tic's e pc's

Unidade 1Introdução às Tecnologias

da Informação e Comunicação

1.1. Conceitos básicos sobre TIC

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informático

1.1. Conceitos básicos sobre TICDa Informática às TIC

A origem da palavra Informática:

INFOR AUTO+MAÇÃO MÁTICA

Informática

Significa: Tratamento da informação por meios automáticos,

isto é, dispositivos electrónicos ou, mais precisamente, computadores.

1.1. Conceitos básicos sobre TICDa Informática às TIC

Tecnologias da Informação e Comunicação dizem respeito a processos de tratamento, controlo e comunicação da informação, fundamentalmente através de meios informáticos.

As TIC incluem, para além da Informática propriamente dita, outras áreas interligadas, como: a Burótica; a Telemática e as Tecnologias de Controlo e Automação.

1.1. Conceitos básicos sobre TICDados e Informação

Distinção entre Dados e Informação:

Dados são representações codificadas de factos ou eventos, objectos, pessoas, etc. Exemplos: palavras, números ou outros tipos de códigos ou símbolos.

Informação diz respeito a um conjunto de dados articulados entre si de modo a assumirem um certo significado. Exemplo: “O João comprou um computador”.

Resumindo, a informação é constituída por dados organizados com algum significado para nós; enquanto, os dados, por si só, podem não ter qualquer significado.

1.1. Conceitos básicos sobre TICPrincipais áreas das TIC

Informática diz respeito à concepção, criação e manutenção de sistemas informáticos.

Origem da palavra Burótica:

BUR INFOR+EAU MÁTICA

Burótica

(Escritório)


Burótica designa a aplicação de meios informáticos no tratamento e circulação da informação num escritório ou parte administrativa de uma organização. Para isso, poderá ser necessário instalar, não só um determinado número de computadores e respectivo software, mas também montar redes de computadores, ter uma ligação à Internet e/ou utilizar outros tipos de serviços telemáticos.


Origem da palavra Telemática:

TELE INFOR+COMUNICAÇÕES MÁTICA

Telemática

1.1. Conceitos básicos sobre TICPrincipais áreas das TIC Telemática conjuga os meios

informáticos (computadores, modems, etc.) com meios de comunicação à distância ou telecomunicações (linhas telefónicas, satélites, cabos de fibras ópticas, etc.).

Actualmente, as comunicações telemáticas passam, na sua maior parte, pela maior rede de âmbito mundial, a Internet.


Tecnologias de Controlo e Automação, dizem respeito a sistemas e processos de controlo da produção industrial. Exemplo: a Robótica, que consiste em sistemas electromecânicos (robôs) em que intervêm em meios e processos informáticos.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoEstrutura genérica de um sistema informático

Um computador é, basicamente, um conjunto de dispositivos mecânicos e electrónicos capazes de processar informação.

A estrutura de um sistema informático (definida pelo cientista Von Neumann):

1. Um processador ou CPU (Unidade Central de Processamento) que funciona em ligação directa com unidades de memória ou armazenamento de dados;

2. Dispositivos de entrada (input) e de saída (output), também chamados de periféricos.


Os sistemas informáticos são constituídos por dois tipos de componentes fundamentais:

1. Hardware: refere-se aos dispositivos físicos que constituem um sistema informático, fazendo-se uma distinção entre componentes centrais do computador (processador, memórias centrais e outros componentes) e dispositivos de entrada e saída (para entrada e/ou saída de dados: teclado, rato, monitor, impressora, etc.).


2. Software: tem a ver com os programas de computador, fazendo-se uma distinção entre software de sistema, que é fundamentalmente o sistema operativo (uma primeira camada de software que transforma o hardware num sistema com o qual o utilizador pode fazer funcionar os seus programas); e o software de aplicação, que engloba todo o restante tipo de programas com os quais o utilizador pode realizar determinadas tarefas (exemplo: programas de processamento de texto, de folha de cálculo, de tratamento de imagens, etc.).

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoComponentes de um sistema informático – visão geral

Componentes de um sistema informático:

1. Conjunto de componentes centrais: processador ou CPU; memórias primárias (RAM – Random Access Memory; ROM – Read Only Memory) e outros componentes (chips de controlo, etc.);

2. Dispositivos de entrada (input) e saída (output).


Circulação dos dados/informação: os dados ou informação são introduzidos através de um ou mais dispositivos de entrada, de onde são canalizados para os componentes centrais de processamento e, daí, os resultados poderão ser enviados para dispositivos de saída.


Os componentes centrais de um sistema informático, geralmente, estão encaixados numa placa principal ou motherboard.

E como as memórias primárias (RAM e ROM) do sistema actuam directamente em ligação com a CPU, estas são consideradas componentes centrais.


As memórias secundárias ou dispositivos de armazenamento (exemplo: unidades de discos, disquetes, leitores e gravadores de CD ou DVD, etc.) devem ser considerados dispositivos de input e output, uma vez que se destinam a armazenar dados ou informação a ser enviados para as componentes centrais ou delas provenientes.


Os dispositivos de input e/ou output podem ser classificados de:

1. Dispositivos só de entrada ou input: teclado, rato, etc.

2. Dispositivos só de saída ou output: monitor de vídeo, impressoras, etc.

3. Dispositivos de entrada e saída ou input /output: unidades (drives) de discos, placas de som, modems, placas de rede, etc.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoO interior de um PC

Componentes principais:

1. Placa principal (motherboard): placa de circuito impresso de maiores dimensões, na qual se encontra a CPU e à qual se vão ligar os dispositivos de input e output através de conectores e placas de expansão;

2. Placas de expansão: outras placas de circuito impresso ligadas à motherboard através de encaixes (slots) próprios;

3. Drives: unidades concebidas para funcionarem com discos, disquetes, CD o outros dispositivos de armazenamento;

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoO interior de um PC

4. Fonte de alimentação: recebe

a energia do exterior e adapta-a

ao funcionamento interno do PC;

5. Cabos eléctricos: interligam

os diversos componentes

entre si.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoPlaca principal ou motherboard

As principais secções de uma motherboard:

1. CPU ou processador;


2. Memória RAM (Random Access Memory): armazena temporariamente as instruções do software com que o computador funciona, bem como os dados que o utilizador introduz ou manipula; uma parte específica da memória que trabalha associada à RAM é a chamada cache que acelera a transmissão da informação da RAM para o processador.


3. Memória ROM (Read Only Memory): contém instruções fixas para o desempenho de funções básicas do sistema;


4. Chips de controlo: diversos chips destinados a controlar a circulação dos dados entre os diversos componentes da motherboard;


5. Slots de expansão: conjunto de encaixes onde se inserem placas que controlam a ligação às componentes centrais de certos periféricos/dispositivos, como por exemplo: placas gráficas, de som, de rede, etc;


6. Bus ou barramento: sistema de fios condutores por onde circulam os dados entre a CPU, memória RAM, placas de expansão de dispositivos input/output, etc.


7. Conectores: dispositivos de conexão para cabos internos e para dispositivos de I/O, como por exemplo o teclado.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoO Processador ou Unidade Central de Processamento (CPU)

Nos PC’s, a CPU ou Unidade Central de Processamento é equivalente ao microprocessador. Trata-se, assim, de um circuito integrado que contém milhares ou milhões de componentes electrónicos, organizados de modo a poderem efectuar as operações típicas de processamento.


Secções fundamentais de uma CPU:

1. Secção de aquisição e descodificação de instruções: onde são recebidas as instruções provindas de outros componentes (memórias ou dispositivos de input) para, em seguida, serem descodificadas de modo que a CPU possa determinar quais as operações a realizar;

2. Secção de execução: onde são processadas as instruções e dados recebidos, que por sua vez é constituída pelas seguintes sub-secções:


a. Unidade de controlo: controla ou determina as operações a efectuar em cada instante, enviando sinais aos outros componentes.

b. Unidade Lógico-Aritmética (ULA): efectua as operações aritméticas e lógicas;

c. Registos ou Registers: armazena temporariamente dados que com a ALU efectua as operações que lhe são indicadas.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoMemórias primárias – ROM e RAM

As memórias primárias, principais ou centrais são indispensáveis ao funcionamento do sistema informático, pois são elas que fornecem ao processador instruções e os dados com que este vai operar em cada momento.


Há dois tipos fundamentais:

Memórias ROM (Read Only Memory): memórias só de leitura que contêm instruções fixas para o funcionamento do sistema, como por exemplo as operações de arranque ou de interacção com dispositivos de I/O.

Memórias RAM (Random Access Memory): memórias em que são feitas operações de leitura e escrita de dados em interacção directa com o processador. Estes dados podem estar guardados em suportes de armazenamento secundário, como discos.


A principal característica que distingue as memórias do tipo RAM das memórias ROM é o facto de que as primeiras

permitem operações de leitura e escrita, enquanto que as segundas apenas permitem operações de leitura.

A capacidade ou quantidade de memória RAM condiciona o tamanho dos programas que o sistema pode correr, bem como a velocidade de funcionamento do sistema. E a sua capacidade de memória avalia-se pelo número de bytes e mede-se em múltiplos de bytes: Kilobytes, Megabytes, Gigabytes, etc.


Assim:

1 byte = 8 bits

1 KB (Kilobyte) = 1024 bytes

1 MB (Megabyte) = 1024 KB

1 GB (Gigabyte) = 1024 MB

1 TB (Terabyte) = 1024 GB

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoBus ou barramento

Bus ou barramento do sistema é o conjunto de fios condutores situados na motherboard pelos quais circulam os dados entre a CPU, a memória RAM e as placas de expansão.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoBus ou barramento Engloba 3 tipos de canais:

1. Bus de dados: canais onde circulam os dados entre o processador e a memória principal (RAM) ou os dispositivos de I/O;

2. Bus de endereços: canais através dos quais são indicadas as posições da memória RAM ou dos dispositivos de I/O onde se encontram as instruções e os dados com destino à CPU ou para onde são enviados os dados resultantes do processamento;

3. Bus de controlo: canais que sinalizam e controlam as operações em curso no sistema.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoBus ou barramento

Características mais importantes numa arquitectura de bus:

1. Largura do bus ou o número de canais para a circulação dos dados (bits);

2. Velocidade a que esses mesmos dados podem circular no bus (medida em bits por segundo).

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoLigações ou conexões de periféricos

Os conectores entre uma motherboard e os periféricos podem ser de tipos diferentes e situarem-se em locais diferentes.

Uns localizam-se na própria motherboard (ex.: conector do teclado), enquanto que outros localizam-se em placas de expansão que encaixam nos slots da motherboard (ex.: conector da placa gráfica onde se liga o monitor).

Certos conectores são de uso genérico (servem para diversos tipos de periféricos), como é o caso das portas.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoLigações ou conexões de periféricos Normalmente distinguem-se 2 tipos de portas:

1. Portas série: a transmissão de dados é efectuada sob a forma de uma série única de bits. Podem ligar-se modems externos.

2. Portas paralelas: a transmissão de dados é efectuada através de várias séries de bits simultâneas/paralelas. Podem ligar-se impressoras.

Recentemente, já há conecções superiores em termos de velocidade de transmissão, como é o caso das ligações USB (Universal Serial Bus), que são indicadas para os novos periféricos, incluindo unidades de CD e DVD externas.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoMeios de armazenamento secundário

Enquanto que as memórias primárias funcionam em ligação directa com o processador, as memórias secundárias ou meios de armazenamento secundário destinam-se a guardar os programas e a informação que os utilizadores necessitam de preservar para além dos momentos em que decorrem as operações de processamento.

Podem ser de vários tipos: discos rígidos, disquetes, bandas magnéticas, discos ópticos (CD, DVD), etc.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoMeios de armazenamento secundário Deve-se ter em conta 2 tipos distintos de meios:

1. Suportes de armazenamento: discos rígidos, disquetes, bandas magnéticas, etc.

2. Dispositivos que permitem ler, escrever e transmitir a informação entre os suportes de armazenamento e a parte central do sistema (também costumam ser designados por drives). A maioria destes dispositivos (drives de disquetes, discos, etc.) são simultaneamente de input e output. No entanto, existem algumas excepções, como é o caso do CD-ROM, que é apenas de entrada, pois não permite a escrita de informação.

1.2. Introdução à estrutura e funcionamento de um sistema informáticoMeios de armazenamento secundário Quanto às tecnologias utilizadas para a gravação e leitura da

informação nestes dispositivos e suportes de armazenamento, considera-se 2 grupos:

1. Suportes magnéticos (ex: discos, disquetes, bandas magnéticas): possuem superfícies revestidas de substâncias magnéticas, permitindo por essa via a codificação e armazenamento da informação.

2. Suportes ópticos (ex: CD e DVD): utilizam a tecnologia laser (intensos feixes luminosos) para a gravação e leitura da informação.


Também se costuma fazer a distinção entre:

1. Suportes de armazenamento interno: dispositivos de armazenamento fixo, no interior do computador, como é o caso dos discos rígidos.

2. Suportes de armazenamento amovível: dispositivos que podem ser facilmente removidos e reinseridos, como é o caso das disquetes, CD’s, DVD’s, etc.


Unidades ou drives de discos rígidos: são dispositivos de I/O que lêem e escrevem informação em suportes magnéticos com a forma de pequenos discos feitos de um material rígido.

Actualmente, têm capacidades de armazenamento da ordem de muitos gigabytes, continuando a ser o meio de armazenamento mais indispensável num computador. É também onde normalmente se instala o sistema operativo e os principais programas de aplicação com que se pretende trabalhar.


Trata-se ainda de um óptimo meio para guardar os dados ou documentos dos utilizadores, no entanto, quando se pretende arquivar os trabalhos com maior segurança ou transferir esses trabalhos para outro computador, torna-se necessário recorrer a outros meios de armazenamento secundário (ex: CD).


Unidades ou drives de disquetes (capacidade de 1,44 MBytes) são dispositivos de I/O que lêem e escrevem informação em suportes magnéticos com a forma de pequenos discos flexíveis.

Unidades de discos ópticos: são dispositivos que lêem e, em alguns casos também escrevem informação em suportes ópticos.

Podemos considerar 2 gerações principais de discos ópticos, cada uma com tipos próprios:

CD (Discos Compactos);

DVD (Discos Digitais Versáteis).


Em ambos os casos, a gravação e a leitura baseia-se na tecnologia laser.

A principal diferença reside sobretudo na maior capacidade de armazenamento de informação dos DVD’s em relação aos CD’s. Enquanto os CD’s apresentam capacidades de 800 MB, os DVD’s chegam aos 4,7 GB.


Tanto os CD’s como os DVD’s têm as seguintes vantagens:

1. Permitem armazenar grandes quantidades de informação numa pequena porção de espaço;

2. Podem ser facilmente transportados para outros computadores;

3. A informação gravada nos discos ópticos tem uma durabilidade e fiabilidade superior à dos suportes magnéticos, porque não estão sujeitos a interferências electromagnéticas.


Os CD’s utilizados em computadores podem ser dos seguintes tipos:

CD-ROM: suporte que apenas permite a leitura de informação;

CD-R: tipo de disco compacto inicialmente sem qualquer informação e que pode ser gravado uma única vez.

CD-RW: tipo de disco compacto que permite a gravação, apagamento e regravação de informação.


Os principais formatos de DVD’s são:

DVD-ROM: apenas pode ser lido;

DVD-R e DVD+R: permitem a gravação de informação apenas uma só vez, sem possibilidade de apagamento e regravação.

DVD-RW e DVD+RW: permitem a escrita, o apagamento e regravação de dados.

Documents

tic's e pc's