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INTRODUÇAO Existem dois tipos principais de plataformas de petróleo no mar: as de perfuração e as de produção. As do primeiro grupo servem para encontrar o óleo em poços ainda não explorados, uma tarefa nada fácil, que tem início com uma série de pesquisas geológicas e geofísicas que localizam bacias promissoras e analisam os melhores pontos para perfurá-las. As plataformas de produção, por sua vez, entram em cena quando um poço já foi descoberto e está pronto para ser explorado. São elas que efetivamente extraem o petróleo localizado no fundo do mar, levando-o à superfície, onde o óleo é separado de outros compostos, como água e gás. Dependendo da profundidade em que se encontra o poço, podem ser construídos dois tipos de plataforma de produção: as fixas e as flutuantes (chamadas de semi-submersíveis). As fixas são instaladas em águas rasas (até 180 metros) e ficam ligadas ao subsolo oceânico por uma espécie de grande "pilar". Já as flutuantes possuem cascos como os de um navio e servem para explorar poços que se localizam em lugares muito profundos. Na bacia de Campos, por exemplo, no Rio de Janeiro, o petróleo é retirado em águas que chegam a quase 2 mil metros de profundidade.

Tipos de Plataformas

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sobre plataformas

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Page 1: Tipos de Plataformas

INTRODUÇAO

Existem dois tipos principais de plataformas de petróleo no mar: as de

perfuração e as de produção. As do primeiro grupo servem para encontrar o

óleo em poços ainda não explorados, uma tarefa nada fácil, que tem início com

uma série de pesquisas geológicas e geofísicas que localizam bacias

promissoras e analisam os melhores pontos para perfurá-las.

As plataformas de produção, por sua vez, entram em cena quando um

poço já foi descoberto e está pronto para ser explorado. São elas que

efetivamente extraem o petróleo localizado no fundo do mar, levando-o à

superfície, onde o óleo é separado de outros compostos, como água e gás.

Dependendo da profundidade em que se encontra o poço, podem ser

construídos dois tipos de plataforma de produção: as fixas e as flutuantes

(chamadas de semi-submersíveis). As fixas são instaladas em águas rasas (até

180 metros) e ficam ligadas ao subsolo oceânico por uma espécie de grande

"pilar". Já as flutuantes possuem cascos como os de um navio e servem para

explorar poços que se localizam em lugares muito profundos. Na bacia de

Campos, por exemplo, no Rio de Janeiro, o petróleo é retirado em águas que

chegam a quase 2 mil metros de profundidade.

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TIPOS DE PLATAFORMAS

As plataformas podem ser de perfuração, de produção (quando pode

extrair o petróleo e separar óleo, água e gás) ou ter as duas funções. Em cada

campo, analisamos as condições para encontrar o tipo de plataforma mais

adequado. Podemos encontrar numa plataforma engenheiros, técnicos de

várias especialidades, profissionais de hotelaria e enfermagem, técnicos de

segurança, mergulhadores, entre outros. No Brasil possui mais de cem

plataformas de produção – a maioria delas, fixa.

PLATAFORMAS FIXAS: 

Têm sido as preferidas nos campos localizados em lâminas d’água de

até 200 metros. Geralmente as plataformas fixas são constituídas de estruturas

modulares de aço, instaladas no local de operação sob estruturas

chamadas jaquetas, presas com estacas cravadas no fundo do mar. As

plataformas fixas são projetadas para receber todos os equipamentos de

perfuração, estocagem de materiais, alojamento de pessoal, bem como todas

as instalações necessárias para a produção dos poços. Não tem capacidade

de estocagem de petróleo ou gás, tendo o mesmo que ser enviado para a terra

através de oleodutos e gasodutos.

Figura 1

Page 3: Tipos de Plataformas

PLATAFORMAS AUTOELEVÁVEIS: 

Só podem existir em águas rasas (até 90 metros). As plataformas auto

eleváveis são dotadas de três ou mais pernas com até 150 metros de

comprimento. Essas pernas se movimentam verticalmente através do casco.

No local da perfuração, as pernas descem até o leito do mar e a plataforma é

erguida, ficando a uma altura adequada, acima das ondas. Terminada a

perfuração, as pernas são suspensas e a plataforma está pronta para ser

rebocada. Existem poucas de produção: as plataformas de perfuração são em

maior número.

Figura 2

PLATAFORMA DE PERNAS ATIRANTADAS (TENSION-LEG

PLATAFORM – TLP): 

É uma estrutura flutuante ancorada verticalmente. É especialmente

utilizada em casos de reservatórios de mais de 300 metros de profundidade.

São unidades flutuantes utilizadas para a produção de petróleo. Sua estrutura é

bastante semelhante à da plataforma semissubmersível. Porém, sua

ancoragem ao fundo mar é diferente: as TLPs são ancoradas por estruturas

tubulares, com os tendões fixos ao fundo do mar por estacas e mantidos

esticados pelo excesso de flutuação da plataforma, o que reduz severamente

os movimentos da mesma. Desta forma, as operações de perfuração,

completarão e produção das TLPs são semelhantes às executadas em

plataformas fixas.

Page 4: Tipos de Plataformas

Figura 3

PLATAFORMAS SEMISSUBMERSÍVEIS (SEMI-SUB PLATAFORM):

São compostas de uma estrutura de um ou mais conveses, apoiada em

flutuadores submersos. Uma unidade flutuante sofre movimentações devido à

ação das ondas, correntes e ventos, com possibilidade de danificar os

equipamentos a serem descidos no poço. Por isso, torna-se necessário que ela

fique posicionada na superfície do mar, dentro de um círculo com raio de

tolerância ditado pelos equipamentos de subsuperfície. Dois tipos de sistema

são responsáveis pelo posicionamento da unidade flutuante: o sistema de

ancoragem e o sistema de posicionamento dinâmico. O sistema de ancoragem

é constituído de 8 a 12 âncoras e cabos e/ou correntes, atuando como molas

que produzem esforços capazes de restaurar a posição do flutuante quando é

modificada pela ação das ondas, ventos e correntes. No sistema de

posicionamento dinâmico, não existe ligação física da plataforma com o fundo

do mar, exceto a dos equipamentos de perfuração. Sensores

acústicos determinam a deriva, e propulsores no casco acionados por

computador restauram a posição da plataforma. As plataformas semi-

submersíveis podem ou não ter propulsão própria. De qualquer forma,

apresentam grande mobilidade, sendo as preferidas para a perfuração de

poços exploratórios.

Page 5: Tipos de Plataformas

Figura 4

NAVIOS-SONDA:

O navio sonda (Drill Ship) SC Lancer é equipado com sistema de

posicionamento dinâmico e tem capacidade para perfurar poços de até 6.000m

de profundidade, em lâmina d’água máxima de 1.500m. O SC Lancer vem,

desde 1990, realizando serviços de perfuração e manutenção de poços para a

Petrobrás, em alguns dos principais campos da Bacia de Campos, como

Marlim e Albacora. Neste mercado de alta tecnologia e bastante competitivo, o

SC Lancer tem, nos últimos anos, apresentado uma das melhores

performances operacionais entre os navios atualmente em atividade no Brasil.

Figura 5

SISTEMAS FLUTUANTES DE PRODUÇÃO (FPS – FLOATING

PRODUCTION SYSTEMS): 

São navios, em geral de grande porte, com capacidade para produzir,

processar e/ou armazenar petróleo e gás natural, estando ancorados em um

local definido. Em seus conveses, são instaladas plantas de processo para

separar e tratar os fluidos produzidos pelos poços. Depois de separado da

água e do gás, o petróleo produzido pode ser armazenado nos tanques do

Page 6: Tipos de Plataformas

próprio navio e/ou transferido para terra através de navios aliviadores ou

oleodutos. O gás comprimido é enviado para terra através de gasodutos e/ou

reinjetado no reservatório.

Hoje temos um novo conceito de FPSO que é uma plataforma com

formato circular, este formato é revolucionário, pois traz maior estabilidade e

menor custo de construção podendo assim viabilizar campos petrolíferos de

baixa produção em águas profundas ou em ambientes oceânicos severos,

essas plataformas podem ser ancoradas ou com sistema DP(Dynamic

Positioning) onde ela dispensa o sistema tradicional de ancoragem

permanecendo estacionária através do uso de propulsores comandados por

computadores e usando informações de posição através de sistemas GPS.

Figura 6

 OS PRINCIPAIS TIPOS DE FPS SÃO:

1. FPO – AS FPOS (FLOATING PRODUCTION AND OFFLOADING):

São Unidades Flutuantes de Produção e Descarga.

2. FPSO – AS FPSOS (FLOATING PRODUCTION, STORAGE AND

OFFLOADING): 

São Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Descarga.

3. FSU – AS FSUS (FLOATING STORAGE UNITY): 

São Unidades Flutuantes de Armazenamento.

As maiores FPS`s têm capacidade de processo em torno de 200 mil

barris de petróleo por dia, com produção associada de gás de

aproximadamente 2 milhões de metros cúbicos por dia.

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CONCLUSÃO

Tendo em vista os principais processos aos quais as plataformas

offshore estão submetidas e a sua importância tanto na exploração do petróleo

quanto na economia de uma região, se faz necessário um maior estudo sobre

técnicas de descomissionamento, viáveis tanto economicamente quanto para o

meio ambiente.

Page 8: Tipos de Plataformas

REFERENCIAS

Site:

http://www.petrobras.com.br/infograficos/tipos-de-plataformas/desktop/

index.html# acessado em 09 de Junho de 2015 as 12:15

http://wwwo.metalica.com.br/o-incrivel-mundo-das-plataformas-de-petroleo

acessado em 09 de Junho de 2015 as 12:20