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www.gajbr.com.br 4 ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 1. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL: DECRETO Nº 1.171/1994 E DECRETO Nº 6.029/2007 O Código de ética profissional é utilizado apenas para o servidor público civil do poder executivo federal, ou seja, formado pela Administração Direta e Indireta da União. Isso porque cada ente da federação possui o seu próprio código de ética. Agentes Políticos Agentes Públicos Agentes Administrativos/Servidores Públicos Particulares em Colaboração I – DECRETO N. 1.171/94 a) Regras Deontológicas (principais pontos) O servidor público passa a ser exemplo também fora do ambiente da repartição, por esta razão deve manter a dignidade, o decoro, consciência dos princípios morais em qualquer momento. Isso porque seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. Portanto, devendo agir dentro do código de ética profissional também fora do expediente. Recorrente na prova do CESPE. A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, o justo e o injusto, o legal e o ilegal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O maior patrimônio do servidor público, segundo o decreto, é o êxito do trabalho desenvolvido na Administração Pública. A publicidade de qualquer ato administrativo constitui elemento de eficácia e moralidade, salvo os casos de seguridade nacional, segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei. A omissão da publicidade, salvo a exceção, configura comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. O servidor público comete dano moral quando tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente. De igual forma comete grave dano moral quando o servidor deixa qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço.

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4 ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

1. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL: DECRETO Nº 1.171/1994 E DECRETO Nº 6.029/2007

O Código de ética profissional é utilizado apenas para o servidor público civil do poder executivo federal, ou

seja, formado pela Administração Direta e Indireta da União. Isso porque cada ente da federação possui o seu

próprio código de ética.

Agentes Políticos Agentes Públicos Agentes Administrativos/Servidores Públicos Particulares em Colaboração

I – DECRETO N. 1.171/94

a) Regras Deontológicas (principais pontos)

� O servidor público passa a ser exemplo também fora do ambiente da repartição, por esta razão

deve manter a dignidade, o decoro, consciência dos princípios morais em qualquer momento. Isso porque seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. Portanto, devendo agir dentro do código de ética profissional também fora do expediente. Recorrente na prova do CESPE.

� A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, o justo e o

injusto, o legal e o ilegal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum.

� O maior patrimônio do servidor público, segundo o decreto, é o êxito do trabalho desenvolvido na Administração Pública.

� A publicidade de qualquer ato administrativo constitui elemento de eficácia e moralidade, salvo

os casos de seguridade nacional, segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei. A omissão da publicidade, salvo a exceção, configura comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

� Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária

aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

� O servidor público comete dano moral quando tratar mal uma pessoa que paga seus tributos

direta ou indiretamente. De igual forma comete grave dano moral quando o servidor deixa qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço.

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QUESTÕES DE CONCURSO 1 - (CESPE – Telebras – 2015) - A respeito de ética no serviço público, julgue o item subsequente. A

embriaguez habitual, ainda que fora do ambiente de trabalho, é conduta vedada ao servidor público. ( ) Certo ( ) Errado 2 - (CESPE – FUB – 2015) - No que se refere ao processo administrativo e às disposições do Código de

Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, julgue o item subsequente. Considera-se servidor público, para fins de comprometimento ético, exclusivamente o indivíduo que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente a qualquer órgão do poder estatal ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

( ) Certo ( ) Errado

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6 REGIME JURÍDICO ÚNICO

REGIME JURÍDICO ÚNICO

1. LEI 8.112/90 E ALTERAÇÕES POSTERIORES, DIREITOS E DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO. O SERVIDOR PÚBLICO COMO AGENTE DE DESENVOLVIMENTO

SOCIAL; SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO SERVIÇO PÚBLICO. Abrangência:

� Disciplina sobre o regime estatutário dos servidores civis (efetivo ou em comissão) da União,

Autarquias Federais (INSS, IBAMA), inclusive as de regime especial (Agências Reguladoras), e Fundações Públicas Federais (FUNAI).

� Quando o servidor for “em comissão” o estatuto será mitigado, ou seja, não será utilizado na sua íntegra como acontece com o servidor efetivo.

ATENÇÃO!

Importante destacar os servidores que não se submetem a esta lei: (a) Estatutários estaduais, distritais e municipais; (b) Agentes militares; (c) Agentes políticos; (d) Temporários; (e) Empregados públicos celetistas (CLT, direito privado, relação contratual, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista).

CONCEITOS FUNDAMENTAIS:

a) Servidor:

É a pessoa legalmente investida em cargo público.

b) Cargo Público:

É o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo (concursado) e em comissão (cargo de confiança, sem concurso).

� Obs.: Pelo princípio do paralelismo das formas, a extinção de cargo público também é feita por lei. Contudo, há uma exceção na Constituição Federal, art. 84, VI, b: “Compete privativamente ao Presidência da República: dispor, mediante decreto, sobre: extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos”.

� Cargo em Comissão só pode ser criado para tarefas de Chefia, Direção e Assessoramento, para as demais funções o provimento deverá ser feito em caráter efetivo.

� Proibição de serviços gratuitos. c) Requisitos para investidura (art. 5º):

� Nacionalidade brasileira; � Gozo de direitos políticos; � Quitação de obrigações militares e eleitorais; � Nível de escolaridade exigida para o cargo; � Idade mínima de 18 anos; � Aptidão física e mental.

I – PROVIMENTO

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7 REGIME JURÍDICO ÚNICO

Concurso – Aprovação – Provimento – Posse – Exercício – Estágio probatório – Confirmação –

Estabilidade – Saída

a) Concurso Público (art. 11 e 12):

� Procedimento administrativo externo e concorrencial; � Pode ser de provas e provas e títulos. Inexiste concurso apenas de títulos; � Obrigatório para cargo público, emprego público e para notários e registradores; � Disciplina do concurso está disposta na lei e no regulamento no plano de carreira; � Validade de Até 02 anos, prorrogável por UMA vez só por igual período, assim se o órgão

público realizou concurso com validade de um ano ele poderá ser renovado apenas uma vez por mais um ano.

FORMAS DE PROVIMENTO (ATO DE INGRESSO NA FUNÇÃO – PREENCHIMENTO NO CARGO):

a) Nomeação (art. 9º):

� Único provimento originário, todos os demais são derivados. � Deve ser utilizado tanto para o servidor em caráter efetivo como para o cargo em

comissão.

NOMEAÇÃO POSSE

Prazo de 30 DIAS para tomar posse. Ato solene que marca o início da Exceção desse prazo: Licença relação. Nesse momento vira servidor EXERCÍCIO

Público. Momento da investidura. 15 DIAS para entrar em Exercício

b) Promoção (art. 10, Parágrafo único):

� Servidor em cargo efetivo de carreira. � Elevação na carreira, mediante promoção, sendo que os critérios serão estabelecidos pela

lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira. � A promoção será por antiguidade ou merecimento � Exemplo: INSS: ao tomar posse o servidor inicia a carreira na função Técnico classe A,

depois pela promoção pode chegar: Técnico classe B, Técnico classe C, Técnico Classe especial.

� Promoção é diferente de progressão: progressão não é provimento e sim mudança de nível dentro da própria classe, ou seja, no caso do Técnico do INSS a classe A possui cinco níveis e somente após atingir esse nível é que receberá a promoção para a classe B.

c) Readaptação (art. 24):

� Investidura de servidor em outro cargo de atribuições compatíveis com a limitação em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

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QUESTÕES DE CONCURSO 1 – (CESPE – FUB – 2015) - Com referência às disposições do regime jurídico dos servidores públicos

civis da União (Lei n.º 8.112/1990), julgue o item que se segue. A remoção de servidor público pode ocorrer com ou sem mudança de sede e, algumas vezes, pode se dar independentemente do interesse da administração.

( ) Certo ( ) Errado 2 - (CESPE – FUB – 2015) - Com base no que dispõem as Leis n.º 8.112/1990 e n.º 9.784/1999, julgue o

item que se segue. Considere que Joana, servidora pública da Universidade de Brasília, tenha recebido documentação para a instrução do processo administrativo de posse de um professor estrangeiro em um cargo público da universidade. Nessa situação, Joana deve desconsiderar a não apresentação, pelo professor, do documento comprobatório de nacionalidade brasileira, devendo dar prosseguimento ao referido processo.

( ) Certo ( ) Errado

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9 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

1. DIREITOS E DEVERES FUNDAMENTAIS: DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS; DIREITO À VIDA, À LIBERDADE, À IGUALDADE, À SEGURANÇA E À PROPRIEDADE; DIREITOS SOCIAIS; NACIONALIDADE; CIDADANIA; GARANTIAS

CONSTITUCIONAIS INDIVIDUAIS; GARANTIAS DOS DIREITOS COLETIVOS, SOCIAIS E POLÍTICOS.

I - INTRODUÇÃO:

Direito Constitucional:

� A constituição federal só pode ser alterada por meio de Emendas, conforme disposto no art. da própria lei maior. Hoje temos 90 emendas realizadas na CF.

� Direitos fundamentais e direitos humanos diferem-se no sentido de que o primeiro é protegido pela constituição federal, enquanto que os direitos humanos são protegidos pelo direito internacional.

� Os direitos fundamentais são bens que estão protegidos pela constituição, já as garantias são os instrumentos para proteger esses bens. (Exemplo: direito fundamental: direito de locomoção – garantia: habeas corpus)

Classificação dos Direitos e Garantias Fundamentais

� Individuais � Sociais � Políticos Conceito Estão enumerados no tópico da Constituição de � Nacionalidade Formal Direitos e Garantias Fundamentais � Partidos Políticos

� Há outros direitos e garantias ao longo do texto constitucional Conceito Material

Características:

a) Historicidade:

� Os direitos fundamentais são frutos com a evolução da sociedade. Dentro dessa característica encontra-se a teoria das gerações ou das dimensões dos direitos fundamentais, utilizada pela primeira vez por Karel Vazak em 1979.

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10 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

TEORIA DAS GERAÇÕES/DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS Primeira Geração (Liberdade) Segunda Geração (Igualdade) Terceira Geração

(Fraternidade) � Surgiu nos EUA (Constituição de

1787); � Direitos Individuais, Direitos

Civis e Políticos e Liberdades Públicos;

� Aqueles que limitam o poder do Estado sobre os indivíduos (caráter negativo);

� Ex. direito de propriedade, liberdade de imprensa, liberdade religiosa.

� Surgiu no México (1917) e Alemanha (1919); No Brasil surgiu com a Constituição de 1934 (Getúlio Vargas)

� Igualdade (direitos econômicos, sociais e culturais), aqueles em que o Estado passa a intervir/prestar agindo em favor do indivíduo (caráter positivo);

� Ex. direito a educação, saúde, moradia, previdência social etc. Art. 6º, CF.

� Surgiu na Europa, após a segunda guerra mundial (1945);

� Fraternidade (direitos difusos e coletivos), aqueles que possui deveres de responsabilidade internacional e direitos de solidariedade entre os povos;

� Ex. direito ao meio ambiente, consumidor, patrimônio, artístico e cultural.

II - DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (CF, ART. 5º)

CF, ART. 5º - TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, SEM DISTINÇÃO DE

QUALQUER NATUREZA, GARANTINDO-SE AOS BRASILEIROS E AOS

ESTRANGEIROS RESIDENTES NO PAÍS E INVIOLABILIDADE DO DIREITO À

VIDA, À LIBERDADE, À IGUALDADE, À SEGURANÇA E À PROPRIEDADE, NOS

TERMOS SEGUINTES.

ATENÇÃO! Não há direito fundamental absoluto, até o direito a vida é relativizado.

Titulares de Direitos Fundamentais:

� Brasileiros; � Estrangeiros residentes no país; � Estrangeiros em trânsito (não há disposição constitucional – decisão do Supremo Tribunal

Federal com fundamento no princípio da universalidade). � Alguns direitos fundamentais são assegurados às pessoas jurídicas, desde que sejam

compatíveis com a sua condição. (ex. direito de imagem, propriedade, ampla defesa).

III - REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS (ART. 5º, LXVIII A LXXIII)

Remédios Constitucionais são ações judiciais que protegem os direitos fundamentais (garantias

fundamentais) – São gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data e, na forma da lei, os atos

necessários ao exercício da cidadania. (CF, art. 5º, LXXVII).

a) Ação Popular (CF, art. 5º, LXXIII):

� Legitimidade ativa: qualquer cidadão. Cidadão é o titular de direitos políticos. O Ministério Público não pode ajuizar, devendo dar andamento, no caso de paralisação pelo cidadão.

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� Finalidade: proteger e anular atos lesivos ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe. O conceito de patrimônio público é amplo.

� A ação não é gratuita (apenas isenção), contudo se o cidadão agir de boa fé não paga custas judiciais e ônus de sucumbência (honorários do advogado da parte contrária), ou seja, agindo de má fé deverá pagar custas judiciais e ônus de sucumbência.

QUESTÕES DE CONCURSO 1. (CESPE – 2015 – TCU) - Acerca dos direitos e garantias fundamentais individuais e coletivos

resguardados pela Constituição Federal de 1988, julgue o item subsequente. A casa é asilo inviolável do indivíduo, de modo que ninguém pode nela penetrar sem o consentimento do morador, salvo por determinação judicial; nessa circunstância, a entrada poderá ocorrer em qualquer horário.

( ) Certo ( ) Errado 2. (CESPE – 2014 – TJ-SE) - Os direitos fundamentais têm o condão de restringir a atuação estatal e

impõem um dever de abstenção, mas não de prestação. ( ) Certo ( ) Errado

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12 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

1. ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: CONCEITOS, ELEMENTOS, PODERES E ORGANIZAÇÃO; NATUREZA, FINS E PRINCÍPIOS.

a) Tripartição dos Poderes

Na idade média o Estado era governado pelo rei de forma absolutista, ou seja, cabia a ele julgar,

legislar e governar o Estado. Diante disso, Montesquieu dividiu esse poder em três partes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Cada

Poder possui sua função principal/típica e sua função secundária/atípica: � Poder Legislativo: � Principal/típica: criar lei � Secundária/atípica: atividade administrativa e julgar processos administrativos.

� Poder Executivo:

� Principal/típica: atividade administrativa (aplicar a lei ao caso concreto); � Secundária/atípica: criar normas e julgar processos administrativos.

� Poder Judiciário:

� Principal/típica: julgar processos judiciais � Secundária/atípica: atividade administrativa e criar normas internas.

III – PRINCÍPIOS (REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO) EXPRESSOS NA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL – LIMPE (CF, ART. 37)

a) Legalidade:

� Toda ação da administração pública deve ser pautada pela lei (todas as normas jurídicas, trata-se de lei em sentido amplo). Subordinação à lei no âmbito do direito público. Conhecida como legalidade estrita.

� Difere do direito civil, o qual afirma que poderá fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Conhecida como legalidade ampla.

Particular Adm. Pública Pode fazer tudo que a lei não proíba; Só pode fazer o que a lei autorize; Autonomia da vontade Subordinação à lei; Na ausência de lei – permissão Na ausência de lei – proibição.

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QUESTÕES DE CONCURSO

1 – (CESPE – MPE/AM – 2008) – O princípio da legalidade determina que a administração, além de não poder atuar contra a lei ou além da lei, somente pode agir segundo a lei.

( ) Certo ( ) Errado

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14 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - DIREITO PREVIDENCIÁRIO

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - DIREITO PREVIDENCIÁRIO

1. SEGURIDADE SOCIAL: ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL; CONCEITUAÇÃO; ORGANIZAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS.

I - ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA

� Carta Constitucional de 1824 – Primeira menção sobre a Seguridade Social: “socorros públicos”.

Os socorros públicos são embriões das Santas Casas. � Constituição Republicana de 1891 – Primeira vez que há a menção de “aposentadoria”. � Em 1919 - foi criada a primeira lei sobre acidente de trabalho, na qual a responsabilidade era

apenas do empregador.

� Decreto Legislativo n. 4.682 de 24.01.1923 – Conhecida como Lei Eloy Chaves (marco da previdência no Brasil) - instituiu as CAPS (Caixas de Aposentadorias e Pensões) para os Ferroviários, organizada por cada empresa ferroviária.

� Tratada como marco inicial, contudo não é a lei inicial, isso porque existiram outras leis sobre o tema, contudo, não existia um regime previdenciário. As CAPS não eram administradas pela Administração Pública (Estado), existia um conselho entre empregados e empregador. Os ferroviários tinham os seguintes direitos:

� Aposentadoria ordinária; � Aposentadoria por invalidez; � Pensão por morte; � Acidentes do trabalho � Assistência Médica

� O custeio era feito pelos trabalhadores e pelos usuários do transporte, o empregador não contribuía.

II - CONCEITUAÇÃO

Conforme a Constituição Federal em seu art. 194: “A seguridade social compreende um conjunto

integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.

Saúde

SEGURIDADE SOCIAL

Assistência

Previdência Art. 196 a 200, CF/88 Art. 203 e 204, CF/88 Art. 201 e 202, CF/88

Prestada pelo SUS Lei 8.742/93 Várias leis Não contributivo Não contributivo Contributivo e

compulsório Garantia a todos Miserável Direito do segurado e

seus dependentes

III – BENEFÍCIOS POR SEGURADOS E DEPENDENTES

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15 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Benefícios Emprega

do e Trab. Avulso

Empregado

Doméstico

Contr. Indiv. E Facultativo

Segurado Especial

Dependentes

Aposentadoria por invalidez

Direito

Direito

Direito Direito

Sem Direito

Aposentadoria por idade

Aposentadoria por tempo de contribuição

Direito *Recolher 20%

sobre o salário contribuição

Direito Recolher

Facultativas 20% sobre o

salário contribuição

Aposentadoria especial Sem

Direito

Sem Direito *Só o

Cooperado Sem Direito

Auxílio-doença

Direito

Direito Direito Auxílio-acidente Sem Direito

Salário-maternidade Direito Salário-família Sem Direito Sem Direito

Pensão por morte Sem Direito

Sem Direito

Sem Direito Sem Direito Direito Auxílio-reclusão Observações: � Aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e especial: Isso ocorre se já preenchidos os

requisitos para se aposentar, pois trata-se de direito adquirido. � Pensão por morte, conforme súmula 416 do STJ: “É devida a pensão por morte aos dependentes

do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito”, ou seja, é igual ao item anterior (a), só que deixou de dar entrada em sua aposentadoria.

IV - BENEFÍCIOS EM ESPÉCIES

A) AUXÍLIO-DOENÇA (LEI 8.213/91,ART. 59 A 64, E DECRETO 3048/99, ART. 71 A 80) � Objetivo: tutelar incapacidade temporária. Isso porque a definitiva é aposentadoria por invalidez. � Utilizado tanto para acidente quanto para doença. � Existem duas espécies de auxílio-doença:

� Comum/Ordinário/Previdenciário: Aquele que é pago no caso de doença ou acidente comum, ou seja, as demais.

� Acidentário: Aquele que é pago no caso de doença ou acidente do trabalho. Nesse caso há a estabilidade por 12 meses após o retorno ao trabalho, independentemente de receber o auxílio-doença.

� RMB: 91% SB; � Carência: 12 meses (regra geral). Carência zero para acidente de qualquer natureza ou doenças da

portaria interministerial. � Beneficiários: Todos os segurados da Previdência Social, exceto doença pré-existente, salvo no

caso de agravamento ou progressão da doença, neste caso, terá direito ao benefício. � Início do Benefício:

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16 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - DIREITO PREVIDENCIÁRIO

QUESTÕES DE CONCURSO

26 – (CESPE – TCE-RN – 2015) - A Constituição Federal de 1988 prevê fontes de custeio da seguridade social, entre elas a receita de concursos de prognósticos e a importação de bens ou serviços. Caso a União deseje criar novas fontes de custeio para manter e expandir a seguridade social, deverá fazê-lo pelo processo legislativo especial da lei complementar.

( ) Certo ( ) Errado 27 – (CESPE – TCE-RN – 2015) - A concessão de auxílio-doença independe de carência nos casos em

que o segurado ficar incapacitado para seu trabalho por mais de quinze dias consecutivos devido a alguma doença profissional ou a um acidente de qualquer natureza.

( ) Certo ( ) Errado