sua identidade. Esta imagem do outro em nosso espírito constrói-se com o quadro geral das ações dele que nós contemplamos e, principalmente, com as interações experienciais que temos com ele. Uma problemática, porém, surge: essas imagens mentais são imperfeitas, elas falham em nos revelar nuamente o nome do nosso próximo. E há ainda um segundo agravante, as próprias pessoas se desconhecem, umas em maior e outras em menor grau. Aqui se entende a regra moral que interdita o juízo temerário, a calúnia e a difamação, bem como o conselho sapiencial que nos recomenda não louvar (e confiar) no próximo precipitadamente.

Corresponde a essa ignorância do próprio nome, da própria identidade, o dever de buscar o autoconhecimento. Por este conhecimento, tomamos posse de nós mesmos, tornando-nos assim mais unos e autênticos; nossas ações se tornam mais honestas, nossas intenções mais transparentes; o que gera no próximo confiança, pois ele vê que nosso nome, nossa essência, é bom.

Essa busca da própria identidade, do próprio nome, conta com instrumentos espirituais e outros meramente racionais. Pelo menos é o que podemos deduzir homilética e espiritualmente de uma sentença de Cristo que o Evangelho nos relata: “orai e vigiai” (Mt 26, 41).

Orai. Não sou eu que, pronunciando o meu nome, gero a mim mesmo. É a voz de Deus que, ao chamar o meu nome, me arranca do nada e me dá uma existência. Ninguém jamais se deu a si mesmo a sua vida. Por isso, é Deus o primeiro que pronuncia o nome de cada pessoa que vem a este mundo, até mesmo daqueles que a maldade humana mata no ventre materno. Assim sendo, é Deus a fonte de toda personalidade, de toda identidade. É a Deus que devemos buscar, e é Ele quem vai nos dizer quem nós somos. E isso se faz, sobretudo, pela oração contemplativa na fé, a qual, prescindindo de todas as imagens do mundo e da mente, faz o nosso mais profundo “eu” encontrar-se com Aquele de quem ele é imagem e semelhança. “Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Ap 2,17).

Vigiai. Este recurso espiritual, entretanto, para o autoconhecimento deve ser complementado com todos os demais recursos que a razão nos oferece.

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Vigiar é estar desperto à noite – isso simbolicamente significa estar atento ao que acontece na escuridão que existe dentro de nós [a carne é fraca], o mundo do nosso inconsciente, os impulsos, os desejos, as ilusões, as lembranças; e não nos deixarmos enganar por aquela voz sutil que insistentemente sussurra no jardim interior da nossa psiché tentando nos i ludir com promessas de onipotência [ sereis como deuses ]. Pelo exercício de autoanálise, a consciência fraca, obediente aos impulsos, deixa de ser sujeito ativo e torna-se objeto s o b o p o d e r d e u m a metaconsciência forte, robusta e a u t ê n t i c a , q u e a g e e m conformidade à imagem de Deus nela.

Mais importante, porém, que o nosso próprio nome, é o nome de Deus, isto é, a sua essência íntima, a sua identidade. Não somente Deus pronuncia o nosso nome para nos gerar ontológica, física e espiritualmente, como Ele pronuncia para nós o seu próprio nome, patenteando-nos o que Ele é. E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome (Ap 22,4).

Cristóvão Oliveira SILVA

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O CCEJ e a Loyola-Fons Sapientiae apresentam o 5º livro da Coleção Judaísmo e Cristianismo, אבינו“ Pai Nosso” livro escrito pelo rabino francês Philipe Ha dda d , o br a que apresenta a oração do Pai

Nosso dentro do contexto da tradição de Jesus nos ajudando a aprofundar no entendimento a respeito da oração que o Senhor nos ensinou.

28 DE NOVEMBRO DE 1802,

215 ANOS DE HISTÓRIA

“O mais ardente voto de meu

coração foi atendido. O dia de meu batismo chegou, e fui regenerado no mistério. Recordo que saindo da casa paterna, para a qual eu só deveria voltar já cristão, encontrei meu irmão que, apertando minha mão, perguntou-me: - Onde vais? E eu lhe respondi:- Bem perto. – com efeito eu só dava um passo: passava do judaísmo ao cristianismo, da Sinagoga para a Igreja, de Moisés para Jesus Cristo...

Quem diz isto em suas memórias? Sob o pseudônimo de Adeodato, quem escreve é Simon Theodoro, segundo filho de Augusto Ratisbonne e de Adelaide Cerfbeer (fotos ao lado), neste momento com vinte e cinco anos de idade.

Filho de uma das primeiras famílias judias que receberam permissão para morar dentro das muralhas

CAPA Retrato do Padre Theodoro Ratisbonne, Funda-dor das Congregações de Nossa Senhora de Si-on (Religiosos e Religiosas).

da cidade de Estrasburgo, filho de banqueiros, estudioso e inquieto, introvertido e sério, fez diversos estudos: direito, medicina, administração bancária, filosofia. Sendo de família rica, estuda em escolas particulares, com colegas das mais conhecidas famílias, cristãs ou não, da região que fica entre a França e a Alemanha.

Curioso “o amor pela ciência somente me cativava. Rompendo com os jovens de minha idade, eu só tinha uma aspiração: encontrar o objetivo de minha existência; eu só tinha como guia minha razão delirante e livros insensatos... mais de uma vez o nascer do dia me encontrou de pé, esperando os raios da aurora... de tanto refletir sobre o bem e o mal, sobre o poder ou a impotência de Deus, e sobre o problema do universo, tornara-me, senão ateu, ao menos cético: eu não podia crer num Deus surdo e mudo...

Recorri a homens que passavam por instruídos que me aplaudiram e estimularam minha incredulidade, desde que fosse contra o cristianismo. Num destes momentos de dor e de angustia exclamei: Meu Deus! Se realmente existes, faz-me conhecer a verdade, e juro consagrar-lhe toda a minha vida”.

Com seus estudos encontra um grande mestre de filosofia, Louis Bautain, que por ser cristão não pode lecionar no colégio real, mas abre um curso para ouvintes interessados, em casa de Louise Humann, também filósofa e mística.

Theodoro criara escolas profissionais para israelitas pobres e era diretor, sendo seu pai o presidente do Consistório da comunidade israelita de Estrasburgo. Por isto, mesmo tendo chegado ao ato de fé em Jesus Cristo, não decidira batizar-se por fidelidade a seu grupo religioso e familiar, mesmo se em sua família mesmo se em sua família a única prática religiosa era a figura e a lembrança de sua

mãe. Batizado, começa a preocupar-se com os irmãos judeus, pois não queria que se privassem dos grandes dons que recebeu pela fé e pelo batismo, e queria mostrar-lhes que ser cristão não era renegar o judaísmo, mas dar um passo a mais...

Em 1830 recebe as ordens sacerdotais, e tendo sido obrigado a abandonar a direção das escolas, sofre muito por se sentir rompido com a família.

Em 1842, no dia 20 de janeiro, recebe a grande noticia da mudança de vida miraculosa de seu irmão, Afonso, em Roma; e

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com esta lê um sinal de que a Providência queria esta obra com a qual sonhava: a família de Sion.

Já no ano seguinte, com algumas fiéis educadoras ele inicia a família religiosa de Nossa Senhora de Sion, nome bíblico de uma das colinas de Jerusalém. Sua ideia de uma congregação que se ocupasse do apostolado cristão com os judeus foi aprovada pela Igreja, assim como a ideia da fundação de uma congregação masculina.

Instalado em Paris, separando-se com tristeza do grupo dos padres de São Luís, fundado e dirigido pelo Pe Bautain, Theodoro recebe seu irmão Afonso, e com ele inicia a Congregação dos clérigos de São Pedro, que posteriormente será a Congregação dos Religiosos de Nossa Senhora de Sion. Para cada passo procura a aprovação do papa, com quem se encontra algumas vezes, para analisar o sentido do milagre de 20 de janeiro.

Diversas decepções, tentativas e reinícios fazem com que no momento em que Theodoro, em 1884, vem a falecer, sua congregação ainda não está organizada; mas alguns de seus fiéis colaboradores mantém o ideal do mestre, e o apego ao sinal de 20 de janeiro, apoiados também pelo rápido desenvolvimento das irmãs de Sion.

Marguerite ARON, 1936

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PE THEODORO EM SANTO ANDREA DELLE FRATTE, 1851

“Meu muito querido irmão, Estou tão ocupado, tenho muitas cartas a escrever, tantas visitas a fazer e a receber, que aqui vejo tudo, menos Roma. Minha consolação é de celebrar missa, as vezes que me é possível sobre o altar bendito de St Andrea delle Fratte. É um santuário que traz o vestígio da Santa Virgem e das graças que Ela obtém. Sentimos um bem estar que faz vibrar a alma. Entretanto, lamento quase a transformação que fizeram. A família

Torlonia fez cobrir todas as telas, dentro e fora, de mármores e ornamentos preciosos. As velas do altar ficam acesas o dia e sete lâmpadas de prata suspensas à abóboda ardem noite e dia. Um quadro da

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Virgem, mal feito, substituiu o de São Miguel no fundo; dois outros quadros à direita e à esquerda representam o milagre.

Diante da capelinha há uma grande genuflexório ao qual está preso, numa corrente, o quadro com o Memorare em italiano, com as indulgências para aqueles que recitam diante do altar. Esta piedosa capela é chamada em Roma a Capela Ratisbonne. Espero que um dia se chamará capela de N.S. de Sion. Podes imaginar que quando vou celebrar a missa lá, os religiosos me prodigalizam todas as honras e gentilezas: belos paramentos, jogos de luzes, etc..., é uma das razões pelas quais não vou todos os dias. E quando vieres a Roma não sei se poderás celebrar diante de teu retrato, que por sinal não se parece nada contigo. Pode-se escolher; o primeiro quadro te representa com uma barba loura; o segundo quadro com uma barba preta. Ao que parece, os dois pintores não combinaram. Felizmente, não te puseram barba ruiva. De qualquer forma, te aconselho a te tornares santo, a fim de que te possam representar com barba de ouro, e a mais, eu gostaria que ficasse teu corpo na capela de N.S. de Sion, em Roma. O local se presta maravilhosamente, há lugar para um esquife debaixo do altar. Tudo lá está, exceto o santo. Poder-se-ia também colocar meu corpo; reduzindo-o um pouco a pó; há lugar para dois; mas eu assegurei meu lugar a Grandbourg e não quero faltar com a palavra. As crianças de Santa Matilde contam com isso e desde já preludiam as peregrinações que farão a meu túmulo. Eu também gosto de fazer essa peregrinação quando vou a Grandbourg. (...). Ontem, celebrei Missa em tua intenção no Gesù, no magnifico altar de Santo Inácio onde recebeste o batismo, a primeira comunhão e a confirmação. (...). Eu te abraço dentro do coração de Cristo.”

Theodoro RATISBONNE

DEZEMBRO DE 1852

Notre Père está ausente no 9 de novembro, dia de São Theodoro e nós celebramos esta festa hoje. Mas o presente mais agradável a Notre Père foi a entrada do Pe Maria à Saint Pierre. Ele deixou, esta manhã, o colégio dos Jesuítas à Vaugirard onde estava residindo. Seu sofrimento ao se separar era tão grande que seu amor por Sion pode lhe dar as forças necessárias.

Sources de Sion nº2

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BIOGRAFIAS Ir Pierre LENHARDT

Há 90 anos nascia em Strasbourg, França, Pierre Lenhardt. Estudou no famoso colégio Stanislas, em Paris, morou no Marrocos, e 1945, em Argel, onde estudou com os Jesuítas, por influência de um professor de Rabat. Por vezes andava num cemitério judaico, onde ficava por horas admirando os caracteres hebraico inscritos nos túmulos. Em 1947 foi para Paris fazer um curso politécnico, não gostando do curso saiu e fez equivalência em comércio no Haute École de Cmmerce, em 1952. Trabalhando no comércio, por 13 anos. Definiu sua verdadeira vocação no final dos anos 50, por intermédio

do Pe Paul Demann descobriu o carisma de Sion e ali se estabeleceu. Em 1962 entrou em Sion, em Chaville, onde depois de um ano de postulantado fez o noviciado com o Pe Lívio e o Pe Sábia. Fez Filosofia e Teologia pelo Institut Catholique de Paris, optando pela vida consagrada sem ordenação sacerdotal.

Obteve o título de Mestre em Teologia pela dissertação intitulada “Condições da legitimidade de um testemunho cristão junto aos judeus” pelo ICP, em 1970. Terminado seus estudos foi para Jerusalém, onde numerosos anos de estudo o levaram a uma familiaridade com o pensamento hebraico e com o Talmud. Foi estudante de Ephraim Urbach na Universidade Hebraica de Jerusalém (1971-1976), onde obteve o mestrado em Estudos Talmúdicos.

Escreveu números artigos e livros, ao todo 52 obras, mais inúmeras palestras e aulas. Sua última grande obra é sobre a Trindade, “A Unidade da Trindade, a escuta da tradição de Israel na Igreja” de 2011. Em 2004, recebeu o prêmio da Instituição Amizade Judaica-Cristã da França.

Em 2017, a Região Paris-Israel, no auditório do Colégio NDS-Paris, rendeu uma tarde de homenagens ao Ir Pierre, pelo valor de seus estudos judaicos na centralidade da Escuta de Israel, passando pela Unidade da Trindade e pelas raízes judaicas do Cristianismo. Atualmente, ele mora na comunidade de Paris, junto com Pe Désiré Bayart e Pe José Maria Leite Cristiano de ALMEIDA

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SHEMÁ ISRAEL, REFLEXÕES SOBRE A VIDA CONSAGRADA - (Parte I)

Escuta Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor Um, e tu amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma, de todo teu poder (Dt 6,4-5). O Shemá Israel, confissão de fé do povo de Israel, está subjacente a toda a vida e ao ensino de Jesus, que o realiza com sua ressureição. Com Jesus, somos chamados a cumprir o Shemá Israel na nossa vida, na nossa morte e na nossa ressurreição. E a vida religiosa, que se propõem humildemente a seguir Cristo e com seus meios que são próprios dele, para expressar a radicalidade de um dom proposto a todos, levando a sério os recursos insondáveis da pessoa humana invocados no Shemá Israel e nos seus comentários rabínicos.

O Shemá Israel é a confissão de fé por excelência do povo judeu. É uma das primeiras palavras que a criança aprende de seus pais, as últimas que são murmuradas antes de morrer. Muitos judeus os tiveram nos lábios ao entrar nas câmaras de gás. Eles testemunharam assim que somente o Um tinha o direito à sua vida, e que, contra todas as aparências, ninguém mais poderia tirá-las. Eles afirmaram, como Elie Wiesel diz que, contra todas as probabilidades, com Deus ou contra Deus, visto e sabido de todos, eles continuaram a proclamar “Um e seu nome é Um”. Para isso, será necessário percorrer as interpretações que a tradição judaica nos dá sobre o Shemá Israel na liturgia e nos seus comentários.

Jesus rezou o Shemá Israel e Ele o viveu. Ele entende o primeiro mandamento com o qual o segundo é semelhante. Em seguida, os cristãos continuam de receber de Israel o Shemá em Palavra e ato. É por que seu estudo também ajuda todo cristão, e particularmente os religiosos e as religiosas, a criar raízes sua vocação no solo saudável e rico da Palavra de Deus, e estimulá-los em sua resposta ao seu chamado. Descobrimos até que ponto pode levar, em sua radicalidade, a obediência a este mandamento: Tu amaras o Senhor teu Deus com toda a riqueza de teu coração, da tua vontade, com toda tua vida e aspirações, seus desejos, com tudo aquilo que te faz forte neste mundo. Assim, tu exprimiras que teu Deus é Um e que Ele é amor. Uma leitura do N.T. poderá utilmente prolongar nossa reflexão sobre este tema e não deixará de abrir perspectivas sobre a vida consagrada. Começaremos pelas duas constatações preliminares: o lugar do Shemá na liturgia judaica, e sua relação à vida consagrada. Consultaremos em seguida os comentários judaicos antes de precisar a importância que Jesus da a este texto. (Continuará no Boletim IN SION nº 7) Anne AVRIL

IN MEMORIAM

“É a festa da grande família católica. Junto ao trono de Deus chegam sucessivamente as almas felizes que terminaram sua purificação e reúnem-se na mansão abençoada, preparada por Jesus. A morte não desfez os laços que a nós as prendiam; pelo contrário, sua afeição aumenta à proporção que se dilatam nas regiões do amor. E quanto mais ardentes e amorosas se tornam, mais por nós se interessam e se compadecem à vista dos sofrimentos do nosso exílio.”

Theodoro RATISBONNE

† Theodoro Ratisbonne † Afonso Maria Ratisbonne

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† Antônio I. Oliveira † Nicolas Louis † André Gardair † Lino Calliari

† Théophile Delaunay † Eugène Schaffner † Theomir Devaux

† Paul Imbault † José I. Piva

† Carlos Ridpath † Charles J. Schenée

† Fridolin Gohm † Antoine Bernard

† Theodore Lindaart † Louis Briant

† Marcel Leroux † Armando Curcio

† Peter A. Burckardt † Francisco M. Sábia

† Paul Buot † Joseph Derwich

† Alexandre Czerkawski † Albert Bonneau

† Frederico Bassani

† Georges Kahyat † Pedro Balint

† Damien Gern † Paul Ferrand

† Henri Schaffer † José Steinmetz

† Quirino Pallaoro † Jules Hugo

† Paulo C. Lidonis † João Neves

† Henri Colson † Gabriel Deshay

† Mário Curan † Odilon P. Silveira

† Lucien Rongé † Paul Nicolas

† Astor Salgado † Gallus Ettlin † Ernesto Pilati

† Abel Ledrappier † Edouard Lunbourg † Eugène Dibinger † Gaspar Hornung

† Jean Vuga

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† Pierre de Condé † Auguste Mersanne † Frederic Osbonne

† Joseph Kittel † Charles Hoare

† Dorival N. de Matos † Pedro Bach

† Alexandre Courtade † José Pelegrini

† Georges Corneyre † Stanilas Smolinski

† Yosef Stiassny † Frederic Petermann † François Marango † Manuel P. Cardoso

† Marc Givelet † Faustin Versini

† Jean Wolfs † Henri Laurent

† Georges Deshanels † Napoleão A. Fernandes

† Thomas Dupuis † Alphonse Litchblau

† Frantz

† Isidoe Ceyte † Vicent Mestre

† Maguinaldo V. Silva † Henri Jacquin

† Alphonse Demarc † Henri Chaumontel † Mario F. da Silveira

† Walter E. Philppsborn † Raymundo Nogueira

† Pierre Mispolet † Jean M. Lagnado † Paul Jamoneau

† Paul Hadju † Benedito Lessa † Anibal Pilati

† Joseph F. Buckley † Lucien Contenet † John MacInerney

† Antônio Testa † Arnaldo Dante † Victor Padlina † Paul Demann

† Demais irmãos ...

Natalício 05.1927 - Ir Pierre Lenhardt

07.1944 - Pe Osvaldo Cadarin

12.1980 - Edgar R. da Silva

15.1983 - Ir Cristovão O. Silva

Ordenação Presbiteral

15.2004 - Pe Paulo A. Alves

15.2004 - Pe Manoel F. M. Neto

15.2015 - Pe Espedito L. Lima

26.1988 - Pe José D. de Faria

APRESENTAÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM 21 de Novembro

"Felicitai-me, vós, que amais o Senhor, pois que enquanto ainda era jovem fui

agradável ao Altíssimo."

A consagração da santíssima Virgem no Templo abre o caminho das vocações religiosas. Davi contemplara esse mistério e em seu inspirado salmo 44 canta a aliança nupcial contraída pelas almas eleitas com o Deus de amor: "Ó Rei! Superais em beleza a todos os filhos dos homens; a graça se expande em vossos lábios e vossas vestes exalam o perfume da mirra, do âmbar e do aloés. As filhas dos príncipes foram deles perfumadas e inebriadas, buscaram a honra da vossa aliança. A Rainha conservou-se à vossa destra, adornada com um manto de ouro e de uma variedade infinita de riquezas. Ouve, filha minha, e sê atenta a minhas palavras; esquece o teu povo e a tua parentela, e o Rei do céu te cumulará de amor; pois que ele é o Senhor teu Deus, poderoso e adorável. A glória da filha do Rei está em si mesma e seu fulgor apaga os esplendores de suas vestimentas. Outras virgens virão após e consagrar-se-ão ao Rei dos reis; serão apresentadas no templo com transportes de júbilo!".

Sob o véu das palavras simbólicas do salmista, entrevemos o glorioso destino das almas que seguem as pegadas de Maria e formam o cortejo sagrado do Cordeiro de Deus. Apresentam-se no templo para, à sombra do santuário, prepararem-se às bodas divinas. Vocação sublime que eleva as mais humildes criaturas ao próprio trono de Deus! Nessa trajetória ascendente, a noiva do Rei dos anjos deixa parentes, família, fortuna, pátria: tudo abandona para receber o cêntuplo. Um só pensamento a domina, uma única aspiração a impulsiona: satisfazer ao celeste Esposo. Deve estar morta em meio a todas as coisas do mundo; seus entretenimentos estão no céu, enquanto aguarda o dia de sua apresentação no templo da glória. Migalhas Evangélicas

Equipe de Eventos da Congregação

Rua Costa Aguiar, 1264 São Paulo - SP

[email protected] www.nds.sion.org.br/in-sion.html

ANIVERSÁRIO