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Introduo
A importncia dos fisioterapeutas no seio do corpo
Importncia da Interveno do Fisioterapeuta no Tempo de Paragem
aps Entorse do Tornozelo. Um Estudo em Basquetebolistas da LigaProfissional Portuguesa
Maria Antnio Castro1 , Manuel Antnio Janeira2 , Joo Madail3 , Orlando Fernandes4
Fisioterapeuta. Mestre em Cincias do Desporto - Actividade Fsica Adaptada.
Escola Superior de Tecnologia da Sade de Coimbra InstitutoPolitcnico de Coimbra1 - Correspondncia para: [email protected]
Doutor em Cincias do Desporto. Faculdade de Desporto da Universidade do Porto2
Fisioterapeuta. Escola Superior de Tecnologia da Sade de Coimbra Instituto Politcnico de Coimbra3
Licenciado em Educao Fsica. Mestre em Treino de Alto Rendimento. Faculdade de Desporto da Universidade de vora 4
Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto
Janeiro 2008IVol. 2IN 1I 13
ARTIGO ORIGINAL
Resumo
Introduo: No basquetebol, a leso por entorse do tornozelo , altamente limitante para o atleta e obriga a bastante tempo deparagem. Relevncia: Um dos aspectos relevantes da interveno do fisioterapeuta remete para a necessidade da reduo do tempode paragem dos atletas, face s leses ocorridas na prtica desportiva. Objectivos: Os objectivos do presente estudo efectuado embasquetebolistas da Liga Profissional Portuguesa durante duas pocas consecutivas foram: (i)Avaliar o tempo de paragem dos atletasaps entorse do tornozelo em funo da gravidade da leso; (ii)Comparar a gravidade da entorse do tornozelo e os tempos deparagem aps leso em basquetebolistas pertencentes a equipas que dispem do apoio permanente de fisioterapeuta e em equipasque no dispem deste apoio. Metodologia: A amostra de atletas que sofreram entorse (n=81) foi dividida em dois grupos: umpertencente a equipas com fisioterapeuta (CFn=44) e outro sem fisioterapeuta (SFn=37). Resultados:As comparaes entregrupos (CF vs. SF) evidenciaram diferenas estatisticamente significativas relativamente aos tempos de paragem, para a totalidadeda amostra (CF3.74.04dias vs. SF12.5724.28dias; p=0.040), bem como por gravidade de entorse, ligeiro (CF1.461.91diasvs. SF3.22.24dias; p=0.006) e grave (CF7.833.43diasvs. SF41.1241.13dias; p=0.011). Discusso e Concluses: A entorse
do tornozelo afecta cerca de 50% dos atletas em estudo e o tempo de paragem que provoca aumenta proporcionalmente maiorgravidade da leso. Os resultados mostram inequivocamente a importncia da interveno do fisioterapeuta na reduo do tempode paragem dos atletas aps entorse, quer do ponto de vista da apreciao global, quer da apreciao da gravidade da leso.
Palavras Chave: entorse do tornozelo, basquetebol, fisioterapeuta, tempo de paragem
Abst rac t
Introduction:In basketball, an ankle sprain is a very common injury that keeps athletes out of practice for a long time. Relevance:Among other things, the existence of sports physiotherapists in a team is justified by the need of reducing the time lost after an injury.Objectives: The aim of this study on Portuguese championship professional basketball players is to: (i) evaluate athletes lost timeafter an ankle sprain according to the severity of their injury; (ii) compare the time lost after an ankle sprain in teams with or withoutphysiotherapists and according to the injurys severity. Methods: The sample of athletes with an ankle sprain (n=81) was divided into
two groups: one of those which had a physiotherapist on their team (CF-n=44) and another one without physiotherapist (SF-n=37).Results: Comparing the groups (CF vs. SF) showed significant statistical differences in the time lost after an ankle sprain (CF-3.74.04days vs. SF12.5724.28 days; p=0.040). When analysed by severity both mild (CF-1.461.91 days vs. SF-3.22.24 days; p=0.006)and severe ankle sprains (CF-7.833.43 days vs. SF-41.1241.13 days; p=0.011) showed significant statistical differences in the timelost. Discussion & Conclusions: During our study, half of all basketball players suffered an ankle sprain, although the number ofankle sprains tended to diminish as the injurys severity increased. It has become evident that the time lost by athletes after an anklesprain in teams working with physiotherapists is largely smaller than in teams without physiotherapists. This was observed when anklesprains were analysed in general and when they were divided into the existing severity grades.
Key-words: ankle sprain, basketball, physiotherapist, time lost
tcnico de equipas de alta competio hoje uma
realidadee o basquetebol tem de tal sido um exemplo
pioneiro. Nesta modalidade em Portugal, cerca de
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60% das equipas que participam na Liga Profissional de
Clubes incluem na sua equipa tcnica um ou mais fisiote-
rapeutas com funes permanentes junto do corpo de atle-
tas. De igual modo, outras equipas de diferentes divises
nacionais mantm ligaes privilegiadas com fisioterapeu-tas ou com gabinetes privados servidos por estes profis-
sionais e que disponibilizam servios de fisioterapia. Tam-
bm as seleces nacionais, masculinas e femininas, de
diferentes escales competitivos recorrem aos servios
profissionais dos fisioterapeutas, que incluem um acom-
panhamento sistemtico a treinos e jogos durante os pe-
rodos de concentrao das equipas para a preparao
das competies. Esta interveno, mais ou menos siste-
mtica, reflecte a preocupao de todos os agentes en-
volvidos no fomento do basquetebol em conseguirem
potencializar ao mximo o rendimento dos seus jogado-
res e das suas equipas atravs de cuidados particulares
no campo da preveno e da recuperao das leses. As
leses msculo-esquelticas mais frequentes em
basquetebolistas so as que afectam as extremidades dos
membros inferiores e incluem contuses, roturas
ligamentares e musculares, inflamaes msculo-
tendinosas, fracturas e luxaes (Baumhauer, Alosa,
Renstrom, Trevino & Beynnon,1995; Butcher, et al.,1996).
A ocorrncia destes tipos de leses tem a ver com as par-
ticularidades especficas do jogo de basquetebol, ou seja
com os locais onde o jogo decorre, com os materiais com
que se lida e com os prprios constrangimentos do jogo.
De facto, o basquetebol um jogo que privilegia a fora
explosiva, praticado num espao fsico muito reduzido e
desenvolvendo-se em movimentos que requerem brus-
cas mudanas de velocidade e de direco, rotaes s-
bitas e inmeros saltos, o que, necessariamente, implica
variadssimas situaes de contacto fsico no sanciona-
das pelas regras. Nesta modalidade desportiva, a leso
por entorse do tornozelo no s a mais frequente e a
que obriga a mais tempo de paragem, como tambm uma
das mais limitantes para o atleta. Um dos aspectos mais
relevantes da interveno profissional do fisioterapeuta
tem a ver com a necessidade da reduo do tempo de
paragem dos atletas, face s leses que estes desenvol-
vem durante a prtica desportiva. Todavia, a pertinncia
deste assunto no est ainda devidamente esclarecida
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literatura nacional. De facto, desconhecem-se quais os
benefcios efectivos que o acompanhamento em
permanncia dos fisioterapeutas acarretam nas equipas
onde intervm. Neste contexto, foram dois os objectivos
do nosso estudo: (i) Avaliar o tempo de paragem dosatletas aps entorse do tornozelo em funo da gravidade
da leso; (ii) Comparar a gravidade da entorse do tornozelo
e os tempos de paragem aps leso em basquetebolistas
pertencentes a equipas que dispem do apoio permanente
de fisioterapeuta e em equipas que no dispem deste
apoio.
Metodologia
A populao foi constituda pelos basquetebolistas
pertencentes totalidade das equipas da Liga Profissional
Portuguesa que disputaram os campeonatos em duas
pocas consecutivas. Destes, incluram-se no estudo
exclusivamente aqueles que sofreram entorses do
tornozelo ao longo das pocas desportivas. A amostra
constituda por 81 jogadores seniores de basquetebol foi
dividida em dois subgrupos. Um, que inclua os atletas
pertencentes a equipas cujo corpo tcnico dispunha dos
servios de um fisioterapeuta (CF- n=44); o outro, que
inclua os atletas pertencentes a equipas cujo corpo tcnico
no dispunha deste apoio (SF- n=37). Foram considerados
critrios de incluso na amostra, fazer efectivamente parte
do conjunto de jogadores habitualmente convocados para
os jogos das suas equipas e terem sofrido pelo menos
uma entorse do tornozelo durante as duas pocas em
anlise, na sequncia da prtica desportiva,
independentemente do facto de a leso ter ocorrido
durante os treinos ou na competio. Os valores mdios
de idade, peso e altura dos indivduos em estudo so de
24.9 3.72 anos, 90.5511.7 kg e 193.7 9.25 cm,
respectivamente.
A recolha de informao foi efectuada com recurso a um
questionrio auto- administrado que indagava acerca (i)
da idade, peso e altura dos atletas; (ii) do volume de treino;
(iii) da posio especfica em campo e do uso de
proteces articulares; (iv) da ocorrncia de entorse do
tornozelo, gravidade e tempo de paragem motivado por
essa leso e (v) se pertenciam ou no a equipas que
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Quadro 1 Entorses do tornozelo sofridas pela amostra
dispunham do acompanhamento permanente de
fisioterapeuta. A informao acerca da existncia de
acompanhamento permanente de fisioterapeuta foi
cruzada com a informao fornecida pelos clubes e pelos
registos da Federao Portuguesa de Basquetebol.Foram considerados indicadores em estudo, o tempo de
paragem do atleta, expresso em nmero de dias que o
mesmo esteve impedido de treinar e/ou jogar por motivo
de entorse do complexo articular do tornozelo, a gravidade
da entorse do tornozelo e o acompanhamento da equipa
ser realizado ou no por fisioterapeuta.
Foram consideradas as entorses de gravidade ligeira (GI),
moderada (GII) e grave (GIII). Para as comparaes entre
grupos recorremos ao teste de Mann-Whitney e para ascomparaes inter-grupo por graus de entorse, recorremos
ao teste de Kruskal-Wallis, ambos para medidas
independentes. O nvel de significncia foi estabelecido
em 5%.
Resultados
Na anlise dos resultados obtidos sobressai o elevado
nmero de atletas que sofreram entorses do tornozelo
(49.7%) o que ilustra bem, a relevncia deste tipo de
traumatismo para os basquetebolistas estudados. Quando
avaliada em funo do volume de treino a incidncia de
entorse apresenta o valor de 0,76 por 1000 horas de treino,
mostrando claramente a importncia da entorse do
tornozelo na prtica do basquetebol.
As entorses de tornozelo que predominaram nos
basquetebolistas lesionados (n=81) foram as que se
enquadram como mais graves seguidas das mais ligeiras.
Quando analisadas separadamente, em funo dos
grupos com fisioterapeuta (CF) e sem este profissional
(SF), constatamos que a progresso em nmero
inversamente proporcional gravidade no ocorre (Quadro
1). Verificamos que nas equipas sem este profissional de
sade ocorre maior nmero de entorses (60%) e ocorrem
mais entorses de maior gravidade. Com efeito, nas equipassem fisioterapeuta predomina a ocorrncia de entorses
do tornozelo graves, ultrapassando largamente o nmero
de entorses ligeiras e moderadas. Este aspecto toma
especial relevncia tanto ao nvel da sade do atleta como
da harmonia da prpria equipa que deixa de poder contar
com os seus elementos lesionados.
evidente tambm a relao entre a gravidade da leso
e o tempo de paragem dos atletas ou seja, a entorses
Quadro 2 Mdias e desvios-padro dos tempos de
paragem dos atletas avaliados por grau de entorse.
menos graves corresponde um tempo de paragem menor,
enquanto as entorses mais graves corresponde um tempo
de paragem mais dilatado (Quadro 2). Do ponto de vista
do tempo de paragem, as leses de gravidade ligeira
implicam menor tempo de paragem que as de gravidade
moderada e estas menor tempo de paragem que as
graves, independentemente dos grupos em estudo, com
e sem fisioterapeuta.
Independentemente do grau da leso, evidente o menor
tempo de paragem dos atletas pertencentes a equipas com
esrotneedadivarG atueparetoisiFmoC
)%(n
atueparetoisiFmeS
)%(n
(oriegiL )%8.12(42 )%6.31(51
)n(odaredoM )%7.21(41 )%7.21(41
)n(evarG )%5.5(6 )%6.33(73
esrotneuarG n )said(PT
IuarG 93 1.731.2
IIuarG 82 7.640.6
)n(evarG )%5.5(6 )%6.33(73
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fisioterapeutas relativamente ao outro grupo de atletas em
estudo. As comparaes entre grupos, com fisioterapeuta
(CF) versus sem fisioterapeuta (SF) evidenciaram
diferenas estatisticamente significativas relativamente
aos tempos de paragem, para a totalidade da amostra(CF-3.74.04 dias vs. SF-12.5724.28 dias). A relevncia
estatstica avaliada pelo teste de Mann-Whitney (Z=-2.05,
p=0.040) expressa uma diferena de aproximadamente 8
dias para a recuperao dos atletas pertencentes aos dois
grupos em confronto. Para alm destes resultados, refira-
se a elevada variabilidade do tempo de paragem dos
atletas que no tiveram apoio de fisioterapeutas, expressa
pelo valor do desvio padro de 24.28 dias.
Esta mesma tendncia verificada quando se avaliam os
tempos de paragem induzidos pela gravidade de entorse
do tornozelo nos dois grupos de atletas pertencentes a
equipas com e sem apoio permanente de fisioterapeutas
como se ilustra no grfico seguinte.
excepo do tempo de paragem provocado por entorses
de gravidade moderada (Z=-0.79, p=0.431), os valores
dos tempos de paragem decorrentes de entorses de
gravidade ligeira e grave revelam diferenasestatisticamente significativas do grupo dos atletas com
apoio de fisioterapeuta relativamente aos que no o
possuem (ligeiro: Z=-2.72, p=0.006; Grave: Z=-2.53,
p=0.012).
De um modo muito especfico, o contributo substancial do
fisioterapeuta no seio das equipas parece evidente se
atendermos, fundamentalmente, diferena numrica
entre os tempos de paragem por entorses graves no seio
dos dois grupos em anlise (cerca de 33 dias). Ascomparaes entre grupos (CF vs.SF), relativamente aos
tempos de paragem por grau de entorse, evidenciaram
diferenas estatisticamente significativas para a gravidade
ligeira (CF- 1.461.91 dias vs.SF-3.22.24 dias; Z=-2.72
dias, p=0.006) e grave (CF- 7.833.43 dias vs. SF-
41.1241.13 dias; Z=-2.53, p=0.011). Relativamente s
entorses moderadas, os grupos expressaram semelhana
estatstica (CF- 5.794.61 dias vs. SF- 6.298.43 dias;
Z=-0.79, p=0.431).
Discusso
Incidncia e gravidade da entorse do tornozelo
Os resultados revelam que cerca de 49% da amostra
sofreu, durante as pocas desportivas em anlise, pelo
menos uma entorse do tornozelo. Este valor corresponde
a uma frequncia de entorse por mil horas de 0,76 para a
generalidade dos basquetebolistas portugueses
participantes no estudo. A partir da avaliao efectuada
parece inegvel, a dimenso que a entorse do complexo
articular do tornozelo tem nos atletas em estudo (jogadores
de basquetebol profissionais da Liga Portuguesa de
Clubes - LCB). A importncia destes valores afigura-se
Grfico 1 Tempo de paragem por gravidade de entrose do tronozelo
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Quadro 3 Estudos sobre incidncia de entorses do tornozelo em basquetebol
como um indicador relevante no planeamento da
preveno das leses em basquetebol. Nesta questo a
literatura parece ter consenso j que nos diversos estudosem basquetebol a entorse surge como o tipo de leso
mais frequente (Fong, Hong, Chan, Yung & Chan,2007;
Gomez, DeLee & Farney,1996; Harmer,2005; Messina,
Farney & DeLee,1999; NATA,1998; NCAA,2004a;
NCAA,2004b).Todavia, verificamos alguma disparidade de
valores na literatura acerca da incidncia da entorse do
tornozelo, que estar certamente relacionada com vrios
aspectos dos quais salientamos o facto de se usarem
diferentes formas de anlise, apresentando o valor de
incidncia por nmero de exposies do atleta
modalidade, por nmero de dias de prtica desportiva,
por horas ou minutos de participao desportiva. Para
alm disso, os estudos reportam-se a diversos nveis
competitivos e, so efectuados com diferentes tempos de
durao. De facto, alguns destes autores estudaram
jogadores dos liceus americanos (Powell,1996; Smith &
Reischl,1986a) enquanto outros centraram a sua ateno
em populaes de atletas profissionais (Leanderson,Nemeth & Eriksson,1993). Por outro lado, alguns estudos
avaliam a incidncia da entorse durante uma poca
desportiva (Powell,1996; Smith & Reischl,1986a) e
outrosdurante o curto perodo de tempo inerente a uma
competio (Martin, Yesalis, Foster & Albright,1987a). Um
segundo momento de interpretao destes resultados
prende-se tambm com o grau de preveno a que os
jogadores estaro suje itos.A li teratura tem vindo a
esclarecer o facto de os vrios tipos de proteco para a
articulao do tornozelo (Bahr & Bahr,1997; Beynnon,
Murphy & Alosa,2002; Handoll, Rowe, Quinn & de
Bie,2001; Osborne & Rizzo,2003; Parkkari, Kujala &
Kannus,2001; Quinn, Parker, de Bie, Rowe &Handoll,2000; Rosenbaum, et al.,2005; Thacker, et
al.,1999; Verhagen, van Mechelen & de Vente,2000)
constiturem verdadeiras proteces na ocorrncia de
entorse, especialmente da sua reincidncia ou ainda da
ocorrncia de entorses de maior gravidade. Por essa
razo, alguns pases obrigam mesmo os atletas a utilizar,
no jogo e no treino, proteces do tornozelo. De facto no
presente estudo a relao entre a ocorrncia de entorse
e o uso de material de proteco revelou-se muitosignificativa sendo a ocorrncia desta leso muito mais
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rotuA ovititepmoClevN n olezonrotodsesrotneedaicndicnI
a6891,lhcsieR&htimS laeciL 48 %07
a7891,thgirblA&retsoF,silaseY,nitraM roinJ 743 %23
2991,regnirrofP&tsaG,refiefP ebulc 374 %6,42
3991,nosskirE&htemeN,nosrednaeL osivid2 69 )saroh0001/5,5(%29
6991,llewoP laeciL 0056 %83
)7991,dlanoDcM&rekcirF,yekciH aninimeFoceleS 94 %1,21
0002,rerraH&yeraC,aesoH oirtisrevinU/laeciL 08711 %9
1002,nostaW&sekaO,enyaP,eidloG,yaKcM ovitaerceR 063 seapicitrap0001/58.3
5002,rellaP&asolA,yhpruM,kecaV,nonnyeB oirtisrevinU/laeciL *109 oisopxesaid0001/86.0
odutseetneserP )lagutroP(lanoissiforP 361 )h0001/67,0(%7,94
sedadiladomsartuoelobeteuqsab*
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baixa em atletas que usam proteco.
Para alm dos aspectos anteriormente referidos,
verificamos no estudo realizado que nas equipas com
apoio permanente de fisioterapeutas, se verificam menos
entorses do tornozelo e que quando esta leso ocorre ela com mais frequncia de gravidade ligeira e moderada.
A relevncia deste aspecto prende-se com a possibilidade
de nas equipas, os fisioterapeutas introduzirem medidas
preventivas de ordem diversa e promoverem essa
interveno de cariz preventivo junto de treinadores e
atletas. Desde a utilizao de meios externos de proteco
como sejam as ortteses e as ligaduras funcionais, at
implementao de programas de treino proprioceptivo
(Thacker, et al.,1999), as equipas com apoio permanente
de fisioterapeuta beneficiaram da reduo do nmero de
entorses ocorridas. De referir ainda ser a maior facilidade
no retorno prtica desportiva por parte dos atletas cuja
equipa dispe de um fisioterapeuta para adequar a carga
de treino condio clnica do atleta (Wolfe, Uhl, Mattacola
& Mccluskey,2001 )
Tempo de Paragem aps leso
Os nveis de sucesso desportivo so largamente
condicionados pela forma ajustada como o treinador toma
decises em campos determinantes do processo de
orientao desportiva, dos quais, os cuidados clnicos e a
preveno das leses, so aspectos fundamentais
(Janeira,1998). Nesta abrangncia, os tempos de
paragem, aps leses de diferentes gravidades,
constituem-se como uma das preocupaes mais
importantes de treinadores e atletas. Os custos das
leses e, consequentemente, a ausncia dos atletas na
competio obrigam o treinador a equacionar a
importncia deste efeito aditivo (leso + tempo de
paragem), com repercusses no rendimento competitivo
das equipas (Amorim, Morais, Oliveira & Mamede,1989;
Comas,1991; Knight,1985; Stone & Steingard,1993) e,
muitas vezes, na integridade psicolgica do
atleta(Smith,1996).
Na literatura revista (Baumhauer, Alosa, Renstrom, Trevino
& Beynnon,1995; Ellison,1995; Loosli, Requa, Garrick &
Hanley,1992; Watson & Ozanne-Smith,2000) foi possvelperceber que a maior gravidade da entorse requer tempos
de paragem mais dilatados, independentemente da
modalidade desportiva em causa e com referncia
exclusiva a esta situao traumtica e no globalidade
das leses (Voleibol: ligeira21; Futebol: ligeira 21; Hquei: ligeira 7)(NATA,1998). Do
mesmo modo, os nossos resultados confirmam os tempos
diferenciados de paragem dos atletas face diferente
gravidade de entorse. Grosso modo, e em referncia
globalidade da amostra, as entorses de gravidade ligeira
provocaram, em mdia, tempos de paragem de 2 dias, as
moderadas tempos de paragem mdios entre 4 e 12 dias,
enquanto as entorses graves provocaram tempos de
paragem mdios superiores a 26 dias. Relativamente a
este assunto, a literatura referente ao jogo do basquetebol,
confirma os resultados do nosso estudo (Starkey, 2000).
De facto, Smith & Reischl (1986b) ao estudarem as
entorses do tornozelo em basquetebolistas americanos,
referem tempos de paragem, por grau de entorse,
semelhantes aos identificados no presente estudo.
Resultados afins foram encontrados por Bahr, Karlsen,
Lian & Ovrebo (1994), num estudo acerca da incidncia
deste tipo de leso em jogadores de voleibol.
Importa clarificar que tempos de paragem e tempos de
recuperao so questes substancialmente diferentes.
Por tempo de paragem, entende-se o perodo em que o
atleta est ausente da prtica desportiva devido a uma
qualquer leso, independentemente das estruturas
anatmicas lesadas, estarem completamente
recuperadas. Como se sabe, o retorno prtica desportiva
acontece, muitas vezes, sem que a recuperao
anatomofisiologica esteja completa. Ou seja, no caso
especfico da entorse do tornozelo, a noo de retorno
prtica no sinnimo de recuperao completa das
estruturas anatmicas envolvidas. Por tempo de
recuperao entende-se o perodo que decorre desde o
momento da leso at ao restabelecimento total das
estruturas anatmicas lesadas. nesta dupla dimenso
que a interveno dos fisioterapeutas tem sido apontada
como decisiva, no mbito da preparao desportiva
(Arajo,1986; Oliveira,1990). Para Garrick, Schelkun. &
Heinz (1997), o tempo de paragem por entorse dotornozelo situa-se entre 3 dias e 6 semanas, valores
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coincidentes com o actual estudo. Pese embora esta
igualdade nos tempos de paragem aps leso, a questo
que se coloca tem a ver com a importncia que a presena
do fisioterapeuta na equipa desportiva poder ter na
modificao desses mesmos tempos de paragem, aps
leso dos atletas. Os resultados do presente estudo
sustentam, claramente, a importncia do fisioterapeuta na
diminuio dos tempos de paragem dos atletas com
entorses do tornozelo e, tambm, na diminuio dos
tempos de paragem por gravidade da leso. Dos 81
indivduos constituintes da nossa amostra, 44 pertenciam
a equipas com apoio permanente de fisioterapeutas e 37
a equipas sem este tipo de apoio. Ainda assim, foi possvel
verificar a diminuio significativa dos tempos de paragem,
aps leso, nos atletas apoiados por fisioterapeutas,
relativamente aos que no possuam este apoio (3.704,0
dias vs12.5724.3 dias). Assim, os resultados deste
estudo parecem sugerir que a interveno do
fisioterapeuta diminui em cerca de trs vezes o tempo de
paragem dos atletas, aps leso. Por outro lado, centrando
a apreciao em torno da gravidade da entorse, a
comparao entre o tempo de paragem nos dois grupos
em estudo (com fisioterapeuta e sem fisioterapeuta) vai
ao encontro dos resultados anteriormente expressos. Os
tempos de paragem dos atletas com apoio dos
fisioterapeutas so, efectivamente, sempre menores em
todos os nveis de gravidade de entorse e com relevncia
estatstica para os tempos de paragem aps entorses de
gravidade ligeira (p=0.006) e grave (p=0.012).
As diferenas, atrs mencionadas, podero esclarecer o
papel decisivo do apoio permanente do fisioterapeuta aos
atletas de basquetebol. A abrangncia deste apoio pode-
r manifestar-se segundo trs nveis. Um, relacionado com
a preveno da leso, feita de um modo sistemtico, por
exemplo atravs do aconselhamento de ortteses, que
possam diminuir a incidncia da entorse, e atravs da par-
ticipao activa no treino, trabalhando no sentido de me-
lhor apetrechar fisicamente os jogadores, para que a en-
torse do tornozelo possa ser evitada, nomeadamente atra-
vs do treino proprioceptivo. A outra, relacionada com a
especificidade do tratamento, domnio evidente da inter-
veno qualificada do fisioterapeuta. Por ltimo, aintegrao progressiva do atleta no treino, adequando de
forma particular o movimento efectuado pelo atleta s
capacidades da estrutura em recuperao, s possvel,
tambm, com a presena deste profissional. Corroboran-
do estas posies, Powell (1996) verificou num perodo
de 10 anos que a presena do fisioterapeuta nas equipas
desportivas conduziu a uma reduo elevada da gravida-
de das leses ocorridas durante os treinos e as
competies. Segundo este autor, leses com tempos de
paragem superiores a sete dias, foram reduzidas em
cerca de 31% pela interveno permanente do fisiotera-
peuta junto dos atletas pertencentes a diferentes
modalidades desportivas. Tambm Foster, Yesalis,
Ferguson & Albright (1989) verificaram a diminuio do
tempo de recuperao aps leso em 70% dos atletas
acompanhados por fisioterapeutas. Reforando a ideia da
importncia do fisioterapeuta junto das equipas
desportivas, Martin, Yesalis, Foster & Albright (1987b)
referem que, da totalidade das leses ocorridas no Tor-
neio Olmpico de Basquetebol (Jnior), 75,9% foram tra-
tadas pelo fisioterapeuta, facto que evidencia o papel
determinante desempenhado por estes profissionais de
sade na recuperao dos atletas e favorece a
perspectiva da sua interveno em primeira instncia. Os
autores (Martin, Yesalis, Foster & Albright,1987b) questi-
onam mesmo a importncia do apoio mdico de forma
permanente em torneios desta natureza e sugerem, em
alternativa, o apoio permanente do fisioterapeuta. A
justificao desta sugesto tem a ver com o facto de
somente uma pequena parte dos atletas (4%) ter
necessitado de cuidados mdicos, em oposio com o
elevado nmero de atletas (75,9%) que necessitaram
de cuidados fisioteraputicos.
Concluses
Da globalidade dos resultados por ns avaliados numa
populao de basquetebolistas, decorre um conjunto de
constataes fundamentais, relativamente incidncia da
entorse do tornozelo, sua gravidade e aos tempos de
paragem que esta leso provoca nos jogadores. Afigura-
se relevante na populao de basquetebolistas estudados,
a forte incidncia da entorse do tornozelo. De facto, cercade 50% dos atletas em estudo sofreram, pelo menos, um
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traumatismo desta natureza durante as duas pocas
competitivas avaliadas. Por outro lado, os resultados
revelaram de uma forma substantiva, que a importncia
da interveno do fisioterapeuta na reduo do tempo
de paragem dos atletas aps entorse do tornozelo manifesta, quer do ponto de vista da apreciao global,
quer do ponto de vista da apreciao da gravidade da
leso. O que aqui se pretende sublinhar que, de facto, e
a partir exclusivamente dos resultados do estudo
efectuado, as equipas parecem ter vantagem em dispor
dos servios de um fisioterapeuta em permanncia, visto
parecer ser possvel que os seus cuidados, promovam
uma alterao nas consequncias das leses. Na
generalidade das entorses ocorridas, as equipas com
apoio permanente de fisioterapeutas viram os seus atletas
ser privados da prtica de basquetebol, durante 4 dias ao
passo que nas equipas sem este apoio os atletas estiveram
ausentes 13 dias.
Deste modo torna-se evidente a importncia da incluso
de um fisioterapeuta na equipa tcnica dos clubes. No
domnio da preparao desportiva, a interveno do
fisioterapeuta mostra-se indispensvel na formulao, em
conjunto com o treinador e toda a equipa, de um plano de
preveno e de recuperao das leses do atleta.
Acreditamos que os resultados do presente estudo
podero constituir-se como um conjunto de referncias
que, de facto, expressem bem a qualidade da interveno
do fisioterapeuta e das vantagens que a sua presena
permanente representa para os atletas e para as equipas.
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Ar tigo recebido a: 23 de Maio de 2007
Ar tigo r evisto a: 21 de Agosto de 2007
Aceite para publ icao a: 26 de Outubro de 2007