TIPOS DE REPRODUÇÃOCap. 1

Profa. Jéssica MacedoCiências2020

Tipos de reprodução

- A reprodução permite que certas características (ex.: cor dos olhos) sejam transmitidas de geração em geração;

- Essa transmissão só é possível porque as características são influenciadas por informações contidas nos genes dentro das células.

Ambiente + genesInfluenciam grande parte das características dos seres vivos

1. Reprodução assexuada

Tipo de reprodução em que NÃO ocorre a união de células reprodutoras (gametas)

- Encontrada em muitos seres unicelulares, em alguns animais e na maioria das plantas;

� Ex. Bactérias:- Unicelulares;- Procariontes (material genético não está dentro de um núcleo);- Em geral, a reprodução ocorre por simples divisão: a célula bacteriana se

divide em duas bactérias exatamente iguais à original. (Divisão binária)

- No interior da bactéria encontramos o material genético da célula;- Esse material genético pode se organizar na forma de cromossomos,

que contém os genes;- O DNA se duplica (produz cópias de si mesmo) e cada cópia fica com

uma das células-filhas. CROMOSSOMO: DNA

condensado, espiralado.- Condensado: que ficou mais denso ou espesso;

- As bactérias podem ainda se reproduzir por CONJUGAÇÃO – uma bactéria se liga a outra e alguns genes são transferidos entre elas. Após a troca de genes as bactérias se separam;

* Por meio da conjugação, um gene que confere resistência a um antibiótico, por exemplo, pode se espalhar em uma população, tornando-a

resistente a esse antibiótico;

- A reprodução assexuada é encontrada também em outros seres unicelulares, como os protozoários.

- Seres eucariontes.

Informações adicionais sobre a conjugação...

- Na conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora, o "macho", para uma receptora, a "fêmea“;

- Isso acontece através de microscópicos tubos protéicos, chamados pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície.

- O fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactéria "fêmea", produzindo novas misturas genéticas, que serão transmitidas às células-filhas na próxima divisão celular.

Reprodução assexuada nos fungos

- Alguns fungos, conhecidos como leveduras, são unicelulares;

- Usados pelos seres humanos para a produção de pães e outros alimentos;

- Porém, a maioria dos fungos são multicelulares –seus corpos são formados por um conjunto de filamentos, as hifas;

- Os fungos podem gerar, de forma assexuada, células microscópicas chamadas esporos, que podem ser levados pelo vento;

* Quando um esporo cai sobre matéria orgânica (ex.: fatia de pão), ele se multiplica e dá origem às hifas, que se

ramificam e penetram no material, formando um novo fungo.

- Além da reprodução assexuada, os fungos também realizam a reprodução sexuada.

Reprodução assexuada em plantas e animais

- A reprodução assexuada também ocorre em muitos invertebrados, como a planária (platelmintos), que vive na água em solo úmido;

- Corais e hidras (cnidários) podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada:

Reprodução assexuada – um grupo de células se multiplica e forma pequenos brotos. Esses brotos podem permanecer presos ao organismo

que os produziu ou podem se soltar. Quando se soltam, originam um indivíduo isolado: BROTAMENTO

(também ocorre nas esponjas - poríferos).

- As plantas também podem se reproduzir de maneira assexuada;

� Ocorre de forma natural, em caules subterrâneos e rasteiros. Esses caules vão se ramificando e, como ocorre com a batata-inglesa,

formando raízes que originam novas mudas.� Raízes, como a batata-doce, também podem originar novas mudas.

CONTINUAREMOS NA PRÓXIMA AULA....

2 – Reprodução sexuada

- São produzidas células reprodutivas (gametas), que se unem e formam uma nova célula. Essa união é chamada de fecundação (ou fertilização) e a célula formada é chamada de zigoto (ou célula-ovo). A partir da célula inicial um novo indivíduo será formado;

- Ocorre na maioria dos animais e em muitas plantas;- A maior parte das espécies com reprodução sexuada apresenta,

separadamente, indivíduos do sexo feminino e indivíduos do sexo masculino.

� O sexo masculino produz o gameta masculino;� O sexo feminino produz o gameta feminino.

Reprodução sexuada em animais

- No animais:� Gameta masculino:

espermatozoide� Gameta feminino: óvulo

- Quando os dois gametas se unem, ocorre a fecundação, que dá origem ao zigoto;

- O zigoto então se divide e origina duas células-filhas;

- Em seguida, o processo se repete e uma série de divisões produz mais células, originando um novo ser vivo.

• A fecundação e o local de desenvolvimento

- Fecundação externa: quando o encontro de gametas de alguns animais ocorre fora do corpo. Comum em animais aquáticos, como os anfíbios, em que o macho e a fêmea lançam seus gametas na água e lá ocorre a fecundação.

Existem chances de os gametas não se encontrarem?Sim! Mas é compensado pela grande quantidade de óvulos

produzidos e liberados. Mesmo assim, poucos embriões sobrevivem e completam o desenvolvimento (perigos do

ambiente, ausência da proteção dos pais...)

• Fecundação interna: - É forma mais comum em animais terrestres (ex.: répteis e mamíferos) e

diversos invertebrados (ex.: insetos), além de ser realizado por alguns animais aquáticos (ex.: polvo);

- Vantajosa no ambiente terrestre porque evita a perda de água (desidratação) dos gametas e dos embriões;

- Além disso, a produção de óvulos e de embriões pode ser menor, porque a proteção ao embriões é maior, assim como a probabilidade de sobrevivência deles até a idade adulta;

- Alguns animais com fecundação interna são OVÍPAROS:A fêmea libera o ovo no ambiente e o embrião se desenvolve utilizando as reservas nutritivas presentes no ovo. Ex.: alguns peixes e répteis em

geral.

- No caso doas animais que põem ovos em meio terrestre, a casca e outras estruturas protegem o embrião contra a perda de água;

- Dentro do ovo há reservas de alimento (como a gema e a clara). Essas reservas permitem a respiração e o recolhimento de resíduos produzidos pelo embrião.

- O ovo das aves é semelhante ao dos répteis – função: proteger e alimentar o embrião, além de conter estruturas - como o âmnio – que permitem o desenvolvimento desse embrião no meio terrestre;

- O óvulo possui a gema - reserva de alimento para o futuro embrião, no interior do citoplasma;

- Depois da fecundação, o zigoto desce por uma canal (tuba uterina). Nesse caminho, formam-se em torno do zigoto a clara e a casca de carbonato de cálcio;

- Assim como a gema, a clara é reserva de alimento – ambas serão consumidas pelo embrião durante seu desenvolvimento.

- Ainda no caso das aves, o calor do corpo é importante para o desenvolvimento do embrião, e o ninho também ajuda a proteger os ovos contra os predadores.

Os ovos que estão à venda no mercado geralmente não contêm zigoto, ou seja, não originam novos organismos, porque vêm de galinhas criadas em granjas e que não foram fecundadas (ovos galados). São, portanto, óvulos não fecundados, envolvidos por

clara, gema e casca.

- Outros animais de fecundação interna são VIVÍPAROS (do latim viviparu, “o que nasce já formado”) , como é o caso dos mamíferos em geral;

- O embrião troca substâncias com o sangue materno através da placenta, que se forma no útero da mãe. Ele recebe o alimento e o oxigênio necessários, e elimina os resíduos produzidos pelas células;

- Há ainda os animais OVOVÍVIPAROS: o ovo com casca é retido dentro da fêmea até que o desenvolvimento se complete e o filhote saia formado. É o caso de alguns invertebrados, de alguns peixes e de algumas serpentes.

• Tipos de desenvolvimento- Desenvolvimento direto: os filhotes já

nascem semelhantes ao adulto (ex.: maioria dos peixes);

- Desenvolvimento indireto: filhotes que apresentam fases de desenvolvimento que antecedem a fase adulta. A fase inicial é conhecida como larva.

� A transformação que ocorre nesse tipo de desenvolvimento é chamada de

metamorfose e ocorre com diversos invertebrados;

� Ex.: borboletas: larva (lagarta) – pupa –imago (ou adulto)

Do ovo sai uma larva (lagarta), que, depois de se alimentar e crescer, forma um casulo

e entra na fase imóvel de pupa (também chamada de crisálida); do casulo, após

certo tempo, sai o inseto adulto, sexualmente maduro.

� Anfíbios- Em geral, dependem da água para a reprodução – já que o encontro dos

gametas ocorre fora do corpo da fêmea – e o ovo não possui uma casca protetora que evita a desidratação, como no caso dos répteis e aves;

- Do zigoto forma-se uma larva aquática – girino (no caso dos anuros). O girino sofre transformações e origina o animal adulto (embora terrestre, vive, em muitos casos, em ambiente úmido).

CONTINUAREMOS NA PRÓXIMA AULA....

Reprodução sexuada das plantas

� Briófitas e pteridófitas- Dependem da água para que ocorra a fecundação;- Nesses dois grupos de plantas, o gameta masculino é chamado de

anterozoide e se desloca em meio aquático em direção ao gameta feminino, chamado oosfera;

BRIÓFITAS- Nos musgos, os anterozoides chegam até a oosfera nadando em uma película

de água da chuva ou do orvalho. Após a fecundação, forma-se uma estrutura chamada esporófito - que produz esporos – células resistentes capazes de originar outro organismo.

- Os esporos são levados pelo vento e, quando chegam ao solo, desenvolvem-se e formam o gametófito (com a forma do musgo e produz gametas). Assim, a dispersão dos esporos permite que a espécie se espalhe pelo ambiente.

PTERIDÓFITAS- No caso das samambaias, a planta

produz esporos dentro dos esporângios – órgão que formam os soros – estruturas que ficam na face inferior da folha e que, a olho nu, parecem pequenos pontos;

- Esses esporos caem no solo e originam uma pequena planta em forma de coração, o protalo – que produz gametas masculinos e femininos;

- Quando o protalo fica coberto pela água da chuva ou do orvalho, o anterozoide nada sobre a superfície do protalo e se une à oosfera, formando um zigoto. O zigoto origina uma nova planta e o protalose degenera.

� Musgos- Esporófito se desenvolve em cima do gametófito feminino; - O gametófito é a forma mais desenvolvida e que vive mais tempo.

� Samambaia- Planta mais desenvolvida é o esporófito, a forma que produz os

esporos, e não os gametas

- Em ambos os casos os anterozoides dependem da água para fecundar a oosfera, por essa razão são comumente encontradas em regiões úmidas.

� Plantas com sementes (Gimnospermas e angiospermas)

GIMNOSPERMAS- A estrutura reprodutora é chamada de cone ou

estróbilo;- Os cones femininos produzem o gameta

feminino, a oosfera, e os cones masculinos produzem grãos de pólen, estruturas que contêm e protegem os gametas masculinos;

- No pinheiro-do-paraná, a semente é conhecida como pinhão e o cone feminino com as sementes é conhecido como pinhas;

- O transporte dos grãos de pólen até a estrutura feminina é chamada polinização. No caso das gimnospermas, ela é realizada pelo vento;

- A fecundação NÃO depende da água;- As sementes protegem e alimentam o embrião,

além de facilitar a dispersão da planta pelo ambiente.

� Pinheiro- Quando chega ao cone feminino, o

grão de pólen forma um tubo, o tubo polínico, que cresce e se aprofunda na estrutura reprodutora feminina, levando os gametas masculinos até a oosfera;

- Quando um deles se une à oosfera, forma-se o zigoto, que vai se dividir e formar o embrião da planta;

- Com o tubo polínico, não há necessidade de meio aquático para a fecundação, como é o caso das briófitas e pteridófitas;

- Após a fecundação, forma-se uma reserva de “alimento”, que vai nutrir o embrião no início do desenvolvimento, e , ao redor, uma casca resistente que protege o embrião e a reserva. Esse conjunto é a semente.

ANGIOSPERMA- A flor é a estrutura reprodutora, onde ocorrem

a fecundação, a formação do fruto e a produção de semente;

- Nos estames são produzidos os grãos de pólen;- No pistilo há uma parte dilatada, o ovário,

onde é produzida a oosfera;- Depois da fecundação, a oosfera vai originar o

zigoto, que se transformará no embrião;- Na base da flor estão as sépalas (podem ser

verdes ou de outra cor). O conjunto de sépalas é denominado de cálice;

- As pétalas formam a corola e são muitas vezes coloridas e perfumadas. Além disso, muitas flores produzem uma secreção rica em açúcares – o néctar (é com o néctar que as abelhas produzem o mel);

- Na polinização, os grãos de pólen são transportados dos estames para o pistilo. Em algumas espécies de angiospermas, o grão de pólen também pode ser levado pelo vento (insetos ou outros animais).

- Quando chega à parte feminina da flor, o grão de pólen forma o tubo polínico, que cresce e leva os gametas masculinos até o gameta feminino (oosfera);

- A oosfera encontra-se dentro de uma cápsula, o óvulo, onde ocorre a fecundação;

- Após a fecundação, forma-se uma casca resistente em volta do óvulo. Sob essa casca encontram-se o embrião e uma reserva de alimento que irá nutri-lo no início de seu desenvolvimento. Esse conjunto forma a semente. Função da casca??

- Angiospermas também NÃO dependem da água para a fecundação – presença do tubo polínico e da polinização;

- Nas angiospermas, a semente é protegida pelo ovário, que se desenvolverá em fruto;

- Como as sementes podem ser dispersadas??? *Ler p. 38 e 39

• Desenvolvimento da semente- Na semente, além das partes que vão originar a raiz, o caule e as folhas

da planta (ou seja, o embrião), encontramos os cotilédones:Folhas especiais com função de armazenar nutrientes ou transferi-los da

reserva nutritiva da semente para o embrião.- Além de proteger e nutrir o embrião, a semente facilita a dispersão;- O surgimento da semente em gimnospermas e angiospermas também

representou uma adaptação que permitiu ocupar o ambiente terrestre.

Reprodução sexuada e variabilidade

- A maioria das espécies multicelulares apresenta reprodução sexuada;

- A reprodução sexuada gera organismos diferentes do original. Isso ocorre porque os gametas são geneticamente diferentes e vêm, em geral, de indivíduos diferentes;

- A reprodução sexuada AUMENTA A VARIABILIDADE GENÉTICA entre os descendentes;

- Quando um ser vivo se reproduz de forma assexuada, os descendente são geralmente iguais – é o caso da bananeira. E se um vírus infectasse um desses indivíduos???

A variabilidade genética aumentaria a chance de algum descendente geneticamente mais

resistente ao vírus sobreviver até a idade adulta.

FIM!Bons estudos,

Estava com saudades! ♥