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2 Introdução As redes industriais foram criadas, a fim de criar uma solução para conexão entre os mais distintos dispositivos de um processo d protocolos tem papel importante nisso, que são eles qu “idioma” da rede e permite que um dispositivo converse com outro. Padrões surgem aos montes. Criados pelos fabricantes do os protocolos são as vezes “padrão” para uma única marca. E é nes os protocolos padronizados perdem seu sentido. São inúmeras as ve tentou instituir um padrão que fosse adotado por todos os fabric evolução da tecnologia nos equipamentos, vemos cada vez ma capazes de se comunicar com os mais diversos protocolos

Tipos de redes Industriais

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field bus, ethernet, Modbus

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Introduo As redes industriais foram criadas, a fim de criar uma soluo eficiente e barata para conexo entre os mais distintos dispositivos de um processo de automao. Os protocolos tem papel importante nisso, j que so eles que determinam o idioma da rede e permite que um dispositivo converse com outro. Padres surgem aos montes. Criados pelos fabricantes dos equipamentos, os protocolos so as vezes padro para uma nica marca. E neste ponto que os protocolos padronizados perdem seu sentido. So inmeras as vezes em que se tentou instituir um padro que fosse adotado por todos os fabricantes. Com a evoluo da tecnologia nos equipamentos, vemos cada vez mais dispositivos capazes de se comunicar com os mais diversos protocolos

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Protocolo MODBUS O protocolo MODBUS uma estrutura de mensagem desenvolvida pela Modicon em 1979, usada para estabelecer comunicao entre os dispositivos mestre-escravo / cliente-servidor. Ele de fato um padro, muitos protocolos de rede industriais utilizam este protocolo em seu ambiente. O protocolo ModBUS disponibiliza uma padro de indstria atravs do mtodo MODBUS para trocar mensagens. Comunicao entre os dispositivos MODBUS Os dispositivos MODBUS comunicam utilizando a tcnica mestre-escravo no qual permite que somente um dispositivo (o mestre) possa iniciar as transaes (chamadas de queries). Os outros dispositivos (escravos) respondem de acordo com o pedido do mestre, ou de acordo com a tarefa em questo. Um dispositivo perifrico escravo (vlvula, drive de rede ou outro dispositivo de medio), que processa a informao e envia o dado para o mestre. A verificao de erro efetuada opcionalmente pela paridade de cada byte transmitido e obrigatoriamente pelo mtodo LRC ou CRC sobre toda a mensagem. O LRC descarta os caracteres de inicio e fim de mensagem. O CRC descarta os bits de inicio, paridade e parada de cada byte: O dispositivo mestre espera uma resposta por um determinado tempo antes de abortar uma transao (timeout). O tempo deve ser longo o suficiente para permitir a resposta de qualquer escravo. Se ocorre um erro de transmisso, o escravo no construir a resposta para o mestre. Ser detectado um timeout e o mestre tomar as providncias programadas. Tipos de protocolos MODBUS

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O MODBUS TCP/IP usado para comunicao entre sistemas de superviso e controladores lgicos programveis. O protocolo Modbus encapsulado no protocolo TCP/IP e transmitido atravs de redes padro ethernet com controle de acesso ao meio por CSMA/CD. O MODBUS PLUS usado para comunicao entre si de controladores lgicos programveis, mdulos de E/S, chaves de partida eletrnica de motores, interfaces homem mquina etc. O meio fsico o RS-485 com taxas de transmisso de 1 Mbps, controle de acesso ao meio por HDLC (High Level Data Link Control). O MODBUS PADRO usado para comunicao dos CLPs com os dispositivos de entrada e sada de dados, instrumentos eletrnic os inteligentes (IEDs) como rels de proteo, controladores de processo, atuadores de vlvulas, transdutores de energia e etc. o meio fs ico o RS-232 ou RS-485 em conjunto com o protocolo mestre-escravo.

Mapa do registrador MODBUS Os dispositivos MODBUS usalmente incluem um mapara de registro MODBUS. As funes do MODBUS funcionam sobre um registrador de mapa, configurao e controle de mdulo I/O. Verifique a referncia no mapa de registro do seu dispositivo para obter uma melhor compreenso da operao. Modo de transmisso serial para a rede MODBUS O modo de transmisso define o contedo de bit da mensagem a ser transmitida na rede e como a informao da mensagem ser empacotada na mensagem e descompactada. O padro MODBUS emprega os dois modos de transmisso: ASCII Mode; RTU Mode. O modo de trasmisso usualmente selecionado com outros parmetros de porta de comunicao serial como baud rate, paridade e etc. Modo de transmisso ASCII No modo de tranmisso ASCII (American Standard Code for Information Interchange), cada byte de caracter em uma mensagem enviado dois caracteres sem gerao de erros.

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Modo de Transmio RTU (Remote Terminal Unit) No modo RTU (Remote Terminal Unit), cada mensagem de 8 bits contm dois caracteres hexadecimais de 4 bits. Funes do MODBUS A funo do cdigo de campo da mensagem colocar dois caracteres (no modo ASCII), ou 8 bits (no modo RTU) que digam ao escravo que ao ele deve tomar. Funes vlidas de cdigo valem de 1 at 255, porm nem todos os cdigos sero aplicados para o mdulo e alguns cdigos ficaro reservados para uso futuro. Campo de dados do MODBUS O campo de dados disponibiliza ao escravo alguma informao necessria pelo escravo para completar a ao especfica pelo cdigo da funo. O dado formado de bytes de caracteres mltiplos (um par de caracteres ASCII no modo ASCII), ou de dois dgitos hexadecimais no modo RTU, na faixa de 00h at FFh. Os dados tipicamente incluem registradores de endereos, contadores de velores e escrita de dados. Se nenhum erro encontrado, o campo de dados da resposta do escravo retornar do pedido de dados. Se alguns erros ocorrem, o campo de dado retorna um cdigo de exceo que a aplicao mestre pode usar para determinar aprximaao a tomar.

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Protocolo PROFIBUS PROFIBUS desenvolvido na Alemanha, inicialmente pela Siemens em conjunto com a Bosch e Klockner-Moeller em 1987. Em 1988 tornou-se um "Trial Use Standard" no contexto da norma DIN (DIN V 19245, parte 1), que define as camadas Fsica e Enlace. Posteriormente, grupo de 13 empresas e 5 centros de pesquisa propuseram alteraes nas camadas Fsica e Enlace e definiram a camada de Aplicao (norma DIN V 19245, parte 2). Esta proposta atualmente apoiada por mais de 300 empresas europias e internacionais. uma rede de campo aberta, independente dos fabricantes, ao alcance de uma larga variedade de aplicaes de manufatura e processos de automao. A sua independncia e a garantia de ser uma rede aberta assegurada pelas normas internacionais A comunicao entre dispositivos de diferentes fabricantes ocorre sem ajustes especiais Pode ser usado em tarefas que requerem comunicao em tempo real, alta velocidade e de comunicao complexa Perfis de comunicao PROFIBUS DP (Distribuited Process) PROFIBUS PA (Process application) PROFIBUS FMS (Fieldbus Massage Especification) PROFIBUS DP o perfil de comunicao mais utilizado otimizado para velocidade, eficincia, baixos custos de ligao e est projetado para comunicaes entre sistemas de automao e perifricos distribudos PROFIBUS PA Permite conectar sensores e atuadores at mesmo em um barramento comum em reas intrinsicamente seguras. Pode ser usado com tecnologia 2 fios de acordo com o padro internacional IEC 1158-2 PROFIBUS FMS Soluo de propsito geral para comunicao de tarefa ao nvel de Clula, os recursos FMS poderosos abrem um amplo alcance de aplicaes com grande flexibilidade, pode ser usado para tarefas de comunicao extensas e complexas. Profibus DP / PA Classificao: Devicebus Mais de 300 fornecedores de equipamentos Topologia:Linha / Estrela / Anel6

Velocidade de transmisso: DP - Mx: 12 Mbps ; PA - Max: 31.25 kbps Tempo de Ciclo c/ 256 Discretas (16 Ns c/ 16 E/S): < 2.0 ms (dependente da configurao) Max. nmero de ns: 127 Distncia Mxima: 100m entre segmentos (12Mbaud) ; 24Km (Dependente do meio e do Baudrate) Mestre-Escravo - peer to peer

Arquitetura Tpica Profibus DP/PA

Configurao do sistema via software

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Ethernet A rede Ethernet passou por uma longa evoluo nos ltimos anos se constituindo na rede de melhor faixa e desempenho para uma variada gama de aplicaes industriais. A Ethernet foi inicialmente concebida para ser uma rede de barramento multidrop (100Base-5) com conectores do tipo vampiro (piercing) , mas este sistema mostrou-se de baixa praticidade. A evoluo se deu na direo de uma topologia estrela com par tranado. As velocidades da rede cresceram de 10 Mbps para 100 Mbps e agora alcanam 1 Gbps (IEEE802.3z ou Gigabit Ethernet). A Gigabit Ethernet disputa com a tecnologia ATM o direito de ser a espinha dorsal (backbone) das redes na empresa. A outra evoluo se d no uso de hubs inteligentes com capacidade de comutao de mensagens e no uso de cabos full duplex em substituio aos cabos half duplex mais comumente utilizados. Isto faz com que a rede se torne determinstica e reduzem a probabilidade de coliso de dados Faixa de aplicao da rede

Outras iniciativas visam utilizar a rede Ethernet para como substrato para outras aplicaes. Alguma iniciativas nesta direo so: Desenvolvimento da rede Fieldbus HSE ( high speed Ethernet ): A Fieldbus Foundation incorporou a rede Ethernet dentro de sua especificao H2. Esta rede no visa substituir a rede H1, mas estender seu espectro de aplicao

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para a interligao de dispositivos como CLPs e sistemas de superviso. Esta rede usa UDP/IP sobre as camadas de enlace Ethernet.

Tabela comparativa rede H1 x HSE Ethernet/IP: Ethernet/Ip o nome comercial da especificao da camada de aplicao Control Net sobre TCP/UDP/IP sobre Ethernet. A especificao foi gerada pela ControlNet International e agora est sendo adotada pela ODVA (Open Device Net Vendors Association). A especificao da ControlNet consiste do Control and Information Protocol (CIP) rodando sobre a canada CTDMA (Concurrent Time Domain Multiple Access). O protocolo DeviceNet uma especializao do CIP rodando sobre CAN. Ethernet/IP uma especializao do protocolo CIP rodando sobre TCP/UDP/IP, que por sua vez roda sobre a rede Ethernet. PROFInet: Existe um esforo em se buscar o acoplamento transparente entre as rede Profibus e Ethernet. O que se busca uma reduo dos custos de engenharia e promover uma comunicao mais uniforme entre aplicativos de alto nvel e dispositivos de campo. Modbus/TCP: Esta rede une o protocolo de camada de aplicao mais popular com o stack de transporte/rede mais utilizados na indstria. Na verdade o protocolo Modbus rivaliza em popularidade com o protocolo DF1 da Rockwell Automation, mas mais difundido. Uma das vantagens do protocolo TCP/IP a facilidade de se usar diversas camadas de aplicao diferentes. No port 1000 estamos tratando requisies de servio do protocolo Modbus, enquanto no port 1001 tratamos um protocolo DF1, por exemplo. Este tipo de aplicao visa mais interligar dispositivos de campo orientados a byte, mais simples, como equipamentos de laboratrio, medidores de energia CA/CC, rels inteligentes, etc.9

Fieldbus Foundation A Fieldbus Foundation uma organizao que surgiu em 1993 como um esforo dos maiores fornecedores de produtos fieldbus da poca (WorldFIP e ISP) para se chegar num padro nico e interopervel. formado atualmente pelos maiores fabricantes, fornecedores e usurios finais de controle de processo e automao fabril, tendo sido apresentado, na sua verso completa de padro, apenas no ano de 97. A fase atual est na utilizao do padro em plantas industriais e qumicas ao redor do mundo para testes e validaes finais. Por ser um profundo contribuidor ao padro ISA/IEC SP50 provvel que a verso final do ISA/IEC tenha muito a ver com o padro da Fieldbus Foundation. Definies O FIELDBUS um protocolo desenvolvido para automao de Sistemas de Fabricao, elaborado pela FieldBus Foundation e normalizado pela ISA-The International Society for Measurement and Control. Como pode ser observado da figura anterior, o protocolo Fieldbus visa a interligao de instrumentos e equipamentos, possibilitando o controle e monitorao dos processos. Geralmente utilizado com os chamados Softwares Supervisrios (SCADA, etc.), que permitem a aquisio e visualizao desde dados de sensores at status de equipamentos.

Operao conjunta: Softwares Supervisrios+Fieldbus+Instrumentos.

Nveis de Protocolo Fieldbus foi desenvolvido baseado no padro ISO/OI, porm no contm todos os seus nveis. A figura faz a comparao entre os dois modelos. Como pode ser visto na figura, o protocolo Fieldbus dividido em dois nveis principais: Nvel Fsico (interligao entre os instrumentos e equipamentos) e Nvel de Software (tratam das formas de comunicao entre os equipamentos).10

Nveis de Software Esse nvel transparente ao usurio, sendo tratado, geralmente, pelo software supervisrio. Geralmente dividido em camadas (Layers), como se segue: Subnvel de Enlace Data Link Layer A funo deste nvel garantir a transmisso da mensagem, de forma ntegra, ao destinatrio correto. Tambm neste nvel feito um controle de utilizao da rede e roteamento de mensagens, definindo quem pode transmitir e quando. Geralmente h a presena de um Buffer de mensagens, de forma que um produtor coloca sua mensagem nesse Buffer, e as outras estaes podem acessar os dados. Tal modo de operao permite um tipo de broadcasting, ou seja, com apenas uma transmisso, todos os destinatrios podem receber os dados. As redes industriais geralmente devem suportar aplicaes com tempos crticos, de forma que o Scheduler coordena o tempo de cada transao, bem como obedece a ordens de prioridade para cada emissor/receptor de mensagens. Subnvel de Aplicao Application Layer Neste nvel definida a sintaxe das mensagens, bem como o modo de transmisso de cada mensagem (cclica, imediata, apenas uma vez, ou somente quando requisitada). Este nvel tambm faz o monitoramento contnuo do barramento, de maneira a detectar falhas, adio de novos elementos ou ainda a remoo de outros. Essas atividades so necessrias devido criticidade das operaes.

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Subnvel do Usurio User Layer Define a maneira pela qual pode ser feito o acesso a informaes dentro de equipamentos Fieldbus, e de que maneira pode-se distribuir as informaes para outros instrumentos da rede. H um certo padro de arquitetura para os equipamentos fieldbus, constitudo por blocos funcionais. Esses blocos executam as funes inerentes a cada processo, e tarefas fundamentais, como: aquisio de dados, controle (PID, principalmente), atuao, clculos, etc. Nvel Fsico O Nvel Fsico constitui-se dos padres de ligaes, fios, cabos, caractersticas eltricas, etc, necessrios formao de uma Rede FieldBus. A norma que especifica esses padres a ANSI/ISA-S50.02 Fieldbus Standard for Use in Industrial Control Systems Part 2 : Physical Layer Specification and Service Definition. Alguns itens da especificao destacam-se pela sua importncia, dentre eles: Transmisso de dados apenas de forma digital oferece a vantagem da ausncia de conversores AD/DA, o que possibilita maior confiabilidade dos dados; por outro lado, limita a variabilidade dos dados transmitidos; Comunicao Bi-direcional; Utilizao do Cdigo Manchester; Modulao de Voltagem; Velocidades de transmisso de 31,25kbps e 100 Mbps; Transmisso com ou sem energizao. As duas velocidades determinadas so especficas para cada nvel de aparelhagem. No nvel de instrumentos, a velocidade de 31,25kbps, j no nvel mais alto, utilizada a velocidade de 100Mbps. Algumas especificaes quanto ao funcionamento crtico e tolerncia a falhas da rede tambm so determinadas pela norma: Uma rede Fieldbus deve continuar operando durante a conexo/desconexo de qualquer instrumento na mesma; Na ocorrncia de falhas em elementos de transmisso, a comunicao no deve ser prejudicada por mais de 1ms; Recomenda-se a utilizao de meios fsicos redundantes.

A alimentao dos equipamentos presentes na rede pode ser feita de duas maneiras, via condutores de sinal, onde o cabo de sinal fornece a energia necessria12

ao equipamentos; ou via condutores separados, onde o cabo de sinal transporta apenas dados, e uma rede separada energiza os equipamentos. A alimentao utilizando redes separadas a mais comum, pois evita a presena de rudos na redes, oriundos de sobrecargas de alimentao dos equipamento. Vantagens do Fieldbus Diversos benefcios so advindos da utilizao de redes Fieldbus, os mais importantes so listados a seguir. Benefcios Econmicos As caractersticas dos sistemas Fieldbus permitem baixos custos de implantao e manuteno, bem como a fcil expanso da rede. Tambm no muito difcil a implementao de um sistema Fieldbus em um sistema de automao j implantado, visto que seriam necessrias apenas placas de interface e conversores AD/DA.

Implantao de novas malhas Benefcios de Performance Vantagens de customizao e de obteno de informaes de mais baixo nvel devido utilizao de sistemas abertos; Instrumentao de ponta, no caso de redes novas; transmisso apenas de forma digital; redundncia na rede, etc.

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Nvel de informao obtida em sistemas com e sem Fieldbus. Projeto de Sistemas Fieldbus Algumas consideraes bsicas devem ser feitas quando da construo de projetos Fieldbus. Aspectos como distncias entre equipamentos, nmero de equipamentos a serem ligados, previses de expanso, fontes de alimentao, topologia, segurana e redundncia devem ser levados em conta, visto que mesmo pequenas falhas, em aplicaes crticas, podem levar a srios prejuzos. Topologias de Rede Geralmente so utilizadas 4 topologias bsicas em sistemas Fieldbus: Barramento: constitue-se de um barramento nico onde os equipamentos so ligados de forma direta, ou indireta (via barramentos secundrios). Ponto a Ponto: os equipamentos so todos ligados em srie. Neste caso obrigatria a redundncia de conexes, de forma a garantir que a emoo/insero de um equipamento no venha a interromper a comunicao. rvore: alguns equipamentos denominados Concentradores conectam diversos equipamentos,e interligam-se com outros Concentradores. Esta topologia tambm conhecida como P de Galinha. End-to-end: utilizada quando da conexo direta de apenas dois equipamentos. H tambm a possibilidade de utilizar-se topologias mistas, que baseiam-se na utilizao das topologias acima de forma misturada, por motivos diversos, tais como: segurana, otimizao, espaamentos, configurao, etc.

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Topologias Fieldbus possveis: End-to-End; Barramento; Ponto-a-Ponto; rvore (P-de-Galinha) Um projeto Fieldbus deve levar em considerao o tempo de resposta da rede a determinadas entradas, de forma a no comprometer a dinmica do sistema. Detalhes como atrasos, interrupes e gargalos devem ser eticulosamente analisados para garantir-se a confiabilidade do sistema Normas de Segurana Ambientes fabris so geralmente hostis e perigosos, com a presena de materiais inflamveis, gases, produtos qumicos, etc, tambm chamados reas Classificadas. Ao elaborar-se projetos para ambientes desse tipo, qualquer projeto que seja, normas de segurana devem ser seguidas rigorosamente, de modo a evitarem-se riscos a pessoas e equipamentos. As normas que regem os sistemas Fieldbus no fogem regra, e tambm determinam algumas caractersticas para garantir a segurana do sistema. A classificao das reas baseada no tipo de substncias presentes, e as normas de segurana regem especificaes de blindagem, vedao, tipos de instrumentos, faiscamento e auto-extino de chamas.

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DeviceNet Introduo DeviceNet um rede digital, multi-drop para conexo entre sensores, atuadores e sistema de automao industrial em geral. Ela foi desenvolvida para ter mxima flexibilidade entre equipamentos de campo e interoperabilidade entre diferentes vendedores. Apresentado em 1994 originalmente pela Allen-Bradley, o DeviceNet teve sua tecnologia transferida para a ODVA em 1995. A ODVA (Open DeviceNet Vendor Association) uma organizao sem fins lucrativos composta por centenas de empresas ao redor do mundo que mantm, divulga e promove o DeviceNet e outras redes baseadas no protocolo CIP (Common Industrial Protocol). Atualmente mais de 300 empresas esto registradas como membros, sendo que mais de 800 oferecem produtos DeviceNet no mundo todo. A rede DeviceNet classificada no nvel de rede chamada devicebus, cuja caractersticas principais so: alta velocidade, comunicao a nvel de byte englobando comunicao com equipamentos discretos e analgicos e alto poder de diagnostico dos devices da rede (como mostrado na figura 1.1). A tecnologia DeviceNet um padro aberto de automao com objetivo de transportar 2 tipos principais de informao: dados cclicos de sensores e atuadores, diretamente relacionados ao controle dados acclicos indiretamente relacionados ao controle, como configurao e diagnstico.

Os dados cclicos representam informaes trocadas periodicamente entre o equipamento de campo e o controlador. Por outro lado, os acclicos so informaes trocadas eventualmente durante configurao ou diagnstico do equipamento de campo. A camada fsica e de acesso da rede DeviceNet baseada na tecnologia CAN (Controller Area Network) e as camadas superiores no protocolo CIP, que define uma arquitetura baseada em objetos e conexes entre eles. O CAN originalmente foi desenvolvido pela BOSCH para o mercado de automvel Europeu para substituir os caros chicotes de cabo por um cabo em rede de baixo custo em automveis. Como resultado, o CAN tem resposta rpida e confiabilidade alta para aplicaes principalmente nas reas automobilstica. Uma rede DeviceNet pode conter at 64 dispositivos onde cada disposito ocupa um n na rede, endereados de 0 a 63. Qualquer um destes pode ser utilizado. No h qualquer restrio, embora se deva evitar o 63, pois este costuma ser utilizado para fins de comissionamento..16

Exemplo de Rede DeviceNet Caractersticas da rede Topologia baseada em tronco principal com ramificaes. O tronco principal deve ser feito com o cabo DeviceNet grosso, e as ramificaes com o cabo DeviceNet fino ou chato. Cabos similares podem ser usados desde que suas caractersticas eltricas e mecnicas sejam compatveis com as especificaes dos cabos padro DeviceNet. Permite o uso de repetidores, bridges, roteadores e gateways. Suporta at 64 ns, incluindo o mestre, endereados de 0 a 63 (MAC ID). Cabo com 2 pares: um para alimentao de 24V e outro para comunicao. Insero e remoo quente, sem perturbar a rede. Suporte para equipamentos alimentados pela rede em 24V ou com fonte prpria. Uso de conectores abertos ou selados. Proteo contra inverso de ligaes e curto-circuito. Alta capacidade de corrente na rede (at 16 A). Uso de fontes de alimentao de prateleira.. Taxa de comunicao selecionvel :125,250 e 500 kbps. Comunicao baseada em conexes de E/S e modelo de pergunta e resposta. Diagnstico de cada equipamento e da rede. Transporte eficiente de dados de controle discretos e analgicos. Deteco de endereo duplicado na rede. Mecanismo de comunicao extremamente robusto a interferncias eletromagnticas.

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Protocolo DeviceNet DeviceNet uma das trs tecnologias abertas e padronizadas de rede, cuja camada de aplicao usa o CIP (Common Application Layer). Ao lado de ControlNet e EtherNet/IP, possuem uma estrutura comum de objetos. Ou seja, ele independente do meio fsico e da camada de enlace de dados. Essa camada de aplicao padronizada, aliada a interfaces de hardware e software abertas, constitui uma plataforma de conexo universal entre componentes em um sistema de automao, desde o cho-de-fbrica at o nvel da internet. CIP tem dois objetivos principais: Transporte de dados de controle dos dispositivos de I/O. Transporte de informaes de configurao e diagnstico do sistema sendo controlado.

Um n DeviceNet ento modelado por um conjunto de objetos CIP, os quais encapsulam dados e servios e determinam assim seu comportamento. O Modelo de Objeto Um n DeviceNet modelado como uma coleo de objetos. Um objeto proporciona uma representao abstrata de um componente particular dentro de um produto. Um exemplo de objeto e uma classe de objeto tm atributos (dados), fornecem servios (mtodos ou procedimentos), e implementa comportamentos. Atributos, exemplos, classe e endereo de n (0-63) so endereados por nmero. A camada de link de dados (Data link layer) Devicenet utiliza o padro CAN na camada de link de dados.O mnimo overhead requerido pelo protocolo CAN no data link layer faz o DeviceNet eficiente no tratamento de mensagens. Frame de dados DeviceNet utiliza somente o tipo de frame de dados do protocolo CAN (dentre outros existentes no protocolo CAN). O protocolo utiliza um mnimo de largura de banda para transmisso das mensagens CIP. O formato do frame de dados DeviceNet mostrado na figura

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Modos de Comunicao Possui dois tipos bsicos de mensagens, cyclic I/O e explicit message. Cada um deles adequado a um determinado tipo de dado, conforme descrito abaixo: Cyclic I/O: tipo de telegrama sncrono dedicado movimentao de dados prioritrios entre um produtor e um ou mais consumidores. Dividem-se de acordo com o mtodo de troca de dados. Os principais so: Polled: mtodo de comunicao em que o mestre envia um telegrama a cada um dos escravos da sua lista (scan list). Assim que recebe a solicitao, o escravo responde prontamente a solicitao do mestre. Este processo repetido at que todos sejam consultados, reiniciando o ciclo. Bit-strobe: mtodo de comunicao onde o mestre envia para a rede um telegrama contendo 8 bytes de dados. Cada bit destes 8 bytes representa um escravo que, se endereado, responde de acordo com o programado. Change of State: mtodo de comunicao onde a troca de dados entre mestre e escravo ocorre apenas quando houver mudanas nos valores monitorados/controlados, at um certo limite de tempo. Quando este limite atingido, a transmisso e recepo ocorrero mesmo que no tenha havido alteraes. A configurao desta varivel de tempo feita no programa de configurao da rede. Cyclic: outro mtodo de comunicao muito semelhante ao anterior. A nica diferena fica por conta da produo e consumo de mensagens. Neste tipo, toda troca de dados ocorre em intervalos regulares de tempo, independente de terem sido alterados ou no. Este perodo tambm ajustado no software de configurao de rede. Explicit Message: tipo de telegrama de uso geral e no prioritrio. Utilizado principalmente em tarefas assncronas tais como parametrizao e configurao do equipamento. Arquivo de Configurao Todo nodo DeviceNet possui um arquivo de configurao associado, chamado EDS (Electronic Data Sheet). Este arquivo contm informaes importantes sobre o funcionamento do dispositivo e deve ser registrado no software de configurao de rede. Camada Fsica e Meio de Transmisso DeviceNet usa uma topologia de rede do tipo tronco/derivao que permite que tanto a fiao de sinal quanto de alimentao estejam presentes no mesmo cabo. Esta

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alimentao, fornecida por uma fonte conectada diretamente na rede, e possui as seguintes caractersticas: 24Vdc; Sada DC isolada da entrada AC; Capacidade de corrente compatvel com os equipamentos instalados. O tamanho total da rede varia de acordo com a taxa de transmisso (125,250, 500Kbps)

Topologia da rede As especificaes do DeviceNet definem a topologia e os componentes admissveis. A variedade de topologia possveis mostrada na figura seguir.

Topologias possveis com a rede DeviceNet A especificao tambm trata do sistema de aterramento, mix entre cabo grosso e fino (thick e thin), terminao, e alimentao de energia. A topologia bsica tronco-derivao (trunkline-dropline) utiliza 1 cabo (2 pares torcido separados para alimentao e sinal). Cabo grosso (thick) ou fino (thin) podem ser usados para trunklines ou droplines. A distncia entre extremos da rede varia com a taxa de dados e o tamanho do cabo 1 TAXA DE DADOS 25 Kbps 50 0m 10 0m 0m 0m 10 0m 50 Kbps 25 0m 10 2 00 Kbps 10 5

Comprimento para barramento principal com cabo grosso (thick-trunk) Comprimento para barramento principal com cabo fino (thin-trunk)

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Comprimento mximo para 1 derivao do barramento principal (maximum-drop) Comprimento acumulado das derivaes do barramento principal (cumulative-drop)

6 m 15 6m m m

6 m 78 m

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Cabos H 4 tipos de cabos padronizados: o grosso, o mdio, o fino e o chato. mais comum o uso do cabo grosso para o tronco e do cabo fino para as derivaes.

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Anatomia dos cabos padro DeviceNet Os cabos DeviceNet mais usados (fino e grosso) possuem 5 condutores identificados e utilizados de acordo com a tabela seguinte: Cor do fio Branco Azul Fio nu Preto Vermelho Sinal CAN_H CAN_L Dreno VV+ Cabo redondo Sinal DN Sinal DN Blindagem Alimentao Alimentao Cabo chato Sinal DN Sinal DN No usado Alimentao Alimentao

Esquema de cores dos cabos DeviceNet

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Vista dos componentes do cabo padro DeviceNet Pontos de alimentao (Power Taps) podem ser acrescentados em qualquer ponto da rede tornando possvel a redundncia da alimentao na rede. A corrente no Trunkline 8 amps (com cabo grosso thick). No cabo tipo thin a corrente mxima de 3 amps. Uma opo opto-isolado de projeto permite dispositivos energizados externamente (por ex.: partidas de drivers AC e vlvulas solenides) compartilhar o mesmo cabo do bus. Outras redes baseadas em CAN permitem somente uma nica fonte de alimentao para a rede inteira. Os dispositivos podem ser alimentados diretamente da rede e comunicam-se com o mesmo cabo. Ns podem ser removido ou inseridos da rede sem desligar a rede.

Conectores H trs tipos bsicos de conectores: o aberto, o selado mini e o selado micro. O uso de um ou de outro depende da convenincia e das caractersticas do equipamento ou da conexo que deve ser feita. Veja nas figuras seguintes a codificao dos fios em cada tipo.

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-Conector aberto (open style)

Conector selado mini Terminadores da rede

Conector selado micro

As terminaes na rede DeviceNet ajudam a minimizar as reflexes na comunicao e so essenciais para o funcionamento da rede. Os resistores de terminao (121W, 1%, W) devem ser colocados nas extremidades do tronco, entre os fios CAN_H e CAN_L (branco e azul).

Ligao dos resistores de terminao24

Derivadores TAPS Existem vrios tipos de derivadores TAPS para serem conectados em uma rede do tipo DeviceNet. Estes derivadores permitem ligar os vrios elementos da rede. Classificam-se como:

Derivao T T-Port TAP O derivador T-Port conecta um dispositivo simples ou uma linha de derivao drop line atravs de um conector estilo plug-rpido.

Derivao de dispositivo Device-Port DevicePort so componentes selados que conectam ao trunk line via drop line atravs de conectores de desconexo rpida somente dispositivos compatveis a rede DeviceNet. Existem DevicePort para conectar 4 ou 8 dispositivos. Derivao tipo box DeviceBox DeviceBox so elementos passivos que conectam diretamente os dispositivos DeviceNet no Trunk Line atravs de conexes de terminais para at 8 ns. Eles possuem tampa removvel selada que permite montagem em mquina ou no cho de fbrica. Derivao de Alimentao PowerTap O PowerTap possue proteo de sobre corrente para o cabo tipo thick (grosso). Com proteo a diodo possvel utilizar vrios PowerTaps permitindo assim o uso de vrias fontes de alimentao.

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Concluso As variveis de processos esto cada vez mais complexas, onde caminha junto as redes de comunicao industriais, onde cada tipo de configurao de rede vivel sua aplicao, nica ou em conjunto em determinada rea do processo industrial principalmente de grande porte. Essa aplicao de varias redes de comunicao em conjunto se d pelo falo dos CLPs terem uma padronizao em sua linguagem, sendo q as mais utilizadas so Ladder e Grafcet.

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Fontes Consultadas 26/04/2012 http://www.can-cia.org/index.php?id=518 http://www.odva.org/ http://www.industrialethernet.com.br http://www.ebah.com.br/content/ABAAABeucAC/redes-industriais http://www.automacoes.com/2009/05/redes-industriais-modbus-rtu-e-profibus.html

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