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tico yL N.o 2.034 Maio de 1955 Ano /js*-*** _T <

tico yL - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1955_02034.pdf · Meus netinhos : UMA das iniciativas mais bonitas, levadas avante no Bra-sil, é, foro de dúvida, a alfabetização

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tico yLN.o 2.034 — Maio de 1955 — Ano js*-***

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QUERIA LER O JORNAL EM PAZ. .—

* X f7/fV_\ _J_X í//Ml'

Meus netinhos :

UMA das iniciativas mais bonitas, levadas avante no Bra-

sil, é, foro de dúvida, a alfabetização de adultos, pelaqual se tem interessado o Governo nos últimos anos. Ela temconcorrido para o combate ao analfabetismo, que é um dospiores de que sofre a nossa terra, e merece, por isso, muitosaplausos.

Merece, também, o apoio de todos nós, e esse pode serdado de maneira fácil, tomando, cada pessoa, o encargo deensinar a ler a um adulto que não pôde aprender quando es-tava na idade de ir à escola.

Qualquer pessoa — qualquer um de vocês — pode fazerisso. Um serviçal da casa, um conhecido, a cozinheira, a la-vadeira, o rapaz dos recados, o jardineiro, em cada caso par-ticular, poderão ser iniciados por um dos meus netinhos nosconhecimentos do alfabeto, e na leitura, desaparecendo,assim, mais um analfabeto em nossa terra.

Quando, no Brasil, não existirem mais adultos que nãosaibam ler, este será, indiscutivelmente, um país diferente.O analfabetismo é como um câncer, que corrói o organismodo Brasil.

Se, portanto, vocês puderem fazer alguma coisa parocombatê-lo, não hesitem. Ensinem pelo menos um adulto aler e estarão fazendo obra de patriotismo. Sem dar vivas àPátria nem cantar nenhum hino melodioso, estarão sendo pa-triotas e trabalhando pelo bem do Brasil.

VOVÔ

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»VW- ~"T*íl*~-- ..

05 i@4/Wp£5CAROLINA,

filha do granjeiro, era uma menina de doze anos, bonita e robus-ta como poucas de sua aldeia. Entretanto, tinha um defeito muito feio '¦

era preguiçosa. Na verdade, a menina tinha sobre seus ombros uma grande res-ponsabilidade, pois desde que sua mãe morrera, ela ficara encarregada de fo-zer todo o serviço da casa.

O pai trabalhava sem descanso na granja, cuidava dos. animais e quandovoltava para casa estava tudo por fazer. Em vão aconselhava à filha que se do-dicasse mais ao trabalho. A menina prometia fazer, mas ... uma coisa eraprometer e outra era cumprir a promessa.

Certo dia Carolina exclamou :Se fossem verdadeiras as histórias que me contava a vovó, eu chamaria

a fada Providência, aquela que num abrir e fechar de olhos colocava todas as coi-sas nos seus lugares...

Mal havia pronunciado estas palavras ouviu uma voz:Aqui estou !

Carolina, cheia de assombro, pôs-se de pé a contemplar uma anciã do rostoenrugado e olhos penetrantes.

Sabes quem sou ? — perguntou a senhora. — Nada mais, nada menosque a fada Providência.

A mesma da qual me falava a avózinha ? — disse a menina.Sim, a mesma; costumo sempe ocudir aos que de mim necessitam.Então... vai ajudar-me também? — exclamou, cheia de alegria, Caro-

lina. Mas, logo depois, preocupada, indagou :E a sua varinha mágica ?Deixei-a com as minhas companheiras. Não tenho necessidade de usa-

Ia. — respondeu a anciã. — Em compensação, tenho a meu serviço dez gênio*si nhos que valem por todas as varinhas mágicas do mundo ! — acrescentou.

Mal a boa velhinha terminou de falar neles, os dez anões apareceram e s*inclinaram diante de Carolina.

A fada os apresentou.Como são simpáticos ! — exclamou a menina.Mais simpáticos os acharás depois, — disse a fada — quando soube-

res realmente o que valem estes amigos que, embora sendo tão pequenos, ser*vem para tudo. Pintam, varrem, cozinham, costuram, semeiam e fazem mui-tas coisas mais. Como'verás — continuou a fada — são cinco pares de gno-mos : de dois em dois se assemelham um ao outro como duas gotas dágua. £'*tes dois, mais robustos, são laboriosos e te servirão de grande ajuda; estes doi*/ j

O TICO-TICO MAIO, 1955 j

UA \ ',1

^io 1955 O TICO-TICO

mais altos e delgados, estarão a todo momento ao lado dos dois primeiros,que se ajudam mutuamente. O mesmo acontece com estes dois pares, embora o»vezes gostem de se enfeitar com jóias para ficarem diferentes dos con-'pandeiros-

Estes dois menoresmhos para que servem ? — indagou Carolina.Pois cooperam com os demais. — respondeu a anciã — Os dez só _sp-"

ram tua ordem para obedecer no mesmo instante. — Mas — acrescentou flfada — lembra-te bem do que te digo : se trabalhas, eles trabalham; se des-cansas, os gênio_lnhos também descansam.

Carolina pensou em todo o trabalho que a aguardava e aceitou com pr^'rer o presente. Quando a anciã se afastou, a menina beijou um por um os 9*niqsir-hos. Em seguida dirigiu-se à cozinha e, num abrir e fechar de olhos, l-1-""pou paredes, lavou louça, varreu o chão, ajudada pelos dez anões que cada ve*mais entusiasmo punham na tarefa que tinham a cumpir.

E enquanto andava de um lado para outro, Carolina cantava oi*gremente.

E dizer que era este o trabalha que me parecia tão pesado ! — di-»'"consigo. — Também os meus queridos gêniosinhos me ajudam bastante.

E à custa da menina man-dar e os gnomos obedecer, acasa ficou brilhando, a roupaalva e passada, os móveis lus-trosos, as panelas reluzentes,as comidas saborosas e chei-rosas. Carolina e seu pai sen-/tiram-se muito felizes dqfpor diante.

— Que menina feliz ! —pensarão com certeza algunsleitores. — Deve ser muitobom contar com a ajuda dcdez anões para se executiuma tarefa !

E verdade. Mas, saberf dcuma coisa ? Vocês também ospossuem... Sim ! E péderãoutilizá-los quando bem enten-derem. Acham impossível ?Nunca viram esses ajudantes?Pois olhem para as suas mãose ficarão convencidas !

Aí estão os gnomosque lhes permitem tudo fazer:o Mindinho, o Seu Vizinho, oMaior de Todos, o Fura-Bolos eo Mato-Piolhos...

C^J^f-6 O TICO-TICO MAIO,

¦r?rRAvTfTíTiprri n/\ JWFIlld»J

.,, de 47 metros a?""ra. da queda de"Sua do Niagara.

°s tupis não con-rifavam os seusPioneiros de guer-• *; devorando-os so-

, f"en*-nte. se eram?*»<>*¦ a fim de her-£

as suas qualida-

• ¦

W Oceano Pacíficowia 165.128.000 km2.

M-üs M aprenUe,* 'eitara meditada„ «m só livro, d»via* n° 'olhear, le-<U . "?enfe. milhares"•Di|l,|tmeS"-,,Í-

(lUeT"1, é o nomecabw!, a à ^uda ouaieuIa de um "-

Os •^dam**1?5 sempreVer^PJ Pele no*. qUp cEles rasgamde*>*í enru*a • 8

0 •sio- V^àt'ulo "glna-e r e°nglnou-se do

«on ,l,,iepoU, «yna-

O maior produtorde gema arábica domundo é o Sudão.

•Jean Vlaud é o ver-

dadeiro nome do fa-moso escritor PierreLoti.

•Anita Oarlbaldl

morreu na Itália, a 4de Agosto de 1849.

•A "strienina" é ex-

traída de um vegetalconhecido pelo nomede noz de santoInácio.

•Os dois Irmãos

O r a c o chamavam-se Tibério e Calo

•O único Estado do

Brasil que não tem"A" no nome é Ser-glpe.

•O descobridor do

micróbio do impalu-dismo íoi Haveran.

"""¦ nus)

! dita ^"arda - chuvaa° século XVI•

«co Voeem *-e Amé-r'ca fMSVUcio à Ame-101 MU em 1501*Uio

A cerejeira i plan-ta da Europa e daAsla, que se aclimouno Brasil. Os albanê-ses queimam galhosde cerejeira na noitede 24 de dezembro eguardam as cinzaspara fecundar a vi-nha.

Com a raiz da ce-rejeira faiem-sc osmelhores cachimbos.

Já se conseguiram >tirar do amendoim285 produtos úteis

O verdadeiro nomedo do famoso pintorEl Greco era Dome-"nico Teotocopuli.

•A fotografia a cô-

res íoi invenção dosnorte - americanosManes e Godowskiem 1928.

•O Ministério da

Agricultura foi cria-do no governo deAfonso Pena e ins-talado no de Nilo Pe-çanha.

•Escribas sâo os

doutores em lei en-tre os judeus.

•A mais famosa ba-

talha da América doSul íoi a de Tulutl.

•Glaucopis" vem

do grego e quer di-zer "que tem olhosverdes".

•A palavra pólvora

etnológicamente sig-nlíica "Pó".

•A lua dista da ter-

ra 384.390.000 quilo-matros.

•O "Dedo de Deus"

na Serra dos Órfãos,tem 1.600 metros dealtitude."

•"O pior surdo é oque só se escuta a simesmo: isto é. aoseu próprio egoismo"— Correia Junior.

•A primeira cidadt-

que adotou a ilumi-nação pública de a-cõrdo com o tipo dalâmpada elétrica deEdison. íoi Nova Ior-que.

•Girino é o nome

que se dá à larva dosapo.

Caviar é um man-jar russo feito comó*w de um peixe.

•_ Se puderes es-

tender a mão a quemte pede auxilio, nãolhe dês as costas.

Quem o mal pra-tlcar, cedo ou tardehá de pagar.

\y>-%O pião fica em pe,

quando está girando,graças à combinaçãode várias íôrças físi-cas, entre as quaisestá a da gravidade.Tão simples coisa re-presenta um fenôme-no interessantíssimo,digno de observaçãoe estudo.

•A rainha Isabel,

da Inglaterra, quan-do morreu, deixoumais de 3.000 vesti-dós nos armários deroupa.

•O medo aos gatos

chama-se aüurofobla.O medo aos cãeschama-se clnofobla.O medo ao número13 chama-se "tris-caídecaf obla".

Viaduto e umaponte. Aqueduto éuma ponte cons-truida* com 0 fim deconduzir canalizaçãode água.

1955 O TICO-TICO

AVENTURAS DE ZÉ M A~C A C O

1— ^^ f ^^ . \Jm\ mmmWmm—^L ***** JÊÊm

Zé Macaco, muito sério, jurava e jurava que g M amiíos, Incrédulos, riam Q9*Unha visto, também êle, um disco voador. n£0 paravam !

Nisto... apareceram no céu vários discos, ... ama beleza e foram aterrar ** (voando que era... cabeças deles !

Os coitados, ai, choraram ... E Faustina, mostrando a Zé Macaco um prato 'Maparelho explicou: — "Só sobrou èstexinho ..."

O TICO-TICO / MAIO.

V a j . rf\¦¦ :jj n" go/^

7'pY jT^rr

W ^-wIESDE a mais remota antigüidade que se conhece o vagaiume. Os gre-

gos chamavam-lhe "lampyris", palavra que entra na composição

do vocábulo pirilampo, como também é conhecido entre nós. Em Portugal,apelidaram-no de lumieira ou luzes-luzes e os nossos aborígenes dão-lhe adesignação "úa-ua", talvez onomatopéia do estalinho que produz esse bichoC01» as asas quando nele seguramos.

Há diversas espécies de pirilampo. Uns com o ponto fosíorecente no pro-lórax; outros, no abdome. Uns vivendo no campo, nas gramíneas; outros, na"oresta, nos troncos das árvores.

A claridade dos machos é mais forte, pois as fêmeas quase não bri-'«am e por isso mesmo vivem escondidas, entre as ramagens.

0 curioso é que podem, à vontade, aumentar, diminuir ou até mes-1110 apagar de todo a sua luz fosforerente

Têm eles luzes diferentes, verde-pálido uns, contrastando com a luz"[anca, viva, de outros. Em noites escuras, de verão, são tantos que parecemp,n9os de luz sobre a terra.

Milhares desses insetos, esvoaçando pelos ares, oferecem um espetáculofresco e divertido. Lembram uma chuve de estrelas!

MAlp, 1955J. S I l V l IR À T HO

..O-l !'_.<_>

ft.kA ___

_____

Miguel Ângelo, o célebre escultor, tinhamuitos desafetos, invejosos do seu gênioe do seu sucesso.

Tendo havido algumas exeavações eraRoma, foram descobertas, nelas, maravi-lhosas estátuas antigas, que provocaram

grande admiração, e os detratores Ido artista logo se aproveitaram daquilo]para desfazer da sua obra, estabelecendo!comparações com as estátuas achadas, e di-1zendo que êle nâo seria capaz de produzir]coisas Iguais.

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mAquilo, sim, eram obras de arte! Miguel

I l\ Ângelo nunca faria nada assim ! Dias de-Val\ pois, os operários, exeavando ali encontra-

" ram a estátua de um menino sem braço.A noticia correu por toda Roma. Noticiou-se que uma obra-prima antiga, feita em

mármore, fora encontrada, e rivalizava, embeleza, com as obras produzidas por Fidiase Praxisteles. Acorreram verdadeiras mui-tidões para ver a maravilha, e todos diziam,em êxtase: "Que beleza ! ! Que coisa ad-mira vel ! E' pena que lhe falte um braço !"

«

vzu.

fcSSf-os invejosos diziam: "Miguel Ângelo jamais farlSTouSs lâo bela ! í" Foi ai, então, que

Miguel Ângelo resolveu falar.— Miguel Ângelo seria capaz de fazer, sim, senhores ! Sou eu o autor dessa obra !Eis aqui a prova ! — acrescentou o escultor — mostrando o braço que faltava e

que êle trouxera oculto. Vejam que êste braço se adapta perfeitamente à estátua, eque o mármore está trabalhado de novo ! Fui eu quem a enterrou, e tenho testemunhadisso ! Os seus desafetos ficaram confundidos e foram, assim, derrotados

10 O TICO-TICO MAIO, 1955

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DIADAS

Mes*Ui0

1955

EXEMPLO, símbolo e paradigma de todas as Mães

do universo, Nossa Senhora recolhe, no "Dia dasMães", todas as preces que os filhos fazem pelas suasmães queridas. E intercede junto a Deus, para quesejam atendidas

Ofereça à sua Mamãe, no "Dia das Mães" umaoração cheia de carinho.

O TICO-TICO 11

O MANTO SAGRADO

O manto usado por Cristo acaminho da crucificação encon-tra se zelosamente guardado nacatedral de Tréves; essa relíquiasó raramente é exibida aos fiéis,tendo-o sido pela última vez há64 anos, isto é, precisamente em1891.

CÔNJUGE

A palavra "cônluere" vem dolatim "jugum" (o jugo une oujunta os bois, cavalos ou éguasque puxam, juntos o arado).

Metaforicamente se chamavatambém "jugo" a faixa que uniaos desposados na cerimônia docasamento. O "jugo matrimo-nial" é o símbolo da união e daconcórdia que devem haver en-tre os esposos, sem separar-sejamais.

CORTESIA

Poucas coisas agradam tantocomo a cortesia. Devemos sercorteses em todos os atos da vi-da, no trato com os demais, com afamília, com os superiores e comos subalternos, porque conduzir-se de outro modo, é desmerecer-se ante os próprios olhos e aosdaoueles com quem estamos emcontacto. Não se deve, no en-tanto, confundir a cortesia coma baiulacão, com os modos afe-tados e com a cordialidade maisaparatosa do que autêntica.

MESINHADESMONTÁVEL"P ste é um bom trabalho para as #*

rias, e a mesinha será útil n8*férias mesmo, nos passeios, piquei'quês etc.

Nossa ilustração mostra a me**armada e desmontada em suas tr#,

partes. E dá, além disso, as medi-*5

£w52i* fís^s_ÉW £? A'\ $jP# -tãkK

* _>/_-_¦_»PATAS

12

exatas, que devem ser obedecidas pa1*que haja a devida proporção.

Quatro entalhes A, B, C, D, íe-*0*com a serra, no tampo redondo (^cm. de diâmetro) destinam-se a rec*ber os pés AC e DB, respectivamen^'

Os pés, por sua vez, se ei-g*-0,cham, antes de ser presos no ta01^da mesa, por meio dos entalhes X e

de maneira a introduzir também w

"saliências D e B nas ranhuras &

pectivas.A madeira deve ser compensada ^

de mela polegada de espessura.Lixa-se bem. allza-se e está a

sinha em condições de servir.O TICO-TICO MAIO. ^

nf

.

+ + + + + + + + + + + + + * + ++*

4

*

*

*

*

g^r QUANTA melan-

colia baixa àterra com o cair datarde!

Parece que a soli-dão alarga os seus limites para se tornar acabrunhadora.Enegrece o solo; formam os matagais sombrios maciços,e ao longe se desdobra tênue véu de um roxo uniforme edesmaiado, no qual, como linhas a meio apagadas, res-tam os troncos de uma ou outra palmeira mais alterosa.

TARDE SERTANEJAE' a hora em que se aperta de inexplicável receio o

coração. Qualquer ruído nos causa sobressalto; ora o gri-to aflito do zabelê nas matas, ora as plangentes notas dobacurau a cruzar os ares. Freqüente é também amiuda-rem-se os pios angustiados de alguma perdiz, chaman-do ao ninho o companheiro extraviado, antes que a escuri-dão de todo lhe impossibilite a volta. Quem viaja atentoàs impressões íntimas, estremece mau grado seu ao ou-vir, nesse momento de saudades, o tanger de um sino mui-to ao longe ou o silvar distante de uma I o c o m o t i v aimpossível. São insetos ocultos na macega que trazem essailusão, por tal modo viva e perfeita que a imaginação, em-bor3 desabusada e prevenida, ergue o vôo e lá vai por ês-tes mundos fora a doudejar e a criar mil fantasias.

Visconde de Taunay • {Inocência)

^^^^-tf^^-f^^^^jfaífjf**^

MaiO, 1955 O TICO-TICO 13

PARA BECORTA& g EJ33&Z3Lyl&)

(Nio precisa mandar solução. Não é concurso)

14 O TICO-TICO MAIO. I9á5

CALENDÁRIOFATOS HISTÓRICOS DESTE MES

500 — Primeira missa em terra íir-me celebrada no Brasil por frei Hen-rique de Coimbra.

R ° ~~ A ír0ta de Cabral deixa °-brasil em demanda da Índia.

^826 — d. Pedro IV de Portugal < l.n0 Brasil ) abdica da coroa portuguesaa favor da sua filha D. Maria.

1823—Instalação da Assembléia GeralConstituinte.4/5/ig2o

j. — Aviso do príncipe Regente• Pedro estabelecendo que lei ai-8uma emanada de Portu-

gal seria executada sem0 seu CUMPRA-SE.6/5/iR_i,.B*« — O príncipe Mau-cio de Nassau entrega0 governo do Brasil Ho-andês ao Supremo Con-se-ho do Recife.7/5/l681 A •

T — Assinatura doratado entre Portugal c

.^Panha dispondo sobreColônia do Sacramento.5/l8fi7

0 ~~ Começa a Retirada da Laguna.

fração militar que o Visconde de

S/S/, UOay descrt,ve na sua obra famosa.•o — Uma esquadra holandesa sobnaC°man<io de Jacob Wilíekens entracanh de Todos os Santos e inicia oinoneio da Cidade do Salvador.u'5/ig24ái.

— °s holandeses ocupam a ci-n

° do Salvador e prendem o gover-lO/e, °r Di°go de Mendonça Furtado

'17RQ mJan

~~ Tiradentes é preso no Rio dcl3/5'l8oT°

Re . — D<?creto criando o Primeiro«•mento de Cavalaria do Exército.1J55 O TICO-TICO

13/5/1822 -- O.príncipe D. Pedro aceitao título de Defensor Perpétuo do Bra-sil que lhe foi oferecido pela Munici-palidade e pelo povo do Rio de Ja-neiro.

14/5/1633 — Henrique Dias apresenta-seao general Matias de Albuquerqueoferecendo seus serviços e os dospretos que o acompanhavam para aguerra contra os holandeses.

15/5/1843 — O padre Diogo Feijó apresen-ta ao Senado a defesa da sua situaçãona Revolução de 1842.

22/5/1644 — O príncipe Maurício de Nas-sau parte para a Holanda.

24/5/1827 — Assinatura do Tratado peloqual a Banda Orienta!,hoje República do 'Iru-g u a i, é restituída aoBrasil.

24/5/1866 — Batalha de Tuiu-ti, entre brasileiros e pa-raguaios, com a nossacompleta vitória. As tro-pas brasileiras eram co-mandadas pelo generalOsório, mais tarde mar-quês do Herval. Esta ba-

talha teria sido para Lopez um desas-tre irremediável e talvez a ação decisiva da guerra, se a cavalaria dos alia-dos fosse ao menos tão poderosa comoa paraguaia e pudesse ter perseguidoo inimigo em debandada. Lopez, quedesde 11 de junho do ano antecedentenão tinha esquadra, ficaria provável-mente sem exército.

25/5/1871 — Viagem para a Europa, doimperador Pedro II. ficando na Regên-cia do Império a princesa Isabel.

30/5/1843 — Celebra-se em Nápoles o ca-samento dc D. Pedro II com a prince-sa Teresa Cristina de Bourbon.

15

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O ALFAIATEAMBULANTE

OUTRORA, nas regiões rurais da

Europa, não havia " ateliers " decostura, nem sequer alfaiatarias.

O cortador de roupas era um am-bulante cuja clientela se estendia portrês ou quatro paróquias próximas. Todos os habitantes da sua zona, istc <'.aqueles que tinham algumas posses, eram seus clientes e num dia cert<' <*'¦cada ano o cortador de roupas ia trabalhar na mesma casa. Se antes • -so, porém, tinham necessidade da sua presença, tanto pior : as famtinham que se arranjar para que as roupas durassem até a data prevista.Afinal, chegava o dia do aparecimento dele, cavalgando um burro cmum velho cavalo. Imediatamente um criado ia instalar a montaria dflrecém-chegado na estrebaria, as crianças se encarregavam da sua trouxa e do seu tapete e êle ia tomar o seu lugar à mesa. Não para trabalhar:ia para a mesa tratar de comer, pois um bom alfaiate não podia costurarde estômago vasio. Deviam servir-lha pratos especiais, a uma cadência es-tabelecida, a fim de que o repasto pudesse durar até à noite.

No dia seguinte, êle se sentava sobre seu tapete e num canto onde nin-guém mais tinha o direito de ficar, espalhava à sua volta todas as peçasde fazenda que havia trazido e aquele primeiro dia era consagrado ao exa-me destas, à tomada de medidas e à meditação.

Depois disso então, o costureiro se punha a trabalhar : enfiava a agu-lha, cortava a fazenda, fazia bainha, bordava e as peças se iam transfor-mando em bonitos e sólidos trajes, nos quais êle marcava seu nome e adata de fabricação.

Se, porém, êle trabalhava sem parar, também falava sem uma pausa:conversar era mesmo parte do seu ofício e sua clientela, se lhe pedia quecosturasse, pedia, por outro lado, que êle fosse revelando aquilo de quefora testemunha nas outras casas e dando suas opiniões sobre cada pessoa'Ninguém melhor do que êle conhecia o segredo das famílias e, muitas vê-zes, recorriam ao alfaiate e às suas indiscrições para preparar os casamen-tos.

Ao fim de alguns dias ia êle instalar-se em casa de outro cliente, ten-do feito reparos em trajes e mais trajes para que os clientes ficassem ves-tidos durante um ano, tendo ainda fornecido informações e motivos paraque as donas de casa pudessem murmurar durante esse mesmo tom;io

1G O TICO-TICO MAIO, U'55

o m*a<o& Fitívie/•De 1955 «f

|0 ataque é terrivel I

I em paz no forte S. Miguel. I „ , ... , ....J—__ ¦¦ ¦¦["!" tenente Barliaro.. ¦¦

mt \ ^ apareceram o» índios ! I

/ \ A guarnição I ¦ ¦¦ ».. pois o gem-ral^BM•1^^_^ ''CÍri.il,- com torugcm. I saiu com uma expedição. ^T|

Maio . 1955 O TICO-TICO 17

II •

•. azeite quente ! v-**' ¦

Vitoria ! Vitoria !

Os pele-vermelhas são recha. ! E. enquanto tudoeados... I dorme, decide-se que a...

"' ii 1 V* | do comandanie e a Babá...

* ^^_^^ Pode haver novo aiaque... M\O tenente ordena usar... | 11 ~" ————————¦

BREVE: "A ESPADA DA DÔR" LINDA HISTÓRIA EM QUADRINHOS

13 O TICO-TICO MAIO. I*-55

E5kV *ÜJ-^^^jF^^_^_í*^P\ I ' — amtW.

'^*_f-íCí^ ™ "^W

HF-ÈVE: "A ESPADA DA DOR" LINDA HISTORIA EM QUADRINHOS

^l0. 1955 O TICO-TICO 19

I A carreta consegue entrar J — , ./.

I WtW WmW I Sái em busca do comandante.

afastar os atacantes. I

_____^^___r^^^>^^^*^^_ /-—fe _s %^j ^^^ -^*-Ss_______________ /

\„. „ -^ Enquanto isso.seu substituto-.m Ante a situação angustiosa.. . I ^^ ——— ¦¦"~

Bárbaro Bárber decide agir. 1**} V. • ordena um ataque frontal

BREVE: -A ESPADA DA DÔR" LENDA HISTÓRIA EM OUADRLNHOS

20 O TICO-TICO MAIO, 1955

_____k ^——rf^^N __w y -y^jw *-9y^MLv ^ -^**í*" ** I O* soldados tomam posição mm

I caBabá partem novamente. I alcança o comandante... ¦

pH I ^^V-*—-^ ... e conta tmlo PW

I Os índios avistam a carreta I ' ' t * *ta ' 'terrível

BREVE: " * ESPADA DA DÔR" LINDA HISTÓRIA EM QUADRINHOS

^A-O. 1955 O TICO-TICO 21

_¦_¦ «- 1 v^t/—«'^ Ki^ B^^1^*!^^^

BREVE: "A ESPADA DA DÔR"- LINDA HISTÓRIA EM QUADRINHOS

£2 O TICO-TICO MAIO, 1955

Q AS meninas do interior do pais, de cidades onde não existem livra-¦*¦ rias onde comprar revistas e figurinos estrangeiros, nem por isso

g deixarão de fazer vestidos bonitos e engraçadinhos. Basta que suas® mamas comprem ou assinem MODA E BORDADO, que nada fica a de-

ver aos maiores e melhores figurinos europeus ou americanos, e custa12 cruzeiros.

3 ____"* *^í r 0*SõX NÃO FALHA

FAZ DOS FRACOS FORTES. INFALÍVEL NOSCASOS DE ESGOTAMENTO:

ANEMIADEBILIDADE NERVOSA — INSÔNIAFALTA DE APETITE

E OUTROS SINTOMAS DE FRAQUEZA OROA-NICA DE CRIANÇAS E ADULTOS.

Maio 1955 o TICO-TICO 23

mT CORAÇÕES CÉLEBRESOs

corações de muitas personalidades ilustres têm sidoseparados de seus corpos, quer como homenagem,quer como prova de carinho. Aqui está uma rela-

ção de alguns desses, c suas atuais localizações.* * *

O de Alberto Santos Dumont jaz num cofre especial,no Museu do Ipiranga, em São Paulo.

* * *

ÍES jfA i -gjt

1

:O dc D. Pedro I foi por ele legado à cidade do Porto,para onde foi conduzido meses depois do seu falecimento.

+ * *Em França estão os de Napoleão I, Turene, Kleber ede mademoíselle de Sombreuil.

+ t ** O de La Tour d'Auvcrgnc está em poder da familia do

conde Pontavice, parente do herói.* *

O de Voltairc esteve muito tempo em poder da mar-qiiesa de Villete e seus herdeiros, que, em 1864, dele fize-ram presente à Biblioteca Nacional de Paris.

* *O de Buffon está depositado no Museu de História Na-

tural, em Paris, a de Duquesne em Diepe, sua terra natal,e o de monsenhor Feudier na igreja de Assunção, tambémem Paris.

* *

O coração do Duque de Orléans, porém, foi devoradopor um cão quando se tratava de embalsamar o cadáverdo principe...

íofS'^* >_f

$Wr_~Hlfâí_1_ I .- 7 ' 1 * ÀmV mm*44T*YZ-mmmmIÍft__>->__áksEPUma das primeiras loco-

motivas norte-americanas, a"Tom Thumb", perdeu cer-ta vez uma corrida para umcavalo.

A 8.° Sinfonia de Schuberté chamada de "inacabada"porque só tem dois movimen-tos e geralmente as sintoniastêm quatro.

O homem morre err. 5 i*11'nutos por falta de ar, em I"

dias por falta de sono e O11uma semana por falta &cágua.

24 O TICO-TICO MAIO. 1955

VOCÊ É BOM°ETETIVE ?

pOlS aqui temum "caso" aresolver. Mariazi-

nh*. aquela loura^ue está falando(1° quadro) en-trpu no salão masnà<> para dançar,c°nformé está di-2endo. Apenas paraProcurar uma cer-** Pessoa.

^ com essa pes-^ ela saiu, porquen? 2.o quadro jánáo a vemos, assimCOí*o a dita, queela veio buscar...

Maio 1055 O TICO-TICO

Com quem Ma-riazinha deixou osalão ?

E' pura questãode observação dedetalhes, e apenasisso.

Fixe-se bem naspessoas.

Um bom detetivedeve ter excelentememória visual, sa-ber guardar e dis-11 n g u i r fisiono-mias...

Se não descobrir,veja no próximonúmero.

2.')

¦Acteaquí & ZZYMWirry^TrlA) \

^A *^—___^T

N

TOSSE ?

26

CODEINOL NUNCAFALHA

PREFERIDO PELAS CRIANÇAS POR SE*3DE GOSTO AGRADÁVEL.PREFERIDOS PELOS MÉDICOS POR SER °REMÉDIO QUE ALIVIA. ACALMA E CURA'

Infalível contra resfriados, asma e bronquite.

O TICO-TICO MAIO, ls

EM QUEDEU A

BRINCADEIRA

——• ——__ _¦

a.Maio

A_ meninas «encontrem cm "Orandlnha" a revista apropriada aos »_"*•_ -Oston e preferência... "Clrandinha" ê fr,*<* »¦¦¦ •_»*»»i-i »«-«i)ii<inPara a__»d_r às meninas dc todas as idades.

1955__¦

O TICO-TICO 27

|||||i|nk iiojuaj'fygtO-ve/ç*-

(Continuação do número anterior)

Ora, deixe de bobagens! Tome o seu café e depois vamos pensar nisso. Vqcêsabe muito bem que é inútil dizer "não", quando o senhor Estena toma uma decisão.Sente-se.

Ana Maria vai. obedecer quando, inesperadamente, vê entrar o tio. Com um gestorápido e vigoroso êle lhe toma a mão, puxa-a para fora do quarto e, ao sair, puxa con-sigo a porta, que fecha à chave, pois esta havia ficado na fechadura.

Mme. Garnault não tem um gesto, não grita, sequer, estupefacta!Saem, então, imediatamente a correr, escada a baixo. Felizmente não encontram

Estena. Mas... eis que. Flip começa a rosnar.E' o papuásio — murmura Roberto.

O motorista parece mais inquieto vendo o cão do que por encontrar livres aque-les que seu patrão havia prendido. Mas como fazê-lo abrir a porta, ou intimidá-lo, secie não entendia uma palavra do francês ?

A chave ? — perguntou audaciosamente Roberto, fazendo sinal com a mao,como quem abre uma fechadura.

O motorista dá de ombros e abre as mãos vasias, dando a entender que não a tinha-Estamos perdendo tempo. .. -m- disse Roberto. — Daqui a pouco acordam ou-

trás pessoas...Com efeito, querendo chamar a atenção da criadagem para sua situação de prisio"

neira, Madame Garnault bate furiosamente na porta; até parece que as paredes tremem-Ê então, seja porque ouviu o ruido ou porque deseja fugir aos dentes de Flip. °

motorista se precipita pela escada.Temos que fazer a mesma coisa e alcançar o primeiro andar. Lá existem Ja'

nelas em certas peças, ao passo que aqui n. térreo todas elas têm grades. No cantocm que estive escondido, vi umas cordas. . . Vamos! Darei um Jeito, se você for co-rajosa . . Eu já trabalhei em circo...

Num circo ?Foi. Contarei isso a você, depois... Mas o que me admira é não aparecer Estena-Sabe ? — fez Ana Maria. — Creio que o automóvel saiu ontem à noite. .. Deve

ter sido éle, pois o papuásio está aqui. . . 'Foi arranjar as coisas para a mudança.Mas... o senhor náo me deixará ir com êle, não ?

—> Claro que náo! Mas... vamos agir! Flip, você cuida o "papu". . . Pôde co-mê-lo todo, se for preciso... .

Enquanto falavam tinham alcançado o primeiro andar. Roberto, então, se aiT}'ge resolutamente a uma porta, ao acaso, abre-a e vê que é o quarto de dormir ofiEstena. Corre à janela, que abre rapidamente: não tem grades!

Amarra sòlidamente a corda que trouxera a uma das colunetas da sacada e, tendopuxado fortemente, para se certificar de que está bem segura, enrola a outra pont**na cintura de Ana Maria.

Tem medo ? — perguntaUm pouco.. . Mas é preciso !

Mme. Garnault continua a gritar como uma louca, fechada no quarto.Ouça, Ana Maria — disse Roberto. — Você vai escorregar por esta parte da cor-

da, amarrada pela cintura com esta outra, que eu, de cima, irei afrouxando devagar-Assim, você não cairá.Ana Maria desliza, então, pela corda, e pouco depois toca com os pés no chão-

E, então, sobraçando Flip, é a vez dc Roberto escorregar. A menina receia que ê'e'sendo pesado, faça a corda rebentar, vindo a cair. .

Felizmente, porém, tudo correu às maravilhas Faltava, agora, transpor as ali*'••••^^••••••^••••a »* ********* »<¦* *, sv^-HH^gy»*28 O TICO-TICO MAIO, 19&5

KradeFlip ^Ue cercavam a casa. Como consegui-lo ? Sozinho, bem que êle o faria, ePassaria por qualquer fresta, como, aliás, já fizera em outras ocasiões

t. Co,T>panhia de Ana Maria, porém, era o que agravava a situação.nha !ír a menina pudesse passar também por entre as'grades? Era magri-

Quem sabe ?__^lí.Un'cou â sobrinha seu projeto e cia, imediatamente, resolveu tentar.___ *j então ? Vai ? — perguntava Roberto, em tom annimador. — Força.. .

n- * Pr°nto! Passei! — exclamou Ana Maria, já do outro lado.

1 iy55 O TICO-TICO 29

bemluíXha^sSV "***¦** daqui e ocalXe^ atrás d* uma dessas moitas e fique

v" S^"l= 1f-v.V^JíT.^^Vtó.7N- —¦• «í

com0D!hé%raTêcoemPerndVadno%0 U° ? °U' 8° C°ntrári°' P~~' süenciosa e quieta,

baixinho1?" SÔbrC a 8titUde * t0mar' quand0 ouve ao seu lado um« voz tranquilisadora,

do êiTenlats^^saíria*16 * '*** ° ^^ teria esp€rad°' em vez de Pular... QU»D'

lante° SlLSSVS1? Z&^SSS? * ^ *"« meSm°> VoItando a0 «"te não a^inl^íqurvSTcomeS0- ~ "* "* a nOSSa °P°rt™dade- Mas a ff»

«-k-O-rfS**»

Alguns meses são passados.Em uma propriedade na Normandia, Ana Maria e sua mãezinha estão afinalnr^ti^d^ecordlfr:^ ^ b"t",te «"Ihedd. *>* tJ5?__Sfi. fS?i_,~ Imaginem minha angústia, no dia em que acordei e não vi cômico a menina!m«-»nOS V*nham fel-° adormecer, é claro, e nos levaram para umaTutra sate "*menina está correndo perigo!" — disseram". Aqui está uma carta <te mãfdeia n»g,™

P^6 1ue a Protejamos. Tivemos que agü* brutalmente mas assU eraV

«™« JSíí30 CU exclamei= — "Vocês estão mentindo!" Mesmo sem óculos eu via oerfei-temente que a carta não era de minha patroa. Isso me produziu tel chc^úe oue P^fataw^í An ^Uand°

V°UeÍ a "rim< «tava num ^P^1- tem t^teda más qua>mn8^! Va^Ana ™ar,a « «> ¦« desaparecimento, as enftimeiras me acalmavam doce-mente e eu ouvia cochicharem: — "Coitada... Não melhorou da mania "tei tudo mesmo

! Até que um dia pude escapar e correr à delegacia,' onde coo*

Ana Maria beijou-a.E os policiais — perguntou — não zombaram de você T.« 7"-

Graças a. Deus não. Tinham Justamente detido um sujeito, um tal Estena, <&era o que te havia raptado. E dois cúmplices ^lenu, h—¦ Graças a titio!

seu tiõAhEr"eüm íaío^0 d6 "^ QUC àÍSX * PenS6Í' "" °utr0S temP°s. s6bre **•

Uma gargalhada se fez ouvir.gério—

Obrigado, Stela ! — disse Roberto, entrando alegremente. E, depois, em toí»Vim dizer adeus a vocês !~~ X.aí t"1?01"8 ? ! "™ disse> com tristeza, a mãe de Ana MariaIh Ando com saudades de uma viagem!

«mim.*»*!; ¦ Cü pr?ciso de você, Roberto ! A fortuna de Ana Maria é uma respoo-sabUidade muito grande para mim. Quem me auxiliará? Quem me aconselhará?quanto Flip! QUe QUe em questôes de ««nheiro eu sou tão entendi'*'

dono?iíq>uietoOÍ,Ml' °UVlnd° seu nome' levantou-«e de onde estava e veio para junto <*>

Bem. . . eu vou mas voltarei.Quando ?Ana Maria tomou afetuosamente o braço do tio e respondeu por êle*

nh„ 77Vempre qui> ^'^«sário. Mão é, tio? Quando penso que o senhor foi h rai-nha procuradas mais dificis condições, que abandonou tudo e tudo enfrentou pa**í^?,.™ k' n eRCJontro Palavras para exprimir o meu reconhecimento. Foi o sen!**quem ai>nu as grades que me privavam da felicidade..,_. ZL

EuJ N5°- j0i ,° "n?ss° amigo" Estena. . . não se lembra ? Só que já abriu taf

bra- ^ ostávamos do lado de fora. .. Você passou por baixo... e eu por cima. . U*0"

FIM*************** * ********.*.********30 O TICO-TICO MAIO. 1955

-w**. ¦V<^>" vv*. ¦VOxt. ¦ 'a»»

j/v-

/ QUE "BAITA" MEL AN d A /

} DENTRO DE TRES DIAS\ ELA ESTARÁ' NO PON-

»- x \T0 EXATO DE SERy\ X- DEVORADA 'T

4// í C6W^oT4tÍ^ NESTE SÍTIO,^O? KA m TOUROA^V BRAVO

^^~-—W— \ \ iir SO^uerq VER A CARA COM )\QUEO BOLÃO VAI FICAR/ y

^P?ra*ra v£/

e AZE/TOAAAhPARA QUE O RÉCO-RÉeO E O AZEI-TONA NÃO DESCUBRAM A MINHA MELANCIA, VOU COLOCAR ESTE AVISO

<<»-3ra> \ r* r&^

AGORA POSSO IR PARA CASA DES-CANSADO. AQUELES DOIS MARO

DS NAO PORÃO OS PES AQUI

MAI0. 195

COMO *rLA°'

Oa.

4* ám%% VT fo \ IwíSciO TICO-TICO 31

Imil&Àm- ^^mm\\\

/y^^B W^< ^T-7 /.Mi Wmm^\\í}^ SM\ '^~m ¦^^W'^^\f _. \ L ^am\\rZS~^^m^~% __——"*-1-*'^" / àWmW ^^^^^Mm^mi^ Bi _*-¦/ * pf^^^

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£v-^A I^J^^^S^^^^^^^^^lJÍÇjP^'-'*' \JM« i^kat^a^aW

32 O TICO-TICO MAIO. 1955

pSPÁRTACO foi uma dessas figuras realmente grandes. Eis porque • imaginem aque-~~

Ia Roma antiga, poderosa, senhora de exércitos e mais exércitos bem treina-

dos. Pois bem, Espártaco, escravo númida, conseguiu por diversas vezes desbara-

tar as tropas romanas. Era um simples escravo pertencente ao exército romano, quan-do proclamou aos outros escravos que poderiam ser homens livres, porque todos os

homens eram iguais.

Os escravos seguiram-lhe as idéias, e, fugindo dos exércitos, entrincheiraram-se

no Monte Vesúvio. E foi ali que bateram, pala primeira vez, os romanos. E mais escra-

vos juntaram-se a Espártaco. Em pouco eram mais de dez mil. Fortes como estavam,

venceram as tropas de Cláudio e derrotaram, três vezes seguidas, as legiões de Varí -

nio. No entanto, Espártaco juntou-se a gaulêses e germanos, pensando que assim suas

¦ _iões ficariam mais fortes. Engano. Seus soldados, desaprovando a idéia, torna-

ram-se indisciplinados. E foi a derrocada do general-escravo, pois, às margens do Rio

Pó. sofreu sua primeira derrota. Depois, foi a batalha de Silaro, onde suas tropas foram

fagorosamente derrotadas.

Dizem que êle lutou até à morte. Mas morreu por umideal: a igualdade entre os homens.

C - ." *^*-BW—_Ki-i -i .. -¦ a* \^_______________Z_~

^10,1955 O TICO-TICO 33

/ \/ WÊy v?/ \ \/ \ °\ a *J"z mmmmm BvjKgk K \ ^\ \ ^^^T^^^ir V ^x~ mmm m\\\m*mm\\ I \ V li m*00"^^ xf\ Y;. * /ó*-- jH / V-^" i / *m&"\

MmW/*%r7yyyj) s&m—

<X? flno aro™.no l^r nossa língua

i P< flo idioma

A^ÇJ^f .Pequeninos,

nas', ^ae concordância.

Misturar os tratam*é feio, logo se vê.Ora excelência, o se^ora tu... ora você.

E todo o cuidado é Pjpara evitar barbaris^pleonasmos. termos ^a gíria, os estrangei1^

Que coisa feia é di^j(eu, pelo menos, o »c^— Subi pra cima.¦¦ í °^oafirmar: desci pra -^

Estão em casos idên^'••aos que vos citei ^\<dizer que... entrei f. ,lroou que... saí para l°9

IoComo se em n^C?de termos houve^t^,há quem procure ij^secom locuções de ^ Sua.

Se o nosso vocabuláriotem tantas frases bonitas,por que buscar no dos outrosexpressões tão esquisitas?

Por que dizer, por exemplo,num galicismo, afinal,

Hoje haverá "matinée"quando temos vesperal ?

Em vez de "menu", cardápio,e, em vez de termo afetadoem francês "Merci beauco-digamos "Muito obrigado !

i

E' isto o que faço agora ,em muito bom português,agradecendo aos senhoresme aplaudirem, desta vez!

MAURÍCIO MM A

mtúimam®

Vendo que o cinema não era muito do agrado dos hotentotes, Tamarin-do decidiu que melhor seria uns espetáculos de prestidigitação. Quando eracriança êle treinara em mágicas, fazendo todas as que saiam n" O Tico-rico, isso há cinqüenta anos atrás, quando a revista fora fundada.

Na hora marcada, o teatro estava cheio. E quem mais quisesse o*tentar roupas elegantes... O mágico, por sua vez; colocou na lapela todasas medalhas que pôde, para impressionar o auditório.

— Quem me empresta um relógio ? — pediu, depois das palavras depraxe, saudando o público.36 O TICO-TICO MAIO. lí>55

Colocou o cebolão dentro de uma cartola, disse palavras cabalísticas,ez Bestos, caretas, trejeitos, momices, olhou para o céu, olhou para o chão

m° o carneirinho-carneirão, neirão-neirão) e pronto: o relógio sumiu.Que sumiu, sumiu. Como foi, não sa'oem0s explicar.

3^-^—^^^—^^—y—*¦' i «.—

l^^U ^^^^b4 "*¦~ wt I *stÍ!r4*.ÈOOOy\ ~^T^Wl^l^

a^^ ^t^VX^/^lH \^k\ ãS^f ^^^A ShOfOr" — E^h^

.

^ Tamarindo, cheio de vida e vigor, desceu à platéia e, escolhendo pa-as> dirigiu-se a um jovem da mais alta sociedade e pediu: — "O gentilcebo, com a devida vênia, quer me dar o relógio que está repousandoa cúpula do seu interessante chapéu coco ? "

^o, i955 O TICO-TICO 37

1 — ~-, —

Como o mancebo se mostrasse encabulado, hesitante e tímido, e p°u'co disposto a tirar o chapéu-côco, êle mesmo foi lá e, delicadamente, tiroua tampa do cocuruto africano. E, então, foi um oh ! geral... Lá estavaêle, o relógio, equilibrado em cima do pichaim do moço elegante !

Nesse momento, porém, o rei Babalú XXX saiu do seu lugar e veio » j

cena. — Isso é truque, sêo mano ! Isso é truque velho ! Você está tapean" '

do a gente ! E sabe como descobri ? Esse relógio, que apareceu ai no pá0*de-açucar desse prilintra, é meu. e foi roubado do meu palácio ! Vocês são - I38 O TICO-TICO MAIO. 1

... cúmplices no roubo e êle é seu comparsa, aqui no palco! Isso é«nia sujeira muito grande ! Bem que o Simplicio me disse que estivesse deolho vivo em você ! E agora eu vou ai em cima e quem vai fazer algumacoisa desaparecer, sou eu ! E a coisa que vai desaparecer é você...

Babalú XXX é rei e palavra de rei não volta atrás, vocês sabem. PoriSso, êle subiu mesmo. E saiu na carreira, atrás do grande mágico. Fe-li2mente Tamarindo é bom na perna. E, assim, acabaram os dois desapa-

ferido pelos fundos do teatro. Entretanto, o rei estava enganado!

*«AlO(Continua)

'. 1955 O TICO-TICO 39

VOLTOU A INGLATERRA

SÃO conhecidos os detalhes Livingstone, <ue pertencia à

da morte do célebre expio- "LondonMissionary Society", nãorador David Livingstone. Sabe-se quisera morrer na cama. Entre-

que êle foi vítima da disenteria gara a Deus sua alma ajoelhado,e que morreu na África Central, rezando. Antes de morrer, pedi-na aldeia de liala, perto do Lago ra aos seus servidores que, se pu-de Banguoolo. dessem, trasladassem seu corpo

São, porém, pouco conhecidas até a costa orienal, onde existiaas peripécias do transporte de um estabelecimento da Missão a

seu corpo para um porto de em- °.ue serv'Q.

barque, transporte que durou Assim que êle faleceu, os três

seis meses, e o admirável devo- dedicados amigos do grande ex-tamento de seus servidores, dois plorador começaram a pensarindígenas, Souzi e Tchouma, nas imensas dificuldades que de-mais um mestiço de nome inglês, veriam enfrentar, para satisfa-Wainwright zer sua última vontade.

O reverendo Briault, missio- P°r mei°s só deles conhecidos,nário do Espírito Santo, que pas- embalsamaram o corpo, que foi

sou vários anos na África, re- cortado em dois e colocado numconstituiu os detalhes dessa he- saco, envolvido em lianas e en-róica odisséia. volvido em folhagens, para ficar****** *#^*^*********.*j*j^j^^

40 o TICO-TICO MAIO. 1955

com o aspecto comum de umfardo qualquer. Não era semrQzão que assim procediam,P0^ seriam irremediavelmente'rucidados, se fossem apanha-aos conduzindo consigo um ca-daver.

Partindo das margens do^•anzibar, com a preciosa car-9Q, viajaram durante seis me-Ses, sofrendo as agruras daSeae e da fome. Extenuados,er>fraqueados pelas privações,legaram a crer, em deter-mir>ado momento, que tudo es-fava perdido para ei es, e quehes seria impossível ir maislonge.

S então, na sua linguagem,'Cnouma formulou esta tocantesúp|jca; —-

""- David, prote-nos ! Ajuda-n°s, ó David !

ê David, ou melhor, a Provi-dê

t__3 __f_f V ^^^^M

km 1_____!___l_iV-L xf___!

IM WmWaA m^f. ' *j| r_r_> * f^\ I UaWaf f W_____ Vr\i ^_____P \ lil __/ /_ v J__r J m

WmX^m*******************^

noticias, desde muito, na Inçjf---''terra.

Cameron, que dispunha de im-

portante caravana, ofereceu aostrês homens conduzi-los, sem ris-cos,, à costa do Atlântico. Masfoi em vão que com eles insistiu

para isso: David tinha pedidoque o levassem para a costa les-

fe, e não poderia haver discus-são, era para leste que o leva-riam.

E, obstinados, heróicos sem osaber, mergulharam novamente

naia, veio em seu socorro, sobforma de uma caravana da

^'s$ão Cameron, que atravessa- nas profundezas da selva.Vq a África de leste para oeste, Afinal, atingiram Bagamoyo,

0rri a esperança de encontrar onde procuraram, sem sucesso,UV|nstone, do qual não se sabiam os representantes do governo********** **********************^a. 1955 O TICO-TICO 41

i_.

ou a Missão protestante bri-tônica.

— Não os encontrando — re--"^•nendara Livingstone a Wain-wright, — falarás a uns homens

padres trataram de alertar as au-toridades britânicas de Zanzibar,situada a um dia, por mar, deBagamoyo.

As autoridades inglesas vieramque usam grandes túnicas bran- prontamente e receberam os des-cas, e que não são árabes. pojos mortais de David Livings-

E eis porque, certo dia, ao cair tone. Deixaram aos bons padres,da tarde, os padres da Missão como recordação, os sapatos docatólica francesa viram penetrar grande morto. Veio a seguir umno pátio de sua sede o singu- encouraçado, buscar o corpo dolar cortejo, formado de uma yin- explorador, que foi levado a Lon-tena de indíge na sgrande apara-to, voei fera n-do e dando ti-ros. Para o fimdo imenso pé-riplo, tinham-se estes reu-nido ao grupode três amigosde Livingsto- \\ne, para lhesfservir de guiase, em caso de| ffrÊÊaKlaWÊmWffinecessidade, de defensores. rom eles, Tchouma, Bouzi e Wa-

Depois de ter reconfortado os inwright, que tão belo exemplomembros da pequena tropa, os de fidelidade der.am aos homens.

B_\ \àmm

dres, onde jaz,repousa n-do, na abadiade Westmins-ter.

A história ébela, como sevê, porquemostra a de-dicação d o strês homens

pelo chefe e

amigo. M a snão nos diz

que fim leva-

42 O TICO-TICO MAIO, 1955

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•^AIO, 1955 O TICO-TICO 43

V/1 J IT A S pessoasacreditam nas

virtudes maléficas donúmero 13, sobretudoquando se trata donúmero de convivasem torno de umamesa. Esta supersti-ção provém da últimaceia que reuniu Cris-to e seus discípulos.

Existe, porém, umnúmero mais fatídi-co ainda, tendo tidosempre influênciamuito maior sobre oglobo terrestre, e esteé o número 7. Comefeito, para qualquerlado que nos volte-mos, seja para os tem-pos mais recuados dacriação, ou para osnossos dias, encontra-mos sempre esse fa-moso número.

Nos tempos antigos e moder-nos, devemos acrescentar, o nú-mero 7 foi considerado místico, ousagrado. Éle se compõe, com efei-to, dos números 3 e 4 que, segun-do os pitagóricos, eram desde ostempos imemoriais, números fe-li zes.

Os babilônios, os egípcios e vá-rios povos antigos contavam 7 pia-netas no céu. Para os hebreus, overbo "jurar" significava literal-mente "vir sob a influência das 7coisas sagradas", o que vale bem a44 o tico

BS> aL\3 mtfc£xC*&\jUr'*

W '^mW/Èt: Wmm\m^^^mftmmmi^m\ \^mm\\.S'm\'.

fórmula que usamhoje as testemunhasdiante dos tribunais.

O mundo foi criadoem 7 dias. Há 7 diasna semana, 7 são asGraças, 7 são as djvi-soes da Oração do Se-nhor e 7 as idades navida do homem. En-tre os antigos, o 7.° fi-lho de um 7.° filho eraconsiderado persona-gem de alta impor-tância.

Ainda entre os he-hebreus, cada 7.° anoé considerado ano sa-bático, e 7 vezes 7 anosformam um jubileu.As 3 grandes festasjudaicas duravam umperíodo de 7 dias cadauma e 7 semanas de-corriam entre a pri-meira e a segunda. A

purificação durava 7 dias e Palaão.o profeta, tinha 7 altares sobre osquais se sacrificavam 7 touros e7 carneiros.

Encontramos ainda na Bíbliaque Naaman tinha recebido ordensde abrir 7 poços no Jordão; que Eli-jah enviou 7 vezes seus criadospara ver se chovia; que os israeli-tas conquistaram 7 vezes o Egito;que seu último exílio dali durou 'anos; que o Faraó sonhou com 'vacas magras e 7 vacas gordas; que7 trombetas fizeram a volta d°11CO MAIO, 19&5

muro de Jerico uma vez cada uma e 7 vezes no 7.° dia; que o ban-quete de núpcias de Sansão durou 7 dias.

No Apocalipse encontramos ainda muitas vezes o número 7. Há,entre outras, as 7 igrejas, o candelabro de 7 braços, as 7 estrelas, os 7trombetas, os 7 espíritos diante do trono de Deus.

Os velhos astrólogos, retornando às crenças antigas, tinham des-coberto que existem 7 planetas, cada um com seu céu próprio. Os alqui-mistas, baseando-se nesta teoria, estabeleceram o princípio de que ocorpo do homem era composto de 7 substâncias e que sua alma com-Preende 7 propriedades, cada uma sob a influência de um desses es-Píritos.

Mais próximo de nós, encontramos ainda manifestações deste es-tranho algarismo fatídico. Quem não ouviu falar, com efeito, das 7dores de Nossa Senhora? Quem não conhece um dos sete pecados ca-pitais?

Se quiséssemos poderíamos falar ainda dos 7 heróis da lenda gre-ga, que combateram Thebas para restabelecer sobre seu trono o filhode Edipo; dos 7 bispos que, em 1688, recusaram assinar a declaraçãoae indulgência de Jacques II; das 7 igrejas da Ásia; da ilha das 7 cida-des de que se fala nas lendas espanholas, e na qual 7 bispos, fugindodos mouros fundaram 7 cidades, cada qual mais bela que a outra; dos 7deuses da sorte, do folclore japonês; das 7 colinas de Roma; das 7 vir-tudes e dos 7 mares do globo, sem esquecer as 7 palavras que Cristopronunciou na cruz.

• *•*•***•*•*•-.•

coca k_&_ig_PRECAVIDO

I embram-sc do homem precavido,que comprou os cinco espelhos, e

- e tal...? pois bem: esperamos quetod0s tenham acertado a arrumação

V'"'"*¦ ..«..im ... ( i i.m.i u a............

tj c*cr>torio, c que agora fiquem sae'tos conferindo com a arrumação certa quelut damos. Foi da maneira acima que o homenzi-

iin° arrum°11 °s espelhos. Assim, baseado no prin-P-o de Físiia de que o.ângulo de incidência é igual{\ n-»u'° °Y reflexão — coisas que vocês vão apren-

|jiais tardr — obteve êxito completo.« Você* ? Obtiveram-no ?

Al°- 1955 O TICO-TICO

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45

I^+A<mSnO TICO-TICO"...

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tm*^ mt

I iTodos ot cuidados tio pouco», para a defesa da "pele"

dai petaoai que trabalham com ot materiais com que tetarem at terrivcli bomba» otõmlca» Defesa da "pele" querdizer def e_i da vida. Mas aqui vale pelai duat coitas.

At radiações atômicas tio perigo»i»«ima» à pele e àvida humana.

E ot cientistas tudo taxem para proteger os corajosose abnegados que trabalham com tais coitas.

Etta estranha espécie de escafandro, feita de matériaplivlic-, é uma da» coitas inventadas para tese fim.

A

_^_V _r

**f _f*. 1_,r mm. «_T^^ *wEstes três amigos tio inseparáveis: W

menino, um cio e uma corujinha. Brincai"que é uma be leia ! O menino, com pacién-cia, fex ot dois animais ficarem amigos. •>feliz, a trinca te diverte a teu modo. A ami-sade é tudo, na vida,

P-V _M__M31

"etferomaquia" ou "epitclro", o primitivo futebol, erapraticado na Crccla da éra elástica. E também pelas mu-lheres. Ot Jogadores, com o corpo untado ou oleado atua-vam completamente núi, segundo Informam Platio e Plu-tarco. Ot elementos que te preparavam para o Jogo, un-tando o corpo, te nio entravam na liça, eram multados.Este jogo contlttla em impulsionar a bola com ai mios e,com o correr dot tempos, passaram a usar ot pét.

^•_i_rl

lÉÉL, jànt*Na França comemoraram feitlvain'

a feita do trlcentenário do café com •<' '

que data da época de Luii XIV, ao q-* *acredita. A cada convidado foi dada ^"pequena" xícara dessa mistura e uma 'r

quena" meia lua,o pão tradicional fra**t*f*

46 O TICO-TICO MAIO. 1955

TIPOS REGIONAIS BRASILEIROS1

%O JANGADEIRO

V_J jangadeiro é típico daspraiaa do Nordeste brasileiro.E' uma figura legendária,impressionante pela audáciae coragem com que enfrentae desafia o Oceano, pilotandoa fraca e frágil embarcaçãoque é a jangada, um simplesamarrado de paus, sem con-forto e sem grande espaçopara êle se mover. O jnnga-deiro vive da pesca. Partetodas as madrugadas, vai aomar alto e regressa á tardi.nha,com o que pescou.Asve-tes a ausência i de vários dias.A jangada é feita de 5 troncosde madeira apropriada (Ipêou Apeiba) e mede 7 metrospor 2 de largura. Tem uma ve-Ia triangular. Leva um "Sam-burá", cesto de cipós, ondese guarda o peixe, um bancode governo, uma vasilha dealimento, a "quimanga", umbarril com água, os remos ea" âncora", que tem o nomede -¦tamassú" : uma pedrafurada com paus amaradosservindo de dentes. Cadajangada leva uma tripulaçãode 3 homens. O jangadeiro éa sentinela atenta na vigi-Ifincia das nossas extensascostas nordestinas. Homemsimples, bom, trabalhador,disciplinado, é um tipo debrasileiro que se tornoulegendário e afamado pela>ua coragem e desapego á vidaE' um dos tipos regionais demaior expressão que o BrasilPossui.

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ySwyMmiy^A^W€ÊMl^aÊÊÈ

>ua coragem e desapego ávida *~*^.^^^^^^^gfly/E' um dos tipos regionais de <_ÍV ^^^^ÉílÉísflRaKfmaior expressão que o Brasil \ .Jfm. *S& HP ____*! ¦Possui. ¦R^W M*&Í3mBÊÊ.

MAI0. 1955 C TICO-TICO 47

O RECURSODO PINTOR

A* \ \ \ ^

TEIMOSO.

i— Não «e morde o dono, sabe disso ?48 O TICO-TICO

FICH ARlODO

ESTUDIOSOTV/Tais uma ficha publi-

camos na páginftseguinte, enriquecendo »a sua coleção. E outras se

seguirão a esta.

* * *

11 fim de que os cole-^^ cionadores possa-111preencher alguns clarosque existem nas ficn&•publicadas na fase anti*ga de "O Tico-Tico", va-mos publicar, possivel'mente na próxima edi*ção, os retratos, apenas-tíe D. Pedro I, Marech»1Floriano, Prudente &Morais, Carlos Gomes eJosé de Alencar. ts**,retratos, verificámos &Í°"ra, alertados por Ufl1

amável leitor, não forafl1publicados, embora sa&sem as legendas resp&'ti vas.

Assim, ficarão comp1^tas as fichas antiga e

completas, também, **coleções de vocês.; No próximo n_rr-er0,portanto, não sairá f^nova, mas apenas sa_r^os cinco retratos a-i^referidos.

MAIO. I9 i

OI Fíefid i*ío > Estudioso I

BRASILEIROS NOTÁVEIS\

__________ TU& M __________El__-_t^__-' 3

MAX FLEIUSS (lê-se Flalss) hislo-riador. nasceu cm 2/12/1868. no Rio.Professor Jornalista. Sua especialida-de ora a Historia Koi Secretário Per-pétuo do Instituto Historio e Geo-•trafico Brasileiro.

LAURO Severiano MULLER n.em 1863 em Santa Catarina. Politicoe jornalista. Foi Ministro das RelaçõesExteriores Membro da Academia Bra-sileira de Letras Ministro da Viação.Faleceu em fins de julho de 1926.

João BARBOSA RODRIGUES n.22/6/1842. O maior botânico brasilei-ro. Foi quem primeiro estudou o"curare". Laureado pela F Ciência.de Florença Fundou o J Botânico doAmazonas e dirigiu o do Rio. Catequi-sou os indios Crichanás

( ÓLEO DE OVO XjMarca Registrada *5 B

^ '-'OVIODCO^ ICabelos sedosose ondulados I' f

—«P.190Í- ECTBJT^ '*) DIPLOMA OE HONRA fl ^^t0t^^^^mmmm-t^^^

fo^—¦¦--— '--^fl Exija o legítimo de ^VFO LEGITIMOÍ CARLOS BARBOSA ^

jgl: __LEoV I I IIK que traz o nome J

7ÇARL0S BARBOSA LEITECXU *t> ç-»io,oo--_-i

!»l IICOIOVO

50 C TICO-TICO MAIO A

vidas ilustresCONSELHEIRO JOÃO ALFREDO

________ ^^_fl

O C o n s e-lh e ir o

João AlfredoCorrêa de Oli-veira tem seunome ligado a

I um dos maio-- res aconteci-mentos dahistória bra-

1 sileira: a abo-ÜÇão da escravatura. Coube a êlea presidência do Conselho de Mi-üistros que encaminhou ao Parla-toento a solução definitiva do im-Portante problema social. Nasceu° eminente estadista na cidade doRecife, Província de Pernambuco,a 12 de dezembro de 1835 e fale-Ceu, no Rio de Janeiro, a 6 de mar-?° de 1919.

Formou-se pela Faculdade dedireito da sua terra natal, e, apósbrilhante defesa de tese, conquis-*°u o título de doutor. Foi promo-"*T público, juiz municipal, advo-Sado e jornalista no Recife. Eleitoj^putado geral em 1861, foi reelei-10 em outras legislaturas. Em 1877era senador do Império. Presidiua Província do Pará. Foi ministroa° Império no Gabinete do Mar-"uês de São Vicente. Ocupou a^esma pasta no Ministério do Vis-^nde do Rio Branco e, nele, teveatUação excepcional na feitufa daPrimeira lei emancipadora que de-¦'arava livres os filhos da mulher^rava.

Em 1888, a campanha abolicio-,sta estava no auge. Era impôs-M*IO, 1955

sível resistir à força do movimentoque assumia proporções verdadei-ramente revolucionárias. Era apedra que rolava da montanha. OGabinete Cotegipe não quis en-frentar a onda que ameaçava o po-der. João Alfredo aceitou o convi-te da princesa Izabel, então na Re-gência, para organizar novo Gabi-nete. E no dia 10 daquele anosubia à tribuna da Câmara dosDeputados, para entregar o proje-to que iria limpar o Brasil da gran-de mancha. Foi recebido entre de-lirantes aclamações. E três dias de-pois a Princesa Izabel assinava alei libertadora.

• *

p ROCLAMADA a República, no-*• ano seguinte, João Alfredo,

fiel aos seus sentimentos monár-quicos, afastou-se da política. Acei-tou silenciosamente o fato consu-mado. Recolheu-se à vida privada,pobre, cheio de dívidas, mas donode um nome limpo e honrado. Mui-tos anos depois, aceitou a presidên-cia do Banco do Brasil, sem quebrados seus princípios. Não iria servirà República, mas ao Brasil que re-clamara os seus serviços numahora difícil.

João Alfredo Corrêa de Oliveiraé um dos nomes mais dignos dahistória brasileira. Sempre norteoua sua vida palmilhando o caminhoda honra e do dever. Morreu, aos84 anos, respeitado e venerado portodos.AMÉRICO PALHA

O TICO-TICO 51

\cJoáoj CHARUTO \

HCU

Ii>J! Vá I

O-lA-LA'/A VELHA êELEGAMTE FMRÍS, COM SEUSTRADICIONAIS BAIRROS :&Ali\T-GERMAIN-DES-PRES* MONT-

MARTRS. V/V£ LA¦FfíANCE/

wa,

%^AÂIfflSS s

^ ÃLTAHDO, úÓSo CHARUTO ÃR-RANJA UM C/C&CáF PARA MOS-TRAR-U/E A C/CHOE,

' ESTA E * A FAMOSA \ \TORRE SíFEELíONOS- )SO AfA/Ofí McM/— /

/ CELEBRE CATEDRAL PEttXRE-DAME DE PAR(è> (IMÃ DASMAIS BELAS CATEDRAIS DO MUNDO,

\£' ÂXJEIA __2_7_f Aí/ ESTA'. /

__r^__U™fc' jjF A. ¦"

52 O TICO-TICO MAIO. 1955

ÊffàíD C//4- /££$7E,£'0 ITOSSO HERÓI RESOLVE, ENTÃO*RUTO 1/4( MAR DA MANCHA _/? TOMAR SEU SAA/HO DE AAAVZ*WS/r4G AS [DO Ol/TRO LADO __^W/AS PmW- \ FICA Â INGLATERRA. / \CRS**^ M<M03 M4JXDO- / ÔJ COUO É SOSToSO.'

m\ tf\ ^SltfT™ / EMdU'ESTOU BEM /¦L \.Al ZERAM A TKA //wve- /Vf ooaia / /^r \£X YEsàfAiGtue, V LON3e M pfíaiAj /

/_r^/ \ \ ^r/goza. ^~"—\ ~~^ «__==_-.

^H£U DElísJ{WtíCfíAS QUE§SlDO NADANDO E NADA DE MAMOBAJ TB&ZA %A WSJXJ AT£fQüS ENE/ASA SSTCtí CANSA —

DÍSSIMO/

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- UANOO CtíPGA V PRA/A •> ctíÀRUTÒPERGUNTA ONDE ESTA'.

MV FRlENDJ NOSE3TARR NA /NGL4-

TERRA / ORfíABOLáSA

OHl SEMQUERER->AimessEtO CANAL.

DA ItAAtCXUJ—\f V CWS )

]a^^AÍ $ühMaio 1955 i rico-Tiço 53

mm comamII o n|o| 1 |--lx -X II oX- = IX-

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'=— i* - i^i¦¦_H_ l_.^ ii_^ I.

III ibHPI 1 lis II

REVISTA INFANTIL MENSALFundodo «m 1905

UMA rUIUCAÇÀO DA S. A "O MALHO"

•ditorad. "TIQUINHO",

"CIRANDINHA" • "PINGUiy-O"

Dl* r Tc, a»N Iiiílil 1 DC MM /1 I SILV»

Urda*,-»* Rw* Unmémr ÜtnU* IS • Va imltr.Mkn ams — mo

Kl-MEUO AVIIMI tu >.*•usixatvsu m **.*•

ill i-umrim i-k r«|Mif p***tal)

RCONCURSO N. 335

ECORTE ê«te» 9 quadro*. com|n>-Io» cada um dr quatro casa».

Agora, disponha-o. lado a lado comoestão, mas de modo que em cada fila ho-rizontal. como cm cada coluna vertical*o se encontre uma vez cada sinal.

Nole-se que certo» sinaia (barra verti-cal, barra dupla, etc) podem-»e tran»-formar, baatando mudar a posição do

quadrado.Feito i«to, colar em uma folha de pa-

pel — atenção para a nota qur rai ncMamesma página ! — e íaier como «empre:assinar o nome. escrever o endereçocompleto e remeter a: "Nossos Concur-»o»" — Redação de O TICO-TICO —

Rua Senador Dantas, 15 — S." andar —

Rio — D. F. —'- aguardando a «olução eo resultado do certame, que aparecerãona edição de julho vindouro.

ooooooooooooooooooooooo*

AOS CONCORRENTES

EM nossas notas sobre os "Nossos Concursos",

explicamos sempre: as soluções devem virEM FOLHA DE BLOCO. Mas muitos leitoresInsistem, nio sabemos porque, em mandar osconcursos soltos no envelope, mal colados, sen*os seus endereços completos.

Isto, é lógico, fas com que tais soluções na*sejam aparadas. Aquelas que vèm às nossasmãos com demonstrações evidentes de descaso,desleixo, pressa on preguiça, NAO SAO LEVA-DAS EM CONTA, para o sorteio.

Cada solução é um atestado do capricho, dobom gosto, da personalidade do concorrente. Dr-mais a mais, precisamos saber o endereço dccada concorrente e sua solução deve vir COLA-DA ou ESCRITA em folha de papel, com °NOME e ENDEREÇO COMPLETOS de quemnos manda.

Não vindo assim, é desclassificada.

54 O TICO-TICO MAIO, 1955

QUADRO DE HONRAporam classificados por sor-tk> para sair no quadro deaonra, os seguintes concor-rentes que enviaram soluçõescertas de um dos dois últimos

concursos.1 - maria margarida santos

Cascadura — Rio — D. F.2 — JÚLIO CÉSAR P. NOGUEIRA

Petrópolis — E. do Rio.3_ CELIO ARCINDO CARVALHAIS

S. Paulo — São Paulo.— NXLDE MARIA OONTREIRAS

Piedade — Rio — D. F.~ IVONE NORTON BACHELLINI

São Paulo — São Paulo.— ADELINO PEREIRA DIAS

Vitória — Espirito Santo- JESUS COIMBRA MADEIRA

S. Gonçalo .— Estado do Rio.— SILVIA REGINA R. DANTAS

Bjarra Mansa — Estado do Rio— PAULO CISAR MONTEIRO AL-

VES — Belo Horizonte — Minas.10 - JOEL MAURÍCIO DE ALMEIDA

Salvador — Bahia11 — CIDALIA ALDA CARDOSO

Araruama — Estado do Rio.12* - DIMAS ANTERO LETVAS

Nova Friburgo — E. do Rio13 - ERNESaiNA M. DA VEIGA

Volta Redonda — Estfedo do Rio4 - GENNY CECÍLIA CORVETA

Recife i— PernambucoZOROASTO JÚLIO DOS REISRio Grande — R. G. do Sul.NANCY CARVALHEDONiterói _ b. do Rio

~~ ZUILA DO AMARALGrajaú — RIq _ D. F.

- OTAKI CUMARUNOSantos — São PauloMaria cândida menezesCopacabana — Rio — D. F.*RIS SUEY D. CORDEDIOBonsucesso — Rio — D. F.

ia

DCAMPEÃO

ols mentirosos discutem a intellgèn-cia de seus cães:

— O meu é tão inteligente — dizum deles — que, há dias. fez o que te voucontar: Ele tem predileção especial por sedeitar na poltrona em que eu costumosentar-me. Há dias, quando eu me dirigiapara a poltrona, já êle lá estava. Lembrei-me então de um truque: Fui á Janela ecomecei — pchss ! pchss ! pchss ! — comoquem chama um gato...Imediatamente o cão saltou da cadeirapara perseguir o suposto gato. E eu. éclaro, aproveitei a oportunidade para mesentar. No dia seguinte, quando o cão en-trou tia sala. já eu estava sentado. Ao ver.me. foi à janela e põs-se a ladrar. Eu le-vantei-me para ver quem era, e êle, então,instalou-se comodamente no meu lugar...

SOLUÇÃO EXATA DOCONCURSO N.° 333

V<i kyi »tf^kj f.

i / j* K* b<* # * p.j- ./ v} .fNif ir.y.-fjM.3J ./ .3 4/ .?, .r .f ,y jf

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OBSERVAÇÃO

K TENDENDO a que as soluções en-**¦ viadas pelos leitores residentesnos Estados nos chegam sempre comgrande atrazo, resolvemos, no seu pró-prio interesse, modificar a forma desorteio dos nomes que devem aparecer,cada mês, no Quadro de Honra.

Assim, o sorteio abrangerá sempreas soluções DOS DOIS ÚLTIMOSCONCURSOS.

Maio 1955 O TICO-TICO 55

PEDAGOGOedagogo era, na antiga Grécia, um escravo. Os homens ricos daque-*

época, naquele pais, costumavam escolher, entre seus escravo-, um que &*particularmente encarregado de cuidar dos filhos do senhor, enquanto «**tes eram pequeninos.

Um dos deveres desse escravo consistia em levar os meninos à esco-*e trazê-los de regresso.

As palavras gregas "pais, paidos," que significam "meninos", e "af0*

gos", que significa "guia", formaram "paidagogos", significando liter*-'¦ mente "guia de menino".

Passou para o latim sob a forma de "paedagogus".

Em português dizemos pedagogo, com acentuação paroxitona, (acenWação na sílaba gô), significando "mestre", "professor" e até mesmo "tutor*•

As palavras sofrem, com o passar do tempo, estranhas alterações e es**é uma, bem curiosa.

1955O TICO-TICO MAIO.

1 Texto tão atraente e va- \vi rlado que sempre se relê\\ com agrado. Um amigo j\ que ajuda a resolver to- /ml dos os problemas do Lar ã^£4

MAIO

SENHORAS

»•***_•-? • ?*«* •» • -

•V.

g3S33mm\

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usamH'ISHti_frH

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Literatura,Poesia, Moda. Cine-ma, arranjos casei-ros. curiosidades, or-namentação da casa,receitas culinárias,etc. etc. etc.

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PEDIDO. PELO /pJ l X^\V¦IIMIOlIOl f i \ fO)lS. A. -O MALHO" IV >¦ \m-StRUA StNAOOH V^DANTAS, W.J...II0 ^».— -^

Festa do TrabalhoSanto AnastácioFesta ae Santa CruzSanta MônlcaSão Pio VSão João Ap. e EvangelistaSanto EstanisláuAp. de São Miguel ArcanjoSão Gregório Nazianz

10 Santo Antonino11 São Florêncio12 Santos Nereu e Aquiles13 São Roberto Belarmino14 São Bonifácio25 São João Batista de Salte16 Santo Ubaldo17 São Pascoal Ballão18 São Venancio19 Ascensão do Senhor20 São Bernardo de Sena21 Santa Virgínia22 Santa Rita de Cássia23 São Juliano24 N. S. Auxiliadora25 São Gregório VII26 São Felipe Neri27 São Beda28 Santo Agostinho de Can.29 PENTECOSTES30 São Felix31 T N. S. Med. das Graças

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toAlO. 1955 O TICO-TICO 57

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A Vi ^ hAAi^-^l-j ^>_5sífc ^

|_<_J D A PA G A IO ^__^ t—T-' ° A N A P ' ° . ! ¦¦^

__,__, P O M B _—_, fr-f-J . , , . L-—T

ii Ándorimha^m ,^^Jb^^^~ JÍ____ta__[B__

O OM exce-^ ção docanário, cadauma das cin-co aves encon-tra-se numagaiola quenão lhe per-tence. Antesda a b c r t u-ra da loja, op a s s a r i -nheiro gosta-va de pôr tudoem ordem.isto é, "man-dar cada umpara a casaque lhe per-tence" Entre-tanto, o nossohomem não searrisca nem atirar as avesda gaiolanem, tão-pou-co, a juntarduas, oom oreceio de qual-quer briga entre elas. Sabendo que cada gaiola pequena comunica com a vi-zinha e que uma deve ficar sempre vazia, quererá o leitor dar uma ajuda &°homenzinho, restabelecendo a ordem no viveiro? Para lhe facilitar o traba-lho sugerimos que represente cada ave por um retângulo de cartão, ond-deverá escrever o nome do pássaro, colocando-o, ao começar a paciência, n»devida posição. Se não conseguir encontrar a solução do problema, procure-»na próxima edição. Não desanime logo, porém. Procure resolver. Dê a si meS'mo essa satisfação. E confira, então, no próximo número.

58 O TICO-TICO MAIO, 1955

C~**^*^ ffof/lny Ôh//asamôa

BABAÇU 7_\_df

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MAMONA r^TV°A\_

s^. O TICO-TICO

rçpâãlíftfrofnoy Õe/fA6/tMõA

BABAÇUA

palmeira babaçu é planta nativa característica da RegiãoNordeste. Representa uma das maiores riquezas naturais

do Brasil.A palmeira atinge cerca de 15 metros de altura e seus cocos

se apresentam reunidos em grandes cachos.Cada cacho possui de 100 a 1000 cocos, pequenos e resistentes,

onde se acham encerradas de 2 a 6 amêndoas.Dessas amêndos se extrai ótimo óleo combustível, que, depois

de bem refinado, é utilizado também na alimentação.A casca dos cocos é bom combustível, superior à lenha.Sua colheita é fácil, pois o coco, quando maduro, cai ao chãu,

sendo preciso apenas apanhá-lo.Suas folhas também são aproveitadas. Delas se fabricam li-

bras muito resistentes, até contra a água salgada, sendo emprega-ias largamente no .fabrico de cordas e cabos para embarcações.

Os Estados que mais possuem dessa palmeira em suas terrassão:

1 — Maranhão. 2 — Piauí. — 3 — Goiás.

MAMONAAmamona

é muito cultivada por ser sua semente riquíssimaem excelente óleo.

Sua plantação e exploração têm tido progresso em nosso territó-rio, ocupando o Brasil o primeiro lugar como produtor mundialde mamona.

Várias são as aplicações do óleo, sendo êle, principalmenteótimo lubrificante de aviões.

Emprega-se também na medicina com o nome muito nossoconhecido de "óleo dc rícino".

Os Estados maiores produtores de mamona são:

1 — Ceará. 2 — Pernambuco. 3 — Bahia.4 — Minas Gerais. 5 — São Paulo

O TICO-TICO

T j ORA,CEBOLAS ! MIN^ CAftA N*° VALCHAlS NADA/

"wClMOHE A3U ESTE WHKElRO^ COMPRE ¦ í | PATRÃO, A8U1 ESTA' SEU SCT#-cattA-

Jl. J-ÜU Jik .HE^UtO DE PERGUNTAR COMOlI ACHO QUE De\)ESeR\E'GWE fcEACMAlSiC.... ,J A5SIH A-

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E' üli CASO SERIO '. CO»0 /CS EMFIM . T1P /-^

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(Entreato em homenagem ao "Dia das Mães")INTÉRPRETES: Maria — 10 anos; Augusto — 8 anos; José — 12 anosLidia — 10 anos; Julio — 8 anos; Amália — 10 anos.AMBIENTE: Uma sala de aula ou um jardim.

MARIA — (entrando com Augusto): Foi uma boa idéia essa dededicarem um dia do ano às nossas mães; não acha, Augusto ?AUGUSTO — (que tem entrado com Maria, trazendo um jornalnas mãos-: Acho, sim. E todos nós devemos, neste dia, "prestar umahomenagem" a nossas mães, como diz este jornal. (Mostra o Jornal).MARIA — Dê-me .ara que eu leia.AUGUSTO — (dando-lhe o jornal): Pode ler.Maria — (lendo): "O segundo domingo do mês de maio foi, porum decreto do governo do Brasil, considerado como o DIA DAS MÃESno qual todos os filhos devem prestar a homenagem do seu amor filialas respectivas genitoras. Aqueles que, infelizmente, as tenham perdidodeverão reverenciar sua memória, erguendo seu pensamento a Deusnuma prece em sua intenção".AUGUSTO — Nós, graças a Deus, temos nossa mãe viva e vamoshoje lhe oferecer uma pequena lembrança, comprada com as "nossas

economias"; não é, Maria ?MARIA — É, sim. Deixamos de comprar, durante muitos dias, ochocolate para a nossa merenda, assim como sorvetes...AUGUSTO — E deixamos, também, de ir, muitos domingos, aocinema para economizar o dinheiro das entradas e, com êle, comprar-mos nossn presentinho para ela...MARI* - Presente que está aqui comigo e vai ser entregue hoje.(Tira de u^ jIso, embrulhado em papel "celofane", -um pequeno colarimit-ndo pérolas e m-istra).AUGUSTO — ( xaminando o colar): E' bem bonito!... Pena é

qu_ estas pérolas não sejam verdadeiras...MARIA — Isso não tem importância, porque muito verdadeira éa amizade que temos à nossa mãezinha; amizade que este colar repre-senta, não é eAUGUSTO — (experimentando o colar em Maria): É, sim. E

quando ela o botar, assim. . . no pescoço é o mesmo que sejam nossosbraços abraçando-a; está bem ?

MARIA — Está. Ele será o nosso abraço de filho. (Tira o colar,embrulha-o e o guarda).JOSÉ — (entrando com Lidia) Boa tarde!AUGUSTO e MARIA — Boa tarde, José!LÍDIA — Nós queremos pedir um favor a você.AUGUSTO — Qual é êle ?MARIA — Se estiver em nossas mãos fazé-lo, podem falarJOSÉ — Dizer à professora. Dona Laura, que a gente não vem, hoje.

_ essa história de "aula extraordinária", que ela marcou.

O TICO-TICO MAIO, 1955

AUGUSTO — E por que ?LÍDIA. — Porque vamos ao cinema.MARIA — Mas hoje não se deve ir ao cinema. . .AUGUSTO — (concluindo)... pois é dia de aula extra e não se

deve faltar senão por doença...JOSÉ — Então digam que estamos doentes...MARIA — Não !... Isso é uma mentira e nós não mentimos !AUGUSTO — (muito sério) E logo hoje, que é o "dia das mães !". .LÍDIA — Que história é essa de "dia das mães ? !. . .MARIA — Como ? ! Vocês não sabem ? !.. .JOSÉ — Eu, não.LÍDIA — Nem eu, também.MARIA — Pois é o dia dedicado às nossas mães.AUGUSTO — E que é que vocês vão dar à sua ?JOSÉ — Nada.LÍDIA — A gente não sabia.. .MARIA -— Pois devem lhe dar, ao menos, um beijo e um abraço.JOSÉ — Tive uma idéia: com o dinheiro para as entradas do ei-

nema a gente compra, aqui no visinho, umas flores e oferece à mamãeEstá bem, Lídia ?

LÍDIA — Está muito bem, sim. Vamos comprar as flores!JOSÉ — Vamos ! (Sál com Lídia.).AUGUSTO — O José teve uma boa lembrança.MARIA — E a irmã concordou com êle.AUGUSTO — O que ainda foi melhor...JÚLIO — (entrando com Amálla) Vai haver aula hoje ?MARIA — Vai haver, sim.AMALIA — Mas hoje não é domingo ?AUGUSTO — É, sim. E, por isso, náo será bem uma aula, e sim

uma reunião das professoras e mães do3 alunos, convidadas à compa-recer a escola para serem "homenageadas pelos seus filhos", como dizaqui o jornal.

JÚLIO (com tristeta): Infelizmente eu não tenho mãe...AMALIA — (tristemente): Nossa mãe morreu.' JOSÉ — (entrando com Lídia e trazendo, ambos, braçadas de fio-

res). Pronto aqui estão as flores.LÍDIA — (que tem entrado com José). A moça, vendedora de fio-

res, sabendo que elas eram para dar à nossa mãe, não quis recebernosso dinheiro: fez, também, presente delas à gente...

AMALIA Se eu tivesse dinheiro "comprava umas flores paralevar ao túmulo da nossa mãe; não é, Júlio ?

JÚLIO — É, mesmo; mas a gente étão pobre...LÍDIA — Não ! Vocês não são pobres: são ricos de amor filial. . .

Tomem estas flores, e vão adornar com elas a sepultura de sua mãe-zinha. (Dá-lhes as flores).

AMALIA — (recebendo as flores e dando um beijo em Lídia):Muito agradecida, Lídia. „

JÚLIO — Obrigado. Vocês têm um grande coração.AUGUSTO — E agora, todos nós unidos, ergamos uma prece a

Deus pela alma da mãezinha dos nossos colegas Júlio e Amalia.MARIA — E, também, por todas as outras mães que já se £<•

deste mundo...AUGUSTO, JOSÉ e LÍDIA — Sim; vamos orar por todas !. . .

( Ajoelham-se todos, juntando as mãos e erguendo os olhos ao alto ematitude de prece. Ouve-se uma suave música sacra).

EÜSTORGIO WANDERLEY

K*AIO, 1955 O TICO-TICO 63

¦rS* _>mmmfàêF

ME, meu* ^r^Ú) lobo and^r^^^fàrt%». ^boprccisaTfapejarjciç a cwa!/ nem pode brincar/

64 O TICO-TICO MAIO, 1955

'/VÒu íícar ob^ervandoV^ OlhelOlk!)

daqu»• "/* \Lá t/em ê le /y

MaicJ, 1955 O TICO-TICO

ÍP0KQU6)

[ge giz:Há

locuções que tão famosa», e muito3delas são repetidas em tôdas as latitv

des, sem que a grande maioria dos que aírepetem lhes conheça as origens.

Passam essas locuções de pais a filh0*"ficam fazendo parte do rifoneiro dos P0"vos. e sua história permanece ignorai1sempre.

Curioso é. pois. saber como surgiaum dia, pois tôdas elas têm seu funàA'mento sempre interessante.

CORRER UMA MARATONADiz-se

que uma pessoa correu uma Maratona quando se sabe que ei»realizou algum ato de extraordinário relevo ã custa de estafante W'ta. Esta locução, que é presentemente usada no sentido figura^0

que comentamos, data, entretanto, de tempos remotos. Entre os anos 495«490 antes de Jesus Cristo, teve lugar a famosa batalha de Maratona entrepersas e gregos. Estes últimos, inferiores em número, ganharam a **'tória depois de várias horas de luta. Segundo consta, um soldadoateniense, depois da batalha, percorreu correndo a distância entre Maratfrna e Atenas. Chegou sem alento, e, exclamando: "Ganhamos" caiu morWPor isso é que, em homenagem ao humilde herói ateniense, foi incorpora'da aos jogos olímpicos uma carreira de resistência cujo percurso é.igual *distância percorrida por aquele soldado.

MÁXIMAS DO MARQUÊS DE MARICÁA vida tem só um,a entrada: a saida é por cem portas.

* *O futuro é como o papel em branco em que podemos escrever e desenhar o _"'

teremos.* *

Os maiores detratores dos governos sáo aqueles que pretendem governar.* *

O homem de palavra é ordinariamente o que menos fala.O TICO-TICO MAIO, H8*

AVENTURAS DE CHIQUINHO(CABclaiâ* da 4.* capa)

Imediatamente convidou Benjamim para Mas, aconteceu que, procura que pro-tor caça ao disco. — Se nós o pegarmos, cura, avistaram o disco atrás da cerca. Pa-faremos importantes e célebres como recia pousado... (E' que dona Filo o ti-

ÜÜLVamos pegá-lo! nha posto outra vez...

vj ly y -3-v ^ÍF

' • ¦ na cabeça). E auando Chiquinho des-°arregou a paulada, abriu o disco voadore,I) dois e em dois o coco da pobre senho-râ- Aí, fechou o temrx)!

Dona Filo era "dobrada"...

E os doiscaçadores de discos voadores acabaram...caçando estrelas. Nesse dia os três usarammercuro-cromo à bessa.

Dona Filo Mena saiu a passeio, aque-Ia manhã, toda feliz e fagueira, para es-trear o chapéu novo, comprado na vés-pera. 0 vento, porém...

... estava cruel, aquele dia. Estava mes-mo bom para um passeio em barco devela... E, de tão forte, carregou o cha-péu novo da coitada!

Ora, Chiquinho e Benjamim estavam brincando, quando viram passar, a pouca altu-ra, aquele autêntico

"disco voador!"— Eles existem, mesmo! — gritou Chiquinho! — Sêo Miguel viu, mesmo! Não foi

"balão" dele, não! Olhe um! s*t»* ~» p»** ___ _ «p»GRAFICA PIMENTA DE MQ-LO S. A. _«JO i