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    Introduo

    A importncia dos fisioterapeutas no seio do corpo

    Importncia da Interveno do Fisioterapeuta no Tempo de Paragem

    aps Entorse do Tornozelo. Um Estudo em Basquetebolistas da LigaProfissional Portuguesa

    Maria Antnio Castro1 , Manuel Antnio Janeira2 , Joo Madail3 , Orlando Fernandes4

    Fisioterapeuta. Mestre em Cincias do Desporto - Actividade Fsica Adaptada.

    Escola Superior de Tecnologia da Sade de Coimbra InstitutoPolitcnico de Coimbra1 - Correspondncia para: [email protected]

    Doutor em Cincias do Desporto. Faculdade de Desporto da Universidade do Porto2

    Fisioterapeuta. Escola Superior de Tecnologia da Sade de Coimbra Instituto Politcnico de Coimbra3

    Licenciado em Educao Fsica. Mestre em Treino de Alto Rendimento. Faculdade de Desporto da Universidade de vora 4

    Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto

    Janeiro 2008IVol. 2IN 1I 13

    ARTIGO ORIGINAL

    Resumo

    Introduo: No basquetebol, a leso por entorse do tornozelo , altamente limitante para o atleta e obriga a bastante tempo deparagem. Relevncia: Um dos aspectos relevantes da interveno do fisioterapeuta remete para a necessidade da reduo do tempode paragem dos atletas, face s leses ocorridas na prtica desportiva. Objectivos: Os objectivos do presente estudo efectuado embasquetebolistas da Liga Profissional Portuguesa durante duas pocas consecutivas foram: (i)Avaliar o tempo de paragem dos atletasaps entorse do tornozelo em funo da gravidade da leso; (ii)Comparar a gravidade da entorse do tornozelo e os tempos deparagem aps leso em basquetebolistas pertencentes a equipas que dispem do apoio permanente de fisioterapeuta e em equipasque no dispem deste apoio. Metodologia: A amostra de atletas que sofreram entorse (n=81) foi dividida em dois grupos: umpertencente a equipas com fisioterapeuta (CFn=44) e outro sem fisioterapeuta (SFn=37). Resultados:As comparaes entregrupos (CF vs. SF) evidenciaram diferenas estatisticamente significativas relativamente aos tempos de paragem, para a totalidadeda amostra (CF3.74.04dias vs. SF12.5724.28dias; p=0.040), bem como por gravidade de entorse, ligeiro (CF1.461.91diasvs. SF3.22.24dias; p=0.006) e grave (CF7.833.43diasvs. SF41.1241.13dias; p=0.011). Discusso e Concluses: A entorse

    do tornozelo afecta cerca de 50% dos atletas em estudo e o tempo de paragem que provoca aumenta proporcionalmente maiorgravidade da leso. Os resultados mostram inequivocamente a importncia da interveno do fisioterapeuta na reduo do tempode paragem dos atletas aps entorse, quer do ponto de vista da apreciao global, quer da apreciao da gravidade da leso.

    Palavras Chave: entorse do tornozelo, basquetebol, fisioterapeuta, tempo de paragem

    Abst rac t

    Introduction:In basketball, an ankle sprain is a very common injury that keeps athletes out of practice for a long time. Relevance:Among other things, the existence of sports physiotherapists in a team is justified by the need of reducing the time lost after an injury.Objectives: The aim of this study on Portuguese championship professional basketball players is to: (i) evaluate athletes lost timeafter an ankle sprain according to the severity of their injury; (ii) compare the time lost after an ankle sprain in teams with or withoutphysiotherapists and according to the injurys severity. Methods: The sample of athletes with an ankle sprain (n=81) was divided into

    two groups: one of those which had a physiotherapist on their team (CF-n=44) and another one without physiotherapist (SF-n=37).Results: Comparing the groups (CF vs. SF) showed significant statistical differences in the time lost after an ankle sprain (CF-3.74.04days vs. SF12.5724.28 days; p=0.040). When analysed by severity both mild (CF-1.461.91 days vs. SF-3.22.24 days; p=0.006)and severe ankle sprains (CF-7.833.43 days vs. SF-41.1241.13 days; p=0.011) showed significant statistical differences in the timelost. Discussion & Conclusions: During our study, half of all basketball players suffered an ankle sprain, although the number ofankle sprains tended to diminish as the injurys severity increased. It has become evident that the time lost by athletes after an anklesprain in teams working with physiotherapists is largely smaller than in teams without physiotherapists. This was observed when anklesprains were analysed in general and when they were divided into the existing severity grades.

    Key-words: ankle sprain, basketball, physiotherapist, time lost

    tcnico de equipas de alta competio hoje uma

    realidadee o basquetebol tem de tal sido um exemplo

    pioneiro. Nesta modalidade em Portugal, cerca de

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    60% das equipas que participam na Liga Profissional de

    Clubes incluem na sua equipa tcnica um ou mais fisiote-

    rapeutas com funes permanentes junto do corpo de atle-

    tas. De igual modo, outras equipas de diferentes divises

    nacionais mantm ligaes privilegiadas com fisioterapeu-tas ou com gabinetes privados servidos por estes profis-

    sionais e que disponibilizam servios de fisioterapia. Tam-

    bm as seleces nacionais, masculinas e femininas, de

    diferentes escales competitivos recorrem aos servios

    profissionais dos fisioterapeutas, que incluem um acom-

    panhamento sistemtico a treinos e jogos durante os pe-

    rodos de concentrao das equipas para a preparao

    das competies. Esta interveno, mais ou menos siste-

    mtica, reflecte a preocupao de todos os agentes en-

    volvidos no fomento do basquetebol em conseguirem

    potencializar ao mximo o rendimento dos seus jogado-

    res e das suas equipas atravs de cuidados particulares

    no campo da preveno e da recuperao das leses. As

    leses msculo-esquelticas mais frequentes em

    basquetebolistas so as que afectam as extremidades dos

    membros inferiores e incluem contuses, roturas

    ligamentares e musculares, inflamaes msculo-

    tendinosas, fracturas e luxaes (Baumhauer, Alosa,

    Renstrom, Trevino & Beynnon,1995; Butcher, et al.,1996).

    A ocorrncia destes tipos de leses tem a ver com as par-

    ticularidades especficas do jogo de basquetebol, ou seja

    com os locais onde o jogo decorre, com os materiais com

    que se lida e com os prprios constrangimentos do jogo.

    De facto, o basquetebol um jogo que privilegia a fora

    explosiva, praticado num espao fsico muito reduzido e

    desenvolvendo-se em movimentos que requerem brus-

    cas mudanas de velocidade e de direco, rotaes s-

    bitas e inmeros saltos, o que, necessariamente, implica

    variadssimas situaes de contacto fsico no sanciona-

    das pelas regras. Nesta modalidade desportiva, a leso

    por entorse do tornozelo no s a mais frequente e a

    que obriga a mais tempo de paragem, como tambm uma

    das mais limitantes para o atleta. Um dos aspectos mais

    relevantes da interveno profissional do fisioterapeuta

    tem a ver com a necessidade da reduo do tempo de

    paragem dos atletas, face s leses que estes desenvol-

    vem durante a prtica desportiva. Todavia, a pertinncia

    deste assunto no est ainda devidamente esclarecida

    14Janeiro 2008IVol. 2IN 1I

    Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto

    literatura nacional. De facto, desconhecem-se quais os

    benefcios efectivos que o acompanhamento em

    permanncia dos fisioterapeutas acarretam nas equipas

    onde intervm. Neste contexto, foram dois os objectivos

    do nosso estudo: (i) Avaliar o tempo de paragem dosatletas aps entorse do tornozelo em funo da gravidade

    da leso; (ii) Comparar a gravidade da entorse do tornozelo

    e os tempos de paragem aps leso em basquetebolistas

    pertencentes a equipas que dispem do apoio permanente

    de fisioterapeuta e em equipas que no dispem deste

    apoio.

    Metodologia

    A populao foi constituda pelos basquetebolistas

    pertencentes totalidade das equipas da Liga Profissional

    Portuguesa que disputaram os campeonatos em duas

    pocas consecutivas. Destes, incluram-se no estudo

    exclusivamente aqueles que sofreram entorses do

    tornozelo ao longo das pocas desportivas. A amostra

    constituda por 81 jogadores seniores de basquetebol foi

    dividida em dois subgrupos. Um, que inclua os atletas

    pertencentes a equipas cujo corpo tcnico dispunha dos

    servios de um fisioterapeuta (CF- n=44); o outro, que

    inclua os atletas pertencentes a equipas cujo corpo tcnico

    no dispunha deste apoio (SF- n=37). Foram considerados

    critrios de incluso na amostra, fazer efectivamente parte

    do conjunto de jogadores habitualmente convocados para

    os jogos das suas equipas e terem sofrido pelo menos

    uma entorse do tornozelo durante as duas pocas em

    anlise, na sequncia da prtica desportiva,

    independentemente do facto de a leso ter ocorrido

    durante os treinos ou na competio. Os valores mdios

    de idade, peso e altura dos indivduos em estudo so de

    24.9 3.72 anos, 90.5511.7 kg e 193.7 9.25 cm,

    respectivamente.

    A recolha de informao foi efectuada com recurso a um

    questionrio auto- administrado que indagava acerca (i)

    da idade, peso e altura dos atletas; (ii) do volume de treino;

    (iii) da posio especfica em campo e do uso de

    proteces articulares; (iv) da ocorrncia de entorse do

    tornozelo, gravidade e tempo de paragem motivado por

    essa leso e (v) se pertenciam ou no a equipas que

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    Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto

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    Quadro 1 Entorses do tornozelo sofridas pela amostra

    dispunham do acompanhamento permanente de

    fisioterapeuta. A informao acerca da existncia de

    acompanhamento permanente de fisioterapeuta foi

    cruzada com a informao fornecida pelos clubes e pelos

    registos da Federao Portuguesa de Basquetebol.Foram considerados indicadores em estudo, o tempo de

    paragem do atleta, expresso em nmero de dias que o

    mesmo esteve impedido de treinar e/ou jogar por motivo

    de entorse do complexo articular do tornozelo, a gravidade

    da entorse do tornozelo e o acompanhamento da equipa

    ser realizado ou no por fisioterapeuta.

    Foram consideradas as entorses de gravidade ligeira (GI),

    moderada (GII) e grave (GIII). Para as comparaes entre

    grupos recorremos ao teste de Mann-Whitney e para ascomparaes inter-grupo por graus de entorse, recorremos

    ao teste de Kruskal-Wallis, ambos para medidas

    independentes. O nvel de significncia foi estabelecido

    em 5%.

    Resultados

    Na anlise dos resultados obtidos sobressai o elevado

    nmero de atletas que sofreram entorses do tornozelo

    (49.7%) o que ilustra bem, a relevncia deste tipo de

    traumatismo para os basquetebolistas estudados. Quando

    avaliada em funo do volume de treino a incidncia de

    entorse apresenta o valor de 0,76 por 1000 horas de treino,

    mostrando claramente a importncia da entorse do

    tornozelo na prtica do basquetebol.

    As entorses de tornozelo que predominaram nos

    basquetebolistas lesionados (n=81) foram as que se

    enquadram como mais graves seguidas das mais ligeiras.

    Quando analisadas separadamente, em funo dos

    grupos com fisioterapeuta (CF) e sem este profissional

    (SF), constatamos que a progresso em nmero

    inversamente proporcional gravidade no ocorre (Quadro

    1). Verificamos que nas equipas sem este profissional de

    sade ocorre maior nmero de entorses (60%) e ocorrem

    mais entorses de maior gravidade. Com efeito, nas equipassem fisioterapeuta predomina a ocorrncia de entorses

    do tornozelo graves, ultrapassando largamente o nmero

    de entorses ligeiras e moderadas. Este aspecto toma

    especial relevncia tanto ao nvel da sade do atleta como

    da harmonia da prpria equipa que deixa de poder contar

    com os seus elementos lesionados.

    evidente tambm a relao entre a gravidade da leso

    e o tempo de paragem dos atletas ou seja, a entorses

    Quadro 2 Mdias e desvios-padro dos tempos de

    paragem dos atletas avaliados por grau de entorse.

    menos graves corresponde um tempo de paragem menor,

    enquanto as entorses mais graves corresponde um tempo

    de paragem mais dilatado (Quadro 2). Do ponto de vista

    do tempo de paragem, as leses de gravidade ligeira

    implicam menor tempo de paragem que as de gravidade

    moderada e estas menor tempo de paragem que as

    graves, independentemente dos grupos em estudo, com

    e sem fisioterapeuta.

    Independentemente do grau da leso, evidente o menor

    tempo de paragem dos atletas pertencentes a equipas com

    esrotneedadivarG atueparetoisiFmoC

    )%(n

    atueparetoisiFmeS

    )%(n

    (oriegiL )%8.12(42 )%6.31(51

    )n(odaredoM )%7.21(41 )%7.21(41

    )n(evarG )%5.5(6 )%6.33(73

    esrotneuarG n )said(PT

    IuarG 93 1.731.2

    IIuarG 82 7.640.6

    )n(evarG )%5.5(6 )%6.33(73

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    Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto

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    fisioterapeutas relativamente ao outro grupo de atletas em

    estudo. As comparaes entre grupos, com fisioterapeuta

    (CF) versus sem fisioterapeuta (SF) evidenciaram

    diferenas estatisticamente significativas relativamente

    aos tempos de paragem, para a totalidade da amostra(CF-3.74.04 dias vs. SF-12.5724.28 dias). A relevncia

    estatstica avaliada pelo teste de Mann-Whitney (Z=-2.05,

    p=0.040) expressa uma diferena de aproximadamente 8

    dias para a recuperao dos atletas pertencentes aos dois

    grupos em confronto. Para alm destes resultados, refira-

    se a elevada variabilidade do tempo de paragem dos

    atletas que no tiveram apoio de fisioterapeutas, expressa

    pelo valor do desvio padro de 24.28 dias.

    Esta mesma tendncia verificada quando se avaliam os

    tempos de paragem induzidos pela gravidade de entorse

    do tornozelo nos dois grupos de atletas pertencentes a

    equipas com e sem apoio permanente de fisioterapeutas

    como se ilustra no grfico seguinte.

    excepo do tempo de paragem provocado por entorses

    de gravidade moderada (Z=-0.79, p=0.431), os valores

    dos tempos de paragem decorrentes de entorses de

    gravidade ligeira e grave revelam diferenasestatisticamente significativas do grupo dos atletas com

    apoio de fisioterapeuta relativamente aos que no o

    possuem (ligeiro: Z=-2.72, p=0.006; Grave: Z=-2.53,

    p=0.012).

    De um modo muito especfico, o contributo substancial do

    fisioterapeuta no seio das equipas parece evidente se

    atendermos, fundamentalmente, diferena numrica

    entre os tempos de paragem por entorses graves no seio

    dos dois grupos em anlise (cerca de 33 dias). Ascomparaes entre grupos (CF vs.SF), relativamente aos

    tempos de paragem por grau de entorse, evidenciaram

    diferenas estatisticamente significativas para a gravidade

    ligeira (CF- 1.461.91 dias vs.SF-3.22.24 dias; Z=-2.72

    dias, p=0.006) e grave (CF- 7.833.43 dias vs. SF-

    41.1241.13 dias; Z=-2.53, p=0.011). Relativamente s

    entorses moderadas, os grupos expressaram semelhana

    estatstica (CF- 5.794.61 dias vs. SF- 6.298.43 dias;

    Z=-0.79, p=0.431).

    Discusso

    Incidncia e gravidade da entorse do tornozelo

    Os resultados revelam que cerca de 49% da amostra

    sofreu, durante as pocas desportivas em anlise, pelo

    menos uma entorse do tornozelo. Este valor corresponde

    a uma frequncia de entorse por mil horas de 0,76 para a

    generalidade dos basquetebolistas portugueses

    participantes no estudo. A partir da avaliao efectuada

    parece inegvel, a dimenso que a entorse do complexo

    articular do tornozelo tem nos atletas em estudo (jogadores

    de basquetebol profissionais da Liga Portuguesa de

    Clubes - LCB). A importncia destes valores afigura-se

    Grfico 1 Tempo de paragem por gravidade de entrose do tronozelo

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    Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto

    Quadro 3 Estudos sobre incidncia de entorses do tornozelo em basquetebol

    como um indicador relevante no planeamento da

    preveno das leses em basquetebol. Nesta questo a

    literatura parece ter consenso j que nos diversos estudosem basquetebol a entorse surge como o tipo de leso

    mais frequente (Fong, Hong, Chan, Yung & Chan,2007;

    Gomez, DeLee & Farney,1996; Harmer,2005; Messina,

    Farney & DeLee,1999; NATA,1998; NCAA,2004a;

    NCAA,2004b).Todavia, verificamos alguma disparidade de

    valores na literatura acerca da incidncia da entorse do

    tornozelo, que estar certamente relacionada com vrios

    aspectos dos quais salientamos o facto de se usarem

    diferentes formas de anlise, apresentando o valor de

    incidncia por nmero de exposies do atleta

    modalidade, por nmero de dias de prtica desportiva,

    por horas ou minutos de participao desportiva. Para

    alm disso, os estudos reportam-se a diversos nveis

    competitivos e, so efectuados com diferentes tempos de

    durao. De facto, alguns destes autores estudaram

    jogadores dos liceus americanos (Powell,1996; Smith &

    Reischl,1986a) enquanto outros centraram a sua ateno

    em populaes de atletas profissionais (Leanderson,Nemeth & Eriksson,1993). Por outro lado, alguns estudos

    avaliam a incidncia da entorse durante uma poca

    desportiva (Powell,1996; Smith & Reischl,1986a) e

    outrosdurante o curto perodo de tempo inerente a uma

    competio (Martin, Yesalis, Foster & Albright,1987a). Um

    segundo momento de interpretao destes resultados

    prende-se tambm com o grau de preveno a que os

    jogadores estaro suje itos.A li teratura tem vindo a

    esclarecer o facto de os vrios tipos de proteco para a

    articulao do tornozelo (Bahr & Bahr,1997; Beynnon,

    Murphy & Alosa,2002; Handoll, Rowe, Quinn & de

    Bie,2001; Osborne & Rizzo,2003; Parkkari, Kujala &

    Kannus,2001; Quinn, Parker, de Bie, Rowe &Handoll,2000; Rosenbaum, et al.,2005; Thacker, et

    al.,1999; Verhagen, van Mechelen & de Vente,2000)

    constiturem verdadeiras proteces na ocorrncia de

    entorse, especialmente da sua reincidncia ou ainda da

    ocorrncia de entorses de maior gravidade. Por essa

    razo, alguns pases obrigam mesmo os atletas a utilizar,

    no jogo e no treino, proteces do tornozelo. De facto no

    presente estudo a relao entre a ocorrncia de entorse

    e o uso de material de proteco revelou-se muitosignificativa sendo a ocorrncia desta leso muito mais

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    rotuA ovititepmoClevN n olezonrotodsesrotneedaicndicnI

    a6891,lhcsieR&htimS laeciL 48 %07

    a7891,thgirblA&retsoF,silaseY,nitraM roinJ 743 %23

    2991,regnirrofP&tsaG,refiefP ebulc 374 %6,42

    3991,nosskirE&htemeN,nosrednaeL osivid2 69 )saroh0001/5,5(%29

    6991,llewoP laeciL 0056 %83

    )7991,dlanoDcM&rekcirF,yekciH aninimeFoceleS 94 %1,21

    0002,rerraH&yeraC,aesoH oirtisrevinU/laeciL 08711 %9

    1002,nostaW&sekaO,enyaP,eidloG,yaKcM ovitaerceR 063 seapicitrap0001/58.3

    5002,rellaP&asolA,yhpruM,kecaV,nonnyeB oirtisrevinU/laeciL *109 oisopxesaid0001/86.0

    odutseetneserP )lagutroP(lanoissiforP 361 )h0001/67,0(%7,94

    sedadiladomsartuoelobeteuqsab*

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    Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto

    baixa em atletas que usam proteco.

    Para alm dos aspectos anteriormente referidos,

    verificamos no estudo realizado que nas equipas com

    apoio permanente de fisioterapeutas, se verificam menos

    entorses do tornozelo e que quando esta leso ocorre ela com mais frequncia de gravidade ligeira e moderada.

    A relevncia deste aspecto prende-se com a possibilidade

    de nas equipas, os fisioterapeutas introduzirem medidas

    preventivas de ordem diversa e promoverem essa

    interveno de cariz preventivo junto de treinadores e

    atletas. Desde a utilizao de meios externos de proteco

    como sejam as ortteses e as ligaduras funcionais, at

    implementao de programas de treino proprioceptivo

    (Thacker, et al.,1999), as equipas com apoio permanente

    de fisioterapeuta beneficiaram da reduo do nmero de

    entorses ocorridas. De referir ainda ser a maior facilidade

    no retorno prtica desportiva por parte dos atletas cuja

    equipa dispe de um fisioterapeuta para adequar a carga

    de treino condio clnica do atleta (Wolfe, Uhl, Mattacola

    & Mccluskey,2001 )

    Tempo de Paragem aps leso

    Os nveis de sucesso desportivo so largamente

    condicionados pela forma ajustada como o treinador toma

    decises em campos determinantes do processo de

    orientao desportiva, dos quais, os cuidados clnicos e a

    preveno das leses, so aspectos fundamentais

    (Janeira,1998). Nesta abrangncia, os tempos de

    paragem, aps leses de diferentes gravidades,

    constituem-se como uma das preocupaes mais

    importantes de treinadores e atletas. Os custos das

    leses e, consequentemente, a ausncia dos atletas na

    competio obrigam o treinador a equacionar a

    importncia deste efeito aditivo (leso + tempo de

    paragem), com repercusses no rendimento competitivo

    das equipas (Amorim, Morais, Oliveira & Mamede,1989;

    Comas,1991; Knight,1985; Stone & Steingard,1993) e,

    muitas vezes, na integridade psicolgica do

    atleta(Smith,1996).

    Na literatura revista (Baumhauer, Alosa, Renstrom, Trevino

    & Beynnon,1995; Ellison,1995; Loosli, Requa, Garrick &

    Hanley,1992; Watson & Ozanne-Smith,2000) foi possvelperceber que a maior gravidade da entorse requer tempos

    de paragem mais dilatados, independentemente da

    modalidade desportiva em causa e com referncia

    exclusiva a esta situao traumtica e no globalidade

    das leses (Voleibol: ligeira21; Futebol: ligeira 21; Hquei: ligeira 7)(NATA,1998). Do

    mesmo modo, os nossos resultados confirmam os tempos

    diferenciados de paragem dos atletas face diferente

    gravidade de entorse. Grosso modo, e em referncia

    globalidade da amostra, as entorses de gravidade ligeira

    provocaram, em mdia, tempos de paragem de 2 dias, as

    moderadas tempos de paragem mdios entre 4 e 12 dias,

    enquanto as entorses graves provocaram tempos de

    paragem mdios superiores a 26 dias. Relativamente a

    este assunto, a literatura referente ao jogo do basquetebol,

    confirma os resultados do nosso estudo (Starkey, 2000).

    De facto, Smith & Reischl (1986b) ao estudarem as

    entorses do tornozelo em basquetebolistas americanos,

    referem tempos de paragem, por grau de entorse,

    semelhantes aos identificados no presente estudo.

    Resultados afins foram encontrados por Bahr, Karlsen,

    Lian & Ovrebo (1994), num estudo acerca da incidncia

    deste tipo de leso em jogadores de voleibol.

    Importa clarificar que tempos de paragem e tempos de

    recuperao so questes substancialmente diferentes.

    Por tempo de paragem, entende-se o perodo em que o

    atleta est ausente da prtica desportiva devido a uma

    qualquer leso, independentemente das estruturas

    anatmicas lesadas, estarem completamente

    recuperadas. Como se sabe, o retorno prtica desportiva

    acontece, muitas vezes, sem que a recuperao

    anatomofisiologica esteja completa. Ou seja, no caso

    especfico da entorse do tornozelo, a noo de retorno

    prtica no sinnimo de recuperao completa das

    estruturas anatmicas envolvidas. Por tempo de

    recuperao entende-se o perodo que decorre desde o

    momento da leso at ao restabelecimento total das

    estruturas anatmicas lesadas. nesta dupla dimenso

    que a interveno dos fisioterapeutas tem sido apontada

    como decisiva, no mbito da preparao desportiva

    (Arajo,1986; Oliveira,1990). Para Garrick, Schelkun. &

    Heinz (1997), o tempo de paragem por entorse dotornozelo situa-se entre 3 dias e 6 semanas, valores

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    coincidentes com o actual estudo. Pese embora esta

    igualdade nos tempos de paragem aps leso, a questo

    que se coloca tem a ver com a importncia que a presena

    do fisioterapeuta na equipa desportiva poder ter na

    modificao desses mesmos tempos de paragem, aps

    leso dos atletas. Os resultados do presente estudo

    sustentam, claramente, a importncia do fisioterapeuta na

    diminuio dos tempos de paragem dos atletas com

    entorses do tornozelo e, tambm, na diminuio dos

    tempos de paragem por gravidade da leso. Dos 81

    indivduos constituintes da nossa amostra, 44 pertenciam

    a equipas com apoio permanente de fisioterapeutas e 37

    a equipas sem este tipo de apoio. Ainda assim, foi possvel

    verificar a diminuio significativa dos tempos de paragem,

    aps leso, nos atletas apoiados por fisioterapeutas,

    relativamente aos que no possuam este apoio (3.704,0

    dias vs12.5724.3 dias). Assim, os resultados deste

    estudo parecem sugerir que a interveno do

    fisioterapeuta diminui em cerca de trs vezes o tempo de

    paragem dos atletas, aps leso. Por outro lado, centrando

    a apreciao em torno da gravidade da entorse, a

    comparao entre o tempo de paragem nos dois grupos

    em estudo (com fisioterapeuta e sem fisioterapeuta) vai

    ao encontro dos resultados anteriormente expressos. Os

    tempos de paragem dos atletas com apoio dos

    fisioterapeutas so, efectivamente, sempre menores em

    todos os nveis de gravidade de entorse e com relevncia

    estatstica para os tempos de paragem aps entorses de

    gravidade ligeira (p=0.006) e grave (p=0.012).

    As diferenas, atrs mencionadas, podero esclarecer o

    papel decisivo do apoio permanente do fisioterapeuta aos

    atletas de basquetebol. A abrangncia deste apoio pode-

    r manifestar-se segundo trs nveis. Um, relacionado com

    a preveno da leso, feita de um modo sistemtico, por

    exemplo atravs do aconselhamento de ortteses, que

    possam diminuir a incidncia da entorse, e atravs da par-

    ticipao activa no treino, trabalhando no sentido de me-

    lhor apetrechar fisicamente os jogadores, para que a en-

    torse do tornozelo possa ser evitada, nomeadamente atra-

    vs do treino proprioceptivo. A outra, relacionada com a

    especificidade do tratamento, domnio evidente da inter-

    veno qualificada do fisioterapeuta. Por ltimo, aintegrao progressiva do atleta no treino, adequando de

    forma particular o movimento efectuado pelo atleta s

    capacidades da estrutura em recuperao, s possvel,

    tambm, com a presena deste profissional. Corroboran-

    do estas posies, Powell (1996) verificou num perodo

    de 10 anos que a presena do fisioterapeuta nas equipas

    desportivas conduziu a uma reduo elevada da gravida-

    de das leses ocorridas durante os treinos e as

    competies. Segundo este autor, leses com tempos de

    paragem superiores a sete dias, foram reduzidas em

    cerca de 31% pela interveno permanente do fisiotera-

    peuta junto dos atletas pertencentes a diferentes

    modalidades desportivas. Tambm Foster, Yesalis,

    Ferguson & Albright (1989) verificaram a diminuio do

    tempo de recuperao aps leso em 70% dos atletas

    acompanhados por fisioterapeutas. Reforando a ideia da

    importncia do fisioterapeuta junto das equipas

    desportivas, Martin, Yesalis, Foster & Albright (1987b)

    referem que, da totalidade das leses ocorridas no Tor-

    neio Olmpico de Basquetebol (Jnior), 75,9% foram tra-

    tadas pelo fisioterapeuta, facto que evidencia o papel

    determinante desempenhado por estes profissionais de

    sade na recuperao dos atletas e favorece a

    perspectiva da sua interveno em primeira instncia. Os

    autores (Martin, Yesalis, Foster & Albright,1987b) questi-

    onam mesmo a importncia do apoio mdico de forma

    permanente em torneios desta natureza e sugerem, em

    alternativa, o apoio permanente do fisioterapeuta. A

    justificao desta sugesto tem a ver com o facto de

    somente uma pequena parte dos atletas (4%) ter

    necessitado de cuidados mdicos, em oposio com o

    elevado nmero de atletas (75,9%) que necessitaram

    de cuidados fisioteraputicos.

    Concluses

    Da globalidade dos resultados por ns avaliados numa

    populao de basquetebolistas, decorre um conjunto de

    constataes fundamentais, relativamente incidncia da

    entorse do tornozelo, sua gravidade e aos tempos de

    paragem que esta leso provoca nos jogadores. Afigura-

    se relevante na populao de basquetebolistas estudados,

    a forte incidncia da entorse do tornozelo. De facto, cercade 50% dos atletas em estudo sofreram, pelo menos, um

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    traumatismo desta natureza durante as duas pocas

    competitivas avaliadas. Por outro lado, os resultados

    revelaram de uma forma substantiva, que a importncia

    da interveno do fisioterapeuta na reduo do tempo

    de paragem dos atletas aps entorse do tornozelo manifesta, quer do ponto de vista da apreciao global,

    quer do ponto de vista da apreciao da gravidade da

    leso. O que aqui se pretende sublinhar que, de facto, e

    a partir exclusivamente dos resultados do estudo

    efectuado, as equipas parecem ter vantagem em dispor

    dos servios de um fisioterapeuta em permanncia, visto

    parecer ser possvel que os seus cuidados, promovam

    uma alterao nas consequncias das leses. Na

    generalidade das entorses ocorridas, as equipas com

    apoio permanente de fisioterapeutas viram os seus atletas

    ser privados da prtica de basquetebol, durante 4 dias ao

    passo que nas equipas sem este apoio os atletas estiveram

    ausentes 13 dias.

    Deste modo torna-se evidente a importncia da incluso

    de um fisioterapeuta na equipa tcnica dos clubes. No

    domnio da preparao desportiva, a interveno do

    fisioterapeuta mostra-se indispensvel na formulao, em

    conjunto com o treinador e toda a equipa, de um plano de

    preveno e de recuperao das leses do atleta.

    Acreditamos que os resultados do presente estudo

    podero constituir-se como um conjunto de referncias

    que, de facto, expressem bem a qualidade da interveno

    do fisioterapeuta e das vantagens que a sua presena

    permanente representa para os atletas e para as equipas.

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    Ar tigo recebido a: 23 de Maio de 2007

    Ar tigo r evisto a: 21 de Agosto de 2007

    Aceite para publ icao a: 26 de Outubro de 2007